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História Stalia- A descoberta do amor - A verdade


Escrita por: Stydia2608

Capítulo 14 - A verdade


Depois que Stiles saiu por aquela porta, eu não sabia o que fazer, havia prometido a ele que tentaria conversar com Helena, mas e se eu descobrisse que ela realmente havia me abandonado? Não sei se estava preparada para ouvir a verdade, mas uma coisa que me incomodou desde a noite anterior foi o fato de meu pai, Helena e tio Derek terem ficado no restaurante para conversarem, sobre o que falaram? Será que foi sobre mim? Sobre coisas aleatórias? Bom, o quanto antes eu acabasse com essa tortura, mais rápido ela iria embora, decidi mandar uma mensagem ao meu pai pedindo para que os dois viessem aqui para podermos conversar civilizadamente, duas horas e meia os dois estavam aqui e percebo que há algo rolando no ar, meu pai está parecendo feliz, veio em minha direção com seus lindos olhos azuis e me deu um grande abraço, porém quando Helena foi fazer o mesmo eu me desviei e fui sentar no sofá, ela pareceu um pouco chateada, mas eu não estava nem aí? Comecei a fazer perguntas.

-Quem você acha que é para aparecer do nada? Por que me abandonou? Eu esperei por você durante anos e nunca apareceu, por que? O que realmente sente por mim?-falei de uma vez.

-Filha, vai com calma.- falou meu pai.

-Nós conversamos depois, papai.

-Em primeiro lugar, me respeite porque sou sua mãe. Segundo que foi o seu namorado quem me convidou se bem se lembra. Vou te contar tudo o que aconteceu durante esses anos, se você estiver disposta a ouvir sem me interromper ou questionar algo até eu terminar.- disse ela.

-Tanto faz.- falei revirando os olhos.

-Depois que você nasceu, o seu pai começou a se tornar muito possessivo, as brigas se tornavam quase uma rotina dentro desta casa, e uns meses depois, seu pai acabou descobrindo que eu estava o traindo, e foi aí que as coisas começaram a ficar realmente preocupantes. Uma certa noite, eu achei que ele poderia me matar e foi aí que eu tomei a decisão de ir embora, e me desculpe mas em nenhum momento eu pensei em levar você comigo, não sabia como faria para viver, imagina com uma criança junto comigo, mas isso não significa que eu não amasse você, muito pelo contrário, você é o meu bebê e sempre vai ser, acabei conhecendo uma pessoa que me levou para a Florida e foi graças a ela que eu reconstruí a minha vida, comecei a trabalhar no jornal local, não queria que você ou seu pai me encontrassem antes de eu me sentir segura. Então fui convocada para fazer uma matéria em Nova Orleans em um centro de reabilitação e foi aí que eu reencontrei seu pai, nós acabamos conversando e de certa forma nos entendemos, não é Peter?

-Sim.

-Aí Stiles me ligou e me explicou a situação toda, para mim seria a oportunidade perfeita para aparecer novamente. -completou ela.

Eu ouvia tudo calada, tentava processar tudo com calma para não tomar nenhuma decisão precipitada, era o que Stiles queria que eu fizesse, então interpretei cada palavrinha que saia da oca dela, porém a cada vez que ela continuava sua história, eu sentia um aperto no estomago, o que fazia eu me sentir enjoada, então reuni minhas forças , tinha certeza que estava mais pálida do que um cadáver, então falei.

-Sai da minha casa agora.

-Malia, não fale assim com a sua mãe.- completou meu pai.

-Ou ela sai ou eu saio.- falei decidida.

Não pude acreditar que meu pai simplesmente abaixou a cabeça e me deixou simplesmente sair por aquela porta, eu nunca pude imaginar que meu pai faria isso comigo, eu simplesmente não voltaria para aquela casa enquanto essa mulher estiver la dento, só não sei para onde vou.

***

Finalmente cheguei em casa depois da visita mais estranha que já fiz a alguém em toda a minha vida, não pelo fato de ser a Lydia, mas por Derek estar lá, eu não sabia que eles se conheciam, mas enfim não é da minha conta mesmo. Meus pais logo me enchem de perguntas sobre ela e após me sentar no sofá explico tudo a eles.

-Então, parece que algumas meninas que não simpatizavam muito com ela, resolveram se vingar e espancaram a pobre coitada.

-Filho, acha que Malia pode ter algo a ver com isso?-pergunta meu pai.

-Não, foi a Lydia quem ligou para Malia pedindo ajuda.

-E como ela está? Como vocês estão?- perguntou minha mãe.

-Ela está emocionalmente muito abalada, mas parece bem, tirando algumas escoriações. Quanto a nós, por mais que ela tenha ferrado a minha vida, eu tenho uma conexão forte com ela, não quer dizer que eu ainda goste dela mas eu me importo sim.

Assim que termino de explicar a situação, a campainha toca e nós nos olhamos confusos, pois não estávamos esperando ninguém, ainda mais com essa chuva torrencial lá fora e tão tarde da noite, a campainha continuou tocando freneticamente e meu pai se levantou para atender, então apenas diz:

-Stiles, é para você.

Levanto e vou até a porta, Malia está toda encharcada e de braços cruzados por causa do frio, sua camiseta branca está toda molhada, fazendo com que seu sutiã de renda preta apareça nitidamente, seu shorts jeans está colado em seu corpo de uma forma sexy, seu cabelo todo ensopado caído sobre os ombros, sei que não devia pensar nisso mas ela estava tão linda desse jeito, se pudesse a agarraria ali mesmo, mas meus pais estão vendo tv, assim que ela encontra meu olhar, começa a chorar desesperadamente, meu impulso é ir até ela e abraça-la, talvez como uma forma de consolo, nesse pouco tempo que estamos juntos, ela nunca chorou desse jeito na minha frente, me afastei dela e perguntei.

-Malia, o que houve?

-Eu...eu...es...ta...va- tentou dizer mas não conseguiu e começou a chorar novamente.

Não pensei duas vezes antes de leva-la para dentro de casa, meus pais me encaravam sem entender muita coisa, apenas fiz sinal de que estava tudo bem e subi com ela até o meu quarto, chegamos lá, joguei todas as minhas coisas que estavam na cama no chão e joguei uma camisa minha para ela, sabia que ficaria enorme mas não podia deixa-la ensopada daquela forma, ela pegou a camiseta na mão e ficou me olhando.

-O que?-perguntei confuso.

-Não vou me trocar com você aqui.- disse ela corando.

-Jura? Eu acho que eu já vi o que está tentando esconder.- falei dando risada.

-STILES!- falou ela corando.

-Tudo bem! Vou pegar alguma coisa para comermos.

Saí deixando-a sozinha em meu quarto, achei tão fofo ela se sentir envergonhada e não querer se trocar na minha frente, foi como se meu coração tivesse se preenchido ainda mais com meu amor por ela, desço as escadas com um sorriso bobo no rosto causado pela lembrança da noite anterior, meus pais apenas me encaravam quando eu os encontrei na cozinha.

-A Malia vai dormir aqui hoje, ok?- falei.

-Tudo bem, mas juízo.- falou meu pai.

-Não é como se fossemos transar pela casa toda.- falei rindo.

-STILES!- reclamou minha mãe.

-O que eu quis dizer é que vamos nos comportar.

- Vocês estão se protegendo?-perguntou minha mãe.

-Não... pelo amor de Deus...não faça isso.- falei subindo as escadas novamente.

Não sabia o que levar para comer, então peguei um pouco de tudo o que havia no armário: salgadinhos, bolachas, sorvete, balas, iogurte, cereais, coca-cola... Abri a porta do quarto com uma certa dificuldade e ela estava ela com a minha camiseta, sentada em minha cama e com a cabeça entre os joelhos, um pouco assustado com aquela cena, deixo as coisas ao lado da cama e a puxo para meus braços, assim que faço isso, ela começa a chorar novamente e isso me corta o coração. Após deixa-la colocar todo esse sentimento ruim para fora, resolvo perguntar o que houve.

-Certo, o que houve para você estar desse jeito.

-Eu fiz o que você pediu... Conversei com ela.

-E foi tão ruim assim?

-Eu sabia que não devia ter concordado conversar com ela, mas você estava tão animado com a ideia que eu não podia deixar de tentar, mas...

-Desculpe, se eu soubesse que ficaria assim, eu nunca...

-Eu sei, foi bom, pelo menos eu sei de qual lado o meu pai está.

-O que Peter tem a ver com isso?

-Ele a escolheu ao invés de mim.

Após me explicar o motivo do seu desespero, ficamos deitados em silencio, por mais que eu quisesse muito beijá-la, não havia clima para isso, então ficamos apenas deitados olhando para o teto e perdidos em nossos pensamentos.

-Como foi a visita no hospital?-perguntou ela.

-Foi bacana, parece que finalmente vamos nos dar bem novamente.

-Meu tio ainda estava lá?- perguntou ela sem interesse.

-Sim, você não acha isso esquisito?

-Não, ele está interessado nela e parece que o sentimento é reciproco, mas por que?

-Ele é bem mais velho do que ela.

-O seu problema é realmente a idade dele ou pelo fato de ele estar interessado na sua ex?

-O que? Não começa, Malia.

-Serio mesmo que você disse: Não começa,Malia?

- Desculpa, amor, Eu...

Malia se levantou bruscamente da cama e foi em direção ao meu guarda roupa, sem entender nada fiquei apenas observando em silencio, de repente ele volta com cinco travesseiros na mão sem me dizer nada, os coloca enfileirados no meio da cama e diz:

-Eu não vou embora pois não tenho lugar para ficar, por isso este é o seu lado da cama.- falou apontando para o meu lado da cama.

Pensei em questionar a situação mas achei melhor deixar para depois, conversar com ela quando estava com ciúmes não nos levava a lugar nenhum, por isso apenas virei para o meu canto e tentei dormir.



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