/PARTE CAROLINE
Acordamos bem cedo na manhã seguinte. Preparei alguns lanches e tinha certeza que todos estavam famintos mesmo com a tensão de ter Damon ali conosco. Ainda bem que permanecemos sem brigas já que Klaus manteve-se o tempo todo ao lado de Stefan e Bonnie era a distração para Damon.
Pegamos os mapas e estávamos prontos para entrar na trilha até chegar a possível casa dos Geminis. Eu estava nervosa e começamos a caminhar naquela floresta densa por neve e sentia o cansaço começar já que eu não me alimentava de sangue humano há algumas horas. Continuei firme seguindo Alaric e os outros pela trilha.
— Pessoal estamos quase chegando em nosso destino. — Alaric falava em voz alta guiando todos nós.
— Está frio demais por aqui. — Matt caminhava com dificuldade pela neve e respirava ofegante ao meu lado.
Olhei para trás para observar como todos estavam. Bonnie e Damon lado a lado, pareciam conversar sobre sua viagem na França. Eu sabia que chamar ela para tentar acalmar os nervos de Damon era a coisa certa, mas percebia que ela fazia isso com cautela já que teria realmente percebido que ele não seria mais o mesmo de tempos atrás.
— O que devemos saber sobre esses Geminis? — Matt acelerou o passo ao lado de Alaric puxando o assunto
— Bom eu fiz algumas pesquisas desde o que aconteceu. Queria investigar sobre o clã, então descobri uma pesquisa de um rapaz chamado Dorian. Ele sabia algumas informações confidenciais então o convenci a trabalhar comigo e foi quando descobri sobre este lugar.
— Qual a ligação deles com Kai?
— Na verdade eu não sei se realmente são ligados, sabemos que são do clã por estarem na lista da família da Jo.
— Cara, eu nunca disse tive tempo em dizer que sinto muito pelo o que aconteceu.
— Valeu Matt. Eu estou bem eu acho, agora tenho uma outra razão para continuar.
— Então vai me contar a longa história? – Stefan caminhava ao lado de Klaus .
— Bom digamos que enviei algumas cartas a Caroline.
— Cartas? Realmente no sentido literal?
— É no sentindo literal. Contei a ela algumas coisas que me aconteceu, contei sobre Hope.
— Ela deve estar grande não é?
— Sim. Já está uma mocinha, ela desenha muito bem sabia? — ele falava de sua filha como um pai babão. — E você amigo, o que tem feito?
— Digamos que arrumei um trabalho, consertei muitos carros, segui minha vida.
— Sério? Saiu de Mystic Falls?
— Sim foram somente por três meses eu acho.
— Voltou para essa viagem?
— É.... — Klaus percebeu que Stefan encararia em sua frente Damon.
— Qual problema com vocês dois?
— Longa história.
— Deixe me adivinhar. Elena é longa história? — Klaus o encarou de imediato
— Não quero falar disso.
— Tudo bem não precisa dizer se não quiser. Eu sei que está aqui mais por ela do que por ele.
— Como sabe?
— Sempre foi assim. Você pode tentar se enganar só que está bem diante de seus olhos a verdade. Um amor como esse nunca morre se lembra?
Stefan de repente parou e viu Klaus passar em sua frente e muitas lembranças surgiram em sua mente.
— Chegamos!! — gritou Alaric na frente
Todos pararam quando avistamos um pequeno chalé atrás de algumas arvores. Não tinha nada em volta apenas muita neve. Estávamos nervosos e sabíamos que qualquer passo dali em diante mudaria nossas vidas.
— Stefan está tudo bem? – percebi que ele estava parado enquanto todos seguiram.
— Estou Car, eu estou bem. — ele me olhou e senti seu nervosismo estava apreensivo assim como todos nós.
Alaric foi até a porta do pequeno chalé e deu uma olhada para todos nós que apenas encarávamos inquietos, então deu três leves batidas e deu um passo para trás apenas aguardando. Então surgiu alguém se aproximou da porta e finalmente abriu.
— Fiquem a vontade. — a moça que nos recebeu nos deu espaço para nos sentarmos
— Obrigado por nós receber! – eu disse de inicio.
— Disponham. Não é sempre que recebo visitas ainda mais em grande numero de pessoas. Vocês querem que eu trago algo para beberem? Chá, suco ou água? — ela nos olhou e todos apenas confirmamos com cabeça satisfeitos.
— Qual o nome da senhora, perdão? – Alaric questionou sem parecer grosseiro.
— Me chamo Clarice.
— Dona Clarice, eu creio que a senhora não imaginava receber todos nós aqui, mas viemos para fazer algumas perguntas se não se importar.
— Claro que eu não me importo em serem em muitos. Em que posso ajudá-los?
— A senhora sabe nos dizer se conheceu esse rapaz... — Alaric retirou do bolso da jaqueta uma foto de Kai e deu nas mãos da dona Clarice.
— Ou sim é claro o Malachai. — ela apenas ficou encarando a foto
— A senhora o conhece? – Bonnie se pronunciou pela primeira vez
— Sim. Bom já faz muito tempo que não o vejo na verdade, muito tempo mesmo como conseguiram essa foto?
— Eu e meu amigo aqui conhecemos ele quando ficamos presos no mundo prisão. A senhora sabe algo sobre isso? — Bonnie falou novamente.
— Eu não sei bem dizer, eu não tive nada haver com isso.
— A senhora chegou a ter algum contato com ele, ou a família dele? — Alaric continuou
— Não! Eu não podia, ele fez muitas coisas ruins, eu não tive culpa eu não o deixei preso lá não foi minha decisão.
— Então a senhora tinha contato com os outros da família? – Alaric ficou curioso
— Eu me mantive distante por muitos anos. Eu não entendo porque estão querendo saber disso, ele fez algo há vocês?
Neste instante todos nos olhamos, parecia que tínhamos muito a dizer naquele momento.
— Ele feriu alguém que amávamos. Na verdade duas pessoas. — me pronunciei logo olhando para Alaric que fez gesto agradecido com a cabeça.
— Ele tinha uma irmã, Josette, a senhora a conheceu também? — Alaric novamente perguntava
— Claro a doce Josette. Vocês também a conhece? Como ela está?
Olhei para Alaric pensando na forma correta em contar
— Ela foi..... — respirei fundo. — Ele a matou! — disse tão rápido aquelas palavras que meu corpo todo gelou.
— A meu deus. — ela pois a mãos sobre o rosto completamente horrorizada.
— Kai ele era muito poderoso, todo clã era por isso o prenderam no mundo prisão. Pensamos que talvez a senhora pudesse nos ajudar. Precisamos saber se um feitiço feito por um Gemini como ele pode ser quebrado por um da mesma linhagem. — Bonnie conclui
— Bom... — ela se levantou. — Depende muito, o menino Malachai era único, especial assim como a pequena Josette, eles eram únicos.
— Queremos saber se a senhora conseguiria quebrar um feitiço feito por ele. — Alaric tentou ser mais específico.
— Eu acho que eu não posso ajudá-los!
— Por favor, dona Clarice viemos de muito longe atrás de respostas, ele fez um feitiço muito poderoso e alguém importante para todos nós está ligada a isso a senhora é a única esperança que temos.
— Desculpe meus jovens eu não posso ajudar deveriam ir embora.
Dona Clarice ficou bastante alterada e praticamente nos expulsou de sua casa. Parecia assustada demais com o que contamos e sentimos que ela não teria sido verdadeira em suas intenções.
— Por favor, nos ajude! — Bonnie insistiu e tocou a senhora pelo braço foi quando ambas ficaram estranhas de repente
— Estamos perdendo tempo com essa velha maluca. — Damon falava alto ao sair
—Deveria opinar menos — Matt se irritou
— Bonnie? — percebi algo errado naquele momento.
Elas ainda estavam paradas na porta se olhando estranhamente. Eu já teria visto aquele olhar de Bonnie e tinha certeza que algo acabaria de acontecer ali.
— Bonnie! — gritei por ela foi quando todo mundo percebeu.
— Dona Clarice muito obrigada pela gentileza, já estamos de saído — Klaus se aproximou de Bonnie a pegando pela mão e a retirando lentamente dali
— Não há saída! Não há saída! — a senhora gritou repetida vezes
— O que é que esta havendo? — Alaric ficou preocupado
— Melhor saímos daqui agora — Klaus levou Bonnie até ao meu lado .
- Não há saída minha jovem, você está traçada ao destino. — a velha gritou da porta e apontou para Bonnie que a olhou
— Bonnie espera! – tentei segurá-la
— Do que está falando? — Bonnie voltou até a porta
— Seu destino está traçado, não há saída sabe disso. Não há saída, tem que encontrar o caminho de volta só assim achará a resposta.
— Ei, ei, já chega. Muito obrigado pela hospitalidade precisamos ir agora! — Alaric puxou Bonnie e saímos de lá rapidamente
— Caroline? — Stefan me chamou enquanto arrumava as malas
— Oi Stef, pode entrar.
— Está tudo bem? Vim ver se precisa de alguma coisa.
— Estou bem! E você?
— Eu não sei bem. Ainda não entendi o que foi aquilo tudo.
— Eu não sei dizer, parece que ela sabia de alguma coisa e se apavorou. Eu simplesmente não acredito que viemos aqui para nada.
— Ei calma — ele se aproximou. — Ainda não está tudo perdido.
— Ela nos negou ajuda e não tinha certeza se o feitiço podia ser quebrado.
— Não tivemos tanta chance para explicar
— Acho que devemos desistir disso.
— Não mesmo. Desde quando Caroline Forbes desisti de alguma coisa?
Eu fiquei em silêncio absoluto.
— Olha sei que não tivemos o sucesso esperado, mas não podemos simplesmente desistir e ir embora.
— Eu não sei Stefan, eu não sei.
— Ei? — Damon se aproximou de Bonnie que estava sentada em frente a lareira. — Acho que precisa de um bom drink.
— Vou aceitar. — Bonnie pegou o copo e deixou Damon se sentar ao seu lado
— Está bem?
— Está preocupado? Consegui trazê-lo de volta a sanidade?
— Lógico que estou. Não me subestime Bennet. — Quer falar sobre o que rolou hoje?
— Falar o que? Que falhamos? Que fomos idiotas em vir aqui pedir ajudada para uma pessoa que nunca vimos na vida?
— Não falhamos. Qual é, desde quando Bonnie Bennett desisti?
— Desde quando Damon Salvatore se importa?
— Eu me importo com você, sempre me importei.
Bonnie lançou um olhar comovido e voltou a olhar fogo da lareira que os aquecia.
— O que você viu? Sei que viu algo quando se tocaram.
— Como sabe?
— Simplesmente sei.
— Eu não sei dizer o que aconteceu acho que não entendi.
— O que ela quis dizer com “Não há saída”? ou aquela baboseira toda de destino?
— Eu não sei Dam, acho que tenho medo de saber.
— Estamos ferrados não é?
— Se ferrados é estamos sem respostas, é eu acho que estamos sim.
— Droga — Damon bufou e bateu seus ombros do de Bonnie.
— Você sente falta dela? Sabe toda essa coisa de procurar uma forma de trazê-la de volta.
— Se tenho esperança? — ele a encarou. – Sim BonBon eu tenho sim.
— E porque não parece? Você precisa me dizer a verdade Damon.
— Não vai querer a verdade.
— E porque não?
— Porque eu não quero essa verdade.
/PASSADO
— Damon? — Elena apareceu em sua frente
— Uau, esse vestido não deveria fazer você se tornar uma aberração da natureza?
Ela soltou um riso bobo e balançou a cabeça envergonhada pela situação.
— O que houve? — ele percebeu que ela parecia esconder algum sentimento.
— Eu preciso conversa com você. — ela apertava as mãos nervosa com algo
— Elena está me assustando.
— Não, me desculpe é que...— ela pausou colocando o cabelo atrás da orelha. —Eu não sei se estou pronta para dizer isso.
— Então diga de uma vez — Damon se aproximou dela e tocou seu rosto. — Me fala o que está acontecendo?
Elena respirou fundo e seu coração agora humano acelerou. Ela não sabia se realmente queria dizer ou se preferia se calar novamente.
— Elena! – Damon começou a ficar aflito
— Ta bom. —ela respirou novamente e fechou os olhos para dizer. — Eu acho que isso, nós.... — ela molhou lábios pois estava secos. — Eu não acho que vai dar certo.
Damon ficou imóvel por alguns instantes. Encarou lá diretamente nos olhos, era como se todo o tempo parasse de girar e aquelas palavras não fizessem sentido algum.
— Do que é que você está falando?
Ela permanecia em silêncio e suas mãos estava trêmulas. Damon se afastou, pois as mãos na cabeça e depois retomou a encara-la diretamente.
— Elena estou nervoso demais hoje somos padrinhos, estamos tensos eu sei disso. — Damon percebeu que a feição dela havia mudado. — Está brincando não está?
— Não estou.....
O silêncio tomou conta deles naquele momento. Damon apenas começou a dar uns passos para trás, incrédulo de que aquelas palavras teriam saído da boca da mulher que tanto amava.
— Damon! – Elena percebeu sua rejeição. — Por favor, me escute.
— Não! Não, não, não, nãooooo – ele gritou repetindo várias vezes. — Não, isso não está acontecendo, não hoje..... — Damon sentiu as lágrimas subirem foi então que foram interrompidos.
— Padrinhos? Já está na hora de entrar! – eu apareci e notei que o rosto dos dois se disfarçou drasticamente e Damon segurou suas lágrimas em um silêncio profundo.
Elena e Damon foram para suas posições evitando trocarem olhares um com o outro. Entraram juntos e fingiram sorrir felizes até subirem ao altar. Damon se negou a lembrar daquela conversa durante a cerimônia, se negou a levar isso com ele, se negou por diversas vezes, apenas negou a si mesmo que aquilo tudo foi real.
/PRESENTE
— Damon? — Bonnie apenas ficou estática e segurou firme na mão de seu melhor amigo, não sabia o que dizer então preferiu o silencio.
Ela queria dizer que talvez fosse engano e que, talvez seu amigo precisasse de um tempo. Só que preferiu respeitar aquele momento e apenas ficou ali com ele o acolheu, pois sabia que Elena não teria o enganado e se realmente aquilo aconteceu foi porque era o destino.
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