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História Stitches - Vinte e Cinco


Escrita por: Bons_Sonhos

Capítulo 25 - Vinte e Cinco


Falta uma semana exata para o natal e todos que estão presentes hoje na casa começaram a ajudar a organiza-la enquanto gravamos, pois aqui é ondem iremos passar o natal. Pela manhã quando cheguei haviam algumas caixas dispostas pela sala e Shawn estava abrindo-as com a irmã – a qual até agora não troquei uma palavra sequer, apesar de sermos quase da mesma idade. E desconfio que ela ache eu não conseguiria conversar com ela, o que é mais verdade do que mentira, mas eu nem me importo muito com isso. – Ela me olhou por um instante e então voltou sua atenção para a caixa em sua frente.

-Chay, vem cá – Shawn me chamou.

 Nós três juntos – os irmãos Mendes e eu – começamos a arrumar algumas coisas que estavam dentro de uma das caixas pela sala, e com isso acabamos montando o pinheirinho de natal também, que invés de ser a tradicional árvore verde, era uma branca. Em volta dela colocamos várias bolinhas especificas para pinheirinho de natal e várias outras coisas que encontramos nas caixas, então fomos para a cozinha e começamos a decorá-la com a ajuda da teacher e dos pais de Shawn. A dona Karen ficou feliz em me ver mais uma vez.

 E então eu comecei a espirrar.

-Ai mereço – falei.

-Está tudo bem? – o pai de Shawn me perguntou.

 Espirrei antes de responder.

-Sim – espirrei mais uma vez.

-Saúde se não for peste – a teacher disse. E para a minha ‘alegria’, ela estava rindo de mim.

-Hahaha.

 Depois que meus espirros sessaram – para a minha alegria –, nós continuemos a organizar a cozinha e então voltamos para a sala, onde Ethan e Brooke estavam trocando saliva no sofá. Shawn tapou os olhos da irmã.

-Meu Deus, como esse povo que adora trocar saliva – zoei e eles se separaram.

-Olha só quem fala – Brooke retrucou com um sorriso no rosto, e eu sei muito bem do que ela está falando.

 Com essa eu não pude deixar de corar, e ao olhar para Shawn percebi que ele também estava corando – talvez um pouco mais do que eu –, o que rendeu umas boas gargalhadas para Ethan e a sua namorada.

 A irmã do Shawn tirou a mão dele de seus olhos e foi para um dos quartos da casa, enquanto nós dois ainda estávamos travados no mesmo lugar.

-O que é que deu em vocês quatro? – a teacher perguntou ao entrar na sala.

 Shawn e eu apontemos para os pombinhos no sofá e eles apontaram para nós.

-A Chay tá muito vermelha – Brooke falou, ainda rindo.

 Ela não conseguia nem rir direito por causa de estar fazendo isso a algum tempo, e eu que ela não está conseguindo respirar direito, pois já aconteceu isso comigo.

-Não tem nada que eu possa atacar na cara dela? – perguntei ao Shawn.

 Ele pegou uma bolinha de plástico que eu não faço ideia de onde tenha vindo e me deu, e eu joguei-a em direção a minha amiga, mas acabei acertando o Ethan.

-Ai. Eu não fiz nada – ele esfregou a cabeça onde a bolinha acertou.

-Não? Então porque estava rindo? – perguntei.

 Ele me olhou por um instante e balançou a cabeça.

 Shawn me pegou pela mão e me levou para a varanda, a qual tinha vidros – sim, a varanda dessa casa tem vidros para que não acabe molhando tudo por ali nos dias de chuva – e deitou-se num sofá cama branco acizentado e me chamou para deitar-se junto a ele.

-Você já pensou em como vai ser a sua volta para o Brasil? – ele me perguntou.

-Ainda não, mas desconfio que vai ser estranho pois eu praticamente já me acostumei com aqui, e não consigo mais me ver mais vivendo longe daqui. Não sei se vou aguentar ficar lá por muito tempo, mas depois que eu me formar no ensino médio quero ver se consigo dar um jeito de voltar para cá para poder cursar a faculdade e também morar aqui. Gostei da cidade e do país, apesar da temperatura ser um tanto baixa, mas eu prefiro assim, gosto do frio.

-Olha só, temos uma amante do gelo – pude perceber pela voz dele, que estava sorrindo.

-Você não gosta? – olhei para ele.

-Gosto.

 Nós dois começamos a nos encarar e eu levei minha mão até seu rosto, acariciando-o. Quando seus lábios tocaram os meus era como se algo tivesse se ativado dentro de mim e fez com que algo dentro de mim meio que despertasse. E...

-Shawn – alguém chamou-o.

-Chay – alguém me chamou.

 Nós paramos de nos beijar assustados e nos deparamos com a teacher e a mãe de Shawn paradas na porta que trazia as pessoas de dentro da casa até a varanda. Elas estavam espantadas e Karen estava com os olhos arregalados. Nessa hora eu gostaria que tivesse algum buraco por perto para mim enfiar a minha cara.

 Nos levantemos do sofá cama e passemos pelas mulheres, indo para a sala para esperar sentados pela bronca e desaprovação das duas e provavelmente do pai do Shawn. Não pensei na possibilidade de ser pega no flagra beijando o rapaz que está ao meu lado no momento, pois foi tão espontâneo que era impossível pensar em consequências.

 Deve ser por isso que a primeira pessoa que beijei foi o Shawn, pois sempre pensei nas consequências e nunca havia agido, agora eu agi e não pensei nas consequências que poderiam aparecer uma hora ou outra. Mas tudo o que é bom tem consequências, porque isso não seria diferente?



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