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História Stole My Heart - I Don't Need A Hero


Escrita por: katelynxriggs

Notas do Autor


hdemswpkoxixiej
boa leitura

Capítulo 40 - I Don't Need A Hero


Fanfic / Fanfiction Stole My Heart - I Don't Need A Hero

Pego o papel da mão dele e olho atenciosamente. No verso, está escrito “Brincar de esconde-esconde está sendo divertido, não acha? Tenha cuidado, garotinha. Eu estou em todos os lugares.” E, depois de um espaço, está escrito “PRONTA OU NÃO, AQUI VOU EU!”

Estremeço. Essa letra garranchada significa que tem realmente alguém atrás de mim. Leio pra eles, na língua certa, e os dois me encaram horrorizados.

— O que a gente faz?

— Liga pro seu pai. Fala disso pra ele. Tenho certeza de que ele vai saber o que fazer. – Chandler sugere.

— Ele vai ficar preocupado...

— ALICE, AGORA! — Chandler exclama, completamente nervoso. Recuo um pouco e pego o meu celular. — Desculpa, as vezes eu não consigo me controlar... É só que isso me deixa muito preocupado.

— Tudo bem, Chandler. Tudo bem. — Falo, baixinho. Disco o número do meu pai com todo aquele código de área (e esses trecos ai) e coloco o telefone na orelha. Noto Kat dando uma cotovelada em Chandler e depois apontando para mim com a cabeça.

— Oi, filha! Como vai? — É a voz da minha mãe. Nossa, como eu estava com saudades dessa voz.

— É, mais ou menos, mãe.... Posso falar com o papai??

— Claro, filha... Só um minuto... — Ela fala. — Ed? — Ela afastou o telefone da boca, eu sei porque ela sempre faz isso. Ouço a voz do meu pai, abafada, no fundo.

— A Alice quer falar com você...

Já vai...

Depois de uns trinta segundos, a voz dele fica mais clara.

— Oi, Ally. — Ele fala. Como é bom ouvir a voz dele, Deus do céu. — Como vão as coisas?

— Mais ou menos, pai.... É que.... Você... Você não acha que aquele cara... Pode ter tipo... Uns capangas aqui, né?

— Acho que não, filha. Por que você acha isso?

— Porque tacaram uma pedra na minha varanda. E tinha um papel enrolado... E tem umas coisas bem estranhas... Pera, vou mandar foto. Mais fácil. — Tiro uma foto da frente e do verso e mando para ele, que fica em silencio por um tempo, porque provavelmente está analisando a foto.

— Filha, você tem certeza do que me disse?

— Certeza não... Mas acho que é possível.

— Olha, vou falar com o meu supervisor para mandarmos uma equipe para Atlanta. Posso até tentar ir junto pra...

— SÉRIO?! TIPO, VOCÊ PODE VIR?!

— Talvez, filha... Calma. Vou tentar, mas de qualquer maneira, vou fazer o possível para mandar uma equipe para ai. Farei o possível para ir junto, me sentiria mais seguro se estivesse com a minha filhinha... Não que eu não confie em Chandler... — Ah, se ele descobre que a gente se pegou umas três vezes... — Mas, ele é só um adolescente, e prefiro não deixar o peso de te proteger só nos ombros dele. Fora isso tudo bem?

— Ah, tomara que você venha! E sim, fora isso tá tudo ótimo!

— Okay, filha, agora eu preciso ir... Sua mãe precisa de mim...

— Okay, beijos! — Desligo o telefone.

Os dois estão me encarando de maneira engraçada. Lógico, eles não entenderam nem ¼ do que eu falei.

— Meu pai vai falar com o supervisor dele para mandar uma equipe pra cá... E talvez ele venha junto... - Não consigo evitar um sorriso animado. A ideia de ver o meu pai, toca-lo, abraça-lo, depois de quase 5 meses, é literalmente motivadora. E o meu pai é o tipo de pessoa que é impossível não sentir falta.

— Vai ser legal conhecer o seu pai! — Kate fala, animada.

— Vai ser legal rever o seu pai! — Chandler fala. Kate mostra a língua pra ele e eu dou risada. — Somos amigos muito íntimos ta?

— Ata. — Falo, me jogando pra trás.

P.O.V. Luiza

Bloqueio a tela do meu celular depois de uma longa conversa com a Emma. Ela precisava se certificar de que eu estou bem, e que não fui sequestrada. Josh entra no quarto, sem camisa.

— O que acha de darmos uma volta? Tem um lugar que eu quero te mostrar.

— Tá bem...?

Visto uma roupa normal, já que ele disse que não é o lugar, e desço as escadas da casa em que a Janice, madrinha do Josh, mora. É uma casa bem grande, e ela é a mulher mais meiga que já conheci. Ele me espera lá em baixo, na frente da porta.

O caminho é silencioso, até que ele para em uma fazenda. Não tem ninguém lá, ao que parece. Ele pega a minha mão e me ajuda a descer do carro, me leva até o meio da floresta que rodeia a fazenda, em uma clareira. Lá tem um lago, e é um lugar bem calmo. Passarinhos voam para lá e para cá. Ele me conduz até a beira do lago e senta ao meu lado.

— Bom, claro, que tem um motivo para eu te trazer aqui... — Josh começa. Olho para ele. — E, para falar a verdade, to bem nervoso. — Ele dá uma risada fraca. — Então, me perdoe se for estranho, porque não sou muito bom nisso... — Nisso, Senhor Moore levanta. Não entendo nada, mas levanto junto dele. — Como eu te disse, você é a primeira pessoa que me faz cair. Então... — Ele pega as minhas mãos. — Eu sei que você merece o melhor namorado do mundo, mas... Eu não sou muito bom nisso, então... Vou precisar de ajuda... Pelo que os meus amigos me disseram, esse é o momento em que eu fico de joelhos.

E então, ele fica de joelhos.

-Luiza Garcez, você quer namorar comigo?

Ele tira um anel lindo do bolso, e entrega para mim.

-Meu Deus, claro... Claro!

Josh levanta e me beija. Passo os braços pelo pescoço dele, e ele faz com que as minhas pernas fiquem ao redor da sua cintura. Sentamos na beirada do lago sem parar o beijo. Ele me puxa para mais perto.

Quinta-Feira, 28/05, 18:00 p.m.

P.O.V. Alice

Ando de um lado para o outro no meu quarto, nervosa. Katelyn e Chandler tiveram que sair para gravar, então chamei a Emma para vir aqui. Estou quase enlouquecendo. Estava falando com a Lu há uns 10 minutos. Ela falou que é para ficar tranquila, e que vai falar para o Chandler se tocar amanhã. Ela e Josh estão namorando, e voltam de Jacksonville hoje à tarde. A campainha toca. Desço as escadas correndo, e abro a porta lentamente, por medo da reportagem. Puxo-a pra dentro.

— Tá bem, eu to prestes a dar um soco nele.

— Em quem? — Ela pergunta.

— No Chandler! Ele me deixa mais confusa do que o seu irmão quando nós estávamos juntos!

— Olha, nem menciona o Charlie! Ainda não perdoei ele, pelo que fez com você.

— Ai, Emma... Esquece isso. Eu esqueci.

— Mas não dá, Alice! A Jessie quase quebrou ele no meio quando descobriu... Mas, eu não consigo engolir. O que ele fez não condiz com o que ele normalmente é. Isso me enlouquece.

— Olha, ele tá se ferrando. A Jessie quase quebrou ele no meio, eu desci o braço nele duas vezes, e você também, e o Chandler desceu o cacete nele. Acho que já é suficiente. Não quero guardar rancor. Mas, não é para formar um complô contra o Charlie que eu te chamei aqui. ME AJUDA! Eu não sei o que fazer, ele é bipolar demais!

— Calma, calma... Eu vou falar com ele amanhã, pode ser?

— Mas a Lu já vai falar com ele.... — Resmungo.

— Então eu e a Lu falamos com ele.

— Tá.

Sexta-Feira, 29/05, 07:07 a.m.

Levanto e vou ao banheiro para tomar banho, ao sair, caminho até o closet e visto um vestido preto e um par de botas. Meu cabelo já está liso, então não faço nada nele. Desço as escadas.

P.O.V. Chandler

Alice desce as escadas silenciosamente e passa por mim. Acompanho seus passos pelo canto do olho. Ela pega dois Cupcakes que ela e Emma fizeram ontem, e me oferece um.

— Quer um?

— Não, valeu...

— Prova, vai. Tá gostoso.

— Tá... — Pego um deles e dou uma mordida. Está realmente bom. — Nossa, isso ta bom mesmo...

Ela dá risada.

~ Na Escola ~

Alice fala que vai até a sala do jornal da escola, e que é pra eu ir para a aula sem ela. Assinto e caminho até a sala de Artes. Antes de chegar lá, sou puxado para dentro da sala de faxina.

Olho para trás, assustado. Fico mais assustado ainda ao ver quem me puxou.

— Vocês piraram de vez?! — Emma e Luiza me encaram.

— Não. Você pirou de vez.

— Que...?

— Se toca, criatura! — Luiza exclama.

— Se você continuar com esse late-não-morde sem fim, eu vou te bater. — Emma fala.

— Mas o que...?

— SÓ TOMA ATITUDE, GAROTO! — As duas gritam, e depois, me empurram para fora do armário.

11:00 a.m.

P.O.V. Narrador

Na aula de Educação Física, Mingus, Thomas, Chandler e Sam tentam jogar basquete. Eles usam a cesta da esquerda, já que Luiza, Emma e Alice estão usando a cesta da direita. Não que eles se incomodem, mas as três garotas tem estado meio emotivas ultimamente. Eles até consideram a ideia de elas estarem assim por conta dos hormônios, mas descartam um tempo depois. É algo mais.

Dou outro lado da quadra, Alice, Luiza e Emma conversam.

— Sinceramente, eu acho que vou desistir do Chandler. Tá impossível. Ele me beija, e depois age de maneira estranha. Sério, seria mais fácil gostar da parede.

— Ah, para, Alice. Quando você estiver julgando difícil, pense assim: “Você namorou o meu irmão por um tempo”. — Emma fala.

Alice bufa. Ela sabe que é verdade, mas o garoto já está a tirando do sério.

Do outro lado da quadra, os garotos falam sobre o mesmo assunto.

— Não sei mais o que fazer com você, Chandler. — Thomas fala, acertando a bola na cesta.

— É, cara, o que tem de errado contigo? — Mingus fala, terminando a série de flexões que tinha começado minutos atrás.

— Ela me odeia.

— Ah, cala a boca! — Sam grita, repreendendo-se depois, ao ver as garotas voltando-se para eles. Era inevitável, ele está farto dessa confusão. — Dá pra vocês dois pararem com essa ladainha? — Ele pergunta, só para os garotos. Chandler dá de ombros.

— Ah, eu cansei disso. Eu vou lá falar com elas. — Thomas fala, jogando a bola para Sam.

— Capaz de você voltar sem um braço. — Chandler fala.

— A minha namorada não faria isso comigo. E inclusive, a Alice não estaria fazendo isso se você tomasse alguma atitude.

Dito isso, ele caminha até o meio da quadra. As garotas estão numa discussão muito parecida.

— Escutem, o Charlie não tem nada a ver com isso. Essa bagunça é entre eu e o Chandler. Ou nem é. Porque ele não quer nada comigo. Enfiem isso na cabeça.

— Alice, para com isso!

— Se ele quisesse algo já teria falado! Tá mais que obvio que ele não quer nada comigo.

— Ah, eu cansei disso! Eu vou falar com o Thomas, ver se ele sabe de alguma coisa.

Dito isso, Emma sai dali e vai até a metade da quadra. Emma e Thomas fazem isso ao mesmo tempo.

— Oi, amor...

— Oi, minha linda...

— Pode dar uma luz para a Alice ali? Sei lá, colocar na cabeça dela que o Chandler tem interesse nela?

— Pode falar para o Chandler tomar atitude?

— Eu já fiz isso.

Thomas pensa um pouco.

— Você traz ela pra cá pro meio, e eu trago ele. Esses dois vão conversar. Por bem ou por mal.

— Certo.

Os dois se separam. Emma agarra o braço de Alice e a puxa até o meio da quadra. Thomas empurra Chandler até o mesmo lugar.

P.O.V. Alice

—Vocês dois, vão lá pra fora e conversem. — Emma fala.

Encaro Chandler, que me encara também. Ele me oferece a mão, e eu a pego.

Quando saímos, sentamos nas arquibancadas externas. Suponho que Emma, Thomas, Lu, Mingus e Sam estejam do outro lado, escutando tudo, mas quem liga?

— Então é assim que vai ser a nossa relação agora? Os dois confusos, com vergonha de falar? — Pergunto, sem encarar ele. — Porque eu não quero que seja assim.

 — Eu não sei. Você... Eu... Então... Assim, hoje à tarde vamos no Ice & Cream, e falamos tudo. Na cara mesmo... E vamos preparados para o que vier.

— Tá. Hoje à tarde, depois da aula então?

— Te encontro lá.

Ok. — Levanto e vou até as grades. — Vocês, já que estão tão interessados na nossa relação, venham junto.

Dito isso, saio dali.

17:55 p.m.

Entrada do Ice & Cream. Por que raios fui concordar com isso? Ajeito o vestido e passo a mão pelo meu cabelo. Olho pelo vidro. Mingus, Emma e Thomas estão sentados no balcão, conversando.

Chandler está sentado em uma mesa. Ele está de costas. Tem dois smoothies de frente para ele. Respiro fundo. Não faço ideia do que vou falar pra ele, e também não faço ideia do que ele vai falar para mim. Pretendo escutar, e aceitar a rejeição numa boa.

Atravesso a porta. O pessoal do balcão olha pra mim. Luiza aparece atrás do balcão.

Ah, verdade. A Lu ta trabalhando aqui.

P.O.V. Narrador

Alice caminha até a mesa. Chandler, que antes olhava para as próprias mãos, levanta o olhar e mira a loira.

— Posso...?

— Claro.

[...]

O silencio toma conta do casal. Mesmo que os dois tenham dito que iriam falar tudo o que pensam, não obtiveram êxito. Enquanto isso, Josh atravessa a porta e vai até os que estão no balcão. Katelyn aparece logo depois. Ela não conhece ninguém ali, mas se juntou ao grupo porque já estava de saco cheio da situação de Chandler e Alice.

— Nada ainda?

— Não...

— Eu acho que a gente deveria fazer esses dois tomarem alguma atitude.

P.O.V. Alice

Olho para ele entediada. Ele me encara, com uma expressão engraçada, fazendo-me rir.

— Que foi?

— Nada. Só estou... Pensando...

— Ta pensando em que?

— Bom, eu estava pensando em te dizer que... Se você não começar a falar nos próximos cinco minutos, vou derramar esse smoothies na sua cabeça.

— Hum... Eu não gostaria disso. Você... Quer falar de que?

Nisso, todos que estavam no balcão aparecem ao redor da nossa mesa.

— Tá bom, vocês vieram até aqui para falar sobre os seus sentimentos. E do que falaram até agora? Exato, nada. Comecem a falar, ou vão acordar sem sobrancelhas amanhã.

— Não tem nada para falar aqui. Chandler não quer nada comigo, e a vida segue. Gente, vocês podem simplesmente parar de tentar fazer algo que não vai rolar?

— Olha, o Chandler me mandava mensagens todos os dias. Falando sobre o relacionamento de vocês... O babaca que fazia a namorada se sentir um lixo, que, Graças a Deus, não está aqui. A beleza de olhos azuis, que não tem medo de falar o que pensa... — Kate fala.

— Chandler fala de si mesmo assim? — Falo, dando uma risada irônica.

— Ele estava falando de você... — Ela responde.

— Oh... — Paro para pensar um pouco. — Ooh!!

Ele olha para os próprios pés, envergonhado.

— Ele disse que a amizade de vocês era a prova de balas, que sempre estava tão viva quanto as cores dos fogos de artificio do Ano Novo, ou do Quatro de Julho... Mesmo que vocês tenham passado por umas... Situações. — Ela fala, se apoiando na mesa.

— Mas o que...

— Ah, Chandler. Não vai me dizer que não viu a Alice sem roupa aquela vez...

— Ela estava usando roupa de baixo.

— Não importaaa. A amizade de vocês era invencível. Juntos, os dois eram intocáveis. Tão intocáveis quanto o fogo. Ultimamente, não tenho visto isso. Vocês dois precisam parar. Não percebem? Um faz bem para o outro quando estão juntos, mas quando decidem se afastar, cara... Sério, vocês parecem duas almas perdidas Parem com essa palhaçada.

Nisso, o meu telefone toca. O de Katelyn também.

— Um minuto, por favor. — Levanto e vou até a porta. — Alô?

— Hahahahaha... Garotinha, parece que você é péssima em esconde-esconde. Nunca pensei que seria tão fácil. — É uma voz grossa, talvez esteja sendo alterada, não sei ao certo.

— Quem é? O que você quer de mim?

— Querida, você já sabe o que eu quero. Eu quero o que o seu pai tem. Custe o que custar. Nem que eu precise te matar. Nem que eu precise matar o seu namoradinho. Eu vou fazer de tudo. Só quero que entenda, antes de lhe acontecer algo, saiba que... Não é pessoal.

Nisso, o homem desliga. Tá bom, fodeu legal.

[...]

Carro do Jeffrey. Ele está nos levando para o Set. Eu e Chandler estamos discutindo desde que desliguei o celular.

— Como você pode falar pra eu não me preocupar?! — Ele pergunta, falando alto e de maneira irritada.

— Por que você se importa tanto?! — Retruco no mesmo tom.

— Porque eu não gosto quando alguém que faz parte da minha vida está sendo literalmente perseguida por um maluco psicopata, dã!

— Eu já disse pra você não esquentar a cabeça!

— E eu já disse que não vou dar ouvidos pra isso!

— Alguém quer donuts? — Jeffrey pergunta, do banco da frente.

— Não! — Eu e ele exclamamos ao mesmo tempo.

— Tudo bem...

— VOCÊ É IN.CON.SE.QUEN.TE! — Cuspo as palavras nele.

— E VOCÊ É IN.GRA.TA! — Ele cospe-as de volta.

— E VOCÊS DOIS SÃO RE.TAR.DA.DOS! — Katelyn Exclama do banco da frente.

— QUIETA! — Nós dois exclamamos, ela vira para frente de olhos arregalados. Ela e Jeffrey se encaram, segurando a risada.

— Não acredito que quer se arriscar por alguma coisa que a polícia pode cuidar!

— Não acredito que esta recusando a minha ajuda!

— Claro que estou! Eu não te quero em perigo!

— E POR QUÊ?!

— TALVEZ PORQUE EU ESTEJA COM MEDO DE PERDER VOCÊ! — Exclamo isso, mas logo me arrependo. Ah, merda. Abri o jogo. Ficamos em silencio.

— Silencio... Finalmente. — Jeffrey suspira.

—Bom, pelo menos eles estavam conversando... Depois de tanto tempo, finalmente uma conversa. — Kate sussurra.

— Você não vai me perder, Alice...

— Tem razão... Eu já perdi.

— Não perdeu... Olha, eu quero que você fique segura. Doeria mais que tudo te ver machucada.

— Não, Chandler. Doeria mais que tudo te ver machucado. Eu estou mais que acostumada. Acredite, tenho mais experiência com a dor que você. — Quando digo isso, ele me encara. — Não é seguro pra você ficar comigo... O tempo todo. Você precisa se afastar de mim.

Jeffrey freia. Ele e Kate olham para trás.

— Eu não vou me afastar de você, Alice! Não vou esquecer de você, não vou aguentar te ver sofrer, sofrer, sofrer, cada vez mais... Não posso. Te ver correndo perigo vai me machucar mais que tudo. Ele pode levar a minha alma. Me quebrar, me machucar. Pode até me matar, se quiser. Mas nada vai mudar isso. Eu só quero que você esteja segura. Estou tentando te ajudar.

— Não, eu estou tentando te ajudar! Você está literalmente pisando no meu aviso. Já não basta pisar nos meus sentimentos, vai ignorar o meu conselho?! Pare de ser tão burro! Você não pode ser o herói sempre, Chandler!

— Talvez não. Inclusive, eu não sou um herói. Só quero você segura. Eu me contento sendo o seu herói.

— Eu não preciso de um herói, Chandler! E se realmente quer me ajudar, então, fique longe de mim. Vai ser melhor para nós dois.

— Eu não vou me afastar de você.

— Ah, então vai se foder!

— PARE DE SER TÃO GROSSA, O QUE TEM DE ERRADO COM VOCÊ?!

— Lá vamos nós de novo... — Jeffrey murmura.


Notas Finais




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