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História Sr. Maxon Schreave - Ajuda necessária.


Escrita por: vegabs

Notas do Autor


Oioi meus amores, estou aqui com mais um capítulo, demorou mas chegou.





Esse capítulo meio que tem duas partes mas como ficaria muito grande postar tudo de uma vez, eu dividi em dois.
então o 1/2 já esta aqui.

Boa leitura.

Capítulo 14 - Ajuda necessária.


Na segunda-feira, antes de voltar ao trabalho passei no médico para finalmente poder retirar o gesso.

A enfermeira doida me atendeu.

— Olha só quem voltou. — Ela disse após olhar para mim e checar sua caderneta — Melhorou rápido.

— É, acho que sim — Acenei com a cabeça. Tinha um pouco de medo dela. — Vai demorar muito? É que eu preciso ir para o trabalho logo depois que sair daqui.

Yamahi olhou para mim franzindo a testa com o olhar torto.

— Você quer tirar o gesso para voltar ao trabalho? Que tipo de espécie é você? — Perguntou pegando meu braço.

— A espécie estagiário — Eu não tinha muita paciência com ela, mas até confesso que era engraçada.

— Sei — Yamahi saiu um pouco do quartinho mas logo voltou com um kit grande de remédio e essas coisas — Não posso julgar você completamente, afinal, se eu tivesse um chefe daqueles ia querer trabalhar até em feriados.

Ela não conseguiu ver minha feição diante de sua fala pois começou a assobiar uma musiquinha sem nem se importar com o restante do mundo.

Aquela mulher era doida de pedra.

Enfim, após meia hora meu braço havia voltado ao normal, fiquei bem aliviada. Foi como tirar um casaco quente em tempos calorentos.

Peguei um táxi para ir até a empresa pois não sabia de nenhum ônibus que passava nesse horário e que parava em meu ponto. O trânsito hoje não estava ruim por isso não demorei a chegar.

As 08:54 abri as portas do prédio.

Marlee conversava com Eleanor perto do elevador, cheguei perto das duas sorrindo.

— FINALMENTE — Minha amiga me abraçou e percebi pelo canto dos olhos a maioria das pessoas que estavam na recepção nos olhando estranho. Não liguei. Estava com saudade de Marlee também, e de certa forma, da empresa.

— U-hu — Fingi animação quando ela se separou de mim, nós duas rimos.

— Como está, América? — Eleanor perguntou olhando para mim. Ela era uma adm chefe, assim como Maxon. Imaginei que estaria pedindo algum favor a Marlee.

— Bem melhor, pronta para voltar — Respondi sorrindo igualmente.

— Que bom, fico feliz por sua melhora, mas acho que seu chefe já está esperando por você. Temos uma reunião marcada de última hora e todos administradores estão na correria.

— Acho que já vou subir então — Me despedi das duas apertando o botão do elevador. Eleanor e Marlee caminharam até a outra extremidade do ambiente, não sem antes Marlee me fazer um sinal de que depois conversávamos.

Entrei no elevador.

Imaginei Maxon arrumando suas coisas. Não achava que ele precisava de mim. Afinal tirando a vez em que ele me fez organizar seu escritório por pura pirraça, Maxon sempre era muito organizado.

Quando a porta do elevador se abriu um leve tremor me percorreu, e logo percebi que a razão dele era por conta de nossa última conversa, nada confortável. Mas como sempre, eu sabia que Schreave não iria tocar no assunto e ia fingir que nada havia acontecido. Como sempre.

Abri a porta de sua sala e não havia ninguém lá dentro, já era esperado.

Me sentei em minha cadeira com a intenção de terminar meu gráfico de balanceamento de gestões que havia começado a fazer em casa em meu tempo livre. Com os dois braços funcionando consegui terminar boa parte.

No almoço, eu e Marlee comemos e contei para ela como haviam sido os dias com o braço engessado. Não contei a parte em que Maxon foi jantar em minha casa, pois esse assunto levari a outro que eu ainda não estava pronta para jogá-lo no ar dessa forma, mesmo sabendo que a situação dela era extremamente parecida.

Eu era uma completa jacu quando o assunto era “beijei um rapaz”, principalmente se esse rapaz era meu chefe.

Á tarde terminei outro projeto envolvendo gráficos, dessa vez, um mais demorado, que ocupou minha tarde inteira. Maxon ainda não havia dado as caras.

Foi só quando fui estralar as juntas de minhas mãos que me dei conta do horário, já passavam das 18:30. Comecei a arrumar minhas coisas calmamente para ir embora.

O que aconteceu a seguir me fez derrubar todas as pastas que estavam na minha mão no chão.

Maxon entrou como um furacão na sala quase arrancando a maçaneta da fechadura. Vi seus olhos passando rapidamente pelos meus.

— Oi — Falou simplesmente e sem mais delongas começou a procurar algo agilmente na prateleira do lado direito do escritório.

Vi que ele estava vermelho e muito agitado, como se sua vida dependesse de algo que estava escondido ali em algum lugar.

Mesmo com medo e assutada, peguei minhas coisas do chão e coloquei em minha bolsa.

Maxon saiu de perto das prateleiras e foi até sua mesa em direção as gavetas, arrancou uma tão brutalmente que ouvi o material dela sendo quebrado. Suas mãos mais rasgavam as folhas que estavam dentro do que procurava, ele fez o mesmo com todas as gavetas e quando viu que o que procurava não estava ali deu um soco em sua mesa que me fez pular.

— Merda. Eu sou tão burro, burro, você é burro demais — Maxon bateu em sua cabeça observei suas veias saltarem do pescoço. Minha respiração ficou ofegante. O que estava acontecendo?

— M-Maxon — Tentei chamar sua atenção mas ele arrancou uma gaveta e jogou no chão com tudo. — Ah meu Deus, você precisa se acalmar.

Caminhei com muita relutância até perto de onde ele estava e antes que pudesse falar outra coisa, ele socou a parede.

— Maxon, por favor me escute — Não sei como, mas tive a coragem de tocar levemente em seu ombro enquanto ele estava de frente para a parede.

Schreave virou se para mim com tudo e imediatamente tirei a mão de si.

Seu rosto estava todo vermelho e os olhos pareciam querer sair fumaça. Por que ele estava daquele forma? O que tinha acontecido?

— Se acalme, você vai acabar quebrando tudo — Falei e ele suspirou fundo dando de costas para mim mas continuando no mesmo lugar. Vi que enxugou o suor de sua testa e ficou com mão em cima da mesma.

— Desculpe, eu não sei o que fazer — Maxon falou como se estivesse lutando para deixar a voz calma. Percebi que ele não olhava para mim por vergonha.

— O que aconteceu? — Perguntei tentando entender o que havia acontecido nos últimos 30 segundos.

Ele suspirou novamente, e virou-se para mim. Vi que estava tentando se acalmar mas não estava conseguindo. Suspirou mais e mais, por fim, falou sem olhar para mim.

— Eu perdi um dos relatórios mais importante da empresa. Era algo sobre… — Ele balança a cabeça sem parecer entender direito como aquilo havia acontecido — as relações bancárias e provisórias da empresa para outra industria que estamos tentando fechar negócio. Mas eu o perdi… e se os papéis não estarem até amanhã com o diretor de balanceamento, eles irão cancelar.

 

Senti o peso dele sobre mim e comecei a entender poque ele estava daquele jeito.

— Mas deve estar em algum lugar por aqui..— Comecei.

— Não esta, não está. — Maxon balançou a cabeça novamente nervoso — Estava guardado em uma pasta que acabei de me lembrar que não vejo a semanas. Se eu não me engano, acho que levei para casa e não está lá, e não está aqui, eu estou ferrado — Schreave passou as mãos pelo cabelo que já estava bagunçado e suspirou mais uma vez fechando os olhos.

Comecei a ficar nervosa por ele, parecia até que o problema era comigo. Queria ajudar de alguma forma.

— Não consigo me lembrar onde deixei, me fugiu da memória completamente. Pode estar em qualquer lugar da empresa ou da minha casa e…

— Maxon.

— … E não tem como eu achar em tão pouco tempo. Eu sou muito burro, ninguém faz esse tipo de coisa, eu vou acabar sendo demitido, por que sou tão burro?

— Maxon — Coloquei as mãos em seu ombro e pela primeira vez ele me encarou agora prestando atenção em mim — Você não vai ser demitido, e isso acontece com todo mundo. — Suspirei — Eis o que vai acontecer: Eu vou na sua casa e vou procurar por lá o relatório e você vai ficar aqui e procurar por cada mísero canto dessa empresa, até mesmo nos banheiros dos faxineiros.

 

Maxon me olhou confuso como se pensasse que eu era louca, mas continuou prestando atenção. Quando vi que minhas mãos já estavam tempo demais em seus ombros, as tirei.

— América… Isso não vai funcionar. Eu não quero te meter nessa história, não é problema seu — Falou ele mas dava para perceber que sua voz tinha um tom de desespero.

— Não é uma questão de ser um problema meu, apenas quero ajudar, e vou. Me dá a chave da sua casa — Estendi minha mão em sua direção e Maxon apenas continuou a me olhar estranho.

Trocamos um olhar sugestivo, e ele me conhecia, sabia que eu não iria deixar pra lá. E sinceramente, Schreave sabia que eu era sua melhor opção no momento.

Suspirando mais uma vez, dessa vez a última, ele tirou de sua calça um emaranhado de três chaves do bolso de sua calça.

— Tá bem, venha cá — Ele me guiou até fora da sala e começamos andar pelo corredor em direção ao elevador — Os lugares mais adeptos são o escritório, do lado do meu quarto e a sala, onde tem aquelas gavetas no armário do lado do sofá a esquerda. Mas se não encontrar nada lá, pode vasculhar onde quiser.

— Certo. — Continuávamos a andar.

— A chave da porta da frente é esta — Ele pegou a chave prata — A do escritório é essa — Apontou para a dourada — E essa é a garagem — Disse mostrando outra chave prata só que menor que a primeira.

Pairamos em frente ao elevador.

— América, sabe que não precisa fazer isso. — Ressaltou de novo, e olhei para ele. Maxon estava desesperado e como sua funcionária e com meu lado malicioso eu até poderia rir da situação. Mas não conseguia. O nervosismo e a ansiedade dele parece que brotaram em mim e a única coisa que eu queria era também achar a bendita pasta com seus relatórios.

— Eu quero fazer, Maxon. — Apertei o botão do elevador.

Ele pareceu se lembrar de algo no mesmo instante.

— Aqui esta o dinheiro para o táxi. — Tirou de sua carteira 20 dolares estendendo-os para mim.

— Não precisa, eu tenho aqui. — Falei dando de ombros e isso apenas fez com que ele procurasse o bolso de meu casaco e colocar o dinheiro lá. — Maxon!

— Deixe eu ajudar pelo menos um pouco. — Falou e de novo pude perceber o quanto seus olhos estavam agitados mas aparentemente com medo também.

— Nós vamos achar — Involuntariamente peguei em seu braço, e Schreave apenas continuou a me olhar, parecendo desejar que minhas palavras se tornassem realidade. — Nós vamos achar.

Aquele momento era o menos apropriado para os sentimentos tomarem conta de mim. Mas ali em frente ao elevador com nossos olhares fixos um no outro, eu de novo me peguei pensando em nós dois.

O elevador se abriu e eu entrei.

Maxon continuava a me olhar. Ele estava contando comigo, e o que eu pudesse fazer para ajudar, faria. Acenei com a cabeça e ele apenas acenou de volta antes de as portas fecharem. Minha última visão foi de seu olho direito que ainda estava fixo no meu. Eu sabia que ali, nós dois precisaríamos um do outro.

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, não se esqueçam que o cap vai ter a segunda parte.
E sempre ressaltando que eu não esqueci vocês, por favor, não deixem de comentar, os comentários me motivam de uma forma que vocês não tem ideia. É rapidinho e não vai te custar nada deixar sua opinião sobre o cap.

Éisso frores, até o próximo 2/2


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