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História Storm in the dark - Capítulo único


Escrita por: ShionNeblina

Notas do Autor


e pensar que pretendia escrever uma 13+ fofinha desses dois saiu essa 18+ ai

Capítulo 1 - Capítulo único


               Nico POV

               - ...Mas afinal, o que eu poderia esperar de um namoro que sequer comecei? – lá estava eu, novamente ouvindo o mesmo monólogo de Jason.

               Desde que o relacionamento que mantinha com Piper acabou, há mais ou menos um mês essa cena se repete.

               Os dois nunca tinham namorado em “tempos de paz”, o relacionamento havia começado no início da Guerra contra Gaia, logo, todo o tempo que passaram juntos era se preparando para combate.

               Assim que a guerra acabou, mais ou menos um ano atrás eles, pela primeira vez, puderam ter o que seria um namoro normal (dentro dos padrões de semideuses) e perceberam que se davam melhor em combate do que de mãos dadas pelos campos de morangos.

               - Jason, já tivemos essa conversa milhões de vezes, falta muito para você superar esse término que foi você quem pediu? – Nas primeiras vezes eu era mais compreensivo, mas ele literalmente fala as mesmas coisas todos os dias. Chega um ponto que nem eu, que após a décima conversa só fingia ouvir, aguentava mais.

               - Ah, mas eu já superei. – Ergui as sobrancelhas, essa era nova. – Mas não posso deixar de achar nossa história interessante, Piper é uma garota incrível, mas não como minha. Nico, acho que gosto de romances. – Soltou a última frase de forma totalmente aleatória.

               - Não me diga, Grace, eu certamente não notei sua obsessão por saber sobre relacionamentos. Talvez seja por isso que se deu tão bem com a filha da deusa do amor.

               Quando comecei um namoro com Will logo após a guerra, Jason simplesmente não largava do meu pé querendo saber todo tipo de detalhes sobre o relacionamento, talvez seja até por isso que terminou seu próprio namoro, parecia ligar mas pra mim do que para a namorada.

               -É... pena que minha novela favorita acabou. – Riu olhando para mim. – Pelo menos não vamos passar pela vida de solteiro sozinhos, olha que coisa boa.

               Riu ainda mais como se a piada tivesse sido boa, admito que dei uma leve risada contagiado pelo loiro.

               - Falando nisso, até hoje você não explicou direito porque terminou com aquele filho de Apolo, pareciam tão bem juntos. – O Jason excessivamente interessado na minha vida amorosa retornou me fazendo revirar os olhos.

               -Já te expliquei diversas vezes, eu não o amava, foi tipo uma paixão momentânea e quando acabou, só acabou. Cada um foi para um lado e eu não fiquei contanto a história do meu término mais de vinte vezes para meu amigo. – Não resisti a indireta que pela expressão dele foi recebida com sucesso.

               - Ok, eu paro de repetir essa história, mas em troca, você vai passar mais tempo conversando sobre coisas aleatórias. – Sorriu como se tivesse feito a melhor oferta do mundo.

               A ideia de passar mais tempo conversando com Jason me agradava, mas meu orgulho não me permitiria ceder tão facilmente.

               Depois de discutir bastante com ele no final cedi, já pretendia aceitar a oferta antes de qualquer forma, mas o que eu não esperava era que o filho de Zeus iria grudar em mim do amanhecer ao anoitecer.

               Todos os dias da semana que se seguiu, Jason batia na porta do meu chalé para me acompanhar no café da manhã e passávamos o resto do dia juntos. Acredito que se nossos chalés não fossem separados ele iria querer dormir na minha cama.

               A princípio fiquei bem desconfortável com esse comportamento do loiro, estou acostumado a ficar sozinho a maior parte do meu tempo. Mesmo quando eu namorava, talvez esse seja o motivo de ter durado só dois meses.

               Mas com o passar dos dias a presença dele foi se tornando mais e mais agradável, ao ponto de que a ideia de ele querer dormir na minha cama um dia não parecesse algo absurdo em minha mente. Eu gostava de passar tempo com aquele filho de Zeus, para desespero de nossos pais, mas isso é problema deles.

               Na verdade, acho que retiro o que disse sobre estar confortável com a ideia de dormir com o loiro ao meu lado, agora que terei que botá-la em prática. Atualmente meu coração está prestes a explodir enquanto eu encaro a porta do banheiro do meu chalé ouvindo o som do banho de Jason.

               Como fui parar nessa situação? Bem...

               Depois de treinarmos com as espadas, por algum motivo pensamos que seria uma boa ideia roubar morangos o que resultou em uma viagem nas sombras de emergência que nos deixou em algum canto da floresta.

               Como resultado, cai no sono pela tarde inteira e Jason sem saber onde estava apenas me acompanhou na soneca. Acordei com o som da trombeta anunciando o toque de recolher. Fiz outra viagem nas sombras para dentro do meu chalé, por ser de noite quase não precisei me esforçar então não cai no sono novamente.

               O que nos leva de volta a situação atual, em que Jason não pode sair do meu chalé sob risco das harpias o pegarem em flagrante, não só de estar fora de seu chalé após o toque de recolher como de estar a sós com outro campista num chalé.

               E aqui estou eu, quase sofrendo um infarto.

               A porta se abre lentamente revelando um Jason vestindo apenas uma bermuda minha.

               Salivei.

               A visão do corpo definido de Jason sob a leve iluminação do meu chalé foi um golpe duro para minha sanidade.

               -Hm, Nico? – A voz dele me trouxe de volta à realidade.

               - J-Já que terminou vou tomar banho. – falei apressado e me tranquei no banheiro, para chegar na porta tive que passar por ele e... Por Hades, desde quando o cheiro dele é tão atraente?

               Respirei fundo enquanto me despia.

               “você e Jason são só amigos, vocês não têm uma relação desse tipo e você não o acha sexy.”

               Repetia em minha mente como um mantra, mas a situação que encontrou ao retirar suas roupas de baixo contradiziam o que ele mesmo queria acreditar.

               Tomei um banho frio para espantar os pensamentos que queriam se formar em nesse momento. Após me secar conclui que definitivamente não estava em um dia de sorte.

               Por causa do nervosismo anterior esqueci de pegar as roupas.

               Olhei para minhas roupas sujas cogitando vesti-las novamente para pegar novas no armário, mas elas estavam tão imundas que descartei essa opção rapidamente. Sem contar que Jason iria perguntar porque eu não pedi para ele pegar as roupas por mim. Mas isso envolveria ele mexer no meu armário e... Acho que não estou confortável com essa ideia...

               “Então só me resta isso mesmo” pensei enrolando uma toalha em minha cintura.

               Minha vontade era de cobrir a parte superior também, mas acho que isso seria estranho considerando que sou um garoto e não queria atrair mais comentários indesejados daquele filho de Zeus.

               Engoli a vergonha que sentia e abri a porta, encontrando um loiro deitado em um dos beliches brincando de jogar um travesseiro para cima. Ao me ver esqueceu do que fazia e o travesseiro acertou em cheio sua face.

               Fingi nem o ver e fui reto em direção do armário pegar o que eu queria para voltar ao banheiro o mais rápido possível. Mas com minha incrível sorte claro que eu iria tropeçar em um desnível do chão e cair de cara, não literalmente, mas gostaria, quem sabe assim eu desmaiava e podia evitar o constrangimento que se seguiu.

               - Nico! Se machucou? – Jason se aproximou, seu rosto estava bem avermelhado, certamente estava se acabando de rir por dentro, mas a cara de preocupação dele era bem convincente, devo admitir.

               -Já passei por coisas bem piores sem me machucar. – Bufei desviando o olhar, o exibido ainda estava sem camisa o que me fez ficar ainda mais desconfortável de estar com meu tórax magro exposto dessa forma. – Com licença.

               Me levantei o mais rápido que pude e novamente estava trancado no banheiro sentindo meu coração quase sair pela boca.

               Vesti meu pijama preto e entrei no quarto rezando para todos os deuses que Jason não começasse a falar do meu corpo, afinal, foi a primeira vez que fiquei sem camisa na frente dele.

               Mas talvez eu tenha rezado além do necessário por ele não fez nenhum comentário, e não me refiro ao evento, mas sim ao fato de que ele não disse uma palavra desde que eu atravessei a porta até me sentar em minha cama.

               Tomei coragem e olhei em seu rosto, o que estava evitando fazer por constrangimento, mas seu silencio atiçou minha curiosidade sobre o que se passava com o filho de Zeus.

               O loiro brincava com a fronha do travesseiro, que antes havia caído em sua cara, enquanto mordia o lábio inferior, o que algo no fundo de minha consciência achou bem sexy. Parecia perdido em pensamentos então resolvi não interromper seja lá o que se passava naquela cabeça.

               Me enrolei nos cobertores para dormir, me sentia meio triste, como quem esperava algo, mas não recebeu. Embora eu não soubesse exatamente o que eu esperava.

               Acho que só não estou acostumado com o silencio de Jason, que durou alguns minutos, mas quando estava quase caindo do sono aquela voz que conheço tão bem se fez presente.

               -Nico, está acordado? – sim, estava, mas por algum motivo resolvi fingir que não. – Queria te dizer isso acordado, mas acho que não teria coragem de qualquer forma...

               Meus batimentos cardíacos estavam tão fortes que temi a possibilidade de serem ouvidos pelo outro que estava deitado na cama ao lado.

               -Sabe, acho que repito tanto minhas teorias sobre meu relacionamento porque, bem, éramos duas pessoas que acreditávamos nos amar, mas na verdade éramos só bons amigos e... não consigo parar de pensar que no momento estou criando sentimentos além da amizade por uma pessoa que eu pretendia ser só amigo. – Prendi a respiração, mesmo virado para a parede podia sentir seu olhar sobre minhas costas.

               -Nico, sei que não pode me ouvir agora, mas queria que soubesse que gosto de você bem mais do que só como um amigo. A princípio pensei ser algo como família, sabe, te ver como irmão mais novo e essas coisas. Mas ultimamente percebi que definitivamente não é isso. – Ele suspirou profundamente. – Toda vez que vejo seus lábios sinto uma vontade imensa de beijá-los e... Nossa, você não tem ideia do quanto tive que me segurar quando te vi sair do banho hoje. Você me atrai de uma forma que nunca havia sentido antes.

               Ao ouvir essas palavras me sentei na cama, olhando para baixo, pois mesmo sabendo que ele mal podia ver na penumbra do quarto não queria que ele notasse o quão avermelhado meu rosto estava.

               -V-Você estava acordado?! Q-quanto ouviu? – Pelo som ele também se sentou na cama.

               - Jason, o que você falou... é verdade? – Por mais que eu não quisesse deixar transparecer, eu estava muito feliz de ter ouvido aquelas palavras. Mas também estava com medo, dei a chance de ele retirar tudo que disse e fingir que nada ocorreu.

               Após alguns segundos de silêncio comecei a realmente acreditar que Jason iria negar tudo e possivelmente me ignorar, estava tão absorto nesse pensamento que não notei quando ele se aproximou até que sentasse em minha cama e unisse nossos lábios segurando meu rosto delicadamente.

               Fiquei em choque por alguns momentos, o suficiente para Jason se afastar.

               -  Eu... me desculpe Nico, eu não deveria ter feito isso sem sua permis- Foi cortado quando dessa vez eu juntei nossos lábios em um beijo.

               Diferente do anterior esse foi mais carregado de desejo, nossas línguas se entrelaçavam em uma dança erótica. Afundei meus dedos em seus fios loiros enquanto ele me puxava para seu colo pela minha cintura e unia nossos corpos.

               Ele ainda estava sem camisa e eu sentia minha pele fria queimar em contato com seu corpo quente. Quando o ar fez falta nos separamos e me perdi no azul de seus olhos.

               - Eu te amo, Nico. – Disse me olhando no fundo dos olhos.

               - Eu também te amo, Jason. – Expus esse sentimento que antes escondia com todas minhas forças para não perder sua amizade. -    Eu te quero, Jason. – Sussurrei em seu ouvido com uma coragem que não sei de onde criei forças para gerar.

               Quando retornei a olhar seu rosto ele estava sorrindo, um sorriso que conseguia mesclar perfeitamente ternura e malicia. Delicadamente fui posto sobre a cama e ele se deitou sobre meu corpo retomando os beijos. Suas mãos brincavam por debaixo da minha camiseta até resolver retirá-la de meu corpo. A princípio fiquei com vergonha, mas ver seu olhar carregado de desejo sobre mim foi o suficiente para que eu esquecesse esses detalhes.

               Seus beijos desceram por meu pescoço me fazendo gemer e suspirar. Sua mão invadiu minhas roupas apertando minha bunda. Arquejei surpreso e ele se afastou um pouco, me olhando por cima com as mãos na barra da minha bermuda.

               - Posso? – Sem conseguir falar eu apenas acenei timidamente, dando permissão para que ele retirasse as últimas peças que me cobriam. – Nico... Você é lindo.

               Sentia seu olhar observando cada parte do meu corpo exposto, lambia os lábios ao descer a visão sobre mim, o que me fez arrepiar. Mas não arrepiar tanto quanto o que fez em seguida. Novamente se deitou sobre mim e lentamente desceu beijos e lambidas por meu corpo até chegar em minhas partes intimas e abocanhar meu membro.

               -Jason... – Gemi seu nome enquanto ele subia e descia devagar a boca em mim, como quem saboreava um doce. Nesse momento eu já estava ofegante e segurava firmemente os lençóis da cama desarrumada.

               Quando já sentia os primeiros espasmos ele se levantou e sentou na beirada da cama me olhando de forma maliciosa. Entendi o que queria e prontamente me posicionei no chão de frente entre suas pernas e timidamente retirei o que suas roupas escondiam. Não pude deixar de arregalar os olhos com o tamanho do que encontrei. Coloquei o máximo que consegui na boca e tentei replicar o que ele havia feito antes.

               Acho que estava fazendo um bom trabalho pois ele jogou a cabeça para trás enquanto gemia baixinho. Em certo ponto ele voltou a olhar para mim com o rosto corado.

               - Acho que essa é a cena mais sexy que eu já tive o prazer de ver. – Disse ofegante enquanto acariciava meu cabelo para depois me puxar em um beijo.

               Novamente estava deitado sob seu corpo, nossos membros eram pressionados um contra o outro enquanto nos beijávamos aumentando nossa excitação. Umas das mãos do Jason novamente desceu pelo meu corpo seus dedos pressionaram a minha entrada. O toque me assustou e quebrei o beijo.

               Jason pareceu notar meu desconforto e sorriu me tranquilizando.

               - Não precisamos fazer isso se não quiser, ou não estiver pronto. – Depositou um selinho carinhoso nos meus lábios. – A gente pode fazer quando achar que é o momento certo.

               - Eu... desculpe. – Mordi os lábios nervoso não queria fazer algo do tipo tão cedo.

               - Está tudo bem, eu entendo meu amor. – Sorriu me fazendo aquecer.

               Voltamos a nos beijar, Jason segurou nossos membros juntos e iniciou uma masturbação lenta que foi acelerando conforme nossos corpos pediam por mais até que nós dois chegamos ao ápice melando meu abdômen.

               O loiro deitou ofegante ao meu lado entrelaçando seus dedos nos meus.

               -Acho que hoje é o dia mais feliz da minha vida. – Disse sorrindo e eu retribui na mesma intensidade.

               Depois de descansarmos alguns minutos tomamos banho juntos e rimos da ironia de que há algumas horas eu estava extremamente preocupado com a possibilidade de ele me ver somente de toalha e agora estarmos dividindo o chuveiro.

               Dormimos de conchinha e tive a primeira noite sem pesadelos em muitos anos.



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