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História Sr. Maxon Schreave - Jantar da família Singer, e o Maxon.


Escrita por: vegabs

Notas do Autor


Eu sei que todo mundo quer me xingar, mas que tal ler o capítulo antes?

Capítulo 13 - Jantar da família Singer, e o Maxon.


           

 A casa parecia muito mais cheia, mesmo o número ter aumentado apenas de 5 para 6 pessoas.

May e Gerad brincavam de aviãozinho pela sala e por isso, faziam um barulho extremamente irritante. Observei o momento que mamãe saira da cozinha e dera uma bronca nos dois dizendo para brincarem no jardim pois na sala papai e o "convidado" estavam conversando.

Com meu braço impossibilitado eu não tinha condição de fazer muita coisa, então havia me sentado na cadeira da mesa da sala de estar e olhei para Schreave.

Ele e papai entraram em um assunto de basquete comentando sobre seus times favoritos, ou melhor, time favorito, pois os dois compartilhavam seu amor pela mesma equipe: Chicago Bulls.

Papai estava muito animado e deixava isso transparecer de forma nítida. A empolgação de Maxon com tudo que ele falava só colaborava para o momento "amigos" se tornar mais emocionante.

A cena era engraçada mas eu não podia deixar de me sentir desconfortável, principalmente pela forma repentina e esquisita que Maxon chegou aqui. Foi tudo rápido demais.

E caramba... Maxon estava na minha casa, conversando com meu pai, sentado no meu sofá, iría comer minha comida, e jantar com minha família.

Como chegamos naquele ponto, afinal?

– América, pode levar a salada para a mesa por favor? – Mamãe perguntou de dentro da cozinha e quando cheguei como já previsto, a vazia era bem leve e eu podia levar apenas com um braço.

Tentei ajudar com mais alguns pratos porém mamãe deu uma bronca e disse que se fizesse mais esforços meu braço iria piorar.

– Ele já está quase bom – Murmurei a fim de fazer algo de realmente útil, que não fosse trazer um desconhecido para dentro de casa.

– Quase não é suficiente  – Finalizou tirando um assado do forno. – Mas pode chamar seu pai e Maxon para já sentarem na mesa.

Rolei os olhos e saí da cozinha, tentei chamar os dois amigos-para-sempre porém eles estavam falando de como a temporada de verão havia dado um baque no time mas no fim de Outubro com o campeonato da Liga, eles recuperaram seu posto no sei que la, no sei que lá.

Quando mamãe saiu da cozinha e viu que os dois estavam no mesmo lugar me olhou feio. Eu apenas sussurrei um "estão obsecados" levantando os ombros.

Fui chamar May e Gerad logo os levando para lavar as mãos no banheiro. Quando passamos pela sala, Maxon seguiu-me afim de limpar as mãos também.

Enquanto meus irmãos passavam o sabonete e brincavam de espirrar água um no outro, olhei para Schreave que estava encostado no batente da porta do banheiro.

– Desculpe por toda essa confusão – com a mão gesticulei um círculo – meus pais são doidos.

– Está tudo bem, América. Seu pai é gente boa, e sua mãe sorri toda vez que me olha – Schreave sorriu para mim passando para dentro do banheiro logo que viu que May e Gerad secavam as mãos.

Achei muito estranho todo esse "conforto" de Maxon dentro de minha casa, mas como não podia falar nada no momento, desci com meus irmãos e fomos para a sala de jantar.

Mamãe pareceu ter feito um jantar para a rainha e ter assistido 5 aulas de etiqueta naquele dia. Eu nunca tinha visto tudo tão organizado, cada talher ao lado dos pratos parecia brilhar, e as taças douradas que só usávamos nas festas de final de ano agora brilhavam em cima da mesa. Tudo isso era por causa de Maxon?

Ajeitei Gerad na cadeira recebendo olhares feio do mesmo, e logo depois caminhei até a cadeira ao lado a de papai, mas no mesmo momento outra mão tocou o estofado.

– Pode ficar, eu sento do outro lado – Falei querendo evitar contado visual com Maxon o máximo possível.

– Ei, calma, eu só ia puxar a cadeira para você – Disse ele. Senti seu olhar penetrar em mim, o que não me deu opção se não fazer o mesmo.

Meu rosto corou mas mesmo assim olhei para Maxon como: " o que você está tentando fazer?"

Em troca ele apenas me deu um sorrisinho de lado apontando com a cabeça para a cadeira, para que eu me sentasse.

– Sente América. – Falou Maxon.

– É, sente América – Dessa vez foi mamãe que falou, atraindo meu olhar mortal rapidamente.

Papai, May e Gerad pareciam estátuas nas cadeiras, observando toda a cena a suas frentes.

Olhei mais uma vez para Maxon que continuava com as mãos na beirada da cadeira em manifesto para que eu me sentasse. Para acabar com aquele teatro mais falso que nota de 3 reais, me sentei na cadeira, me acomodando nela. Scherave sentou a minha frente na mesa.

Nos servirmos com agilidade pois a fome estava grande, mas não demorou muito para mamãe novamente abrir a boca, e não era para levar a comida até ela.

– E então? O que você faz na empresa, Maxon? – Perguntou com uma voz tão calma que estranhei ser de sua pessoa.

Depois de tomar um gole da limonada a sua frente, Schreave respondeu:

– Trabalho na área de estatísticas e contabilidade financeira – Maxon intelectualmente falava mesmo parecendo ter a plena certeza que mamãe não fazia a menor ideia do que era aquilo. A única coisa que ela queria saber é se ele ocupava um bom cargo na empresa, o que de fato ela não saberia por aquela introdução básica. Achei engraçado.

Mamãe sorriu e acenou como se tivera intendido tudo e continuou:

– Seu chefe é o mesmo que o de America? – Nesse momento eu e Maxon trocamos um olhar e eu tive que passar o guardanapo na minha boca para esconder minha vontade de rir.

– Ahmm… – Ele pareceu pensar um pouco no assunto e deu uma risadinha – Pode se dizer que temos o mesmo chefe sim.

Não sei porque ele não disse a verdade para todos, mas me senti agradecida por isso. Eu já estava passando vergonha, se mamãe soubesse que Maxon era meu chefe seria capaz de convidá-lo para dormir em nossa casa.

– Ah, então você deve saber do sofrimento de América – Mamãe soltou enquanto pela primeira vez ali cutucava sua comida.

Eu estava com a limonada na garganta e no mesmo momento quase a cuspi para fora, sequei-me rapidamente com o guardanapo.

– MÃE – A adverti consideravelmente alto como sinal de que aquele não era assunto para mesa.

Não olhei para a cara de Maxon pois não consegui, meu rosto queimava.

– Que foi, América? Só estou conversando com ele, seja educada. – Ela me repreendeu no mesmo momento. Gerad deu uma risadinha má na cadeira ao meu lado.

Lhe dei um tapa na cabeça, que logo o fez se calar.

– Sofrimento? – Maxon perguntou parecendo curioso pelo que acabara de ouvir.

Devia estar tão vermelha quanto um pimentão.

– Pois é, nos primeiros dias, ela chegava muito irritada em casa, e sussurrava pela casa algo do tipo "Ele é um verme maldito" – Nesse momento eu larguei meus talheres no prato e comecei a encara-la tão fixamente que não conseguia nem piscar.

Papai começou a rir.

– Ah, é verdade, lembra daquele dia que... – Antes que ele terminasse, explodi:

– PAI! – todos na mesa olharam para mim que suava frio agora.

– Deixa ele falar, América – Ouvi a voz de Maxon que de novo bebia sua limonada e parecia mais curioso do que nunca.

Caramba, eu estou muito demitida.

– Teve um vez em que Meri devia estar fazendo algum relatório aqui na mesa de jantar, em um momento ela disse para o papel "Será que consigo calcular as estatísticas de quanto vai doer se eu estapear a cara dele?" ela estava tão nervosa.

Papai concluiu sua historinha e todos na mesa riram, até mesmo Maxon, eu não sabia onde enfiar minha cabeça só queria que todos calassem as bocas.

– Não me diga?! – Scherave fazia comentários que me davam a pura certeza de que meu emprego de hoje não passava.

Papai viu minha situação, e tentou me consolar:

– Hey Meri, não se preocupe, é quase uma lei da vida não gostar do chefe.

"Mas você não precisa dizer isso na frente dele, pai"

Tinha que fazer alguma coisa, precisava me tirar dessa situação imediatamente. Relutante olhei para Maxon que me encarava com um sorriso torto como se esperasse uma explicação.

– E no entanto... – Sequei minhas mãos suadas na calça – Eu não tenho mais problemas com ele, até o considero uma pessoa boa.

– O que você acha dele, Maxon? – Mamãe perguntou ignorando totalmente minha fala.

Maxon olhou para mim rapidamente mas respondeu:

– Acho ele um homem muito responsável, mas as vezes dá umas mancadas.

– Como deixar o celular na sala quando sua namoradinha não para de ligar. – Sussurrei para mim mesma baixinho mas Maxon acabou ouvindo.

– Ele estava frenético naquele dia. – Virou a cabeça em minha direção, o que fez meu rosto ruborizar mais ainda.

– Ah sim, eu entendo, é que naquele dia eu ainda não sabia que podíamos receber nossos cônjuges em horário de trabalho – Por incrível que pareça meu medo ficou lado por alguns segundos e aproveitei para manifestar meu descontentamento daquele dia nessa oportunidade.

Maxon sorriu para meus pais que agora olhavam a situação um pouco assustados, bebeu mais um pouco de sua limonada, e só então percebi que ele estava tão nervoso quanto eu.

– É por isso que disse que ele dá umas mancadas de vez em quando – Arqueoou suas sobrancelhas para mim e fiquei quieta dessa vez para não piorar a situação.

Vi que Schreave ficou constrangido e tentei reverter um pouco a confusão:

– Mas como eu disse, não tenho mais nada contra ele agora, acho que é uma boa pessoa e ele me ensina coisas que ajudam muito meu desempenho – Falei e dessa vez atraí a atenção de todos.

– Ele ensina para quem ele vê vocação e interesse no trabalho. – Disse Maxon me olhando e pela primeira vez naquela noite me senti aliviada.

Dei mais umas beliscadas em minha comida e depois olhei para todos na mesa dizendo:

– É, ele é um cara legal.

Troquei meu último olhar com Schreave que levantou sua taça minimamente, fazendo um "brinde" apenas para nós dois.

Levantei minha taça também e sorri.

Logo depois, papai trocou de assunto no qual quem mais comentava era ele e Maxon. Antes de finalizarmos nossos pratos, ouvimos mamãe falar de novo e dessa vez na minha opinião, foi a melhor coisa que falou naquela noite:

– Quem quer sobremesa?


 

[...]


 

– Venha mais vezes, Maxon – Todos se despediam dele na porta de casa.

Eu estava atrás de Schreave esperando toda a despedida da família feliz.

Gerad puxou a barra da camiseta de Maxon.

– Você me deixa dar uma volta no seu carro algum dia? – Perguntou meu irmãos caçula fazendo todos rirem.

– Claro amigão, mas tem uma condição: Eu vou ter que dirigir. – Respondeu Maxon bagunçando o cabelo de Gerad que mesmo relutante concordou.

– Vou querer ir também – Disse May se ajuntando ao grupo.

– Hey Maxon – Ouvimos a voz de papai que até então não estava na roda pois havia ido buscar algo em seu quarto. Assim que ele chegou perto o suficiente pude ver um ingresso em sua mão, em frente a Maxon ele "magicamente" fez dois ingressos aparecerem apontando-os para Scherave.

– Caramba, como você os conseguiu? – Perguntou Maxon eufórico ao se dar conta do que se tratava os ingressos. Era para o jogo do Chicago Bulls dali um mês.

– Eu tenho um amigo. – Revelou meu pai dando de ombros mas aparentemente orgulhoso por ter aqueles papeizinhos. – Você quer ir?

Ah ótimo, agora ele vai ir em um jogo com meu pai.

– Está brincando?! Claro que sim! Mas espere… você já não vai com alguém?

– As mulheres dessa casa não são muito dessas coisas e Gerad ainda não tem idade suficiente para entrar. – Disse papai –E então, vai querer?

– Sim, sim, isso é incrível, obrigada sr Singer. – Respondeu Maxon extremamente animado.

– Ei cara, nós vamos a um jogo de basketball juntos, pode me chamar de Shalom. – Brincou meu pai.

Após todos se despedirem definitivamente de Maxon, o acompanhei sozinha até seu carro.

– Sabe, nunca pensei que lhe diria isso mas: bem vindo a família, irmão. –Brinquei.

Maxon gargalhou.

– Seus pais são legais. – falou colocando as mãos no bolso.

– É, eles são, só não admito isso porque sou filha deles. – Cruzei os braços enquanto nos encostávamos no porta mala.

Ficamos alguns segundos em silêncio até Maxon rir nasalmente.

– Acho que essa foi a coisa mais aleatória que aconteceu na minha vida.

Ri também.

– Na sua? Em um segundo você brota aqui, e no outro está jantando com minha família.

Maxon apenas riu mais e sentou em cima do porta-mala.

– É só… – Disse ele parecendo não ter a palavra certa para concluir sua frase.

– Esquisito. – Finalizei o pensamento com a palavra certa. Schreave acenou como se tivesse concordado.

– Olhe, se você ficar desconfortável pela situação... – Olhei para ele para entender do que falava, então imaginei que se referia ao jogo em que iria com meu pai.

–Não, não, não… está tranquilo. É só como você disse… é aleatório e…

–Esquisito? – Concluiu Maxon me fazendo rir.

Mais silêncio.

– Fico feliz em saber que me considera um cara legal agora. – Exclamou ele voltando ao assunto da mesa.

– Pois é… – Não sabia bem o que dizer – É o que eu realmente acho.

–Sabe, eu tinha algo pra falar pra você. – Maxon começou e no mesmo momento senti meu corpo se arrepiar – Bem, aquilo aconteceu pela segunda vez e… odeio admitir isso mas não sei muito bem como reagir.

Engoli o seco por saber exatamente do que ele falava, o segundo beijo. Não o olhei nos olhos.

– Você falou com a Lora? – Perguntei a coisa mais ridicula que veio em minha cabeça. Não tinha sentido.

– Ah… Não – Falou Maxon parecendo um pouco confuso – Se está falando sobre o nosso assunto, não falei.

– Eu acho que devemos… apenas deixar para lá, como fizemos na primeira vez – Falei mesmo sem ter certeza se pensava daquele jeito, pareceu a coisa certa a se falar.

Maxon ficou em silêncio e consequentemente fiquei também.

– Acho que tem razão, até porque não há outra a coisa a se fazer – Falou descendo do porta-mala e ficando de frente para mim – Mas está bem claro que aquilo não pode acontecer de novo.

Seus olhos estavam firmes sobre os meus, senti um revirado no estômago, acho que a comida não me fez bem

Coloquei a mexa solta do meu cabelo por trás da orelha e confirmei:

– Tem razão, não foi certo… em nenhuma das vezes – Dei de ombros dando um passo para trás.

– Pois é… – Aquele silêncio me matava aos poucos, Maxon também sentia isso, era visível, e acho que para acabar com o clima tenso ele murmurou:

– Já vou indo, hum… te vejo segunda?

– Isso, isso, claro – Estava tão nervosa que nem conseguia pronunciar as palavras direito.

Maxon sorriu de canto e veio até mim e tentou me dar um "abraço " que saiu todo desengonçado por estarmos tão nervosos. O pior foi no momento em que nos separamos e seu rosto ficou a centímetros do meu.

Olhe para seus olhos mais uma vez, a última naquele dia, eles de novo estavam firmes nos meus, era quase como se desmentissem tudo o que havíamos falado um para o outro agora pouco.

Sem querer desci o olhar para a boca de Maxon, um gesto inconsciente. Aquilo era errado.

– Boa noite – Falei por um fio, e desviei o olhar para a rua, me afastando completamente dele.

Parecendo que voltar a realidade Maxon também se afastou.

– Boa noite – Caminhou até a porta de seu carro enquanto eu andava até a de minha casa.

O último vislumbre da noite foi seu carro virando a esquina de minha rua.

Parada em frente a minha casa, a nostalgia me percorreu e imediatamente me lembrei que estava de pé bem diante do lugar em que Maxon me beijou.

Suspirei fortemente e fechei meus olhos, entre para dentro de minha casa sem olha para trás.

Já estava me preparando para as inúmeras perguntas que iriam me fazer a partir dali.

 


 

 


 

 


 

 


 

 


Notas Finais


LEIAM AQUIIII

Galera, pela milésima vez eu venho pedir desculpas pra vocês. Acabei de sair de uma semana de provas totalmente turbulenta e isso mexeu com meu psicológico. A boa notícia é que eu já "terminei "a história no meu enredo e agora é só passar pro Word, não vou ter que esperar um momento de criatividade pra escrever.
De novo eu sinto muito, mas não desisti da fanfic se alguém achou isso, estou até pesando em criar um trailer pra ela.
Devo posta outro logo, prometo.
Até o próximo, amo vcs, não desistam.


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