1. Spirit Fanfics >
  2. Spiritus Opplere. >
  3. Ódio de Cedrico Diggory.

História Spiritus Opplere. - Ódio de Cedrico Diggory.


Escrita por: Im-yr-nightmare

Notas do Autor


Olá, demorei, mas cheguei!
Tudo bem com vocês? Espero que sim.
Sejam bem-vindos os novos leitores, obrigada por favoritarem e comentarem, espero que gostem.
Não vou me estender muito aqui auhsuahus portanto: Boa leitura <3

Capítulo 11 - Ódio de Cedrico Diggory.


— Mas que diabos é isto? — esganiçou Pansy, botado os pés no assento e colocando o livro sobre a cabeça, espiando ao seu arredor.

Draco se jogou no lugar perto da janela defronte à ela, a cara amarrada e cruzando os braços igual uma criança birrenta.

— Por que tanta violência? — perguntou a menina, olhando dele para a vidraça da porta. — O que aconteceu?

O louro continuou quieto, sua respiração estava pesada e estava nitidamente se controlando, estava vermelho feito pimenta e logo sairia fumaça pelas suas orelhas.

— Potter? — sugeriu ela.

— Diggory. — respondeu baixinho, cerrando os punhos próximos aos lábios.

— O que tem ele, Dray? — perguntou pacientemente.

Ele hesitou um pouco, encarando-a como se perguntasse a si mesmo se era uma boa idéia partilhar seus pensamentos e sentimentos.

— Ele está escrevendo cartinhas para o testa rachada. — disse com muita amargura ao dizer “cartinhas”, vencido e decidindo compartilhar tudo com ela, já que a garota não pararia tão cedo assim de encher o seu saco. — E aquele palhaço do Potter guardou no bolso.

—... E daí? — perguntou, franzindo a testa em sinal de confusão.

Draco abriu a boca uma vez, mas não conseguiu pensar em nada para se dizer. Abriu novamente: nada, fechou-a então. E pela terceira vez, gaguejando iniciais incoerentes, conseguiu exprimir algo:

— E daí que ele é um babaca, um tonto, sonso! — balançou os ombros, fingindo não ver a careta de prévio risinho da amiga.

— Tá sentindo esse cheiro? — ela perguntou, farejando o ar.

— Que cheiro? Você tá louca? — farejou o ar também, tentando identificar o tal cheiro que ela mencionou.

— Cheiro de ciúmes! — e caíra na gargalhada, tampando o rosto com o livro.

— Que audácia! Eu? Com ciúmes daquele tapado? Você bebeu alguma poção alucinógena ou simplesmente é louca, como eu sempre desconfiei! — tornou a se jogar no banco, cruzando novamente os braços.

— Talvez. — ela deu de ombros. — Pode ser efeito da maldição, não pode?

— É óbvio que é efeito da maldição!... Imagina... Eu... Com ciúmes... Pufff! — fingiu-se de surdo quando a outra tornou a gargalhar gostosamente.

 

Harry já estava prevendo o momento que apanharia dos amigos, Hermione e Rony estavam visivelmente cansados de escutar tanta babaquice que Cedrico falava e sem cessar. Era entediante o modo como ele se vangloriava, e como o ego era extremamente grande e de como fazia questão de enfatizar que gostava da cor dos olhos de Harry e os achava magníficos... Fora isso, ele não tinha nada de interessante para oferecer.

— Então Harry, você ainda não me respondeu, o que achou da carta? — perguntou nervoso e também cheio de expectativa.

— Cativante. — respondeu entediado, levantando-se em seguida. — Me dê licença. — e saiu porta afora.

Ele não ficou para ouvir o que o Lufano tinha a dizer, caminhou até o banheiro, sentindo algo arder no seu peito e que certamente, não lhe pertencia. Tinha certeza de que Draco ainda estava bravo com ele... Mas a pergunta que não quer calar: Por que estava se importando com isso? Não tinha que dar atenção, apenas deveria ignorar e tudo ficaria bem. Contudo, não é tão fácil assim... Uma maldição impregnava a sua carne e magia, obrigando-o a fazer e sentir coisas que talvez não quisesse. O talvez, explicando melhor, se constitui pela sua confusão mental e emocional após o reencontro com o louro lá no banheiro da Copa Mundial de Quadribol, onde descobriu que partilhavam a mesma desgraça. Desde então, Harry anda confuso, não sabendo direito o que sente em relação ao menino e o que pensar sobre a situação toda, estava até mesmo começando a achar que estava gostando de tudo isso.

Lavara seu rosto, encarando seu próprio reflexo no pequeno banheiro do Expresso; não que fosse habitual, mas começou a se perguntar por que com eles. Qual a finalidade disso tudo e por que de estar — tornando a mencionar o talvez — de estar gostando... Seria a situação ou Malfoy que estivera amaciando o seu agrado?

Houve uma batida na porta, e só então ele retornou para a dura realidade: — E ai, vai demorar? Tô apertado. — era a voz do Sonserino, e quase instantaneamente sentiu seu coração acelerar.

Ele abriu vagarosamente a porta, num clima ridículo e desnecessário de suspense. Sentiu-se infantil e dentro de um filme de terror: ele era, obviamente, a vítima, e Draco Malfoy o Jason... Quer dizer, um Jason magro, bonito e louro.

— Ah... É você... — rolou os olhos cinzas e brilhantes, Harry teve a impressão de que esse brilho todo no olhar era felicidade por vê-lo, mas não podia se convencer disso. — Vai demorar muito? Meu pau tá doendo.

— Eu não precisava saber disso, Malfoy. — abriu completamente a porta, deixando-o passar.

— E eu não precisava ver sua cara, mas fazer o quê, aqui está você. — sorriu debochadamente, e o sorriso só se alargou quando sentiu a raiva que o menino sentia. — Por que não vai lá responder a cartinha do Diggory? Ele deve tá quase morrendo tamanha é a espera.

— Por que você não vai se catar? Ou melhor — puxara a carta enfeitada de Cedrico, amassou-a e jogou no rosto do menino, enfurecido e incomodado com o borbulho de seu sangue quente. —, aproveita e limpa onde o sol não bate com ela! — girou nos calcanhares e retornou correndo para sua cabine, sem perceber que Draco o olhava incrédulo.

 

O louro se sentou, dessa vez, ao lado de Pansy, segurava o papel amassado com tanta força que os nós de seus dedos estavam até esbranquiçados.

— Que é isso? — perguntou ela, tomando de sua mão e desamassando-o, começando a rir ao notar que a folha tinha muitos corações desenhados. — O Potter fez isso aqui pra você? Parece que foi uma criança de cinco anos que...

— É do Diggory pro Potter. — a interrompeu, respondendo curto e grosso e sem olhá-la.

— Ah... Isso explica muita coisa. — amassou-o novamente e jogou em qualquer canto. — Dray, por que você está tão incomodado se não gosta do cicatriz?

— Quantas vezes vou ter que dizer que é por causa da spiritus opplere? Não gosto dele, reajo do jeito que a maldição me obriga a agir. — e isso pareceu um ponto final... e uma árdua mentira para si mesmo.

Enfim chegaram, estava frio e Draco tremia bastante durante a caminhada para a plataforma escura. Cem carruagens sem cavalos os aguardavam à saída da estação. Dividira uma com Pansy Parkinson, que tagarelava alguma coisa sobre o clima e também sobre como estar entusiasmada com alguma coisa... É, um pouco mais de atenção não teria feito mal.

Alguém se fizera presente na carruagem, o louro teve a sensação de ser mais de uma pessoa pois quase fora esmagado contra a parede da carruagem. Não pôde ver quem era ou quem eram, a porta se fechara e ficou tudo escuro.

— Quem é? — perguntou, tateando um rosto gélido e magro. Batera a mão na armação de um óculos, e sentiu seu coração bater mais forte. — Potter?

— Euzinho. — teve a impressão de que ele sorria. — Frio, não?

— Quem mais está aqui? — ignorou a pergunta dele, tateando agora um nariz comprido. — Weasley?

— Tira sua mão da minha cara, seu bosta! — o ruivo empurrara a mão do Sonserino para longe com brutalidade.

— Simpático como sempre. — ironizou.

— Granger também está aqui, está do meu lado... Acho que deveríamos dar privacidade ao casal, não concorda, Weasley? — sugeriu Pansy, falando entredentes ao se dirigir ao ruivo.

— Não. — ele respondeu, ninguém podia ver seu rosto, mas Harry conseguia imaginá-lo fazendo uma cara enfezada.

Estabeleceu-se o silêncio, Draco estava começando a suar apesar do frio, chegou à conclusão de que ficava inexplicavelmente nervoso perto do moreno. Agradeceu mentalmente quando, com um grande ímpeto, a longa procissão de carruagem saiu roncando e espalhando água trilha acima em direção ao castelo de Hogwarts.

— Você é ridículo. — ouviu o moreno dizer, um longo tempo depois, sem motivos aparente e de súbito.

— Ridículo é você. E cala a boca. — cruzou os braços, olhando para a janela.

Ouviu-o bufar. E permaneceram o trajeto todinho novamente em silêncio, sentindo o frio na barriga em relação um ao outro, e isso acontecia ironicamente quando estavam próximos.

Entrementes, passaram pelos portões ladeados de javalis alados, as carruagens subiram o imponente caminho oscilado perigosamente sob uma chuva que parecia estar virando tromba-d’água.

Curvando-se praticamente em cima do louro, o rosto demasiado perto, Harry pode ver Hogwarts se aproximando, suas numerosas janelas borradas e iluminadas por trás da cortina de chuva. Draco sentiu suas calças apertarem quando a respiração do outro lhe batia de perfil, se virasse poderia beijá-lo, o que era muito tentador. Teve de ser bruto e empurrar o moreno de cima dele para que não percebesse o que estava acontecendo ali. Sentira suas bochechas arderem e seu peito esquentar, tamanha vergonha que foi ficar de pau duro por um cara. Que absurdo! Onde essa maldição o levaria? Estava começando a se envolver até mesmo com algo privado.

— Por que suas bochechas estão quentes? — perguntou o menino, Draco pensou que infartaria, por meros segundos, esqueceu-se que ele também sentia sua vergonha.

Só espero que ele não tenha ficado de excitado também. Pensou ofego, a respiração tão pesada que quebrava bruscamente o silêncio.

— Como?

— Você... Por que suas bochechas estão quentes? Eu posso sentir, ou será que você se esqueceu?

— Não sei do que você tá falando. — respondeu, e apressou a completar quando o outro já estava para abrir a boca. — E eu não quero ficar tocando nesse assunto.

E ele realmente não queria, além de ser constrangedor ficar animadinho com outro homem, seria muito pior ter de compartilhar isso com mais três pessoas.
Um relâmpago riscou o céu no momento em que a carruagem parou diante das enormes portas de entrada de carvalho, Malfoy teve de se controlar para não saltar de susto e acabar parando no colo de Potter.

Se bem que... Não seria nada mal... Ou seria muito mal... Merda, porque ele tinha que parecer uma menina menstruada?

As pessoas que tinham tomado as carruagens anteriores já subiam correndo os degraus para o castelo; Harry, Rony, Hermione, Pansy e Draco saltaram a carruagem e correram escada acima, também, só erguendo a cabeça quando já estavam seguros, no cavernoso saguão de entrada iluminado por archotes, com sua magnífica escadaria de mármore.

— Carácoles — exclamou Rony, sacudindo a cabeça e espalhando água para todos os lados —, se isso continuar assim, o lago vai transbordar. Estou todo molhado!

Um grande balão vermelho e cheio de água caíra do teto na cabeça de Draco e estourara. Encharcado e resmungando, cambaleou para o lado e esbarrou em Harry na hora em que uma segunda bomba de água caiu — errando Hermione por um triz, ela estourou aos pés de Harry, espirrando água gelada por cima dos tênis e das meias do menino.

As pessoas em volta soltaram gritinhos e começaram a se empurrar procurando sair da linha de fogo — Harry olhou para seu lado direito e viu Cedrico e Pirraça, que flutuava a centímetros de distância de sua cabeça, rindo escandalosamente.

— Da próxima vez tente acertar a outra também, teria sido muito mais engraçado. — comentou o Lufano, alto até demais, lançando um olhar triunfante à Malfoy.

O moreno sentiu-se esquentar de uma forma fervorosa e avassaladora, sua respiração ficou descompensada muito abruptamente e por algum motivo, sentiu uma intensa vontade de agredir todos ao seu arredor.
Uma figura alta e de cabelos louros claríssimos e despenteados passou como um foguete ao seu lado, mas Harry teve tempo suficiente em agarrá-lo pela cintura para impedi-lo de chegar até o seu alvo.

— Me solta! Eu vou esfregar a cara dele no chão! — grunhia Draco, se debatendo para se soltar dos braços magricelas do outro.

— Para de fogo no cu, Malfoy! — pedia o moreno, quase sendo arrastado. — PARA, CACETE!

— ME SOLTA TESTA RACHADA! — berrava, esticando os braços para alcançar o colarinho de Diggory.

Infelizmente — para Harry — o menino alcançara as vestes do menino e puxou-o com tanta violência que os três caíram no chão; o moreno sendo esmagado por um vara-pau de peruca loura e por um brutamontes com mentalidade impressionantemente infantil. Os dois se batiam e se chutavam em cima dele, sentindo fortes pancadas invisíveis aqui e ali, tentando a todo custo se rastejar para fora daquela algazarra.

Seu nariz estava começando a arder e a ficar pegajoso, quando finalmente conseguiu se levantar e analisar o que acontecia, Draco — que estava com o nariz sangrando e parecendo uma batata de tão inchado — desviava dos murros que Cedrico tentava lhe acertar. O moreno correu e chutou as costas do Lufano, que caiu estatelado no chão com um baque aquático.

— PAREM JÁ COM ISSO! — berrou uma voz zangada. — Parem já, os três!

A profº MacGonagall, subdiretora da escola e diretora da Grifinória, saiu correndo do Salão Principal; a professora escorregou no chão molhado e agarrou Hermione pelo pescoço para evitar cair.

— Ai... Desculpe, Srta. Granger...

— Tudo bem professora! — ofegou a menina, massageando a garganta.

— Posso saber o que é que está acontecendo aqui? — bradou ela, ajeitando o chapéu cônico e olhando feio pelos óculos de aros quadrados.

Harry olhou para o louro com uma expressão de quem queria dizer “ferrou!”, Draco sustentou seu olhar por alguns segundos, arfando de dor e depois olhando em direção à Cedrico com um olhar de “a culpa é toda sua!” enquanto o menino se levantava, dolorido e cambaleante, a volta do seu olho se arroxeando e o lábio inchado e sangrando.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...