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História Start Over - A Head Full of Dreams


Escrita por: gabrielebborges e sambborgs

Notas do Autor


Recomendo você a ler esse capítulo ouvindo a música " A Head Full of Dreams – Coldplay".

Link da nossa playlist no Spotify nas notas finais!

Espero que gostem, boa leitura!

Capítulo 9 - A Head Full of Dreams


Fanfic / Fanfiction Start Over - A Head Full of Dreams

“Oh, eu acho que aterrissei

Em um mundo que eu nunca tinha visto

Quando me sinto trivial

Quando não sei o que quero dizer. ”

- A Head Full of Dreams – Coldplay.

 

Estou sentada esperando a aula da Kat terminar há uns quinze minutos, mas não é totalmente entediante, já que Nash e Cameron estão treinando no campo e assim posso me perder um pouco na visão.

Apesar de tudo o que aconteceu hoje, aparição de Cameron literalmente salvou a minha pele, odeio parecer fraca na frente das pessoas, principalmente de Liam e Emma. No entanto, Cam disse as palavras certas para que eles calassem a boca e fossem embora.

Algumas outras pessoas circulam ao redor do campo, acho que aqui é como se fosse uma área de lazer, mesmo que tenha academia, biblioteca, piscina e outros cem espaços nessa universidade.

A imensidão desse lugar é impressionante, é só o primeiro dia de aula e ainda não conheço nem metade do campus, mas já me sinto parte daqui. Tudo isso me deixa extasiada e me lembra que estou em uma nova fase da minha vida, e que coisas ruins irão acontecer, contudo, estou aqui para um plano maior e tenho que deixar certas coisas para trás.

 

Nash Grier point of view:

Estou com medo de decepcionar os meus pais. 

Eu sou bom nos esportes, mas gosto mesmo é de atuar. Will, meu irmão mais velho, é quarterback do Florida Gators e meus pais sempre quiseram que eu seguisse os passos dele, mas tenho medo de não ser o suficiente, tenho medo de arriscar tudo e deixar de lado a minha maior paixão, que são as grandes telas.

Ganhei uma bolsa de estudos na Duke University por conta dos esportes e meu pais estão bastante convencidos de que esse é o primeiro passo para um futuro tão promissor quanto o de meu irmão, apesar de eu ter explicado várias vezes que vou sim jogar no time da Duke, mas vou também estudar artes cênicas na universidade.

Mesmo dividido, vou fazer uma coisa por eles e uma por mim. Só espero conseguir achar um meio termo sem ficar completamente exausto até o fim do primeiro período.

Cameron e Shawn passaram as últimas semanas na minha casa em Mooresville para organizar tudo, pois estamos dividindo o apartamento de Cameron, já que ele estuda aqui há três anos.

Hoje é o meu primeiro dia de treino, já era de tarde e enquanto caminhava em direção ao campo, pensava na sorte que tive por ter conseguido essa bolsa de estudos, pois agora eu poderia fazer o que eu mais gostava. O esporte vinha me trazendo várias oportunidades e eu era muito grato, mas eu não pretendia depender disso para sempre, queria que as minhas conquistas viessem também pela minha arte, atuar.

— Você tem um grande talento, garoto! — o treinador diz me analisando depois do treino. — Pretende seguir carreira profissional? Tenho certeza que você teria um futuro promissor no baseball.

— Na verdade não, treinador. — alego passando a mão na cabeça. — Estou estudando artes cênicas e pretendo exercer a minha profissão.

— É uma pena, porque você é um rapaz brilhante! — ele fala indo em direção aos outros rapazes que estavam no campo.

Vou para o vestiário, quando ouço uma voz meio esganiçada.

— Ei, Nash, não é? Vi você jogar hoje. — uma garota loira diz se aproximando de mim e eu concordo com a cabeça. — E tenho que admitir que você não é nada mal. — ela acrescenta colocando a mão em meu peito e me olhando de cima a baixo.

— Hã, valeu. — respondo sem graça.

— Sou Emma Jones. — ela se apresenta sorrindo e tirando do bolso um pedaço de papel. — Me liga qualquer dia desses. 

Ela realmente é muito bonita, de corpo e de rosto, qualquer um diria que sou louco se recusasse, mas o seu estilo meio atirado não faz o meu tipo. 

— Tá. — respondo dando um breve sorriso. Alguma garota chama por ela e Emma revira os olhos, sorri para mim e vai embora.

Observo o número e ouço passos em minha direção. 

— Você não precisa disso! — Kat diz irritada tirando o pedaço de papel da minha mão. — Você pode encontrar esse mesmo número em qualquer site de prostituição por aí.

— Você a conhece? — pergunto rindo por ela estar daquele jeito.

— Infelizmente estudei com essa criatura quase toda a minha vida, e posso dizer que ela não é conhecida por sua personalidade forte ou generosidade de espírito, mas sim pelo seu perfil fácil e vulgar. — explica Kat.

— É, eu percebi. — digo. — Fica tranquila, não pretendo sair com ela.

— Kat! — uma garota ruiva fala vindo em nossa direção. — Você esqueceu isso daqui. — ela completa com um sotaque britânico bastante carregado entregando a Kat um iPod. 

— Valeu Thea, não tinha percebido. — e guarda o aparelho.

— Não foi nada. — ela diz e volta seus olhos verdes quase cintilantes em minha direção parecendo finalmente me notar. — Oi. — fala dando um sorriso tímido e desvia o olhar de novo.

— Oi. — respondo simpaticamente sorrindo de volta.

— Gente, eu vou falar com a Ally. — Kat diz apontando para arquibancada. — Ela não está tendo um bom dia. — completa indo em direção da amiga.

— Você não é daqui, é? — pergunto para a garota desconhecida a minha frente.

— Eu sei, eu sei, esse sotaque não engana nenhum americano. — ela responde rindo e prendendo os cabelos alaranjados. — Sou de Londres. Me chamo Thea Lancaster, e você? 

“Lancaster” não me é um sobrenome estranho.

— Nash Grier. — respondo. — Faço artes cênicas e você?

— Administração. — Thea diz. — Meu pai é um homem de negócios e vive viajando, por isso estou na América central. — seu sotaque é legal e marca bem as palavras.

— Tá explicado. — ela parece ser uma garota extremamente educada, até sua postura denuncia isso. Parece ter saído de um tabloide ou algo do tipo, ela não me é estranha. — Bom, eu vou indo, até logo! — falo meio sem jeito apontando para o vestiário.

Ela sorri e concorda com a cabeça.

— Eu também. Cheers! — ela diz.

— Cheers? — pergunto confuso. Que raios é cheers?

— Hã, significa "até logo". — ela explica rapidamente parecendo envergonhada. Suas bochechas ficam levemente coradas e por incrível que pareça, ela fica mais bonita. — Tenho que parar de me expressar com gírias britânicas. — ela ressalta mais para ela do que para mim. Rimos um para o outro e ela vai em direção a umas meninas que estavam no campo.

Observo-a se afastar e sigo para o vestiário.  

 

Ally Price point of view:

— Como você está? — Kat pergunta se aproximando e me fazendo parar de escrever.

— O que você acha? — aponto para o caderno e Kat o pega para ler o que eu havia escrito. Depois que ela termina, conto a ela da aparição repentina de Liam.

— Esse cara é um canalha, Ally. — Kat fala me consolando. — Ele sabe quem a Emma é e o que ela significa para você, não consigo entender porque ele fez isso.

— Nem eu... — murmuro observando Emma e suas amiguinhas no campo conversando.

— Mas ela quer que você se sinta exatamente assim e você não pode deixar que ela consiga o que quer. — Kat explica. — Acredita que ela deu o número dela para o Nash?

Oque? E essa vadia ainda estava chamando o Liam de amor hoje de manhã! — manifesto horrorizada.

— Pois é, eu não sei até onde vai o baixo nível dessa garota. Francamente!

Finjo um refluxo e caímos na gargalhada.

— É, você tem razão Kat, acho que é isso que ela quer. — reflito.

Não posso ficar remoendo coisas do passado para explicar o presente e me privar do futuro. Já desperdicei tempo suficiente com pessoas que não merecem nem segundos.

Kat me conta sobre o seu dia e diz que conheceu uma garota chamada Thea e seu colega de classe Logan. Falo sobre Jess e aviso a ela da fogueira, que concorda com ímpeto.

— Então vamos logo, porque ainda precisamos escolher o que vamos vestir e passar no mercado para comprar algumas coisas.

— Sua gorda! — retruco.

— Porém feliz. — enfatiza rindo e nos levantamos e vamos em direção ao estacionamento.

Passamos na Target e compramos algumas coisas para abastecer a geladeira. Quando chegamos em casa, escolho um vestido de cor clara não muito chamativo e jogo uma jaqueta de couro por cima, faço uma trança lateral bagunçada e uma maquiagem um pouco carregada nos olhos. Kat está linda, como sempre, ela fica maravilhosa de preto.

Coloco tudo o que é preciso na bolsa, aviso Jess que estou de saída e vamos para o campus. Depois de alguns minutos procurando uma vaga para estacionar, uma vez que aquilo está incrivelmente cheio àquela hora da noite. Universitários barulhentos e bêbados circulam por todo lado, é uma loucura.

Descemos do carro e vamos em direção a concentração de pessoas perto de uma enorme fogueira. Reconheço alguns professores e alunos e logo vejo Jess vindo em minha direção.

 — Sabia que viria! — ela diz se aproximando e me abraça.

— Jess, essa é Kat! — apresento.

Elas se cumprimentam e começamos a conversar sobre a fogueira, Kat avisa que devemos procurar por seus amigos também e circulamos pelo espaço. Depois de um tempo, encontramos uma garota ruiva.

— Meninas, essa é Thea Lancaster. — Kat apresenta a garota linda de olhos verdes. — Ela faz administração aqui na Duke.

— Tudo bem? — Ela diz e nos cumprimentamos.

— Caramba, acho que já vi você na TV! — declara Jess.

— É... minha família tem uma empresa bem conhecida. — ela explica um pouco sem graça.

Um garoto loiro, muito charmoso e bem vestido, que está acompanhado de outro tão bonito quanto, chega animadamente ao nosso grupo e Kat logo o apresenta como Logan. Conversamos por um bom tempo e descubro muitas coisas em comum sobre Thea, como o fato de ela curtir moda e não saber dirigir em Durham, mas também muitas coisas distintas, como o fato de ela ser britânica e ter um porsche vermelho. Também descubro que o outro garoto – Dylan – que estava ao lado de Logan é seu namorado.

Decidimos buscar alguma coisa para beber, e meu coração aperta ao ver aqueles olhos castanhos claros. De repente, me dou conta de que não tinha pensado nele nas últimas horas.

— Você está linda. — ele diz se aproximando. Cameron é lindo, educado, lindo, doce, seguro, lindo...

— Obrigada! — agradeço rapidamente saindo de meus devaneios e tentando esconder as minhas emoções.

Abraço Nash e depois falo com Shawn, que parece estar um pouco incomodado com a proximidade de Kat e Logan, mal sabe ele.

— Venho tentando conversar com você a semana toda. — Cameron diz se aproximando depois de falar com todo mundo.

— Eu também. —admito. — Sobre a roda-gigante, não sobre a roda-gigante, mas sobre o que aconteceu na roda-gigante. — completo tudo de uma vez. Qual o meu problema?

— É, exatamente sobre isso. — ele diz calmamente e seus olhos claros se prendem nos meus parecendo emitir luz própria.

Tento sorri para quebrar o clima, mas ele vai se aproximando ainda mais, encara fixamente a minha boca e eu a dele. Sua respiração se torna mais curta até que seus lábios quase tocam os meus.

— VAMOS FAZER UM BRINDE! — Nash grita atrás do Cam segurando algumas bebidas.

Cameron me olha com expectativa e sorri antes de ir em direção ao Nash.

Pegamos as bebidas e brindamos.

— À FACULDADE! — falamos em uníssono.

Ali, ao redor dessa fogueira, há tantos sonhos e tantas histórias que serão escritas a partir de hoje. É com certeza um recomeço para todos, de um novo ciclo, cheio de oportunidades. Aqui é o lugar onde eu devo estar. As mudanças são necessárias para que possamos encarar os nossos sonhos como uma meta a ser cumprida diariamente. Tudo está ótimo, e apesar de não ter beijado Cam, ainda, agora eu sei que ele sente alguma coisa por mim e isso é o suficiente por hora.

 

“Você pode ver a mudança que você queria

Seja o que você quer

Quando tiver uma cabeça

Uma cabeça cheia de sonhos. ”

- A Head Full of Dreams – Coldplay.


Notas Finais


POV do Nash para finalmente explicar algumas coisas, que aos poucos vão se resolver. O que vocês estão achando dessa galera nova?

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