História Soulmates - I need you near me and this wont stop.

- Ei. – Pulei assustado quando senti duas mãos quentes passarem pela minha barriga, eu estava de costas pra porta e preparando café.

Eu não estava acostumado a “dormir acompanhado” e Louis havia me dado um baita susta ao chegar assim.

- Bom dia. – Murmurei sem me virar pra ele, o café estava quase pronto e eu estava envergonhado.

Sei bem que não havia motivos pra eu estar envergonhado afinal eu já tinha ficado de quatro pra ele assim como já o tive de quatro pra mim, mas era diferente.

Se Louis não lembrasse que eu havia abraçado ele durante a noite me pouparia muita vergonha.

- Entao, esse café sai ou não? – O pênis de Louis roçou a minha bunda e eu dei graças a Deus ao perceber que ele tinha se vestido.

- Só mais um segundo. – Eu murmurei, ele me soltou e eu consegui terminar de passar o café. Peguei duas canecas e nos servi.

Nós bebemos café em silencio, ele estava do outro lado da mesa, mas seus olhos estavam fixos em mim e se eu fosse inocente ate perguntaria se tinha algum tipo de sujeira no meu rosto, mas eu sabia bem o que Louis queria e o pior é que meu corpo estava querendo cada vez mais.

- Eu juro por Deus, Harry, que se você não levantar dai agora e fizer qualquer coisa relacionada a sexo comigo eu desisto de você.

Senti o café arder dentro do meu estomago, ou melhor, queimar o meu estomago. E assim como o meu estomago, meu corpo estava todo queimando – ou parecia estar assim-. Senti meus pés se movendo e antes que Louis pudesse dizer qualquer coisa ele estava soltando um gemido.

- Você quer assim? – Perguntei puxando os pulsos dele pra trás e empurrando ele contra a mesa. – Eu posso te foder do jeito que você quiser. – Alinhei meu quadril com o dele e sorri ao o sentir soltar um gemido abafado. – Mas você ta me pedindo pra eu te foder do jeito que eu quiser, ne?

Balancei meu quadril e senti meu pênis ficando semi-duro dentro da cueca. Louis estava tentando soltar seus punhos da minha mão, a bancada estava gelada e por isso ele estava se remexendo quanto mais eu o empurra contra ela.

- Você não me ouviu? Eu te fiz uma pergunta, Louis Tomlinson. – Coloquei meu corpo sobre o dele e suguei o lóbulo da orelha dele.

- I-isso ta frio, Ha-

Não deixei ele terminar de falar, soltei os punhos dele, mas continuei empurrando ele contra a bancada, uma das minhas mãos enfiei dentro dos cabelos –já bagunçados- dele e a outra eu envolvi o quadril dele.

- Não foi isso que eu te perguntei, Louis! Eu tô te perguntando como você quer que eu te foda, vou ter que perguntar de novo? – Diminui minha voz pra um sussurro, mas a cozinha e toda a casa estava tão silenciosa que ele havia ouvido.

- Com-m você em cima de mim assim eu não consigo pensar. – Ele mordeu o lábio quando soltei uma risada ainda perto do ouvido dele.

Soltei o corpo dele e me afastei o mínimo possível. Eu não conseguia ficar longe dele, eu precisava toca-lo.

- Vamos lá pra cima. – Puxei ele pela cintura, quando Louis se virou e me olhou seus olhos estavam com as pupilas dilatas, seus lábios estavam vermelhos e seus cabelos totalmente bagunçados.

- Eu nem devia te deixar fazer isso. – Ele rolou os olhos e eu o puxei pro meu peito.

- Não revira os olhos pra mim. – O beijei e ele suspirou tremulo enquanto eu passava meus braços pela cintura dele, dei impulso no corpo dele e sem precisar desgrudar nossas bocas pra falar ele obedeceu meu comando mudo pra pular no meu colo. Segurei a bunda dele e paramos nos beijar, Louis encostou nossas testas e soltou sua respiração acelerada e quente sobre o meu queixo.

- Na verdade nem me importo de você me foder, desde que você faça logo. – Sorri me sentindo ainda mais excitado. Louis apoiou sua cabeça no meu pescoço e começou a distribuir beijos e mordidas por toda a extensão exposta a boca dele.

- Se você continuar com isso, eu não vou conseguir nos subir e então não vou te foder. E, Louis... – Ele me olhou e eu mordisquei os lábios dele antes de falar. – Eu quero tanto te foder.

- Urgh, Harry! Pare de falar, e vamos logo fazer isso. – Ele encostou a cabeça no meu pescoço, mas não mordeu.

 Com facilidade eu subi as escadas mesmo com Louis rindo e me fazendo tremer em certos momentos. Ele não era pesado e o corpo dele tava fazendo magica junto ao meu.

Empurrei a porta com as costas e entrei no quarto que estava iluminado só pela luz solar que entrava pela janela. Caminhei ate a cama e empurrei Louis sobre ela.

- Agora você pode dizer como quer que eu te foda ou eu vou ter que escolher? – Perguntei enquanto ia ate o armário que tinha um pote de lubrificante.

Coloquei o lubrificante ao lado da cabeça dele e me dentei em cima do corpo quente de Louis. Ele sorriu e enfiou a mão no meu pescoço puxando-me pra baixo e me beijando como se sua vida dependesse daquilo.

Seus lábios estavam quentes e famintos, e aquilo estava aumentando o modo como eu queria ele. Louis levantou os quadris e o roçou com o meu. Mordi o lábio dele com força pra conter o gemido que morreu na minha garganta.

Quando abri os olhos e me afastei minimamente pra olhar pra ele, seus olhos azuis estavam vidrados nos meus, seu sorriso era mínimo e safado.

- Me fode! E não me faça implorar. – Ele rolou os quadris junto ao meu novamente, segurei ele pelas coxas e o empurrei mais contra a cama.

- Você é muito gostoso. – Mordisquei o queixo dele e comecei a me abaixar lentamente.

Louis ia se contraindo pelas partes do corpo aonde eu deixava uma mordida, suas palavras eram básicos gemidos de “hm” “oh” e sua respiração estava acelerando cada vez que eu chegava mais próximo da barra da cueca que ele usava. Seu pênis já estava bem marcado pelo pano.

Levantei só os olhos e sorri ao encontrar os olhos dele ainda em mim, desci meus lábios e comecei a beija-lo mesmo por cima da cueca. Louis segurou no lençol ao lado da cama e soltou uma respiração afiada.

- Oh, haw. – Ele gemeu quando puxei as pernas dele pro alto e puxei a cueca pra fora de seu corpo sarado, bronzeado e gostoso.

Minha boca salivou a visão dele totalmente nu e exposto no meio da minha cama, suas pernas abertas pra mim, a visão de sua entrada me deixou mais ainda excitado assim como seu pênis duro sobre seu abdômen.

- Mantenha seus olhos em mim, pode ser? – Assoprei o pênis dele e o senti tremer embaixo de mim. Louis acenou minimamente com a cabeça e eu sorri. Continuei o olhando enquanto abaixava o rosto, quando senti o pênis dele abaixo do meu queixo estendi a língua e olhei pra baixo por um segundo pra me posicionar direito.

Quando lambi uma faixa extensa do pênis dele, Louis rolou os olhos e mordeu os lábios, seus dedos estavam prendendo com tanta força o lençol da cama que os nós de seus dedos estavam ficando brancos.

Segurei o pênis dele e comecei a masturba-lo lentamente, quando os suspiros de Louis já estavam quase silenciosos abaixei de vez e o coloquei na boca.

- Puta mdrea, Ha-

Louis engasgou no meio de suas palavras quando comecei a suga-lo com mais força e rapidez, meus dedos estavam massageando as bolas e a coxa dele, seus olhos estavam semi-cerrados e os meus já estavam começando a soltar pequenas lagrimas pelas lados quanto mais eu o colocava dentro da minha boca.

A cabeça do pênis dele tocou o funda da minha garganta e ai mesmo que lagrimas pularam pra fora dos meus olhos, meu queixo estava cheio de baba e minha lingua estava passando por toda a extensão da glande dele.

Tirei o pênis de Louis da minha boca com um “ploc” que explodi pelo quarto silencioso, limpei a baba que estava no meu queixo e sorri pra ele antes de voltar a me abaixar e lambe-lo mais vezes.

O gosto de Louis estava por toda minha boca. O estimulei com a mão nas bolas e apertei uma das coxas dele enquanto o chupava mais rápido. Louis segurou meus cabelos com uma das mãos e arranhou meu coro cabeludo.

O gozo de Louis jorrou na minha boca e saiu um pouco pro lado de fora, tirei o pênis dele da minha boca e passei os dedos pra limpar, Louis estava me olhando atentamente quando levei os dedos sujos a boca e os suguei.

- Vem aqui. – Ele me puxou e começou a me beijar com força, seu corpo estava quente e u não conseguia parar de passar minha mão por seus braços e coxas que estava expostas.

Meu pênis estava totalmente duro e doendo dentro da cueca. Louis pareceu perceber quando mexeu os quadris.

- Eu preciso te sentir. – Ele arfou na minha orelha se segurando nas minhas costas quando levantei meu corpo minimamente só o suficiente pra tirar a cueca.

- Você pode me solt...

Louis me largou e abriu as pernas esperando pra que eu o preparasse – o que não seria fácil, porque obviamente eu iria ficar ainda mais duro-.

Abri o lubrificante e passei nos dedos pra passar na entrada dele, quando coloquei meus dedos sobre a borda da entrada rosada de Louis ele arqueou as costas e soltou um gemido que mais parecia um miado. Seus olhos se fecharam com força e ele jogou o corpo pra trás quando enfiei um dedo.

Seu interior era ainda mais quente e eu queria me abaixar e beija-lo ali, mas eu precisava rapidamente estar dentro dele ou iria entrar em colapso.

- M-mais, mais, Harrrry. – O som de Louis gemendo meu nome foi o suficiente pra eu enfiar mais um dedo dentro dele e começar tesoura-lo. – Harry, por favor.

- O que você quer, Lou? – Perguntei diminuindo a velocidade dos movimentos dos meus dedos, o pênis de Louis ainda não estava totalmente semiereto novamente, mas pra quem havia acabado de gozar e já estava ficando excitado era um bom resultado.

- Maissss. – Louis gemeu estendendo a palavra quando toquei sua próstata com a ponta dos meus dedos. – Ah, oh, uh, oh.

Puxei meus dedos pra fora e sorri como o homem a minha frente gemeu com obvia falta de mim dentro dele, mas se dependesse de mim ele não ficaria assim por muito tempo.

As pernas de Louis estavam tremendo ao lado do meu corpo, as toquei e comecei a subir minha mão devagar só pra ele não se assustar, quando cheguei no quadril puxei ele pra ficar sentado e coloquei ele sentado no meu colo. Com facilidade nos girei e encostei minhas costas na cabeceira da cama.

Louis puxou o pote de lubrificante e quando fiz menção em pegar das mãos dele ele negou com a cabeça, abriu o pote e enfiou os dedos dentro, seus pequenos dedos rodearam meu pênis e ele massageou-o de cima pra baixo enquanto mordia a ponta da sua língua.

- Pronto. – Ele disse levantando os olhos e piscando pra mim com um sorrisinho crescendo dos lados, seus braços se engancharam no meu pescoço e ele deu um beijo antes de morder.

- Você gosta de me morder ne? – Perguntei beijando o pescoço dele, o segurei firmemente com uma mão na cintura e a outra segurei meu pênis pra posiciona-lo na entrada dele.

- Si-ah..- Tirei o rosto do pescoço dele pra o olhar enquanto eu preenchia ele. Meu pênis latejou só de senti-lo sentando em mim e ainda mais o gemido dele no pé do meu ouvido.

Tirei a mão do meu pênis que já estava praticamente introduzido dele e aproveitei pra puxar o rosto dele pra frente pra que eu pudesse vê-lo.

Louis tinha os olhos fechados e uma mistura de dor e prazer em sua expressão, seus quadris começaram a mover lentamente como ele ia se ajustando ao meu pênis.

De repente Louis abriu seus olhos, o azul de seus olhos queimando cada parte do meu rosto que ele olhava, quando seus lábios se estenderam em um sorriso tudo que eu pude fazer foi segura-lo pela cintura sentindo o se enterrar –de uma vez só- em mim. Sua bunda bateu com força nas minhas coxas.

- Hm. – Joguei a cabeça pra trás quando ele começou a se mover pra cima e pra baixo, só minhas mãos na cintura dele estavam o ajudando, eu não havia forças depois que ele havia se empenhado em se afundar em mim.

- Me olha. – Ele gemeu baixinho perto do meu ouvido e começou a morder meu lóbulo, abri os olhos e fiquei boquiaberto com a visão dele subindo e descendo no meu colo. Sua bunda batendo nas minhas coxas estava fazendo um alto barulho obsceno o que deixava tudo mais excitante.

Grudei meus lábios dele antes de escorregar pra baixo e fazer ele quase se deitar no meu peito, Louis pareceu entender o que eu queria por isso jogou seu corpo pra tras enquanto eu começava a mover meus quadris.

Enquanto ele abaixava os quadris eu levantava os meus e assim vice-versa. As unhas dele estavam arranhando meu peito de lado a lado e ele estava gemendo com a cabeça jogada pra trás, seus cabelos estavam grudando no pescoço e testa.

Ele estava lindo se acabando no meu pau.

Louis estava literalmente cavalgando no meu colo, suas pernas estava cruzadas pra tras por baixo das minhas coxas enquanto seus quadris faziam o ardo trabalho de subir e descer, coloquei minhas duas mãos em sua cintura e comecei o a auxiliavam em subir e descer.

Quando ele me olhou e eu tive visão ampla de seus lábios vermelhos sendo mordidos por seus próprios dentes, seus cabelos colados na testa molhada de suor, seus olhos vidrados nos meus, suas bochechas levemente coradas e colocou uma mão no meu ombro e subi o quadril eu senti que não iriamos durar mais por tanto tempo.

- Você esta quase lá? – Perguntei me sentindo tonto, eu estava ficando sem forças e falar era um esforço que eu não podia me dar o luxo.

- Ahhh, Harrr – Louis revirou os olhos e suas unhas arranharam meu ombro com força, aquilo ia ficar vermelho.

Louis estava soltando gemidos desconexos enquanto eu recolhia minhas ótimas forças pra segura-lo e estocar com força dentro dele, eu estava sentindo ele completamente quente e penetrante dentro de mim.

- Harrrryyyyyy. – Ele gemeu com força e pressionou suas coxas torneadas ao redor do meu quadril, só então me dei conta do pênis dele quase intocado que estava completamente vermelho e soltando pré-gozo sobre minha barriga.

- Se segura em mim. – Sussurrei, ele colocou suas duas mãos no meu ombro e continuou se movimento lentamente. Quase o deixei continuar daquele jeito porque eu podia beija-lo e senti-lo lentamente era melhor, mas nós dois não íamos aguentar por mais muito tempo.

Agarrei a coxa dele e com a mão esquerda comecei a masturba-lo lentamente, passei o dedão sobre o pré-gozo que estava vazando e passei sobre a glande inchada dele.

Enfiei meus calcanhares na cama deixando minha perna meio inclinada o que fez Louis escorregar ainda mais pro meu peito, seu pênis e minha mão o acariciando agora estavam entre nossos abdomens, Louis colocou sua boca na minha e me beijou de modo desleixando – o que era uma baita de distração pra mim que estava o masturbando e penetrando-.

Senti o corpo de Louis tremer e eu tirei a mão da coxa dele pra segura-lo pela cintura. Quando pressionei meu pênis dentro dele e o senti se contrair nele seu gozo já estava sujando nossos abdomens e ele estava arfando e gemendo no meu pescoço enquanto segurava meus ombros com força.

- HaHarrY. – Ele deu um gemido agudo enquanto enfiava as unhas no meu ombro, joguei a cabeça pra trás sentindo meu próprio orgasmo chegar, quando a bunda dele subiu e desceu foi o limite.

- Porra. Louis, Lou. – Tirei a mão do pênis dele enquanto ainda gozava e o segurei pela cintura.

Ele começou a beijar meu pescoço e queixo enquanto eu acabava de me aliviar dentro dele. O interior de Louis parecia estar ainda mais quente quando terminei. Sua risadinha despertou meus pensamentos que ainda estavam um pouco anuviados.

- Eu tô cansado. – A voz de Louis estava em quase um sussurro enquanto eu saia de dentro dele.

- Bom saber que eu te deixo assim. – Sussurrei assim que ele caiu no meu peito. Louis levantou os olhos e me olhou antes de subir o rosto e me beijar.

Seus lábios não estavam famintos como antes, mas seu gosto estava melhor do que a ultima vez que havíamos nos beijado - e havia sido há alguns poucos minutos-.

Talvez e só talvez eu estivesse viciado em Louis Tomlinson.

 

~

 

Eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo, mas não era culpa minha, ou era? Parte sim, mas grande parte da culpa de tudo aquilo eu colocava nele.

Ele que ficava me provocando, mordendo os lábios e lambendo as pontas dos dedos enquanto me encarava descaradamente quando estávamos próximos. Ele que estendia a bunda pro alto e ficava com ela naquela posição que me excitava e incitava por minutos a fio, sua desculpa era o aquecimento, mas não era porque eu o pegava me olhando pelas lados de sua próprias pernas e quando isso acontecia ele dava um sorrisinho vitorioso. A culpa era dele que demorava no banho e sempre saia nu quando sabia que estava dentro do vestiário. A culpa era de Louis Tomlinson.

Ok, a culpa era minha também que não tirava os olhos dele. A culpa era minha que não parava de imaginar quando eu ia fode-lo em qualquer lugar.

Nós dois tínhamos culpa, mas naquele momento eu só conseguia pensar no corpo dele colado ao meu, seus dentes mordendo a pele do meu pescoço, suas mãos nos meus cabelos, suas pernas cruzadas nos meus quadris enquanto eu fodia ele contra a parede.

Seus lábios vermelhos grudaram aos meus mais uma vez e ele veio com um gemido que morreu em meus lábios, continuei me movendo enquanto Louis arfava e me beijava. Ele estava quase caindo do meu colo quando gozei e senti minhas pernas tremerem.

Soltei as pernas dele e ele ficou em pé por si mesmo estando tremendo, não sei como conseguíamos ainda estar em pé.

Olhei pra ele que estava uma bagunça completa de suor, cabelo bagunçado, sorriso presunçoso e pré-gozo nos cantos da boca. Abaixei a camisa dele e o ajudei a colocar o calção de volta a cintura.

- Isso não vai acontecer novamente. – Murmurei me ajeitando, Louis estava se segurando a parede como se dependesse dela pra continuar em pé e eu não duvidava que fosse isso mesmo.

Nós havíamos acabado um com o outro dentro daquele armário. Maldito seja esse armário que nos beijamos pela primeira vez e que agora era o esconderijo da nossa ultima foda.

Era a ultima.

Eu não iria continuar querendo ele.

- Você quer que eu finja que nós dois não sentimos atração um pelo outro? – Louis murmurou parecendo ter recuperado um pouco das suas forças.

- Não, Louis! Mas depois daquela primeira vez nós conversamos e você sabe, isso....- Apontei pra nós dois. – Seja lá o que for, não vai dar certo.

- É só sexo. – Louis bateu com a mão contra a parede e me olhou com raiva.

- Qual seu problema, hein? Voce mesmo disse que só me queria uma vez e depois não insistia mais, essa é a segunda vez, o que você quer mais?

Ele pareceu se dar conta de algo e negou com a cabeça.

- O que? – Perguntei me sentindo irritado, me aproximei dele e o segurei pelo rosto pra que ele me olhasse. – Diz.

- Nada, Harry! Nada. – Ele me empurrou pelo peito e passou por debaixo do meu braço. Quando se aproximou da porta se virou pra mim e seus olhos mostraram que ele estava puto de raiva. – Você é idiota demais, mas tudo bem. E obrigado pelo tempo que você me deixou desfrutar de você, ou foi ao contrario? Quem se importa não é mesmo? Porque você não é homem suficiente pra ter uma amizade colorida comigo.

Continuei parado próximo a parede quando ele bateu a porta e saiu xingando pelo corredor.

O que havia acontecido aqui? Mas que merda foi essa?

Bufei me sentindo irritado e frustrado. Ajeitei minha calça, minha blusa e me preparei pra sair da sala, quando abri a porta dei de cara com a pessoa que eu menos esperava ali.

- Quanto você ouviu? – Perguntei me apoiando no portal da porta. Minha cabeça estava começando a ficar pesada e uma dor estava começando a latejar dentro dela e eu ainda tinha que passar no supermercado.

- O suficiente. Nós vamos conversar, ne? – Zayn passou o braço pelo meu, fechou a porta e me empurrou pra que andássemos na direção da saída do clube.

- Eu não quero conversar, estou com fome, cansado e irritado. – Eu não queria ser ignorante com ele, mas também não queria “discutir” sobre meus “problemas” com Louis.

 - Nós vamos pra sua casa, eu preparo um jantar maravilhoso e saudável, e então podemos conversar enquanto eu te faço uma massagem, você não vai negar isso, ne? – Zayn me olhou e sorriu minimamente antes de enfiar a mão no meu bolso, pegar a chave do meu carro e me empurrar pra que eu fosse pro banco do passageiro.

- Vai ter mesmo massagem? – Ele assentiu e eu sorri já me sentindo um pouco melhor. A companhia de Zayn era como um analgésico.

Vinte minutos depois nós estávamos entrando na minha cozinha. Larguei as bolsas do supermercado sobre a mesa e olhei pra Zayn.

- Eu vou...tomar banho, ta? – Ele me expulsou da cozinha, e avisou que ia fazer salada com galinha e arroz.

Banho é sempre algo que me deixa melhor, assim como a companhia do meu melhor amigo. Primeiro entrei na ducha quente que relaxou meu corpo, a tensão pareceu ir pelo ralo junto com a agua que passava pelo meu corpo. Esfreguei meu couro cabeludo e me ensaboei e então deixei a agua quase no gelado pra me enxaguar.

Estava tremendo de frio quando me enfiei dentro de um roupão que estava ao lado da porta do banheiro e peguei a toalha pra enxugar meus cabelos.

Escutei Zayn cantarolando lá embaixo enquanto entrava no quarto e pegava uma roupa confortável pra ficar em casa. Coloquei uma calça de moletom e enfiei uma blusa que eu sempre usava pra dormir e era bem quentinha.

Desci as escadas ainda enxugando meu cabelo e quase tropecei nos últimos degraus.

- Anos e anos e você ainda não tem controle sobre suas próprias pernas. – Zayn estava rindo de mim quando entrei na cozinha. Mostrei meu dedo do meio pra ele e sentei-me a mesa.

- A janta já está pronta? Eu tô morto de fome. – Coloquei minhas duas mãos no estomago e fiz uma careta de dor.

- Depois de tanto esforço imagino que você esteja realmente com fome. – Zayn disse sem me olhar, mas ele estava sendo obviamente sarcástico. Ele pegou um prato e encheu com o que ele havia feito, senti minha boca salivar quando ele colocou o prato a minha frente e o cheiro gostoso de frango subiu ao meu nariz.

- Hmmm, ótimo. – Foi tudo que eu disse antes de me fartar na ótima comida que meu melhor amigo havia feito.

Ele estava me olhando lá do outro da mesa, seus olhos tinham perguntas que eu sabia que teria que responder logo.

- Você não vai comer? – Perguntei engolindo a porção de comida que estava em minha boca. Ele negou com a cabeça e pegou o celular, obviamente me ignorando, dei de ombros e terminei de comer.

Levantei-me e Zayn ainda parecia entretido com seu celular, lavei o prato e os talhares.

- Com quem você tá falando ai? – Me joguei na cadeira ao lado dele o fazendo saltar assustado, sorri e ele me deu uma cotovelada na barriga.

- Quem tem perguntas a fazer aqui, sou eu e você só tem que responder. – Suspirei fundo e me levantei.

- Vamos lá pra cima porque você me prometeu uma massagem. – Subi as escadas ouvindo Zayn me seguir, tirei a camisa e deitei de bruços na cama já esperando pela massagem.

Zayn Malik merecia o melhor marido do mundo porque ele era obviamente uma das melhores pessoas do mundo.

Suas mãos começaram a massagear nos meus ombros e eu gemi de alegria.

- Ok, há quanto tempo você e Tomlinson estão ficando?

- Nós não estamos ficando, nós ficamos, acabou. – Virei o rosto pra que minha voz saísse claramente e não fosse abafada pelo travesseiro por mais que minha vontade era enfiar o rosto nele e dormir enquanto Zayn fazia sua massagem milagrosa.

- Quanto tempo, Harry? – Ele apertou um lugar das minhas costas que me fez contorcer de dor.

- Um mês, mais ou menos. – Murmurei me sentindo frustrado novamente. – Nós só tivemos algo realmente umas duas vezes, ou três, mas foi só. E antes que você pergunte: Acabou. Eu não vou repetir os erros que fiz no passado.

- Isso é por causa do Dylan? – Balancei a cabeça assentindo e ele suspirou. Quando Zayn suspirava profundamente eu já sabia que ele estava preparando um mini discurso. – Voce acha que o Louis pode te atrapalhar em algo? Ou você esta com medo de se envolver com ele?

Dei uma risada seca, e me virei pra encarar Zayn, ele se sentou e eu fiz o mesmo.

- Zayn... – Engoli a seco. – Eu não vou fazer nada, nada, nada que possa me afastar mais do meu filho, e talvez “se envolver” com Louis faça exatamente isso. Mas sabe qual o verdadeiro problema? Ele não quer se envolver e nem eu, pelo menos eu não quero me envolver com alguém como ele então eu não vou.

- Harry você é tão idiota, o Louis não é estupido, ele é um cara legal e quem disse que ele não pode ser uma pessoa legal na sua vida e na vida do Dylan? – Zayn pareceu estar ficando irritado de repente. – Olha, quando você se envolveu com o Nick eu sabia que era furada, mas agora acho que você deveria confiar em mim quando digo que o Louis é uma ótima pessoa.

- Acho que eu preciso ver isso, Zayn! Se você vê isso porque você não vai lá e fica com ele. – Não, eu não queria Zayn com o Louis, nunca.

- Eu? Se tem uma coisa que seu amigo aqui não tem é sorte com relacionamentos e se eu tivesse a sorte que você tem de encontrar a porra de um Louis Tomlinson pode acreditar que não iria joga-lo fora.

- Cala a boca! – Bati a mão contra a mão e Zayn me olhou como se fosse me matar. – Desculpa. Mas por favor, não insiste. Eu sei que posso errar, mas pra mim o Louis não tem nada a adicionar.

- Tudo bem, só não se machuca ok? E eu não to dizendo sobre fazer sexo casual com ele, eu to falando sobre esconder coisas sobre você e principalmente esconder coisas de si mesmo. Você pode fazer isso?

- Sim, claro que posso. Obrigado, Z. – O abracei e ele sorriu minimamente.

- Agora me deixa ir embora que eu preciso dormir. – Ele se soltou de mim e levantou.

- Oh, você nem acabou a massagem. – Zayn riu.

- Outro dia, Harryzinho! Ate amanha e boa noite. – Ele acenou e saiu rapidamente do meu quarto.

Me joguei pra trás na cama e puxei as cobertas pra me cobrir, eu precisava dormir e relaxar.

 

~

 

Louis não estava falando comigo. Eu jurava que a birra dele iria durar uma semana, mas já estava indo pra um mês e ele ainda não havia dirigido uma palavra a mim desde o dia no armário.

Mesmo assim nós estávamos conseguindo trabalhar bem e ganhar os jogos, só dois jogos haviam tido empate e eu pude perceber que foi quando Louis quase voltou a falar comigo, mas então nós ganhamos a ultima partida e ele pareceu esquecer a chance de falar comigo.

Niall havia me dito que ele estava só irritado, mas era só comigo e ele não iria prejudicar o time.

Saber que Niall sabia sobre eu e Louis me deixou nervoso, mas o loiro só riu e disse “Isso é coisa sua e dele, to nem aí, treinador. Só não me façam perder o campeonato.”.

Zayn pediu que eu falasse com Louis, mas ele não entendia que eu estava tentando ou pelo menos tinha tentado, Tomlinson não queria falar comigo e provavelmente ficaria assim por bastante tempo.

Eu não deveria estar ficando chateado com ele me ignorando, mas às vezes eu me irritava e quase gritava com ele na frente de todo mundo.

Ate Liam estava mais amigo de Louis do que eu. Como? Sinceramente há coisas na vida que eu nunca vou entender.

Estava me arrumando pra ir ate a casa de Niall, o presente dele estava em cima da cama e eu esperava sinceramente que ele gostasse.

Arrumei minha bandana na cabeça e ajeitei os cachos pra que eles não ficassem todos dentro da bandana e nem todos sobre meu rosto.

Peguei o presente, a chave do carro e minha carteira antes de descer as escadas. A casa de Niall não era muito longe da minha, mas a preguiça era maior e por isso eu ia de carro.

Quando estacionei e vi a quantidade de carros já sabia que demoraria pra encontrar Niall e entregar o presente a ele, sair dali seria mais demorado ainda porque provavelmente os caras do time estariam ali e pediriam pra eu ficar.

Eu já tinha visto Nick, Liam, Max, Roger, Ben e algumas pessoas da cidade quando entrei na cozinha –um dos lugares que estava mais silencioso-, Niall não estava ali também, mas Louis estava e com Stan.

Tentei tirar meus olhos dois enquanto pegava uma bebida na cerveja, mas era impossível não ficar ligado aos dedos de Stan passando pelo braço de Louis e o mesmo sorrindo pra ele todo bobo.

Senti algo queimar dentro do meu estomago e antes que eu pudesse pensar no que era bebi um grande gole da cerveja que estava em minhas mãos.

Meu celular vibrou no bolso da calça, bufei e o peguei.

Quando vi que era mamãe ligando, em minha cabeça disparou um alarme que tinha algo errado acontecendo por lá, longe de mim, onde meu filho estava.

- Alô? – Respondi sentindo o sangue passar por minhas veias queimando como nunca antes.

- Harry, o Dylan ta no hospital. – Meus braços estavam tremendo em um segundo. Senti a cerveja cair no chão e um grito cruzou a cozinha, mas eu estava sem foco. – Harry! Fica calmo. Olha...

- Gemma, cadê ele? O que aconteceu? Gemma me responde, porra! – Me segurei a bancada e então senti uma mão no meu ombro.

- Um carro o atropelou enquanto ele andava de bicicleta em frente a casa. – Ouvi Gemma chorando só me fez ficar ainda mais nervoso.

- Harry, o que aconteceu? – Stan estava na minha frente assim como Niall e Liam, Louis estava segurando meu braço enquanto Zayn impedia que mais pessoas entrassem na cozinha.

- Eles estão com ele lá dentro tem uns vinte minutos. – Gemma estava chorando o que só me fez ficar ainda mais preocupado e nervoso, senti algo quente cair dos meus olhos e eu já sabia que estava chorando. Uma agitação do outro lado me fez ficar ainda mais nervoso e mais lagrimas saírem dos meus olhos.

- Gem? O que houve? Ele ta bem? Ge...

- Harry, filho...fica calmo, respira... – Mamãe parecia bem mais calma do que Gemma, mas isso não me fazia ficar mais calmo ou menos nervoso.

- Zayn, pega agua pra ele. – Escutei Liam falar, mas eu estava tao tonto e nervoso que eu poderia vomitar.

- O Dylan bateu com a cabeça quando caiu, o médico acabou de dizer que não foi nada de grave, ele só cortou o supercilio.

- Gem disse que ele estava lá dentro por muito tempo.

- A sua irmã é exagerada, ele tá bem, além do braço quebrado, uns arranhões na perna e o supercilio cortado.

- Você já viu ele? Ele ta bem mesmo? Mãe eu quero ve-lo. Quero falar com ele. Por favor. – Sussurrei me sentindo incapaz de falar mais alto, me mover ou parar de chorar.

- Shhh, fica calmo, amor! Você vai falar com ele logo, prometo! Agora você tem que se acalmar. Assim que ele sair da sala onde estar enfaixando o bracinho dele eu te ligo e o coloco pra falar com você, ok?

- Ele tá bem mesmo? – Perguntei sentindo meu coração pesar no peito. Eu queria estar lá nesse momento pra podê-lo abraçar e o dizer que o amo.

- Sim, você fica bem, ok? Não foi nada demais, crianças se machucam, agora eu preciso desligar ok?

- Eu te amo, amo a Gem e diz pra ele que eu o amo muito com toda minha vida. – Mamãe desligou depois de dizer que me amava também.

- Ei. – Zayn sacudiu meu ombro e empurrou agua na minha mao enquanto tirava o celular da mesma. – Voce ta bem? – Assenti bebendo a agua. – O que houve?

Só então eu percebi que estavam todos me olhando realmente preocupados.

- O Dylan caiu e se machucou, mas não foi nada demais.

- Voce me assustou pra caralho, Harry. Porra. – Niall me empurrou pelo ombro e depois me abraçou. – Caralho, é meu aniversario e você não pode fazer isso com um homem velho.

- Tá tudo bem mesmo? – Assenti. Liam sorriu pra mim antes de se afastar e todos foram fazendo o mesmo.

- Olha, seu presente e desculpa, ta? – Quando Niall abriu e viu que era uma bola de golfe autografado por Tiger Woods ele sorriu e se jogou nos meus braços novamente. – Chega, Niall.

- Obrigado. Porra, eu preciso mostrar isso pra geral. – Ele pulou sobre seus pés e seu sorriso era impagável.

 - Só cuidado com ela, ok? Aproveita seu aniversario. – Niall acenou freneticamente e saiu correndo.

Zayn e Louis ainda estavam ao meu lado.

- Voce vai ficar? – Zayn perguntou olhando de mim pra Louis que estava com a cabeça virada pro outro lado.

- Eu vou- embora, ne? Não to mais no clima.

- Consegue ir sozinho? – Assenti e antes que Zayn pudesse dizer algo, Louis se virou e me olhou nos olhos pela primeira vez em um mês.

- Posso te levar? – Zayn abaixou a cabeça e saiu de fininho como se ninguém fosse perceber o que ele estava fazendo.

- Eu não quero bri-

- Não vamos brigar, só quero te levar pra casa, posso? – Ele perguntou e eu assenti, quando passamos pela porta Zayn empurrou meu celular na minha mao e piscou idiotamente.

- Idiota. – Estendi meu dedo pra Zayn, Louis pegou as chaves do meu carro e entrou, fiz o mesmo e sentei ao lado dele.

Nós fomos em silencio por todo o caminho, fiquei olhando pela janela e senti a saudades de Dylan aumentar no meu peito. Como eu podia estar tanto tempo longe dele? Eu o veria em breve.

- Voce ta bem mesmo? – Louis perguntou e só então percebi que ele já estava estacionando em frente a minha casa.

- Sim, como...hm, como você vai voltar pra casa? – Ele mordeu os lábios e levantou os olhos pra me olhar.

Foi como um choque de realidade. Eu estava com saudades de estar com ele, saudades de ter ele por perto.

O ar do carro pareceu ser preenchido por tensão enquanto eu desafivelada meu cinto de segurança e aproximava-me de Louis que estava imóvel me olhando como se eu fosse uma pintura ou uma arte.

- Não vamos fazer isso, você não qu-

Bati meus lábios nos dele e o beijei com vontade, enfiei minhas mãos em seus cabelos e o puxei ainda mais pra mim tentando nos fazer ficar mais próximos como se fosse possível.

O ar do carro estava ficando quente a cada minuto em que nos beijávamos, as mãos de Louis na minha cintura me pressionando estavam me deixando com vontade de sentar no colo dele e beija-lo por toda a parte.

- Eu quero, ok? – Murmurei com a boca colada a dele, nossas testas estavam juntas e eu só conseguia ficar dando selinhos nele sentindo-o marcar minha cintura com suas unhas curtas. – Eu não só quero como também preciso de você, Louis Tomlinson.

Louis sorriu como se estivesse realizado de me ouvir dizer aquilo. E me beijou novamente só que de forma mais faminta.

Ele estava me fazendo esquecer dos problemas e eu não podia mais evitar e negar que o queria.