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História STIGMA - taekook - - I know


Escrita por: skyemoonboo

Notas do Autor


MENINA, VAI TIRAR AS ROUPA DO VARAL!!!!!!!
Chegando a essa hora com um capítulo ENORME, quase 6 mil palavras (acho que é o maior da fic até agora).
Com a coluna destruída por passar horas escrevendo e os sentimentos destruídos pelo conteúdo do capítulo, cheguei.
Espero que gostem muito e, se não gostarem, pfv não me contem porque meus sentimentos são frágeis <333333333
Amo vcs
Que saudade de escrever

Capítulo 30 - I know


Fanfic / Fanfiction STIGMA - taekook - - I know

MARÇO

 

- Eu juro que aquele foi o último!

- É mesmo? Então por que não deixa eu ver sua mochila, Tae?

- Não, Yoongi! Confia em mim!

- Solta a mochila, Tae!

- Yoongiii! Por favor!

A cena era um pedaço de comédia em um fim de manhã melancólico. Yoongi tentava roubar a mochila de Taehyung à força pra tomar de volta seus CDs que o ruivo pegara emprestado sem devolução, enquanto o outro era arrastado tentando segurar o objeto consigo. Deitado em minha cama, eu observava a cena com uma risada frouxa, apesar de a visão triste de Jimin do outro lado do quarto não me agradar em nada.

Havia finalmente chegado o dia. Quando brincava infantilmente pelo pátio, construía uma amizade e criava memórias eternas, não me ocorria o pensamento de que um dia Yoongi seria maior de idade. Durante a infância, tinha aquele pensamento tolo de que viveríamos o resto das nossas vidas dentro do orfanato e envelheceríamos ali, juntos. No entanto, naquela semana, um dia após seu aniversário, havia recebido a temida notificação de maioridade e fora gentilmente convidado a seguir mundo afora. Teria um mês para encontrar algum lugar pra viver, se contasse com a bondade da Irmã Dulce. Por isso estávamos ali, tentando organizar seus poucos pertences em uma mochila velha pra que ele seguisse rumo ao seu destino, seja ele qual fosse.

O garoto pálido de cabelo azul-piscina riu. Ele sabia que Taehyung estava mentindo, era evidente, mas ainda tinha sentimentos demais pra negar que o ruivo ficasse com algumas coisas suas. Talvez ele não soubesse se as coisas às quais nos apegamos lá dentro teriam qualquer utilidade no lado de fora e também temesse que não nos reencontraríamos depois de passar pelo portão. Eu mesmo não saberia dizer no lugar dele.

- Ok. Eu confio em você – ele mentiu, aceitando a derrota e largando a mochila.

- Ebaaa! Não é como se eu tivesse te dado algum motivo pra desconfiar de mim alguma vez, de qualquer jeito... – Taehyung brincou, jogando a mochila aberta ao pé da minha cama e mantendo a atenção em Yoongi. Ele sempre dava muitos motivos pra que todos desconfiassem dele. Era famoso por ser trapaceiro, assim como o outro com quem discutia.

- E pra mim, o que vai deixar? – Jimin disse, quase sem desenterrar o rosto do joelho. Ele estava sentado encolhido no chão, com as bochechas esmagadas contra a própria perna.

- Não seja dramático, Jimin-ah. Não é como se eu fosse morrer ao sair daqui – Yoongi riu e, ao não ganhar resposta, percebeu a insatisfação do namorado com as suas palavras – desculpa, amor. Eu ainda venho visitar você sempre que puder – ele se abaixou diante do outro, selando seus lábios com um estalo que ecoou no quarto.

- E se você não puder?

- Eu não sei. Logo você vai estar comigo, é o que importa. Lembre que eu vou agora e conseguirei algum lugar pra nós dois, ok? – Jimin sorriu em resposta – também não quero começar errado com Namjoon. Ele pareceu falar muito sério quando me convidou pra trabalhar no estúdio e seria bom eu me mostrar dedicado.

- E ele vai pagar você?

- Não, não no início. Vou ser como um aprendiz, por enquanto. Mas ele garantiu que vamos formalizar tudo caso eu aprenda rápido e contribua para as músicas que ele tem em andamento. É mais um motivo pra que eu trabalhe duro.

- E como vai pagar um lugar pra nós sem dinheiro?

- Jiminie, não se preocupe, ok? Eu vou ficar bem e, quando você estiver pronto, virei te buscar pra que more comigo, é só o que você precisa saber – Yoongi bagunçou o cabelo do namorado tentando tranquilizá-lo e afastar a mente do loiro dos problemas da vida lá fora. Era óbvio que ele também não sabia como ia se sustentar, mas, conhecendo Yoongi como conhecia, sabia que ele poderia até passar fome se fosse o necessário pra seguir uma carreira na música. Ele estava disposto a tudo e não gostaria de preocupar o namorado.

- Eu não acredito que você já vai embora.

- Eu sei, parece que mês passado éramos crianças e estávamos comendo terra e tomando banho de mangueira no quintal, só de cueca – Yoongi me respondeu.

Do outro canto do quarto, Taehyung me encarou, sem conseguir disfarçar o rubor nas bochechas douradas. Eu sabia bem que ele também havia lembrado da nossa noite no quintal, quando transamos no refeitório e esquecemos a mangueira ligada. Na manhã seguinte, o mistério do canteiro de plantas alagado era o que assombrava os cochichos nos corredores e também as nossas memórias.

- Você já tem alguma letra de música pra mostrar pro Namjoonie?

- Talvez eu tenha algumas... – Yoongi corou.

- Ah, deixa eu ver! – Taehyung se aproximou do outro, começando a perturbá-lo com beliscões e empurrões. Era engraçado o quão infantil o ruivo ficava quando estava diante de uma situação emotiva como aquela.

- Mostra pra ele, amor – Jimin riu dos dois.

- Você já viu as letras dele, Jimin?! – o loiro assentiu em resposta – se ele já viu, então eu também quero ver!

- Aish!

- É melhor nos mostrar agora, Yoongi. Se você ganhar opiniões positivas nossas, vai estar confiante quando for mostrar pro Namjoon – intervim a favor de Taehyung, ganhando um sorrisinho em agradecimento do mesmo.

- Tá, não parece um argumento tão ruim – o maior riu, dando-se por vencido e catando um pequeno caderno do fundo da sua mochila. Tinha a capa de tecido marrom, desgastada, aparentando já ter muitos anos de idade – eu vou ler um trecho da minha favorita...

“Eu tenho escondido isso, vou te contar uma coisa

Apenas para deixar enterrado

Agora eu não posso mais suportar isso

Por que eu não podia dizer, então?

Tenho estado ferido, de qualquer maneira

Realmente, eu não posso suportar isso

Agora chore, é só que eu realmente lamento muito por você

Mais uma vez, chore, porque eu não consegui protegê-la

Mais profunda, mais profunda, a ferida só fica mais profunda

Como pedaços de um vidro quebrado que eu não posso reverter [...]

Essa luz, essa luz, por favor ilumine meus pecados

Onde eu não posso voltar 

O sangue vermelho está fluindo

Mais profundo, sinto que estou morrendo todos os dias

Por favor, deixe-me ser punido

Por favor, me perdoe pelos meus pecados

Por favor. ”

O silêncio do quarto esmagava meus ombros. Jimin encarava os próprios pés, cutucando um fio que se soltava de sua meia e tentando se fazer alheio à situação. Yoongi terminara a leitura intensa quase ofegante. Taehyung, que mais me preocupava, tinha os punhos cerrados e mal respirava. Sua expressão era de pânico. Eu não tinha a menor ideia de que Yoongi se sentia da forma como descreveu na letra, mas, aparentemente, o conteúdo era denso o suficiente pra nos incomodar. Principalmente Taehyung.

- É bem bonita – o ruivo soltou num suspiro só, como se só agora se lembrasse de que precisava de ar.

- E também significa muito pra mim – Yoongi concluiu, fitando o ruivo.

- Parece bem pessoal, Yoongi. Não sabia que você se sentia assim—

- É, mas também prefiro não falar sobre isso, Jungkook. Eu acho que já devo ir andando. Se quiser pegar o ônibus no terminal antes do almoço, preciso ir logo.

- Você vai atravessar a cidade com fome, amor – Jimin se emburrou, brigando com ele.

- Jiminie, eu já disse pra se preocupar menos comigo. Agora, vamos logo antes que eu fuja pela janela.

O garoto de cabelo azul-piscina guardou o caderno surrado na mochila e, antes que pudesse carregá-la, suas costas foram ocupadas pelo corpo de Jimin, que se pendurou nele e ordenou que andasse. O casal seguiu caminho para fora do quarto e eu indiquei que levaria a mochila do mais velho no lugar dele, ficando apenas eu e Taehyung para trás.

- Tá tudo bem? – coloquei a mochila nas costas, puxando o rosto do ruivo em minha direção, sem fazer com que ele levantasse o olhar. O corpo ainda estava tenso.

- Sim – ele quase sussurrou, virando o rosto pra depositar um beijo simples na palma da minha mão – tudo ótimo.

- Tae, se você está triste com a ida do Yoongi, não se poupe de chorar. Já chega de se poupar dos sentimentos ruins, certo?

Ele levantou o olhar e acenou, sorrindo abertamente, apesar das orbes tristes. Sabia que qualquer situação de despedida era difícil pra ele, talvez por isso estivesse tão emotivo naquela manhã. Era o que eu acreditava. Ele seguiu rapidamente porta afora e eu mais lentamente.

Ali, sem que eu pedisse, gritando pelos meus olhos, reluzia uma pequena e afiada lâmina, refletindo a luz que vinha do lado de fora. Dentro da bagunça da mochila de Taehyung. Talvez tivesse se misturado com as outras coisas depois da confusão com Yoongi, mas, de qualquer forma, estava ali. À disposição dele e à minha também. Peguei o pequeno objeto e escondi em minhas mãos com cautela, disposto a jogá-lo na primeira lixeira pelo caminho.

 

[...]

 

- Nos vemos lá fora, eu acho – ele não era muito bom com as palavras sentimentais. Talvez se expressasse mesmo melhor com a música.

- Quando eu sair, você é a primeira pessoa que eu vou procurar – ri, puxando o mais velho pra um abraço breve e apertado – eu avisei pra que ele viesse, Yoongi, mas-- 

Eu sei, Jungkook-ah. Não se preocupe.

Ele terminou o abraço, seguindo para Taehyung. O ruivo quase o carregou, já que era mais alto, sorrindo contra os cabelos azuis do amigo e sussurrando várias coisas que eu não pude entender. Foram necessários apenas alguns segundos pra que as lágrimas de Taehyung encharcassem suas bochechas e o abraço se estendesse por mais tempo que o esperado.

Por fim, Yoongi se virou para Jimin. Os dois trocaram um olhar cúmplice e, como de costume, era tudo o que precisava pra que eles começassem a se agarrar. O mais velho imprensou o outro contra a parede, enquanto o loiro beijava-o com avidez e contornava sua cintura com uma perna. Os barulhos eróticos do beijo fizeram com que eu e Taehyung nos entreolhássemos, acanhados. Aquele casal nunca perderia a fama de constranger todos ao redor deles.

De certa forma, eu achava isso divertido. Seria legal poder um dia virar um casal depravado e desprovido de vergonha. Eu e Taehyung ainda mantínhamos no mínimo as interações em público, já que ele não parecia gostar da atenção alheia sobre nós, e eu tentava a todo custo respeitar isso. Esperava com ansiedade pelo dia em que ele me imprensaria contra a parede e constrangeríamos Jimin e Yoongi com nossos ruídos.

Quando os dois se soltaram, o loiro já tinha as bochechas vermelhas e os lábios gordinhos inchados. Ele sabia que Yoongi seria leal e o esperaria, logo, a única coisa que parecia lhe preocupar era a saudade que sentiria. Eu sabia bem como era. O garoto de cabelo azul se virou novamente para nós, pronto pra dar o último “tchau” por enquanto, mas o barulho dos sapatos ecoando contra o piso chamou a atenção de todos nós. Era Hyunah correndo.

- Yoongi, espera! – ela finalmente chegou até nós, com os cabelos castanho-claro caindo do penteado e um sorriso envergonhado nos lábios – eu estava tentando me desocupar desde cedo, a Irmã Dulce me encheu de tarefas hoje e eu acabei perdendo o horário, quando cheguei no dormitório vocês já tinham descido, então eu vim correndo... – ela riu, sem jeito, sabendo que a expressão fechada de Jimin a estudava da cabeça aos pés e Yoongi não fazia muito diferente.

Um silêncio constrangedor se fez. Yoongi não achava que deveria responder, Jimin não gostaria de responder e Hyunah implorava por uma resposta. A tensão entre os três era quase palpável, como uma nuvem que cercava o ambiente sempre que se juntavam. A mais velha acabou desistindo de esperar simpatia vinda do outro lado, prosseguindo com a própria fala.

- Então, já sabe pra onde vai? Está começando a fazer frio essa semana e, com toda a chuva que caiu essa manhã, as ruas devem estar um caos... você vai pegar um ônibus? Posso ajudar a encontrar uma linha de ônibus pra onde você vai também, se é que você tem... pra onde ir – ela sorriu, fazendo o máximo de esforço pra não demonstrar o desconforto pela conversa unilateral.

- Tenho um lugar pra ir, sim – ele respondeu, sério, mas sem grosseria.

- Ótimo, você deveria mesmo conseguir umas roupas mais quentes, acho que a temperatura vai cair essa noite...

- Obrigado, vou lembrar disso.

- Yoongi... – ela se aproximou um pouco mais, ignorando a hostilidade de Jimin e baixando o tom de voz, quase em segredo – eu preciso que você fique com isso – ela puxou de dentro do sutiã um pequeno rolinho de notas de dinheiro e estendeu em direção a ele.

- Eu não quero aceitar isso – ele virou o rosto, tentando ignorar a proposta da mais velha.

- Vamos, Yoongi, não venha querer ser modesto logo comigo, eu conheço você – ela olhou pra Jimin, quase pedindo permissão com os olhos pra que ele não a odiasse – eu estava guardando algumas economias pra uma amiga, mas não vai mais ser preciso. Nós dois sabemos muito bem que você não vai sobreviver nem um mês lá fora sem isso aqui.

Hyunah empurrou o bolo de dinheiro mais uma vez contra Yoongi, fazendo-o suspirar em dúvida. Ele lançou um olhar para o namorado, como que pedindo aprovação, e Jimin retribuiu com consentimento. Retirando o bolo das mãos dela, Yoongi guardou-o no fundo da mochila e foi respondido com um sorriso satisfeito da mais velha.

- Se cuide lá fora, Min – ela lhe deu um soquinho de brincadeira no ombro.

- Você também – ele respondeu, fazendo com que ela se afastasse novamente.

Virando-se mais uma vez pro namorado, trocou alguns selinhos e indicou pra que eu devolvesse sua mochila, pois ele já deveria ir para o terminal. Desastrado, joguei a mochila, sem considerar o peso que ela carregava, fazendo-a ir em direção ao portão atrás dele e bater na pessoa que estava entrando no orfanato.

- Filho da puta!

Eu conhecia bem aquela voz e o tom de xingamento.

- Chaeng?

Yoongi recolheu a mochila e, rindo, ajudou a outra a se levantar. Corri pra tentar levantá-la também, mas ela me retribuiu com um soco não-tão-fraco-assim na altura do estômago, me fazendo arquear e arrancando risos de todos. A garota estava com uma blusa de flanela xadrez, calças enroladas até o meio da canela e tênis encharcados. Seu cabelo ruivo estava superficialmente molhado, dando-a um aspecto completamente bagunçado. Ela também parecia mais baixa que o normal.

- Me acerta assim de novo que eu vou enfiar aquela mochila no s—

A ruiva pareceu perceber que não estávamos a sós naquele momento e a Irmã Hyunah a estudava com um sorriso divertido.

- Irmã! Me desculpe pelo palavreado – ela riu, sem graça, se curvando diante da outra, que gargalhou com a atitude.

- Não precisa disso tudo – Hyunah respondeu – “I’m not a regular nun, I’m a cool nun” – ela referenciou, fazendo as duas caírem na gargalhada com a piada interna e deixando todos os outros sem entender nada.

Yoongi usou a deixa pra finalmente seguir portão afora, dando um último aceno e partindo. As duas loucas ainda riam. Uma bagunçada da corrida e a outra, aparentemente, bagunçada da chuva.

- O que veio fazer aqui, Chaeng?

- Ela veio buscar os documentos do livro, certo? – Hyunah respondeu em seu lugar.

- Sim, como você sabe?

- Nós nos falamos mais cedo ao telefone, fui eu quem lhe avisou que os documentos já estavam liberados.

- Você é a Hyunah? – a mais velha assentiu em resposta – finalmente nos conhecemos! Eu vim buscar os papeis, mas também queria falar com o Tae.

- Comigo?! – o ruivo parecia distraído quando ouviu seu nome.

- Sim. Droga, eu tinha prometido que ia esperar a Eunjin também, mas... – a ruiva tinha um sorriso imenso no rosto, dando pulinhos de alegria como uma criança, quando estendeu uma das mãos e mostrou o lindo, delicado e brilhante anel com uma pedra lilás em cima.

- CHAENG!

- EU SEI! – ela gritou, pulando no pescoço de Taehyung pra um abraço à força. Ele logo retribuiu a comemoração e parecia tão empolgado quanto ela. Eu mal sabia como reagir. Há pouco tempo havia descoberto que ela estava namorando e, agora, iria casar. Tudo isso sem eu poder conhecer o tal de Minjae. Talvez eu estivesse só um pouco enciumado.

- Como isso aconteceu? – perguntei.

- Ah, Jungkook! Eu quero muito contar tudo pra vocês e mostrar meu anel pra Jinnie, mas esse nem é o motivo de eu ter vindo aqui. Eu preciso te pedir um favor, Tae. É urgente e você não pode recusar.

- Tudo bem – ele revirou os olhos, brincando.

- Nós não queremos fazer nada grande de festa, sabe? Minha poupança já tá esvaziando, o Minjae já gastou muito nesse anel que foi surpresa. Além disso, temos poucos amigos, a família dele é pequena e eu, bom... você sabe da minha situação com meus pais... e é justamente por isso que eu resolvi convidar eles pra jantar – Taehyung arregalou os olhos – hoje, e quero que você vá comigo.

- Você quer me arrastar pra ver seus pais depois de todos esses anos pra contar que você vai casar?!

- Exatamente!

- Aish, Rosé. Você me arrasta pra cada situação desconfortável... imagine o que seus pais vão pensar de mim, me vendo de cabelo vermelho, vivendo em um orfanato...

- Tae! Eles são conservadores, mas também não é pra tanto. Vamos, eles vão adorar te ver de novo! Talvez até adorem me ver de novo... Eu achei que não seria uma boa ideia levar o Minjae dessa vez, já que não vejo eles há tanto tempo, então você poderia ir comigo, bater um papo sobre nossos velhos tempos, amolecer o coração deles, aí eu conto do casamento e apresento o Minjae em um outro dia! Que tal?

- Eu não sei...

- Por favor, Tae! Eu não posso aceitar que meus pais não participem do meu casamento, por mais que eles detestem me ver... eu preciso da sua ajuda, Taetae.

Ela se agarrou no tronco de Taehyung, apertando-o e murmurando milhares de “por favor” e “só dessa vez”.

- Eu não tenho como sair daqui, Rosé.

- Suba agora e se vista bem bonito, posso pedir um táxi pra nos deixar em casa e, quando estiver pronta, vamos pro jantar. A Irmã Hyunah vai fazer vista grossa pra você – a ruiva cutucou a outra, que riu e assentiu com a proposta.

- Tudo bem. Eu acho que nem tenho opção, de qualquer jeito – ele se deu por derrotado, seguindo em direção às escadarias.

- Quando você estiver pronto, me encontre na sala da Hyunah, vou buscar os documentos e fofocar! – ela falou alto e riu, se agarrando no braço da mais velha como duas amigas adolescentes.

- Vem com a gente, Jimin – Hyunah chamou o loiro, que estava disperso, mas prontamente estampou um sorriso quando foi convidado.

 

[...]

 

Não via Minho, exceto durante as manhãs e fins de noite. Ele passava bastante tempo ausente, sempre carregando livros e mais livros que eu não sabia a procedência, nutrindo uma paixão por leitura que eu nunca imaginei. Com Jimin fofocando e Baekhyun fora do quarto, restava apenas eu ali, deitado no colchão que me cabia do beliche, observando o nada. Havia tomado um banho e, com os cabelos molhados, começava a fazer frio no ambiente, justamente como Hyunah previu.

Ding dong.

Ele brincou, mas não esperou uma resposta pra abrir a porta e sair entrando, fechando-a atrás de si. Taehyung vestia uma camisa estilo turtleneck* preta, com uma calça social e sapatos da mesma cor. Seu cabelo, originalmente cor de morango, estava um pouco desbotado e parcialmente molhado. Eu não sabia se era a roupa, o cabelo, o tom de pele, minha mente influenciada ou o conjunto completo, mas aquele era o homem mais sexy do mundo. Só de encarar seus olhos negros, meu estômago se revirou e precisei piscar algumas vezes pra ter certeza de que era pra mim que ele olhava.

- Acha que estou bem? – ele perguntou, se referindo à aparência.

Levantei da cama, segurando-o pela cintura fina e começando um beijo lento. Ele não obteve a resposta da pergunta, mas também não odiou a ideia de ganhar um beijo no lugar. Repousou os braços sobre meu ombro, bagunçando meus fios negros molhados e precisando me puxar pelos cabelos pra apartar o beijo.

- Eu perguntei se eu estou bem – ele sorriu.

- Você é o homem mais sexy do mundo.

- Você só quer me agradar, não acredito na sua resposta – negou com a cabeça, gargalhando.

- Se você quer uma resposta mais honesta, talvez devesse perguntar pra alguém que não te ame tanto – brinquei, ganhando dele um olhar tenro e demorado.

- Eu to nervoso com esse jantar. Já tem algum tempo que não preciso me comportar formalmente diante dos outros.

- Afinal, o jantar vai ser tão formal assim?

- Os pais da Rosé têm muito dinheiro, Jungkook. Nós estudávamos em uma das melhores escolas particulares e, mesmo assim, ela era uma das crianças mais ricas de lá. Eles são muito esnobes, apesar de terem bons corações. Eu não vejo eles desde que... sei lá, desde que ela se mudou do bairro com os pais, mas, pelo que ela me contou recentemente, eles não se falam há alguns anos. Achei melhor não me intrometer nos detalhes.

- Quem dera eu fosse a pessoa te levando pra jantar hoje, vendo você se arrumar desse jeito pra mim – brinquei, ajeitando alguns fios do seu cabelo no lugar.

- Na verdade, eu preferia estar vestindo meu pijama agora, pronto pra comer um hambúrguer com você – ele gargalhou.

- De micro-ondas – acrescentei.

- Sim, de micro-ondas – ele selou nossos lábios – sinto falta do nosso primeiro encontro. Quando vamos repetir ele?

- Talvez eu esteja planejando alguma coisa...

- Jura?! – ele pareceu surpreso.

- Não – ri – mas agora que você mencionou, vou começar a planejar.

Ganhei um tapa de brincadeira no braço, puxando-o de costas pra mim e descansando meu rosto no vão de seu pescoço, com as mãos abraçando-o tão perto quanto eu podia. Eu sabia que ele gostava de ser abraçado assim e eu também, pois aproveitava pra beijar seu pescoço, deixando marcas de chupão que o envergonhavam. Dessa vez não foi diferente. Afastei o tecido negro da camisa e depositei um beijo proposital, deixando-o com uma marca roxa que foi escondida pelo pano, enquanto o ruivo lutava pra não se desfazer no meu abraço.

A porta se abriu de uma vez só. Levantei o olhar e vi Baekhyun, meio distraído, enxugando os cabelos com uma toalha branca e, finalmente, vestindo uma camisa de pijama. Ele só percebeu nossa presença quando pisou dentro do quarto, corando imediatamente e se dirigindo pra fora.

- Volto em outra hora – bateu a porta em um estrondo, quase como se estivesse com raiva do que viu.

- Eu nunca vou entender isso. Você e o Baekhyun eram tão amigos quando você chegou aqui pela primeira vez, lembro que eu até... sentia um pouco de ciúme dele. Agora ele finge que você nem existe.

- Na verdade, não foi só agora que ele passou a me ignorar. Desde quando nós dois começamos a ficar juntos, ele veio me perguntar se eu estava namorando com você e eu respondi que sim. Depois disso, ele nunca mais foi o mesmo comigo. Eu fui embora, voltei e ele passou a fingir que nunca nos conhecemos.

- Que babaca.

- Achei que ele fosse seu amigo.

- Ele é, mas continua sendo um babaca.

Taehyung riu em resposta, ajeitando meus fios que ele mesmo bagunçou.

- Não se preocupe com isso. Não dá pra gente exigir que todo mundo nos aceite, né? – ele sorriu, me dando um selinho demorado que quase me fez esquecer sobre o que estávamos conversando – agora é melhor eu descer pra encontrar a Rosé. Use uma roupa mais quentinha pra dormir, porque o clima está esfriando, ok?

- Tudo bem, se divirta no jantar. Vou levar você lá embaixo.

 

[...]

 

Depois de nos despedirmos de Taehyung e Chaeyoung no fim da tarde, ainda fiquei alguns minutos ouvindo as baboseiras de Jimin e as fofocas de Hyunah, até que começasse a sentir o cansaço e deixasse os dois pra trás. Abri a porta do dormitório com toda a cautela, temendo que alguém lá dentro já estivesse dormindo, mas Minho ainda não havia chegado e Baekhyun estava... lendo?

Fechei a porta silenciosamente, me aproximando da sua cama e olhando por trás dele o livro que estava lendo. As letras eram um pouco minúsculas e não havia figuras, então desisti de deduzir do que se tratava e resolvi assustá-lo.

- Lendo, Bacon? – eu sabia que ele detestava aquele apelido, o que se comprovou quando ele deu um pulo, irritado e tentando esconder o livro que tinha em mãos.

- Porra, Jungkook, não sabe o que é privacidade?

- Desculpa – gargalhei, deitando ao seu lado e me aconchegando no pequeno colchão – pode continuar lendo, Byun, eu não vou contar pra ninguém. Só queria uma companhia hoje.

Ele pareceu resistir à ideia de ler na minha frente, mas talvez fosse menos vergonhoso do que ter que me encarar àquela altura. Suas bochechas pálidas estavam em chamas. Ele retomou a leitura com o corpo ainda tenso, permanecendo de costas pra mim e checando se eu não estava espiando por cima do seu ombro.

Comecei a fazer um carinho lento em seu cabelo, vendo-o se assustar, mas não resistir ao receber afeto. O clima, ainda assim, era esquisito da parte dele. Era como se estivéssemos fazendo algo em segredo e que ele não gostaria jamais que se repetisse.

Persisti com o carinho por mais dez, vinte, trinta minutos e ele aceitou. Não estava com sono, não tinha outro lugar onde deveria estar, então me contentei em ficar ali, buscando um abrigo aconchegante do frio e tendo companhia, pois realmente não gostava de estar sozinho agora que tinha tantos amigos.

Quando dei por mim, percebi que ele já não estava mais lendo, mas também não dormia. Recebia o carinho em silêncio, sem se mexer um centímetro, como se mover um músculo fosse arruinar completamente o momento. Depois de tanto tempo calado, resolvi puxar algum assunto, aproveitando a raridade daquela situação. Era como amansar um gato irado que nunca chegaria a cinco metros de distância de qualquer humano.

- Qual a sua história, Byun?

- Minha história? – ele ajeitou a voz, que estava rouca depois de tanto tempo quieto.

- Sim. Como você veio parar aqui?

Ele hesitou por longos minutos, quase meia hora. Já não contava que ouviria uma resposta, imaginando que talvez ainda não fosse o momento de saber, mas me surpreendi quando ele começou a contar, ainda sem mover-se na cama e, muito menos, me olhar.

- Eu vivia com meu pai em uma cidade pequena, próxima da capital. Nunca tivemos muito dinheiro, ele tinha alguns empregos aqui e ali. Estudei sempre em uma mesma escola, gratuita, mas quando ele arranjou uma nova mulher, eu fugi pra rua. Ser espancado o tempo todo e ainda precisar receber ordens de uma garota com o dobro da minha idade era demais pra mim. Passei a ficar em uma praça, em frente à igreja em que diziam que eu fui batizado. Vivi ali por quase dois meses e, depois que fiz 11 anos, uma Irmã que estava de passagem conversou comigo. Ela não trabalhava aqui, mas me convenceu e me trouxe pra cá. No começo, tentaram me empurrar pra umas duas famílias, mas sempre achei que vivia melhor aqui. Sei lá, talvez ter uma família não seja bom pra todo mundo.

Estava surpreso com a sinceridade dele. Ele havia acabado de resumir a história da sua vida diante de mim e não havia se escondido pra fugir do assunto. Ele ainda estava bem ali, de costas pra mim, com disposição na voz pra me responder o que mais eu gostasse de saber, enquanto eu continuava o carinho nos seus fios.

- Posso fazer uma pergunta?

Ele assentiu em resposta.

- Por que você não gosta do Tae?

- Eu nunca disse que não gosto do Taehyung – ele se defendeu.

- Não precisa nem dizer, você mal olha pra ele. Sempre que estamos juntos você foge de perto. Achei que vocês fossem amigos quando éramos mais novos...

- Nós éramos amigos, mas... ele insistia em ficar por aí se agarrando com você e... – ele grunhiu, como se expressasse desgosto. No entanto, aquela resposta não me convencia em nada.

- Eu não acredito que você tenha nojo de nós dois só porque somos um casal, Byun.

- Não é por serem um casal, mas vocês são um casal... diferente.

- Por que somos diferentes?

- Você sabe porque, Jungkook. As pessoas não tratam vocês como um casal comum, não finja que eu sou o único.

Aquelas palavras me magoavam. Não tanto pelo conteúdo, mas principalmente por ver de quem elas estavam vindo. Acreditava nas boas intenções de Baekhyun e estava disposto a desarmar aquele falso ar de nojo que ele emanava diante de qualquer contato físico entre dois garotos, mas cada vez mais parecia que aquele era ele, de fato. Me calei, encostando a testa em um dos seus braços, decepcionado. E o silêncio persistiu por alguns minutos.

- Quando eu era novo e ainda estava na escola, eu tinha um melhor amigo. Ele era o ser humano mais precioso de todos, mas não se misturava com as outras pessoas da sala. Ele era muito quieto e, por isso, gostava de falar sempre em tom baixo e próximo de mim. Com o tempo, as crianças da turma começaram a espalhar que ele era afim de mim e a direção da escola ficou sabendo. E droga, eles não sabiam resolver problema nenhum, mas resolveram esse com facilidade. Chamaram meu pai e contaram que existia um garoto me perseguindo e que ele ficava muito próximo de mim e estava ficando desconfortável pros alunos e pros professores. Chegando em casa, meu pai me espancou pela vergonha que ele sentia de mim e eu jurei pra ele que não tinha culpa. Ele fez eu prometer que iria dar um recado pro garoto, sabe, pra ele se afastar de mim pra sempre e eu prometi, mas, droga, Jungkook, eu podia ter simplesmente dito que tinha acontecido e ele teria acreditado, mas eu fui lá e fiz – Baekhyun, para minha surpresa, soltou um soluço e, quando me aproximei mais de seu rosto, vi que o travesseiro estava ensopado de lágrimas sob seu rosto avermelhado e sua voz, até então, lutava pra não demonstrar mágoa – eu chamei um outro colega e nós dois batemos nele na saída da escola. Eu peguei uma suspensão de uma semana, porque foi realmente grave, mas ele saiu da escola no meio do ano. Pelos rumores, acho que ele passou a estudar em casa e eu nunca mais soube dele.

Meu próprio rosto estava comprimido e tentando conter as lágrimas, porque a história em si já era triste, mas a dor com que ela era contada era muito pior. Eu não me surpreenderia se ele dissesse que fui a primeira pessoa a saber daquela história desde da sua infância.

Baekhyun, finalmente, se virou de frente pra mim e me empurrou contra o colchão, de modo que eu abrigasse ele no meu peito enquanto o mesmo chorava desesperadamente. Era o jeito bruto e seco dele de pedir por abrigo. Ele precisou de muito tempo antes de poder retomar a fala.

- Ele era tão bom comigo, não tinha medo de me fazer carinho e brincava de dizer que me amava. Na época, eu nem sabia o que era aquilo, mas não tinha maldade nenhuma. Talvez eu gostasse dele e ele de mim, mas talvez fôssemos só dois grandes amigos que eram pequenos demais pra entender qualquer coisa. Eu ainda lembro daquele dia e em momento nenhum ele tentou se defender. Ele sabia que não tinha chance nenhuma. Ele simplesmente se entregou e deixou nós fazermos o que quiséssemos com ele até que tivéssemos acabado. Eu batia nele com tanta força, mesmo sabendo que ele não iria revidar. Eu vou lembrar dessa cicatriz pra sempre, Jungkook, e ela dói, dói demais.

Naquele ponto, eu já nem sabia mais o que fazer. Minhas próprias lágrimas já se misturavam no cabelo dele e as dele molhavam meu pijama. Ele era forte e me apertava no tronco com tanta força que era difícil respirar, mas eu sabia que precisava aturar aquilo por ele. A cada grande confissão, ele tomava uma longa pausa de soluços e gemidos sofridos, como se expelisse fisicamente a própria dor pelos olhos.

- Eu não odeio o Taehyung, nem odeio você e nem ninguém. Mas quando vejo vocês sendo explícitos por aí, a minha vontade é de separar vocês ou de ir pra bem longe. Se eu separar, sinto que estou fazendo meu papel, protegendo vocês, e se eu for pra outro lugar, posso ignorar esses sentimentos. Você não deveria agir assim em público, Jungkook. Não deveria.

- Eu amo o Tae, Byun. Eu quero que as pessoas saibam disso.

- Não! Eu tenho tanto medo pelo Jimin, ele é tão frágil, mas tão explícito e escandaloso em público, não é seguro. O mundo está cheio de pessoas como eu, Jungkook, e eu espero que vocês nunca as encontrem.

- Você não seria capaz de fazer isso de novo.

- Eu já fiz uma vez. Essa marca vai viver pra sempre comigo. Eu posso sorrir e ser simpático o quanto vocês quiserem que eu seja, mas dentro de mim eu sei quem eu sou. Eu sei o que eu fiz.

- Você pode acordar amanhã e decidir ser alguém novo. Apagar o passado e fazer diferente, proteger seus amigos, que são bunda-mole e não aguentariam cinco segundos de briga – ri, arrancando dele também uma risada triste – eu sei do seu segredo agora e eu perdoo você, Byun. Agora eu preciso que você se perdoe também.

Ele assentiu, mas eu sabia que aquela tarefa não estava concluída ali. Permiti que ele despejasse mais algumas lágrimas silenciosas em meu pijama, até que caísse no sono. Próximo do horário de apagar as luzes, Minho chegou no quarto, vendo-nos abraçados em uma cama e arregalando os olhos, já naturalmente esbugalhados.

Ele não questionou. Conhecia Baekhyun melhor do que eu e sabia que deveria respeitar o silêncio do mais velho. Apenas deitou ao meu outro lado, se aconchegando da mesma forma que Baekhyun estava e adormecendo rapidamente.

Quando Taehyung chegou do jantar e, ao não me encontrar na minha cama, se deparou comigo abraçado por dois outros garotos no escuro, sabia que seria uma longa história a ser contada mais tarde. Ele apenas selou meus lábios e foi dormir no meu colchão. 

Eu mesmo não conseguiria dormir. Cada uma das pessoas naquele quarto, e cada uma naquele orfanato, e todas as outras pessoas naquele planeta eram, por si só, um mundo inteiro de coisas, sentimentos e histórias. E elas se misturavam, em coisas mais complexas ainda. A dor que fazia Taehyung guardar uma lâmina em seus pertences não era a mesma que tornou Baekhyun tão frio e protetor. Eram dores diferentes, vindas de mundos diferentes, mas que destruíam igualmente duas das pessoas que eu mais amava. E eu também tinha minhas dores, que ainda desconhecia perfeitamente, mas as sentia quando via os outros diante de mim, em sofrimento. Às vezes, mas só às vezes, me ocorria que eu passava tanto tempo temendo o mundo lá fora quando, na verdade, as coisas mais sombrias e destruidoras do meu mundo inteiro poderiam estar guardadas em uma pequena gaveta, dentro de mim.


Notas Finais


OIEEEEEEEEEEEEEE
Tenho algumas (MUITAS) coisas pra esclarecer sobre o capítulo, então só leia essas notas se vc já leu o cap.
1) A letra de música que aparece no capítulo é da LINDA MARAVILHOSA SENSACIONAL Stigma do BTS (inclusive deu nome à fic né? só pra constar...)
2) Quando eu coloco "ah" no fim do nome de alguém (ex: Jungkook-ah), não quer dizer que é um gemido (apesar de às vezes coincidir com uma situação onde há gemidos rsrsrssrrs). Esse "ah" no finalzinho de um nome é uma forma carinhosa e íntima de chamar as pessoas pelo nome na Coreia. Sei q isso nao eh a Coreia e ESTAMOS NO BRASIL mas soa muito fofo quando falado, então eu acrescentei na fic (há uns 30 capítulos atrás, deveria ter explicado antes, né?)
3) Se o Baek fugiu de casa antes dos 11 anos e "a mulher nova do pai dele tinha o dobro da idade dele", SIM, ela era uma adolescente, ou tinha no MÁXIMO 20 anos. Mais um motivo pra ele se sentir frustrado com essa situação.
*4) A imagem do capítulo é pra explicar o que significa Turtleneck (por isso coloquei um * na palavra lá em cima). É aquele tipo de camisa que cobre o pescoço, nesse caso de mangas longas. Fiquei receosa de escrever "gola alta" e parecer uma camisa tosca, porque na verdade é uma camisa bem elegantezinha.
5) se em algum momento eu errar/confundir a cor do cabelo de algum personagem, me perdoem. minha memória é curtíssima e só deus sabe quantas cores de cabelo existem só no BTS, que dirá no kpop inteiro. :(
6) "Ding dong" pra quem não souber, é uma piada de uma vez que o Jungkook (na vida real) falou ding dong pra campainha e foi a coisa mais desgraçadamente fofa e estranha que esse mundo já viu. Na fic quem fala é o Tae. Quem quiser, basta pesquisar "Jungkook ding dong" no youtube que vai saber do que eu to falando.
7) Espero que a esse ponto já percebam que Stigma não é um termo que se aplica somente ao Tae (que tem cicatrizes físicas), mas a vários personagens. Além de o significado não ser só uma simples "cicatriz", mas também uma marca que não sai com o tempo e representa vergonha, desonra, pra quem tá fora ou pra própria pessoa.
8) Sim, o Yoongi se despediu de todos que conhecia (com uma exceção), mas só achei relevante narrar o último momento de despedida, com os mais próximos.
9) A referência que a Hyunah fez foi a uma frase de Meninas Malvadas, em que a mãe da Regina fala "I'm not a regular mom, I'm a cool mom", mas nesse caso em vez de "mom" usei "nun", que significa freira em inglês. desculpa.

MUITAS NOTAS NESSE FIM DE CAPÍTULO, PERDÃO. Mas agora acabei.
Obrigada pela leitura sempreeeeeeeeee e até o próximo


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