História Sougo e Kagura Perdidos na Ilha (A Pegadinha) - A Preocupação

Você já viveu momentos em que seu coração badalou a mil por hora?

Aqueles típicos acontecimentos no qual tudo que lhe vem a mente é involuntário e aleatório?

Onde tudo que tens como atitude é correr, agarrar algo/alguém ou gritar, por muitas vezes até chorando?

Pois bem, ele realizou tudo isso em questão de segundos, porém, ainda bem, conteve as mínimas lágrimas que teimavam em iniciar o surgimento em seu semblante.

Bem, é fato que todos temos direitos, não importando as circunstâncias e, nesse instante, Sougo pode demostrar outro lado de si que está escondido, que faz parte de seu ser, mas permanece oculto, e que há muito não vemos ou talvez nunca tivemos a honra de conhecer.

Sougo On

"Por que estou correndo? Por que estou sentindo que vou morrer por dentro? Por que só agora sinto que uma desgraça está acontecendo?" - pensou enquanto corria até ela quase que sofrendo um infarto e...

Após pegá-la no colo, estando de joelhos na areia, berrou: 

_Oi! China! China, acorda! Por que você está aqui? Como veio parar no mesmo lugar que eu? Me responde! Oi!- falou com arrogância na voz, mas sua expressão era pura preocupação e nervosismo.

Passando-se alguns minutos tentando reanimá-la, Kagura abriu os olhos (com dificuldade), gemeu baixinho e sussurrou: _Sádico... Eu...

"Diga..." - respondeu ele com um pingo de ansiedade.

_Eu... Eu estou... - se esforçava para dizer, ofegante.

_Você está... ? - seu coração errou uma batida, não se sabe o motivo até os dias atuais (ou sabemos sim).

_Eu estou sentindo que... Sentindo muito, na verdade... Muito... Muito calor! ME LARGA! - gritou com o rosto completamente vermelho (por conta da vergonha ou pode ter sido o sol escaldante) levantando de supetão jogando Okita de bumbum na areia, profundamente decepcionado, mas...

Não levou dois segundos sequer para a ruiva sentir tontura, perdendo logo o equilíbrio e indo de encontro com o chão, porém ele não permitiria tal baque, não sendo ela a pessoa a cair e a segurou em seus braços, permitindo-se sentir o aroma natural que o corpo da moça exalava.

_Não se mexa. - ordenou ríspido.

_O-oque v-você vai fazer, seu S-Sádico de merda?! - interrogou mais enrubescida do que antes.

_ ... - ele não proferiu nem um chingamento de leve, apenas fez-se de desentendido, permanecendo como estava. 

1, 2, 3... E ele estava de volta, agindo como estamos acostumados, pondo sua típica máscara de sarcasmo e com o sorriso sádico de sempre, provocando-a - Veja, eu posso fazer muitas coisas... Só basta você querer... - e gargalhou divertido, enquanto Kagura formava em seu rosto uma expressão de surpresa, revolta e timidez, junto ao ódio, claro.

_N-não seja idiota! Eu nunca que iria querer algo com um imbecil como você! E não chegue mais perto de mim! - encerrou ela sem saber o quanto aquelas palavras machucavam o coração do pobre policial.

_Tchi! Faça o que quiser, então. - deu de ombros largando o corpo dela ao chão, andando na direção contrária e esquecendo a condição de Kagura por um tempo.       

Parece que o Okita desistiu e não vai manifestar mais, outra vez, nem os sentimentos e nem os pensamentos.

"Ela que se vire para sobreviver..." - e então afastou a ruiva de seus pensamentos. Bem, por hoje, pelo menos... 

Afinal, Kagura não permitiu tempo nem para debaterem sobre a situação que, aparentemente, somente os dois se encontram e o motivo, com certeza, é o mais questionável e diz jus a ambos. Novamente, ela agiu egoistamente e o garoto, impulsivamente.

Continua...