1. Spirit Fanfics >
  2. Spidermark e seu rival Lee >
  3. O rosto por trás da máscara

História Spidermark e seu rival Lee - O rosto por trás da máscara


Escrita por: dosik

Notas do Autor


Só lembrando aqui que todo mundo já é maior de idade na história ✌🏻
Eu amo esse morde e assopra, espero que vocês também gostem do resto da história!!
E me desculpem se tiver passado algum errinho, eu vou caçar todos depois!

Boa leitura! 🤍

Capítulo 2 - O rosto por trás da máscara



SPIDERMARK E SEU RIVAL LEE
Capítulo 2 - O rosto por trás da máscara
por dosik

 

Quando Mark pôs o uniforme do Homem Aranha no corpo e saiu pela janela do quarto naquela noite, voou por entre os prédios enormes da cidade de Seoul em direção ao único lugar que tinha em mente.

Para ser honesto, não tinha voltado à varanda de Donghyuck outra vez depois daquele beijo, porque estava começando a se interessar demais. Não conseguia tirar aquele garoto da cabeça, as bochechas coradas que nunca tinha visto, o jeito calmo de falar, sem o sarcasmo que costumava ter na voz quando falava consigo, o sorriso pequeno e envergonhado no rosto. Ele era uma pessoa completamente diferente com o Homem Aranha.

E era por isso que Mark não conseguiu voltar ali, estava mesmo se interessando demais, mas não podia se deixar esquecer que Lee Donghyuck só agia daquele jeito, porque não sabia quem era por trás da máscara.

Mas agora era diferente. Ele tinha descoberto e quase tinha partido para o soco em cima de Mark, mas ali, na privacidade do seu quarto, quando o cercou contra a porta e ele continuou ali, o encarando de volta sem reação e de boca entreaberta, Mark viu, mesmo que por um curtíssimo momento, que talvez tudo aquilo pudesse não ser somente por causa do Homem Aranha.

Lee Donghyuck estava mexendo no celular, deitado em cima da cama, quando um intruso pousou na sua varanda. Fechou a cara no mesmo momento, sentindo o corpo encher de raiva de uma hora para outra. Levantou do colchão e andou a passos pesados até ali, cruzando os braços depois de passar pelas portas de vidro.

— O que você tá fazendo aqui? — Seu tom era grosseiro, queria deixar claro que ele não era bem-vindo.

Ainda não conseguia acreditar que o herói que tanto admirava era Mark Lee. Céus, Donghyuck até achava que estava se apaixonando e a droga da pessoa por trás daquele uniforme era a única pessoa no mundo que não podia ser de jeito nenhum. Se sentia enganado e puto, e queria voar em cima do pescoço daquele filho da puta toda vez que lembrava disso.

— Achei que você tinha dito que ia me esperar todas as noites. — Ele respondeu por baixo da máscara, sem mostrar o rosto, e Donghyuck riu, desacreditado.

Sério, ele pedia por um soco no meio do estômago, não era possível.

— Isso foi antes de eu saber que a pessoa por trás desse uniforme é o maior idiota do mundo. Agora dá o fora daqui.

Já ia se virar para entrar no quarto novamente, quando sentiu seu corpo ser agarrado e, de uma hora para outra, estavam caindo com toda a velocidade que a gravidade proporcionava em direção à avenida lá embaixo.

Se desesperou, sentindo um frio na barriga pior do que qualquer montanha russa que já tivesse ido na vida inteira. Sua roupa voava no corpo pelo vento forte e suas pernas pareciam gelatina buscando algum apoio debaixo delas que nunca vinha. Donghyuck gritou, assustado, sentindo vontade de chorar, porque nunca tinha experienciado nada tão perto da morte como naquele momento, quando o Homem Aranha disparou uma teia em algum lugar e os dois pararam de cair para baixo e passaram a voar entre os prédios.

— Você enlouqueceu?! — Gritou furioso e desesperado no ouvido dele por cima do vento forte. — Me leva pra casa agora, Mark!

— Relaxa e aproveita a vista. — Foi tudo o que ele falou.

— Pra onde porra você tá me levando?

— É surpresa. Você vai gostar.

Donghyuck já ia responder mal educado, quando viu um prédio se aproximando muito rapidamente. A impressão era que estavam a ponto de bater ali e foi instintivo se encolher contra o corpo de Mark, as mãos tremendo de nervosismo ao redor do pescoço dele enquanto sentia o braço muito mais forte do que qualquer estudante de ensino médio deveria ter ao redor da sua cintura.

— Não se preocupe, eu tô segurando você. — Ele falou muito baixo ao seu ouvido e quando sentiu aquele frio na barriga, culpou a altura em que estavam voando.

Donghyuck olhou para baixo pela primeira vez desde que tinham deixado sua varanda, um grande lençol de luzes acesas estendido por toda cidade, as ruas iluminadas lá embaixo deixavam visíveis as pessoas andando por ali, que mais pareciam pequenos pontinhos em movimento, quase como formigas daquela altura.

O vento refrescante da primavera estava começando a esfriar sem o calor do sol e o nervosismo por estar, porra, voando, deu lugar à admiração daquela cena singular que nenhum ser humano deveria ser capaz de ver.

Pousaram em um heliporto alguns minutos depois, em um dos prédios mais altos da cidade. Aquele era o prédio de uma empresa muito importante no país e a vista dali de cima era de perder o fôlego. Aquelas mesmas luzes continuavam iluminando Seoul inteiro e ali, mais ao fundo na linha do horizonte, onde o chão encontrava o céu, conseguia ver a enorme ponte por cima do Rio Han que ligava as partes norte e sul da cidade.

Era lindo.

Donghyuck perdeu as palavras por um momento, admirando aquela vista incrível. O prédio onde morava era alto, mas ficava em uma parte nobre da cidade onde tinha muitos prédios altos, então não conseguia ver muita coisa, mesmo quando subia até o terraço.

Dali de cima, enxergando absolutamente tudo até onde a vista conseguia alcançar, pensou que aquela era uma das cenas mais bonitas que já tinha visto na vida.

— Eu sabia que você ia gostar.

Mark falou com calma ao seu lado e, quando olhou para ele, o garoto estava com a máscara do Homem Aranha na mão, os cabelos pretos estavam bagunçados em cima da cabeça e o rosto era o único pedaço de pele à mostra descoberta pelo uniforme. Ele tinha um sorriso nos lábios, um sorriso pequeno e sincero, como se realmente estivesse se sentindo bem, e Donghyuck afastou para bem, bem, bem longe o pensamento de que ele era bonito.

— Por que você me trouxe aqui? — Não gritou como antes, mas cruzou os braços e franziu as sobrancelhas.

— Porque eu queria conversar com você.

— É, mas eu não quero conversar com você.

Mark ficou em silêncio por um momento, encarando Donghyuck e sendo encarado de volta naquela noite iluminada pelas luzes da cidade. O vento fazia as roupas dele balançarem no corpo magro e a franja castanha caía bagunçada sobre as sobrancelhas franzidas.

— Por que você me odeia tanto? — Perguntou devagar aquilo que mais queria saber durante anos. Ele relaxou a expressão, surpreso, como se não estivesse esperando a pergunta. — Foi alguma coisa que eu fiz? Alguma coisa que eu disse? — Deu um passo para perto dele, seu próprio coração estava acelerado. — Eu gosto de você, não queria que você me odiasse. — Mais um passo.

Estavam próximos. Donghyuck o olhava atento depois da sua última frase, como se estivesse esperando que dissesse que era mentira a qualquer momento. Em vez disso, Mark continuou o encarando, sentia vontade de estender a mão até ele, de empurrar a franja que caía sobre os olhos para trás da orelha, mas continuou parado com o punho fechado ao redor da máscara.

Donghyuck não saberia descrever o que estava sentindo naquele momento, conseguia ouvir claramente os próprios batimentos ecoando nos ouvidos e o olhar de Mark Lee congelado no seu o fazia sentir como se ele pudesse ler todos os seus pensamentos. De repente, algo muito incomum aconteceu. Se sentiu culpado.

Baixou a cabeça, olhando para os próprios pés, não conseguia encará-lo de volta. Eu gosto de você, não queria que você me odiasse. Como deveria reagir a isso? Queria continuar afastando-o, queria continuar jogando a culpa daquele sentimento para cima dele, porque de repente se sentia envergonhado demais sobre as suas próprias ações.

Fechou os olhos, decidindo se deveria falar ou não, e quando abriu novamente, ele ainda estava ali, a pouquíssimos centímetros de alcance. Com a cabeça baixa, conseguia ver o abdômen e as pernas sob o uniforme do Homem Aranha. Suspirou.

— A verdade é que… eu… eu tenho inveja de você. — Mordeu os lábios, se sentindo um idiota.

— Inveja? De mim? — Ele perguntou, o tom deixava a surpresa muito evidente, parecia que havia acabado de falar algo inacreditável.

— É, Mark. Inveja. De você. — Franziu as sobrancelhas novamente, irritado por ter que repetir aquela confissão ridícula. — Eu sempre me esforço até o último neurônio pra ir bem nas provas, pra ficar em primeiro lugar em tudo, pra conseguir ser o melhor aluno e, quando olho pro lado, você tá lá, quase me ultrapassando sem esforço nenhum. — Ergueu a cabeça, encarando-o novamente. — Você é bom naturalmente, enquanto eu tenho que fazer das tripas coração pra passar um pouquinho que seja de você. Tem noção de quanta raiva eu sinto quando você diz que não estudou nada e mesmo assim erra só uma questão a mais que eu? Você é um saco, um imbecil completo. — Xingou por último, sem muito motivo.

Mark o encarava de boca entreaberta. Não poderia dizer que não estava surpreso, mas conseguia entender. De alguma forma, podia ver na expressão de Donghyuck que ele estava com receio de que o achasse um bobo. Bem, agora Mark o achava, mas não precisava dizer.

— O que… eu posso fazer pra te deixar melhor?

Donghyuck suspirou, virando de lado e observando a vista da cidade de braços cruzados para não precisar continuar sustentando o olhar dele.

— Nada. É a minha inveja de qualquer forma, sou eu que preciso fazer alguma coisa em relação a isso. — Fez uma pausa, para conseguir ver melhor mais ao longe, os braços cruzados na frente do peito. Estava começando a fazer frio. — Mas você podia parar de ser um babaca e ficar falando que não estudou pra tirar nota boa. Isso faz eu me sentir um idiota.

— Anotado. — Ele respondeu de imediato e virou para olhar a cidade também, lado a lado consigo. — Então… trégua?

Levou um instante a mais para responder e o vento fazia o cheiro dele pairar em sua volta.

— Trégua.

Mark sorriu, mesmo que Donghyuck não estivesse vendo. Sentiu vontade de chegar mais perto dele, de segurá-lo pela cintura e beijá-lo em cima daquele prédio com todas as luzes da cidade como cenário de fundo. Em vez disso, continuou parado ao lado dele, enxergando até onde a vista podia alcançar.

Quando sentiu que o vento já estava frio demais, puxou-o de volta contra seu corpo, colocando a máscara de volta na cabeça e pulando daquele heliporto, em direção ao prédio onde o garoto morava. Enquanto admirava a vista lá embaixo, Donghyuck se encolheu contra seu corpo, apertando os braços ao redor do seu pescoço, e Mark se sentiu absurdamente satisfeito em notar que ele confiava o bastante no Homem Aranha para achar que poderia protegê-lo, instintivamente se encolhendo contra seu corpo.

Pousaram na varanda dele não muito tempo depois e Mark sentiu uma pontinha de coragem emergir de repente. Tirou a máscara outra vez e o puxou devagar pelo pulso, antes que ele entrasse de volta ao quarto.

— Você… quer tentar outra vez? — Perguntou devagar, pedindo aos céus que ele entendesse sobre o que estava falando e não o afastasse.

Donghyuck o encarou de olhos abertos por um instante, sentindo o coração acelerar um pouquinho. Os dois estavam muito perto e Mark o puxava pelo pulso um pouco mais a cada instante.

Sem querer pensar muito no que estava fazendo, se aproximou no resto do espaço entre os dois e encostou as bocas por um curtíssimo segundo, virando de costas no mesmo momento para voltar ao quarto. Mas antes que pudesse passar pelas portas de vidro, foi virado e puxado contra ele outra vez naquela noite.

Mark passou os braços ao redor da sua cintura, colando os corpos completamente e enfiando a língua com tudo na sua boca sem pedir permissão. Donghyuck pensou em empurrá-lo por um segundo, mas antes que percebesse estava o beijando de volta. Os braços enlaçando o pescoço dele e as mãos bagunçando o cabelo pretos, puxando para que se aproximasse ainda mais, mesmo que não tivesse mais espaço entre os dois.

Mark o empurrou com o próprio corpo e o prensou na pequena parede bem ao lado da porta de vidro. Ele era tão inacreditavelmente forte que Donghyuck sentiu que jamais conseguiria sair daquele aperto se ele não deixasse e o pensamento fez alguma coisa acender dentro do seu corpo.

Uma das pernas dele se meteu entre as suas, firme e atrevida, e o instinto de esfregar suas próprias coxas nela foi maior do que seu pensamento de evitá-lo. As mãos dele puxaram sua cintura para que desgrudasse minimamente da parede e deslizaram ali para trás, apertando sua bunda em cada uma delas até que a carne sobrasse por entre os dedos. A sensação de ser agarrado daquela maneira por ele foi tão boa que não conseguiu evitar o pequeno gemido que soltou contra a boca de Mark, e o sorriso que ele abriu com a sua reação o irritou.

Mesmo assim, não teve tempo de fazer nada, porque ele logo desceu com a boca aberta e molhada de saliva pela sua mandíbula, lambendo a pele e deslizando com a língua até seu pescoço sensível, onde ele chupou com força enquanto apertava sua bunda e esfregava seu quadril contra o dele.

Mark estava ficando duro dentro do uniforme, para valer. De repente, Donghyuck parecia tão irresistível que sentia que poderia passar a noite todinha beijando ele na boca e em outros lugares. Mas o garoto era mau e, por vezes, puxava seu cabelo, afastando sua cabeça da pele quente e macia por um momento, impedindo-o de continuar. Mark grunhia, necessitado, e o apertava mais forte nas mãos, fazendo com que ele cedesse.

Donghyuck puxou seu lábio inferior com tanta força entre os dentes que Mark poderia jurar que tinha sangrado. Não conseguiu evitar o gemido que soltou, esfregando os quadris com urgência, excitado. O pensamento de que gostava de ser maltratado por Lee Donghyuck subiu em um arrepio intenso pela espinha e Mark impulsionou o quadril contra o dele, como se estivesse comendo o garoto, e não controlou o impulso de descer com a boca de volta para o pescoço sensível e chupar ali, bem forte, até deixar marcado.

— Filho da puta. — Donghyuck xingou, puxando-o pelo cabelo para que afastasse a cabeça, e Mark sorriu. — Como é que eu vou explicar um chupão no meu pescoço pros meus pais?

— Isso é com você. — Foi simplesmente o que falou, antes de inclinar a cabeça novamente para perto dele e voltar a beijá-lo.

Uma luz acendeu de repente do lado de fora do quarto, chamando a atenção deles, e mesmo que só desse para ver pela brecha de baixo da porta, era muito intensa pela escuridão que estava o lugar.

Donghyuck aproveitou seu momento de distração para empurrá-lo pelo peito e afastá-lo de perto.

— Preciso dormir agora. Pode voltar pra sua casa, ou ir salvar o mundo, ou qualquer coisa que você for fazer. — Ele falou, passando pelas portas de vidro e fechando antes que pudesse puxá-lo de volta, e Mark sorriu, os dois se encarando cada um de um lado do quarto.

Saltou pela cerca da varanda depois de ver o Lee deitando na cama, um sorriso enorme por baixo da máscara.





___




 

Donghyuck estava conversando com Chenle e Renjun, logo depois do toque do intervalo, quando sentiu uma mão em seu ombro. Os dois amigos se calaram e olharam para a pessoa atrás do seu corpo surpresos, voltando a olhá-lo logo depois. Sentiu um pressentimento incômodo e, quando olhou para trás, Mark Lee estava em pé parado bem ali.

— Quer comer junto? — Ele perguntou, como se fosse a coisa mais normal do mundo, e Donghyuck sentiu o sangue esquentar. Como é que aquele garoto podia ser tão idiota?

— Você enlouqueceu? — Respondeu grosseiramente e já ia se virar para continuar a conversar com os amigos, quando Mark o puxou delicadamente. Ele abriu a boca para falar, mas o interrompeu antes disso. — Ainda não foi embora?

Ele o olhou por um momento e soltou uma risadinha, antes de se virar e sair da sala. Quando olhou para Chenle e para Renjun, e eles perguntaram o que diabos tinha acontecido ali agora, Donghyuck simplesmente se fez de desentendido e mudou de assunto rapidamente.

Ia matar aquele idiota quando o visse novamente. Em que mundo ele vivia? Como ele achava que podia o convidar para comer juntos no intervalo do dia para a noite na frente de todo mundo se no dia anterior mesmo estavam quase se matando na escola?

Respirou fundo, sentindo o corpo acalmar. Chenle não estava convencido e Donghyuck podia notar pelo jeito que o olhava de volta, sem falar nada, porque Renjun estava ali. Fingiu não perceber.

Estava indo em direção à sala de música, mais tarde naquele mesmo dia, quando foi puxado de repente em um instante tão rápido que nem conseguiu ver quem era ou como. Foi prensado de costas contra a porta fechada da sala vazia pelo corpo de Mark, que parecia não saber o significado de espaço pessoal.

Fechou a cara, vendo aquele sorriso de lado no rosto dele.

— O que você pensa que tá fazendo? — Bufou impaciente, tentando empurrá-lo com as mãos espalmadas no peito dele, mas Mark era muito forte e nem sequer se mexeu. — Se alguém pegar a gente aqui eu mato você.

Ele soltou o ar pelo nariz em um riso soprado.

— Eu vou ouvir se alguém se aproximar. — Foi o que ele respondeu, finalmente se afastando um passo ou dois.

Donghyuck aproveitou para sair de perto dele, andando entre as mesas em vez de sair pela porta. Não queria pensar no motivo de continuar ali, na companhia de Mark, os poros arrepiando pelo corpo quando as lembranças da noite de três dias atrás ressurgiam na sua cabeça. Mark tinha faltado naqueles três dias e por mais que tivesse vontade de perguntar sobre, o que provavelmente era por causa das aventuras do Homem Aranha pela cidade, se segurou. Nem morto iria admitir que estava interessado.

— Não se aproxime de mim na frente dos outros, porque eu vou ser grosso e te expulsar.

Deixou bem claro antes que ele fizesse de novo e só percebeu que ele estava perto quando seu corpo foi puxado contra o dele. Suas costas bateram no peitoral de Mark e a boca dele veio direto no seu ouvido, a respiração quente fazendo a pele sensível eriçar.

Ele o empurrou de leve com o próprio corpo e Donghyuck precisou apoiar as duas mãos sobre uma das mesas que estava bem à sua frente, sentindo Mark completamente colado às suas costas.

— Então quando você tiver sozinho eu posso. — Ele falou baixo e devagar, o tom grave atingindo todo seu corpo. Fechou os olhos instintivamente.

— Não… não foi isso que eu falei… — Suas palavras saíam quase embaralhadas.

— Olha o que você faz comigo. — Ele disse e pressionou o quadril no seu corpo, mostrando a ereção dura e pesada contra sua bunda. Donghyuck ofegou, sem pensar muito antes de empurrar o corpo para trás, tentando chegar mais perto, mesmo que já não tivesse mais espaço entre os corpos. — Porra, eu quero tanto te comer.

— Nos seus sonhos, Lee. — Foi o que falou, mas estava mexendo o próprio quadril, esfregando instintivamente a bunda contra ele enquanto sentia a respiração quente bater contra o pé do seu ouvido.

— Eu não consigo parar de pensar em você desde a última vez. — Ele continuou, ignorando sua resposta. — Se você soubesse de tudo que eu penso… — A frase ficou no ar e Mark impulsionou o próprio quadril contra sua bunda, como se estivesse metendo.

Donghyuck não conseguiu evitar o gemido baixinho que escapou da garganta, os punhos fechando em cima da mesa e os olhos revirando por baixo das pálpebras fechadas. Sentiu uma dor gostosa quando ele chupou a pele do pescoço bem ali, no mesmo canto que tinha deixado o chupão no outro dia, que ainda estava desaparecendo.

Levou uma das mãos para trás da cabeça dele, puxando-o pelo cabelo para que continuasse, para que chupasse ainda mais forte, para que beijasse toda sua pele. Mark impulsionava o quadril contra o seu uma vez seguida da outra e o ritmo aumentava cada vez mais, quando o sino tocou alto por toda a escola, anunciando o final do intervalo do almoço.

Foi como acordar de um transe. Donghyuck abriu os olhos e parou de se mexer, puxando os cabelos de Mark em suas mãos para longe do seu pescoço e o empurrando com o braço logo em seguida sem muito cuidado, para que ele se afastasse.

— Não fale comigo na escola. — Foi tudo o que disse, andando até a porta da sala.

— Vou passar na sua casa hoje. — Donghyuck tentou ignorar a volta que seu estômago deu dentro da barriga ao ouvir aquilo e saiu para o corredor, andando até o banheiro mais próximo, porque precisava desesperadamente fazer o pau abaixar antes de voltar para a sala.





___




 

Quando a noite chegou, Donghyuck fingiu para si mesmo que não tinha se sentido ansioso o dia inteiro esperando o Homem Aranha aparecer na sua varanda.

Mark pousou suavemente ali, vendo o outro garoto por baixo da máscara, através da brecha das cortinas do lado de dentro das portas de vidro. Donghyuck estava deitado de bruços, apoiado nos cotovelos enquanto mexia no celular, e olhou por cima do ombro, voltando a prestar atenção no aparelho e fingindo que não tinha o visto.

Riu, lambendo os lábios, ele realmente tinha um temperamento difícil. Teve quase cem por cento de certeza que as portas estavam trancadas, mas quando forçou uma delas para o lado, ela cedeu, surpreendentemente, e Mark entrou no quarto, fechando-a novamente atrás do próprio corpo.

— Você não tem nada melhor pra fazer? Tipo salvar a cidade? Tem gente roubando banco por aí, sabia? — Ele disse sem nem olhá-lo e Mark riu outra vez, tirando a máscara do rosto e deixando em cima da cômoda ao lado.

— Tem alguém me desconcentrando. — Andou a passos ansiosos para perto da cama e a mão foi direto na cintura dele, mas Donghyuck se afastou e levantou dali no mesmo instante, abrindo o guarda-roupa do outro lado do quarto.

— Você pareceu tá dando conta esses últimos dias. — Ele respondeu ainda sem olhá-lo.

Mark o observou por um momento, percebendo o que estava acontecendo ali, e riu, sentando na cama, os cotovelos apoiados nos joelhos abertos enquanto o assistia. Ele tinha sentido sua falta durante aqueles dias que não tinha ido à escola?

— Não tô mais. Não é fácil salvar a cidade com a cabeça em outro lugar.

Donghyuck finalmente o olhou, por cima do ombro, a expressão indecifrável enquanto as mãos seguravam a prateleira do guarda-roupa. Ele o observou por longos instantes em silêncio, exatamente daquela forma, e Mark se pôs de pé, indo em direção a ele.

Sentiu todo o corpo menor ficar tenso quando o segurou pela cintura. Ele ainda estava com a cabeça virada para trás, mas olhava para baixo, a boca coberta pelo ombro. Mark se sentiu incentivado quando o escutou ofegar baixinho, entrando com as mãos por baixo da camiseta folgada, o tecido do uniforme que cobria seus dedos sendo a única coisa impedindo o contato direto com a pele dele.

— Você disse que ia colocar a máscara pra eu fingir que não é você. Por que tirou? — Donghyuck perguntou quase sussurrando e tremeu de leve quando Mark o apertou um pouco mais entre as mãos, aproximando os corpos.

— Acho que você prefere saber que sou eu. — Respondeu, colando os corpos completamente, o nariz raspando na lateral da nuca dele, bem atrás da orelha, sentindo o cheiro doce que o garoto tinha direto da pele quente. — Eu sei que você gostou quando descobriu que eu era o Homem Aranha, que era eu quem você tinha beijado. Mesmo que você não admita, eu sei que você ficou com raiva porque gostou. — Estava blefando, mesmo que realmente achasse aquilo, não tinha como ter certeza.

Donghyuck sentiu o sangue ferver debaixo da pele, irritado e entregue ao mesmo tempo, a respiração quente em seu pescoço e as mãos firmes em sua cintura não o deixavam reagir direito, embaralhando seus pensamentos.

— Você… tá se achando demais. — Tentou, mas seu tom saiu muito menos sarcástico do que gostaria.

— Eu não deveria? — Mark perguntou, mordendo de leve a parte superior da orelha do garoto enquanto sentia ele se contrair todinho contra seu corpo. — Olha como você reage quando eu te pego por trás assim… 

Donghyuck virou no lugar, de frente para o Homem Aranha, sentindo ele passar os braços ao redor da sua cintura, por debaixo da camiseta, o tecido do uniforme esfregando deliciosamente na sua pele. O rosto dele voltou para o seu pescoço, beijando e mordendo de leve, todos os seus poros eriçando quando os dentes de Mark raspavam ali, enquanto suas próprias unhas arranhavam os ombros dele por cima da roupa.

— Eu finjo que não é você. — Provocou, falando bem ao pé do ouvido dele.

Sentiu o próprio pau contrair dentro do short do pijama que usava quando os dedos fortes apertaram seu corpo com mais firmeza, como uma resposta àquela provocação. Ele mordeu um pouco mais forte o seu pescoço, raspando os dentes na sua orelha logo em seguida.

— Eu não acredito nisso. — Mark afastou o rosto e soltou um dos braços, segurando o queixo do Lee entre seus dedos. — Você gosta que seja eu.

Mark sentiu um frio na barriga de repente, uma leve expectativa de que ele negasse o deixando um pouco ansioso. Donghyuck o olhava por debaixo dos cílios, em silêncio, os lábios entreabertos pelo queixo preso entre seus dedos.

Aproximou o rosto do dele novamente, tentando colar as bocas, mas foi interrompido quando uma das mãos dele foi para trás da sua cabeça e puxou seu cabelo para trás, afastando-o. Uma das coxas do garoto se meteu entre as suas pernas e Mark quase grunhiu com o estímulo na ereção pesada dentro do uniforme.

— Você disse que quer me comer. — Ele falou de repente, lambendo os lábios. Os corpos estavam colados e os rostos, muito perto um do outro, quase podiam se alcançar, mas a mão dele o segurava firme pelo cabelo. — Peça.

Mark ofegou, surpreso e excitado. Tinha muito mais força e podia dominá-lo muito rapidamente, mas o pau pulsou duro entre as pernas quando Donghyuck intensificou o aperto da mão fechada, o impelindo a obedecer.

— Eu quero tanto te comer. — A perna dele esfregou contra sua ereção novamente. — Porra.

— É assim que se pede?

Donghyuck gostava daquele jogo de morde e assopra, gostava de sentir que estava no controle, e Mark se sentia excitado ao deixá-lo pensar que ele estava no controle, quando na verdade, era Mark quem estava. E os dois sabiam disso.

— Deixa eu te comer, Donghyuck. — Suas mãos desceram pelo corpo dele, parando atrás das coxas e puxando-as contra seu corpo, pegando ele no colo enquanto o prensava na porta do guarda-roupa. Donghyuck ofegou quando seus quadris se encaixaram e as ereções roçaram uma na outra através das roupas. — Eu vou te mostrar que essa sua raiva por mim é só tesão acumulado.

Ele ainda o segurava pelo cabelo, tentando impedi-lo de chegar mais perto, mas Mark era mais forte e conseguiu aproximar o rosto sem muito esforço, colando a boca na dele. Donghyuck enfiou a língua na sua boca como se quisesse mandar naquilo também e Mark sentiu quando os dedos desceram para sua nuca, abrindo o pequeno zíper no meio das costas do uniforme. Ele puxou pela barra da gola, sem se importar se o arranhava com as unhas ou não, e Mark o colocou no chão para facilitar com que a parte de cima saísse dos braços.

Donghyuck aproveitou sua distração e deu dois passos para longe, mas Mark o alcançou logo depois de tirar os braços de dentro do uniforme, o peitoral todo de fora e a parte de cima da roupa caída em frente às pernas. Segurou o garoto pela cintura, impedindo-o de escapar.

Virou-o de frente, as mãos entrando por debaixo da camiseta e a ponta dos dedos afundando diretamente na pele macia. Donghyuck levantou a barra da própria camiseta, impelindo Mark a se afastar um pouco novamente para facilitar a retirada, e aproveitou sua distração outra vez para dar mais alguns passos para longe, a camiseta branca caindo no meio do chão do quarto.

Mark o alcançou novamente, instigado por aquele jogo de presa e predador. Suas mãos foram firmes ao agarrá-lo e dessa vez não se afastou quando ele tentou tirar o resto das próprias roupas. Donghyuck parou no meio do caminho quando percebeu que aquela tática não ia dar certo outra vez e espalmou as mãos em seu peito tentando afastá-lo, mas Mark não deixou, empurrando-o com o próprio corpo em direção à cama.

Deitou por cima dele, sentindo o cheiro doce do pescoço direto da pele enquanto as mãos afobadas tentavam tocar tudo o que podiam, descendo para as pernas roliças, deslizando pela lateral do corpo quente, beliscando os mamilos marronzinhos. Tentou beijá-lo, mas Donghyuck o segurou pelo queixo e enfiou dois dedos em sua boca.

— Eu tenho vontade de te maltratar toda vez que olho pra você. — Ele falou, os olhos brilhavam na luz suave do quarto e Mark sentiu o pau contrair ainda dentro do uniforme.

— Eu deixo você fazer isso. — Sua resposta saiu afetada pelos dedos na sua língua e Mark lambeu tudo, aproximando o rosto do dele e finalmente encostando as bocas outra vez.

Donghyuck prendeu as pernas ao redor de Mark, passando os braços pelos ombros fortes e mexendo o quadril embaixo dele, tentando sentir alguma fricção das ereções juntas. Não prendeu o gemido que saiu baixo pela garganta quando Mark se afastou somente o suficiente para conseguir puxar seu short e a roupa íntima de uma vez, e seu pau bateu na própria barriga, duro e molhado de lubrificação natural na ponta.

Mark observou o garoto de cima por um momento, Donghyuck estava completamente nu, todo aberto e levemente corado, a mão indo em direção ao próprio pau enquanto o encarava de volta de cabelos bagunçados. Mark assistiu atentamente enquanto ele subia e descia os dedos, uma, duas, três vezes, roçando a palma na própria glande e se contraindo todinho em resposta.

Seu pau dava guinadas fortes preso dentro da roupa enquanto o assistia e se encaixou melhor entre as pernas dele, roçando sua ereção coberta na bunda macia, uma coxa dele em cima de cada perna sua.

Donghyuck se esticou na cama, alcançando a mesa de cabeceira logo ao lado com uma das mãos e tirando da pequena gaveta um tubo de lubrificante. Ele jogou contra Mark, que deixou no acolchoado ao seu lado logo depois de derramar um monte no pau dele, só para deitar sobre o garoto novamente, se apoiando em uma das mãos ao lado da cabeça dele enquanto puxava o próprio pau para fora das roupas com a outra.

Juntou as ereções, esfregando uma na outra com facilidade pela lubrificação em excesso em uma masturbação conjunta enquanto respirava contra a boca dele, os lábios molhados raspando uns nos outros. A pontinha da língua de Donghyuck saía para fora algumas vezes, quase entrando na sua boca como uma pequena provocação, mas toda vez que tentava beijá-lo ele o mordia forte.

Mark grunhiu em um momento, desesperado, quase impaciente, e ofegou quando começou a impulsionar o quadril e o seu pau escapou do aperto das mãos, descendo no meio da bunda macia.

— Fica de quatro pra mim. — Mandou, a voz saindo rouca ao ouvido dele.

— Peça.

Mark o mordeu bem ali no pescoço, impaciente, a pele coçando de desejo. A mão deslizou pelo corpo dele até parar na cintura, tentando virá-lo para enfatizar o pedido.

— Por favor, Donghyuck, fica de quatro pra mim. — Implorou e ele mexeu o corpo, virando de costas.

Mark ergueu a coluna, ajoelhado, mas o garoto não se apoiou nos braços e nas pernas, somente deitou de bruços no colchão. A bunda macia balançando com o movimento estalou alto quando Mark deu um tapa ali. Donghyuck sentiu o sangue ferver de raiva e quis reclamar, mas empinou o quadril instintivamente ao mesmo tempo, excitado.

— Filho da puta. — Xingou, mas Mark ignorou e afastou a mão pesada, só para voltar com ela em outro tapa forte contra a pele sensível, abrindo sua bunda com os dedos firmes enquanto despejava lubrificante ali no meio.

Os dedos dele entraram com facilidade, dois deles, firmes e precisos, mas Mark não demorou muito para empurrar a cabecinha do pau ali, metendo todo o comprimento bem lentamente. Donghyuck sentiu os olhos enchendo de lágrimas, um gemido em apreciação escapando da garganta antes que pudesse prendê-lo e os punhos fechando no lençol da cama.

Mark começou a se mexer lentamente, aumentando o ritmo aos poucos, e abaixou o tronco para alcançar o corpo logo abaixo do seu, beijando toda a linha dos ombros dele, as costas, a nuca, logo abaixo de onde começava o cabelo bem cortado, onde ele era mais sensível e Donghyuck se contraiu todinho enquanto empinava a bunda contra o seu quadril.

Ele era quente e incrivelmente apertado, e Mark estava se segurando para não gozar rápido de tão excitado, enquanto ouvia a respiração pesada dele, os gemidos curtos e baixos, como se estivesse se contendo para que Mark não ouvisse, e os olhares rápidos por cima do ombro, daquele jeito meio corado como o rosto estava, algumas poucas gotas de suor molhando o cabelo nas têmporas.

O puxou pelo rosto, meio torto naquela posição, e o beijou, desesperado para sentir a língua dele novamente, saliva escorrendo pelos cantos das bocas enquanto impulsionava o quadril cada vez mais forte, metendo com tudo e fazendo o corpo dele balançar embaixo do seu.

— Porra, você é gostoso demais, eu vou acabar enlouquecendo. — Grunhiu afobado contra os lábios dele e o beijou novamente, sem querer largar aquela boca.

Donghyuck o puxava levemente pela cintura com uma das mãos, como se tentando aproximar ainda mais os corpos. Mark virou o garoto de frente de repente, instigado por não estar sendo afastado de novo antes dos beijos, e aumentou um pouco mais o ritmo dos movimentos, sendo agarrado pelos ombros quando encostou as bocas novamente.

Suas costas estavam molhadas de suor e as unhas de Donghyuck arranhavam com força ali, mas não se importava, apoiado em um dos braços ao lado da cabeça dele, enquanto apertava uma das coxas macias com a outra mão. O garoto o beijava como se finalmente tivesse cedido a dominância e Mark aproveitava tudo, enfiando a língua na boca dele como se fosse o dono.

Donghyuck soltou um longo gemido embargado e mexeu o quadril desesperado, como se estivesse prestes a gozar.

— Mais rápido. — Ele falou abafado contra sua boca e Mark obedeceu, sentindo as unhas cravarem nas suas costas ao mesmo tempo em que o orgasmo dele veio forte entre os dois, melando os corpos.

Mark sentiu a pele contrair de excitação, Donghyuck tinha gozado sem nem sequer tocar na própria ereção, só com Mark metendo nele, e o pensamento fez seu pau pulsar forte na entradinha apertada, aumentando instintivamente o ritmo ainda mais enquanto via as lágrimas rolarem pelos cantos dos olhos dele.

Levou somente mais alguns instantes para que gozasse também, a glande expelindo uma quantidade exagerada de porra dentro de Donghyuck enquanto metia mais uma, duas, três vezes, aproveitando aquela onda de prazer pós-orgasmo que se espalhava por todo o seu corpo.

Permaneceu em cima dele por mais alguns momentos, sentindo a pele das costas arder com os arranhões. Seu rosto estava enfiado no pescoço cheiroso e as respirações soavam altas no silêncio do quarto.

— A gente pode comer junto no intervalo a partir de agora? — Perguntou ofegante.

— De jeito nenhum.

Mark riu e deslizou para o lado de Donghyuck, os dois enroscados pelos braços e pernas.

E foi assim que o Spidermark derrotou seu rival Lee.






 


Notas Finais


Muito obrigada a todo mundo que tirou um tempinho pra ler essa historinha boba e chegou até aqui hehe
Qualquer coisa, podem me chamar lá no twitter: @dosikkie

Até a próxima!! xoxo 🤍


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...