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História "Soulmate" - "Soulmate 0.8"


Escrita por: AloneMinHae e AloneMinMoon

Notas do Autor


Att tripla pq sim!!
Espero que gostem!!!
Ignorem possíveis erros!

Capítulo 8 - "Soulmate 0.8"


          Hinata

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                                        Shouyou

Uma semana havia se passado desde a primeira vez que fiquei com Kageyama, não era como se muita coisa tivesse mudado, eu ia trabalhar todas as manhãs normalmente, chegava a empresa antes da maioria das pessoas, e ficava no meu lugar de sempre esperando meu chefe chegar, quando o moreno chegava eu o acompanhava até sua sala, e a maioria das vezes quando a porta se fechava nós dois nos afundávamos em um mar intenso de beijos.

Hoje não era um dia diferente dos outros, eu havia acabado de chegar na empresa, e para variar eu estava atrasado pela segunda vez na semana, eu entrei às pressas no prédio seguindo direto para a sala do meu chefe, agradeci aos céus por não ter nenhuma reunião a essa hora do dia, se não com toda certeza eu estaria encrencado, deixei minha bolsa jogada de qualquer jeito na minha cadeira que era no caminho da sala do meu chefe, eu bati na porta ouvindo o "entre" e assim fiz, em passos calmos caminhei até a sua mesa deixando seu café no porta copos.

– Atrasado de novo Shouyou?- O mais velho fala enquanto folheava alguns papéis em uma paleta.

– Desculpe, eu não consegui dormir direito acabei me atrasando por isso.- Falo simples e o moreno retira os olhos da paleta para me olhar, ele se afasta da mesa e faz um sinal com a mão para que eu me aproximasse.

– Olhe para você, está com olheiras.- O moreno me puxa para o seu colo quando me aproximo me fazendo ficar sentado de lado em suas coxas, ele acaricia minhas bochechas e eu sorrio.

– Culpe minha faculdade.- Falo brincando e ele sorri antes de levar sua mão para a minha cintura me  puxando para mais perto.

– Tente não chegar tão tarde na próxima vez, você tem que cuidar melhor da sua saúde.- Falou baixinho com seus lábios bem perto aos meus.- Se precisar eu te libero mais cedo hoje.

– Está tudo bem, não é como se não estivesse acostumado com essa semana de trabalhos.- Falo simples e o moreno revira os olhos.

– Você quem sabe, agora me diga Shouyou o que temos para hoje?- Ele sussurra daquela maneira sedutora e levo minhas mãos para a sua nuca.

– Temos a manhã livre, então que tal só colar sua boca na minha?- Proponho de maneira arteira e sinto as mãos do moreno na minha cintura, não demorou nada para que começássemos a nos beijar, como todas as manhãs.

Eu ainda não havia descoberto se Kageyama tinha a mesma marca que a minha, o moreno não dava nenhuma brecha para que eu procurasse a bendita marca, mas de repente ter a mesma marca ou não pareceu irrelevante, eu só queria ser dele e acho que isso era culpa do meu eu apaixonado, mas eu não o culpava por isso.

             Quebra

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                                            Tempo

A hora do almoço havia chegado, Kageyama iria almoçar com Hanaoka de novo, eu tentava não me corroer de ciúmes, mas parecia impossível, hoje não almoçaria no refeitório como a maioria das vezes, como a tarde seria mais corrida, eu fiquei na minha mesa perto a sala de Kageyama, as meninas trouxeram o meu almoço antes de descerem para almoçar e agora estou aqui almoçando, esperando que Hanaoka chegue para ir com Kageyama para um almoço de negócios. E foi dito e feito, o barulho do elevador se abrindo invadiu todo o andar, e em seguida veio o barulho do salto alto, ela estava vestida com uma blusa social preta por dentro de uma saia que batia em seus joelhos da tonalidade de um bege clarinho, um sinto preto com dourado prendia a saia em sua cintura a deixando claramente marcada, o salto também preto com dourado, ela usava uma maquiagem forte deixando seus lábios bem marcados, ela tinha seus cabelos soltos, carregava um bolsinha em baixo dos braços e um óculos escuros tampavam seus olhos, ela parou calmamente em frente a minha mesa com um sorriso cínico estampado em seus lábios.

– Eu tenho um encontro marcado com seu chefe.- Ela fala como se estivesse contando vantagem e eu seguro a vontade de revirar os olhos.

– Espere um minuto.- Ela se afasta da mesa e eu ligo para a sala do meu chefe.

– Ela já chegou?- Ouço a voz do mais velho perguntando e eu sentia o tédio como se fosse palpável.

– Sim senhor, devo mandar entrar?- Pergunto e o moreno suspira.

– Não, avise a ela que estou saindo.- O moreno desliga a chamada e eu olho para Hanaoka que estava falando com alguém pelo celular.

– Ele já está saindo gerente Hanaoka.- Falo simples e não olho para a mulher.

– Eu sei que sou uma mulher muito sortuda irmãzinha, Kageyama esta caidinho por mim, espere o convite para o casamento.- Ela falava presunçosamente no telefone e a minha grande vontade era de rir por saber que era tudo mentira.

Quando Kageyama apareceu ele estava lindo, parecia ter se arrumado mais só para sair com ela, e isso me incomodou um pouco mesmo que já soubesse que ele estava no seu típico lindo de todos os dias, ele passou por mim me dando piscadinha de olho e ao contrário das outras vezes em que os dois andam de braços dados, dessa vez ele deixou uma certa distância entre ambos corpos, Hanaoka não pareceu gostar disso mas ficou quieta e só o seguiu, antes de entrarem no elevador ela se virou para mim e sorriu cinicamente, antes de esfregar seus peitos nos braços de Kageyama que revirou os olhos, essa vadia quer muito me provocar, e ela está conseguindo.

        Kageyama

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                                           Tobio

Sair para almoçar com Hanaoka não era ruim, pelo menos ela não era insuportável quando não dava em cima de mim, Hanaoka sempre foi reservada, inteligente mas nunca me atraiu como mulher, meus únicos casos eram de uma noite só, eu tentei esfregar isso na cara dela, deixando claro que não me interessava mas isso não funcionou, e ultimamente ela vem se tornando cada vez mais insistente.

Normalmente nossas reuniões são rápidas e não ocupam muito tempo, mas ultimamente ela vem me fazendo ficar mais tempo do que o necessário, sempre está falando de si mesma, das suas joias e das suas roupas, do seu dinheiro, e do quão bom partido ela era, a maioria das vezes eu ignorei todas as suas investidas e hoje não seria diferente, como todas as outras vezes ela escolheu um restaurante caro, fez uma reserva para dois.

– O que achou da escolha de hoje?- Ela pergunta enquanto mexia sem parar nos seus cabelos.

– É uma escolha interessante, bom sobre o que temos que debater hoje?- Hanaoka é gerente do departamento de design da empresa, então tenho que vê-la sempre que decidimos algo novo sobre os produtos da empresa.

– Eu trouxe os novos designs da nova coleção.- Ela retirou os papéis da bolsa e me mostrou um por um, era o que eu esperava dela e de seus funcionários uma bela coleção de joias.

– Estão belíssimos como todas as vezes.- Elogio e a ouço suspirar.

– Você não se cansa Kageyama?- Ela pergunta do nada e eu me mantenho calado em plena confusão.

– Me canso do que?- Pergunto ainda confuso e ela suspira de novo.

– De fingir que não me quer.- Ela fala com toda certeza e eu acabo franzindo a testa.

– De onde tirou isso Hanaoka?- Pergunto curioso e ela sorri.

– Kageyama nós somos almas gêmeas.- Ela sorri e eu reviro os olhos.

– Não mesmo, Hanaoka estou cogitando a ideia de te despedir se continuar com essa palhaçada.- Digo simples e começo a me levantar.- Esse almoço acaba aqui, espero que não continue com isso a não ser que queira perder o emprego.

Eu me retiro do restaurante depois de pagar a minha parte da conta, sigo rapidamente para o meu carro para poder ir de volta para a empresa, afinal de contas eu nunca pararia a minha vida pelos sentimentos de alguém, ao chegar na empresa eu deixo o carro no estacionamento e sigo para dentro do elevador, quando as portas se fecham eu posso ver Hanaoka saindo de um táxi com uma feição nada boa, eu a ignoro e só paro o elevador no meu andar, ao sair do cubículo metálico eu noto que pouquíssimas pessoas haviam voltado do almoço, eu sigo pelo corredor vazio esperando encontrar Hinata no caminho, mas apenas encontro sua mesa vazia, pouco antes de abrir a porta do meu escritório, sou puxado por uma mão gelada.

No instante seguinte, sinto os lábios finos de encontro aos meus, meus olhos se arregalam ao notar quem estava me beijando, e um sentimento de repúdio se instala em todo o meu ser, eu afasto Hanaoka de mim com um belo de um empurrão que quase a joga no chão, mas o estrago já havia sido feito, no fim do corredor eu pude ver a cabeleira laranja sumindo como um raio, Hinata havia visto esse beijo? Eu sinto a raiva me subir a cabeça mas não entendia porque de estar tão bravo com um simples beijo.

– Kageyama! Porque faz isso comigo? Nós somos almas gêmeas, soulmates.- Ela grita enfurecida.

– Entenda de uma vez Hanaoka, eu nunca serei seu soulmate.- Falo baixo tentando manter minha calma.

– Olhe bem! Olhe a droga dessa marca e diga se não é igual a sua!- Ela grita ao puxar a manga da sua camisa com força, a sua tatuagem era de uma meia borboleta com uma clave de sol incompleta, tinha pequenas borboletas voando em volta da nota musical.

– Eu vou dizer uma última vez Hanaoka, eu nunca poderia ser seu soulmate, nunca poderia ser o soulmate de ninguém!- Digo alto o bastante para assusta-la mas não parece surgir efeito.

– Porque insiste nessa mentira!- Ela volta a gritar e eu me estresso por vez.

– Eu insisto nessa "mentira".- Faço aspas com meus dedos bem na frente do seu rosto.- Porque eu não tenho marca nenhuma.

– O que? - Ela pergunta incrédula e eu puxo as mangas da minha camisa social até onde dava, mostrando que em ambos braços não havia marca alguma.- Isso não é possível.

– Acredite se quiser, eu fui agraciado com a falta de uma marca, agora entenda de uma vez, eu nunca ficaria com você, nem com pessoa alguma, porque eu nunca conseguiria, nem se eu tentasse amar alguém de verdade!- Digo furioso e abaixo as mangas da minha camisa, finalmente sigo para dentro do meu escritório batendo a porta com tudo.

Eu sempre achei que nascer sem uma marca, era uma maneira de me salvar de uma vida amorosa tão desastrosa como a dos meus pais, felizmente não sinto rancor algum ao ficar com alguém aleatório por aí, mas parece que quanto mais eu tento me afastar dessa palhaçada de soulmate, mais o destino me faz quebrar a cara e ter que enfrentar um situação complicada novamente, ter ou não ter a marca não faz de mim especial, mas me faz mais azarado do que todas as outras pessoas, por isso eu afirmo claramente, não a possibilidade alguma dentro de mim que possa fazer com que eu me apaixone por alguém, e que muito menos possa amar alguém.

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