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História Stitches - Vinte e Dois


Escrita por: Bons_Sonhos

Capítulo 22 - Vinte e Dois


O que devo comprar de natal para alguém que eu nem mesmo fazia ideia de que existe até um tempo atrás e que não sei de nada que ela gosta?

 Não que eu seja ruim em escolher presentes, nem nada do gênero, mas eu já participei de natais em que desejei ter pego o meu cachorro no amigo secreto, pois seria moleza comprar algo para ele – e olha que ele nem mesmo estava participando.

 A questão é: E se o que eu comprar acabar não agradando a pessoa que eu peguei no amigo secreto?

 Por enquanto já cogitei comprar um relógio de pulso, brincos, perfume, uma caneca e uma camiseta para Karen, mas nenhuma dessas opções faziam muito sentido na minha cabeça, então descartei todas. Principalmente a camiseta – ela eu descartei por dois motivos básicos: 1º eu não sei a numeração da roupa da mãe do Shawn, e poderia acabar comprando num número errado e 2º ela poderia não gostar muito da camiseta; já ganhei roupa que acabei não gostando e isso não é legal.

 Por último acabei parando numa livraria. Não sei se a Karen gosta de ler – ou sequer se ela tem esse hábito –, mas é a minha melhor opção até agora – de todas as opções que cogitei desde que sai de casa hoje, pois por milagre, não irá ter gravação hoje porque alguém que dirige o filme acabou indo parar no hospital e sem ele não tem como fazer as gravações.

 No fim das contas acabei saindo da livraria com Me Before You embrulhado para presente num pacote broxante de natal. A embalagem tem até desenhos de pequenos papais-noéis!

 A Brooke e a teacher saíram na semana passada para comprar os presentes dos amigos delas, mas eu estava dormindo a hora que elas saíram, então elas me abandonaram em casa. Mas eu não as culpo, já que eu teria feito a mesma coisa com elas.

 Por ser domingo e ninguém ter nada muito importante para fazer, as gravações hoje começaram as duas hora da tarde e foram até as cinco. Se eu não estiver enganada, é um dos dias que gravamos por mais tempo, apesar de que não pudemos gravar muito do lado de fora, pois a temperatura baixou um pouco. Tem dias que está tão frio, que juro que ainda estou na minha antiga cidade – apesar de que, onde eu morava, não era tão frio quanto é aqui –, e assim que foram nos buscar, eu saí do apartamento enrolada na minha manta – dois outros moradores do prédio ficaram me olhando quando entremos no elevados; mas eu não posso fazer nada já que estou com frio, para mim não é vergonha e nem vexame nenhum estar tentando se proteger do frio.

 E também, não vi nenhuma plaquinha dizendo que é proibido sair de manta pelos lugares – como por exemplo, o prédio onde moramos e as ruas de Toronto.

-Hey, I like the blanket I brought with you – foi a primeira coisa que Shawn disse quando me viu.

 Segunda a professora, ele disse que gostou da minha manta. Em resposta eu sorri para ele.

-Eu não sei quando vamos conseguir ter uma conversa “normal” – fiz aspas no ar – com eu falando inglês, ou você português.

-I agree – ele respondeu.

 Da sala onde estávamos pude sentir o cheiro de café sendo preparado. E apesar de que eu quase nunca gostei muito de café feito na hora – prefiro que seja feito na noite anterior ao café da manhã, pois para mim fica um pouco melhor –, não recusei a toma-lo quando Karen apareceu e convidou a todos para tomarem café – estou sentindo muito frio para dispensar a bebida.

 Passemos a tarde toda conversando, sendo que Ethan – entre ele e Shawn – era o que mais entendia o que eu e Brooke estávamos falávamos – menos quando falávamos rápido demais – e entre a Brooke e eu, eu era a que menos entendia o estava se passando ao meu redor – mas isso não me impediu de participar da conversa.

 Na minha opinião, foi uma das melhores tardes de gravação que tivemos desde as gravações começaram a cerca de uns três meses, mais ou menos. Antes eu não havia percebido em como o tempo já passou rápido desde que cheguei aqui, e isso fez com que eu lembrasse-me da minha mãe. Conversei com ela umas três vezes pelo facebook, mas as conversas não duraram muito já que ela não sabe direito mexer nesse tipo de coisa – o que faz com que ela se envarete porque daí eu não tenho muita paciência em ensinar as coisas, mas ela sabe o básico e com isso ela vai pegando o jeito aos poucos.

 Quando cheguei em casa fui para o sofá assistir um pouco e aproveitei para dormir por ali mesmo. Estava tão confortável nele que nem quis ir para o meu quarto, então a Brooke pegou uma coberta para mim do meu quarto e o jogou sobre mim – ela ainda trouxe o meu travesseiro, pois as almofadas são um pouco ruim, pois marcam tudo a gente.

 E é nessas horas que agradeço por ter a Brooke como minha amiga.



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