História Sortilege (Jikook ABO) - My sacrifice.

Era uma linda manhã em Marlenout, em plenas 5 da manhã os raios de sol já brilhavam como ouro, o reino inteiro já havia despertado, todos entrando em suas rotinas diárias de trabalho e responsabilidades, até se quer os malandros, que nada faziam da vida, já haviam despertado com um ótimo humor.

Porém, ainda havia uma pessoa muito importante para todos dormindo, e essa pessoa não era ninguém mais que o príncipe. Todos naquele reino admiravam muito o jovem herdeiro, sabiam que em um futuro distante o garoto seria um ótimo rei, o que tranquiliza a todos. Para os pobres plebeus era um alívio acordar sabendo que seu rei era justo, mas era incomodo acordar sentindo fome.

Apesar de ser um reino cheio de amor e boa justiça, o lugar passava por dificuldades, o número de pessoas aumentou bastante nos últimos anos, o que fez os gastos aumentarem e o dinheiro ficar escasso. Mesmo com toda a dificuldade, alguns agricultores ajudavam quem podiam com suas reservas e plantações, mas não era suficiente. E todos sempre paravam olhando para o grande castelo e pensando, quando essa miséria acabará?

[...]

Enquanto o dia estava barulhento e feliz lá fora, havia um lugar no castelo onde a escuridão da noite ainda permanecia, o quarto do príncipe. Já se passavam das 7 da manhã e o garoto continuava a dormir, talvez tenha perdido a noção do tempo, ou talvez tenha passado a noite estudando novamente, ninguém sabia ao certo.

O príncipe que dormia sereno, preso em seu mundo de sonho, foi bruscamente acordado quando a grande porta de madeira de seu quarto foi aberta pela rainha Jiyeon, sua mãe. 

O mesmo pelo susto ainda tentava se localizar, seus olhos doíam pela claridade, pois sua mãe havia aberto as janelas. Mesmo sem entender o Park que antes dormia, tentou indentificar quem seria a pessoa que lhe acordou.

— Ainda dormindo, meu filho? Já passou da hora de se levantar.— Disse a mulher enquanto puxava as cobertas do filho.

— Mãe, ainda é cedo.— Resmungou.

— Cedo? Já se passam das 7!

O garoto imediatamente pulou da cama, não imaginava que havia dormido tanto. Mesmo sentindo seus ossos se quebrarem como nozes e seu cabelo completamente desgrenhado o garoto se levantou e se dirigiu a seu banheiro, sem ao menos olhar para o rosto de sua mãe.

— Termine suas higienis e desça para a sala do trono, seu instrutor estará lhe esperando lá. E se vista bem, por favor.— Disse a rainha logo deixando o local.

O ômega apenas revirou os olhos e começou a olhar seu próprio reflexo no espelho, ele parecia ter sido atropelado por uma carroça de galinhas, céus, estava horrível. 

Ainda sonolento, o garoto começou a retirar suas roupas e preparar um banho quente para si, ele sem dúvida precisava relaxar um pouco antes de ter um dia extremamente cansativo. 

Enquanto tomava seu banho, o príncipe tentava pensar em todas as responsabilidades possíveis, para que nada lhe surpreendesse de última hora, para ele, era sempre melhor estar preparado para o pior para que o melhor fosse mais agradável.

Assim que terminou sua higiene matinal o Park escolheu uma roupa azul, sua cor favorita. Jimin sempre se sentiu mais confiante quando usava roupas azuis, o garoto costumava dizer que se sentia um pedaço do céu quando se vestia com tal cor, se sentia especial.

Como de costume, o príncipe saiu de seus aposentos e começou a andar pelos corredores, a procura de algo interessante que lhe chamasse a atenção. Ao passar pela sala do trono Jimin pôde perceber seus pais conversando, a expressão de sua mãe não era boa. O garoto se aproveitando de seu pequeno corpo se escondeu atrás de uns pilares e apenas escutou o que os mais velhos conversavam.

— Meu amor, eu realmente não quero ter que tomar essa decisão, seria um choque enorme para ele.— Disse calma a rainha.

— Mas se o ministro hoje não nos trouxer boas notícias, não teremos opção minha querida. O rei de Marloud já concordou, só espera nossa resposta.

— Será mesmo o melhor a se fazer? 

— Eu creio que sim.— Disse calmo o rei enquanto fazia um leve afago no cabelo da esposa.

O príncipe apesar de não ter entendido do que se tratava o assunto, resolveu não perguntar, afinal, poderia não ser de sua conta. O mesmo ajeitou suas vestes e então seguiu até seus pais.

— Meu filho, já te disse como o azul lhe cai bem?— Disse a rainha tentando amenizar o clima estranho que se instalou.

— O que deu em você, mãe? Não é de me fazer elogios.— estranhou o Park arqueando suas sombrancelhas.

— Uma mãe não pode mais elogiar seu filho?— Disse fazendo uma expressão fofa que fez o rei sorrir.

— Pai, onde está Seulgi?— Perguntou o Park se referindo a sua irmã mais nova.

— Ela foi para as aulas de boas maneiras, ficará fora o dia inteiro hoje, para sua felicidade.

— Falando assim me faz parecer uma péssima pessoa.— Fingiu tristeza o príncipe.

— Vá fazer seus afazeres ande! Um príncipe não deve ser desocupado.— Sorriu divertida sua mãe.

— Estou indo.— Sorriu o Park.

E assim Jimin saiu da sala do trono seguindo em direção a grande biblioteca. A biblioteca sem dúvidas era seu lugar favorito, era onde o pequeno Park podia cantar e se livrar de seu estresse, sem que ninguém pudesse lhe ouvir. 

O príncipe tinha uma voz doce e muito agradável, mas carregava consigo uma vergonha enorme de mostrá-la a outras pessoas, ele não era muito confiante em relação a sua voz para o canto, já sua irmã, Park Seulgi, cantava por todos os lugares sem vergonha alguma. Alguns diziam que era o dom da família Park ter uma ótima voz para o canto, mas eles sempre diziam que puxaram esse talento de sua majestade, a rainha.

[...]

Enquanto isso no reino de Marloud tudo parecia tranquilo, como sempre a situação financeira do reino se mantinha ótima, e a alegria de todos estava intacta. 

Pelos corredores do castelo podiam se ouviu passos extremamente apressados que logo invadiram a biblioteca aos gritos. Eram apenas os dois caçulas dos Jeon brincando. Os dois sempre brincavam juntos correndo pelo castelo, mas sempre evitavam se encontrar com seu irmão mais velho, o mesmo tinha um temperamento difícil de lidar e nem sempre seu humor era bom.

— Ei! Por que estão gritando tanto? Ainda mais dentro da biblioteca?— Disse o mais velho enquanto encarava as duas crianças.

— Desculpa, Hyung, a gente não sabia que você estava lendo aqui.— Ambos abaixaram suas cabeças esperando a bronca que levariam do irmão.

— Vocês sabem que não gosto de ser interrompido, façam o favor de sumir daqui!— Ditou o mais velho dando as costas as crianças ali presentes. 

Ambos os meninos saíram imediatamente correndo de lá e coincidentemente acabaram na sala do trono onde seus pais conversavam e trocavam paparicos.

— Mamãe, por que o Hyung é tão chato com a gente?— Perguntou o pequeno se sentando no colo da mãe.

— Entenda meu menino, seu irmão já passou por muitas coisas ruins e acabou ficando assim, apenas não o irritem.— Disse calma para seu filho mais novo.

— Será que um dia o Jungkook vai parar de brigar com a gente e ser legal?— Perguntou o pequeno olhando para seu pai.

— Eu espero que um dia alguém amoleça aquele coração de pedra, Jeonhyun, eu realmente espero.

Jungkook, o filho mais velho dos Jeon, nunca deixava dúvidas sobre ser um alfa lúpus, o garoto sempre estava sério e implacável, ninguém sabia o que se passava em sua mente, nem mesmo seus pais. Apesar de tudo isso, Jungkook tinha um coração, mas o mesmo se encontrava fechado a muito tempo, para muitas coisas. 

[...]

E mais uma vez o Jeon caminhava pela biblioteca com seu livro favorito em mãos, o mesmo sempre Lia e relia o livro desde seus 16 anos de idade, era seu passatempo favorito. 

Mesmo tento seus 21 anos, já fazia algum tempo que seus pais não o empurravam para cima de alguma das filhas de outros nobres, o que fazia Jungkook pensar todas as noites o que lhe esperava dali para frente. 

Jeon ainda tinha em sua memória sua última tentativa de casamento, onde foi completamente traído. Sua futura esposa, que conseguiu amolecer seu coração e o fez se apaixonar perdidamente por ela, apenas queria o mesmo como um prêmio e seu dinheiro e fortuna, além de trai-lo com alguns de seus "amigos". Isso para o príncipe foi o fim da picada, depois deste dia jamais voltou a se apaixonar ou confiar novamente em alguém. O moreno havia até se quer ganhado a fama de coração de pedra, por ter as mais belas jovens a sua volta e ainda sim, não escolher nenhuma delas.

Ultimamente seus pais haviam trocado muitas correspondências com o reino vizinho, o que lhe dava a idéia que logo lhe apresentariam mais moças para que escolhesse sua esposa. 

Mas, enquanto Jungkook pensava em alguns encontros a cegas, a mente de seus pais estavam um pouco além disso. O rei e a rainha não queriam deixar o herdeiro sobre aviso, mas se tudo corresse como o esperado, Jungkook estava prometido para um casamento arranjado com alguma ômega de algum reino. Para a surpresa dos Jeon, um reino muito próximo havia lhe pedido uma aliança, aparentemente o reino estava passando por dificuldades econômicas e precisavam de ajuda e os Jeon lhe ofereceram essa ajuda, em troca que seu filho mais velho se casasse com seu herdeiro.

Casamentos arranjados era quase uma tradição na família Jeon, todos os reis e rainhas daquela linhagem haviam se casado por casamentos arranjados e maioria deles, deu certo. Mas com a personalidade do herdeiro Jeon, seria bem difícil lhe arranjar alguém.

[...]

E lá estava o jovem Park, mais uma vez observando o por do sol enquanto comia algumas amoras, o Park até se quer pensava que seu cheiro de amoras era devido a ele comer tão excessivamente a fruta, mas não achava possível. 

O príncipe Park simplesmente amava observar o por do sol, era o momento do dia que o mesmo mais gostava, pois alí podia apenas esquecer de tudo e relaxar, sem se preocupar com mais nada e ninguém.

Jimin foi tirado de seus pensamentos ao ver a de suas criadas se aproximar, e então fez sinal para que ela falasse.

— Majestade, seus pais solicitaram sua presença no jantar de hoje.— Disse se curvando e saindo em seguida.

O sangue do príncipe congelou naquele exato momento, ele sempre comia sozinho em seu quarto, mas desta vez, seus pais haviam lhe chamado para comer em sua companhia. Sinceramente, o Park não esperava nenhuma notícia boa naquele jantar. 

E então, a hora do jantar chegou.

Jimin como de costume, nas raras vezes que comia com seus pais, se sentou a mesa e ficou os observando. Porém, desta vez a expressão de seus pais não era boa, ambos se entreolharam como se quisessem entrar em um consenso sobre o que fazer, era realmente um silêncio desesperador para o ômega. Logo os pratos foram servidos e todos começaram a comer, por um momento, Jimin até pensou que seus pais apenas queriam sua companhia para comer, mas logo o rei pigarreou chamando a atenção de todos.

— Meu filho, sabe que nosso reino vêm passando por muitas dificuldades, sim? 

Jimin apenas concordou olhando para seu pai.

— Bom, nos últimos dias, um reino nos ofereceu ajuda financeira...— Disse o rei desviando seu olhar para a esposa.

— Sério? Isso é ótimo, pai!— Festejou Jimin ainda aprencivo.

Jimin sentiu seu sorriso murchar quando sua mãe abaixou a cabeça com um olhar de quem iria chorar.

— Tem algo de errado?— Perguntou Jimin já esperando o pior.

— Para eles aceitarem a aliança, terá um preço, meu filho...e isso envolve você.— Disse o rei enquanto encarava o olhar confuso do ômega.

— Pai...

— Você terá que se casar com o filho mais velho dos Jeon, Jimin.— Disse seu pai um pouco triste.— Eu sinto muito.

Jimin ficou completamente sem reação, seu coração parecia que sairia pela boca a qualquer momento. Jimin sempre pensou que escolheria seu próprio marido e que seria alguém que ele amaria para o resto de sua vida, mas está noticia tinha simplesmente pisado em todos os sonhos que um dia o ômega teve.

— E-eu...me dêem licença!— Disse Jimin se levantando e correndo em direção a o maior corredor.

Seus pais realmente se sentiam culpados por isso, mas nada poderiam fazer já que seu povo não podia mais viver na miséria, eles esperavam que o filho fosse compreensivo e entendesse a situação.

Já Jimin, que se encontrava andando de um lado para outro em seu quarto, estava completamente assustado com a notícia, se casaria com um alfa que jamais viu ou ouviu falar em sua vida, e tudo para que seu povo não vivesse mais em toda aquela pobreza. Milhões de perguntas assombravam a cabeça do pequeno Park naquele momento.

"Como seria o alfa?"

" Como sua vida seria dali em diante?"

" Isso seria o certo a se fazer?"

" Como passaria seu cio?"

" Onde moraria?"

Eram tantas perguntas que a pequena cabeça do príncipe quase explodia de tanto nervoso. Apesar de Jimin não gostar nem um pouco da idéia e ser totalmente contra esse tipo de método, ele tentou pensar em seu povo acima de si mesmo, como sempre fazia.

— Não posso ser tão egoísta, meu povo precisa de comida...— Pensou alto o jovem príncipe.

[...]

Enquanto isso no outro reino, os Jeon jantavam tranquilamente como todos os dias, o jantar corria bem, até que o rei se pronunciou.

— Jungkook, você irá se casar!

No mesmo instante o moreno se engasgou com a comida e olhou para seu pai como quem dizia " o quê?".

— Conseguimos uma aliança com um reino que pode nos ajudar e muito, mas em troca, se casará com um um membro de sua família.— Disse o rei um pouco seco.

O príncipe sendo frio como de costume, apenas voltou a comer não dando muita idéia.

— Não estou afim de me casar com nenhuma ômega fresquinha do reino dos Park.— Disse sem tirar sua atenção da comida.

— Que bom, pois não se casará com umA ômega e sim com Um ômega.

Por essa o garoto não esperava. No mesmo instante em que ouviu aquilo o corpo de Jeon travou. Ele sempre imaginou que se casaria com uma princesa, mas saber que se casaria com um príncipe ômega, lhe trazia grande angústia. Jamais havia se relacionados com um garoto ômega antes, era completamente novo para si saber que se casaria com um, mas Jeon sabia que não adiantaria discutir com seus pais, então apenas aceitou e continuou sua refeição, agindo claro, pela razão.

Mais tarde naquela mesma noite, Jeon foi até a cozinha, para encontrar seu melhor amigo, o cozinheiro do castelo.

— Jungkook, o que faz aqui a essa hora? Não conseguiu dormir?— Disse Seokjin enquanto observava o alfa.

— Estou uma pilha de nervos, Jin, não ficou sabendo? Eu vou me casar.— Disse debochado.

— E isso é uma notícia ruim?

— É um casamento arranjado, Jin, eu nem se quer conheço meu noivo.— Disse ainda mais debochado.

— Noivo? Finalmente seus pais lhe arrumaram um ômega?— Disse Jin sorrindo vitorioso.

— Não acho isso bom, eu sinceramente não quero me casar e se tivesse escolha jamais aceitaria isso! Como posso me casar com um desconhecido, nem uma relação de amizade temos.— Disse Jungkook começando a perder a paciência.

— Calma, Jungkook, tenha um pouco de fé que as coisas serão boas, pelo ao menos uma vez!— Esbravejou Seokjin.

— Tá bom, Jin, mas já vou avisando, não vou suportar esse ômega apenas por ser meu noivo!— Disse ainda com uma carranca em seu rosto.

— Aí, Jungkook, você não muda mesmo!— Balançou a cabeça negativamente enquanto se afastava.

[...]

Na manhã seguinte Jimin acordou novamente com os gritos de sua mãe, sua noite de sono havia sido pior do que a anterior, tudo graças a notícia horrível de seu casamento.

— Meu filho, tenho uma ótima notícia para você!— Disse a mãe de Jimin eufórica.

— O que é, mãe? Apenas diga.— Disse o ômega enquanto coçava seus olhos tentando enchergar melhor.

— Amanhã mesmo partiremos para Marloud, você conhecerá seu futuro marido.— Disse batendo palminhas.

— O QUE?— Gritou Jimin se levantando bruscamente.— Mas mãe, eu nem disse se concordaria com isso ou não! 

— Eu sei que você vai concordar, Jimin! É para o bem de nosso povo, não tem nada haver com nós mesmo!— Disse ela já irritada.

—Mas...

— Mas nada, levante-se hoje e cuide o máximo possível de sua pele e cabelos, e não se esqueça de arrumar suas malas!— Disse saindo do quarto deixando o príncipe sozinho.

— Eu vou enlouquecer!— Disse o Park se jogando na cama.

[...]

O clima em outro castelo também não era muito agradável...

— O que? Repete que eu não entendi bem.— Disse Jungkook encarando seus pais.

— Seu futuro noivo chegará aqui amanhã, Jungkook! Então se apronte hoje para recebê-lo bem amanhã! E aí de você se eu o ver tratando mal seu futuro marido, aí de você!— Disse sua mãe ameaçando o alfa.

— Entendi, mãe. Onde esse ômega dormirá?— Perguntou com desdém.

— "ômega" não! Se refira direito a ele!

Jeon revirou os olhos.

— onde o meu querido marido dormirá, mãezinha?— Disse debochado.

— No quarto que está sobrando ao lado do seu, mande uma criada prepara-lo. E você, é melhor já ir melhorando esse seu mal humor, pois está lidando com um ômega macho, e não as garotinhas mimadas que está acostumado!— Esbravejou novamente com o alfa.

— Entendi, mãe.— Disse saindo a passos largos do local e indo para a biblioteca.

O alfa caminhava de um lado para o outro completamente irritado e aprencivo.

— Minha vida se tornará um inferno!— Gritou dando um soco firme na mesa em sua frente.

Jungkook tentou se acalmar apenas olhando para o nada e respirando fundo.

— É um sacrifício que terei que fazer, pelo meu povo.— Disse se sentando e apoiando sua cabeça sobre a mesa.

Mas será que o Jeon estava certo? Sua vida realmente se tornaria um inferno? O ômega seria tão ruim assim para si? Ou o alfa estaria somente relembrando traumas de seu passado? Não dava para saber ao certo, Jeon era imprevisível. Não será nada fácil para o príncipe de cabelos loiros amolecer o coração de pedra de Jeon, e talvez seja impossível, mas quem sabe. Ele já se apaixonou uma vez, nada impede que aconteça de novo.