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História Splintered - É verdade...?


Escrita por: nicmfs

Notas do Autor


~novamente, eu aqui pra agradecer~

OBRIGADAA POR TUDO <3

Ao capítulo o/

Capítulo 13 - É verdade...?


Pov Narradora

Aquela não era uma cena de deixar uma pessoa com pavor, ou até mesmo medo, mas era de se preocupar qualquer amigo que, no mínimo, se importasse.

Era vísivel no semblante de Rafael sua preocupação, ainda mais porque se tratava de seu amigo de longa data... E também seu primeiro amor.

Primeiro e único, na verdade.

Tarik encontrava-se aos pés da cama, em desmaio, com seu corpo esparramado, como se tivesse caído e adormecido por ali mesmo. Tremia de tal forma que parecia estar num estado hipotérmico.

O loiro logo correu para junto do amigo e percebeu que um papel, aparentemente desgastado e antigo, estava sendo segurado pelas mãos do mesmo. Como que automaticamente, uma lembrança viajava pelos olhos de sua consciência, lembrando-lhe do dia em que uma mulher escrevia uma carta neste mesmo quarto.

Mas, para Rafael, aquele não podia ser o mesmo papel.

Essa coincidência está fora de cogitação -pensou-.

No fundo ele sabia que aqueles eram os mesmos papéis. Só que o positivismo era orgulhoso, e não se convenceria até ver cada detalhe daquele objeto.

A verdade é que Rafael não queria admitir que sua vida nunca seria um conto de fadas, onde tudo acaba feliz e para sempre. A maior parte de seu eu acreditava nisso, mas a razão sabia que aquela era uma coletânea de fábulas; sempre tinha uma lição de moral, cuja nunca era aprendida.

Pegou o papel nas mãos com cuidado e começou a ler. A cada parágrafo, cada linha, cada palavra, uma lembrança retornava a sua mente. As lembranças ruins faziam-se desencadear as boas, e vice-versa. Porém naquele momento, destacavam-se apenas as de má índole: Assuntos mal resolvidos, segredos escondidos...

Depois de ler aquele conjunto de palavras, o loiro largou o papel e encostou a costa de sua mão direita na testa do garoto demaiado, ocasionando um choque de temperaturas. Surpreendeu-se pelo grau alto que Tarik aparentava estar.

Afobadamente, tenta pegar o celular do bolso, tendo difculdades por estar um pouco nervoso e preocupado. Quando enfim consegue, o loiro disca um número aleatório de sua lista telefônica denomidada pelo próprio aparelho como "Amigos". A ligação não demora muito para ser atendida, porém no estado em que se encontrava Rafael, segundos tornavam-se horas.

-Alô...?

Ele não sabia se era muita sorte, ou muita falta dela por justo Mike ter sido o "grande felizardo de sua ilustre ligação". Revirou os olhos, mas aquela não era hora de entrar num conflito interno sobre Mikhael.

-Mike... Ahn... E-eu... Preciso de sua ajuda.

-Diga... -O timbre na voz do garoto fazia-se suspeitar de uma pequena porção de ironia ali-.

Rafael ignorou o tom irônico em que foi recebido e apenas continuou.

-Tarik...

O moreno não atreveu-se a dizer nada, apenas prestava atenção em cada palavra e em cada suspiro exalado. Pela sorte de Mike, aquela era apenas uma ligação por celular, se não, seu rosto um tanto preocupado seria revelado. 

-Ele... Desmaiou... E.. Está com febre... Muita febre.

Rafael falava em pausas e tentando manter uma calma, inexistente agora.

-Esteja em frente de sua casa em 5 minutos.

A ligação foi encerrada e o celular voltou ao seu antigo posto. Apressando-se, o loiro acomodou Tarik em seus braços e andou para fora do quarto, sem antes se apossar novamente da sacola com aquele presente contido dentro.

Parou em frente das escadas e tentou pensar numa forma de descer sem que não se machucasse, e nem ferisse seu amigo.

Ouviu-se um barulho e Rafael identificou ser do carro de Mike. O loiro que já estava nervoso ficou mais ainda em ter de descer aquelas escadas mais rapidamente. Mike, que estava aguardando do lado de fora da casa, estava sem paciência, não que ele fosse uma pessoa apressada, mas estava muito apreensivo.

Sem mais querer esperar, Mike chuta a porta principal da casa, adentrando no local. O choque da madeira na parede fez com que Rafael assustasse.

O garoto de óculos caminhou apressadamente até a escada, se deparando com a cena. Poupou-se de gargalhar, mas não pode deixar de dar um sorriso.

A cor branca das bochechas de Rafael se alteravam para um vermelho-rosado, por conta da vergonha de ser visto tendo um sacrifício para descer aqueles degraus.

-Não é tão fácil quanto parece -tentou justificar-.

Mikhael arqueou uma sobrancelha e subiu uma pequena parte da escada, logo pegando Tarik do colo do loiro e descendo tranquilamente aquelas pedras frias esculpidas no mármore.

Levou o garoto desmaiado até seu carro e acomodou seu corpo nos bancos de trás. Por um instante, começou a admirar cada detalhe daquele rosto, parando seu olhar sobre os lábios. Balançou a cabeça, tirando seu foco de Tarik e fechou a porta do carro, antes aberta.

Andou até um lado e entrou, logo sentando no banco do motorista. Como sendo um lembrete, as palavras daquele homem voltaram a cabeça de Mike.

"Quero que mate Tarik."

Apoiou ambas as mãos no volante e encostou sua testa no couro do objeto. Perguntava-se o porquê daquela ordem, afinal Tarik nunca fez nada demais.

Rafael apenas fechou a porta da casa, não muito afetada apesar da violência sofrida, e seguiu para adentrar no carro.

[...]

-Desculpe se atrapalhei algum compromisso seu -o loiro dizia-.

Ele se referia a Batista, mas não iria falar assim, sendo óbvio.

-Não atrapalhou nada... -ele dizia, com um sorriso provocador- Batista foi embora ontem a noite.

Rafael corou ao perceber que sua indireta foi direta demais.

-Ei, o que é isso? -Mike apontou para a sacola que o loiro carregava-.

-Um presente...

-Ah, obrigado -o moreno dizia, sendo irônico- Não precisava.

-Não é 'pra você, gênio.

-'Pra quem então?

Mikhael fez sua famosa pose de ingenuidade, que Rafael, particularmente, odiava.

-Tarik.

Antes que pudessem conversar mais, uma enfermeira, com seus cabelos e olhos castanhos, pele branca e uniforme, chama ambos com um gesto de mão. Eles seguem até o balcão rapidamente, quase correndo.

Ela entrega a Rafael, nomeado responsável do paciente, um papel com o diagnóstico sólido.

-Resumidamente, tudo está bem, porém... -a felicidade só durou até essa conjunção de contrariedade- Nos exames neuronais foram descobertas algumas alterações.

Os dois já estavam aflitos e pensar nisso ocasionava mais preocupação ainda.

-O que isso quer dizer? -pergunta Mike-.

A enfermeira não respondeu, apenas tomou a folha do diagnóstico das mãos do loiro e começou a analisá-la. Um silêncio pairou.

-Ele... Ele teve um transtorno de estresse agudo, e isso causou o desmaio. Mas... É estranho isso acontecer com jovens... Ele deve ter tido algum trauma no passado.

Os dois se olharam. Eles sabiam do trauma.

-E...? -Mike forçou uma continuação da enfermeira-.

-Bem, isso não afeta muito em questão da saúde, é mais um problema psicológico.

-E se por um acaso o trauma for superado? -dessa vez foi Rafael quem se pronunciou-.

-Ele deixa de ter os sintomas -ela responde-.

Antes que pudessem ser feitas mais perguntas, a enfermeira recebe um chamado e sai daquele local, deixando o papel novamente nas mãos de Rafael. Ele entrega para Mike e pega seu celular, logo abrindo o aplicativo do navegador.

"Sintomas do Transtorno de Estresse Agudo:

 

Os sintomas de transtorno de estresse incluem uma combinação de um ou mais dissociativa e sintomas de ansiedade com a lembranças do evento traumático. Sintomas dissociativos incluem desapego emocional, perda temporária de memória, despersonalização e desrealização."

Mostrou o resultado da pesquisa para Mikhael, que tomou o celular da mão do loiro e começou a ler. Antes do proprietário se manisfertar tentando recuperar o celular, a mesma enfermeira retorna.

-Ele vai ficar em observação por um ou dois dias -anunciou, ambos assentiram e a mulher deu um sorriso amigável- O horário para visitas está liberado.

-Eu posso ir? -perguntou Rafa com um sorriso-.

-Claro, me acompanhe -seguiram-na- UM POR VEZ.

O moreno leva um susto, fazendo seu amigo rir desesperadamente. Ele resmunga e senta-se num banco ali perto para esperar Rafael.

Pov Cellbit

Segui a enfermeira até o quarto de Tarik, eu estava andando rápido, queria vê-lo logo. Em  poucos minutos já estávamos na frente da porta branca.

-Vou deixar vocês sozinhos, mas qualquer coisa é só chamar -ela dise, piscando e saindo-.

-Ok -sorri, amigável-.

Coloquei minha mão sobre a maçaneta e fui girando lentamente. Dei uma leve batida na porta e finalmente entrei no quarto.

Levei meus olhos até a cama e pude ver Tarik. Ele estava sentado, brincando com seus dedos. Caminhei até ele e sem aviso o abracei.

-Eu fiquei tão preocupado -disse, apertando mais o abraço e sorrindo-.

Senti o abraço ser retribuído e sorri ainda mais.

-Tenho uma coisa 'pra você -eu desfiz o abraço e mostrei-lhe o moletom-.

Ele admirou a peça e seus olhos brilharam. É, parece que eu acertei no presente. 

-É lindo -ele pronunciou, sorrindo agradecido-.

Uma das maravilhosas virtudes de Tarik era seu sorriso, e eu me assustei quando aquele exuberante detalhe se desfazia.

-Rafa... -ele me encarou-.

Olhei atentamente para ele. Surpreendi-me por ele não desviar seus olhos dos meus.

-É verdade...?

Fiz uma cara de confuso, mas logo lembrei-me que ele havia lido a carta.

-Sim... -respondi-.

-Então você é filho daquele homem?

-Sou.

Ele não pareceu muito surpreso, mas quando souber de tudo, vai me odiar.

-E por que nunca me disse? -ele perguntou, ainda me encarando-.

-Porque não é somente isso a meu respeito que você não sabe.


Notas Finais


Cellbit e Mike amigos?
Celltw por um fio?
Mitw?

~suspense~
só que não

Desculpa qualquer erro <3

Beijos :*


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