História Stop Confuse Me (Imagine Jungkook) - Idiot.

Incrível como as nossas vidas podem mudar de uma hora pra outra.

Por um lado, a gente sempre tenta enxergar o lado bom, mas pelo o outro, parece que nos sentimos mais confortáveis em imaginar os lados ruins, semelhante como algo prazeroso. Estranho? Completamente.

 A questão é que por mais que eu tente imaginar um lado bom em me mudar para o outro lado do mundo, eu não consigo, fazendo assim que as coisas ruins se tornem piores e, parcialmente obrigações negativas. Mas, por outro lado concluo: “minha vida já está uma merda mesmo, não seria tão mal ir para um lugar em que ninguém me conhecesse”, o que me faz sentir um pouco melhor.

Vendo por esse lado, não me importo de ir para o outro lado do mundo, o único problema que tenho que enfrentar é... a escola.

O lugar em que todos almejam fugir e nunca mais pisar seus calcanhares ou até um único sequer dedo, (até há uns que levam isso a serio demais) e que todos contam cada segundo para fugir da tal cadeia. E é claro que eu penso o mesmo.

Entrei naquele lugar e, vendo todas aquelas pessoas conversando e até me encarando, já desejei que um tsunami passasse por ali e destruísse esse lugar, mas é claro, isso não ia se tornar realidade.

Muitos dizem que é importante causar uma boa impressão, mas eu tô cagando. Não estou em uma entrevista de emprego, estou num lugar muito pior.

Havia muitas salas naquele vasto corredor, eu não conseguia achar a minha e, infelizmente, tive que perguntar pra alguém.

— Com licença, você pode me dizer onde fica a sala AB? – elas deviam agradecer, pois usei meu lado precioso, coisa que me arrependi em segundos. Elas, parando de rir como umas hienas, ainda de lado, me encararam de cima a baixo, começando a rir em seguida, mas não aquela risada de pessoa decente, aquela que quer chamar a atenção.

Eu, vendo que não conseguiria informação nenhuma ali, me virei, pronta para sair, até que um braço me segurou.

— Você é (s/n)? – as garotas pararam de rir e começaram a mexer em seus cabelos. Que ridículas.

— Sim. – falei automaticamente, o garoto de cabelos pretos sorriu pra mim e eu arqueei as sobrancelhas, não entendendo o que ele queria.

— Você é da mesma sala que eu e meus amigos. – estendeu a mão. – Park Jimin. – olhei para si e depois para suas mãos, mas não recusei o cumprimento. – A aula já começou, também estou atrasado, vamos?

O mínimo que podia fazer para não levar uma falta era aceitar. Assenti com a cabeça e, antes de sair, encarei as nojentas que davam risadas e mexiam na palha que tinham grudado na cabeça.

Ele abriu a porta de correr e, imediatamente a voz do professor cessou.

— Está atrasado. – lembrou-o.

— Eu sei, me perdoe senhor. – se curvou.

— Tudo bem, sente-se em seu lugar. – ele assentiu silenciosamente e foi para seu lugar, me deixando ali como uma estátua, sem saber o que fazer, enquanto todos me encaravam. O professor percebeu minha presença (como se eu não estivesse ali antes) e sorriu. – Você é (s/n)? – assenti.

Ele me chamou para o pior, me apresentar na frente de toda a turma.

— Pessoal. – chamou a atenção dos alunos, que passaram a me encarar, eu, sem saber o que fazer, fiquei olhando para o chão. – Esta é (s/n), ela é brasileira e veio estudar conosco. – falou sorridente.

Eu, percebendo que teria que falar algo, o fiz.

— Oi. – foi a única coisa que disse, agradecendo para o professor não ter insistido para eu me pronunciar de novo, ele apenas me mostrou meu lugar.

O sinal tocou, anunciando o intervalo, o que foi um alívio pra mim.

Virei para trás em direção à minha mochila, para pegar meus fones e quando fui me levantar suspirando, um braço me segurou (novamente).

— Olá, você é nova por aqui? – um garoto de cabelos alaranjados sorridente chegou me perguntando.

“você não estava na aula? É claro que sou” – pensei.

— Sim. – falei.

— Eu sou Kim Taehyung e esses são Seokjin, Jimin e Yoongi. – falou mostrando os outros três garotos atrás de si.

— Oi. – falei e eles sorriram.

— Você quer comer com a gente? – pensei por alguns segundos e acabei aceitando, até porque hoje eu não estava muito apta pra ficar escutando música. Assenti com a cabeça e o tal de Taehyung sorriu e me levou com eles até a lanchonete.

Taehyung fez questão de me pagar um sanduíche, coisa que eu achei muito estranho, porque no Brasil as pessoas não são tão gentis assim, mas não decidi contrariar.

Quando vi, mais duas pessoas se aproximaram da mesa.

— Ah, eles chegaram. – falou Jimin. Todos se cumprimentaram e, os dois, vendo uma intrusa no meio deles, ficaram me encarando, até que Taehyug decidiu me apresentar.

— Esta é (s/n), ela é nova. – falou e eles continuavam me encarando e se apresentaram, fiz o mesmo, os nomes deles pareciam ser Namjoon e J-Hope.

— Onde está o Jungkook e a Andressa? – perguntou o tal J-Hope.

— Não sei... – falou Jin observativo, virando a cabeça para trás e procurando esses dois. Eu fiquei em silêncio, apenas comendo meu sanduíche, até que alguém me chama.

— (s/n) está gostando da escola? – perguntou o tal Jimin, que estava sentando ao meu lado.

— Sim. – falei, ele apenas sorriu, iria falar alguma coisa, mas a voz de Jin o interrompeu.

— Ali está ele! Jungkook! – gritou o nome do garoto, acenando com a mão.

Depois de dois minutos, um garoto com cabelos negros e todo preto se aproximou da mesa, sendo cumprimentado por todos ali presentes, em seu lado, uma garota com cabelos crespos vermelhos estava presente.

— Essa não é a namorada dele, eles são amigos como... irmãos. – falou Jimin lendo meus pensamentos, apenas o encarei séria e ele sorriu.

— Quem é essa garota? – o tom que sua fala saiu já bateu o ódio em mim. Ele me olhava sério e parecia um tanto incomodado com minha presença.

— Essa é (s/n), ela é nova por aqui. – Taehyung me apresentou pela décima vez hoje.

— Prazer. – ainda tentei ser gentil, estendendo a mão para o garoto que riu abafado, não me devolvendo o cumprimento.

— Por que você está sentada aqui? – falou ainda aos irônicos risos – Você não é minha amiga. – pude ver Jin o repreendendo com o olho, mas ele não abaixou a guarda, e eu também não ia.

— Não acho que preciso da sua permissão pra sentar aqui. – retruquei. – E não, você não é meu amigo, tanto que estava melhor quando você não tinha chegado aqui. – ele deu mais uma risada, aparentemente debochando de mim.

— Achamos outra pessoa com o mesmo temperamento do Jungkook. – brincou Jimin, tentando deixar o clima menos tenso.

— Isso vai ser divertido. – sussurrei, mas pelo visto, o garoto também escutou e acabou dando um sorriso torto nos lábios.

— E onde eu vou sentar, já que alguém selou seu nome no meu lugar? – falou irônico.

— Bom, eu vou embora, tendo em vista que estou atrapalhando. – fui me levantar, mas Jin foi mais rápido e me empurrou de volta para a cadeira.

— Nada disso, (s/n) você fica. – Jin olhou para Jungkook com repreensão. – Jungkook pode pegar uma cadeira e se sentar do meu lado, não é Jeon? – falou e vi o garoto levantar as sobrancelhas.

— Posso? – falou.

— Pode sim. – vociferou um pouco alto, fazendo o garoto suspirar e pegar duas cadeiras, uma para si e outra para a garota perto dele.

O intervalo até passou rápido, consegui me controlar e ignorar aquele acéfalo e fiquei conversando com Jimin, ele parece ser uma pessoa muito legal, assim como Taehyung e Jin.

Já na saída, eu estava exausta indo para casa, quando uma mão toca no meu ombro e me assusta.

Dou um pulo.

— Desculpa por te assustar. – falou rindo, sendo acompanhado por Jin e Jimin, os garotos presentes em seu lado. – (s/n) você tem planos para hoje à noite? – perguntou sorridente.

— Não... – falei.

— Nós vamos ver um filme na casa do Taehyung hoje, você quer vir com a gente? – falou e eu não respondi nada. – Vai ser legal! – insistiu.

— Melhor não. – falei sorrindo fraco e dando a volta, rumo à minha casa.

— Por que não? – ele se atravessou em minha frente.

— Sou um incômodo para certas pessoas. – meu sangue ferveu só de lembrar naquele garoto estúpido.

— Você fala de Jungkook? – Jin falou e eu nada respondi. – Não se preocupe com ele, é assim no começo, mas depois ele se acostuma com você!

— E então (s/n), o que acha? – o garoto na minha frente sorriu, sendo acompanhado pelos dois presentes, que ajudavam na insistência.

Suspirei.

— Estou vendo que não tenho escolha... – eles sorriram novamente.

Dei meu telefone para eles e me avisaram a hora, vulgo 19h, em que eu teria que tirar meu confortável pijama (que nem vou poder colocar).

Eu estranhei, porque eles mal me conhecem e já vão me convidando, mas...

...estou feliz que ganhei amigos.