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História Soulmate - Art is the weapon


Escrita por: myavengedromanc

Notas do Autor


Desculpem a demora :(
A vida tá meio corrida, e esse capítulo não estava todo terminado, então tive q arranjar uma forma de terminá-lo rapidinho... Me perdoem

Boa leitura <3

Capítulo 6 - Art is the weapon


 

Todo mundo tem dúvidas de qual direção tomar quando o assunto é profissão. Apesar de sempre ter amado a arte, ainda era confuso o meu rumo, essa é uma área muito ampla e nunca tive ideia do que queria trabalhar, achava que escolheria na Universidade, mas me formei e anos se passaram e ainda não tinha trabalhado com nada relacionado ao meu curso... Até Bob aparecer. 

Se Bert era desleixado, Bob conseguia ser mil vezes mais; Se Jared era folgado, Bob era um homem que simplesmente se jogava em qualquer lugar; Se Brian era safado, Bob era o maior tarado; Se Ray se sentia superior, Bob era o Rei. Bob era simplesmente a mistura de todos que já amei, com um toque único de sua própria personalidade e gostos peculiares. 

Foi com ele que eu me achei depois de pedir demissão da empresa de Raymond. As coisas haviam complicado entre mim e meu antigo chefe no dia em que estávamos nos beijando em seu escritório e sua esposa chegou tentando abrir a porta que estava trancada, foi muito obvio o que estávamos fazendo, mas assim que Ray abriu a porta, tudo o que ela fez foi me olhar da cabeça aos pés com uma cara de nojo e ir embora gritando que falaria com Ray em casa. Eu tive medo, muito medo, não sabia o que uma mulher com ciúmes é capaz de fazer. Me vi em um labirinto sem fim, estava apaixonado por Ray, mas aquilo era loucura, eu iria destruir um casamento por insistir em algo errado. Minha única saída foi sumir da vida dele. Pedi demissão, o que não foi fácil dele aceitar, mas por fim consegui e desde então nunca mais o vi. 

E ali estava Gerard outra vez desempregado, com contas a pagar e um futuro incerto. As únicas coisas que eu fazia era entregar currículos em todo lugar, me entupir de café e nicotina, e ler comics em uma loja recém aberta duas ruas depois de onde morava. E foi ali, naquela pequena loja recheada de histórias, que conheci Bob. 

Nos primeiros dias não notei o homem do caixa, apenas paguei o que havia pegado e voltei para casa, uma semana depois voltei para comprar mais Volumes da série que havia comprado antes, e ele se aproximou perguntando se eu precisava de ajuda. Não demorou muito para começarmos a conversar sobre as comics que gostávamos e achei incrível a forma como ele entendia do assunto, de algum modo acabei falando que gosto de desenhar e seus olhos brilharam entusiasmado. Pensei que era apenas uma nova amizade, já que Frank andava ocupado demais com a gravadora e raramente tinha tempo de me encontrar, mas logo percebi que Bob queria mais do que uma simples amizade quando praticamente se auto convidou para ir até minha casa ver meus desenhos. 

Claro que aceitei o seu auto convite. Assim que acabasse o expediente na loja, iria para minha casa. E como nunca fui muito seguro do que fazer nessas situações, liguei para Frank. Me senti como no colegial, em que sempre recorria ao meu melhor amigo quando alguém se mostrava interessado por mim e eu entrava em pânico sem saber como corresponder. 

Tudo o que escutei foi Frank suspirar e dizer em sua voz rouca e cansada “Gerard, você já é bem grandinho, sabe o que esse cara quer. Faça o que tiver vontade, não vai ser eu que te direi quem você pode ou não gostar. Se ele for um assassino você pode me ligar que vou te salvar. Agora preciso trabalhar, toma cuidado.” E desligou. Era impossível não lembrar do que Ray já havia me dito sobre Frank gostar de mim. Desde aquela noite passei a observar Frank com outros olhos, tentei ver o olhar admirado que Ray havia citado, mas para mim todos seus atos pareciam normais... Frank sempre teve aqueles olhos brilhantes enquanto conversava, as bochechas coradas já eram características de quando ria de algo bobo, as mãos inquietas em nervosismo quando queria muito falar algo mas desistia. Não tinha nada de errado com isso, esse era apenas Frank sendo meu amigo. 

Quando Bob chegou em minha casa, tudo o que fizemos foi olhar alguns de meus desenhos, recebi elogios incríveis e ele começou a separar alguns personagens que fiz aleatoriamente, com a minha mania engraçada de criar uma história em minha mente, mas apenas para manter guardada. Depois que escolheu todos que o agradavam, ele apenas sorriu e me olhou como se tivesse a melhor ideia de todas.

E realmente teve. 

-Você nunca pensou em ser cartunista ou algo do gênero? –Perguntou curioso, mexendo em mais desenhos. –Sei lá, acho que você tem talento para isso. Não é qualquer um que inventa personalidade tão fácil para cada personagem que desenha e sinceramente, você é muito criativo. Deveria investir.

Já havia pensado nisso uma vez ou outra, mas nunca levei a sério, mas agora que tinha alguém reconhecendo meu trabalho e dizendo que me daria bem... Foi completamente fascinante. Como se já não bastasse sua ajuda em me fazer enxergar além, me disse que conhecia alguém que trabalha em uma editora e poderia entrar em contato para mim. Simples assim, Bob realizou meu sonho de infância em um estalar de dedos. 

Um dia depois, eu já estava indo na Editora entregar meus desenhos para avaliação. Agradeci imensamente a Bob, deixando-o satisfeito por me ver tão entusiasmado com tudo aquilo. Bom, claro que liguei para Frank para dizer o que aconteceu, ele me parabenizou e pareceu feliz, mas disse algo que me chamou atenção e me fez pensar outra vez no que Ray havia dito “Gerard, acho legal esse cara ter te dado uma oportunidade tão boa, mas... Ahn, você deveria prestar mais atenção no mundo a sua volta em vez de se apaixonar por homens tão aleatórios.” Eu ainda não estava apaixonado por Bob, mas Frank sabia sobre minha fraqueza de me apaixonar rápido. 

Mas... Porque ele não queria que eu me apaixonasse? Ele ainda nem conhecia Bob para me dizer se ele era um homem bom ou ruim para me relacionar. Refleti por muito tempo sobre isso, a todo momento me pegava pensando no que Frank quis dizer... Até Bob me distrair e eu me ver apreciando tudo o que vinha dele, seja seus atos, suas piadas sem graça, os beijos intensos, a forma como me apertava enquanto passeava a mão em meu corpo e até mesmo o jeito carinhoso que me olhava. Não demorou mais que duas semanas para já ter me apaixonado. 

Da mesma forma que me apaixonei rápido, nós terminamos sem nem mesmo ter realmente começado um relacionamento de verdade... 

 

Foi em uma tarde de sábado que ele chegou todo ousado, me agarrando no momento em que abri a porta de meu apartamento para ele entrar, não estou dizendo que não gostei da forma em que fechou a porta com um chute sem desgrudar a boca da minha e foi me empurrando até o sofá, mas é que eu esperava que tivéssemos um dia tranquilo, apenas um filme e quem sabe amassos mais tarde. 

-Bob, calma. –Pedi com dificuldade, empurrando seus ombros para ele sair de cima de mim, mas não me deu ouvidos, apenas grudou nossos lábios com mais força e começou a levantar minha blusa. –Bob, é sério, para! –O empurrei com mais força, fazendo-o rir debochado e me olhar ainda com todo o desejo explícito. –Oi. 

-Oi. –Imitou, sorrindo irônico. –Era só isso que queria dizer? 

-Não, é que... –Passei uma mão por sua testa, tirando a franja da frente que estava caindo sobre minha testa, já que ele estava deitado sobre mim. –Vamos com calma, okay? Hoje não estou com esse fogo todo. 

-Isso é uma pena, pelo jeito vou ter que resolver meu problema sozinho. –Ele pressionou o quadril contra o meu, me fazendo sentir seu pênis ereto contra mim. Não pude evitar fechar os olhos e ofegar. –Mas quem sabe eu consiga te fazer mudar de ideia, hm? –Sussurrou encostando o lábio em minha orelha e logo depois sugou o lóbulo. –Tudo bem pra você se eu continuar? 

-Uhum. –Resmunguei enquanto sentia a boca descendo até meu pescoço, me arrepiando com ajuda de seus dedos que voltaram a passar por minha pele enquanto subia minha camisa até a altura do peito. Ele seguiu caminho até meu mamilo, chupando levemente, começando a me deixar excitado. –Porra, Bob. –Gemi me entregando de uma vez. 

Esse foi o estimulo para fazê-lo continuar, indo agora para meu outro mamilo dando uma sugada rápida, seguida de uma mordida e pediu para que eu levantasse os braços para tirar minha camisa. Assim que a peça parou no chão, ele olhou para meu tronco desnudo, dando um sorriso malicioso ao ver as marcas que havia deixado espalhado por meu peitoral, cintura e barriga na última vez que transamos. Sabia que ele queria dar mais chupões em meu corpo e eu não impediria, mas antes que ele conseguisse voltar com os lábios em minha pele, a campainha tocou. 

-Não ouse sair daqui! –Eu até obedeceria se a campainha não tivesse tocado de novo e a voz de Frank chamando meu nome não tivesse sido escutada. Fiz menção de levantar, mas Bob foi mais rápido e me segurou. –Gerard, ignora, não deve ser importante. 

-É o Frank, ele é importante. –Respondi seco, finalmente me desvencilhando de seu corpo. 

Bob bufou irritado e apenas se deitou todo largado no sofá. Abri a porta me deparando com um Frank de sorriso agradável, bochechas coradas e vestido em um casaco de moletom vermelho bem maior que ele, parecia um ursinho de pelúcia. Sorri vendo aquela cena adorável, deixando-o com as bochechas mais coradas e colocando as mãos inquietas dentro do bolso do casado para parar de batucar os dedos contra as coxas, naquele seu nervosismo de sempre. 

-Finalmente consegui uma folga e decidi vim te ver. –Falou, dando de ombros, seus olhos desceram até meu tronco e ele franziu o cenho, tirando o sorriso do rosto. Olhei para mim também e só aí me lembrei que estava sem camisa e com aquelas marcas, quando voltei a olhá-lo ele estava vendo algo por cima de meu ombro, me virei e vi Bob com uma cara de tédio nos observando. –Oh, você está ocupado. –Sua expressão mudou para entristecida me deixando desesperado, não queria que ele ficasse assim. –Eu posso voltar outra hora. 

-Não! –Exclamei rápido, fazendo-o ficar estático. –Eu não estou ocupado, é só o Bob. –Dei de ombros. –Entra, eu quero apresenta-los. 

-Gerard, está tudo bem, eu volto mais tarde, ou amanhã. –Sugeriu um pouco sem graça. Seu olhar voltou para cima de meu ombro e eu levei um susto com as mãos de Bob em minha cintura. –O-oi, Bob. 

-Oi. –Respondeu com aquele sorriso debochado, tirei suas mãos de mim, fazendo-o ficar apenas ao meu lado e me olhar. –Quem é esse? 

-O Frank, meu melhor amigo. –Respondi preocupado com a expressão chocada de Frank por estar vendo Bob tão íntimo assim de mim. 

-E ele já está de saída? –Bob olhava ameaçador para Frank, que o fez estremecer e recuar um passo como se realmente fosse embora, mas eu segurei seu braço antes que pudesse fazer. 

-Não. Mas você está. –Puxei Frank para dentro do meu apartamento e mantive a porta aberta esperando que Bob saísse, ele me olhava incrédulo, enquanto eu me mantinha sério. –Anda Bob, vai embora.

-Você está brincando não é? –Bob sorriu achando que realmente era brincadeira, mas logo deixou de sorrir quando viu que eu continuava sério. –Você vai me trocar por esse baixinho aí? 

-Vou. Agora vai embora, por favor. –Apontei para a porta, mas ele não se moveu. –Vou precisar te tirar daqui a força? 

-Mas que porra está acontecendo? –Bob quase gritou. –Estava tudo bem antes dele chegar. 

-Ele chegou e você tentou expulsá-lo do meu apartamento, isso só mostra o idiota que você é. –Falei no mesmo tom. –Você não pode tratar Frank como se fosse um ninguém, porque o único aqui que realmente merece algum valor aqui, é ele. –Comecei a aumentar meu tom de voz. –Então pense mil vezes antes de dizer com essa sua boca suja que ele está de saída quando ele não está. Frank fica aqui o tempo que quiser, não importa o que porra você queira. –Esbravejei perdendo a paciência. –Então saia daqui Bob, quem merece estar aqui é o Frank e não você. 

Bob engoliu em seco, absorvendo minhas palavras, entortando a boca ainda não acreditando naquilo. Ele me olhou uma última vez e saiu de cabeça baixa, sem olhar para trás. Fechei a porta em um estrondo e me virei para Frank que estava com os olhos lacrimejados me fitando um pouco assustado. 

-Você não precisava fazer isso. –A voz dele foi baixinha e os ombros encolheu-se como se tivesse culpa de algo. 

-Precisava sim. –Passei a mão pelo cabelo, jogando os fios para trás, tentando desvencilhar do estresse anterior. –Me desculpe por isso, não gostei do jeito que ele falou com você e perdi a cabeça, eu... 

-Shhh, está tudo bem. –Frank sorriu timidamente e se sentou no sofá. –Bom, agora que estamos aqui podemos assistir um filme e comer pipoca? –Falou infantilmente, me fazendo sorrir e assenti com a cabeça. 

 

Bob pode não ter sido o meu romance mais longo, mas o agradeceria pelo resto da vida por ter realizado meu sonho de garoto, agora poderia ser um artista de uma forma incrível e colocaria amor em todos meus desenhos. Bob também pode não ter sido o cara que mais me fez feliz, mas foi graças a ele que percebi quem é o homem por qual tenho o instinto de proteger e amar. 

Foi naquela mesma noite que descobri a diferença entre estar apaixonado por alguém e amar incondicionalmente um único alguém.
 


Notas Finais


No próximo é frerard, preparem o coração <3333


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