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História Stay with me - Eu quero você.


Escrita por: wordsparrilla

Notas do Autor


Heeey meus amores, I'm sorry I'm late, but I'm back! Como você sabe estão? Demorei muito? Me perdoem, mas essas últimas semanas não forma nada fáceis. Buut, agora a nossa amada férias chegou e estarei mais livre para escrever. Agradeço a todos que estão acompanhando, viu? Neste capítulo de hoje, trago muitas coisinhas tops. Tem OQ pra vocês e um capítulo enooorme. Eu queria fazer uma indicação a vocês, vai ter um momento da fic em que ocorrerá em uma das cenas a "Noite Latina", então, se puderem e quiserem, leiam ouvindo a música Havana, da Camila Cabello. Me inspirei demais nessa música e ficou totalmente de acordo com o que vai acontecer. Bom, é isto. Espero que gostem! Boa leitura, vejo vocês lá em baixo. ;) ps. Relevem qualquer erro.

Capítulo 7 - Eu quero você.


Stay with me - 7º capítulo 

 

Delaware, Nova Iorque - 7:00AM

 

➵  P.O.V Robin Locksley on  ➵

Eu não tinha dormido direito à noite, passando a maior parte do tempo alternando entre olhar o Roland e tirar um cochilo. Eu estava sentindo um grande medo de acabar pegando no sono e ele precisar de mim, sentir frio durante a noite ou tivesse medo de alguma coisa. Nas poucas vezes em que consegui cochilar, meus olhos abriam involuntariamente até ele, e só quando o via dormir tranquilamente, eu me mantinha mais calmo. Mesmo exausto, levantei ao ser acordado pelo despertador e segui até a cozinha, preparando um café da manhã para tomar com meu filho. Tomei um banho quente e vesti meu uniforme, voltando para acordar Roland. Entrei no quarto e o pequeno estava sentado na cama, esfregando seus olhinhos. Me aproximei da beirada da cama com um sorriso no rosto e me sentei em sua frente. Roland olhou para mim e eu senti que o olhar de tristeza que o assombrava ontem já não existia mais. Respirei com leveza, sentindo meu corpo solto, deixando ir embora aquela tensão que eu estava sentindo. Eu tinha muito medo de que ele não se adaptasse ou estranhasse a minha presença. O meu menininho parecia ainda curioso com a nova casa, mas pelo menos não chorava mais ou chamava pela mãe.

– Bom dia, filho. - demorei um pouco a falar a última palavra, ainda me acostumando com a novidade. Uma alegria boa adentrou meu coração e a ficha de que eu realmente era pai estava começando a cair. – Parece que agora somos só eu e você. E o papai promete que nunca irá te deixar, tá bom? Nunca!

Fiz um carinho leve em seu rostinho e ele continuou a me olhar. Peguei-o em meu colo, dando-lhe um beijo em seu rosto. Roland deitou sua cabecinha em meu ombro e meus olhos não aguentaram, enchendo-se de lágrimas. Como era incrível a sensação de ter o meu filho em meus braços! Acariciei seus cabelos ondulados e seguimos para a sala, onde eu havia posto uma mesa cheia de coisas deliciosas para tomarmos o café da manhã. Coloquei Roland sentado na cadeira ao lado da minha e sentei-me em outra, servindo um pouco de suco natural para nós dois. 

– Você quer um pedaço de bolo? É de laranja. - ofereci a ele, que afirmou com a cabeça. 

Eu não sabia ao certo o que ele poderia ou não comer, mas eu acreditava que um pedaço de bolo e suco não fariam mal a ninguém. Talvez eu tivesse que consultar alguém mais experiente, que pudesse me ensinar o que devo ou não fazer. Mas isso seria um assunto para outro dia, me preocupei em colocar a fatia de bolo para Roland e preparar uma torrada com geleia para mim. 

                   •• ☾  ☾  ☾ ••

Roland e eu entramos no bistrô em que Gold nos aguardava, já sentado à mesa - pontualíssimo como sempre -, deliciando-se com o seu café matinal. Nos aproximamos e o homem, que vestia uma calça jeans, uma camisa social e uma jaqueta de couro por cima, olhou para o meu filho, parecendo surpreso. Nos sentamos a mesa com ele e pedi uma água para Roland, antes de cumprimentar o meu chefe. 

– Bom dia. Você já está aqui a muito tempo? - perguntei, retirando o celular e a minha carteira do bolso, pondo-os sobre a mesa.

– Bom dia. Não se preocupe, você está no horário. Na verdade, vocês estão. - ele olhou para Roland, sorrindo. – E quem é esse rapazinho? 

– Meu filho. - respondi, com um sorriso no rosto.

– Mas eu não sabia que você era casado e nem que tinha um filho, Robin. - ele direcionou seu olhar a mim, curioso.

– Na verdade eu estou divorciado a três anos e só fiquei sabendo que tive um filho ontem mesmo. Minha ex-mulher o trouxe para morar comigo. - preferi manter os detalhes em off, desejando não me aprofundar no sentimento de raiva que estava brotando novamente em meu peito. 

– Mais que grande notícia! Virar pai não é uma tarefa simples, mas é um dos maiores papéis que podemos ter nessa vida. - estranhei o comentário de Gold, afinal, eu não fazia ideia de que ele talvez tivesse um filho.

– Eu sempre tive o sonho de ser pai, mas confesso que eu não sei nem por onde começar. - olhei para o pequeno que estava brincando com o guardanapo na mesa, distraído. – Eu não sei o que fazer, na verdade. Trabalho em horários alternados e ele daqui a pouco terá que entrar em uma escola, ter alguém que cuide dele enquanto eu estiver fora... são muitas coisas!

– Eu conheço uma pessoa que pode resolver os seus problemas.- Gold sorriu, parecendo mesmo conhecer a pessoa certa. – Ruby, neta de uma conhecida minha e ninguém menos que a dona desse bistrô. Ela está cursando faculdade de pedagogia e eu fiquei sabendo que ela está precisando de um lugar para receber um extra, para pagar sua mensalidade. Eu posso te apresentar a ela.

– Sério? Para mim seria maravilhoso! - sorri, aliviado. –Estou precisando de uma ajuda o mais rápido possível e de alguém de confiança, que possa cuidar de Roland enquanto não estou em casa. Mas não será por muito tempo, quero colocá-lo em uma creche logo logo.

– Ótimo. Irei falar com a avó dela e lhe dou uma posição depois. Mas enquanto não resolvemos isso, que tal deixar Roland lá em minha casa, com a Belle? Ela adora crianças! - Gold sugeriu e eu fiquei a pensar. Não fazia ideia de quem era Belle.

– Belle? - questionei.

– Minha noiva. - Gold completou. A feição do homem tinha mudado da água pro vinho e um sorriso bobo estampou seus lábios. 

– Se não for incômodo, seria perfeito deixar Roland um pouco por lá. Assim que eu terminar o meu turno, busco ele.

– Jamais. Belle não pode ver uma criança que já se anima, pega no colo, cuida... Eu aproveito e dou uma carona a vocês e voltamos para a delegacia juntos. O que você acha de mais tarde curtir uma noite latina? Estou precisando de uma companhia.

– Noite latina? - perguntei, enquanto ajudava Roland a abrir a garrafa da água.

– Sim. Hoje teremos mais uma das noites temáticas que eu tanto adoro no melhor bar dessa cidade. E como você é o único que ainda não me acompanhou para uma rodada de drinques, convoco sua presença, sem a opção "não". - Gold batucou com as mãos na mesa e soltou uma risada, parecendo animado.

– Eu não sei... Não queria deixar Roland por muito tempo, ele ainda está se acostumando com a nova vida. - olhei para o meu filho e fiz um carinho em seus cabelos. 

– Robin, querido, você não acha que seria ótimo para ele conhecer pessoas com quem vai poder conviver? E caso a Ruby não possa, Belle irá adorar cuidar dele por um tempo. E eu vejo que você está precisando relaxar. Um policial tão workaholic como você, precinto que não saia a um bom tempo.

Gold tinha acertado em cheio. Meus últimos anos tinham sido totalmente ligados ao trabalho e eu nem me lembrava da última vez que saí para descontrair. Mas agora não era tão simples assim, eu tinha um filho. Um filho que estava comigo a menos de um dia e que eu já iria deixá-lo para cair na noitada? Mas por outro lado, Gold não iria desistir, e além do mais, ele era o meu chefe, eu não podia esquecer disso. Se Belle gostava mesmo de crianças, acreditava que Roland ficaria bem com ela, e eu também não demoraria, faria umas horinhas com ele e logo arrumaria uma desculpa para ir embora. Voltei a olhar Gold e afirmei com a cabeça, cedendo ao convite. O delegado sorriu e olhou para Roland, enquanto eu acariciava o meu pequeno. 

– Então vamos? Vou apresentar você para uma mulher muito bonita e especial, tá bom? Você vai adorar a tia Belle. - falou com Roland, que abriu um sorriso envergonhado para ele.

– Vamos? - me levantei e ajudei Roland a descer da cadeira. – Vem filho, coloque o guardanapo ali no lixo. - apontei com a mão e ele correu até a lata de metal, jogando o pequeno papel fora.

➵  P.O.V Robin Locksley off  ➵

♕  P.O.V Regina on ♕

Eu estava de moletom e um par de meias coloridas e personalizadas, na cozinha, tentando preparar a salada de fruta que estava prescrita na receita que recebi no hospital. Eu não entendia o motivo de ter que comer comidas leves se eu não estava com nenhum problema no estômago e as dores em meu corpo não melhorariam ou piorariam com a minha alimentação. 

Consegui cortar a última fatia da maçã - minha fruta preferida, diga-se de passagem -, jogando-a sobre as outras na tijela. Busquei um garfo na gaveta e voltei para a sala, me aproximando do sofá. Peguei o controle, pronta para me sentar e assistir a qualquer coisa que estivesse passando na TV, mas antes que isso fosse possível, a campainha soou pela casa e duas batidas num ritmo inconfundível repercutiram pela porta, logo soube que Zelena tinha chegado. A ruiva havia me ligado às sete horas da manhã para dizer que iria tomar um banho e vir correndo para cá, me fazendo resmungar por ter sido acordada para aquilo. Depois de desligar o telefone, percebi que não aguentaria ficar na cama por mais tempo, mesmo que o meu corpo implorasse por uma trégua. Tinha acabado de tomar um dos comprimidos receitados e a dor estava mais amena, digamos, um tanto suportável. 

Pus a minha tijela na mesinha de centro e segui até a porta, encontrando a minha ruiva favorita atrás dela, assim que a abri. Zel me envolveu em um delicado abraço e ganhei um beijo na testa, antes de ser arrastada cautelosamente até o sofá novamente. 

– Bom dia pra você também, dona Zelena. - falei, sentando ao lado dela.

– Bom dia, bom dia, bom dia! Como você está meu bolinho? - ela falou, com uma voz bem irritante.

– Bolinho? Você não consegue parar de pensar em comida por um momento não? A cada hora você surge com algo para me apelidar. - revirei os meus olhos, pegando minha salada de fruta de novo.

– Eu não! Me diz você, existe coisa melhor do que comida? 

Olhei rapidamente para ela e me segurei para não soltar uma grande gargalhada. Se eu conhecia mesmo aquele olhar, tínhamos pensado na mesma merda, como de costume. Começamos a rir as duas juntas e eu coloquei algumas frutas na boca, me impedindo de falar qualquer outra coisa sobre aquele assunto.

– Tá bom, existir existe, mas nesse momento não tem coisa melhor do comida viu, senhorita mente suja?! 

– Ah, tá bom, oh madre de Calcutá. Não pense você que eu não compreendi muito bem o seu olhar, ok? Te conheço e não é de hoje, Zelena Mills. 

– Você sabe que sempre que eu ouço alguém falar o meu nome completo, eu fico pensando "e se um dia a gente descobrisse que somos parentes próximas, mas de verdade mesmo? Onde nossos sobrenomes não são apenas uma coincidência louca"? - os olhos da minha amiga brilharam e eu sorri, pegando na mão dela.

– Zel, mesmo que um dia a gente descubra que não somos parentes próximas e que os nossos sobrenomes são apenas meras coincidências, continuaremos sendo irmãs de coração! Isso vai além de um sobrenome. 

– Ah, Gina... O que seria da minha vida sem você? Minha única família nessa cidade, a metade da minha maçã, porque eu odeeeeio laranja. 

Gargalhamos juntas e eu deitei a minha cabeça no colo dela, enquanto recebia um cafuné gostoso. Levei algumas frutas até a boca de Zel, terminando logo de comer o meu café da manhã. Agora, eu estava com o corpo deitado no sofá e a minha cabeça nas pernas dela, quando vi nos olhos daquela linda ruiva e do sotaque britânico mais encantador, que ela estava doida para perguntar alguma coisa. 

– Solta logo a bomba, Zelena. - me sentei devagar, ficando de frente para ela e com as pernas dobradas.

– Que bomba? Onde? - ela procurou em volta, se fazendo. 

– A pergunta que você está segurando para fazer. Tá escrito na sua testa - afirmei e minha amiga tentou olhar a própria testa, com a câmera do celular. Eu revirei os olhos, voltando a encara-la.

– Tá bom, eu quero saber o que rolou aqui entre você e o policial gatão. - a empolgação dela era até engraçada. Zelena parecia uma criança quando se empolgava com as coisas. Fechei os olhos, tampando o rosto e contendo uma risada.

– Não aconteceu nada. A gente brigou... outra vez. - fiquei séria ao lembrar do momento em que ele me agarrou em seu apartamento. – Eu tô bem cansada daquele policial, sabia? Ele se acha! Não, ele se tem certeza, na verdade! Me desafia, um tremendo de um abusado. - fiz bico, com os braços cruzados e a cara fechada. – Se acha no direito de sair me agarrando, como se estivesse tudo bem. - terminei, irritada e encarando o sofá.

– Calma que foi muita coisa para a minha cabeça, Regina. Vamos por partes, por que vocês brigaram? 

– Zel, eu não tinha te falado nada, porque eu queria esquecer isso, mas eu odeio esconder as coisas de você. - olhei para ela, sem jeito. – E-eu não estou conseguindo mais ficar um segundo sozinha sem ter crises de pânico ao lembrar do barulho de vidro quebrando, das dores que eu senti naquela hora... - meus olhos já estavam fraquejando outra vez.

– Regina, você pode querer não falar para ninguém sobre esse assunto, mas para mim você pode falar tudo. E eu quero ouvir de você, mesmo que eu já saiba a resposta. Foi o Daniel, não foi? 

Não consegui olhar nos seus olhos e então ela segurou em meu queixo, me fazendo olhar para ela. Não consegui segurar as lágrimas. 

– Oh minha amiga, por que você não me contou logo isso? Aquele ordinário tem que pagar pelo o que ele fez! Você tem que denunciá-lo.

– Não! Eu não quero que saibam que foi ele, não quero envolver a polícia nessa história. - ergui meu corpo, em um ato involuntário, juntando minhas mãos na altura da minha barriga, como se uma dor me atingisse bem ali.

– Como não, Regina? O que ele fez é crime! Você vai deixá-lo sair impune? Olha bem para você, amiga. Olha o seu estado, isso não é normal e muito menos sem importância para ser deixado de lado assim.

– Eu só quero que ele vá embora da cidade e nunca mais volte. Se eu denunciá-lo, ele ainda permanecerá aqui por um tempo. – senti os braços dela me puxarem para um abraço e eu me aconcheguei ali, feito uma criança pequena com medo da chuva.

– Vai ficar tudo bem, ele nunca mais vai chegar perto de você. - recebi mais alguns cafunés. – Mas agora, que história é essa de você e o policial terem brigado? Ele te agarrou?

– Nós brigamos porque ele tentou me ajudar a trocar de roupa e quando eu senti suas mãos em meu corpo, lembrei do momento em que Daniel me assediou, então eu acabei perdendo o controle. - comecei, com a voz rouca. – À noite, resolvi ir até a casa dele para me desculpar e quando cheguei lá, encontrei-o com uma criança e ele aos prantos. Parece que a ex- mulher dele não quis ficar com o filho e depois de esconder a existência do menino durante três anos, ela voltou e o largou aqui para morar com o Robin.

– Nossa, que mulher sem alma! Que coisa horrível, amiga. E que bomba, descobrir que é pai dessa forma, não deve ter sido fácil. Como ele ficou? 

– Estava nervoso, preocupado, mas ele parecia diferente. Ele disse que sempre sonhou em ser pai, estava feliz com a notícia, mas que não esperava por isso agora. Eu o ajudei a acalmar o garotinho e colocamos ele no quarto, assim que ele adormeceu. Uma graça de criança, parecia um anjinho. Bem diferente do pai, que é um sem educação.

– Você e esse apego com crianças. Foi a mesma coisa com o Henry, você se apegou a ele com facilidade e nem sabíamos que Regina Mills tinha esse dom e carinho por crianças.

– Você sabia que eu vi nele o mesmo olhar do Henry, quando o conheci? Aquele olhar de criança sem uma mãe de verdade, sabe? Com medo... - lembrei-me, como um filme a passar por minha mente, o dia em que conheci o meu filho. – Lembro que na época a Emma ainda era bem nova também, mal conseguia se virar sozinha.

– Ela foi muito guerreira, conseguiu cuidar do irmão e dela mesma por muito tempo. E não foi nada fácil, me lembro de vê-la dormindo em pé com ele no colo, levando-o para o colégio, e depois indo direto para o trabalho, ficando lá até tarde da noite.

– Eu sou tão grata por ter conhecido os dois! A Emma, eu não consegui cuidar tanto quando o Henry, pois ela sempre fora mais independente e já era mais velha também na época, mas tentei dar todo o carinho que eu pude a eles, igualmente.

– Você foi essencial na vida deles, minha amiga. Henry te vê como uma mãe de verdade, o amor que ele sente é maior que qualquer nome em certidão de nascimento. - abri um sorriso enorme ao ouvir as palavras da minha amiga. Ela sabia o quanto eu amava aquele menino, como se tivéssemos sido mãe e filhos em vidas passadas, quem sabe. – E parece que com o filho do Robin vai ser a mesma coisa, não é?

Olhei para Zelena e fiquei um tempo em silêncio. Eu tinha gostado muito daquela criança, mas não queria me envolver com o pai dela. Também não seria justo manter uma aproximação com o seu filho, sem nem falar com ele direito. Talvez era melhor assim, acompanharia de longe aquela fofurinha crescer e estaria ali, caso ele precisasse de mim.

– Não, Zel, não vou entrar nessa e muito menos me deixar envolver com o pai dele. Você sabe que eu mudei muito e agora não sou mais aquela Regina de anos atrás. Hoje eu penso mais em mim. Não quero me prender a ninguém, quero poder curtir, viver a vida, sem me preocupar diariamente se estou sujeita a sofrer outra vez com um relacionamento. E você já viu o jeito dele? Com certeza ele pega todas as mulheres que lhe dão mole. Aqui nessa cidade o que mais tem é mulher atrás de homem, e mais uma em sua cama, eu não serei mesmo! 

– Você fala isso, mas nós duas sabemos que no fundo não é bem assim. Você está querendo usar isso como uma proteção pra você mesma, porque ele está mexendo contigo e não tem como negar isso. - revirei os olhos mais uma vez e fiz cara de desdém. Odiava quando Zelena era sincera demais, jogando verdades que eu mesma sabia que existiam, mas que me custavam algum tempo para realmente admitir. – Está nítido em ambas testas. Vocês se desejam pelo olhar, é fácil de notar, amiga.

– Zelena, vamos mudar de assunto, por favor? Chega de falar em Robin, vamos falar de coisa boa. Ah! Você já viu o enfermeiro que trabalha no hospital? Puta que pariu, que homem é aquele? - quase dei um pulo do sofá, empolgada com o meu novo paquera. 

– Quem? Aquele que você não se cansa de pegar? Como é mesmo o nome dele? Graham? 

– Nãaao. Graham está de férias, foi passar um tempo com a família em Nova Zelândia. Eu estou falando do novo enfermeiro, não do médico. Mas sabe aqueles caras com rostinho jovem, e que na hora "H" te pegam de jeito e meu amor, te tiram do chão? É o tipo dele!

– E como você sabe disso, dona Regina? Já experimentou daquela fonte e não me contou?

– Ainda não, minha querida, mas se depender de mim, isso não vai demorar muito. Estou pensando em convida-lo para a noite latina hoje. Será que ele consegue dar uma fugidinha do expediente para ir até lá?

– Isso você terá que tentar na sorte. Jogue-se, faça o convite e veja o que ocorrerá. Mas aproveitando que você tocou nesse assunto, a noite latina vai mesmo acontecer? 

– Claro! Já não basta ter sido adiada pelo que aconteceu comigo ontem. Não vou fechar o meu bar por causa de alguns arranhões e ataduras.

– Maravilha! Então eu preciso escolher uma roupa de tirar o fôlego para essa noite. Passo aqui para lhe buscar e vamos juntas, cabelos ao vento, bumbum empinado e carão, prontas para hipnotizar os gatos da cidade. - Zel fez caras e bocas, interpretando o que ela mesma dizia. – Preciso sair dessa seca que me consome.

Caímos na gargalhada, juntas. Zelena e eu não mediamos as palavras quando o assunto era os belos homens da cidade. Digamos que conhecíamos todos muito bem e não era nada fácil dispensar ou criar uma boa desculpa para eles no dia seguinte. Por ser uma deusa grega, Zelena sempre foi muito disputada, onde todos os homens e mulheres também ficavam loucos por ela. Zel dizia o contrário, que o sucesso da cidade sou eu, mas eu custava a acreditar que poderia ser a mais bela de todas.

                   •• ☾  ☾  ☾ ••

Robin organizava a papelada que tomava conta de sua mesa, terminando de assinar todas aquelas atas contra o mais novo presidiário. O mesmo rapaz que havia causado a confusão no barzinho, ainda estava por ali, causando-lhe dor de cabeça. O homem teimava em dizer que não tinha consumido todas aquelas bebidas e se recusava a dar um centavo para aquele "fodido" dono do bar.

– Senhor Colter, por favor, vamos manter o respeito, ou serei obrigado a acrescentar mais umas anotações no seu histórico. - pediu o policial, com seriedade.

No seu ambiente profissional, Robin não dispensava a pose e a formalidade, exigindo respeito e respeitando o seu cargo. Ele não era apenas um mero policial, era um dos mais renomeados investigadores criminal, formado em uma das agências mais especializadas, tanto na área burocrática quanto na parte investigational, tendo um certificado do concurso que prestara para xerife público de uma cidade e já havia prestado serviços às forças armadas dos Estados Unidos. Um currículo e tanto aos olhos de quem quer que visse, e que já arrancava olhares de admiração de muitas pessoas. Todos respeitavam muito o major Locksley e em Delaware não era diferente, Robin vivia cercado de pessoas que o admiravam e gostavam de acompanhar sua vida, mesmo que isso lhe causasse um pequeno incômodo. 

Robin ouviu o rapaz atrás da sela bufar, cruzando os braços rente ao peito. Seu jeito demonstrava ser um homem de negócios e que talvez nunca tivesse ouvido um não como resposta. Daqueles que por serem ricos, acreditam que podem comprar tudo e ter tudo o que querem em suas mãos. Locksley mostraria a ele, que pelo menos ali, enquanto estivesse no comando, as coisas seriam bem diferentes.

– E você sabe com quem está falando? - a petulância do homem fez com que o policial retirasse os olhos das folhas de papel e direcionasse-os até ele.

– Bom, aqui na sua ficha apenas consta que você é dono de uma empresa em Londres e... só. Sem querer ofender, mas isso não significa muita coisa. - Robin se ponderou do sarcasmo e jogou um pouco de veneno sobre o rapaz, que o fuzilava com os olhos.

– Eu me chamo Dan...

– Daniel Colter! - uma voz peculiar interrompeu o detento, e ambos dos caras encararam a pessoa que acabara de chegar.

Para a surpresa de Robin, a voz era de Emma, que caminhou precisamente até sua mesa, depositando sua bolsa sobre a mesma. Segundos depois, a loira retirou uma pasta fina de dentro do acessório feminino e antes que Robin pudesse questionar o motivo da presença da mulher, o rapaz metido a besta surpreendeu Robin mais ainda, mostrando conhecer muito bem a empresária.

– Emma Swan - disse ele, num tom debochado, como se tentasse provoca-la. – A quanto tempo eu não vejo esse belo corpinho sensual.

– Vamos parar com os seus rompantes, que eu não tenho muito tempo e preciso resolver logo isso. - a mulher retrucou, sem demonstrar nenhuma reação.

– No que posso ajudar, senhorita Swan? - perguntou o policial, erguendo uma das sobrancelhas e dando espaço para que ela desse uma explicação.

– Vim pagar a fiança do Sr. Colter - ela abriu a tal pasta que carregava nas mãos, retirando uma quantia considerável de notas de papel e uma caneta banhada a ouro. – Aqui está o valor da fiança, só preciso da ata para assina-la.

– Bom, e por qual motivo você estaria pagando a fiança do Sr. Colter? - perguntou Robin, encarando a mulher, que pôs o dinheiro sobre a mesa dele, antes de encara-lo.

– Se conheço de fato as leis, nenhuma delas consta que devo citar meus motivos para pagar a fiança de um detento e sendo assim, prefiro manter-me em silêncio quanto a isso.

Robin semicerrou os olhos, estudando o rosto da mulher. Emma não parecia mais ser a mesma pessoa que conhecera no hospital. Profissionalmente a mulher era fria, seca e direta. Confessou para si mesmo que uma pequena curiosidade brotou em saber porque ela estaria querendo ajudar aquele homem. Os dois pareciam se conhecer, era claro, mas algo a mais tinha por trás disso e foi difícil para o policial engolir o que a empresária dissera. De maneira ou outra ela estava certa quanto as leis não pedirem explicação a ninguém que estivesse disposto a pagar a fiança de um detento. Só restou ao homem buscar o molho de chaves em sua gaveta e liberar o rapaz, antes pedindo que ambos assinassem a ata que finalizaria o processo de detenção que Daniel receberia.

– Pronto, creio que está tudo em ordem, certo? - Emma quebrou o silêncio, guardando a pasta novamente na bolsa e encarando o policial.

– Sim, liberados. - foi a única coisa que dissera, com o semblante sério.

Robin acompanhou com os olhos os dois saírem da delegacia, sem trocarem uma palavra. Antes de cruzar a porta, Daniel encarou o policial mais uma vez e abriu um sorriso sínico. Robin não conseguia engolir o que tinha acabado de acontecer. Ainda descobriria o motivo de Emma estar ajudando aquele homem que lhe era tão familiar.

                   •• ☾  ☾  ☾ ••

➵  P.O.V Robin Locksley on  ➵

Já era noite em Delaware, quando Gold e eu entramos no Mill's, logo após enfrentar uma pequena fila no lado de fora. O estabelecimento estava lotado e todos pareciam muito animados para a tal Noite Latina que iria começar em poucos minutos. Escolhemos uma mesa próxima ao palco, tendo uma visão periférica de todo o bar. Cortinas na cor grená e luzes de led davam um charme típico ao ambiente. Os garçons usavam roupas à caráter e o cardápio estava repleto de especiarias latinas, de bebidas exóticas à comidas típicas. Um instrumental de saxofone, trompete, timbales e outros davam vida a uma batida muito agradável que recuava pelo ambiente, tornando o cenário latino bem convincente. A ideia de irmos até lá tinha vindo de Gold e segundo ele, as noites temáticas do Mills's bar eram as mais animadas de toda a cidade. Descobri que esse era o famoso bar favorito de meu chefe, onde aconteciam as rodadas de bebidas e partidas de sinuca. Só podia ser uma grande perseguição, pois contendo tantos locais em Delaware, justamente esse era o que Gold adorava frequentar e principalmente, levar seus funcionários. E parecia que não era só ele, todos da delegacia adoravam vir a esse bar. Eu realmente estava sem saída. 

Um rapaz jovem e educado se aproximou da nossa mesa, desejando saber o que iríamos querer consumir. Gold sugeriu que pedíssemos os novos drinques exóticos para experimentar e eu apenas assenti com a cabeça. Assim que o garçom foi buscar nossos pedidos, voltei a olhar o movimento no bar. As pessoas conversavam animadamente, bebiam drinques coloridos e aguardavam o show começar. No centro do bar, um grande espaço estava destinado à pista de dança. Eu estava bastante surpreso com o capricho e criatividade que tiveram em preparar esse evento, e mesmo que eu tivesse mau humorado e bem apreensivo de estar longe de Roland, não podia deixar passar que estava gostando do ambiente. Estava começando a achar que a noite seria um tanto quanto agradável e que talvez a minha tensão de ter que encarar o estabelecimento de Regina estava começando a ir embora. 

Meus olhos tinha passeado por todos os cantos do bar e eu ainda não tinha a encontrado. Já havia pensado na possibilidade de que talvez ela não viesse por conta do repouso, mas achava estranho a dona do bar não estar presente em em dia tão agitado como esse. Também não tinha visto sua amiga, Zelena. Ouvi que sua boate não iria abrir hoje, já que todos viriam para cá, então supus que ela estaria fazendo companhia a Regina. Passei os olhos pelo balcão das bebidas e avistei o rapaz que eu vira ontem, o mesmo que tinha levado Henry para casa. Eu não fazia ideia de que ele era barman daqui. Olhei para a nossa mesa novamente quando vi as nossas bebidas chegarem. A minha se chamava Red Apple e como já dizia o nome, era vermelha como sangue, coberta por gelo seco, pimenta e bastante tequila de maçã. Bebi um gole daquele drinque brilhante e instigante, sentindo uma fervura descer pelo meu corpo. Eu nunca tinha experimentado algo tão forte e saboroso, e o aroma era arrebatador. Degustei de mais um gole e encarei Gold, que bebia tranquilamente o drinque que pedira, que por sua vez era roxo, possuía uma cobertura de fumaça que saía da bebida e uma pequena uva enfeitando a borda da taça. 

– Uma delícia! Como é bom termos lugares onde podemos apreciar cada detalhe do sabor dos ingredientes das bebidas, totalmente o oposto daqueles bares chinfrim que você não consegue distinguir o que está bebendo. - Gold comentou, colocando seu copo sobre a mesa novamente e admirando o mesmo.

– Realmente, o sabor é delicioso e deixa um mistério no final, de qual deve ser o ingrediente que dá o toque especial nele. - confessei, também olhando a minha taça.

– Eu adoro vir aqui, porque além de servirem as melhores bebidas da cidade, o lugar realmente é envolvente. Não tem como não ficar a vontade, rodeado de pessoas bonitas e interessantes. 

– É verdade. E parece que é sempre assim, né?! Eu até hoje não vi esse bar ficar vazio, a não ser quando estão fazendo a limpeza. 

– A Regina sabe como comandar o seu negócio e mais do que isso, ela entende e sabe explorar muito bem os gostos dos seus clientes. Ela provoca e sabe que as pessoas gostam de serem instigadas, de se sentirem envolvidas. Ela deixa o seu mistério no ar e é isso que atrai tantas pessoas diariamente. - Gold passou os olhos pelas pessoas a nossa volta e com um sorriso no rosto, encarou algo atrás de mim. – E por falar nela...

Me virei para trás e avistei Regina entrando no bar acompanhada de Zelena. Atraindo todos os olhares do estabelecimento, a mulher caminhou com charme até o balcão, cumprimentando algumas pessoas no caminho. A morena usava um macacão vinho justo, que cobria todo o seu corpo até a altura da canela, mas que realçavam  todas as suas curvas. A parte de cima do macacão deixavam os seus ombros a mostra e dava espaço para o colar dela abrilhantar a roupa. Nos pés, ela usava um salto fino nude com a sola da mesma cor da roupa, e o cabelo liso, mais a maquiagem discreta faziam o conjunto perfeito para enlouquecer qualquer mente sã daquele bar. Engoli em seco quando passei os meus olhos pelo monumento, admirando cada curva de seu corpo. Alguns curativos ainda estavam presentes por seus braços, mas a aparência física dela estava muito melhor do que a de ontem.

– Você já a conheceu? - fui tirado dos meus pensamentos com a voz grossa de Gold. O encarei, tentando disfarçar os meus olhares para a mulher.

– A Regina? Sim, já nos encontramos casualmente algumas vezes. - omiti os detalhes do envolvimento que tivemos e bebi mais um gole do drinque.

– Esse olhar não me pareceu casual. Está mais para um afair mal resolvido entre os dois. - Gold foi sincero, como de costume. Ele parecia saber de tudo o que rondava as pessoas da cidade, como se pudesse ver em nossos olhos o que se passava em nossas mentes. Aquilo chegava a me assustar.

– A Regina é uma mulher que certamente não se envolve com um homem só. Ela gosta de ter todos aos seus pés, assim pode caminhar sobre eles e caso perca um, continua tendo outros. 

Terminei de falar e percebi que meu chefe me olhava atento, parecendo estudar as minhas palavras. Eu tinha dado uma enorme bandeira sobre Regina e certamente ele tinha notado. Não medi minhas palavras e foi como se eu tivesse cuspido tudo aquilo, demonstrando a minha mágoa. Mas era de se estender, eu estava mais que esgotado, não estava ali para ser feito de idiota. Pedi aos céus para que entrássemos em outro assunto, e por uma graça que me fora concedida, os músicos subiram ao palco, anunciando que o espetáculo iria começar. Um rapaz jovem, negro e de altura mediana, se posicionou em frente a um dos microfones e assim que terminou de ajeita-lo, começou seu breve discurso desejando uma boa noite e disse que era um prazer estar ali conosco naquela data especial, onde sua banda comemorava mais um ano de estrada. Todos aplaudiram e o rapaz continuou a falar mais algumas palavras, agradecendo a Regina pelo convite. Não consegui evitar olhar para ela, que sorria alegremente para o músico e o aplaudia junto com as outras pessoas. As últimas luzes se apagaram e a banda começou a tocar os instrumentos. O rapaz que estava com o microfone se posicionou mais para a direita do palco e uma linda mulher entrou, pairando ao lado dele e ocupando o outro microfone. Ela usava um vestido vermelho coberto por franjas e seus cabelos negros eram encantador, assim como sua voz, que no instante em que repercutiu pelo bar, todos começaram a dançar.

Gold me perguntou se eu gostaria de mais uma bebida e afirmei, fazendo o meu pedido ao garçom, que anotou em um celular e saiu para buscar. Assistimos ao show que alguns bailarinos davam na pista de dança e logo alguns casais se arriscaram juntar-se a eles e a dançar também, formando um grande grupo animado. Eu estava checando o meu celular a cada minuto para ver se Belle mandava alguma notícia sobre Roland. Eu confiava nela, mas estava me sentindo esquisito por deixar meu filho. Se não fosse por Gold, a essa hora eu já estaria em casa com o ele, mas como meu chefe havia prometido que não iríamos ficar muito tempo, acabei aceitando. Ele e sua noiva estavam fazendo muito por mim e pelo meu filho, então não custava fazer companhia a ele por algumas horas.

Toda a minha atenção foi parar em um corpo que começou a dançar pela pista, acompanhada de um outro corpo que eu nunca tinha visto antes. Regina estava abraçada com um homem da altura dela, meio grisalho e com um porte musculoso. Ele a segurava pela cintura e comandava os passos da dança, colando seus corpos a cada investida da música. O homem a pegou pela mão e a girou cuidadosamente, deixando-a de costas para ele e com seus braços entrelaçados no corpo dela, os dois se movimentaram juntos, dentro do instrumental da banda. Seu rosto estava entre o pescoço dela e o cabelo, e foi muito rápido o momento em que eles se soltaram e voltaram a dançar como antes, alternando os passos. Regina olhava profundamente nos olhos dele e suas mãos desceram até a cintura do homem, onde ela se virou e encaixou seu corpo no dele, de costas, mexendo seu quadril sensualmente. Respirei fundo mudando o foco do meu olhar, mas aquela dois pareciam ter um imã que me deixava vidrado naquela pista. Senti a raiva descer pela minha garganta, junto de mais um gole da minha bebida. Meu corpo ferveu com o sabor forte e tentei fitar o chão, evitando me exaltar com a cena. Olhei de relance e os dois ainda dançavam abraçados, sendo admirados pelas outras pessoas. Encarei minha frente e encontrei uma mulher alta e elegante me estendendo a mão, num convite para uma dança. Hesitei um pouco, eu até gostava de dançar, mas aquela cena tinha me deixado um tanto irritado, e eu queria apenas pagar minha conta e ir embora. Encarei Regina e o tal homem mais uma vez e involuntariamente meu corpo se levantou, cedendo ao convite da mulher. Segurei em sua mão e caminhamos até o espaço vazio na pista, onde nos posicionamos. Colamos nosso corpo e eu pude sentir o delicioso perfume dela contra a minha pele. Seus olhos esverdeados eram lindos, sua boca coberta por um batom vermelho e sua pele branquinha a deixava mais bonita ainda. A mulher possuía um olhar faiscante, feito o de um lobo à luz do luar. Entramos rapidamente no ritmo da música e nossos corpos se envolveram com as batidas, em perfeita sincronia pela pista de dança.

➵  P.O.V Robin Locksley off  ➵

♕  P.O.V Regina on ♕

August, um dos empresários da cidade e um grande amigo meu, tinha me convidado para dançar com ele e eu não pude dizer não. Eu precisava me distrair, e dançar era o que eu mais gostava de fazer. Fomos para a pista e dançamos com a alma. August era bailarino desde pequeno, e mesmo trabalhando em um escritório, nunca havia esquecido seu amor pela dança. Eu estava com meus braços em volta do pescoço dele e nossos rostos estavam colados. Senti sua respiração quente na minha pele e então deslizei meu rosto pelo o dele, finalmente notando as outras pessoas que dançavam ao nosso lado. Olhei para um casal muito entrosado no meio da pista e meus olhos congelaram quando enxerguei-os melhor. Custei a acreditar no que eu estava vendo, mas era mais que nítido e todos no bar poderiam ver. Robin dançava alegremente com a neta da dona do bistrô da rua ao lado. Senti meu corpo arder e se August não estivesse dançando comigo, eu seria capaz de ir até lá e fazer uma grande besteira. Voltei a me concentrar em August, mas a minha atenção já não estava mais ali. Encarei a cada segundo os dois dançarem entre sorrisos e olhares. Aquilo estava me deixando tão louca de raiva, que comecei a sentir algumas dores em meu corpo. Tentei ignora-las e afundei meu rosto no pescoço de August, ainda dançando. Nos movimentamos juntos por mais uma música e meus olhos estavam fechados até o momento em que não me segurei e olhei para Robin de novo e nossos olhares se encontraram. Senti um nó se formar em minha garganta e um arrepio subir pelas minhas costas. Os olhos dele estavam fixos aos meus, mas era como se ele não estivesse ali. Estava distante, sério. Uma sensação estranha me tomou e senti o ar entrar com dificuldade. Meu corpo pesou sobre minhas pernas e a mesma dor que eu senti a pouco tempo voltaram e dessa vez bem forte. Levantei meu tronco, saindo dos braços de August e fechei meus olhos, tentando controlar aquela dor horrível. Ouvi ele dizer alguma coisa, mas não consegui responder nada, apenas tentei respirar fundo e me manter em pé.

– Regina, você quer uma água? - August me levou até a mesa em que estava e eu me sentei. – Espera um segundo que eu vou buscar. - Ele correu até o balcão e buscou uma água, voltando acompanhado de Zelena.

– Amiga, o que você está sentindo? - Zel se sentou ao meu lado, me abanando com sua bolsa.

– Senti uma dor pelo meu corpo, mas já está passando. - peguei o copo de água e bebi.

– Você não quer ir pra casa? Eu posso te levar. - August ofereceu, preocupado.

– Não precisa, eu já estou bem. Dá para aguentar e eu quero ficar mais um pouco.

– Tem certeza, amiga? Quer tomar o seu analgésico pelo menos? Eu trouxe caso você precisasse. - Zelena retirou uma cartela do remédio da minha bolsa e me entregou.

Peguei o remédio e tomei um comprido. Sorri em agradecimento aos dois que estavam me olhando e August finalmente se sentou com a gente, parecendo mais calmo. Olhei para a pista de dança e avistei Robin falando algo com a garota, sem tirar os olhos de mim. Os dois se despediram com um abraço e ele caminhou em direção a nossa mesa. 

– Tudo bem por aqui? - ele encarou Zelena e August, como se eu não estivesse ali.

– Está sim, a Regina apenas se sentiu indisposta, mas já está bem. - minha amiga respondeu por mim.

– Que bom, qualquer coisa podem me chamar. Com licença.

O policial saiu sorridente e antes de se virar de costas, me olhou rapidamente. Eu não estava acreditando que ele tinha me ignorado! Senti raiva mais uma vez, mas bebi outro gole da água para me manter calma. Encarei Zelena e minha melhor amiga entendeu o meu olhar. Ela pegou em minha mão, como se me pedisse para esquecer aquilo.

Vi Robin voltar para a mesa onde parecia estar desde que chegara e avistei Gold com ele. Uma ideia surgiu em minha mente subitamente e eu não esperei nem um segundo para executa-la. Se era falta de educação que aquele policial queria, era exatamente isso que ele iria ter! Me levantei da mesa, pedindo licença a Zelena e August e segui até o outro lado do meu bar, onde estava localizado a mesa dos rapazes. Coloquei o meu melhor sorriso no rosto e me aproximei deles, apoiando um pouco o meu corpo sobre a mesa.

– Gold! Não acredito que você veio para mais uma noite temática e não iria ao menos me cumprimentar. - me fiz, dando uma risada. O homem grisalho se levantou e pegou em minha mão, depositando um beijo nela.

– Claro que eu ia, minha querida. Eu estava apenas aguardando o momento em que você terminasse de bailar pela pista para que eu pudesse ir até você. - nos abraçamos calorosamente e rimos um para o outro.

– Mas me conte, o que você está achando da nossa noite latina? E os drinques novos, já experimentou? - perguntei, ignorando a presença de Robin.

– Ah, Regina, você sabe muito bem como agradar seus clientes e isso já não é mais novidade para nenhum de nós dois. Eu sempre te disse que você iria brilhar dentro desse bar e que seria a sua criatividade, junto desse seu charme irresistível que iriam lotar esse estabelecimento e não deu outra. Acho que deveria receber no mínimo metade do lucro pela minha aposta. - brincou o delegado, me fazendo rir ainda mais. 

– Fique tranquilo, entrarei em contato com os meus advogados e logo resolveremos isso. - estreitei o meu olhar para Robin, que estava com uma cara fechada, fingindo olhar em volta. – Mas agora, eu preciso voltar ao trabalho. Aproveite a noite, meu querido. Ela está só começando. 

Abri um sorriso enorme e abracei Gold, encarando Robin. Dessa vez, ele estava me olhando e sua revirada de olhos foi o suficiente para eu saber que tinha o atingido em cheio com a pequena vingança. Era muito bom mesmo que ele sentisse na própria pele suas atitudes. Eu e Gold nos soltamos do abraço e voltei para o balcão, entrando para ajudar Killian com as bebidas. Ainda teríamos mais uma hora e meia de show e decidi esfriar a minha cabeça no que eu mais amava fazer, tomar conta do meu bar. 

♕  P.O.V Regina off ♕

                   •• ☾  ☾  ☾ ••

A noite passara tranquilamente. Regina havia se alternado entre preparar algumas bebidas, conversar com seus conhecidos e trocar olhares discretos com o policial. Naquele momento, Robin tinha ido até o lado de fora do local para dar um telefonema e obter notícias de Roland. Aparentemente, pelo que Belle lhe contou, o menino já tinha tomado banho, jantado e estava assistindo a desenhos na tv. Robin se sentiu mais tranquilo e assim que desligou o telefonema, voltou para dentro do local,  sentando-se na mesa novamente. Gold já estava a pedir a conta e muitas pessoas já tinham se ausentado do recinto. O espetáculo já tinha acabado e restavam apenas alguns dos músicos que arrumavam e guardavam os últimos equipamentos do show. Os garçons limpavam e arrumavam as mesas vazias e então os dois levantaram e seguiram até o balcão, para acertar a conta, após terminarem suas bebidas. Gold disse a Robin que iria se despedir de Regina e que iria até sua casa buscar seu filho para que ele não precisasse ter o trabalho de ir até lá e voltar com a criança a essa hora. Robin tentou dizer que iria buscá-lo sem problemas, mas o delegado insistiu e saiu sem lhe dar ouvidos.

Agora só restavam os funcionários do bar, Regina e o tal homem que estava com ela desde que chegara lá. Robin decidiu esperar Gold do lado de fora, evitando qualquer contato com a mulher ou até mesmo ver uma cena indesejada entre ela e o homem. A temperatura da cidade já tinha mudado e o frio havia retornado. Um vento gelado habitava lá fora e quase nenhum morador parecia estar na rua àquela hora. Um barulho assustou Robin e assim que ele se virou para ver o que era, encontrou Regina fechando as portas do bar com o mesmo cara ao seu lado. Depois de colocar os cadeados nas grades, os dois se despediram com um abraço e um beijo no rosto. Então o homem se afastou dela, indo para uma direção oposta. Robin observou Regina caminhar sozinha pela rua e hesitou em ir até lá, mas deixou a mulher desaparecer pela rua que contornava o bar dela, voltando a encarar o cruzamento vazio. 

                      ----------

Regina atravessou a rua, se aproximando de seu prédio. A morena procurou pela chave em sua bolsa e quando a encontrou, abriu o portão, adentrando o prédio colorido e de poucos andares. A dona do bar parou no corredor da portaria, aguardando o elevador chegar. Distraída com o celular, a mulher olhando as postagens que as pessoas haviam feito em seu bar, marcando-a nas fotos. Sorriu sozinha, olhando os comentários positivos de mais uma noite lotada em seu estabelecimento. Regina se sentia realizada a cada vez que percebia estar agradando seus clientes. Seu maior objetivo era levar a seus amigos e moradores da cidade, alegria, conforto e qualidade de uma agradável noite. E valia muito a pena a cada final de noite. 

O elevador chegou no térreo e Regina entrou, encarando seu reflexo no espelho. A mulher apertou o botão de seu andar e tomou um enorme susto quando viu pelo espelho um corpo surgir atrás dela, entrando também no elevador. Regina se virou, encostando na parede gélida e metalizada do elevador, em busca de ver quem era.

– Que isso? Eu posso saber o que você está fazendo aqui? - a mulher tentou impedir que a porta do elevador fechasse, mas foi tarde. Estava presa entre aquelas quatro paredes com o irritante policial.

– Agora você resolveu dirigir a palavra a mim, madame? - Robin a provocou, com uma das sobrancelhas arqueada. Talvez, apenas por conta do álcool estivesse ali novamente com Regina, a mulher que tanto lhe tirava o sossego e a sanidade.

– Eu já disse que eu não sou madame! E o que você quer aqui, hein? Por que não foi atrás da garota que estava dançando com você? - Regina se encostou novamente na parede, cruzando os braços.

– A Ruby? Marcamos um jantar amanhã, hoje ela teve que ir cuidar da avó que não estava se sentindo muito bem. 

Robin queria provoca-la e ao ver a reação de Regina, teve certeza que estava no caminho certo. A mulher fez cara de desdenho, encarando o letreiro do elevador, desejando que o seu andar chegasse logo.

– E você, Regina Mills? - o policial deu ênfase ao falar o nome dela, dando um passo em sua direção, que o olhou séria. – Pensei que iria ter uma noite agradabilíssima com o cara que estava no bar com você.

– E nós vamos, meu querido, amanhã! Ele passará aqui para irmos à boate da minha amiga. Com certeza será uma noite muito agradável. 

A morena devolveu na mesma moeda, fazendo Robin fechar a cara e retirar os braços da parede, afastando-se, mas não o bastante para separar seus corpos. Ele não esperava por aquela virada no jogo e teve que engolir o incômodo que sentiu ao imagina-la tendo uma noite com aquele cara. Os dois estavam bem próximos, quando o elevador finalmente chegou no andar desejado e Regina caminhou pesadamente para fora, indo até a porta de seu apartamento. Robin a seguiu, parando atrás da mulher assim que chegaram até a entrada da casa dela. Regina destrancou a porta e a abriu, entrando logo depois e assim que foi fechar a porta, o braço do policial a impediu.

Antes que pudesse protestar, Regina sentiu as mãos de Robin puxar sua cintura ao encontro do corpo dele e a porta do seu apartamento bater atrás dos dois. Os braços fortes do policial contornaram o corpo fino da morena, e ele caminhou rapidamente até a parede mais próxima, prensando seu corpo no dela. A dona do bar sentiu o impacto das suas costas contra à parede, tornando aquele momento arrepiante. Seus olhos estava perdidos nos dele. Regina engoliu em seco, pondo sua mão no peito dele, para afasta-lo. Os dedos de Robin adentraram o cabelo dela, puxando-o para trás com força, mas a mulher tentou se solta dele, fazendo força contra o seu corpo. O policial segurou com mais força e foi suficiente para que Regina largasse a bolsa e o casaco no chão, cedendo ao toque dele. O policial teve livre arbítrio para depositar beijos e mordidas no pescoço da mulher, que segurou firme nos cabelos loiros escuros dele, sem se importar com as marcas que apareceriam no dia seguinte. A boca dele subiu um pouco até sua orelha, mordiscando a mesma. Regina já estava sedenta pelo toque do policial - mesmo que não quisesse - e suas mãos agarraram os botões da camisa social que ele usava involuntariamente e com os dedos ágeis, a mulher deixou seu peitoral de fora, onde pode deslizar suas mãos pelo local, o arrepiando.

Robin soltou Regina e os dois se encararam, enxergando em seus olhos o desejo gritar. 

– Por que você está fazendo isso comigo? - a morena perguntou com a voz baixa, passando o seu rosto no dele, com os olhos fechados.

– Porque eu quero você. E eu não vou deixá-la ir embora mais uma vez.

Com delicadeza, o policial acarinhou o rosto da mulher com a ponto de seu dedo e pôs uma mecha do cabelo dela para trás da orelha, admirando seus traços. Regina sorriu, sem jeito, sabendo que estava entrando em um caminho sem volta. Ela também o queria. Muito. E com o desejo aflorado, a dona do bar mordeu suavemente o lábio inferior, fazendo com que Robin abrisse um sorriso malicioso para ela, em seguida. As mãos da morena percorreram o tanquinho definido dele, chegando até o cinto de sua calça, onde ela não hesitou em tocar, desvencilhando-o com rapidez. Como um ágil ladrão, Robin partiu para cima de Regina, como se fosse tomar sua próxima vítima. Ele a segurou pelos glúteos, tirando seus pés do chão. A morena se apoiou em seu corpo, segurando-se no pescoço dele sem quebrar o contato de seus lábios, que dançavam em perfeita sincronia, saboreando o gosto do desejo que sentiam crescer cada vez mais. Robin a carregou até a bancada da cozinha, colocando-a sentada sobre ela. Rapidamente, abriu as pernas da mulher, pondo-se entre as mesmas. Àquela altura Regina já não sentia mais nenhuma dor em seu corpo e apenas uma grande pulsação dentro de sua roupa íntima, deixando-a fora de si.

♕  P.O.V Regina on ♕

Eu já estava completamente tomada pelo desejo e molhada era pouco para o estado em que se encontrava a minha intimidade. Milhões de pensamentos habitavam a minha mente, mas o sentimento que Robin provocara em mim havia tomado uma proporção maior que qualquer outra ali. Meus conceitos e prioridades tinha sido deixados de lado e surpreendentemente eu não estava preocupada com o rumo que essa história iria tomar. Eu estava me sentindo desejada, e principalmente, cuidada. Havia anos que eu não sabia o que era ser acarinhada por um homem, ser olhado nos olhos e beijava com carinho e desejo, ao invés de ser vista como um rostinho bonito e corpo sensual. Depois de Daniel, eu tinha entrado em uma fase da minha vida onde eu precisava saciar a minha vontade de ter um homem bom de cama, apenas por uma noite, acordando no dia seguinte como se nada tivesse acontecido. Mas com Robin era diferente, ele fazia questão de me mostrar o quanto desejava me dar prazer, me respeitando acima de tudo. Ele estava dando a mim o que talvez eu estaria precisando a anos: amor. Chegava a ser louco, mas eu estava me sentindo amada, como acontecera poucas vezes. Eu estava me sentindo mulher de verdade. 

Voltei a realidade, sentindo minha respiração parar quando as mãos de Robin percorreram o meu corpo, antes mesmo de uma delas chegar ao zíper do meu macacão. Olhei para ele, um pouco nervosa.

– Confia em mim. Eu prometo que não vou te machucar. 

Ouvi seu sussurro e encarei seus olhos. Robin me olhava carinhosamente e algo me disse que ele cuidaria mesmo de mim. Soltei o ar e fui ao encontro de sua boca, mostrando que eu estava disposta a confiar nele. Em menos de segundos minhas costas já estavam nuas e então eu retirei meus braços de dentro das mangas da roupa, cobrindo apenas os meus seios. O vi devorar o meu corpo com os olhos e o puxei pela gola para mais perto de mim. Robin segurou com firmeza em minha cintura e me olhou dentro dos olhos novamente. Nossos lábios finalmente se tocaram e sua língua logo teve acesso a cada canto da minha boca, tomando posse dela a cada chupada que ele dava em meus lábios. Retirei sua camisa entre o beijo e a joguei em um canto qualquer, passando minhas unhas pelas costas dele. Senti seu corpo malhado e definido, e a cada vez que eu passava minhas mãos por seu corpo, sentia o quanto ele era gostoso. Afastei-me da boca dele e meu lábio inferior ficou preso entre seus dentes, que o puxou devagar para si. "Me mostra o que um policial é capaz." Sussurrei em seu ouvido, dando uma leve mordidinha. Obtive uma resposta em imediato, vendo Robin tomar a parte de cima do meu macacão em suas mãos e o descendo até a minha barriga, deixando meus seios à mostra, prontos para serem saboreados por ele. Robin tomou meu seio esquerdo com uma das mãos e o massageou levemente, deixando-o rígido no mesmo segundo. Deixei um gemido baixo escapar e a língua de Robin adentrou minha boca outra vez, num beijo veloz e intenso. Enquanto ele devorava os meus lábios, sua mão brincava con o meu seio entre seus dedos, me enlouquecendo. Quando o fôlego se fez necessário, Robin separou nossos lábios e soltou-me, segurando agora em minhas mãos, para que eu pudesse descer da bancada. Me pus de pé em frente a ele e num ato rápido, porém cauteloso, Robin retirou a parte que faltava da minha roupa, me deixando apenas com uma pequena calcinha e o meu salto alto. O observei tirar a calça e o sapato, ficando apenas de cueca. Mordi meu lábio novamente, olhando o volume que já se fazia visível em sua roupa íntima. Senti um calor subir o meu corpo e caminhei pelo corredor até o meu quarto, o observando olhar meu corpo, por cima de meu ombro. Parei na porta do quarto e o olhei, retirando os saltos, antes de entrar.

Robin surgiu segundos depois, fechando com força a porta do meu quarto. O local estava apenas iluminado por um abajur e o frio que fazia ali não era mais páreo para o calor que consumia nossos corpos. Caminhei até ele, o empurrando contra o armário. Rapidamente enfiei minha mão dentro da cueca dele, tomando seu membro com firmeza e o movimentando com vontade e rapidez. Ouvi Robin gemer algumas vezes e seus olhos estavam fechados, segurando o tesão que ele estava sentindo. Encostei meus seios no peito dele, e passei minha língua por seu lábio, vendo-o tentar pegar o meu com ansiedade. Soltei seu membro e lancei um sorriso malicioso para ele, mordendo um pouco da sua boca. 

– Você está adorando me provocar, não é?! Mas eu quero ver se você vai aguentar quando EU começar a te provocar. 

Quase tive um orgasmo ao ouvi-lo. Pensamentos insanos adentraram minha mente e meus pelos ficaram mais eriçados do que já estavam. Como aquele homem podia ser capaz de me deixar louca apenas falando? 

Meu corpo estava implorando pelo seu toque, pela pele dele na minha. Não fui capaz de raciocinar direito quando Robin me pegou pela bunda e eu pude enlaçar minhas pernas em sua cintura. Fomos até a cama, onde Robin me deitou delicadamente sobre ela, abrindo minhas pernas e se colocando entre as mesmas. Olhei para o seu rosto que ficou a centímetros de distância de minha intimidade e me contorci na cama sentindo sua respiração quente. O policial foi com a boca até a minha virilha, onde depositou alguns beijos ternos, me fazendo revirar os olhos. Aquilo era torturante! Eu não estava mais aguentando esperar para te-lo dentro de mim. 

– Robin, por favor... 

Robin trilhou um caminho de beijos da minha virilha até minha cintura, agarrando com os dentes a alça da minha calcinha. O vi rasgar o fino tecido em segundos e deixei um sorriso ofegante sair pela minha boca. O policial, sem delongas, enfiou os seus dois maiores dedos dentro da minha intimidade, me fazendo gemer duas vezes seguidas. Ele mal tinha me penetrado com sua mão e eu já estava prestes a ter o primeiro orgasmo daquela noite. Meus olhos se reviravam outra vez e eu me contorci na cama, transbordando prazer. Robin massageava o meu clitóris com vontade e eu já não era mais capaz de manter os meus olhos abertos. 

– Como você está molhada, senhorita Mills. - Robin riu, provocando. – Molhada não, você está encharcada!

– Ahh, Robin - chamei por ele, sendo envolvida pela onda de luxuria que tomava meu corpo.

– Acaba com essa demora - quase implorei, sentindo o clímax muito próximo.

Ao ouvir minhas palavras, o homem dos olhos azuis retirou os dedos de dentro de mim e puxou meu corpo para mais perto do dele, me olhando no olhos. Um sorriso lindo brotou em seu rosto e antes que eu pudesse questionar o motivo, senti seus lábios tocarem os meus, com carinho, junto de ansiedade. Robin se permitiu passar a cabeça de seu mastro em minha intimidade e eu soltei outro gemido, com minha respiração totalmente descompensada. Eu iria enlouquecer a qualquer momento se ele não entrasse dentro de mim naquele instante. Robin judiou um pouco mais, colocando e retirando seu membro de mim e quando eu menos esperava, senti o seu grosso e grande membro pulsar dentro da minha vagina. Me perdi naquele momento prazeroso, mantendo os meus olhos fechados. 

– Abra os olhos, Regina. - ele pediu, calmo. – Eu quero que você olhe dentro dos meus.

Fiz um esforço e o olhei, sentindo meu coração acelerar. Robin voltou a fazer movimentos calmos, mas intensos, levando seu pênis até o ponto mais fundo que ele podia. Gemi alto, mas sua boca abafou um pouco o meu grito. Sua língua enlaçou a minha, formando uma deliciosa batalha por posse, enquanto ele estocava com movimentos mais precisos, aumentando o ritmo. Nossas bocas estavam sendo devoradas uma pela outra e consequentemente Robin começou a aumentar mais e mais o nosso ritmo, fodendo com toda a sua força. Minhas pernas o ajudava com movimentos firmes, subindo e descendo o meu corpo, fazendo-o deslizar para dentro com facilidade. Minhas unhas estavam marcando toda a sua pele, tamanho o prazer que eu estava sentindo. Robin estava por cima de mim, comandando o nosso sexo, mas subitamente consegui trocar nossas posições e montei em cima dele, sentando em seu membro. Era a minha vez de comandar! 

Apoiei o meu corpo sobre o peito dele e suas mãos agarraram minha bunda, apertando com bastante força. Fechei os olhos sentindo aquela sensação maravilhosa e comecei a cavalgar em cima dele, subindo, descendo e sentando com vontade. Robin não conseguiu segurar seus gemidos e a cada vez que eu sentava com mais força, ele urrava e apertava uma das minhas nádegas, marcando-a com sua mão. O ritmo se tornou frenético e eu também não conseguia mais controlar os gemidos, aumentando cada vez mais os movimentos e sentindo aquela onda de prazer me consumir. Estávamos chegando ao ápice, quando Robin segurou em minha nuca e me deu um beijo arrebatador, me fazendo gozar no mesmo segundo. Ele chegou a luxuria do prazer no instante seguinte e as estocadas foram perdendo o ritmo, agora calmas novamente. Joguei meu corpo sobre o dele, sentindo seus braços envolverem o meu. Eu estava exausta e assim que recuperamos o fôlego, ele se retirou de dentro de mim, beijando delicadamente o meu rosto. Permaneci em seu colo, e acabei adormecendo ali mesmo, abraçada a ele.

 

♕  P.O.V Regina off ♕

 


Notas Finais


Obs. Eu não sei se vocês repararam, mas eu decidi dar um título aos capítulos. Achei que seria algo a mais e arrisquei. Espero que tenham gostado. Bom, o que acharam? Me contem? Quero muuuito saber. Os seguintes capítulos serão bem show de bola, agitados e com muitas coisas para acontecer. Fiquem a vontade para me darem dicas, expressarem as opiniões ou até críticas também. Fiquem bem, boa noite e até o próximo. Mwwwah! :)


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