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História SPACE LOVE - Um amor de outro mundo IMAGINE KIM TAEHYUNG - Reaparecimento


Escrita por: nuna_ e Scheyers

Capítulo 47 - Reaparecimento


Fanfic / Fanfiction SPACE LOVE - Um amor de outro mundo IMAGINE KIM TAEHYUNG - Reaparecimento

S/N

Hoje recebi muitos sermões pela minha falta de atenção no trabalho. Taehyung houvera me deixado desligada do mundo e ligada a ele. Eu só conseguia pensar nele. E isso me fazia esquecer de tudo, porém, agora eu estava tão atordoada. A forma como ele agiu na noite passada, de certa forma me abalou. Eu pude sentir que ele estava diferente de um dia atrás, isso era tão entranho para mim. Nunca o tinha visto daquela maneira; estressado e desatento.

- S/N! De novo não! - Yang chamou minha atenção pela milésima vez. Ela já estava sem paciência. - O que tá acontecendo?

- Desculpa Yang. Eu vou prestar mais atenção.

- Você já disse isso um milhão de vezes! O que foi? Os clientes precisam de atenção. Se for problemas com relacionamento, saiba os separar da vida profissional. Agora volta para o trabalho! - Yang sabia como ser dura.

- Tudo bem. - assenti cabisbaixa. - Boa tarde senhora, posso ajudá-la em alguma coisa!? - perguntei atrás do caixa, olhando para a senhora em minha frente.

- Vou levar isto. - pôs vários tipos de roupas no balcão. Fiz as contas e a mesma pagou.

[...]

- Vá comer. - Yang falou depois ter voltado do seu almoço.

- Tudo bem. - suspirei fundo. Peguei minha bolsa e fui até a praça de alimentação.

E lá estava eu. Andando naquele shopping gigante, indo em direção do lugar onde eu também já tinha passado bons momentos. Seja com o Taehyung ou com o Yoongi.

- Por que estou pensando nesse inútil?! - me referi ao Yoongi.

Entrei em um restaurante tradicional coreano e pedi o prato da casa. Não estava muito a fim de escolher algo, apenas queria pensar. Tentar raciocinar, tentar entender o porque que Taehyung estava daquela maneira. Ele nunca era assim. Hoje nós não nos vimos e, ele até agora não me enviou nenhuma mensagem. O que se passa com ele, que precisa pensar tanto? Eu sei que às vezes precisamos de um tempo para pensar, mas será que não é injusto ele me deixar nessa dor, sem saber o que se passa com ele?

- Será que eu estou sendo tão orgulhosa!? - falei em voz alta fazendo as pessoas me olharem. Sorri envergonhada e tentei evitar os olhares.

Comi o que eu tinha de comer e voltei para o trabalho. Ainda recebi muitos e muitos sermões. Enquanto andava de um lado para o outro, pedi que Yang me deixasse ficar lá fora um pouco. Para poder pegar um ar e pensar. Eu estava tão distraída hoje que não conseguia fazer nada. Sentei-me em um banco em frente a loja e peguei meu celular.

- Nenhuma mensagem. - deixei uma única lágrima descer pelo meu rosto, dei um sorriso sem graça. O celular vibrou. Rapidamente olhei o visor e para minha felicidade era Taehyung.

"Estou saindo do trabalho agora. Em cerca de 30mim chego em casa, você vai demorar?"

"Não! Já estou de saída." - respondi.

"Ok. Quando chegar em casa, me mande uma mensagem."

"Tá bom. Até mais tarde, eu te amo." - enviei essa mensagem com tanta esperança de que ele disse o mesmo.

"Até." - não foi bem assim.

- O que eu fiz de errado? - era inevitável. Era inevitável segurar as lágrimas. Caminhei em passos vagos para a loja, arrumei minhas coisas e quando estava quase saindo Yang me chamou.

- Onde vai?

- Estou me sentindo mal. Vou para o hospital. - menti.

- Espero que não esteja grávida. - a mesma sorriu sem graça. - Fique bem, qualquer coisa fale comigo.

- Entendi.

Caminhei de cabeça baixa por todo o shopping, quando senti que alguém havia esbarrado em meu ombro. Sem interesse olhei para a pessoa e vi que essa pessoa tinha tonalidade azul.

- Lunar? - imediatamente esse nome veio a minha mente. A garota de cabelos cinzas correu para fora do shopping, eu não poderia perder essa oportunidade portanto corri atrás dela. - Lunar espera! - consegui alcançá-la segurei a mesma pelo pulso e ela me olhou. Não parecia estar feliz.

- Me larga! - falou em minha língua com um pouco de dificuldade. Porém eu não a soltei. A mesma levantou a mão e arranhou meu gosto com muita força me fazendo gemer de dor, ela correu e eu não a vi mais. E então se perdeu pela multidão.

- Omo! - passei a mão pelo meu rosto e sangue veio junto. Peguei meu celular e com ele vi quatro listras gigantes em meu rosto. Tenho que admitir que ficou bonito. Eu sou o tipo de pessoa que gosta de cicatrizes, e que acha bastante bonito. - Lunar obrigada por um lado e por outro não! - sorri sem graça e guardei o celular.

Peguei um táxi e fui para meu apartamento. Ao subir pelo elevador, pensei seriamente em como Taehyung iria reagir a essa marca que estava em meu rosto. Ele iria ficar preocupado, eu sabia disso. Porém isso não era o que importava, eu apenas queira conversar com ele o mais rápido possível e resolver tudo. Não aguentava mais esta situação.

Sai do elevador e caminhei em passos vagos, andei muito devagar. Estava tão deprimida. Cheguei na porta de meu apartamento, me encostei na porta e suspirei fundo. Procurei a chave sem pressa e abri a porta. Porém algo me fez a fechar com toda a força e me fez gelar.

- S/N? - ouvi Taehyung falar no fim do corredor. Continuei de costas, eu podia escutar seus passos. Ele estava se aproximando de mim.

Taehyung

"...eu te amo"

"...eu te amo"

"...eu te amo"

Essa frase que não saía de minha cabeça pois ela estava me rondando. Inundando meus pensamentos e me tirando o sossego. Eu amava a minha pequena e isso não era nenhuma novidade.

Mas por quê eu não respondi a mensagem dela com um "Eu também te amo!"?

Eu não fui capaz de dizer, de mandar e de me enrolar mais nisso tudo. Por mais que eu a amasse eu tinha que salvar o meu amigo e não poderia ser mais egoísta do que já estava sendo. Do que já estou sendo. Jungkook precisa de nós, precisa de mim e eu tenho que estar aqui para ajudá-lo, é meu dever e obrigação ajudar o meu amigo, sangue do meu sangue. O meu irmão Zant.

Porém ao mesmo tempo a certeza que eu deveria acabar com tudo e seguir focado em Jungkook, vinham as dúvidas e todas as memórias que eu tive com S/N e tudo de mágico que aconteceu entre nós. Desde o início, desde quando nos conhecemos até a nossa viagem para Seoul. Tudo me confundia cada vez mais e eu precisava tirar isso a limpo. Hoje eu iria até a casa dela e conversar um pouco sobre as coisas, não saberia se diria algo a ela mas eu tentaria aproveitar o meu momento com a menina, pois eu mesmo não sei se vai ser o último ou não.

Já saía do elevador quando eu a vi abrindo sua porta com a cabeça baixa. Segui em passos lentos na sua direção e a chamei.

- S/N? - ela fechou a porta e paralisou ali de frente pra porta. Estranhei. - S/N? - chamei de novo e toquei em seu braço, segurei o mesmo e a virei pra mim. Rapidamente ela levantou a mão até o seu rosto, cobrindo uma parte dele. Ela ainda olhava para o chão. - Olha pra mim! - pedi com gentileza porém a menina continuou olhando pra baixo.

Segurei em sua mão que tampava parte de sua bochecha e a tirei lentamente, ela não hesitou com os meus movimentos. Toquei em seu queixo devagar e lentamente o levantei para que eu pudesse olhá-la. Arregalei os olhos quando vi o que tinha ali e que provavelmente ela estava escondendo.

- O que é isso S/N? Como que isso aconteceu? - perguntei preocupado com as marcas em seu rosto. Neste momento nada passava em minha cabeça a não ser que eu deveria ajudá-la com esses machucados.

- Está tudo bem. - ela disse baixo tirando a minha mão de seu queixo. Engoli grosso.

- Não, não está! Você está machucada S/N. - disse a olhando - Vem, vamos cuidar disso! - falei a puxando pela mão e a levando para dentro de seu apartamento.

Deixei ela sentada no sofá da sala dela e me levantei a procura do kit médico que ela tinha em um de seus armários. Quando eu achei, o peguei e fui rapidamente em seu encontro para cuidar do rosto machucado de S/N. Coloquei um pouco de remédio cicatrizante no algodão e passei levemente sobre os arranhões. Ela fechou os olhos com a ardência e repuxou o rosto.

- Como que isso aconteceu? - perguntei preocupado.

- Eu encontrei a...- ela começou e me olhou, suspirou fundo e terminou de falar -...nada. Foi um descuido meu. - retornou a fechar o olho pela ardência.

- Tem certeza? - indaguei e ela assentiu.

Passei o remédio e não tampei as feridas pois seria pior para cicatrizar. Guardei as coisas que tinha tirado do lugar e voltei para ela que ainda estava no sofá e com o olhar baixo. Sentei-me ao seu lado novamente e todas as minhas dúvidas voltaram a me atormentar.

- Está tudo bem? - perguntei ajeitando-me no sofá para ficar de frente pra ela. S/N levantou a cabeça e me olhou. Suspirou fundo.

- Você quer realmente saber? - ela perguntou com um tom diferente na voz.

- Claro que eu quero. - falei com um pouco de receio e medo.

- Taehyung! O que está havendo com você? Você está estranho, você está mudado, diferente e eu não consigo reconhecer o porquê de você estar assim. Ontem à noite você me deixou confusa e pensativa sobre você estar tão calado e misterioso. Eu preciso de respostas Taehyung. Eu preciso de diálogo entre nós dois. Você nem sequer respondeu que me ama hoje e olha que você me dizia isso antes. O que há de errado com você e por quê você não percebe que isso me afeta? - ela despejou todas as palavras e toda sua angústia sobre mim e eu não sabia o que retrucar, muito menos explicar, pois não tinha como explicar ao certo pois nem eu sabia o que eu deveria fazer e o que eu estava fazendo.

Permaneci calado e olhando diretamente para os seus olhos, eu tentava enxergar tudo dentro dela e tentava pedir desculpas com o meu olhar, mas S/N estava chateada e bloqueava quaisquer forma de eu tentar dizer algo. Abaixei o meu olhar para o meu colo e suspirei fundo.

- E você ainda continua calado? Taehyung o que está acontecendo com você? - ela perguntou deixando uma lágrima rolar de seus olhos que antes disso tudo viviam cheios de alegria.

- Eu...- comecei a falar e ela estava atenta o que eu dizia -...preciso de água. - me levantei do sofá e segui em direção da cozinha. Antes de levantar eu percebi que a decepção e tristeza tomavam conta do olhar da minha pequena, da minha menina.

Eu estava me torturando por dentro por estar fazendo isso tudo, mas eu não tinha muita escolha. Eu não poderia deixar o meu amigo morrer. Por mais que eu amasse S/N e ela fosse a melhor coisa que havia me acontecido, Jungkook era meu amigo e ele era a razão de eu ter vido até este planeta. Eu queria muito poder voltar no tempo e acertar tudo. Queria poder voltar e conseguir conciliar os meus sentimentos por S/N ao mesmo tempo que tinha meu foco em salvar Jungkook. Mas não foi assim que aconteceu, eu me deixei levar pelos meus sentimentos e pelo meu amor por ela e deixei o meu amigo de lado. Mesmo que tenhamos feito planos e começado a entrar em ação para resgatá-lo, algo me puxava pra um outro lado, e esse algo era S/N que roubava toda a minha atenção com apenas um olhar.

Coloquei um pouco de água dentro do copo e apoiei a minha mão livre na bancada da pia. Suspirei fundo e fechei os olhos. Umedeci minha garganta com aquela água que eu engolia e lágrimas escorreram pelo meu rosto. Eu as deixei cair e fluir pois toda essa confusão dentro de mim, todas essas dúvidas estavam me matando. Senti, de repente, dois braços se entrelaçam em minha cintura e um corpo quente encostar no meu. Era ela, era S/N. Eu ainda estava de costas pra ela e ela me abraçava por trás.

- Eu estou com medo! Eu sinto que algo está prestes a dar errado. Eu sinto que algo vai acontecer com nós dois e isso tudo está sendo um "adeus". - senti seus braços me apertarem mais e minha blusa ser molhada. Ela estava chorando.

Me virei para ficar de frente pra ela e segurei seu rosto com minhas duas mãos. Olhei nos seus olhos marejados e vermelhos. Umedeci meus lábios com minha língua e me aproximei de seu rosto, de sua boca.

Eu sei que isso poderia estar sendo errado em meio a situação que eu estava. Eu não queria ferir S/N mais do que eu poderia ferir, mas eu precisava de pelo menos sentir o seu toque, o seu beijo, o seu gosto mais uma vez. Mesmo que o beijo esteja sendo um beijo triste e molhado pelas lágrimas que escorriam dos olhos dos dois. Eu precisava dela agora e precisaria por toda a minha vida. Porém a vida é feita de escolhas e nós temos que viver com as consequências que cada uma delas vai nos trazer. Ou eu continuava com S/N e Jungkook morreria, ou eu salvava Jungkook e terminaria com S/N. E eu não preciso dizer que uma vida vale mais do que tudo que existe, até mesmo do que o amor.

Segurei em sua cintura com força e a segurei em meu colo, ela havia entrelaçado suas pernas em volta da minha cintura. Sentei a menina em cima do balcão da cozinha e a cada vez mais nosso beijo se tornava mais cheio de desejo e dor, pois estávamos uma mistura de sentimentos. Estávamos perdidos dentro de nós mesmos. Eu não queria ter que contar pra ela agora o que se passava, eu queria primeiro me entender.

Minha cabeça rodava e muitas coisas se misturavam dentro de minha mente. Eu sentia que o que eu estava fazendo neste exato momento era a coisa mais errada do universo. Mas eu queria S/N, eu precisava de senti-la. Nem por uma última vez.

Coloquei minhas mãos por dentro de sua blusa e rapidamente a subi, logo a tirando do corpo de S/N. Em nenhum momento eu havia aberto os meus olhos, eu estava preso em minhas sensações. Deslizei minhas mãos por sua cintura até a barra da sua calça e a segurei firme ali. Ela começou a subir a minha blusa mas algo dentro de mim quase me matou e com uma força que eu nunca senti antes, eu parei. Me afastei dela rapidamente e minha respiração era forte e descompassada. S/N me olhou com dúvida no olhar e com o cenho franzido.

- Me desculpa S/N, preciso ir! - falei me dirigindo até a sua porta.

- Aonde você está indo Taehyung? - ela perguntou vestindo sua blusa com pressa

- Eu preciso pensar, tenho que ir S/N. - falei tomando coragem de olhar pra ela depois do que havia feito.

- Taehyung! Volta aqui agora. - ela falou com lágrimas escorrendo seu rosto e vindo até a porta.

- Eu tenho que ir S/N, amanhã a gente conversa melhor e eu te conto tudo. - falei tomando a decisão.

- Por quê amanhã? Me conta agora! - ela disse secando o seu rosto.

- Até amanhã S/N. - e finalmente fechei a porta de seu apartamento.

Eu estava decidido do que deveria fazer, por mais que me doesse e cortasse meu coração em pedacinhos. Eu tinha que seguir o meu foco. Minhas lágrimas corriam por toda a extensão do meu rosto e até mesmo deslizavam pelo meu pescoço, mas eu não ligava. Toda a dor e a confusão que havia dentro de mim precisavam ser externadas de alguma forma, e chorar foi a forma mais fácil que achei pra fazer isso. Foi difícil e complicado tomar essa decisão, mas eu a tomei, talvez fosse a melhor coisa a se fazer agora.



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