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História Stole My Heart - O Primeiro Dia Bom


Escrita por: katelynxriggs

Notas do Autor


oioioi genteee
então, eu disse nas notas finais do cap passado que iam ter mais cenas do chandler e da alice, inclusive uns tiros chanlice, só que deu merda no meu computador, e apagou tudo que eu tinha escrito :(
esse cap ta meio mais ou menos eu sei, sorryzao mas é isso aí, boa leitura :)

Capítulo 47 - O Primeiro Dia Bom


Fanfic / Fanfiction Stole My Heart - O Primeiro Dia Bom

24/06, Sábado, 14:00 p.m.

Sinceramente? Não sei mais o que fazer. Esse cara está me aterrorizando de uma maneira completamente insana. Não consigo me sentir segura em lugar algum. Ir até a escola é um caminho suicida para mim. Três pessoas me acompanham no carro, sem contar com Chandler. Não consigo ficar vinte minutos sozinha. Sinto como se estivesse em uma ala psiquiátrica no fundo de um corredor escuro de um hospital já esquecido. Me sinto como se fosse esquizofrênica. Talvez eu seja esquizofrênica, não sei.

Por onde vou, sussurros me perseguem. Me avisando, me perturbando, me assustando. Na maior parte do tempo, tem alguém ao meu lado, a quem eu possa me agarrar.

Se a minha vida fosse normal... Eu não estaria assim. No chão, sentada no tapete felpudo do meu quarto, com as janelas trancadas, e as cortinas me protegendo da luz do sol. As portas da casa estão trancadas, todas, sem exceção alguma. Além dos dois policiais, Leo e Gabriel, instalados na porta da frente e de Daniel na porta de trás. Eu realmente me sinto mal pelos pais de Chandler, pelo Gray, e pelo próprio Chandler. Isso tudo não tinha a ver com eles, e mesmo assim estão envolvidos. Estou sem celular, também. Taquei ele na parede na quinta, depois de uma das várias ligações que recebo, vindas daquele cara.

Olho ao redor. O quarto está escuro, não tenho nada para fazer. Não que eu realmente possa fazer algo. Não tenho livros, já li todos, inclusive repeti alguns. Não consigo mais desenhar. Não toco mais violão, meus dedos não dão conta, e não canto também, porque não consigo suportar a minha voz. Nem comer eu como, por algum motivo, o meu apetite sumiu. A única coisa que faço é assistir televisão, e ficar sentada no chão do quarto, com as pernas estendidas, olhando para a porta fechada, o dia inteiro. É um saco.

Chandler dorme comigo todos os dias. Se eu ficar sozinha tenho pesadelos. Pesadelos que me destroem ainda mais.

Olho para os meus pés, e então para o banheiro, e então para o closet. Sinto falta da Alice de três meses atrás. Feliz, despreocupada. Eu era sorridente, um pequeno raio de sol, se é que posso dizer. Mas isso acabou também.

Não que eu me sinta triste. Na verdade, eu não sinto nada. Nós vivemos em um mundo imundo, com pessoas mais imundas ainda, é um maldito mundo sem esperança alguma. Não me sinto mal por estar trancada na minha própria ruina. Se estou enlouquecendo? Com certeza.

Como sei disso? A antiga Alice nunca ousaria pensar nesse tipo de coisa.

Um feixe de luz ilumina o meu quarto. Olho para a porta, é Leo.

― Sim?

― Tem dois garotos que querem te ver.... Peter e Hunter, eu acho. Estão lá embaixo.

― Desço daqui a pouco. ― Digo, me levantando. Faz tempo que não vejo o Peter. Desde que sai do time de basquete.

Ah, é. Eu sai do time de basquete. E da equipe do jornal do colégio também. Meu pai decidiu que seria mais seguro deixar isso de lado por enquanto, o que é bem irônico, porque dois dias depois de eu sair, a perseguição se intensificou.

Desço as escadas arrastando as pantufas no chão. O meu estado está longe de “apresentável”, mas não me importo. É uma tarde de sábado, onde o meu humor não está bom como de costume. Assim que que cruzo a sala de jantar, vejo Peter e Hunter apoiados na soleira da porta.

― Hey... ― Peter fala, caminhando até mim.

Não respondo, apenas aceno com a cabeça.

― Você está bem? ― Hunter fala, atrás de Peter. Faço que não com a cabeça, me esforçando para não chorar.  Caio nos braços de Peter, que me recebe calorosamente.

― Sinto muito que isso esteja acontecendo com você. ― Peter fala, desvencilhando-se dos meus braços.

― Por que isso está acontecendo?? Quer dizer, o que eu fiz de tão errado para merecer isso?

― Nada... Às vezes, a vida te coloca para baixo para provar que você consegue se reerguer. É só questão de tempo. ― Hunter fala, aproximando-se de mim. ― Vai ficar tudo bem, Lice... ― Apenas assinto em resposta.

Ouço um ruído vindo do outro lado da porta da frente.

― Ah, ela desceu?? Isso é bom, pelo menos saiu daquela escuridão toda... ― É a voz de Chandler.

― Trouxemos comida para vocês... Não tem problema se derem uma pausa de 10 minutos... ― E a da Mari.

― Não sei não, acho que baixar a guarda não é uma boa ideia.

― Podemos trazer a comida aqui fora, se for melhor. ― Katelyn.

Não ouço a resposta. São muitas pessoas. Pessoas demais para proteger.

― Quem está na sala... Com ela?? ― Chandler pergunta. A preocupação é aparente no seu tom de voz.

― Dois garotos, Peter e Hunter.

― Ok. Obrigado, Gabe. ― Chandler agradece, e então os três entram.

Mari primeiro, depois ele e então Kate.

― Chegamos, Sis. Trouxemos coisas que você vai gostar. ― Mari anuncia, deixando as várias sacolas em cima da mesa.

― E, você vai ter companhia durante a tarde toda. ― Chandler fala.

― E, mais tarde, eu, você, a Lauren e a Mari vamos fazer maratona de filmes de romance. ― Katelyn completa.

Olho para os dois garotos que estão ao meu lado. Parecem completamente perdidos, Peter principalmente. Parece perdido nos olhos da minha melhor amiga.

[...]

― Tá, minha vez. ― Peter fala pegando uma carta.

Estamos jogando “Deep and Dirty”. É um jogo de cartas, perguntas e respostas, onde tem 6 montinhos de cartas (o nível de dificuldade vai de 1 a 6). É bem simples de compreender: Jogamos um dado, e se ele cai, por exemplo, no 3; então a pessoa pega uma carta do terceiro montinho. As perguntas são meio.... Digamos que, vergonhosas.

― Vai. ― Mari responde, passando o dado para ele. Peter joga, e o dado cai no 2.

Ele pega a carta e lê, depois, solta uma risada espantada.

― Posso pegar outra?

― Não. ― Respondo.

― Por favor!

― São as regras.

― Ah, qual é, você já respondeu perguntas do sexto montinho! ― Exclamo. ― O que tá escrito aí para ser tão difícil de responder?? ― Me aproximo mais dele para ler a carta, mas não dá tempo porque ele a enfia na boca, e mastiga.

Eu o encaro com uma cara tão desacreditada, que todos caem na gargalhada.

― Mastigar a carta é contra as regras! ― Tento me manter séria, mas acabo caindo na gargalhada ao perceber o que acabei de falar. ― Tá, minha vez.

Jogo o dado, que cai no 4. Pego a carta. “Qual foi a última vez que você sofreu por uma desilusão amorosa?”

Não pode ser.

― Responde, vai... ― Peter fala, ao perceber o meu desgosto pela pergunta. Ele se aproxima para ler, e então, é a minha vez de enfiar a carta na boca e mastigar.

― Ei! ― Kat repreende.

― Mas não foi você que disse que mastigar a carta é contra as regras?? ― Chandler pergunta.

― Ok, ok, todo o mundo tem a chance de mastigar uma carta. ― Falo, e todos tacam a almofada em mim.

[...]

A porta é aberta, revelando a imagem de Lauren, com uma roupa simples. Ela sorri pra mim, e caminha rapidamente ao meu encontro para me dar um abraço. Seu perfume docinho e o seu abraço caloroso me reconfortam. Lauren seria uma ótima mãe, ela sempre faz de tudo para ver todo o mundo bem, e não sossega até ver todos sorrindo. E eu já falei que ela tem abraços muito gostosos?

― Oi, pequenina! Estava com saudades de você. ― Ela fala, no meio do abraço.

― Também estava com saudades. ― Falo, desvencilhando-me dos seus braços.

Caminhamos até a sala, onde Mari se encontra paralisada.

― Lauren, essa é a Mari, minha melhor amiga.

― Oi, tudo bem? É um prazer te conhecer! ― Mari levanta a mão esquerda para cumprimenta-la, mas é surpreendida por um abraço.

― O prazer é todo meu! Ai, caramba. Eu sou sua fã desde 2013, e agora eu estou aqui e.... Desculpa, eu...

― Tudo bem! Eu entendo. É muito fofo quando eu conheço as minhas fãs e elas ficam assim. ― Lauren sorri, reconfortando-a.

Kate desce as escadas e ve Lauren, que se vira assim que escuta a sua voz:

― Lauren! ― As duas se abraçam, como se houvessem anos que não se viam.

[...]

― Ah, cansei de filme triste. Vamos ver uma comedia romântica, por favor. ― Lauren fala.

― Eu concordo. ― Eu e Mari falamos ao mesmo tempo.

― Qual?? ― Kate pergunta.

― Hum... O que acham de “What If”? ― Mari sugere.

― Nunca vi na vida. ― Comento.

― Eu também não. ― Kate e Lauren falam.

― Eu também não, só ouvi falar... Por isso mesmo, bem mais legal assistir um filme que a gente nunca viu do que aqueles que a gente viu um milhão de vezes.

― Ok.

[...]

Hoje foi literalmente o primeiro dia bom em muito tempo. Lauren, Mari e Kate conseguiram fazer com que eu esquecesse completamente da situação horrível na qual me encontro.

Saio do closet com o meu pijama de verão. Está particularmente quente hoje. Chandler, que antes estava mexendo no celular, parou e olhou para mim. Ele morde o lábio.

― Se você quiser que eu não me apaixone, não pode usar esse tipo de pijama. ― Ele fala, observando os meus passos até a cama. Caio na gargalhada e deito na cama ao seu lado.

― Quanta besteira. ― Falo, apoiando o queixo no seu peito.

― É verdade. Eu estou apaixonado por você, Alice Farley. Você é o meu amor mais puro. ― Faço que não com a cabeça e pressiono o indicador nos seus lábios. ― Você não pode negar, não vai adiantar. Não diminui o que sinto por você.

― Chandler...

― Eu sei que você disse que não era para eu me envolver, porque era perigoso, mas não dá. Você é o meu porto seguro, Alice.

― Chandler...

― E eu te amo... Desculpa.

Eu também te amo. Quero dizer. Mas não o faço. Não posso. Não posso pronunciar tais palavras, não até todo esse pesadelo acabar. Mas é verdade, eu também o amo. Guardo só para mim, mas sei que é verdade. Dou um beijo nos seus lábios e então apago a luz.

― Nunca mais peça desculpas por amar alguém... ― Falo, no escuro. ― O amor é a maior força que temos.


Notas Finais


até quintaaa ❤️


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