História Soulmate - Changes?

-B-Bang? - Falou assustado vendo o mais velho em pé na sua frente todo molhado com a pele extremamente branca e um olhar cansado e de sofrimento. Ele tremia. Seu coração se apertou mais ainda ao vê-lo daquele jeito. - Você estava na rua com esse temporal?

-E-Eu tive que c-c- Antes que Bang completasse, ele quase caiu se encostando na parede.

-BANG! - HimChan gritou preocupado. Tinha que fazê-lo entrar e se secar. Sem pensar, pegou Bang e colocou o braço do mais velho em seu ombro o apoiando em si, e levou-o para dentro da casa. Em seguida, levou até o banheiro o colocando sentado na tampa da privada. Correndo, pegou duas toalhas. Uma pequena que colocou na cabeça do mais velho, para secar o cabelo, e outra grande que colocou na pia, para que pudesse desabotoar o casaco fino de Bang.

-O que-

-Você precisa tirar essas roupas molhadas. Precisa se secar. - HimChan respondeu antes que o mais velho perguntasse. Viu o moreno o olhar surpreso enquanto tirava o casaco dele. Em seguida ajudou Guk a tirar a blusa e travou ao ver a cena. O peitoril de Bang estava completamente à mostra. A pele levemente branca, com pequenas formações do que chamam de pacotes. Percebeu que havia uma mancha um pouco abaixo do mamilo direito, que dava um charme a mais. Seu coração disparava enquanto sentia seu rosto ferver. Uma vontade enorme de tocar aquele corpo começou a dominá-lo, mas sua razão não lhe permitia. Precisava cobri-lo. - E-Eu vou buscar umas roupas. - Completou cobrindo o mais velho com uma toalha. - T-tire a calça também, s-se conseguir. Se não... Eu te ajudo. - HimChan falou saindo do banheiro mais vermelho que antes. Ia ver o mais velho sem roupa... E por que estava se sentindo assim? Não podia. Não era hora. E nem deveria estar sentindo isso. Era errado. Correu em busca de roupas que poderiam servir no amigo e voltou para o banheiro travando novamente. Dessa vez encontrou Bang de costas para ele e em pé, se apoiando na pia, tentando se secar com a toalha. Pode observar as costas desnuda dele, encontrando uma tatuagem no ombro esquerdo. Isso já o deixou estranho. Seu olhar mudou de direção e começou a sentir um tremendo calor ao vê-lo ali, de pé, com uma cueca boxer vermelha, contornando certinho as coxas e as suas nádegas. Sua vontade era de correr para o chuveiro e jogar um balde de água fria para ver se parava de queimar. - Para HIMCHAN! Isso não é hora pra pensar essas coisas! - Gritou consigo mesmo em pensamento e estendeu as roupas para o mais velho que encontrava-se tremendo e fraco. Após vestir o amigo, levou-o até a cama dele e jogou dois edredons em cima dele.

-C-Channie... - Bang sussurrou fraco. - O qu-

-Precisa se aquecer Bbang. Por isso. - Ele respondeu. - Agora você fique quietinho aqui, que eu vou fazer um chocolate quente.

-P-Por que?

-Meu tio é médico.. E uma vez uma isso que aconteceu com você, aconteceu com minha prima, ai ele me ensinou os procedimentos a serem tomados quando isso acontece. Agora fique aqui e não tire o edredon. - Respondeu e saiu do quarto indo até a cozinha.

Após alguns minutos, fez Bang tomar o chocolate quente, e ficou ao lado do moreno, esperando melhoras... O que não veio. A cada minuto que passava, ficava mais preocupado. Por que ele não se recuperava? Já havia tomado todas as medidas que seu tio havia ensinado. O que faltava? Pegou seu telefone e ligou para o parente.

-T-tio? Tudo bem? Pois é... Faz tempo... Ééé... Lembra quando a LiHee tomou aquela chuva e ficou mal? Então... Se ela não melhorasse, o que teríamos que fazer?- Perguntou e congelou quando a resposta veio. "Se ela não melhorasse, teríamos que usar calor humano, ou seja, alguém teria que abraçá-la e deixá-la suar até a temperatura do corpo dela voltar ao equilíbrio. O indicado é, quanto maior o contato de pele, melhor é. Mas o correto mesmo seria levá-la direto a um hospital, mas naquela situação não tínhamos como levá-la a um. Por que?" Havia entendido o que ele quis dizer, mas não gostou da ideia. - Ahh, curiosidade só... O-Obrigado tio. - Agradeceu e em seguida desligou. Olhou para Bang que respirava levemente pela boca semi aberta. Um desespero começou a tomar conta de si, juntamente do calor que havia sentido antes. Teria que deitar com Bang. Não podia fazer isso. Significaria que teria que ter contato humano. Sentiria a pele do moreno na sua. O que mais evitava era qualquer tipo de toque, e agora, tinha que abraçar o mais velho por um bom tempo. Isso só podia ser brincadeira. Andou até a janela para ver se dava para chamar uma ambulância, encontrando uma chuva tremendamente forte e pesada. Carros encontravam-se parados a espera de que as águas caíssem mais calmas, assim podendo enxergar o caminho pra casa. Ou seja, não poderia chamar uma ambulância. Não havia jeito. Teria que vencer seu medo. Não podia deixar Bang morrer. Sabia que se a temperatura não voltasse ao normal, e não tomasse providencias para isso, era o que aconteceria com o mais velho. Hipotermia era algo complicado.

Respirou fundo tentado puxar coragem e em seguida tirou sua blusa, deixando seu peitoril a mostra, e se aproximou de Guk. Descobriu-o e tirou a blusa dele, voltando a ver o que havia achado lindo minutos atrás. Seu rosto voltou a ficar corado enquanto se aproximava do mais velho. Começou a tremer e sua respiração estava descompassada. Quando sentiu o primeiro toque de sua pele na dele, se afastou assustado. Um arrepio tomou conta de todo o seu corpo. Reparou que Bang fez algumas caretas, demonstrando que estava sofrendo. Ele continuava tremendo. Ao vê-lo assim, novamente esqueceu de tudo e ignorou seus traumas se aproximando do moreno. Deitou-se em cima do garoto sentindo a pele gelada tocar a sua pele, e cobriu-os com os edredons. Fechou os olhos tentando não pensar que estava tocando alguém, ou que esse alguém estava lhe tocando. Uma calma começou a dominá-lo. O medo não lhe dominava mais e só sentia o calor que estava saindo de seu corpo para esquentar Bang. Podia ouvir os batimentos cardíacos do garoto, misturado com a respiração dele, formando uma melodia perfeita e viciante. Ouvir aquilo, lhe trazia uma tranquilidade tão boa fazendo-o dormir ali.