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História Sorte&Azar - Não tolero atrasos


Escrita por: teledramatica

Notas do Autor


finjam que eu não tenho mais duas fanfics para atualizar 🤪
a ideia veio e eu tive que fazer 🥵
espero que gostem :)

na foto: Sofia (filha) e Ernesto de Bocaiúva (pai)

Capítulo 1 - Não tolero atrasos


Fanfic / Fanfiction Sorte&Azar - Não tolero atrasos

Um ano antes...

 

 

Aquela era de longe, a cena mais horrorosa que ela poderia ver. Não podia e nem queria acreditar que seu marido estava deitado na cama deles com outra. Ele que sempre fora um marido amável e presente, não poderia fazer uma coisa daquelas com ela.

 

 

Ela havia viajada a trabalho e decidiu adiantar sua volta para fazer uma surpresa ao esposo, mas quem foi surpreendida foi ela. O homem a olhava assustado sem saber o que falar e nem tinha o que falar mesmo, já que naquela situação o errado era ele.

 

 

Para se poupar de mais sofrimento ela apenas saiu correndo de dentro de casa, entrou em seu carro e saiu dirigindo rumo ao seu refúgio. A casa de seu pai, ele sabia acalenta-la como ninguém.

 

 

Os portões do condomínio se abriram e ela catou pneus até a residência do mais velho, estacionou o carro de qualquer jeito e correu para dentro da casa em busca de seu pai. Procurou pela sala, pela cozinha e felizmente o avistou no jardim.

 

 

Correu novamente rumo aonde ele estava e o abraçou chorando. Quanta dor. Sentia que o marido havia enfiado uma adaga em seu peito, infelizmente aquela dor não passava com remédios, se passasse ela teria comprado todos os antibióticos da farmácia e havia tomado.

 

 

— O que houve, meu amor? - o homem perguntou a olhando.

 

 

— O Rafael me traiu. - respondeu soluçando.

 

 

— Não acredito. - passou a mão no rosto. Ele gostava muito do genro. — Como você descobriu?

 

 

— Eu cheguei em casa e ele estava com outra. - se desvencilhou do abraço do pai e o olhou. — Doze anos da minha vida jogados fora. Como eu pude ser tão burra?

 

 

— Não se culpe, minha filha. Ele foi um canalha e você não merece chorar por ele. - disse limpando as lágrimas que insistiam em cair no rosto da mulher. — O que você vai fazer agora?

 

 

— Colocar ele para fora de casa. - passou a mão no cabelo. — e pedir o divórcio.

 

 

— Eu estarei com você, sempre. - a aconchegou em seus braços. — Chore tudo que necessitar chorar e depois faça o que precisa ser feito . - referiu-se a expulsar o marido dela de sua vida.

 

 

— Obrigada, papai. - suspirou. — Não sei o que seria de mim sem você aqui.

 

 

A mulher ficou mais algumas horas desfrutando do acalento do homem e decidiu retornar para casa. Ela precisaria ser forte o suficiente para expulsar o marido de casa sem esboçar uma única lágrima. A empresária se despediu do pai e saiu rumo a sua residência.

 

 

Ao chegar, estacionou o carro na garagem e adentrou a casa a procura de Rafael e o encontrou no sofá conversando com a filha deles.

 

 

— Mãe! - a criança correu em sua direção. — Aonde você estava? - questionou a abraçando.

 

 

— Estava na casa do seu avô. - acarinhou o rosto da menina. — Meu amor, você pode nos dar licença? Eu preciso conversar com seu pai.

 

 

— Claro. - beijou a bochecha da empresária, acenou para o homem e saiu.

 

 

— Lili, vamos conversar. - levantou se aproximando dela.

 

 

— Não chega perto de mim. - suspirou. — Eu tenho nojo de você. - passou a mão no cabelo. — Para facilitar a nossa vida, arruma suas coisas e some.

 

 

— Calma. - falou nervoso. — E a Soso?

 

 

— Que lindo. - debochou. — Ele lembrou que tem uma filha. - bateu palmas. — Sempre surpreendendo, né?

 

 

— Não faz assim, Lili. - passou a mão no rosto. — Eu quero conversar com ela antes de sair.

 

 

— Nem pensar. - elevou o tom de voz. — Você não vai chegar perto da minha filha.

 

 

— Nossa filha...

 

 

— Pensasse nisso antes de me trair com uma qualquer na minha cama. - a mulher interrompeu nervosa. — O caso da Sofia nós resolvemos na justiça. Já sabemos que a guarda dela será minha.

 

 

— Eu quero participar da vida da minha filha.

 

 

— Mas você vai. Só que da forma que o juiz decidir. - sorriu forçada. — Arruma suas coisas e desce sem fazer alarde. 

 

 

— O que você vai falar para Sofia?

 

 

— A verdade. - pontuou e desceu rumo ao quarto da filha, enquanto o homem foi para o quarto que pertencia ao casal arrumar suas malas.

 

 

No quarto de Sofia.

 

 

Mãe, por quê meu pai estava tão ansioso para você chegar? - a menina questionou enquanto fazia um desenho qualquer sentada a mesinha.

 

 

— Filhota. - suspirou. Aquela situação era muito complicada, mas a criança precisava saber a verdade. Ela não queria criar sua filha em um emaranhado de mentiras, já bastava seu casamento. — Senta aqui, mamãe precisa conversar com você.

 

 

— Claro, mãe. - sentou-se de frente para a mãe na cama. — Pode falar! - Sofia tinha apenas 11 anos, mas era uma criança muito amável, compreensível e inteligente. Era a vida da mãe.

 

 

— Meu amor, eu e seu pai vamos nos separar. - suspirou pesarosamente.

 

 

— Por que, mamãe? - arregalou os olhos assustada.

 

 

— Porque o seu pai escolheu trilhar caminhos diferentes dos da mamãe. Entende?

 

 

— Entendo. - seu rosto esboçava tristeza. A menina nem imaginava que Rafael havia traído Lili, pois no momento do flagra ela estava na casa do tio, Alfredo, irmão de sua mãe. — A gente vai ficar bem. Quer dizer... eu vou ficar com você, né?

 

 

— Claro, minha vida. Jamais deixaria você sair de perto de mim. - estendeu os braços para a menina.

 

 

— Ainda bem. - respirou aliviada e abraçou a mulher. — Meu pai é legal, mas eu prefiro você. - a menina comentou fazendo a mãe sorrir.

 

 

— Agora somos só nós duas. - Lili cheirou os cabelos da filha. A duas ficaram conversando por mais um tempo até pegarem no sono. Rafael foi embora.

 

 

Após esse dia deprimente, Liliane deu entrada na papelada do divórcio e no processo de guarda da filha. Contratou bons advogados que atestaram a traição do marido, fazendo com que ela ganhasse a guarda unilateral, onde ela teria responsabilidade e decidiria pela menor. De acordo com a decisão judicial, Rafael poderia pegar a filha de quinze em quinze dias para passar o final de semana com ele.

 

 

Após tudo resolvido na justiça, Lili decidiu que não mais queria homem algum para se relacionar. Estava muito ferida com tudo que havia acontecido, somente Sofia lhe tirava sorrisos, para os outros ela se tornou amarga e fria. Não queria aproximações de ninguém, muito menos de algum homem. Tinha medo de se magoar novamente e por isso optou por continuar solteira. Vez o outra seus desejos de mulher se afloravam e ela saia com algum desconhecido que conhecia em alguma happy hour que ia com as amigas, mas não passava de uma noite.

 

 

Um ano depois.

 

 

Era segunda feira de manhã, a empresária já estava pronta para mais um dia de trabalho e tomava café com sua filha. Após finalizarem a refeição, ela deixou a menina na escola e seguiu para sua fábrica de cosméticos, a Bastille.

 

 

— Bom dia, dona Lili. - Nath, sua secretária e fiel escudeira, cumprimentou-a animada.

 

 

— Na minha sala agora. - saiu em direção ao cômodo sendo seguida pela jovem. Entraram na sala dela. — O que temos para hoje? - questionou colocando sua bolsa em cima da mesa retirando seu IPad.

 

 

— A senhora tem uma reunião daqui a trinta minutos com os acionistas. Hoje será a apresentação do novo acionista majoritário da empresa. - a menina falava rapidamente, pois sabia que Lili não gostava de lerdezas.

 

 

— O que mais? - sentou-se.

 

 

— Almoço com os fornecedores do Nordeste. Pela tarde tem visita no laboratório para aprovação dos novos produtos. Depois reunião com os químicos da fábrica para montar a lista de compras do laboratório. - suspirou dando uma pausa. — Não podemos esquecer do seu jantar com a sua cunhada, Júlia.

 

 

— Certo. Obrigada! Vá me lembrando durante o dia.

 

 

— Sim senhora. - assentiu e saiu da sala.

 

 

Lili adiantou algumas coisas antes da reunião com os acionistas. Quando faltavam cinco minutos ela saiu rumo a sala de reunião, ao adentrar encontrou alguns conhecidos e os cumprimentou.

 

 

— Já estão todos presentes? Podemos começar? - questionou apressada para Nath, sentando-se na cadeira que ficava na ponta da mesa.

 

 

— O novo acionistas majoritário não chegou ainda.

 

 

— E cadê essa criatura? - olhou irritada para a menina. A empresária não suportava atrasos.

 

 

— Não sei, dona Lili. - a secretária respondeu e a mulher revirou os olhos. Se passaram quase quarenta minutos e nada do homem chegar.

 

 

— Senhores e senhoras. - chamou atenção dos presentes. — Vamos dar início a nossa reunião. 

 

 

— Está faltando um acionista, senhora. - um dos empresários reivindicou.

 

 

— Cheguei. - Germano adentrou a sala sorrindo e cumprimentando os presentes, pois conhecia a maioria, por ser do ramo empresarial. — Bom dia! 

 

 

— Chegou atrasado. - a mulher falou irritada.

 

 

— Mas cheguei.

 

 

— Como é a sua primeira reunião conosco, eu vou perdoar, mas saiba que não tolero atrasos.

 

 

— E eu não tolero gente chata. - Germano respondeu a encarando.


Notas Finais


lili insuportável? temos! aaaaa e vamos de b.o no primeiro capítulo 🤯 o que acharam?


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