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História Storybrooke - Capítulo 110 - Conversas e Algumas Compras


Escrita por: 1AquarianaDoida

Notas do Autor


Povo lindo do meu coração, estou de volta!! ;)

Nossa, mil e quinhentas páginas no Word! E pensar que a minha monografia (ou TCC – trabalho de conclusão de curso) quando me formei tinha meras e suadas sessenta páginas que incluía a capa, ante capa, agradecimentos iniciais e finais, mais bibliografia e anexos, além do texto claro kkkk

Bom quero agradecer imensamente de coração a todos (que comentaram, favoritaram e acompanha dentro de fora da moita)... Meu muito obrigada, principalmente pela paciência na espera pelos capítulos das audiências. Elas estão acabando e espero voltar ao ritmo que estava e uma média de dois capítulos por semana ;)

Aaahh está rolando na net uma foto da JMo andando a cavalo e um vídeo dela aprendendo a lançar um boi... Acho que tem gente lendo a minha história kkkk

Bom, boa leitura e divirtam-se!!

Capítulo 110 - Capítulo 110 - Conversas e Algumas Compras


- Oi. – cumprimentou a veterinária assim que se aproximou. Assustada Meghan apenas olhou com os olhos arregalados quem havia falado com ela. Ruby sorriu e se agachou para ficar na altura da menina.

- Oi. – veio uma resposta muito baixa, quase inaudível. Os olhos de Meghan ainda arregalados para as duas mulheres a sua frente, involuntariamente abraçou mais forte suas pernas. Fazendo suas madeixas castanhas caírem levemente a frente de seu rosto.

- Podemos nos sentar aqui? – pediu Ruby ainda olhando para a menina que apenas assentiu com a cabeça. Ruby sentou de um lado e Katy de outro, deixando a menina no meio. Instantaneamente o silêncio pairou ali, sendo quebrado apenas pelos barulhos das outras crianças e alguns monitores voluntários enquanto faziam as atividades ali no pátio.

- Qual o seu nome? – perguntou Kathryn quebrando o silêncio depois de alguns minutos. Os olhos azuis da advogada olhavam carinhosamente para a menina.

- Meghan. – respondeu baixo mais uma vez. Olhou para Kathryn e depois para Ruby, voltando seu olhar para as crianças no pátio.

- Nome muito bonito. – disse a advogada chamando a atenção da menina para si – Eu me chamo Kathryn. – olhou para sua esposa Vamos minha morena, não é hora para você ficar tímida!

- Eu sou Ruby. – falou a veterinária quando a menina olhou para a morena – Você tem um lindo nome, Meghan. – elogiou com um sorriso. Mais uma vez o silêncio pairou sobre as três.

- Você não é muito de falar, não? – brincou Ruby com um sorriso, então Meghan apenas a olhou com o cenho franzido – Não tem problema, eu também era assim quando criança, então tomei uma pílula para falar mais e agora não consigo ficar de boca fechada. – brincou mais uma vez.

A menina olhou incrédula para Ruby – Não existe pílula para falar mais. – comentou um pouco mais alto que suas últimas respostas, mas ainda mantendo um tom baixo – E até agora você não falou muito.

- Confesso, não tomei pílula nenhuma, eu sempre fui muito falante mesmo. – confessou Ruby em falsa tristeza – Mas agora que comecei vai ser difícil eu parar. – brincou, abrindo um sorriso ao ver a expressão de eu sabia que isso não existia de Meghan – E você Katy, falava muito quando criança? – trouxe a esposa para a conversa também. A menina olhou curiosa para a loira.

- Eu tinha o apelido de grilo falante na época da escola. – respondeu a loira – Não sei porque, pois eu nem falava tanto assim. – fez um bico contrariada ao se lembrar desse apelido – Quanto anos você tem, Meghan?

- Oito. – respondeu a menina – Igual... – parou de falar.

Ruby olhou para a menina – Igual? – incentivou a continuar.

- Igual a minha amiga Jú. – respondeu em um fio de voz. Kathryn olhou para Ruby entendendo que deveriam mudar de assunto. Ruby soltou uma longa respiração não sabendo mais o que falar e ficou olhando alguma coisa que pudesse puxar assunto novamente, então seus olhos brilharam esperançosos quando viu o tênis de Meghan todo cheio de patinhas de cachorros desenhadas – Você gosta de cachorros? – perguntou na esperança de continuar a conversa, mas mudando de assunto.

Os olhos da menina brilharam amorosamente assim que olharam para seu tênis – Sim. – disse passando o dedo em uma patinha desenhada – Eu amo cachorros.

- O que você quer ser quando crescer? – quis saber Katy adorando o jeito todo apaixonado da menina pelos cachorros.

- Eu quero ser médica de cachorros. – respondeu ainda com os olhos brilhando agora com mais dedos passando pelas várias patinhas desenhadas em seu tênis.

- Sério? – disse Katy sorrindo, a menina apenas assentiu com a cabeça – E se eu te disser que Ruby é médica de animais também?

Imediatamente Meghan levantou a cabeça e olhou fixamente para Ruby – Verdade? – perguntou com a voz um pouco mais alta, quase chegando ao tom normal.

Um imenso sorriso surgiu nos lábios de Ruby – Sim, eu sou médica de animais, na verdade a profissão se chama medicina veterinária. – respondeu – Mas eu cuido mais de cavalos do que de cachorros. – disse tirando seu celular do bolso – A cachorra da minha amiga estava grávida e eu que fiz a cirurgia para ajudá-la a ter os filhotinhos. – informou procurando as fotos de Lola e seus filhotes quando eles nasceram – Aqui. – entregou o celular para a menina.

Os olhos de Meghan brilharam apaixonados pela cachorra e seus filhotes – Ai que coisa mais linda e cheia de fofura esses cachorrinhos e sua mãe. – disse amorosamente.

- Isso já faz algum tempo, eles agora estão muito grandes. – passou para a foto seguinte.

- Ai como eles ficaram bonitos. – disse ainda maravilhada com os cachorros – Que vontade de ficar abraçados a eles o dia todo.

- Esse aqui era meu. – apontou o cachorro preto – Mas o filho mais novo de Emma, que é a dona da cachorra, acabou pegando para ele.

- Você não brigou por isso? – perguntou olhando incrédula para a Ruby – Eu brigaria.

A veterinária riu – Não. – respondeu – Pois ela e a esposa depois me deram essa lindeza aqui, como um pedido de desculpas pelo filho ter “roubado” o meu cachorro. – passou para a foto seguinte – Essa é Luna, minha cachorra.

- Que cachorra linda. – exclamou Meghan apaixonada pela cachorra também – Quais os nomes dos outros? – quis saber voltando para a foto anterior.

- Essa é Lola, a mãe de todos, inclusive da minha. – riu mais uma vez e fez os lábios de Meghan se curvarem em um discreto sorriso – Esse é o Ortiz... – apontou o cachorro de pelagem preta – Essa é a Eva... – apontou para a cachorra de pelagem marrom – E essa loirinha aqui é a Allison. – brincou.

- São todos bonitos, mas a sua é linda. – disse Meghan voltando para a foto de Luna e ficou olhando atentamente para a cachorra – Eu gostaria de ter um cachorro.

- Ela agora está maior, essa foto eu tirei quando a ganhei. – explicou Ruby e passou para a última foto do álbum, mostrando o quanto a cachorra tinha crescido.

- Ela ficou mais linda ainda. – disse Meghan com um sorriso nos lábios – E você? Também é médica de animais, digo médica... – parou tentando se lembrar da palavra então seus olhos brilharam – Você também é médica veterinária?  – entregou o celular para Ruby e olhou para Kathryn, orgulhosa de ter lembrado o nome da profissão que quer ser quando ficar mais velha.

A loira sorriu ao perceber que a menina estava mais solta, apesar de mostrar pequenos receios ainda – Eu não levo jeito para isso. – respondeu com uma risada – Eu sou advogada.

Os olhos de Meghan se arregalaram surpresos, então sua expressão lembrou muito Júlia ao examiná-la mais detalhadamente – Você realmente não tem cara de ser médica veterinária mesmo. – comentou alguns segundos depois.

- Esse é o Bonitão. – disse Ruby mostrando a foto do cavalo para a menina – É o cavalo de Regina.

- Que cavalo lindo! – exclamou a menina maravilhada – Você que cuida dele?

Ruby assentiu com um aceno – Dele e mais um monte de cavalo lá da fazenda.

- Fazenda? – a menina perguntou curiosa.

- Sim. – respondeu Kathryn – Uma fazenda imensa e linda.

Meghan olhou para a loira – Você mora na fazenda também? – perguntou incrédula – Você não tem cara de quem mora em fazenda, ainda mais sendo advogada.

Kathryn soltou uma gargalhada – Você tem razão Meghan. – comentou assim que se recuperou – Eu também pensei que nunca iria morar em uma fazenda, mas a coisas aconteceram de um jeito que quando percebi estava morando na fazenda.

- Olha a fazenda. – disse Ruby mostrando algumas fotos do lugar.

- Muito linda a fazenda. – comentou a menina olhando fixamente as fotos que Ruby ia mostrando. A veterinária tomava todo o cuidado para não mostrar nenhuma foto que tinha Jú e Tom – Tem mais gente que mora lá ou são só vocês duas?

Ruby sorriu – Tem muita gente que mora lá.

A menina ainda olhou confusa para Ruby – É como o orfanato? – perguntou curiosa.

A veterinária continuou sorrindo – Pelo fato de ter muitas pessoas sim, é como o orfanato, mas todo mundo que mora ali é funcionário da fazenda. – explicou – Além de ter cavalo, a fazenda oferece aulas de montaria, além de área para passeio durante o fim de semana, então precisa de muita gente trabalhando ali.

Os olhos da menina se arregalaram surpresos – Tem tudo isso nessa fazenda?

- Sim. – concordou Kathryn – Afinal a fazenda é imensa.

A menina olhou para as crianças brincando – Deve ser legal morar lá. Como que chama a fazenda?

Ruby desviou o olhar para as crianças também – Morar lá tem a parte ruim e a parte boa, assim como todo lugar. – comentou – Chama Vale dos Sonhos.

- Provavelmente. – Meghan murmurou uma resposta – Pelas fotos ela se parece um sonho mesmo. – soltou olhando para as crianças que brincavam, fazendo o silêncio pairar mais uma vez sobre as três mulheres.

- Por que você não brinca com eles? – quis saber Kathryn depois de algum tempo em silêncio e vendo as crianças brincarem.

- Não tenho vontade de brincar. – respondeu a menina – Ainda mais agora sem a Jú e o Tom.

Ruby e Kathryn trocaram um olhar significativo sobre o comentário da menina – Você não quer fazer outros amigos? – perguntou Ruby.

Meghan negou com a cabeça, então seus olhos começaram a se encher de lágrimas – Sabe, eu estou feliz por ela ter sido adotada, mas eu sinto muito a falta dela. – comentou em um sussurro – Mesmo quando eu fui adotada eu já sentia a falta dela.

Instintivamente Ruby passou o braço ao redor da menina a trazendo para perto. Meghan não se importou e se deixou ser abraçada, e acabou passando seus braços ao redor da cintura da veterinária – Sshh calma. – ninou a morena, seus olhos azuis já úmidos pelas lágrimas – Calma... – ninou outra vez passando a mão nos castanhos cabelos da menina – Calma que tudo dará certo... Acho que ela também sente muito a sua falta. Quem sabe um dia você não a reencontre novamente. – comentou tentando animá-la, seus olhos brilhantes das lágrimas que surgiram.

- Eu peço toda noite para as estrelas antes de ir dormir, que um dia eu encontre a Jú e o Tom novamente. – disse entre soluço, enterrando seu rosto peito de Ruby.

Kathryn apenas olhou para sua esposa e se juntou ao abraço – Nós também estamos torcendo para que isso aconteça, meu anjo. – confidenciou e depositou um beijo nos cabelos da menina.

-SQ-

- Então morena, o que estamos procurando? – perguntou Emma assim que entraram na loja de artigos sexuais Por favor, venha com safadeza! Emma! Ah mente não seja puritana nesse momento! Ok, não serei, então morena gostosa do meu coração me surpreenda com sua safadeza! Assim que se fala mente!

- Sinceramente eu não sei, mas vamos dar uma olhada em tudo e se acharmos algo que nos interesse podemos pensar na possibilidade de comprar. O que acha? – sugeriu Regina Possibilidade o escambau, você vai comprar e pronto se ver algo interessante! Mente! Ah Regina, estamos em uma loja de artigos sexuais e você quer bancar a inocente, por favor! Tudo bem mente, aceitarei sugestões suas! Agora eu gostei!

- Acho uma boa. – concordou Emma olhando para aquele monte de coisa Por meu chapéu! Tem muita coisa aqui! – Se bem que eu não achava que tinha tanta coisa assim. – brincou.

- Acho que isso não é nem a metade do que existe. – Regina falou com um sorriso travesso nos lábios Já passei em frente de lojas maiores que essa!

Emma soltou uma risada safada – Então vamos desbravar esse mundo do prazer. – piscou maliciosamente para sua esposa Principalmente se acharmos coisas interessantes!

- Oi? Posso ajudá-las? – perguntou a atendente assim que Emma e Regina deram um passo a frente para começarem a exploração do lugar.

- Estamos apenas dando uma olhada. – respondeu Regina olhando para a moça.

- Fiquem a vontade e se tiverem qualquer dúvida é só me chamar. – informou a atendente que recebeu acenos de cabeça das duas mulheres. A mulher sorriu e voltou para seu lugar atrás do balcão.

- Por onde começamos? – questionou Regina olhando tudo.

- Vamos começar por ali. – apontou Emma para uma área que mostrava modelos variados de lingeries.

Regina olhou para sua esposa – Mas acabamos de comprar algumas.

- Ah morena, é apenas uma olhada. – disse Emma puxando sua esposa pela mão – Vamos explorar a loja toda, mesmo que isso inclua olhar calcinhas novamente. – gargalhou da revirada de olhos de sua esposa Vai ser divertido!

Os olhos castanhos atentos a tudo – Sério que tem gente que usa esses modelos? – perguntou Regina incrédula Nessas horas que realmente aquela frase: há gosto para tudo! faz sentido! Como faz Regina!

- Provavelmente. – comentou Emma tirando uma peça que eram dois fios a frente e um fio atrás – Mas acho que a pergunta é: Como se usa isso? – virou a peça de cabeça para baixo – Ou não se usa? – arriscou Acho que serve apenas para falar que tem alguma coisa! Ou para não deixar nada para a imaginação!

Regina pendeu a cabeça para a direita tentando imaginar como se usa também – Não faço a mínima ideia de como se usa isso. Não vem com manual de instruções de como se usa?

A loira revirou a peça novamente – Acho que não... Deixa para lá. – Emma colocou a peça de volta a arara. Continuaram olhando as lingeries com um comentário ali e lá – Olha esse tem zíper a frente. Por meu chapéu, pensou se esse zíper belisca a pele?

A cara de dor que Regina fez foi impagável – Nem quero imaginar, pois já estou sentindo a dor disso beliscando a pele sensível ali mesmo não usando esse modelo.

- Melhor deixar quieto isso também. – comentou colocando a peça de volta no lugar.

Continuaram andando – Por meus casos, até sapatos tem! – Regina exclamou surpresa.

Emma riu – Eu sei que tem gente que tem fetiches por pés, então não era de se estranhar que também tenham sapatos.

Regina a olhou, incrédula – Sério? – Emma apenas assentiu com a cabeça E a surpresa não para! Continuaram a exploração da loja – Claro que não poderia faltar a parte de chicotes e afins. – brincou.

- Ah morena, um tapinha na hora exata é até estimulante. – piscou Emma para sua esposa que imediatamente ficou vermelha Confessa Regina que você adora quando sua loira lhe dá uns tapinhas! Não vou confessar nada! Mas que garota mais safada você! Quieta mente!

Olharam as peças com muita curiosidade, mas não tiveram coragem de tirar do lugar e logo estavam caminhando novamente. Chegaram a parte de acessórios em geral, desde dildos até cremes e pomadas. Os dois pares de olhos se arregalaram diante de tanta coisa ali exposta.

- Por meu chapéu! – exclamou Emma não sabendo por onde começar a olhar – Estimulante energético... – leu o rótulo do produto em sua mão – Apenas duas gotas e você terá uma noite intensa de prazer. – olhou para sua esposa – Será que precisamos disso? – ergueu alternadamente as sobrancelhas brincando com sua esposa Com o fogo que vocês têm? Não precisam disso não, Emma!

Regina apenas ergueu a sua sobrancelha esquerda, em seu jeito característico – Minha querida esposa, sem isso já transamos quase a noite toda, se tomarmos isso capaz de ficarmos uma semana transando feito duas coelhas, como a Ruby gosta de nos chamar vez ou outra. – respondeu seriamente, mas seu sorriso a traía Mas quem sabe um dia podemos fazer essa experiência!

Emma soltou uma gargalhada e colocou o produto de volta no lugar – Quem sabe quando ficarmos bem mais velhas, talvez isso venha a calhar. – piscou Olha Emma sei não, acho que nem quando vocês ficarem velhas! Então foi a vez de Regina soltar uma gargalhada e continuaram olhando a variedade de produtos. Era tanta coisa que as vezes elas se perdiam em tanta informação.

- Em-ma... – gemeu travessamente Regina ao ouvido de sua esposa mostrando um frasco de gel íntimo térmico comestível – Quer um com gosto de maçã? – perguntou sedutoramente Isso me interessou!

Um arrepio se apoderou do corpo da loira que apenas soltou um grunhido – Golpe baixo, morena. – resmungou contendo um gemido, e instintivamente sentiu uma leve contração em seu abdômen Literalmente golpe baixo! – Mas acho que não preciso de gel sabor maçã, afinal você é o meu fruto proibido. – piscou maliciosamente para sua esposa Receba um pouquinho do seu veneno! – Mas aceito levar uns dois ou três sabores. – sorriu de lado.

Os olhos de Regina escureceram com a ideia Droga Emma, isso foi golpe baixo! Tremo só de lembrar você e meu fruto proibido! Então Regina aproveita e leva alguns sabores! – Chocolate, morango e claro, maçã. – disse Regina pegando três frascos. Continuaram olhando quando a atendente apareceu oferecendo uma cestinha para elas.

- Olha, esse deixa a língua colorida. – comentou Emma pegando um pequeno frasco azul – Será que sai fácil? Imagina a cena no da seguinte a gente com as línguas coloridas e nossos filhos perguntando o porque.

- No mínimo seria constrangedor. – respondeu Regina rindo ao imaginar a cena – Melhor deixar isso aí.

Emma assentiu com a cabeça colocando o produto de volta no lugar – Óleos para massagem... – comentou assim que viu os frascos com os óleos Isso é interessante!

- Acho que prefiro os cremes, são menos gordurosos e não fazem tanta sujeira. – comentou Regina achando os cremes São melhores para massagear! Você já usou óleo para massagem? Não, mas creme são melhores para esse uso em específico!

- Os nossos estão no fim, se quiser podemos renovar nosso estoque. – sugeriu Emma com um sorriso de lado – E aumentar a coleção. – piscou Quero muitas massagens picantes!

- Então vamos. – concordou Regina pegando alguns frascos de creme para massagem Já estou imaginando como vou usar esses cremes! Adoro quando você se entrega para o lado negro da força! – Vamos ver os sabores... Caviar? – disse com a expressão de nojo De jeito nenhum!

- Nem pensar! – comentou Emma Deve ser muito esquisito! Sem falar que deve ser nojento! – Próximo!

- Morango. – continuou Regina e olhou para sua esposa que assentiu Hum, esse sim! – Chocolate. – outro aceno positivo Bom também! – Menta? – Emma inclinou a cabeça para o lado Será? Bom, queremos aumentar a coleção!

- Acho que esse a gente não tem. – comentou.

- Então vamos levar para experimentar. – disse Regina colocando o frasco dentro da cestinha – Claro que temos que levar um de maçã. – comentou e Emma apenas sorriu de lado Já até sei como vou usar esse de maçã! Emma e suas ideias mirabolantes! Ah mente, esse creme já tem destino! – O que esquenta e esfria não pode faltar também. Mais algum?

- Acho que não? – comentou Emma olhando algo que lhe chamou a atenção Oi? – Hot Ball... – murmurou ao pegar a embalagem com duas bolinhas - A bolinha Hot Ball é revestida por uma capsula de gelatina de teor alimentício e não causa irritação. Tem proporções hidratantes, emolientes, lubrificante e rico em vitamina E. Pode ser introduzida no canal da vagina ou ânus. Se rompe na penetração exalando aromas afrodisíacos e proporcionando um leve aquecimento. É expelida ou dissolvida pelo próprio corpo após a relação sexual. Bolinha com aromas variados para o seu prazer. – terminou de ler e olhou para sua esposa – Experimentamos ou não?

- Leve uma. – Regina respondeu e piscou ao mesmo tempo Me pareceu interessante! Não custa nada experimentar algo diferente! Com um sorriso de lado Emma colocou a embalagem dentro da cestinha Vai ser divertido usar esse Emma! Provavelmente mente, mas se for bom na próxima podemos comprar mais! Agora vi vantagem em vir nessa loja! Continuaram olhando até finalmente chegarem aos vibradores, dildos e afins.

- Será que precisamos de mais um? – perguntou a loira olhando as formas, tamanhos, cores e tipos dos dildos.

- Acho que o que temos está bom, mas não reclamaria se levarmos mais um. – Regina piscou mais uma vez fazendo os olhos de Emma se escurecerem em excitação ao imaginar a nova aquisição. Escolheram mais um que era compatível com a cinta que já tinham então começaram a olhar apenas Acho que no momento está bom as nossas aquisições! – Isso mais parece uma cobra. – apontou um dildo todo preto e comprido que tinha um formato de um S Será que vem com manual de instruções também?

- E esses vibradores? – apontou Emma rindo – Um mais esquisito que o outro. – comentou – Esse parece uma borboleta. Esse é literalmente um anel. – foi apontando os objetos O que a criatividade humana não faz? Ela pode fazer muita coisa boa, assim como muita coisa ruim, e claro coisas bizarras! Com certeza mente!

- Esse te dá uma surra de língua. – brincou a advogada apontando para um vibrador em específico que tem várias línguas e que vão girando. As duas mulheres não aguentaram imaginando a cena e caíram na risada.

- Melhor ficar com apenas uma língua mesmo. – comentou Emma ao se recuperar da risada Que apenas uma já me dá uma surra! ~ Ai mente nem preciso de outra língua que não for a da minha loira!

- Esse deve dançar macarena. – comentou Regina, agora reposta, apontando um que ela não conseguia distinguir seu formato e muito menos como usar. As duas mulheres acabaram rindo mais uma vez, mas agora da peça Confesso que não achei que iria encontrar coisas tão diferentes por assim dizer! Mas está divertido!

Elas continuaram andando e olhando até finalmente chegarem a parte de fantasias. Elas olhavam atentamente as peças até que os olhos de Regina caíram em um par de algemas Uma nova fantasia surgindo! Adoro Regina! – Que tal Emma? – perguntou ao pegar o objeto apenas com o indicador e mostrar para sua esposa. Emma sorriu de lado Minha morena safada! – Você nunca teve alguma fantasia desse tipo?

- Não, mas posso começar a ter se você quiser. – piscou para sua esposa morena Posso ter qualquer fantasia que você quiser morena!

Regina abriu um sorriso malicioso Agora eu gostei! Então vamos dar um vislumbre do que acabei de imaginar! – Imagina você sendo a xerife da cidade, com todo aquele ar de eu sou a lei... Toda durona. – reprimiu um gemido ao sentir um leve desconforto em seu baixo ventre Era apenas para imaginar e não agir mente! Não tive culpa Regina, você foi muito detalhista na cena!

Emma grunhiu excitada – E você a prefeita mandona dessa mesma cidade, usando suas roupas sexy de senhora prefeita... – acrescentou a loira ao imaginar sua morena em suas roupas de tribunais ­Acho que não saio viva dessa loja!

- Chega! – disse Regina respirando fundo para acalmar seu corpo, acabou colocando o par de algemas dentro da cestinha – Vamos pagar e irmos embora. – sugeriu Eu ainda quero colocar essa fantasia em prática! Emma apenas assentiu não confiando em sua voz.

-SQ-

Tamara se levantou e se postou ao centro do espaço próprio para eles – A Promotoria gostaria de chamar agora a testemunha Will Scarlet. – anunciou.

Da porta de onde Dolores havia entrado saiu Will. Ele estava vestido com a roupa parecida com a roupa de Lilith, porém não tinha a faixa azul e sim branca. O guarda que estava ali nas portas se aproximou – Coloque sua mão esquerda aqui. – indicou o livro que segurava – E sua mão direita para cima e repita comigo. – o homem fez o que fora dito, mas antes fora tirado as algemas – Eu, Will Scarlet, prometo neste tribunal dizer nada mais que a verdade.

- Eu, Will Scarlet, prometo neste tribunal dizer nada mais que a verdade. – repetiu. O guarda voltou para seu lugar perto das portas. Ele soltou um suspiro e se sentou.

- Senhora Scarlet, qual a sua ligação com a senhorita Murray? – perguntou Tamara.

O homem olhou para a promotora – Nossos pais se conheciam a muito tempo... Eu poderia me considerar um colega, pois quando ela precisava de ajuda para transportar os seus produtos ela sempre me chamava para fazê-lo.

- Por que? – perguntou Tamara olhando para o homem.

- Quando meu pai morreu, as coisas ficaram complicadas para mim. – respondeu – E Fiona sempre me ajudava quando tinha a oportunidade.

- Que tipo de ajuda ela oferecia?

- Ela me pagava para transportar seus produtos, ou consertar alguma coisa em sua casa. – respondeu e então olhou para Lilith que o fuzilava com o olhar cheio de raiva.

- Algo a mais? – questionou a promotora.

- Não. – ele respondeu juntamente com um aceno de cabeça – Não era muito o valor, mas eram quase constantes esses trabalhos, pois a Fiona sempre tinha muitos clientes para seus produtos.

Tamara assentiu com a cabeça demorando alguns segundos para continuar – Você conhece a senhorita Lilith Page?

- Sim.

- Como a conheceu? – questionou mais uma vez.

Ele pensou por alguns segundos – Foi em um evento. A Fiona precisava de ajuda para transportar uma escultura e me chamou para isso. Ela havia vendido a peça para um dos organizadores desse evento, e como estava tendo uma festa, ela estava acompanhada da senhorita Page e me apresentou como sua namorada.

- Qual a sua impressão da senhorita Page? – questionou Tamara.

- Protesto! – disse Robin – Pensei que opiniões pessoais estavam fora desse tribunal.

- Opiniões pessoais dos advogados tem que estar fora do tribunal, mas não das testemunhas que são vitais para o caso. – argumentou Tamara.

- Protesto negado. – confirmou o juiz – A testemunha pode responder. 

- Acho que a senhorita Page era a segunda ou terceira namorada da Fiona que conheci. – respondeu Will – Nesse dia do evento nem reparei direito, pois meu interesse era fazer o meu serviço e ir embora. – fez uma pausa – Mas com os outros serviços comecei a ter um contato maior com a senhorita Page, uma vez que a presença dela era mais frequente.

- O que você notou?

- Que a senhorita Page no começo era tranquila, mas depois foi ficando meio louca, possessiva mesmo. – respondeu ele olhando para a Tamara.

A promotora andou de um lado a outro analisando, parou e olhou para Will – Senhor Scarlet, o senhor chegou a presenciar alguma briga entre elas?

O homem soltou uma respiração – Sim... Algumas. – respondeu.

- Você saberia o motivo dessas brigas? – voltou a perguntar.

Outro suspiro – No começo era aquelas brigas bobas de namoro, mas depois essas brigas começaram a tomar proporções sérias. – disse – Praticamente todo motivo das brigas era devido ao ciúme que a senhorita Page tinha da Fiona com os amigos, independentes se eram homens ou mulheres.

- Nessas brigas mais sérias, você chegou a testemunhar alguma agressão por parte da senhorita Page? – questionou Tamara.

- Protesto! A promotora não pode afirma que somente a minha cliente seja a causadora das agressões. – argumentou Robin.

- Tudo bem, juiz, eu reformulo a minha pergunta. – disse a mulher e o juiz assentiu – Senhor Scarlet, você chegou a presenciar alguma agressão entre elas?

- Protesto meritíssimo. – disse Robin ao se levantar – A promotora está tentando obter respostas em seu favorecimento.

- De modo algum, meritíssimo. – respondeu Tamara – O senhor Hood Gold protestou na minha pergunta anterior e reformulei, agora ele protesta achando que quero ter uma resposta favorável, sendo que a minha pergunta fora imparcial.

- A promotora tem razão. – disse o juiz – Protesto negado, a testemunha pode responder.

Will olhou para Tamara, depois fechou os olhos – Sim... – respondeu ao abrir os olhos novamente – Presenciei algumas vezes e uma delas eu até apertei.

- Por parte de quem vinha as agressões? – perguntou Tamara.

- Sempre por parte da senhorita Page. – respondeu Will e aquilo fez o público murmurar em alto volume.

- Silêncio! – pediu o juiz batendo o martelo no apoio – Silêncio nesse tribunal. – ordenou e recebeu silêncio novamente – Por favor, prossiga. – olhou tanto para Tamara quanto para Will.

Tamara assentiu e olhou para a testemunha – Você saberia me responder qual seria o motivo dessas brigas e agressões por parte da senhorita Page?

- Ciúmes. – ele respondeu – A senhorita Page não conseguia lidar bem com isso.

- A senhorita Murray dava motivos para a senhorita Page agir da forma que agia? – quis saber Tamara.

- Nem um pouco. – respondeu Will convicto – Pois a Fiona em sua relação de trabalho era muito profissional, e em suas amizades conseguia separar as coisas também.

Tamara assentiu dando alguns passos de um lado a outro – Senhor Scarlet, você poderia nos relatar como foi a briga que você teve que apartar entre elas.  

- Eu lembro que Fiona me chamou, pois tinha uma peça para levar para um cliente, que era recorrente, inclusive era amigo de Fiona. – começou.

- Protesto meritíssimo, terei que ficar escutando histórias e mais histórias nesse tribunal? – protestou Robin.

Tamara olhou perplexa para Robin – Meritíssimo, creio que não sejam apenas histórias, e sim fatos que são importantes para o caso. – argumentou.

- Protesto negado! – disse o juiz – E senhor Hood Gold peço que leve mais a sério o trabalho das pessoas que aqui estão neste tribunal. – repreendeu. Robin apenas assentiu com a cabeça e ficando vermelho de raiva mais uma vez – A testemunha pode continuar.

Will assentiu – Enquanto eu colocava a peça na carroceria da pick-up comecei a escutar elas duas discutindo bem alto. – continuou – A senhorita Page falava que a Fiona estava indo na casa daquele homem, se referindo ao cliente e amigo, não apenas para levar a escultura e também para passar a noite com ele. Que era sempre assim quando ele ligava querendo uma peça. – fez uma pausa e Tamara deixou Will continuar no tempo dele – Já Fiona falava que a senhorita Page estava vendo coisa aonde não tinha, que o homem era apenas um cliente, e um amigo querido, mas que não era mais que isso. Que ela estava apenas levando a peça e que depois viria para casa, porque no dia seguinte iria ter que viajar a negócio. – ele fez outra pausa – A senhorita Page não aceitava a resposta e sempre falava que a Fiona estava mentindo, e quando eu estava voltando para perto para avisar que a peça já estava na pick-up eu vi a senhorita Page com raiva avançar para cima da Fiona. – respirou fundo – Ela acertou um tapa e quando estava para acertar outro golpe quando eu a segurei.

- E depois o que aconteceu? – perguntou Tamara atenta.

- A Fiona pediu para que a senhorita Page fosse embora.

- Ela foi?

- Não sem antes praguejar muito e ameaçar bater novamente em Fiona quando estivessem sozinhas. – respondeu Will.

Tamara assentiu e andou até a sua mesa pegando alguns papéis, e o olhando – Senhor Scarlet, de acordo com o relatório da polícia, o senhor também comentou que havia presenciado uma briga entre elas justamente na noite em que Fiona sofreu o acidente que resultou em sua morte. Certo?

- Protesto! – falou Robin – Como a promotoria teve acesso a esse relatório?

- Do mesmo jeito que você teria se tivesse se preocupado em ir atrás. – disse o juiz olhando para Robin – Você sabe melhor que ninguém que os relatórios dos casos estão a disposição dos advogados. – terminou de explicar – Protesto negado. A testemunha pode responder.

- Sim. – respondeu Will – Eu estava na casa de Fiona para terminar um serviço para ela.

- Que tipo de serviço? – quis saber a Tamara.

- Como disse, além de carregar os produtos da Fiona eu fazia alguns consertos e reparos em geral em sua casa. – respondeu – Naquele dia eu tinha ido aparar a grama, além de arrumar as calhas e trocar duas lâmpadas do jardim.

- Depois o que houve?

- A Fiona me pagou quando a senhorita Page chegou bufando de raiva alegando que a Fona a havia traído aquela tarde, pois ligou várias vezes para ela e Fiona não havia atendido nenhuma. – comentou.

- Isso era verdade? A traição, eu digo. – questionou Tamara.

- Não, pois o que eu sabia era que Fiona estava saindo outra pessoa, e também não estava mais namorando a senhorita Page. – respondeu Will – Quando Fiona disse que não devia mais nenhuma explicação da vida particular para a ex-namorada, parece que aquilo fez explodir alguma coisa dentro da senhorita Page que a mulher começou a gritar feito uma louca, e cansada de tudo aquilo Fiona retrucou com gritos também.

- E você o que fez? – perguntou Tamara.

- Eu acabei indo embora como Fiona me pediu assim que me pagou. – respondeu – Eu até quis ficar para caso acontecesse alguma coisa mais séria, mas a expressão da Fiona me indicava que fosse embora que ela iria resolver aquilo. Quando estava dentro do meu carro vi a senhorita Page saindo da casa de Fiona momentos depois fazendo escândalo e ameaças de morte.

Tamara assentiu e deu alguns passos para um lado e depois para o outro, olhou para seus papéis em mãos novamente, ergueu seu olhar o fixando em Will – Senhor Scarlet, você gostaria de nos dizer porque está usando uniforme da prisão?

- Protesto meritíssimo, o que essa pergunta ter a ver com o caso? – argumentou Robin.

Tamara respirou fundo – Tem tudo a ver com o caso, meritíssimo, porque indiretamente a testemunha está envolvida na morte da senhorita Murray.

- Protesto negado. – disse o juiz – Eu quero saber a resposta. – indicou para que Will continuasse.

- Porque estou preso por ser cúmplice de Lilith Page no assassinato de Fiona Murray. – respondeu. Aquilo fez todo o alvoroço do público voltar.

-SQ-

- Está melhor? – perguntou Ruby ao ver que Meghan havia parado de chorar, mas ainda estava aninhada dentro do abraço, enquanto sua mão fazia carinho nos cabelos castanhos da menina. Seus olhos azuis tinham poucos vestígios das lágrimas que teimaram em cair, mas que foram fortemente seguras ali. Meghan apenas assentiu com a cabeça depois de soltar uma longa respiração.

Meghan se soltou do abraço depois de alguns minutos em silêncio – Desculpe pelo meu choro. – se desculpou limpando os vestígios das lágrimas com os braços e dorso das mãos.

- Hey, não precisa se desculpar. – disse Kathryn sorrindo amorosamente enquanto tirava uma mexa de cabelo do rosto e a colocando atrás da orelha da menina – Tudo bem sentir falta da amiga, isso é normal. Mas me diz, o que você gosta de fazer? – quis saber mudando de assunto.

- Eu gosto de ler. – respondeu a menina já mais recomposta – Mas faz tempo que não vou na biblioteca.

- Que tipo de livro você gosta de ler? – perguntou Ruby – Eu gostava muito de ler quadrinhos quando mais nova.

- Eu gosto de ler livros sobre cachorros. – disse com toda a paixão em sua voz e no olhar – Eu acho os cachorros tão lindos e fofos. Também gosto de ler quadrinhos, mas ainda prefiro livros sobre cachorros. – sorriu timidamente.

- Eu gosto de ver as revistas de moda. – disse Kathryn com sorriso nos lábios – Apesar de seguir a minha própria moda, acho divertido o que pessoal chama de moda.

Meghan fez uma cara de tédio – Revista de moda é chato. É aquele povo todo maquiado com umas maquiagens diferentes e vestindo com umas roupas loucas. – riu – As páginas viram ótimas bolinhas para brincar de guerrinha.

Os olhos de Kathryn se arregalaram surpresos – Então é isso que você faz com as revistas de modas? – perguntou brincalhona. Meghan riu sem vergonha e assentiu com a cabeça – Sabe o que você merece por fazer bolinhas de papel com as ótimas revistas de modas? – perguntou a advogada e piscou para Ruby, que imediatamente entendeu.

- O que? – perguntou a menina receosa por ter falado algo errado ou algo que a loira pudesse não ter gostado.

Kathryn aproximou seu rosto da menina, e sorrateiramente foi aproximando suas mãos da barriga sem ela perceber, enquanto apenas sorria – Muitas cócegas. – disse e suas mãos começaram a fazer cócegas na menina que pulou em surpresa para soltar uma sonora gargalhada, segundos depois.

- Nã-ãã-ão! – disse ela tentando se defender das mãos da loira com suas pequenas mãos, mas Kathryn foi implacável – Pa-paraa! – pediu rindo e acabou deitando sobre o colo de Ruby.

- Só para se você falar que revista de moda não é chata. – brincou Kathryn olhando amorosamente para a menina.

- Nun-caa. – disse ainda rindo com as cócegas que a advogada fazia em sua barriga e costelas.

- Vamos! Diga que eu paro. – falou Kathryn abrandando as cócegas na menina.

Meghan ria sem parar – Tu-tudo bem... – disse ela e imediatamente Kahtry parou as cócegas e ficou olhando esperando – Revista de moda é chaaa... – seus olhos se arregalaram ao ver as mãos da loira se aproximando – Mosa. Revista de moda é charmosa. – se safou sorrindo travessamente.

Agora fora a vez de Kathryn soltar uma sonora gargalhada juntamente com Ruby pela saída estratégica da menina – Tudo bem, charmosa eu aceito. – piscou.

Meghan se levantou inesperadamente – Vocês querem conhecer a biblioteca? – perguntou empolgada, e antes que Ruby e Kathryn pudessem responder escutaram um sinal.

- O que é isso? – perguntou Ruby curiosa vendo as crianças parando de brincar e caminhando na direção interna do prédio.

- É o sinal para a hora do almoço. – respondeu Meghan soltando um suspiro triste.

- Oh! – foi tudo que as duas mulheres mais velhas conseguiram responder.

Então um brilho surgiu nos olhos da menina – Vocês voltam para conhecer a biblioteca? – pediu.

Ruby abriu um sorriso – Você quer que a gente volte? – perguntou feliz.

- Eu quero. – respondeu timidamente – Gostei de conversar com vocês.

- Então nós voltaremos amanhã cedo, tudo bem? – sugeriu Ruby abrindo um sorriso feliz – Aí você pode nos mostrar a biblioteca e também mostrar seu livro favorito, o que acha?

- Sim! Vou mostrar todos os meus livros favoritos. – disse a menina com um sorriso aberto pela primeira vez em dias.

- Vem Meghan! – chamou um dos voluntários – O almoço já está sendo servido. – explicou e ficou olhando para a menina.

- Já vou! – disse para o voluntário e voltou sua atenção para as duas mulheres – Então até amanhã? – perguntou insegura.

- Pode contar com isso. – confirmou Ruby sorrindo para a menina – Amanhã nos veremos novamente. – disse – Agora vá almoçar antes que ele te chame novamente.

A menina assentiu com a cabeça e timidamente fez um aceno com a mão, se virou e saiu em disparada na direção do voluntário. Ele perguntou alguma coisa e viram a menina assentir.

- Ruby! Kathryn! – chamou Úrsula ao vê-las ainda ali – Então como foi? – quis saber.

- Foi bem. – respondeu Ruby ainda sorrindo – Ela nos pediu para voltarmos amanhã. – comentou finalmente olhando para Úrsula.

- Sério? – perguntou incrédula. Então começaram a caminha na direção da saída.

- Sim. – confirmou Kathryn sorrindo e entrelaçando seus dedos com os de Ruby – Nós podemos voltar?

- Meghan quer nos mostrar a biblioteca e os livros favoritos. – explicou a veterinária dando um leve aperto na mão de sua esposa, indicando que tudo havia ido bem.

Úrsula sorriu por fim – Claro, se Meghan pediu não posso negar. – concordou por fim – Mas sabe que teremos que conversar novamente sobre isso, não?

- Sim, sabemos. – afirmou Ruby – E nós iremos. – disse passando pelo portão e parando na calçada.

- Então como foi com a nossa Megie? – perguntou Ezequiel ansioso.

- Foi tudo bem, ela pediu para voltarmos amanhã. – respondeu Ruby sorridente.

O homem abriu um sorriso – Que coisa maravilhosa! – exclamou feliz – Vocês voltarão certo? – depois perguntou receoso.

- Estaremos de volta amanhã no primeiro minuto do horário de visita. – respondeu Kathryn olhando para o homem – Bom, vamos que ainda precisamos falar com Emma antes da audiência ainda. Amanhã nós estaremos de volta.

- Sim, vamos. – concordou Ruby – Úrsula e seu Ezequiel até amanhã! – se despediram e caminharam na direção do veículo. Mais um aceno e o carro partiu, sumindo assim que virou a esquina.

- Agora quero saber o que você achou Úrsula. – pediu Ezequiel assim que ficaram sozinhos – E nem adianta que eu sei que você ficou espiando elas conversando com a Meghan. – sorriu travessamente – Vai, pode contar tudo.

- Pelo que vi a conversa ia bem até que Meghan começou a chorar e surpreendentemente aceitou Ruby e Kathryn abraçá-la. – começou a agente social. Aquela informação fez os olhos de Ezequiel se arregalarem – Pois é, ficaram assim e depois voltaram a conversar normalmente, Kathryn brincou fazendo cócegas na menina e depois continuaram conversando até a hora do almoço começar.

- Você falou e falou, mas não me disse sua opinião. – comentou o homem olhando para a sua amiga.

- Eu sinceramente não sei ainda. – disse Úrsula depois de um longo suspiro – Mas eu gostei de ver Meghan rindo hoje com elas. Fazia tempo que não a via desse jeito. Com o sorriso aberto. – fez uma pausa – Eu só espero que isso não seja apenas ilusão e que amanhã elas decidam que não querem mais vir aqui e muito menos saber da Meghan.

- Era isso que eu queria ouvir. – brincou o homem – Mas eu acho que isso não irá acontecer, digo sobre elas mudarem de ideia sobre as visitas aqui no orfanato e muito menos esquecerem de Meghan. – comentou mais sério – Eu vi no olhas das duas um brilho diferente, posso estar enganado, mas vi o mesmo brilho que Emma e Regina tinham quando conheceram Jú e Tom.

Mais um suspiro por parte de Úrsula – Bom, vamos dar um passo de cada vez, não? – disse e Ezequiel assentiu com a cabeça – Vamos torcer para ela aparecem amanhã. – soltou outro suspiro – Deixa eu voltar para dentro que ainda tenho um monte de relatório para preencher dessa semana. – olhou para o amigo – Mas e você, o que acha? Fora o brilho no olhar.

Ezequiel coçou a barba por fazer em seu queixo, já levemente grisalha – Acho que logo Meghan terá uma nova família e ainda terá a amiga por perto novamente.

- Eu nem vou discordar, afinal sempre queremos que nossas crianças tenham um lar. Então vou torcer e muito para que seja como você falou. – sorriu – Até mais tarde.

- Até. – falou e ficou olhando sua amiga fechar a porta atrás de si – Algo me diz que isso é certeza que irá acontecer, é só questão de tempo. – sorriu e voltou para seu lugar perto do portão.

-SQ-

- Silêncio! Silêncio! – pediu o juiz batendo o martelo sobre o apoio – Façam silêncio. – pediu mais uma vez e finalmente fora atendido – Esta é a última vez que peço silêncio e se voltarem a fazer essa balbúrdia em meu tribunal, serei obrigado a pedirem que se retirem e faremos o resto do julgamento a portas fechadas. – ameaçou – fez uma pequena pausa - Continue.

Tamara assentiu e olhou para Will. Ele soltou um longo suspiro – Eu estou usando o uniforme da prisão porque estou preso por ser cúmplice de Lilith Page no assassinato de Fiona Murray. – repetiu.

- Gostaria de esclarecer? – pediu Tamara.

- Protesto! – falou Robin – A promotora está usando de artimanhas em benefício próprio.

Tamara fuzilou Robin com o olhar – Muito pelo contrário meritíssimo, quero apenas esclarecer para o júri essa história.

- Protesto negado! – falou o juiz – A testemunha pode responder.

- Eu estou preso por ter sido um álibi falso para a senhorita Page no dia da morte de Fiona. – respondeu Will – Depois que saí da casa de Fiona, eu fui beber em um bar, algumas horas depois, cansado eu fui para casa e para a minha surpresa eu dei de cara com a senhorita Page parada a porta da minha casa.

- O que a senhorita Page estava fazendo parada a porta de sua casa? – perguntou Tamara.

- Foi me oferecer dinheiro para que dissesse a polícia, caso aparecesse na minha casa, que a senhorita Page estava comigo desde o começo da noite. – respondeu – Mas o que me marcou mais foi a expressão dela.

Tamara olhou confuso para ele – O que te marcou na expressão dela?

- Era de louca total... – respondeu – Sabe, quando tem aqueles filmes de psicopatas, ela estava igualzinho. Aquele sorriso meio maníaco.

A promotora analisou por alguns segundos as informações – Qual foi a sua resposta com relação a proposta de dinheiro da senhorita Page?

Will soltou uma longa respiração – Eu não dei uma resposta imediata. Eu estava levemente bêbado, mas ainda sabia o que estava fazendo... – respondeu – Achei estranho o que ela havia dito e perguntei o porque eu teria que dizer aquilo para a polícia se aparecesse em casa, principalmente porque eu não havia feito nada de errado.

- E a senhorita Page? – perguntou Tamara olhou fixamente para Lilith, que apenas olhava furiosa de volta.

Will engoliu seco – Ela deu uma risada muito sinistra e falou que Fiona teve o que mereceu. – respondeu.

- Protesto meritíssimo! – esbravejou Robin – Como podemos confiar na palavra de uma pessoa que estava alcoolizada e fora de suas funções mentais?

- Eu tinha bebido, mas não o suficiente para não lembrar nada, e ainda tinha muita consciência dos meus atos naquela noite. – se defendeu Will – Quem nunca ficou com a mente anestesias por ter bebido um copo a mais do limite aceitável?

- Ordem! – pediu o juiz batendo o martelo no apoio sobre a mesa – Senhor Scarlet se pronuncie apenas quando for solicitado. – repreendeu então olhou para Robin – Você terá a sua vez com a testemunha, então se contenha. – olhou para Tamara – Protesto negado, já que a relato bate com o relatório da polícia. Continue.

- Senhor Scarlet, continue a responder, por favor. – pediu Tamara, tentando esconder um sorriso e o homem assentiu.

- Quando ela disse que Fiona teve o que mereceu a senhorita Page ainda me ameaçou. – continuou Will – Me ameaçou dizendo que se eu não quisesse ter o mesmo destino que Fiona que aceitasse a oferta que ela tinha feito. – fez uma pequena pausa – Aquilo fez com que a minha leve bebedeira sumisse imediatamente. O sorriso que tinha no rosto me disse que se eu não aceitasse ela iria cumprir a ameaça que fez.

- E você? – perguntou Tamara olhando para Will. Ele soltou um longo suspiro e começou a contar.

- Por que você quer eu minta para a polícia? – perguntou Will já menos bêbado – Eu não fiz nada para a polícia aparecer a minha porta.

Um insano sorriso se abriu nos lábios de Lilith – Porque eu acabei com a vida de Fiona. – confessou – E eu acabarei com a sua se você não me ajudar. Entendeu? – ameaçou – E antes que você ache que não farei, meu pai é prefeito e ele tem influência que pode acabar com você em um piscar de olhos também.

- O que você fez a Fiona? – perguntou ele apavorado.

Outra gargalhada insana saiu dos lábios de Lilith - Simples... – sorriu ensandecidamente – Eu cortei os cabos de óleo dos freios daquela maldita pick-up, mas os técnicos irão pensar que foi falha mecânica. Então em uma curva ela não conseguiu parar e bater em um caminhão que vinha em velocidade no sentido contrário e puff a pick-up virou uma bola de lata amassada rolando pelo asfalto. – Will a olhou horrorizado coma frieza que ela contava com detalhes sobre o acidente – Então, qual vai ser? Irá me ajudar ou eu precisarei acabar com você também? – ameaçou mais uma vez, seu olhar psicótico.

- Nã-não precisa acabar comigo. – sua voz saiu trêmula – Eu vo-vou aju-ajudar você. – concordou.

- Muito bom, eu gosto assim, bem obediente. – Lilith riu mais uma vez – Amanhã o dinheiro já estará em sua conta. – se virou para ir embora, mas olhou por cima de seu ombro – Espero que essa nossa pequena conversa também não saia daqui. Porque se alguém souber... – fez uma cara fingida de tristeza – Eu terei que acabar com você também. – gargalhou ao ver o pânico no rosto do homem. Will cruzou os dedos sobre os lábios em um claro sinal de que não abriria a boca sobre tudo que conversaram. Lilith deu mais uma risada descompensada entrou em seu carro e saiu.

- Depois disso o que aconteceu? – perguntou Tamara ainda olhando para Will.

- A polícia apareceu em casa como a senhorita Page havia dito, eu confirmei que ela havia passado a noite comigo, que estávamos bebendo e conversando. – respondeu Will – No dia seguinte o dinheiro que ela havia me prometido apareceu na minha conta.

A promotora assentiu com a cabeça – Sem mais perguntas meritíssimo. – informou e caminhou até seu lugar.

- A defesa tem a palavra. – disse o juiz depois de anotar alguma coisa no papel que tinha sobre sua bancada.

Robin se levantou e abotoou seu blazer – Meritíssimo e caros colegas do júri, eu volto a repetir o que disse em protesto minutos atrás. Como podemos confiar na palavra de uma pessoa bêbeda? – perguntou.

- Protesto meritíssimo, o que a testemunha disse está em acordo com a confissão que fez a polícia assim que se entregou por vontade própria. – argumentou Tamara.

- Isso é verdade? – questionou o juiz para Will.

- Sim meritíssimo, a polícia voltou a minha casa tempos atrás falando que haviam reaberto o caso de Fiona, mas eu acabei falando que não tinha nada para acrescentar e eles foram embora, mas a culpa pelo acontecido não me deixava em paz e no dia seguinte fui até o departamento de policia e me entreguei confessando o que acabei de dizer aqui. – respondeu.

- Protesto aceito. – afirmou o juiz – O júri desconsidere a pergunta da defesa. – olhou para Robin – Continue.

Robin soltou uma longa respiração – Bom... – limpou a garganta – Como podemos confiar em sua confissão, senhor Scarlet.

- Pela quantia de dinheiro depositada em minha conta. – respondeu ele – Dinheiro esse prometido pela senhorita Page.

- Por que você aceitou a dita oferta de minha cliente, se pelo que eu ouvi até agora, era que você era colega da senhorita Murray? – questionou Robin.

Will soltou uma longa respiração – Pela ameaça que me fez.

- Mas se você era tão colega assim da senhorita Murray não era para ter feito o contrário? – perguntou – Afinal de certa forma ela era seu ganha-pão e sempre lhe ajudou.

- Sim, eu deveria ter ido imediatamente até a polícia. – respondeu.

- Então eu acho que sua afirmação nos deixa em dúvida quanto a veracidade. – cortou Robin olhando para o júri.

- Olha a minha vida não era um conto de fadas. – cortou Will com raiva – Por mais que eu considerasse Fiona uma colega, eu não tinha um emprego fixo, não conseguia melhorar a minha medíocre vida. Estava sobrevivendo de bicos não só para Fiona, mas para outras pessoas também. – fez uma pausa – Se você estivesse na minha pele e alguém lhe oferecesse uma grande quantia de dinheiro sob ameaça de morte, aposto que também aceitaria sem pensar duas vezes.

Os olhos de Robin arregalaram surpresos com a explosão da testemunha – Toda essa raiva é porque Fiona era apenas sua colega e não sua namorada?

Will soltou uma risada debochada – Eu nunca vi Fiona além de uma colega, e se você está insinuando que eu queria algo mais íntimo com ela, perdeu seu tempo, pois eu estava apaixonado pela minha vizinha naquela época. – respondeu – Ainda estou apaixonado pela minha vizinha, mesmo que ela já tenha casado com outro homem. – murmurou.

- Você falou muito sobre amizade da senhorita Murray com alguns clientes, uns mais íntimos que outros. – disse Robin – Gostaria de esclarecer? Assim quem sabe podemos entender que a minha cliente tinha motivos para agir do jeito que agia.

- Protesto meritíssimo, agora é o advogado de defesa que está usando artimanhas para ter respostas em seu favor.

- Protesto aceito. – informou o juiz – Seja imparcial em suas perguntas senhor Hood Gold.

- Tudo bem, meritíssimo. – aceitou Robin – Senhor Scarlet, a senhorita Fiona mantinha relações mais intimas com seus clientes considerados amigos?

- Não! – respondeu firme.

- Como você pode ter tanta certeza disso? – questionou Robin.

- A Fiona era uma pessoa de caráter, ela sempre deixou claro que nunca gostou de traição. – respondeu Will – Que se ela quisesse ficar com outra pessoa, ela primeiro terminaria o relacionamento em que estava para então poder ter um relacionamento com outra pessoa.

- Como você sabe disso? – voltou a questionar Robin.

- Pelas brigas que testemunhei entre Fiona e a senhorita Page. – respondeu Will – A senhorita Page sempre acusava a Fiona de traição, e a Fiona rebatia com esse argumento.

- Senhor Scarlet, lembro-me de você ter dito que a senhorita Page era emocionalmente desequilibrada, praticamente com transtorno de bipolaridade... – começou.

- Eu não disse isso! – se defendeu Will.

- Protesto meritíssimo! – interveio Tamara – Em nenhum momento a testemunha afirmou o que o advogado de defesa está sugerindo.

- Como não? Ele afirmou que minha cliente tem algum desequilíbrio mental. – retrucou Robin – Lembrando que apenas pessoas com capacidade certificada podem atestar esses tipos de diagnósticos.

- Eu não diagnostiquei nada, apenas disse o que eu vi. – se defendeu Will novamente olhando bravo para Robin.

- Ordem! – esbravejou o juiz batendo o martelo no apoio sobre a bancada. Olhou para os três que estavam fazendo balbúrdia que se silenciaram imediatamente. Virou-se para seu assessor e pediu a pauta já digitada. Joseph percorreu os olhos sobre tudo que já havia sido dito até o momento – Protesto aceito, pois em nenhum momento a testemunha afirmou ou diagnosticou a senhorita Page. – disse o juiz – O júri pode desconsiderar esse último argumento do advogado de defesa. – terminou e entregou os papéis para seu assessor – Continue senhor Hood Gold.

- Senhor Scarlet, a senhorita Murray chegou a lhe oferecer algum outro tipo de ajuda sem ser a financeira? – questionou Robin olhando para Will.

- Protesto! A defesa já fez esse tipo de questionamento e obteve uma resposta negativa, e perguntando novamente não irá mudar a resposta. – argumentou Tamara.

- Eu apenas quero deixar claro, que se minha cliente agiu em nome do ciúme, que ela tinha motivos para isso. – rebateu Robin.

- Nada justifica agressões físicas. – retrucou a promotora.

- Protesto aceito. – interveio o juiz – Senhor Hood não volte a argumentos já usados antes.  

Robin soltou um longo suspiro e passou a mão sobre seu nariz, e grunhiu de dor Maldita cavala! – A testemunha alegou em seu depoimento anterior que presenciou algumas brigas entre a senhorita Murray e a senhorita Page... – disse.

- Sim, eu presenciei algumas brigas, desde as comuns de namoradas até as brigas mais sérias. – respondeu Will.

- Como você presenciou essas brigas? – questionou Robin, voltando a se perder novamente.

O cenho de Will se franziu – Acho que já respondi isso, mas como eu disse eu fazia alguns serviços para Fiona, desde carregar os produtos dela quanto a reparos em sua casa. – fez uma pausa – Então eu vi essas brigas enquanto estava em serviço.

- Você era íntimo da senhorita Murray? – questionou Robin.

- Não. – respondeu Robin.

- Mas você afirmou que era colega dela.

- Não. – foi a resposta – O que eu disse foi que eu... – deu ênfase no pronome pessoal – Que eu a considerava uma colega. Que apesar de nossos pais terem se conhecido, eu nunca mantive muito contato pessoal com a Fiona, além do que uma relação de colegas exija.

- Como Fiona lhe via? – questionou Robin perdido.

- Isso só ela poderia lhe responder. – encolheu os ombros.

- Vocês não conversavam? – perguntou exasperado vendo que não conseguia obter uma resposta favorável.

- Sim, conversávamos, apenas assuntos banais e o que precisava ser feito. – respondeu Will.

- Nenhuma conversa mais íntima ou como eu diria, mais picante? – perguntou Robin usando de malícia.

- Protesto meritíssimo, o advogado de defesa está rodando na mesma pergunta utilizando diferentes palavras para obter uma resposta diferente da negativa que a testemunha já respondeu. – argumentou Tamara – Além de usar malícia em sua pergunta.

Robin soltou uma respiração pesada – Meritíssimo estou apenas tento ver o quão profunda é a relação de coleguismo entre a senhorita Murray e o senhor Scarlet.

- Eu já respondi. – esbravejou Will – Eu nunca quis nada além de amizade da Fiona, tanto que ainda sou apaixonado pela minha vizinha, mesmo que ela esteja casada com outro homem. – soltou um suspiro para se acalmar – Eu presenciei as brigas quando estava fazendo os serviços que a Fiona me pedia, e se conversávamos? Claro, afinal eu precisava saber o Fiona precisava que eu fizesse, fora isso eu me concentrava em meu serviço para fazê-lo o melhor possível para receber o dinheiro combinado e ir embora, para não ser mais um motivo sem fundamento para a senhorita Page brigar com a Fiona. – terminou olhando bravo para Robin.

O juiz até se surpreendeu com a resposta de Will, então soltou um longo suspiro – Protesto aceito. – disse Joseph – O júri pode desconsiderar a pergunta do advogado de defesa, mas podem considerar a resposta da testemunha para o contexto geral. – olhou para a testemunha – Senhor Scarlet, apenas fale quando lhe for permitido, entendeu?

- Sim, meritíssimo. – assentiu juntamente com um aceno de cabeça.

- A defesa pode continuar. – Joseph deu a palavra para Robin mais uma vez.

Robin não sabia mais para que lado seguir com as perguntas – Senhor Scarlet, de acordo com suas palavras você recebeu uma boa quantia em dinheiro para confirmar o que minha cliente havia pedido.

- Sim. – respondeu simplesmente.

- O que você fez com esse dinheiro? – quis saber.

Will soltou uma longa respiração – Assim que o caso foi arquivado por se tratar de uma falha mecânica, não pensei duas vezes. Peguei o dinheiro e fui tentar a vida na Europa. Tentei achar trabalho, mas não consegui, então sem dinheiro e sem emprego dois meses depois eu estava de volta a América. De volta a minha vida antiga de bicos.

O advogado apenas soltou uma longa respiração – Sem mais perguntas meritíssimo. – anunciou e caminhou para seu lugar a mesa.

O juiz assentiu com a cabeça – A testemunha pode se retirar. – pediu. Will assentiu com a cabeça e se levantou voltando pela porta que havia saído – Com a palavra a advogada de acusação.

A advogada se levantou abotoando seu blazer – Meritíssimo, eu gostaria de mostrar ao público algumas mensagens telefônicas trocadas entre a senhorita Page e a senhorita Murray durante o namoro, assim como após o término do mesmo.

- Como assim? – perguntou Robin se levantando – Essas provas não estavam nos relatórios prévios do julgamento.

- Não estavam, pois eu ainda não havia conseguido autorização da justiça para ter acesso ao conteúdo das ligações e mensagens telefônicas tanto da vítima quando da acusada. – respondeu Tamara – Mas assim que consegui, elas passaram pela triagem e entraram como provas posteriores. – pegou três pequenas pastas entregando um para o juiz, um para o representante do júri e um para Robin – Aí nesta pasta estão as autorizações assim como cópia das mensagens que irei mostrar a todos agora.

- Se elas foram aceitas pela triagem antes de iniciarmos o julgamento, não tenho porque me negar. – respondeu o juiz – E senhor Hood Gold, sugiro reler o pré-relatório do julgamento, assim como seu acréscimo.

Tamara assentiu – Por favor, o aparelho de multimídia. – pediu ao se encaminhar para pegar um pequeno controle para poder mostrar ao júri as mensagens que havia selecionado. Imediatamente na parede em frente a bancada do júri se abriu um pedaço do tampo e um monitor grande o suficiente para todos enxergarem surgiu já ligado – Caros colegas do júri, além do testemunho tanto de Dolores Castillo e Will Scarlet alegaram que houveram agressões físicas, nessas mensagens comprovam o que fora dito tanto sobre as agressões quanto sobre as ameaças. – anunciou.

- Protesto meritíssimo. – resmungou Robin – Não me recordo de nenhum momento falarem sobre ameaças da minha cliente para a senhorita Murray.

O juiz soltou uma longa respiração e pediu novamente ao seu assessor os papeis com tudo que já havia acontecido. Percorreu os olhos sobre todos os papéis e depois de um pequeno tempo entregou os mesmos para seu assessor – Protesto negado, pois nas falas de ambas testemunhas foram alegadas tanto as agressões quanto as ameaças. A acusação pode prosseguir. – informou o juiz, fazendo Robin se sentar pesadamente em sua cadeira.

- Essas mensagens foram no decorrer do namoro, geralmente logo após as agressões. – anunciou Tamara.

Lilith arregalou os olhos, preocupada – O que foi? – resmungou Robin.   

- Achei que meu pai tivesse conseguido anular todos os pedidos para verem as minhas ligações. – respondeu a mulher receosa.

Robin soltou uma longa respiração, sabendo que talvez essas mensagens pudessem contribuir e muito a favor da promotoria, então estreitou seus olhos – O que mais você está me escondendo? – perguntou ainda em tom baixo o suficiente apenas para Lilith ouvir.

- Ele também disse que conseguiu dar fim nas queixas registradas na polícia contra mim. – respondeu encolhendo os ombros.

- Torça e muito para que eles não tenham pensado em procurar por queixas, e o principal, que seu pai realmente tenha conseguido retirá-las do sistema. – comentou então seus olhos se arregalaram – Também espero que eles não tenham visto as nossas mensagens. – murmurou para si. Lilith apenas encolheu os ombros.

08:23 am L: Meu amor, me desculpa! Sei que perdi a cabeça ao te bater, mas também você precisa ser tão amiga assim de seus clientes?

08:25 am F: Eu já disse Lily, meus clientes são isso, apenas amigos. Já disse que você não precisa se preocupar com isso.

05:26 am L: Tudo bem, eu estou indo para aí agora, e prometo dar muitos beijos nos seus machucados para sararem mais rápido! Eu te amo!

...

10:58 pm L: Isso é o que você merece por ficar se oferecendo para qualquer um! Bato mesmo! Mulher minha tem que se comportar ao meu lado e não ficar dando bola para qualquer pessoa!

10:59 pm F: Eu já disse que não estava me oferecendo! Era uma amiga de longa data, além de cliente! Quantas vezes terei que dizer que sou fiel a pessoa que estou me relacionando no momento?

11:01 pm L: Mas aquela mulher não queria apenas a sua amizade! Eu tenho que marcar o que é meu! Assim eles verão a quem você pertence!

11:05 pm F: Eu pertenço a mim Lily, e a mais ninguém!

11:11 pm L: Eu te amo! Me desculpe, agi por impulso, mas você sabe que morro de ciúme de você!

...

02:33 pm L: Me desculpe a cena no restaurante! Eu fiquei com ciúme ao ver você conversando com aquele homem!

02:35 pm F: Lily, ele é meu cliente, não podia ignorá-lo como você quer que eu faça toda vez que encontro um cliente!

02:36 pm L: Eu sei meu amor! Eu tento falar para mim mesma que eles são apenas clientes!

02:36 pm F: Então faça um esforço maior na próxima vez!

02:36 pm L: Eu farei, eu prometo!

...

07:48 pm L: Meu amor, eu te amo tanto, me desculpe pelos tapas. Mas aquele homem estava lhe tocando demais.

07:50 pm F: Lily, ele apenas apertando a minha mão em um cumprimento pela peça que havia vendido a ele em uma exposição.

07:50 pm L: Em você eu acredito que seja apenas isso, mas pela cara daquele velho babão eu acredito que ele queria mais que a sua peça!

07:55 pm F: Lily, eu vou deitar que estou com dor! Outra hora conversamos mais!

07:55 pm L: Me perdoa meu amor, prometo que nunca mais vou encostar a mão em você de novo nesse sentido!

07:59 pm F: Você sempre promete, quero ver se irá cumprir!

08:00 pm L: Eu irei! Você verá!

- Essas foram algumas de muitas mensagens trocadas entre a vítima e a acusada enquanto namoravam... – comentou Tamara ao pausar a sequência de slides – Era sempre assim, a senhorita Page ficava com ciúme e agredia a senhorita Fiona, depois se desculpava. Depois que elas terminaram começaram as ameaças. – deu prosseguimento na sequência de slides.

10:02 pm L: Fi, eu te amo! Não vamos terminar assim o nosso namoro! Vamos conversar!

10:03 pm F: Lily, já disse, não temos mais nada para conversar sobre o término do nosso namoro!

10:03 pm L: Olha, como eu disse, vou dar tempo para você pensar melhor e depois conversamos mais!

...

02:55 am L: Se você acha que vai me deixar está muito enganada! Você ainda voltará para mim querendo você ou não!

...

05:14 am L: Não adianta não me responder, eu vou ficar mandando mensagem te você conversar comigo!

...

08:02 am L: Chega de palhaçada Fiona! Me atende ou vou fazer o maior barulho na frente da sua casa.

08:37 am L: Fi, eu te amo! Volta para mim!

08:38 am L: Vai me ignorar mesmo? Você vai voltar para mim querendo você ou não!

- Essas mensagens foram mandadas logo após o término do namoro entre a senhorita Page e a senhorita Murray. – explicou Tamara – As mensagens seguintes foram escolhidas entre muitas no decorrer dos dias, lembrando que o namoro não já existia mais, até um dia antes da senhorita Murray morrer.

04:12 pm L: Você não vai se livrar fácil assim de mim! Aonde você for eu estarei ali para acabar com a sua paz!

...

06:00 am L: Sabe aquele vidro quebrado? Pode me culpar, pois é assim que me sinto sem você ao meu lado! Volta para mim!

06:01 am L: Você irá se arrepender se não voltar! Pois eu vou fazer da sua vida um inferno! Seu lugar é ao meu lado!

...

02:17 pm L: Viu? Eu falei que ia fazer a sua vida um inferno! E vai continuar assim até você voltar para mim! Eu vou te vencer pela canseira!

06:44 pm L: Eu vou acabar com a sua vida, sua vadia! Você acabou com a minha! Você irá se arrepender de ter me deixado e me ignorado!

...

05:19 pm L: Aproveite seus momentos de liberdade que isso irá acabar quando você voltar para mim! Querendo você ou não, você será minha namorada novamente!

...

08:33 pm L: Gostou da fechada que levou no trânsito? Sim, fui eu! Aquilo é uma pequena amostra do que irei fazer com a sua vida! Eu vou me vingar de toda a humilhação que você me fez passar, pode esperar!

...

09:55 am L: Sabe aquele escândalo que fiz é para você ser humilhada assim como você me humilhou! Pode escrever eu vou acabar com a sua vida!

...

10:01 pm L: Por que você barrou a minha entrada no evento? Quem é aquela mulher que estava com você naquela exposição? Se você estiver me traindo eu vou te dar uma lição que você nunca mais irá me ignorar!

...

01:12 pm L: Você não está levando a sério as minhas ameaças? Se eu fosse você começaria a levar! Aquela pequena destruição da sua peça no quintal, eu fui também. Eu vou fazer aquilo com você, te deixar em pedaços!

...

06:03 pm L: Hoje você não perde por esperar Fiona!

- Essa foi a última mensagem cheia de ameaça da senhorita Page para a senhorita Murray. – disse Tamara ao desligar o aparelho de multimídia – Duas horas mais tarde a senhorita Murray acabou morrendo no acidente com sua pick-up. – fez uma pequena pausa – Acidente esse provocado pela senhorita Page.

- Protesto! – disse Robin – A promotora não pode ter certeza disso!

- Tanto posso ter a certeza, que neste tribunal tanto com o depoimento do senhor Scarlet como com o laudo refeito da perícia afirmam que o acidente foi intencional com o intuito de matar. – contra-argumentou Tamara.

- Protesto negado, pois já foi usado desse mesmo argumento momentos atrás e a promotoria apresentou provas contrárias ao primeiro parecer dos peritos. – disse o juiz. Robin apenas bufou e Tamara sorriu de lado – Antes de fazermos um recesso para o almoço, tanto a acusação quanto a defesa querem acrescentar mais alguma coisa?

- Não meritíssimo. – respondeu Tamara voltando para seu lugar.

- Também não meritíssimo. – respondeu Robin de seu lugar.

- Tudo bem. Esse julgamento estará em recesso, voltamos dentro de duas horas. – anunciou o juiz batendo o martelo e se levantando. 

 


Notas Finais


Vrá! Tamara mostrando mensagens de Lilith para Fiona, também tivemos Will soltando a língua e contando tudo, ou seja, prevejo que o caldo para o lado themônia Lilith está engrossando huhuhu Acho é pouco. Robin lembrando da surra que levou de Emma (como amei). Sidney sorrindo feito bobo com o prato cheio de notícias para seu jornal, uma vez que ele está ali na plateia assistindo praticamente de camarote a tudo.

Regina e Emma na loja de artigos sexuais e as mentes botando pilha nelas sobre desejos, produtos e fantasias, agora é esperar o momento certo para usar toda as novas aquisições da coleção huhuhu Sei que não tivemos muitos momentos delas junto com a família, mas assim que acabar tudo e elas voltarem para a fazenda podem ter certeza que não faltará esses momentos!

Ruby e Kathryn finalmente se aproximaram de Meghan. Conversaram, choraram, e riram. Descobriram coisas sobre a menina, e o momento fofo de Meghan pedindo para elas voltarem no dia seguinte! Talvez essa ainda não tenha sido a conversa que todos esperavam, mas esses tipos de conversa tem que que ir devagar!

Ah como o próximo capítulo ainda é sobre o julgamento, provavelmente ele demore a sair mais uma vez! :(

Até a próxima!


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