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História Soza. - The Final. Part One.


Escrita por: gaspedal e treysongz

Notas do Autor


Olha quem chegou???????? EU PRECISO QUE VCS LEIAM AQUI!!!!! LEIAM AS NOTAS FINAIS TOO!!!

Gente esse é um capitulo MUITO importante para mim, talvez não seja o que vocês estejam esperando, mas minha mente é algo louco e eu gosto de fazer loucura. Esse capitulo de soza é provavelmente o mais ilusivo de toda a fanfic, ele pode te decepcionar, ele pode te surpreender, eu não sei, mas ele precisava vir a tona.

Eu nem acredito que só falta mais dois capítulos para concluir a fanfic, porém tamo ai firme e forte. Espero que vocês leiam e apreciem tudo, se quiserem ler ouvindo dark times do the weeknd fica ótimo também lol

Boa sorte, vejo vcs lá em baixo.

Capítulo 32 - The Final. Part One.


Fanfic / Fanfiction Soza. - The Final. Part One.

"Nunca existiu uma grande inteligência, sem uma veia de loucura."

 

Point of View. — Third Person.

 

Perder nem sempre significa queda. É um estado psicológico que somos obrigados a enfrentar, um implante da mídia e uma forma de fugirmos de nossa própria vergonha.

Não é ruim, não é bom, não é apreciativo nem degradante. Apenas um estado de espirito, como dito a cima, mas é o que nos leva a loucura. O medo de perder. Alguém, um objeto, um animal, tempo, dinheiro, futilidades precisas de um dia-a-dia humano. Só o pensamento é horripilante.

Então quando no limite, nos vemos sentados em frente a um homem, buscando incansavelmente por uma resposta, por um beco de saída de todo esse medo. Gastamos o que temos medo de perder, porque tememos a nós mesmos e nem se quer percebemos isso.

Buscar o conhecimento alheio é plausível, mas será que fazemos isso para os outros ou apenas para suprirmos o vazio interno? É uma forma de codescobrimento, claro isso não podemos negar, mas porque nunca cansamos?

É preguiçoso, chato e entediante, as palavras fazem isso com as pessoas, você provavelmente pulou início querendo chegar ao bolo, eu te entendo, é o que desespero faz com as pessoas.

Temos então o desespero e o medo, ambos interligados pela resposta. Nunca pela pergunta, porque temos medo demais para nos questionarmos e somos desesperados demais para pararmos e refletirmos.

Triste.

Talvez o mundo fosse um lugar melhor se todos pensassem assim e, talvez, o pobre garoto de insanidade mental questionável não estaria sentado agora em frente ao seu mais novo companheiro de logo tempo.

Se ele ao menos tivesse tempo para si e não para suas criações, talvez, ele estaria melhor, talvez.

— Senhor Bieber, o senhor sabe o porquê de estar aqui?

— Não. — a feição de Justin estava confusa, seus olhos ansiosos rodeavam o consultório de aparência pálida, devido às cores fracas.

— O senhor está aqui porque sofre de TBH em outras palavras, transtorno bipolar de humor.

— Como? — sua atenção agora estava no homem de branco a sua frente.

— Acontece com a maioria dos famosos, garoto.

— Como? — repetiu. Fragilizado e chocado demais para formular outras palavras.

— Nós ligamos isso aos traumas que você relatou durante a sessão de hipnotismo.

— Por quê? Por que eu?

— A doença não é uma escolha, ela simplesmente aparece. Seu caso ainda é normal embora delicado. — o médico analisou a ficha de Justin e suspirou.

— Eu sou maluco?

— Bipolar, Senhor Bieber. — o corrigiu.

— Desde quando?

— Meados de 2012, eu assumo. Olhe, sua situação é uma surpresa para todos nós, mas precisamos conversar.

 

Point of View. — Justin Bieber.

 

Em êxtase, era como eu me sentia. Nada estava certo, minha cabeça doía e ter que ouvir as palavras do homem a minha frente me fazia tremer.

Eu sabia que possuía alguns problemas, alguns com raiva e outros comportamentais, mas a explicação sempre estava voltada as drogas, eu sempre as culpava por tudo, inclusive por separar Joanne de mim.

Se eu não tivesse ouvido as pessoas a minha volta, nós não teríamos brigado e ela ainda estaria ao meu lado e eu não estaria aqui.

Eu assumiria para o mundo que eu estava apaixonado por Joanne e ela corresponderia, porque eu sabia que tínhamos algo, algo extremamente forte e louco e que duraria, dessa vez eu tinha certeza. Era ela. A verdadeira definição de amor, ela não mudou por mim e eu muito menos por ela. Nós mantivemos algo sendo nós mesmos e era isso que eu tinha aprendido durante o amor em meio aos meses de turbulência. Ele tudo suporta, ele tudo perdoa, era puro e simples. Era exatamente como nós.

— Onde ela está?

— Ela quem, Senhor Bieber?

— A Joanne. — sussurrei. O olhar de pena do médico sobre mim fez com que eu baixasse meus olhos. Aquilo era humilhante, eu provavelmente devo ter feito algo para receber aquilo.

— É sobre elas que iremos conversar, meu rapaz.

— Por quê? Aconteceu algo de grave com ela? Eu a perdi? — questionei rápido e confuso.

— Justin, se acalme, por favor.

— Onde ela está, então? — levantei meu tom de voz.

Um silêncio assustador envolveu todo o cômodo, minha ansiedade já aflorava em meu corpo, por que ele não respondia logo a maldita pergunta?

— Ela não existe, Senhor Bieber. — sua voz soou passiva. Eu quis rir com sua sentença. Ele estava brincando com a porra da minha cara?

— O quê?

Joanne Lexi Venon não existe. — repetiu lentamente. Franzi meu cenho e o encarei de maneira raivosa, que merda de brincadeira estúpida era aquela?

— Pare de brincar comigo caralho! DIGA-ME ONDE ELA ESTÁ! — gritei. Levantando-me eu fui até a mesa onde o mesmo estava sentado, ele nem sequer se afastou, apenas me encarou de modo entediado.

— O senhor precisa se acalmar para que eu possa explicar tudo. — sua voz severa me fez recuar e eu voltei para a poltrona, sentando-me logo em seguida.

— Nós brigamos... Eu só quero que ela... — comecei tentando explicar a situação na qual eu me lembrava claramente, porém fui interrompido.

— Ela. Não. Existe. Joanne, Trish, Jordan, Jones e sua inimiga dada como a morte não existem. Você os criou, Justin.

Eu gargalhei. Alto. A ponto de derramar lágrimas. Minha insanidade era fodida, mas não aquele ponto, não ao ponto de criar alguém para me auto suprir. Era ridículo.

Meu riso se diminuiu quando eu percebi que não era uma brincadeira, a maneira como Phil me encarava demonstrava toda sua sinceridade.

Eu estava mesmo louco?

— Como... Eu... Eu...

— Sua mente se dividiu em pedaços, se me permite colocar assim. Você se viu perdido e sem saber o que culpar, então criou personagens...

— ELES A CONHECERAM! RYAN A VIU, JOHN, XAVIER, MINHA MÃE, EU JURO! — em meio ao desespero tive meu tom de voz elevado. Meu controle havia se esvaído e eu travava uma batalha dentro de minha mente.

A raiva. A tristeza. A frustração, todas elas estavam contidas em meus olhos. Eu quis chorar, mas me segurei. Tudo que fui capaz de fazer foi esfregar de maneira agressiva meus olhos implorando para acordar de um pesadelo sem graça.

— Senhor Bieber, se acalme, por favor. Sim, de fato eles a viram, mas todos acharam que Joanne Venon era o nome de sua droga favorita. A droga roxa mais a mistura de xanax.

— Nós temos fotos juntos. — murmurei baixo. — Eu posso provar.

— Fotos suas com as suas substancias ilícitas é tudo que o senhor tem.

— Por que comigo? Isso é loucura, por favor, pare com isso, eu quero minha casa. — meus lábios tremiam de nervoso. Eu sentia a vulnerabilidade em cada célula do meu corpo.

Fraco era como eu me sentia.

De volta a sensação a inocente, de volta a minha infância julgada e apontada por pessoas superiores. Inseguro como um moleque rejeitado. Era isso mesmo que eu havia me tornado?

— Deixe-me terminar, então citarei nossos processos para acorda-lo de sua ilusão, você precisa estar saudável.

— Eu não... — um soluço escapou de meus lábios. — Ela era... Você precisa entender...

— Eu posso continuar ou teremos que seda-lo novamente? — Doutor Phil ignorou toda minha cena, me fazendo rir sem humor. Ele não se importava, ninguém o fazia. — A segunda opção me parece ruim, mas solutiva, o que acha, senhor Bieber?

— Eu quero ir pra casa. — repeti em voz alta.

— Todos nós queremos isso. Como eu ia dizendo, sua mente se dissipou, a criação de personagens foram essenciais para a sua continuidade na sociedade.

— O que você quer dizer?

— Os nomes já citados eram você, Justin. — aquilo ainda era duvidoso. Difícil de acreditar. E frustrante de se entender.

— Não... Não eram. Eles existem, eles...

— Foi criativo de sua parte os criar traumatizados, todos eles sofriam de pequenas inseguranças e traumas em conjunto. — ele sorriu torto. Como ele podia sorrir em meio ao meu sofrimento? — Quer ouvir sobre eles? — neguei com cabeça. Meus olhos encarando a cor branca da parede. — Sinto muito, mas você terá que fazê-lo.

— É obrigatório?

— Scooter exigiu que você soubesse de tudo. Ele disse algo como você ser mais persuasivo quando em estado caótico.

— Ele está certo. — ri sem humor.

— Eu discordo. — Phil se levantou e se mudou para frente da mesa, apoiando-se nela. — Você funciona melhor quando é si mesmo, como agora.

— Você quer dizer que eu estando louco, eu sou eu mesmo? — puxei meu cabelo com certa força. — Isso é loucura.

— Esse é o ponto, garoto. Podemos continuar? — anuí. — Ótimo!

"Começaremos com Jones, o belo rapaz quase doutor, perdeu a irmã e foi expulso de casa, então tenta salvar crianças todos os dias. Sabe o que isso me diz? Você saiu de casa cedo assim como ele, perdeu o convívio com os pequenos e hoje se conecta as crianças de seus amigos reais para repor o sentimento de rejeição e afetividade, afinal crianças, especialmente os menores amam tudo e todos, certo?"

— Ele... Ele gostava da Trish. — falei inaudível.

— Sim ele gostava dela, mas ele tinha medo de dizer, estou certo? — assenti novamente. — O que isso tem ligado a você, Justin? — não respondi. Brincar com os meus dedos me parecia mais interessante. — Vou considerar seu silêncio uma resposta, afinal quem cala consente. Prosseguiremos então.

"Vamos a Trish. A garota sem limites, adora sexo, mas é apaixonada pelo rejeitado. Ama sua prima de maneira intensiva e é uma compradora compulsiva, banca tudo e todos ao seu redor. O que ela tem relacionado a você? Ela é apaixonada por alguém que causou o trauma dentro de si, masoquista eu diria. Ama um, mas se relaciona com todos e gosta de agradar amizades que eu não julgaria tão boas. Regras não existem, eu deveria chama-la de Trish ou de Bizzle, senhor Bieber?"

— Ok, isso foi o suficiente.

— Não, não foi. — seus olhos me encararam de maneira astuta? Eu não sabia dizer. — Sabe o que é mais interessante sobre essa persona, Justin? Ela vem à tona todas as vezes que se sente rejeitada e sabe o que ela busca? — travei meu maxilar já tendo ideia da resposta. — Amor. Uma prostituta procurando por amor.

— E o que tem demais nisso, doutor? — pedi irônico. — Somos todos movidos por esse maldito sentimento.

— De fato, somos, mas no seu caso — seu indicador apontou para mim. — No seu raríssimo caso, sua motivação não é o amor. Não é um sentimento, está longe disso. Você procura por liderança, garoto, pois na maior parte do tempo não sabe o que fazer e como fazer.

— E onde toda essa baboseira entra? Acha que eu não sei do que eu preciso, doutor? Acha mesmo que eu sou um idiota vivendo de maneira escura as coisas ao meu redor e dentro de mim? — coloquei-me de pé novamente. — Eu sei de tudo, caralho, só eu sei o que acontece aqui dentro. — apontei para o meu peito. — Só eu.

— Então o que o senhor está fazendo aqui? — ele riu. Desgraçado. — Sente-se garoto, eu ainda não terminei.

Por algum motivo estúpido eu o fiz. Eu voltei a me sentar naquela maldita poltrona, porque algo dentro de mim sabia que todas as coisas ditas por ele, de fato, eram verdadeiras.

— Vamos falar sobre Jordan. Ele é o meu preferido, mas é assim como os outros, imperfeito. Ama sua namorada, mas não consegue controlar o impulso de estar com outras mulheres, um traidor de aparência sólida e divergente. Negro com um passado triste e que quando cresce deixa de ser vítima do bullying e passa a ser um dos rapazes mais cobiçados. Preciso mencionar as relações?

— Não.

— Ótimo, pois deixaremos sua relação com a atriz para mais tarde, tudo bem? — fiz que sim com a cabeça. — Diga-me Justin, como pode ter criado a luz e as trevas tão meticulosamente bem?

— Você fala como se fosse algo bom.

— É brilhante para um psiquiatra, veja você não apresenta um perigo para sociedade embora quando em seu estado negro tenha pensamentos grandiosamente maus.

— Por que não podemos falar sobre isso mais tarde? — tentei argumentar de alguma maneira, mas era fula. Phil me ignorou e apenas prosseguiu com seu diálogo idiota.

— Vamos falar sobre a morte, Justin. Por que a criou?

— Eu não sei de que merda você esta falando. — e eu realmente não sabia.

— Pois eu sei. Estamos falando de seu lado psicótico, todos possuem um, mas se nomear o rei de toda desgraça? Isso foi grande e pesado para sua mente comportar. Ser mal não te faz ruim e sim doente. Agora temos um verdadeiro culpado; a morte. De acordo com o seu relato, você se destruiu a si mesmo, pois as vozes diziam que precisavam de seu corpo para dominar o mundo.

"Aqui vai um segredo: você já o domina. Mas a morte ou eu devo dizer você não pareciam enxergar isso muito bem. Ela odiava a Joanne sabia? Dizia conhecer o trauma de todos, menos sobre o da garota da luz, interessante não acha?"

"Ela no caso a morte, não podia saber sobre o estupro de Joanne porque ambas residiam no mesmo corpo. Pacientes com transtornos bipolares tendem a desenvolver personas distintas, a morte não tinha um ponto em comum com os seus outros personagens, pois a mesma não possuía um trauma. Ela era O trauma."

Eu travei por minutos. Incapaz de dizer qualquer coisa. Minhas mãos antes inquietas tremiam como varas em meio ao vento agora, meu coração pulsava fortemente contra o meu peito. Era a mesma sensação das crises de ansiedade, mas não eu sabia que não era uma crise.

Não, era maior.

Era como se a realidade estivesse a minha frente rindo da minha ilusão.

— Encarar seu olhar mórbido me faz temer sua sanidade, como Justin? Como chegou a isso?

— Sobre a Joanne, fale sobre ela, agora. Fale! — pedi exasperado. Ele assentiu com um sorriso grande no rosto, filho da puta.

— Ela é como uma obra de arte sabia? Ou eu devo dizer você e sua grandiosa mente? Sabe Justin... — ele contornou sua mesa e voltou a se sentar. — É realmente um caso raro, pois a maioria dos personas costumam ser mais loucos do que seus próprios criadores, mas Joanne foi diferente. Ela era inteligente, astuta, perigosa de uma forma admiravelmente boa.

— Eu não preciso dos seus elogios, eu só quero saber que merda aconteceu.

— Abusada sexualmente aos cinco anos de idade por uma das pessoas que mais confiou na vida, assim como você. Uma criança no meio desse mundo sujo sendo abusado, não sexualmente, mas emocional e psicologicamente por pessoas interesseiras, esse é o primeiro trauma. O mais interessante disso tudo foi você ter ligado este pequeno detalhe a uma idade tão mínima, por que Justin? — eu não respondi. — Eu presumo que era exatamente como você se sentia quando estava sendo vítima de bullying na sua cidade natal.

“Então temos o segundo trauma, a morte do herói de Joanne, seu avô, que aparentemente não tem nome, mas quando questionamos à Joanne — que é você no caso. — sobre um apelido imaginável, sua resposta rápida foi Bruce. Quer que eu diga sobre isso ou você se lembra de como fazê-lo?”

— Fazer o que?

— Responder perguntas, Justin. Diga-me, por que matou seu avô nessa persona?

— Eu... Eu... Isso está errado, doutor. Como é possível nós sermos as mesmas pessoas quando eu estou apaixonado por ela? Como? Há tantas perguntas. — cutuquei minha cabeça com o indicador esquerdo. — Tantas dúvidas aqui dentro, eu não posso sentar aqui e ouvir tudo isso, é... Errado?

— Justin você amou estar ao lado dela? — sua voz soava pacifica e delicada, era como se ele estivesse com receio de me quebrar por completo. Assenti. — Amou o gosto dos lábios dela? — assenti novamente. — Amou a provável sabedoria que ela trouxe a você? — confirmei mais uma vez com a cabeça. — Ela era inteligente, sabia te decifrar de dentro pra fora, ela lidava com todos os seus sentimentos de uma forma tão calma, como você não percebeu que ela, na verdade, era uma droga? Compare as sensações, garoto, quando você surtava e, de repente, a calmaria chegava quando se deitava nos braços dela, nem mesmo sua ex namorada teve um poder tão forte sobre você, então apenas reflita, por um segundo. — Phil se levantou e foi em direção a porta. — Te deixarei pensando, e quando voltar, iremos concluir essa bagunça.

 

 

Point of View. — Third Person.

 

Março de 2014.

 

— Lembra quando nós fizemos a brincadeira do silêncio? — a garota perguntou para Justin. — Nós nos encaramos por segundo, sem falar ou fazer algum ruído com a boca e quando o Za apareceu, você deu um gritinho fino de susto? — ele assentiu rindo.

— Sua risada foi tão escandalosa que ao invés de ficar bravo, eu ri junto com você.

— Eu e Trish costumávamos a fazer isso. — ela ignorou totalmente a fala do garoto. — Ela sempre perdia e ficava triste por isso. Um dia eu a deixei ganhar, só para vê-la feliz, mas ela não ficou. Simplesmente chorou e murmurou para si mesma que era uma perdedora. — Bieber a olhou confuso. Joanne raramente falava de sua vida. — Eu tentei anima-la, ofereci meus brinquedos, minhas roupas preferidas e até minha cama, e tudo que ela pediu foi um abraço. Eu dei, confusa por ela estar pedindo algo tão pouco, e então ela sussurrou no meu ouvido:

— Não finja que perdeu só para fazer os outros felizes.

— Quantos anos vocês tinham?

— Dez, eu acho. Na época eu não entendi o porquê dela ter dito aquilo, mas parando agora eu vejo.

— E o que você vê? — perguntou curioso.

— Pessoas se perdendo para satisfazerem as outras. Eu acho que me encaixo nessa categoria sabe?

— Por quê?

— Porque eu estou me perdendo... Só para engrandecer você. — sussurrou baixinho.

 

Atualmente.

 

— Então... Podemos continuar? — Philip questionou ao voltar para seu consultório. Justin apenas maneou em confirmação. — Joanne foi e sempre será uma parte de você, ela lidou com as trevas e com o bem dentro de si, ela te trouxe ao mais bom humor, a melhor inspiração e as percepções de um mundo no qual você não enxergava. Justin ela era você com uma vida tão pacata, mas o mesmo tempo totalmente destruída. Ela não sentia, ela só deixava estragos, todas as pessoas em seu caminho acabavam dilaceradas, e assim é você. O fato de ela ter sido estuprada e não ter tido ajuda logo depois da cruel ação causada pelo diretor da faculdade, me faz te ver de maneira clara. Você sendo totalmente dissociado de si mesmo e quando exasperado por ajuda, não obteve. Ela voltou pra casa e encontrou a vó morta que no caso era sua mãe de criação; você voltou para casa e encontrou nada mais nada menos do que uma mulher envergonhada por todas as ações de seu filho.

“Eu me pergunto Justin, como você pôde ter relacionado à morte a todos os seus heróis, Joanne ao menos manteve um princípio, eu não sei nada sobre você. Ao mesmo tempo em que, seu coração é preenchido, ele também permanece vazio. Incapaz de amor a si mesmo, mas corajoso o suficiente para tentar dar isso ao mundo. Esses são vocês, ou eu devo dizer apenas você?”.

Bieber era incapaz de dizer algo. Uma cortina se abriu em sua mente, ele via cristalino agora. Seu mundo. Os seus ao redor, sua antiga vida, seu tudo. Ele via a si mesmo, era como se um espelho imaginário estivesse a sua frente mostrando-o tudo.

A única questão em sua mente era:

Por que eu?

— Por que eu? — ele repetiu em voz alta. Phil riu.

— Eu não sei garoto, tudo que eu sei é que quando alguns pacientes não obtêm as respostas dentro de um consultório, elas procuram por algo mais profundo. Eu não acredito no Divino, mas eu ouvi bastante sobre Ele em sua sessão de hipnotismo.

— Você quer que eu recorra a Deus?

— Talvez. Talvez as respostas que você esteja procurando estejam na sua fé, você manteve isso ao longo do processo. Eu não estou dizendo que foi de escolha espiritual você ter tido um relacionamento emocional e psicologicamente abusivo com as drogas, mas mesmo estando em pecado — eu vou manter o conceito da palavra. — você ainda clamava por um deus, Justin.

— Eu deveria dizer obrigado, doutor? — foi o primeiro pequeno sorriso do garoto naquela sala. Phil sorriu negando com a cabeça.

— Escreva um diário sobre sua rotina, escreve sobre si mesmo e todos os seus problemas. Essa sessão foi sua sessão de resposta, e não de cura, lembre-se disto.

— Eu vou.

— E Justin? — o médico chamou-o antes que ele pudesse sair da sala. — Amor nenhum cura depressão, mantenha isso em mente quando se ver voltado ao seu primeiro amor, ela não vai te salvar e nem você será salvo se continuar pensando assim.

 

Eu sou um prisioneiro do meu vício.

Eu estou viciado em uma vida que é tão vazia e fria.

Eu sou um prisioneiro das minhas decisões.


Notas Finais


Aguardo a opinião de vcs tanto aqui quanto no twitter, obrigada gente, até mais!!!!

ATENÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

LEIAM A FANFIC DA GIOVANNA((@torikelly)), A HISTORIA É BOA PROMETO!!!!
LINK: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-justin-bieber-foreword-4904375


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