1. Spirit Fanfics >
  2. SOS CRIMINALS >
  3. Dia de caos.

História SOS CRIMINALS - Dia de caos.


Escrita por: faccini_

Capítulo 12 - Dia de caos.


Ashley POV.

Depois que eu disse a Justin que o amava e não obtive resposta, aquilo ficou martelando na minha cabeça. Por que ele não retribuiu? Ele não me amava? Bom... São perguntas que só ele pode me responder. Acabei adormecendo com o carinho que ele fazia no meu cabelo.

Acordei com o som intrigante do despertador me alertando que eu teria que ir para a escola. A rotina iria voltar ao normal. Uma parte dela pelo menos. Justin acordou e me deu bom dia e ao contrário dele eu retribui. Levantei e fui para o meu quarto me arrumar. Escovei meus dentes e fui ao closet procurar meu uniforme. Estava cheio de roupas novas que Justin e Pattie compraram pra mim, tinha poucas que estavam na minha casa. Vesti meu uniforme e calcei um tênis, fui a penteadeira e amarrei meu cabelo em um coque, não estava afim de me arrumar muito. Passei um batom vermelho, peguei minha mochila e desci para tomar café.

A casa de Justin é uma mansão, é super fácil de se perder aqui dentro. Fui até a cozinha e encontrei Maria cantarolando enquanto fazia uma salada de frutas. Assim que ela me viu pediu desculpas e a gente riu. Justin chegou a cozinha, me deu um selinho e se sentou ao meu lado. Maria nos serviu com salada de frutas e uns pedaços de bolo. Quando terminei de comer, deixei as coisas na pia e esperei por Justin, que não demorou e logo apareceu na sala pegando em minha mão e me puxando até a garagem.

Estava um clima chato entre a gente e um silêncio constrangedor. Quebrei o silêncio perguntando por ontem.

- Por que não retribuiu? - ele me olhou confuso.

- Não retribui o que?

- O meu eu te amo Justin. - ele ficou em silêncio e finalmente disse algo.

- Eu não quero me precipitar e também não quero te iludir. Eu gosto de você. Gosto muito, mas não chega a ser amor ainda. Eu pretendo ser bem sincero com você sobre o que eu sinto. - assenti e fiquei olhando pela janela.

Ele foi sincero e verdadeiro, isso é um bom sinal. Eu não vou desistir dele só porque ele não me ama ainda. Eu vou lutar e fazê-lo se apaixonar por mim.

Cheguei na escola e as meninas logo se aproximaram, elas eram um amor sempre se preocupavam comigo. A gente ficou conversando sobre nossos micos de ontem. Era uma gargalhada atrás da outra. O sinal da aula tocou e fomos para as salas.

[…]

Na quinta aula pedi pra professora para ir ao banheiro. Quando eu estava saindo do banheiro, vi Laura entrando em uma sala e olhando para trás para se certificar de que não havia ninguém por ali. Fui atrás dela pra ver o que estava aprontando. Olhei pela janelinha da porta e vi uma cena inacreditável. Laura estava aos beijos com Dylan. Arregalei os olhos quando vi e coloquei a mão na boca. Sem querer, acabei esbarrando no lixo que tinha ao meu lado fazendo barulho e chamando a atenção dos dois. Tentei correr mas era tarde. Laura já tinha aberto a porta e me visto.

- Ashley espera! Deixa eu explicar. - ela disse enquanto corria em minha direção.

Ela me alcançou e segurou em meu braço me impedindo de fugir de novo.

- Como pode fazer isso com Camila? Ela te ama e não merece isso - disse tentando recuperar o fôlego por causa da corrida.

- Vamos até a sala, lá eu te explico. - cedi e fui com ela até a sala.

- Oi. - Dylan disse acenando e com a boca toda manchada de batom. A cena era hilária mas eu me controlei e não ri.

- Olha Ash, eu sei que é errado, mas foi mais forte que eu. Ontem na festa, eu fui ao banheiro e Dylan me seguiu. Eu sempre achei ele um lindo e sempre quis dar uns beijinhos nele. Até que conheci Camila, que me fez tirar essa fantasia da cabeça.

- É, e você a traiu!

- Sim, eu a traí. Mas eu vou contar a ela hoje. Na festa a queda que eu tinha por ele acabou voltando. E a gente se pegou no banheiro e agora aqui na escola, mas eu prometo que vou dizer a ela.

- Eu acho bom. Porquê se você não contar, eu conto! E eu acho melhor ela ficar sabendo por você. - sai dali batendo a porta e voltando a minha sala.

Eu nunca imaginei que Laura seria capaz de uma coisa dessa. Camila a ama tanto, ela vai ficar puta quando souber. Tocou o sinal para ir embora e eu fui procurar Justin. No caminho, encontrei Shaw conversando com o mesmo garoto que estava com ele na sorveteria. Me aproximei e chamei sua atenção.

- Oi Shaw. - disse ficando na ponta dos pés para cumprimentá-lo. Assim que ele se virou me pegou no colo e me girou.

- Oi pequena. Eu estava morrendo de saudades.

- Eu também estava. Você não apareceu mais desde aquele dia do hospital.

- É, eu tive que viajar. Minha avó está doente e eu fui visitá-la.

- Ah sim. - sorri e vi que Justin estava nos observando de longe. - Bom, eu tenho que ir. Depois a gente se fala.

Ele sorriu e eu fui em direção a Justin, que quando viu que eu estava indo atrás dele, ele saiu andando. Aumentei a velocidade dos meus passos o alcançando.

- Ei, por que está correndo de mim? - perguntei segurando em seu braço.

- Eu não quero você falando com aquele cara Ashley. Não quero. - eu ri debochada e retruquei.

- Você manda em mim agora? - ele entrou no carro e ligou o motor.

- Você namora comigo, tem que me respeitar. Eu não gosto de Shaw e você sabe. Continua falando com ele para me provocar. - eu ri mais uma vez.

- Como é que é? Só porque eu namoro contigo quer dizer que eu não posso mais ter amigos homens?

- Você já tem Dylan, Ryan e Chaz, não precisa de mais nenhum.

- Você é um babaca!

Ele riu e saiu cantando pneu me deixando ali igual uma idiota. Fui procurar por Camila e a vi conversando com Laura. Quando eu estava me aproximando, Laura deixou Camila sozinha e saiu andando. Elas tinham terminado. Vi Camila se sentar no chão e esconder o rosto entre as pernas. Sentei ao lado dela e fiz um carinho em seu cabelo.

- Não fica assim Cah. Ela não te merece. - ela chorava compulsivamente.

- Como você sabe que a gente terminou? - ela disse em meios de soluços.

- Eu vi ela hoje com Dylan e disse que se ela não te contasse eu iria contar.

Ela me abraçou forte e chorou mais em meu colo.

- Vamos, levante. Vou te levar para casa.

Fui andando até a avenida com ela e fiz sinal para o táxi. Dei o endereço da casa dela e partimos. Ela deitou a cabeça no meu colo e chorou, eu tentava reconforta-la mas não adiantava. Camila amava muito Laura e não ia ser minhas palavras que iriam mudar isso. Chegamos a sua casa e eu paguei o taxista. Peguei a mochila dela e coloquei nas costas junto com a minha.

Entramos e fomos direto para o quarto dela. Ela se jogou na cama e voltou a chorar. Eu a abracei e fiquei ali dando meu colo para ela chorar. Depois de duas horas ela dormiu. Tirei seus sapatos e a cobri. As vezes ela soltava um suspiro junto com soluço de choro por causa do tanto que chorou. Peguei minha mochila e fui embora.

Ver Camila daquele jeito, doía no meu coração. Doía ainda mais saber que o motivo dela estar assim era Laura, uma garota doce que eu também gostava muito. Eu estava sem dinheiro então fui para casa andando mesmo. A casa de Justin era umas 6 quadras dali, então não demoraria tanto. Eu sempre andava escutando música nos fones e ficava distraída. Estava chegando no quarteirão onde era minha antiga casa quando percebi um homem se aproximando de mim. Apertei os passos e o cara fez o mesmo me acompanhando, quando eu ia começar a correr o cara segurou no meu braço o apertando.

- Por favor me solta. - disse morrendo de medo e deixando uma lágrima descer.

- Não chore. Se você se comportar, acabo com isso rapidinho. - ele começou a passar a mão na minha intimidade e eu comecei a chorar.

Ele me puxou para um beco que tinha ali e eu comecei a gritar. Minha garganta arranhava a cada grito que eu dava. Ele pôs a mão na minha boca me calando e eu o mordi. Ele lançou um tapa forte no meu rosto e eu me calei. Ele colocou a mão por dentro da minha blusa e apertou meu peito. Começou a beijar meu pescoço, eu me debatia mas era em vão, ele tinha muito mais força que eu. Ele me jogou no chão e rasgou minha blusa me deixando só de sutiã, ficou em cima de mim e prendeu meus braços.

- por favor para. - pedia em prantos.

Ele e me lançou mais um tapa na cara, e continuou tentando abaixar minha calça. Eu estava cansada de tentar impedi-lo, estava ficando sem forças, quando de repente vi Shaw o tirar de cima de mim. Agradeci a Deus por ele ter aparecido ali.

Shaw sacou uma arma e eu vi o cara que tentava me estuprar pedindo para Shaw ter paciência e piedade. Shaw soltou uma gargalhada.

- Você não teve piedade quando ela pedia para você parar. - o cara estava de joelhos com a arma de Shaw em sua testa. - Sabe rezar? Então reza para eu não meter uma bala na sua cabeça.

O cara começou a rezar e Shaw deu uma risada fraca e atirou.

- Otário.

Me assustei com a frieza de Shaw e com o barulho do tiro. Estava em choque. Shaw tirou o casaco dele e me deu para eu me cobrir. Ele me levantou e fomos caminhando até a sua casa.

Quando chegamos, ele me sentou no sofá e me trouxe um copo de água com açúcar. Eu não conseguia falar nada. Ele me olhava com pena e isso me deixava ainda mais envergonhada.

- Você está bem? - ele disse me dando uma blusa dele para vestir.

- Eu estou em choque Shaw. Se você não tivesse chegado... - ele não deixou eu terminar de falar.

- Não pensa mais nisso ok? Já passou. - assenti e dei um sorriso para ele.

- Me leva para casa por favor?

- Com certeza. - ele se levantou e foi em direção a porta.

- É, eu estou morando com Justin agora. - vi que ele ficou abalado com a notícia. - É uma longa história, outro dia eu te conto.

Ele pegou a chave do carro e fomos até a garagem para poder sairmos. Ficamos em silêncio todo o caminho. Assim que cheguei na casa de Justin, dei um beijo em sua bochecha e me despedi. Quando entrei em casa, Justin já veio me atacando.

- Eu já não falei pra você que não te quero com ele? De quem é essa blusa Ashley? - ele segurou em meu braço e eu comecei a chorar. Ele ficou sem entender nada e me soltou. Sai correndo para o meu quarto e tranquei a porta. Me deitei na cama e chorei ainda mais. Quando o choro cessou fui tomar um banho. Precisa tirar aquela sujeira do meu corpo. Quando sai chuveiro me enrolei em um roupão e escutei batidas na porta.

- Ashley, abre a porta, vamos conversar. - eu não respondi e ele continuou insistindo. - Por favor, abre essa porta.

Ele insistiu durante alguns minutos mas desistiu quando viu que eu não iria ceder.

Eu precisava dormir, precisava tirar aquelas imagens horrorosas da minha cabeça. Me deitei e logo adormeci, estava morrendo de sono  e  super  cansada.

Hoje literalmente não era o meu dia. 


Notas Finais


Vocês não vão acreditar no que está por vim nos próximos capítulos. Aguardem.. ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...