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História Storybrooke - Capítulo 174 - É Amor!


Escrita por: 1AquarianaDoida

Notas do Autor


Pessoas lindas do meu coração, estou de volta!!

Não é imaginação, é realidade!!

Espero que estejam todos bem! Aqui está tudo bem!

Quero agradecer a todos que comentaram, favoritaram, adicionaram a lista de leitura e ao pessoal que acompanha dentro e fora da moita!

Confesso que está difícil escrever os capítulos imaginando as crianças maiores, pois para mim elas ainda são pequeninas!!

Mais um capítulo com um pequeno avanço no tempo, espero que não fique muito confuso.

Boa leitura e divirtam-se!!

Capítulo 174 - Capítulo 174 - É Amor!


- Mãe? – Meghan chamou a porta do consultório, olhando pelo local a procura de sua mãe.

- Aqui no estoque. – veio a voz de dentro da sala que era o estoque.

A adolescente entrou – Você disse que queria falar comigo. – disse olhando para a porta do estoque. Meghan havia se tornado “rebelde” igual a sua mãe. Havia feito algumas mexas em seu cabelo castanho, mas diferentemente de Ruby, que tinha mexas vermelhas, a menina tinha mexas rosas.

- Sim, sente na cadeira, que já estou terminando aqui. – respondeu Ruby. Meghan soltou um suspiro e se sentou a cadeira a frente da mesa de sua mãe. Nas horas vagas ela ajudava sua mãe aqui no consultório e nos estábulos com os cavalos, e ao mesmo tempo, Ruby ia ensinando sua filha sobre a profissão. A quantidade de cachorro havia aumentado levemente. Agora eles tinham uma Luna, velhinha, um Solaris, uma Star, um Pluto e uma Céu – Pronto! – falou a veterinária saindo do estoque com um tablet em mãos. A fazenda também estava entrando na era da modernidade.

- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Meghan ao ver sua mãe se sentar na cadeira a sua frente.

- Eu que pergunto. – disse Ruby olhando fixamente para sua filha – Aconteceu alguma coisa?

A adolescente franziu o cenho, confusa – Não que eu sabia. Por que acha que aconteceu alguma coisa?

Ruby soltou um suspiro, então se levantou – Vem, vamos dar uma volta pela fazenda. – ofereceu a mão para a filha.

Sem saber direito o que estava acontecendo, Meghan aceitou a mão oferecida – Tudo bem. – saíram sem pressa depois que Ruby trancou o consultório. Caminharam rumo ao norte da fazenda – Ai mãe fala logo que esse silêncio está me matando. – pediu Meghan depois de alguns minutos caminhando e em silêncio total.

- Oi pessoal! – foi cumprimentando a veterinária, Meghan apenas assentia com a cabeça enquanto iam entrando no Bosque – O que você tem Meggie? – perguntou Ruby quando elas entraram na trilha de caminhada do local.

- Eu não tenho nada. – respondeu franzindo a testa novamente – Por que acha que eu tenho alguma coisa?

Ruby parou quando chegaram a uma pequena fonte e se sentou no banco que tinha ali perto – Vem cá. – bateu no banco para sua filha se sentar – Por favor. – pediu. Meghan acabou por fim obedecendo e se sentou – Eu estou te achando um pouco estranha ultimamente. – falou olhando para sua filha.

- Mas eu não tenho nada, eu falo sério. – falou a adolescente ainda confusa com aquela conversa estranha.

Ruby analisou sua filha – Eu estou achando você um pouco triste... Seu brilho está um pouco apagado.

- Ah mãe não está acontecendo nada... – soltou um suspiro.

- Agora peguei um pouco de tristeza em sua fala. – Ruby falou – Você e Jú brigaram? Foi isso? – quis saber e a menina negou com a cabeça – Tirou uma nota baixa na prova? – outro aceno negativo com a cabeça. Ruby apenas observou mais alguns segundos – Já sei! Então são coisas do coração? – aquilo fez Meghan arregalar os olhos, surpresa – Rá! Sabia! – então abriu um sorriso para sua filha – Quer me contar sobre isso?

Meghan olhou fixamente a água da fonte se mexendo incansavelmente, então soltou um longo suspiro – Eu nem sei o que te contar, mãe... Está um misto de sentimentos aqui... – colocou a mão sobre o coração – E uma confusão de pensamentos aqui... – apontou para sua cabeça, então ficou em silêncio.

- Você está gostando de alguém? – perguntou e Meghan confirmou – Ah minha filha está crescendo. – sorriu amavelmente para a menina – Tudo bem, não vou perguntar quem é, pois sei que nessa idade o sentimento e a razão ficam loucos mesmo... E acho que você não vai me contar quem é a pessoa sortuda.

- Obrigada! – Meghan agradeceu com um suspiro aliviado – E como estão loucos... – riu.

- Essa pessoa que você gosta... – Ruby voltou a querer saber mais do assunto para poder ajudar a sua filha – Ela gosta de você volta?

- Não sei... – respondeu timidamente, encolhendo os ombros.

- Essa pessoa sabe que você gosta dela?

Imediatamente os olhos de Meghan se arregalaram em pânico – Não! E nem pode saber!

- Hey calma... – Ruby sorriu tentando acalmar sua filha – Você está nesse nervoso todo por que? Eu não vou fazer nada, minha filha.

- Ai mãe... Estou tão perdida. – confessou – Que eu nem sei mais o que pensar ou sentir...

Ruby passou a mão sobre o rosto de sua filha – Meggie, essa pessoa que você gosta é uma menina ou um menino? – quis saber. Meghan ficou calada – Hey meu amor... – fez a menina olhar para si – Eu não vou ficar brava...

- Mas mãe...

- Meggie, quem sou eu para ficar brava por quem você se apaixona. – interrompeu a veterinária.

- Mesmo se for por uma menina? – perguntou ainda receosa.

Ruby abriu um imenso sorriso – Olhe para mim, eu sou casada com a sua mãe. – respondeu – Suas madrinhas são duas mulheres casadas. Eu seria muito hipócrita se ficasse brava com você por gostar de meninas. – passou a mão nos cabelos da filha – Eu e sua mãe só queremos uma coisa, a sua felicidade. – disse – Se você for feliz com um rapaz do seu lado ou se você for feliz com uma moça do seu lado, para nós não importa. O que importa é que ele ou ela te faça feliz.

- Obrigada! – falou e abraçou sua mãe, escondendo o rosto no peito da veterinária.

Ruby acolheu sua filha em um abraço carinhoso – Então está gostando de uma menina? – sentiu sua filha assentir com um gesto de cabeça – E ela é da escola? – mais um gesto afirmativo – Minha filha está crescendo. – deu um beijo nos cabelos.

- Ah mãe... – veio a voz abafada de Meghan.

- Você sabe que assim que sua outra mãe ficar sabendo o interrogatório será maior que o meu, não? – informou e estou um grunhido vindo de sua filha, aquilo tirou uma risada da veterinária – Meggie... – chamou levantando seu rosto – Por mais que nossa família não tenha problema com quem você ame, o mundo ainda é um pouco conservador, e na vida você poderá enfrentar alguns problemas... – fez uma breve pausa – Mas não se deixe abater e saiba que sua família estará sempre ao seu lado.

- Eu sei, obrigada mãe. – sorriu amorosamente – Só não conte nada para a mamãe, por favor, não estou em condições de um interrogatório estilo Kathryn Lucas-Midas. – sorriu travessamente.

A mulher mais velha sorriu e passou dois dedos sobre seus lábios indicando que dali não sairia nada do que conversaram agora – Quando você estiver pronta, eu estarei aqui para lhe escutar. – falou Ruby se levantando e trazendo junto sua filha – Você sempre poderá contar comigo. – a puxou para um abraço lateral.

- Obrigada mãe. – Meghan agradeceu e retribuiu o abraço.

- Agora vamos! Preciso da sua ajuda, vou examinar alguns cavalos doentes. – falou caminhando de volta para a trilha, ainda mantendo o abraço lateral.

- Oba! – exclamou a menina feliz.

- Você realmente fará medicina veterinária, não? – perguntou mesmo sabendo da resposta.

- Sim, mãe, é meu sonho poder cuidar dos animais, mas principalmente de cachorros. – falou com carinhosamente e seus olhos brilhando intensamente com o sonho. Ruby ainda percebeu que depois da conversa que tiveram o brilho da filha havia voltado. Como se um peso tivesse saído de cima da filha.

- Já sabe quais as universidades que você irá se inscrever? – perguntou.

- Ainda não... Tenho mais dois anos de colegial pela frente ainda. – respondeu Meghan e assim mãe e filha foram conversando até chegarem ao estábulo que estava os cavalos doentes.

-SQ-

Sem perceberem as férias de julho chegaram e do jeito que chegaram elas se foram. As crianças, como previsto, tinham energia de sobra e que deixaram suas mães doidas, mas elas não queriam se não fosse daquele jeito.

- Muito bem... – falou Emma sentada no banco do passageiro, enquanto Júlia estava atrás do volante e Meghan no banco traseiro, mas apoiada nos dois bancos a frente escutando tudo o que a loira estava falando sobre a aula de direção – É o seguinte... Tudo que eu tinha que ensinar para vocês fui ensinando ao longo desses meses, agora eu quero ver vocês dirigindo sem eu dizer uma palavra. Sei que falta alguns meses para vocês completarem dezesseis anos e assim poderem tirar a primeira habilitação... – fez uma breve pausa Como o tempo passou rápido! – Mas quero ver se vocês aprenderam alguma coisa. – brincou, e recebeu reclamações das duas meninas.

- Posso começar? – perguntou Júlia empolgada.

- Pode Jú, mas só tome cuidado. – pediu Emma que agora iria apenas observar a filha, e depois a sobrinha afilhada.

Calmamente Júlia ajustou o banco, o espelho retrovisor e os espelhos laterais. Ligou o carro e deu partida e segundos depois estava colocando o veículo em movimento Muito bom! Ela escutou sobre ajuste antes de sair dirigindo! Elas sempre iam para a parte bem ao norte da fazenda, na parte que ainda não fora usada para nada, ter as aulas de direção. Assim não teriam problema caso a polícia pegasse, afinal estavam dentro de propriedade particular, também não atropelariam ninguém e o principal suas outras mães nem sonhariam com aquilo.

Sem muito problema a adolescente fez o Valente se movimentar e ia seguindo todas as direções que sua mãe ia dando em termos de caminho apenas – Agora você pode estacionar. – falou Ela não terá problemas nas aulas práticas! – Trocando de lugar vocês duas.

Foi a vez de Meghan ajustar banco, espelhos laterais e retrovisor, pois ela era um pouco mais alta que Júlia. Assim como Júlia, ela foi seguindo as todas as direções que Emma ia dando e assim elas passaram a tarde. Na hora de voltar Emma assumiu o volante e as levou de volta. Assim que chegaram Júlia e Meghan sumiram ao ver a mãe de Júlia apenas com um olhar inquiridor.

- Onde você e as meninas vão com aquela lata de sardinha toda vez que saem? – questionou Regina ao ver Lana correr na direção de sua mãe loira. Assim que se aproximou a loira pegou a menina no colo e a jogava brevemente para cima e a pegava no ar, tirando muitas risadas da menina.

- Ah morena, apenas dando voltas com as meninas. E não fale mal do Valente que você mesma já se divertiu muito com ele. – sorriu de lado, enquanto uma sobrancelha morena apenas se ergueu em descrença – Volte a brincar com sua irmã. – colocou a filha no chão e a menina rapidamente se sentou ao lado de sua irmã e voltaram a brincar. Emma soltou um suspiro e foi se sentar ao lado de sua esposa.

Regina se inclinou e depositou um beijo nos cabelos loiros de sua esposa Hora dela saber que eu sei de tudo! – Eu sei de tudo, não precisa esconder de mim.

- Eu não sei do que você está falando. – falou Emma se deitando no banco e colocando a cabeça no colo de sua morena Vamos tentar despistar!

Regina sorriu Informação importante! – Jú, me contou logo que elas começaram a ter aulas de direção com você. – soltou Agora não tem mais como esconder! – Ela me contou para que eu não ficasse brava com você, pois havia sido um acordo que vocês fizeram muito tempo atrás. – explicou passando a mão nos cabelos loiros.

- E você está brava comigo? – quis saber a loira olhando para os olhos castanhos de sua esposa Droga, acho que estou ferrada! Sofá essa noite Emma!

- Só por você não me contar sobre isso, mas eu amei que você articulou tudo isso para me levar para ver a peça de teatro que eu tanto queria ver. – sorriu por fim Ela merecia dormir no sofá por esconder que estava ensinando Jú e Meggei a dirigir, mas o propósito por trás de tudo isso a salvou! Emma não disse nada e apenas sorriu em contentamento por sua morena não querer sua morte por ensinar as meninas a dirigir e pelo carinho que estava recebendo nos cabelos.

- Sem sofá essa noite? – questionou Emma olhando para sua esposa.

- Dessa vez não terá sofá... – confirmou Sem sofá mente! Ainda bem! – Mas que isso não se repita, digo, sobre esconder coisas de nossos filhos de mim. Porque sofá será pouco da próxima vez. – ameaçou.

- Prometo que essa foi a primeira e última vez que escondo algo de vocês sobre nossos filhos. – prometeu – Qual o carro que vamos dar de presente para Jú quando ela passar no exame de habilitação? – questionou a loira com os olhos fechado aproveitando o colo e carinho de sua esposa, e mudando completamente de assunto – Porque ela vai querer um carro.

Regina ficou pensativa – Nós temos dois carros parados, a sua lata de sardinha e a minha mercedes.

- Já disse que meu Valente não é uma lata de sardinha. – Emma defendeu seu carro e cruzou os braços sobre seu peito.

- Tudo bem, ele não é, mas também não é o espaço em carro. – brincou a advogada e se inclinou beijando os lábios de sua esposa para não deixá-la falar Chega de discutir sobre aquela lata de sardinha!

- Jogo sujo isso. – brincou Emma rindo Fez isso só para não ficarmos falando do meu Valente! Ela sabe quais lutas lutar Emma! – Bom, podemos oferecer os dois carros e deixar Jú escolher um. – respondeu – Mas se ela quiser outro carro, então vamos sentar e conversar sobre isso com ela.

- Acho uma boa solução para isso. – concordou a advogada.

-SQ-

Num piscar de olhos os poucos meses que faltavam para Júlia e Meghan completarem dezesseis anos passaram rapidamente, e nesse tempo elas fizeram tudo que era preciso para poderem passar nos exames tanto teórico quanto prático para terem a primeira habilitação.

- Rá! Eu passei no exame de motorista! – falou Júlia assim que entrou em casa, toda sorridente. Seus avós estavam sentados ali conversando tranquilamente. Ela esticou o braço segurando a sua habilitação – Olha a minha habilitação.

- Parabéns Jú! – George, Cora e Eugenia cumprimentaram a menina. Ela sorriu e saiu em busca de suas mães, depois de ganhar muitos abraços e beijos dos avós.

- Mães! – chamou meio na entrada do corredor e no pé da escada.

- Aqui na sala de estudos. – veio a resposta de Regina. A menina sorriu e saiu correndo na direção do cômodo.

- Adivinhem! – falou ao entrar na sala de estudos e ver suas mães ajudando George e Ben com a lição de casa. E do lado Lana e Jennifer fazendo o desenho que tinha como lição de casa também. Zelena mais uma vez quase saiu no tapa com outra professora para conseguir lecionar na sala das gêmeas novamente, uma vez que a sala dos gêmeos outra professora já havia pegado.

- Isso mesmo, continue assim. – falou Regina sorrindo para os gêmeos Esses dois se não ficar em cima, não fazem a lição! Tão diferentes de Henry e Júlia! Enquanto a loira supervisionava a pintura das gêmeas.

Emma olhou para sua filha mais velha – Você ganhou na loteria? – brincou e depois apontou o que Jennifer pintou fora.

- Quase! – falou a menina sorrindo abertamente – Se bem que na minha idade, isso pode ser considerado como ganhar na loteria.

Regina olhou para Júlia – Então nos conte, pois minha bola de cristal está fora de sintonia hoje. – brincou e viu a menina revirar os olhos como suas mães Um gesto claro meu que ela aprendeu! Aquilo fez as duas mulheres rirem. Então apontou o que Ben havia feito de errado na atividade.

- Eu passei no exame de motorista. – esticou seu braço mostrando a sua habilitação – Olhem aqui! – mostrou orgulhosa – Agora eu posso dirigir sem ser aqui dentro da fazenda. – soltou e imediatamente seus olhos se arregalaram pelo que havia dito, e sua mão livre voou para cima de sua boca, tentando apagar o que havia dito. Emma não conseguiu segurar muito tempo sua risada – O que foi?

- Eu contei para Emma que sabia sobre as aulas de direção aqui na fazenda. – respondeu Regina sorrindo para a filha, que a viu suspirar aliviada Acabamos esquecendo de contar a Jú sobre isso!

- Por meu chapéu, quem em sã consciência lhe deu permissão para dirigir? – brincou Emma pegando a habilitação e a olhando atentamente Ah eu fiz um bom trabalho com ela e Meggie! – Tem certeza de que não é falsa? – olhou novamente para o documento e para sua filha Vou brincar um pouquinho com ela! – Acho que você falsificou esse documento.

- Ah mãe, pare de implicar. Falsifiquei nada não. Ela é verdadeira. – Júlia riu com a brincadeira de sua mãe, pegando de volta a habilitação – E vocês pagaram por esse documento. – brincou e mostrou a língua arteiramente, estendeu para sua mãe morena.

- Nós não pagamos por nada, isso saiu da sua poupança da universidade. – brincou Regina pegando o documento e o olhando com um sorriso de orgulho no rosto Não acredito que você falou isso para ela, Regina! Eu estou apenas brincando mente, claro que pagamos pela habilitação!

- Ah não, isso é muita sacanagem. – Júlia grunhiu entristecida – Nem é tão cara assim. – resmungou.

- Por isso mesmo que saiu da sua poupança. – repetiu Regina entregando o documento para a filha, que incrédula se deixou sentar no sofá, ao lado de sua mãe.

Emma riu e beijou a filha Ela se deixar abater por uma brincadeira assim é raro, mas só aconteceu porque foi minha morena que fez, se fosse eu ela não teria caído! – Deixa-nos terminar aqui com esses quatro que temos uma surpresa para você. – comentou a loira voltando sua atenção para a lição da filha.

- Tudo bem, vou esperar lá com os vovôs. – falou quase saindo da sala de estudos.

- Jú? – chamou sua mãe morena Vou desfazer a tristeza dela! A menina apenas parou e olhou para sua mãe – Estava brincando quanto ao pagamento da sua habilitação, nós que pagamos. – piscou e a menina abriu um sorriso, então saiu de vez da sala e indo se sentar com seus avós para esperar por suas mães.

- Vamos? – falou Emma assim que apareceu na sala acompanhada de Regina e Lana, minutos depois. As crianças acabaram indo para a sala de tv, menos Lana que se agarrou a mão de sua mãe loira e não quis soltar Meu grude!

- Sim! – Júlia se levantou rapidamente.

- Os outros três? – questionou Cora, sorrindo vendo Emma brincar com a menina mais nova, que ria sem parar.

Regina apontou para a sala de tv – Assistindo tv. – respondeu – Vocês os olham por alguns minutos, por favor?

- Claro que olhamos. – falou George sorrindo, assim que os três avós assentiram ao se levantarem, já caminhando na direção da sala de tv. O pai de Emma ainda brincou com Lana ao passar ao lado da filha e a menina se escondeu atrás das pernas de sua mãe loira.

- Qual a minha surpresa? – perguntou Júlia curiosa e ansiosa ao mesmo tempo.

- Nos acompanhe. – falou Emma enigmaticamente, começaram a caminhar na direção do galpão onde guardavam os veículos que usavam Acho que não tem como ela ficar mais feliz hoje!

- Vocês não vão me trancar no galpão, não né?? – brincou Júlia rindo da irmã que fazia alta peraltices com sua mãe loira.

Emma soltou uma risada Ah pediu para brincamos! – Droga morena, a Júlia descobriu nossos planos. – brincou olhando para sua esposa – Agora vamos ter que sedá-la e depois amarrá-la. – olhou para sua filha mais velha que ria – Ah Jú, não era para você saber. – pegou a filha mais nova e cochichou algo no ouvido Bagunça a vista! – Agora terei que usar a minha arma secreta... – ergueu Lana no ar, que já estava rindo Tudo para ela é brincadeira e risada! Amo demais! – Lala fazedora de cócegas, fará cócegas até você não aguentar mais e desmaiar. – riu ao deixar a filha mais nova perto da mais velha, e Júlia imediatamente correu, fingindo fugir delas, e indo para perto de sua mãe morena Adoro quando entram na minha brincadeira!

- Não! Isso é muita crueldade. – a adolescente entrou na brincadeira, tentando se esconder atrás de sua mãe morena, que ria feliz.

- Nós temos que tomar essa medida mais radical, afinal você descobriu nossos planos. – falou Emma chegando perto de sua esposa, com Lana ainda no ar – Vamos lá Lala, vamos fazer cócegas em Jú.

- É! Cócega! – a menina agitava as mãos no ar – Vem Jú!

- Não praguinha, não vou chegar perto. – falou Júlia ainda se escondendo atrás de sua mãe morena Amo minhas filhas!

Regina ria com toda aquela bagunça que sua esposa conseguia fazer com suas duas filhas Como não amar essas três crianças! – Eu sinceramente não sei quem de vocês é mais criança.

Emma colocou Lana no chão – Atacar Lala. – falou enquanto a menina ia por um lado, a loira ia por outro. Júlia ria, e viu que não tinha escapatória e se deixou ser pega – Cócegas! – bradou a loira.

- Pegamos! Cócegas! – Lana exclamou feliz com a bagunça que estavam fazendo e imediatamente suas pequenas mãos começaram o ataque de cócegas.

- Chega! Eu prometo me comportar! – falou Júlia rindo enquanto sua mãe e irmã faziam cócegas – Não vou contar para ninguém.

- Muito bem! Parar as cócegas! – Emma parou e sorriu ao ver que Lana continuou – Hey praguinha... – pegou a menina no colo, que ria infantilmente Minha mini versão da minha morena! – Eu disse chega de cócegas. – beijou a bochecha vermelha de tanto rir. Depois passou o braço ao redor dos ombros de sua filha mais velha e a trouxe para um abraço lateral, e depositou um beijo nos cabelos castanhos de Júlia. Lana não querendo ficar de lado, também se inclinou para dar um beijo na irmã mais velha.

- Já sei quem é a mais crianças das três. – falou Regina rindo, mas cada vez mais apaixonada por sua esposa e adorando aquela interação toda Como amo essa cumplicidade e interação!

- Ganhei! – Emma riu e piscou para sua esposa, que apenas sorriu amorosamente Porque eu sei que você me acha mais criança que todas!

Entraram no galpão e continuaram caminhando até chegarem nos carros – Escolha um. – mostrou tanto o fusca quanto a mercedes de Regina.

- Eu posso escolher qualquer um? – perguntou a adolescente incrédula. Olhando entre suas mães e os carros.

- Sim Jú, essa é a nossa surpresa. – falou Emma sorrindo para a filha Quero só ver a reação dela! – Mas caso você tenha outro tipo de carro em mente, nós vamos sentar e conversar para ver as possibilidades. – enquanto segurava a mão de Lana.

Júlia, ainda não acreditando, caminhou até os veículos e começou a olhá-los em todos os detalhes. Sentou atrás das duas direções. Olhou tudo que tinha direito – Acho que ficaremos aqui esperando Júlia decidir até todo mundo ter habilitação nessa família. – brincou a morena, e Júlia apenas olhou para sua mãe morena Esse também é meu olhar fuzilador que ela aprendeu comigo!

- Quanto exagero. – falou a menina ao se aproximar das duas mulheres.

- Então? – Emma quis saber.

A adolescente olhou novamente os dois carros – Mamãe, seu carro é clássico, está impecável... Seria maravilhoso andar com ele por aí... – começou – Mas eu vou escolher o Valente. Eu aprendi a dirigir nele, temos uma ligação enorme. – sorriu travessamente. Regina sorria e negava com a cabeça ao mesmo tempo.

Emma soltou uma risada com a explicação da filha, então tirou a chave de dentro do seu bolso da calça jeans – Aqui! – entregou a chave para a sua filha, e seu chaveiro era um pequeno cavalo – Cuide bem dele. – sorriu – O documento está dentro do porta-luvas, semana que vem vamos passa-lo para seu nome. – informou e a menina apenas assentiu com um aceno de cabeça.

- Sei que não preciso dizer, mas tome cuidado. Você acabou de tirar carta, mas sempre tem uns barbeiros por aí. – falou Regina passando o braço pela cintura de sua esposa Vou torcer para nada acontecer!

- Eu cuidarei dele, e tomarei cuidado. – falou vendo a chave em sua mão, estava sorrindo feito criança em noite de natal – Posso dar uma volta com ele aqui pela fazenda?

- Você pode dar uma voltar com ele por onde quiser, afinal você agora é habilitada. – falou a loira passando o braço por cima dos ombros de sua esposa – Ele agora é seu. – sentiu Lana abraçar sua perna.

Júlia abraçou suas mães, as enchendo de beijos, e não poupou beijos para a irmã mais nova – Obrigada! – deu pulinhos em comemoração – Vou dar uma volta pela cidade e logo estarei de volta! – saiu em um misto de pulos e corrida na direção do fusca, entrou  e ficou alguns segundos ainda sorrindo e olhando tudo – Vamos lá Valente! Vamos nos divertir! – falou ligando o carro e não demorou para sair do galpão dirigindo. Emma e Regina tinham apenas sorrisos em seus rostos vendo a felicidade de sua filha mais velha.

- Você errou minha loira. – comentou Regina enquanto as três saíam do galpão. Emma apenas a olhou, levemente confusa – A mais criança das três é a Jú. – piscou e a duas caíram na gargalhada.

- Meggie! – chamou assim que parou na frente da casa da amiga, estava em pé do lado de fora, com a porta aberta. Ainda não contente, buzinou algumas vezes.

- Jú? – falou a menina ao sair pela porta, confusa por aquela cena – O que aconteceu?

- Agora eu tenho habilitação. – mostrou o documento para a amiga, assim que se aproximou do carro – Acabei de ganhar o Valente da minha mãe. – sorriu amplamente – Vamos dar uma volta? Quero estrear a minha habilitação. – convidou Júlia animada, já entrando novamente no carro.

Meghan sorriu feliz e se virou para sua casa, viu sua mãe loira parada a porta – Mamãe, vou sair com a Jú e daqui a pouco estou de volta. – avisou e nem esperou uma resposta de sua mãe foi entrando no carro. No segundo seguinte o fusca amarelo saiu na direção da entrada da fazenda.

- Aquele era o Valente? – perguntou Ruby com Joshua em suas costas, e Anastasia grudada em sua perna, ao aparecer na porta ao lado de sua esposa.

- Sim! – respondeu Kathryn sorrindo – Jú está habilitada e ganhou o Valente de presente. E as duas foram dar uma volta. – riu completando.

Ruby sorriu – Acho que precisamos conversar com Meggie e ver se ela quer um carro também. – comentou – Eu lembro até hoje quando Emma ganhou o Valente, bons tempos aqueles.

- Quando Meggie voltar conversaremos com ela. – falou Kathryn tirando Joshua das costas de sua esposa – Rubs olha o que eu acabei de tirar de suas costas, esse imenso carrapato. – brincou e sorriu ao escutar seu filho soltar uma risada ao mesmo tempo que a veterinária fez cócegas nele.

- Só assim que acabamos com carrapatos gigantes, com cócegas. – brincou e sentiu sua filha soltar sua perna e correr para dentro – Volte aqui carrapato gigante, você também receberá cócegas. – a veterinária saiu atrás de sua filha dentro de casa.

Kathryn deixou o menino no chão que saiu correndo atrás de sua mãe morena e irmã, a advogada ainda ficou alguns segundos ali apenas olhando por onde o fusca tinha sumido minutos atrás, soltou suspiro contente ao escutar a bagunça dentro de sua casa e não demorou para se juntar a essa bagunça.

-SQ-

Mais uma vez sem perceberem o tempo foi passando. Júlia e Meghan iriam começar o último ano do ensino médio. Henry, Violet e Sarah começariam o primeiro ano do ensino médio. Thomaz, Jared, Lucy, Neal estavam todos na fase do ginásio, e os menores iniciando os primeiros anos, recém-saídos do jardim de infância. Era a última semana de férias antes de começarem novamente o ano letivo. Nesse tempo Tom estava cada vez mais se dedicando ao baseball, Henry ao hipismo, Lucy a culinária. Júlia e Meghan estudavam mais ainda. Jared ainda não tinha ideia do que queria ser quando se tornar adulto. Depois daquela conversa, Meghan não tocou mais no assunto com sua mãe, mesmo a veterinária tentando de um jeito ou de outro fazer com que sua filha se abrisse no quesito coração apaixonado, mas todas as vezes Meghan conseguia se esquivar e acabava trocando de assunto e sua mãe não insistia. Como prometido, Ruby não comentou nada sobre a conversa com sua esposa.

A fazenda como sempre na correria devido as várias atividades oferecidas, e a maior movimentação devido as férias. As crianças não paravam um segundo, era brincadeiras da hora que acordavam até a hora de dormirem. As mães agradeciam quando estavam todos dormindo, mesmo com todo aquele trabalho e energia, elas não queriam de outra forma suas vidas.

A criançada estava eufórica desde que ouviram que essa noite teria fogueira, e desde o começo da tarde estavam pedindo para suas mães os levarem na festa da fazenda. Pouco antes da hora do jantar, elas avisaram seus filhos que todos iriam na festa e aquilo foi motivo para comemorarem.

A noite estava linda. A lua cheia brilhava no céu escuro, fazia uma típica noite de calor mesmo para perto do fim do verão. Os funcionários da fazenda estavam fazendo a típica festa ao redor de uma grande fogueira, com cantorias e bebidas. Aquela festa toda ainda continuava meio que uma tradição de uma a duas vezes ao mês eles se reunirem apenas para se divertirem. Vez e outra o pessoal da fazenda se juntava também para a alegria das crianças, e claro, dos adultos também. As vezes também tinha a participação do pessoal da cidade como Vincent e sua esposa, que passaram a frequentar mais fazenda, como a família de Zelena, que agora tinham uma nova integrante, a pequena Robie, loirinha feito sua mãe médica.

- Chegamos! – anunciou Emma com a família, assim como Ruby e sua família Adoro festa simples assim! – Viemos para festejar junto com vocês. – mostrou o fardo de cerveja em suas mãos. E junto com eles vieram todos os cachorros também, sempre fazendo bagunça. Ruby também levantou um fardo de cerveja.

- Oh dona Emma venha e se junte a nós! – chamou um dos funcionários, que era responsável pela festa – Você também dona Ruby, e claro a família de vocês também são sempre bem-vindos. – disse sorrindo e voltou a tocar seu violão e a cantoria voltou a reinar no ambiente.

- Nós vamos brincar! – disse Henry olhando para sua mãe morena, que apenas assentiu. O segundo filho de Emma e Regina, juntou seu irmão mais novo, também o primo Jared e os três estavam quase saindo correndo quando escutaram a voz da advogada.  

- Tudo bem, só tomem cuidado e fiquem de olho em seus irmãos menores para não os machucarem. – Regina disse e os dois apenas grunhiram Não estou pedindo para os levarem juntos, apenas para ficar de olho! A sobrancelha da morena apenas se ergueu, e por fim eles assentiram com a cabeça, inclusive Jared. Em seguida saíram correndo para encontrar os amigos. Os menores se juntaram para brincar ali perto sempre supervisionados por suas mães.

Emma sorriu – Você também Jú, por favor, só fique de olho em seus irmãos. – pediu. A menina havia completado seus dezessete anos, e iria cursar seu último ano no ensino médio depois das férias de verão. Mas mesmo de férias já visava as melhores universidades de medicina que poderia cursar.

- Tudo bem mãe. – sorriu e olhou para Meghan Algo me diz que tem alguma coisa ali entre elas, mas vamos continuar observando! A filha mais velha de Ruby e Kathryn também havia completado seus dezessete anos e cursaria seu último ano junto a Júlia, e assim como sua amiga, se preparava para futuramente cursar medicina veterinária em uma prestigiada universidade – Vamos dar uma volta e depois voltamos?

- Sim! – concordou.

- Posso ir junto? – Sarah quis saber. Essa já estava com quase seus quinze anos, e cursaria o primeiro ano do ensino médio juntamente com Henry e Violet.

Júlia assentiu com a cabeça – Claro, vem! – sorriu.

- E vocês duas fiquem de olho em seus irmãos também. – pediu Kathryn para suas duas filhas – E antes que reclamem, não estou falando para ficarem de babá, apenas ajudem a fica de olho.

- Tudo bem mamãe. – concordou Sarah sorrindo indo atrás da prima e da irmã.

- E também tomem cuidado. – falou Ruby olhando para as três meninas – Sei que vocês conhecem a fazenda, mas sempre é bom um pouco de cuidado, principalmente a noite.

- Não iremos longe, mas tomaremos cuidado. – falou Meghan sorrindo para sua mãe.

Emma e Regina se sentaram em um banco ao lado de Ruby e Kathryn, e assim logo estavam cantando junto com os funcionários da fazenda, mas não sem antes abrirem uma latinha de cerveja cada uma Esse é o meu tipo de festa!

Não muito tempo depois Júlia e Meghan voltaram, enquanto Sarah acabou se juntando aos irmãos e filhos dos funcionários. As duas adolescentes se juntaram a cantoria, então Júlia teve uma ideia – Meggie, porque você não toca uma música. – pediu ao ver que o pessoal iria fazer uma pausa para poderem tomar uma bebida e conversarem um pouco, para depois voltarem a cantoria.

- Ah Jú, não sei... – disse Meghan receosa. A adolescente estava fazendo aulas de violão pelo menos há uns seis anos.  Isso foi uma das poucas coisas que havia pedido para suas mães, pois a primeira vez que viu esses mesmos homens tocando, acabou se encantando pelo instrumento e no dia seguinte pediu para aprender. E estava até hoje fazendo aulas. Também quis aprender outra língua, mas diferente de Júlia ela partiu para o espanhol.

- Vamos lá, Meggie, só uma música. – pediu Júlia sorrindo abertamente, segurando o braço da amiga – Por favor, por mim. – apelou no pedido.

- Toma aqui, dona Meghan... – falou o dono do violão – Pode usar para tocar, assim eu tomo uma cerveja sem pressa. – piscou.

- Vai Meggie, apenas uma música. – Júlia insistiu fazendo os olhos pidões que sabia que sua amiga não conseguiria resistir muito tempo – Você sabe tocar e não adianta negar.

Emma tomando sua cerveja só observava a interação das duas adolescentes Meu sexto sentido diz que algo acontece sem elas perceberem! Essa observação já vinha de alguns anos. Ela inclinou para sua esposa – Apenas observe essas duas. – murmurou ao ouvido de sua esposa. Regina sem dizer anda apenas observava sua filha e sobrinha – Meghan não irá resistir e aceitará. – murmurou a loira novamente.

Meghan apenas soltou um suspiro – Tudo bem... – se conformou e pegou o violão Não disse? – Só uma música, tudo bem? – apesar de saber tocar bem, ela tinha vergonha em tocar com tanta gente assim. As vezes tocava para um pequeno grupo de amigos ou sua família apenas.

- Obrigada! – Júlia abraçou rapidamente sua amiga – Toque a música que você quiser. – completou.

- Pegou? – perguntou Emma ao ouvido de sua esposa, então tomou um gole de sua cerveja. Regina apenas olhou para sua esposa com uma expressão indecifrável. Emma sorriu de lado e terminou sua cerveja Eu sei que você pegou algo entre elas!

A filha mais velha de Ruby apenas suspirou – Eu ouvi essa música não tem muito tempo, e eu achei linda... É de um cantor brasileiro. – explicou dando mais um suspiro – Fui atrás para aprender a tocá-la... Acho que essa é a primeira vez que vou tocá-la para muitas pessoas... Eu não tenho uma versão em inglês, então vou tentar cantá-la em português mesmo... – completou e então dedilhou alguns acordes para saber a afinação do violão em seguida começou a dedilhar a introdução da música, logo em seguida começou a cantar – Ponho os meus olhos em você... Se você está... – dedilhou algumas notas e cantou novamente – Dona dos meus olhos é você... Avião no ar... – foi pontuando cada frase no seu tempo, então uma pausa brevemente mais longa e mais algumas notas dedilhadas no violão – Um dia pra esses olhos sem te ver... É como chão do mar... – arrastou brevemente a última palavra, aumentou a entonação de sua voz – Liga o rádio à pilha, a tv... – voltou a entonação de sua voz suavemente – Só pra você escutar... A nova música que eu fiz agora... Lá fora a rua vazia chora... – abaixou e prolongou brevemente a última palavra, dedilhou alguns acordes enquanto ficou quieta até voltar a cantar, olhou para Júlia, pois até então seu olhar estava em seus dedos percorrendo as casas do braço do instrumento enquanto fazia os acordes – Pois meus olhos vidram ao te ver... São dois fãs, um par... – novamente pontuando cada frase, sem pressa – Pus nos olhos vidros para poder... Melhor te enxergar... – olhou profundamente nos olhos de sua amiga, um brilho especial era visto nos olhos de Meghan, sorriu quando lembrou de Júlia brincando com ela por causa dos óculos que havia começado a usar. Por mais que ela não sabia português, o espanhol ajudou e muito a entender a letra da música – Luz dos olhos para anoitecer... – aumentou brevemente seu tom nessa frase, e foi continuando nessa altura até a última frase e diminuir e ficar suave novamente – É só você se afastar... Pinta os lábios para escrever... A sua boca em minha... – inconscientemente desceu seu olhar nos lábios de Júlia, parou brevemente e voltou a olhá-la nos olhos – Que a nossa música eu fiz agora... Lá fora a lua irradia a glória... E eu te chamo... – fez uma breve pausa e somente o som do violão preenchia o ambiente – Eu te peço: Vem!... – fez uma mínima pausa – Diga que você me quer... Porque eu te quero também! – mais uma vez pontuou cada frase, no seu tempo, sem pressa e apenas o violão emitia som, enquanto dedilhava os acordes, então voltou a cantar – Passo as tardes pensando... – outra mini pausa, para enfatizar a frase – Faço as pazes tentando... Te telefonar... – apenas o som do violão então sua voz suave na pronuncia das frases – Cartazes te procurando... Aeronaves seguem pousando... Sem você desembarcar... – mais uma vez apenas o som do violão no dedilhar dos acordes, então aumentou brevemente sua entonação na canção – Pra eu te dar amor nessa hora, te dar a mão... Levar as malas pro fusca lá fora? E eu vou guiando... – Meghan sorriu. Júlia sorriu ao se lembrar de Valente. Ela ganhou o carro assim que passou no exame de motorista e ganhou sua licença para dirigir – Eu te espero, vem?... – arrastou a palavra espera – Siga onde vão meus pés... Porque eu te sigo também... – continuou no ritmo que vinha – E eu te amo!... – prolongou a última letra da palavra – Eu berro: Vem! – prolongou novamente a última letra da palavra berro – Grita o que você quiser, que eu vou gritar também... Hei! Hei! – continuou dedilhando mais algumas notas, até terminar a música em definitivo.

Assim que o som parou uma explosão de aplausos foi ouvida – Menina como você canta bem. Além de tocar muito bem o violão. – disse o dono do violão sorrindo abertamente – Deveria cantar mais vezes, tem uma voz muito bonita. Confesso que não entendi nada da letra, mas parece uma música muito bonita. – falou o dono do violão.

- Meggie, que música linda. – falou Júlia ao abraçar o braço de sua amiga – Porque não falou que sabia tocar uma música linda como essa?

- Obrigada! Ah Jú, não sei, talvez por vergonha... – murmurou Meghan vendo sua amiga tão perto. Então seus olhos se arregalaram e o momento caiu em sua mente, imediatamente se levantou se desvencilhando de sua amiga com cuidado, entregou o violão de volta ao seu dono – Obrigada. – agradeceu e se virou – Mães, eu vou dar uma volta. – anunciou e sumiu da roda sem esperar por uma resposta e pedindo aos céus por sua amiga não vir atrás nesse momento, pois ela precisava pensar no que havia feito, havia cometido um imenso erro ao cantar aquela música, e o principal, na frente de muita gente. Júlia ainda estava eufórica com a linda canção que sua amiga cantou, e acabou ficando no lugar se juntando a cantoria que havia recomeçado. Ela não se preocupou com Meghan, pois sabia que uma hora sua amiga voltaria para se juntar a cantoria.

Emma apenas olhou para Regina, que entendeu perfeitamente o recado Eu disse e ninguém me escutou! Então os olhos verdes se encontraram com os azuis de sua amiga – Foi só eu que percebi algo? Não entendi a letra, mas me pareceu uma canção de amor. – questionou assim que as quatro mulheres se levantaram para poderem conversar com mais calma, já que o pessoal havia voltado a cantar, e Júlia se divertia com a cantoria – Ou eu estou vendo coisa onde não existe, mais uma vez igual a todas as vezes que disse que ali havia algo?

- Não Loirão! – respondeu Ruby – Eu também percebi algo nessa música. – a veterinária suspirou e finalmente entendendo tudo.

- Principalmente o olhar de Meghan para Júlia. – acrescentou Regina, olhou para sua esposa Como eu não percebi isso antes? Talvez porque você não queria pensar que Júlia está crescendo! Pode ser mente! – Você tem razão algo está acontecendo. Será recíproco esse sentimento? – questionou – Se for acho que só Júlia não percebeu ainda.

Kathryn apenas soltou uma longa respiração – Eu não me oponho quanto ao romance delas, se um dia vier a acontecer.

- Nós também não. – Regina acrescentou Muito pelo contrário ficaria muito feliz! – Mas caso aconteça, acho que isso irá demorar para acontecer...

- Por que? – quis saber a outra advogada.

- Porque Jú é tão lenta quanto a Loirão nesse quesito. – respondeu Ruby sorrindo travessamente.

- Hey! – Emma fuzilou com o olhar sua amiga Tudo bem posso até ser lenta! Você é lenta Emma! Hey mente! Apenas dizendo! – Mas só lembrando que eu fui a primeira a pedir em casamento a minha esposa, e principalmente a casar. – piscou convencida – E que se não fosse por nós vocês, ainda estariam noivando mesmo depois de todos esses anos. – brincou e Ruby apenas deu um leve soco no braço de sua amiga.

- Acho que agora mais do que nunca seremos uma família apenas. – comentou Regina passando seu braço ao redor da cintura de sua esposa, enquanto Emma retribuía com o braço ao redor dos ombros, além de depositar um beijo nos cabelos castanhos Só espero que Jú não demore muito tempo em perceber o que está acontecendo! Vamos torcer para isso Regina! Vamos mente!

- Azar o de vocês. – brincou Ruby mostrando a língua para o casal a sua frente, enquanto abraçava sua esposa por trás. Kathryn apenas riu da brincadeira. Mas no fundo as quatro mulheres estavam torcendo para que as meninas enxergassem logo o que estava acontecendo no momento, ou se caso fosse apenas sentimento adolescente que ela continuassem amigas depois – Gente, eu vou atrás de Meggie, e ver se está tudo bem. – falou a veterinária depois de alguns minutos e ver que ainda não havia sinal de sua filha ali na roda de cantoria.

Ruby saiu andando por onde sua filha havia ido e não demorou muito e encontrou sua filha sentada em um banco, a parte de cima de seu corpo pendido a frente, sobre suas pernas, enquanto seu rosto estava escondido entre suas mãos. Sem pressa a veterinária foi caminhando, e assim que se aproximou sentou ao lado de sua filha, que não se mexeu de sua posição.

- Hey Meggie. – disse suavemente, ao colocar a mão sobre as costas da filha, e carinhosamente subia e descia acalentando a filha. Ficaram ali desse jeito por alguns minutos, e ao longe conseguiam escutar a cantoria e toda a festa – É a Jú, não? – disse que mesmo em forma de pergunta, mesmo sabendo a resposta – A menina que você gosta é a Júlia. – afirmou quando sentiu sua filha tremer e um soluço abafado ser ouvido – Ah minha querida, vem aqui. – Ruby chamou e puxou sua filha para um forte abraço.

Meghan se deixou ser levada e quando sentiu os braços de sua mãe ao seu redor, retribuiu o abraço e escondeu o rosto no peito e deixou todo aquele sentimento guardado em seu peito sair naquele choro. Ruby não disse nada e apenas abraçou mais forte sua filha.

 


Notas Finais


Tadá! Tivemos Ruby chamando Meghan para conversarem sobre coisas do coração, mesmo que tudo esteja confuso para a filha. E a veterinária se mostrando uma mãezona para a filha.

As aulas de direção de Meghan e Júlia aconteceram, mesmo que um pouco de atraso, e Emma achando que estava fazendo tudo escondido, mas para sua surpresa sua morena sabia de tudo. Lana sempre sendo o grude com sua mãe loira. Júlia feliz por finalmente ter habilitação e ganhando o Valente de presente. Claro, Lana sempre grudada em sua mãe.

E a fatídica noite que as quatro mulheres viram e escutaram a declaração de amor de Meghan para Júlia em forma de música.
Espero que tenha ficado muito confuso, pois tivemos mais algumas passagens de tempo, e em torno de dos anos novamente. Provavelmente eu ficarei nesse período de tempo por mais um capítulo pelo menos, pois preciso escrever algumas cenas. Tivemos o desenvolvimento de mais duas cenas extras também.

Sei que o capítulo não foi focado no nosso amado casal, mas logo elas voltam a serem o foco principal.

Até a próxima!

Lembre-se: Se puder fique em casa! Mas se tiver que sair, sempre use máscara, lave as mãos com água e sabão, ou com álcool e gel se não tiver como lavar as mãos. Protejam-se e cuide de quem vocês amam!

Ah quem quiser escutar a música que a Meghan tocou link abaixo: é uma versão de Luz Dos Olhos cantada por Nando Reis

https://www.youtube.com/watch?v=B8IAuwp_el0


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