História Stay Together For The Kids - New romantics

P.O.V Narrador:

Na manhã seguinte Violet acordou tarde depois da festa da noite anterior, olhando no relógio era quase meio dia. Apesar de ter ido se deitar com mil pensamentos na cabeça seu sono tinha chegado logo e fora bem calmo e ao se virar percebeu que havia dormido feito uma pedra pois Ashton estava ao seu lado e ela ao menos percebeu quando ele chegou.

Ambos estavam apenas de roupas intimas cobertos por um lençol até a altura da cintura.

Fica olhando o amigo dormindo com a feição suave iluminado pela luz que entrava pelas frestas da janela se perguntando o que ele fazia ali se ao menos se importou em avisa-lo que estava indo embora, se bem que ele estava ocupado ela quando saiu da festa. Mas Violet acaricia os cabelos do amigo e sorri contente por ele estar ao lado dela, quando estavam sozinhos as coisas eram tão mais simples.

A calmaria da garota acaba quando seu coração dispara ao perceber a porta se abrir e revelar apenas o rosto de Anne sendo colocado para dentro do cômodo. Hoppus ficou apavorada e não sabia o que fazer, se fingia que estava dormindo ou sei lá o que. Mas fingir já estava fora de cogitação, pois a mais velha sorriu para ela, pelo menos aquele gesto serviu para tranquiliza-la um pouco.

Porta sendo fechada novamente e Violet tentou impedir a chamando em um sussurro impulsivo, a outra apenas fez um gesto para que ela ficasse em silêncio e saiu.

Hoppus vestiu uma camiseta que estava atirada pelo chão e saiu do quarto as pressas atrás de Anne, não sabia o que pretendia fazer quando a achasse, mas também não podia deixar que a mãe de Ash ficasse com aquela cena mal entendia flutuando seus pensamentos.

- Espera, eu posso explicar... Nós... não fizemos nada. - Pelo menos não aquela noite, ou melhor, não naquela cama.

- Não precisa explicar nada agora. Quando estiverem prontos para assumir isso vou apoia-los no que for preciso, por enquanto esse vai ser nosso segredo. - Chegou perto dando um beijo na testa de Violet. - Espero que vocês saibam o que estão fazendo.

- Eu também espero. - Suspirou.

Virou as costas, mas Anne a chamou.

- Só me responde a quanto tempo você estão juntos? - Perguntou quase não contendo a empolgação.

- A um... Quase dois meses. - Respondeu simples e voltou a subir as escadas.

A mãe já sabia, havia percebido a mudança de comportamento dos dois um com o outro desde o início e se acabassem por ficarem juntos ela com toda certeza os apoiaria.

De volta para de baixo do fino pano Violet juntou seu corpo um pouco em cima do de Ashton, enlaçou a perna na dele e o puxou para mais perto. Mesmo sendo cuidadosa o garoto percebe a movimentação da amiga e ainda sonífero levanta o braço para que ela possa pousar levemente a cabeça em seu peito e a aconchega em seus braços para logo adormecerem novamente.

Dormir abraçado era uma coisa que definitivamente Ashton achava horrível, mas com ela era diferente, ele faria de tudo para Violet se sentir bem mesmo que isso significasse acordar de repente sentido seu braço sendo picado por mil vespas, claro, figurativamente; e com vontade de ir ao banheiro, mas não poder pois estava preso àquela armadilha. Para sua sorte ela não estava presa a ele então sem movimentos bruscos conseguiu tirar seu braço de baixo do pescoço de Violet sem acorda-la e sacudiu a mão para diminuir a cãibra.

AO ACORDAR MAIS uma vez Violet percebeu que havia passado da sua cota de sono diária, seu corpo inteiro estava dolorido; parecia já estar escuro lá fora; e estava sozinha na cama.

Levantou resmungando de dor muscular e iria até a cozinha tomar algum remédio, mas algo chamou sua atenção para o outro lado do corredor. Velas baixinhas e gordinhas brancas estavam acesas como se indicassem um caminho, o caminho para o quarto da sua avó. As pequenas chamas dançavam suaves na escuridão do cômodo. Entrou no banheiro do quarto que lá também haviam várias velinhas espalhadas por todos os lados e mais no canto Ashton ocupado demais acendo as que restavam para perceber a presença de Violet ali.

- Ei para que tudo isso? - Ela pediu calmamente, a intenção não era assusta-lo.

- Ah, eu queria faz algo diferente, daí... - Olhou em volta. - Pensei nisso.

- Está tudo muito lindo. - Colocou suas mãos uma de cada lado da face do rapaz e juntou seus lábios. Ashton os afastou e virou para desligar a torneira que enchia a banheira. A espuma já estava alta e a garota inspirou fundo sentindo o delicioso cheiro dos sais de banho.

Ele voltou-se para ela e contornou-a com seus braços até chegar no feixe do sutiã o desprendendo. Se ajoelha e tirando a calcinha da mesma e depositando um leve beijo na coxa dela que não fazia movimentos além dos necessários, talvez por conta da sonolência que ainda a dominava, ou a sensualidade do momento estava a deixando meio atordoada. Ashton segurou sua mão e a ajudou a entrar na banheira. Observando o corpo afundar na espuma ele retirou o calção que vestia e entrou também sentando de frente para Hoppus.

Massagem era definitivamente o ponto fraco da garota, ele bem sabia disso e era o que ela mais precisava naquele momento. Ash ergueu os dois pés dela, apoiando um em seu peito enquanto colocava óleo em suas mãos e aperta o outro de um jeito cuidadoso e gostoso. Ela escora a cabeça para trás e de olhos fechados apenas se concentrando no silêncio e nas mãos dele que agora passavam a massagear suas pernas.

- Senta aqui. - Quando não conseguia mais alcançar um extensão nova do corpo dela pediu indicando o espaço livre entre suas pernas e assim fez.

Ela sentiu o líquido escorrer por sua pele e logo em seguida os dedos dele sendo pressionados e deslizando em sua coluna; depois por seus ombros; braços. O corpo foi relaxando para trás no dele enquanto Ash acariciava o peito; barriga; passando direto pela sua virilha em direção as coxas indo até os joelhos e voltando.

- Ash.

- Hum.

- Tudo bem se a gente só ficar abraçadinhos?

- Claro. Se é isso o que você quer. - Respondeu no tom que a ocasião oferecia, calmo.

E os dois ficaram assim por algum tempo, relaxados e a vontade, antes de ela dizer:

- Nem acredito que eu falei “ficar abraçadinhos”. Que coisa horrível... Desculpe, devo ter acabado com o clima que tu quis criar.

Ele sorriu.

- Tudo bem. Pelo menos não foi juntinho. - Falou com um tom meloso.

- Pronunciado desse jeito juntinhos me parece realmente terrível. Vamos prometer nunca ficar juntinhos. - Sugeriu ela.

Ficaram em silêncio outra vez. Imaginando como seria ficar juntinhos um com o outro e que talvez não fosse tão má ideia.