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História Sorte ou Destino? - Chapter 5


Escrita por: Si015moe01s4

Notas do Autor


Mais um capítulo, estou trabalhando no sexto capítulo, estou tentando não deixá-lo muito grande. Enquanto isso, espero que gostem.

Capítulo 5 - Chapter 5


Qual é o primeiro dever que sua mão lhe ensina quando deixa você sozinho pela primeira vez em um lugar movimentado? Não fale com estranhos, e muito menos aceites doces ou aceite uma carona deles. Ela fala isso para você desde que você aprendeu a falar, mas prioriza quando vai buscar algo na plateleiras do supermercado, porque esqueceu de algo, e deixa você sozinho na fila do caixa. Bom, me parece que não aprendi isso muito bem. Se não, teria ido a pé até a casa da minha tia, e não aceitado a carona do Sr. Harry psicopata Styles. Mas me parece que adoro desafiar minha sorte.

As ruas tem poucas pessoas se movimentando. Devido a chuva, somente poucas pessoas com guarda-chuvas. No carro, está quentinho. Ele ligou o ar-condicionado do carro no quente assim que entramos. Mas não nos falamos desde que topei a carona dele no hospital. Ele ligou o rádio, uma estação de músicas recentes. Tem mais pop do que qualquer rock nessa merda, mas me nego a protestar. Esse não é o carro de Felipe, irmão mais velho do meu melhor amigo no Brasil. - E em primeiro lugar nas paradas.. Little Things da One Direction! - O homem da rádio exclama. Olho para ele, e vejo um pequeno sorriso de orgulho em seus lábios. Olho para a janela de novo, apenas escutando os dedilhados do violão no inicio da música. Tento imitar batendo de leve a ponta dos meus dedos na minha coxa direita.

– Sabe tocar violão? - Ele pergunta. Eu olho para ele e repondo: - Sim. Mas não toco a muito tempo. - Ele assente.

– Tenho um violão lá no meu apartamento. - Ele começa a falar. - Se quiser, te levo para tomar café e depois te levo lá para dar uma treinada. - Penso em sua proposta. Será uma boa ideia? Quer dizer.. eu mal o conheço. E a primeiras vez que trocamos palavras, foram em meio a uma discussão civilizada. Mas não quero ir para casa dos meus tios agora. E se não toco mais violão porque José vendeu meu violão para pagar suas dividas no bar. Eu amo tocar violão. E ainda vou ganhar café de graça.

– Eu topo se o café for no StarBucks! - Indago. Ele me olha com uma expressão que diria de surpresa.

– Ok, StarBucks! - Ele assente. -------------------------------------------------------------------------

Entramos no StarBucks e eu logo peço um cappuccino. Ele pede um Frappuccino, nos sentamos em uma mesa ao fundo. A pouca gente, e parece que todos estão trabalhando, porque todos estão com seus notebooks sobre as mesas. Tomo um gole do meu cappuccino. E o encaro. Ele me olha de volta. Depois de cinco segundos diz: - O que foi?

– Porque não foi me visitar no hospital? - Pergunto. Elena, não! meu subconsciente adverte. Foda-se! Eu quero saber, e vou perguntar. Eu sou assim, nada de enrolação. Ele parece surpreso com a pergunta.

– Queria que eu fosse? - Fala com um tom de voz divertido.

– Não parece óbvio? - Falo em um tom irônico. - Você me disse que iria. Ou só pagou o hospital, porque queria fazer caridade? - Perguntei com um tom especulativo.

– Não. - Ele falou. - Não paguei por caridade. - Ele afirma. - Paguei porque queria ver você sendo bem tratada. Caso tivesse algum tipo de hemorragia interna, eles logo veriam. Saint Mary's é um dos mais desenvolvidos hospitais da Inglaterra. - Ele declara por fim.

– Mas você ainda não me respondeu porque não foi me visitar. - Falei. Ele franziu a testa para mim. Acho que não entende aonde que quero chegar. Eu também não sei aonde eu quero chegar com tudo isso.

– Tá mas no que isso importa? - Ele levanta as sobrancelhas.

– Não sei. - Responde sinceramente. - Só quero saber se estava fazendo algo mais legal ou interessante do que visitar uma desconhecida no hospital. - Falei por fim. Porra porque eu quero saber disso?

– E porque você quer saber? - Ele fala.

E de repente eu não sei. Eu olho para ele e levanto as sobrancelhas. - Não sei. Curiosidade.

Ele me olha e diz: - Estou trabalhando em um terceiro álbum, isso inclui várias horas no estúdio de gravação. Feliz agora? - Ele me fala e dá outro gole no seu Frappuccino.

Eu olho para ele. - Sério? Sem direito a nenhuma festa ou coisa do tipo no meio da semana? - Falo por fim. Qual é! Vamos, o cara é famoso e não pode nem curtir isso?

– Não. Olha, por que está me perguntando isso? - Ele parece exasperado. - Você nem se importa com o meu trabalho e dos meus amigos, aliás, para você nós nem temos talento, não é mesmo!? - Ele fala isso com uma pontada de decepção nas palavras. Fico em silêncio. Ele tem razão, não devia perguntar mesmo pelo trabalho dele, se fala mal disso naquele dia. Começo a tomar meu cappuccino. Droga me sinto mal, penso em pedir desculpas, mas.. melhor não. Para que? Para ele somente reafirmar o que acabou de dizer? Me sinto mal, mas me sinto mais mal ainda... Quando olho para a grande janela, que dá visão para rua, vejo uma menina, com sua mãe, correndo para dentro de uma loja de brinquedos, as duas rindo por sentirem os pingos da chuva atingirem sua pele. Eu sinto um pequeno sorriso triste se formar no meus lábios. Eu sinto saudades de minha mãe. Mas não essa. Que me rejeitou por um homem. A mãe que ela era, antes de José e de tudo. Quando eu e ela estávamos juntas, para lutar contra a dor da perda de meu pai. Abaixo os olhos para baixo. Deus.. juro que quero perdoá-la. Solto um suspiro longo e baixo. Coloco meus dois pulsos na mesa. Eles estão tampados pela jaqueta. Queria voltar no passado e nunca ter feito merdas na minha vida. Dedilho a ponta dos meus dedos na mesa, me lembrando do dedilhado da musica no rádio. Harry coloca sua mãe direita, em cima da minha e aperta.

– Me desculpe. Não queria ser grosso com você. - Ele fala baixo e calmo. Eu olho para ele e vejo uma expressão calma em seu rosto. Mas seus olhos parecem me implorar a desculpa.

– Está tudo ok, Harry. - Falo fraco, e dou um sorrisinho fraco de canto para ele. - Só me leve para a casa. - Ele concorda e nos levantamos da mesa. -------------------------------------------------------------------------

Ele me leva de carro até a casa da minha tia. Ficamos em silêncio o percurso todo até chegar a casa da minha tia. Ele estaciona e continuamos em silêncio.

– Elena me desculpe, não queria ser grosso com você. - Ele volta a falar mais uma vez.

– Já falei, está tudo bem Harry! - Falei baixo e calmo.

– Mas você está tão.. triste. - Ele fala.

– Eu sei. - Eu falo. - Mas não por sua culpa. Só lembrei de coisas que quero esquecer. - Falei. Ele me olhou profundo nos olhos. Parece que esta vendo minha alma e com elas todos os meus medos e segredos. Eu me aproximo e dou um beijo na sua bochecha. - Até psicopata. - Dou um pequeno sorriso e pisco para ele e saio do carro. Entro na casa dos meus tios, e não olho para ninguém, ou falo com alguém. Entro no quarto, e olho na janela. E só quando apareço na janela, que ele dá partida no carro e vai embora. Quem sabe eu peça desculpas para ele. Por falar mal do trabalho dele e dos amigos dele. Mas agora eu preciso ficar sozinha, eu e meu orgulho.


Notas Finais


Por favor, comentem se gostarem.


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