O que você está fazendo aqui, Nick? — era estranho o fato dele estar aqui; ele nem sequer sabia onde eu morava, ou eu achava que não sabia.
— Estava andando por aqui, aí resolvi passar aqui.
— E como você chegou aqui? Nunca disse onde morava.
— O seu amigo, Nollan, me contou. — o que o Nollan contou a ele? Desde quando eles se falam? Ou melhor, desde de quando ele se conhecem?
— Não sabia que vocês se falavam. Pode entrar. — abri a porta, dando espaço para ele entrar. Assim que ele passou, olhei a rua envolta, me sentia observada. Rapidamente, fechei a porta, virando e encontrando o Nick olhando alguns portas retratos e medalhas.
— Uhum. — raspei a garganta, chamando sua atenção. — Então, o que você quer aqui?
— Estava pensando se podíamos sair para algum lugar, comer, talvez? — disse sugestivo, sentando no sofá.
— Sinto muito, mas estou um pouco cansada. Um outro dia, pode ser? — falei. Eu, simplesmente, não queria sair com ele. Por um momento, sentii que tinha algo errado com ele.
— Vamos, Mack, você sempre arruma uma desculpa para não sair comigo. Somos amigos, lembra?
— Tudo bem, só vou tomar um banho rápido, okay ? — falei vencida. Ele é meu amigo, certo? Não é como se ele fosse fazer algo de errado comigo.
Estava quase pronta, quando recebi uma ligação do Nollan:
— Hey, Mack. Você está ocupada agora?
— Sim, eu vou sair para comer fora, eu acho. — terminei de me arrumar, olhando o resultado no espelho.
— E com quem seria? Não me diga que é o Justin? — disse empolgado. Ele está adorando tirar uma com minha cara.
— Não, idiota, o Nick veio aqui me buscar.
— Espera, quem é Nick? Tem outro garoto na história e você não me contou?
— Deixa disso, Nollan. Você sabe quem é ele. Você mesmo contou onde eu moro. — revirei os olhos, descendo as escadas.
— Mack, eu realmente não sei do que você está falando. — falou, então eu paro.
— Você está brincando comigo, né? Nollan?
— Não, Mack. Eu não conheço nenhum Nick e eu não diria onde você mora para qualquer um, especialmente aqueles que não conheço.
— Então, como ele chegou aqui? — falei, começando a ficar aprensiva. Antes do Nollan responder, o Nick apareceu no fim da escada.
— Você está pronta, Mack? — assenti levemente, concordando e ficando um pouco nevorsa, mas logo deixo de lado. Ele deve ter se enganado, pensando que era o Nollan. Bom, eu espero que sim.
— Estou indo, me dê só um minuto.
— Tudo bem, estou esperando na porta. — seja o que for, ele realmente parece apressado.
— Nos falamos depois, Nollan.
— Espera, Mack. — ele gritou do outro lado da linha — eu acho melhor você não ir com ele. O cara mentiu bem na sua frente e você ainda vai confiar nele? — ele disse, meio desesperado.
— Somos amigos, Turner. Ele estuda comigo. — revirei os olhos, mesmo sabendo que ele não poderia ver — Não é como se ele fosse me machucar.
— Eu sou seu amigo, Mackenzie. Ele é apenas um conhecido seu.
— Pare com isso, Nollan. Vou desligar. — um segundo depois de ter desligado, recebi uma mensagem sua.
"Você, ao menos, pode dizer o nome dele? "
"Nick Watson, você pode procurar no banco de dados da escola. Isso é muito desnecessário, Nollan."
Esperei sua resposta, mas a mesma não veio. Guardei o celular, terminando de descer as escadas, encontrando o Nick perto da saída. Acho que ele estava trocando mensagem com alguém.
— Hm.. vamos? — falei me aproximando dele.
— Sim, só vou pegar o carro. Espere aqui fora. — assim que saí, senti o tempo mudar: estava ficando mais frio. Lancei um olhar para a casa à frente, vendo uma sombra que me observava pela janela do segundo andar. Desvie o olhar rapidamente, sentindo um arrepio subir na minha pele. Depois de um tempo, voltei a observar, mas não tinha nada.
Avistei o carro se aproximar, era uma Lamborghini Aventador preta e fosca. Desci o olhar para a placa, tendo a impressão de ter visto em algum lugar e, com certeza, não foi com o Nick, já que eu nunca o vi com este carro. Quando ele parou, entrei, olhando para o lado, notando que a Ferrari do Justin não estava ali, eu podia apostar que ela estava ali minutos atrás.
— Então, para onde vamos? — perguntei. Estava um pouco nevorsa, repensando se foi uma boa ideia estar aqui.
— Vamos no McAvoy's Bar.. Tudo bem para você? — disse, esperando minha reação, acenei concordado.
Estávamos alguns minutos próximo ao restaurante, quando ele desviou do caminho, franzi o cenho em confusão, quando ele notou, falou:
— Não se preocupe, vamos apenas pegar um outro caminho, chegaremos mais rápido.
Tinha se passado uns vinte minutos e nada de chegarmos, estava ficando com medo; eram só dez minutos da minha casa para lá. Não eexistia um caminho mais rápido, existia? Senti meu celular vibrar; era uma mensagem do Nollan.
"Mack, por favor, diga que não está sozinha no carro com esse Nick?"
"Claro que estou, Nollan. Estamos indo para o restaurante. Aconteceu alguma coisa?"
Arregalei os olhos ao ler sua reposta. Isso realmente não pode ser verdade.
"Mack, o nome dele não é Nick Watson. Na verdade, ele se chama Bryan Wright. Você sabe o que isso quer dizer, não sabe? "
Virei o meu rosto em direção a ele, vendo o soltar um sorriso maldoso.
— Pelo jeito que você está me olhando, suponho que você já sabe quem eu sou, Mooren.
— O que você quer comigo, Bryan? — falei. O medo começou a correr em minhas veias.
— É interessante te ver me chamar assim. — deu um sorriso nasalado, então parado no meio do nada — Você está dando muito trabalho, Mackenzie. Não posso deixar você tão perto do inimigo assim.
— Do que você está falando e o que estamos fazendo aqui? — eu já sentia meu coração batendo desesperadamente.
— Você sabe do que estou falando sim, Mackenzie. Eu acho que você conhece meu pai, Niklaus Wright. — demorei um pouco para interligar os fatos. Quando comecei a entender, tentei sair do carro, mas as portas estavam trancadas.
— Me deixa sair, por favor. Eu não tenho nada haver com isso, por favor. — não conseguia controlar, as lágrimas desciam descontroladamente.
— Você vai sair sim, querida. — disse, saindo do carro, abrindo minha porta e me puxando em direção a um casebre antigo.
— Por favor, Bryan. Me deixe ir, eu prometo ficar fora disso tudo.
— Eu sinto em dizer, mas você não tem como sair dessa. Aposto que seu pai iria adorar ver sua filha morrer. — disse, me jogando no canto da parede. O quê? Como assim pai? — Ou iria adorar se eu fizesse outras coisas. — ele seaproximou de uma mesa, tirando uma faca, pude ver que tinha outros instrumentos.
Ele estava vindo em minha direção. Me levantei, tentando correr até a porta, mas ele me pegou pela cintura e me jogou, novamente, na parede.
— Que menina teimosa. Se você ficar quietinha, não vai doer nada. — vi ele passar a lâmina no meu rosto, sentindo uma ardência e em seguinda vendo sangue.
— Por favor, pare.
— Tudo bem, então. — ele cravou a faca em minha coxa, fazendo eu cair no chão. Ele baixou seu rosto, o olhei e, em um gesto de coragem, cuspi no seu rosto. Vendo o seu olhar mudar, os mesmo ficaram escuros.
— Você vai pagar por isso, vagabunda. — ele me puxou pelos cabelos, dando um soco em meus lábios e um chute no meu estômago, caí no chão, sentindo sangue sair da minha boca. Antes dele bater novamente, uma voz soou.
— Solte ela, Wright, agora. — quando escutei sua voz, tive uma mistura de sentimentos: alívio e, ao mesmo tempo, espanto. O que ele estava fazendo ali?
— Justin! — foi minha ultima palavra quando comecei a apagar.
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