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História Spiritual - Prólogo


Escrita por: Lady-Led

Notas do Autor


[hello, it's me]

quem eu voltei com uma nova fanfic de jogador de futebol? amo tanto esses guris do PSG que quero todos eles em um potinho.

Capítulo 1 - Prólogo


Deite-me em seu altar, querido,
eu sou uma escrava desse amor.
Seus lábios elétricos me fazem falar em línguas.

Spiritual - Katy Perry

 

Paris – Verão 2012

“Rabiot” Ela sussurrou deitada de bruços na minha cama pequena, em uma cidade quente, e ensolarada pelo clima de verão. O ar ao nosso redor era tão pesado que ela se recusava a vestir qualquer roupa, pelo menos aqui no meu quarto.

Suas pernas longas estavam pro ar, seus seios grandes espremidos nas colchas, e seu cabelo longo e azul jogado entre os lençóis brancos de renda que minha mãe havia colocado naquela manhã.

Seu quadril balançava de um lado para o outro, como se ela estivesse se balançando na cama, como se aquilo tudo fosse apenas um passatempo pra ela. Seus olhos escuros me encaravam, e ela jogou o cabelo para o lado, pra clarear o seu campo de visão para mim.

Depositei um beijo em sua testa, e ela agarrou minhas mãos, se virando para ficar de costas. Seus seios se espalharam por toda a camada de pele morena, e sua barriga, um pouco arredondada dos lados, ficou quase plana quando ela se esticou na cama e cruzou as pernas.

“Um dia, todas as pessoas gritarão o seu nome no estádio.” Charlie disse suavemente, seu sotaque britânico invadindo todo o ambiente, o cheiro de seu perfume caro, e das flores inundava toda a sala, fazendo tudo parecer um longo sonho do qual eu havia esquecido como se acordava.

“Você também estará lá?” Perguntei, puxando-a para mais próximo de mim. Ela sorriu, e seus olhos grandes brilharam, batendo aqueles cílios longos, capaz de iniciar um vendaval.

“É claro.” Charlie sorriu docemente pra mim. “Eu nunca vou sair do seu lado.”

Paris – Verão de 2016

Rabiot

Empurrei a porta do carro, e saí apressadamente, tentando a todo custo me livrar das longas rajadas de ventos gelados que atingiam Paris por inteiro naquele dia. Enrolei-me mais a fundo no meu casaco preto, que chegava até o meio das coxas, e puxei um pouco mais a minha touca cinza.

“Bom dia.” Escutei David, ao meu lado, segurando um grande copo de algum líquido quente, que fazia diversas nuvens brancas no ar por causa do vapor. Ele era um filho de climas quentes, e sofria toda vez que fazia temperaturas negativas na França.

“Bom dia.” Falei arrastado. Havia dormido muito pouco na noite anterior, o que estava me causando uma leseira fora do normal. Esbocei um sorriso aos outros companheiros de time, e fui até o vestiário. Estamos em fase de pré-temporada, e com os jogos da Euro Copa, treinávamos apenas três vezes na semana, ou seja, os treinos eram longos, e gelados.

Comecei a retirar meu casaco, e outras roupas de frio, pra colocar minhas roupas de treino, quando escutei a risada suave de Blanc, e outras vozes no vestiário. Olhei para cima, e ele me encarava.

O técnico da seleção francesa que havia chegado ao final da Euro estava olhando para mim também, e eu virei a cabeça em confusão, como se fosse um cachorro que acabou de ser pego pelo dono comendo parte do sofá novo.

“Bom dia. Blanc. Deschamps.” Cumprimentei os dois, e eles apenas balançaram a cabeça em um aceno mudo para mim. Fiquei de pé, me elevando aos dois homens graças as minhas muitas polegadas de altura a mais que eles, e cruzei os braços sobre o peito.

“Bem, não queremos tomar muito do seu tempo, Rabiot, então vou direto ao ponto.” Deschamps esboçou um pequeno sorriso de canto, sendo seguido por marcas de cansaço no seu rosto. “Nossos dois volantes estão contundidos, e como você sabe, estamos no final da Euro.” Ele sorriu mais amplamente, e Blanc me deu um sorriso esperançoso do outro lado. Minha pulsação saltou na minha pele, e eu tive que me conter. “Queria saber se você se dispõe a jogar por nós nesse último jogo.” Eu quase pulei ao escutar essas palavras.

Sorri amplamente, e pensei em Verrati, e como ele tinha os olhos brilhantes quando contava como era bom vestir o símbolo francês no peito.

“É claro que eu jogaria por vocês.” Eu disse, quase não me contendo em meu lugar. “Mas eu poderia entrar apenas para a final?” Comentei em tom de dúvida, e o sorriso de Deschamps se aumentou, agora mais irônico do que o de antes.

“Deixe isso comigo, rapaz, apenas se concentre em se manter preparado para o jogo de domingo.” Sorrindo ele se virou, e levou Blanc junto com ele, conversando sobre algo. Me virei para o meu armário e tive vontade de gritar de felicidade, ou sair correndo por ai.

“O que foi, menino, viu o passarinho?” David e Thiago estavam ambos olhando pra mim com sorrisos em seus rostos, como se eles também soubessem de uma novidade que abalou eles também. Ou talvez, seja apenas eu, vendo o mundo de uma maneira mais bonita.

“Melhor.” Ri, se baguncei o cabelo de David, que estava a poucos pés de distância de mim. “Eu vou jogar no domingo, na final da Euro.” Tanto ele quanto Thiago, fizeram um som de surpresa, seguido por um de felicidade que encheu meu peito, e fez meu pulso correr mais rápido novamente. Eu precisava me acalmar, se queria chegar vivo até dali a dois dias.

“Eles podem fazer isso? Assim tão perto do jogo?” Thiago pergunta, e se senta ao meu lado, para calçar as chuteiras. O dia começa a abrir do lado de fora, pequenos pedaços de raio de sol entrando pelas grades do vestiário, e eu dou um sorriso pequeno, pensando que talvez o universo fosse me dar um bom dia, finalmente.

“Não sei, Deschamps disse pra deixar tudo com ele.” Respondi, e vesti as últimas peças que faltavam para começar o treino.

Quando pisei no gramado, o sol já se fazia aquecer por toda a parte, e eu lancei-me para correr, me aquecendo, e me esticando por, pelo menos, vinte minutos.

Caímos em um acordo lento de todos os dias, batíamos a bola um para o outro, dávamos risada quando David, ou Cavani, falava algo em francês com o seu sotaque imensamente arrastado, ou brincávamos um ou com os outros quando alguém perdia a bola em um lance.

Ao decorrer do dia, diversas pessoas do time vieram me parabenizar, já que, Deschamps, de alguma maneira conseguiu que eu fosse convocado tão antes do jogo, e a notícia já havia começado a se espalhar.

Desci ao vestiário, e peguei meu celular no meu armário. Continha diversas mensagens, de apoio, e da minha família, sorri ao ler cada uma delas.

Antes de eu deslizar os botões para desligar a tela, uma nova mensagem brilhou em meu campo de visão, e todo o ar de felicidade pareceu desaparecer. O vento fez a porta bater atrás de mim, e eu tive que me sentar, e ler novamente as palavras brilhantes no aparelho.

“Eu te disse que um dia todos gritariam seu nome.”

Charlie.

Meu coração correu rápido novamente.

 

 

 


Notas Finais


Espero que gostem.
XOXO, Led.


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