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História Storybrooke - Capítulo 175 - Medo da Rejeição


Escrita por: 1AquarianaDoida

Notas do Autor


Olha eu aqui outra vez!!

Nem demorou!! Esperou que estejam todos bem, aqui está tudo bem!

Na realidade eu consegui achar um ritmo de trabalho e assim estou tendo mais tempo para escrever a história, e assim estou conseguindo postar com intervalos menores entre os capítulos.

Obrigado a todos que comentaram, favoritaram, adicionaram a lista de leitura e ao pessoal que acompanham dentro e fora da moita!! Vocês todos moram de pantufas no meu coraçãozinho aquariano.

Temos mais um capítulo focado em Júlia e Meghan!!

Boa leitura e divirtam-se!

Capítulo 175 - Capítulo 175 - Medo da Rejeição


- Droga! – resmungava Meghan enquanto seu caminhar era acelerado para qualquer lugar que a levasse bem longe da roda de cantoria naquele momento – Como você pode fazer uma besteira como aquela? – se perguntou chutando a grama e a terra no seu caminhar – Só você mesma! Sua idiota! – exclamou mais uma vez e sentindo os olhos ficarem úmidos pelo choro que estava prestes a sair – Sua burra! Você deveria ter ficado na sua, e recusado o pedido da Jú... – limpou a lágrima que desceu por sua bochecha – Mas não! Você é idiota o suficiente para ser convencida e o pior ser idiota e burra o suficiente para cantar aquela música! – parou respirou fundo e soltou um urro de desabafo – Você poderia cantar qualquer outra música! Por que foi cantar justa aquela?? Por que tinha que ser aquela? – se perguntou agitando seus braços no ar, como que esmurrando algo – Porque você é idiota o suficiente para isso. – resmungou novamente e viu um banco ali perto e resolveu sentar. Ainda inconformada com tudo que havia acontecido soltava vez e outra um idiota ou burra. Não aguentando mais pendeu seu corpo a frente, deixando descansar sobre suas pernas, e levou suas mãos ao rosto. Sentiu ficarem molhadas pelas lágrimas e aos poucos ia deixando tudo aquilo que estava sentindo naquele momento sair sem pressa.

-SQ-

- Acho que agora mais do que nunca seremos uma família apenas. – comentou Regina passando seu braço ao redor da cintura de sua esposa, enquanto Emma retribuía com o braço ao redor dos ombros, além de depositar um beijo nos cabelos castanhos Só espero que Jú não demore muito tempo em perceber o que está acontecendo! Vamos torcer para isso Regina! Vamos mente!

- Azar o de vocês. – brincou Ruby mostrando a língua para o casal a sua frente, enquanto abraçava sua esposa por trás. Kathryn apenas riu da brincadeira. Mas no fundo as quatro mulheres estavam torcendo para que as meninas enxergassem logo o que estava acontecendo no momento, ou se caso fosse apenas sentimento adolescente que elas continuassem amigas depois.

- Já estou imaginando o casamento. – brincou Kathryn gesticulando – Jú ficará linda de trança nos cabelos, enquanto Meggie ficará belíssima em um coque solto, com alguns fios soltos. – completou.

- Hey minha loira estonteante, acho que você está indo um pouco longe nos pensamentos, não? – perguntou Ruby dando um beijo na bochecha de sua esposa – Não sabemos nem se Jú gosta de Meggie nesse sentindo.

- Nossa, agora você que não quer fazer parte da família? – brincou Emma Mas que essa é uma situação complicada, isso é! – Mas nesse ponto você tem razão, precisamos descobrir quais os sentimentos de Jú nessa situação toda.

- Que ela gosta de Meggie é inegável... – começou Regina Mas qual será o tipo de amor que ela sente por Meggie! – Só precisamos descobrir como ela gosta. – completou.

Kathryn apenas assentiu com um gesto de cabeça – Essa é a nossa missão daqui para frente, mas claro sem levar suspeitas. – então parou e olhou para sua esposa – Você sabia? – quis saber e Ruby sorriu de lado – Sua bandida! – exclamou dando um leve tapa no braço de sua esposa – Nem para me contar?

- Na realidade Meggie não me contou nada, eu que fui investigando e conversando com ela quando podia... – respondeu Ruby olhando ao redor, mas nem sinal de sua filha mais velha – E Meggie apenas me disse que estava gostando de uma menina, mas não disse quem era. Descobrimos todas juntas hoje. – completou e soltou um longo suspiro – Gente, eu vou atrás de Meggie, e ver se está tudo bem. Faz tempo que ela saiu e ainda não voltou. – falou a veterinária. Kathryn apenas assentiu com um aceno de cabeça. As três mulheres continuaram ali conversando vendo a veterinária se distanciar da roda de cantoria.

Ruby saiu andando por onde sua filha havia ido e não demorou muito acabou encontrando sua filha sentada em um banco – Ah minha filha... – murmurou levemente triste ao ver a parte de cima de seu corpo pendido a frente, sobre suas pernas, enquanto seu rosto estava escondido entre suas mãos – Ah minha criança. – sussurrou compadecida. Sem pressa a veterinária continuou caminhando, e assim que se aproximou sentou ao lado de sua filha, que não se mexeu de sua posição – Hey Meggie. – disse suavemente, ao colocar a mão sobre as costas da filha, e carinhosamente subia e descia acalentando a filha – Eu estou aqui, minha filhotinha. – disse se lembrando do carinho apelido que dera a menina logo que chegou. Ficaram ali desse jeito por alguns minutos, e ao longe conseguiam escutar a cantoria e toda a festa – É a Jú, não? – disse que mesmo em forma de pergunta, mas sabendo a resposta – A menina que você gosta é a Júlia. – afirmou quando sentiu sua filha tremer e um soluço abafado ser ouvido – Ah minha filha, vem aqui. – Ruby chamou e puxou sua filha para um forte abraço.

Meghan se deixou ser levada e quando sentiu os braços carinhosos de sua mãe ao seu redor, retribuiu o abraço e escondeu o rosto no peito e deixou todo aquele sentimento guardado em seu peito sair naquele choro. Ruby não disse nada e apenas abraçou mais forte sua filha, enquanto vez e outro depositava um beijo nos cabelos da filha, e suas mãos vagarosamente acariciavam as costas da adolescente, além de murmurar algumas palavras de conforto vez e outra.

- Está melhor? – perguntou ao perceber que sua filha havia parado de chorar, mas se mantinha no abraço – Quer conversar?

Com um longo suspiro a adolescente se soltou do abraço de sua mãe, limpou o rosto com as mãos – Falar o que, mãe? Nem tem o que falar, vocês viram tudo hoje. – suspirou novamente.

- Apenas vimos alguém catando uma música bonita. – respondeu Ruby.

- Ah mãe, nem precisa tentar disfarçar... – limpou mais um pouco dos resquícios das lágrimas em seu rosto – Acho que todo mundo percebeu o que aconteceu.

- Meggie... – chamou e a adolescente olhou para sua mãe – Posso te garantir que quem percebeu foi eu, sua outra mãe e suas madrinhas apenas. – informou – É pela Jú que você está apaixonada desde aquele dia que conversamos no Bosque?

- Sim... – murmurou juntamente com um aceno de cabeça – Naquela época, eu achava que estava apenas confusa e não queria falar nada para não perder a amizade de Jú... – suspirou novamente – Eu ainda continuo não querendo falar nada. Não quero perder a amizade dela.

- Você já pensou que a Jú pode gostar de você de volta? – perguntou Ruby tentando animar sua filha, que estava bem triste.

Um riso seco se desgarrou dos lábios da adolescente – Não gosta... – comentou – Ela disse que acha o Kyle bonito.

- Quem é esse? – perguntou.

- O quarterback do time da escola. – Meghan respondeu azeda – A maioria das meninas são apaixonadas por ele, e por isso ele se acha o gostosão, macho alfa.

Ruby sorriu de lado – Meggie, achar bonito não quer dizer que Jú esteja apaixonada por ele. – tentou animar a filha.

- Ah mãe como eu vou competir com ele? – se desesperou – Primeiro que ele é o astro do esporte na escola, todo fortão e sonho das meninas... E eu... – suspirou – Eu sou a esquisita nerd que rosna para todo mundo na escola.

A veterinária teve que se segurar para não rir da segunda parte, pois ela também era chamada assim quando estava no ensino médio. Respirou fundo – Quem disse que você tem que competir com ele? OU com qualquer outra pessoa? – começou – Você é você e pronto. Tem muitas qualidades que aposto que ele nem sonha que existem.

- Nossa, olhas as qualidades sou nerd, esquisita e uso óculos. Maravilhosas essas qualidades. – Meghan disse debochada. Naquela noite havia resolvido experimentar usar lentes de contato, mas depois daquela choradeira, as lentes estavam incomodando.

Ruby apenas olhou para sua filha – Aí é que você se engana... Você é linda, inteligente, esperta, tem um grande coração, senso de humor... Olhe quantas qualidades boas você tem. – completou fazendo um pequeno carinho nos cabelos de sua filha.

- Que não vai mudar em nada na idiotice que eu acabei de fazer agora a pouco. – murmurou Meghan derrotada.

A veterinária suspirou – Eu acho que você deveria conversar com a Júlia e esclarecer de vez esse assunto entre vocês.

- Não mesmo! – Meghan se recusou – Prefiro continuar assim do que me abrir para ela, então escutar que ela gosta apenas de mim como amiga... – soltou um suspiro – Ou pior ainda, ela dizer que não gosta de mim e nossa amizade mudar ou até mesmo acabar.

- Mas...

- Eu prefiro esconder esse sentimento e ter Júlia ao meu lado como amiga. – cortou Meghan – Prefiro vê-la feliz com outra pessoa e eu continuar perto dela... Acho que não aguentaria ficar sem a amizade dela. – seus olhos umedeceram novamente com novas lágrimas.

- Meghan, eu entendo que tudo isso é muito confuso e novo para você... Mas talvez não precisa ser assim tão radical...

- Eu não estou sendo radical, mãe. – a menina falou séria – Eu estou sendo realista. E você não sabe o que eu estou passando por gostar da minha melhor amiga. – murmurou tristemente, limpando aquelas lágrimas que se acumularam em seus olhos.

Ruby olhou compadecida para sua filha – Hey! – chamou e a menina a olhou, voltando a ter os olhos úmidos pelas lágrimas – Eu sei muito bem o que você está passando, eu também já estive no seu lugar.

- Como? – quis saber limpando as silenciosas lágrimas que desceram teimosamente por sua bochecha mais uma vez.

- Acho que eu tinha a sua idade ou talvez um ano mais nova... Sei que foi antes de eu ir para a universidade. – começou Ruby olhando para o escuro a sua frente – Eu achei que estava apaixonada por Emma.

- Sério? – quis saber, dando um fungada por causa do choro.

- Sim. – respondeu Ruby voltando a olhar para sua filha – Eu estava confusa e não sabia o que fazer, eu fiquei assim por alguns meses nessa confusão.

- E como você resolveu tudo isso? – perguntou Meghan atenta.

Ruby riu de lado – Um dia fim de tarde, estávamos sentadas na frente da casa dela, do tio George... – suspirou – Conversávamos coisas sem importância até que entramos no assunto coisas do coração, e meio que me abri, mas loira do jeito que era Emma, ela não estava entendo... – riu, e escutou uma pequena risada de sua filha – Eu resolvi fazer uma coisa impensada para que ela entendesse e eu resolvesse essa questão de vez.

- O que você fez, mãe? – perguntou agora curiosa.

O sorriso de lado nos lábios da veterinária aumentou – Eu puxei Emma pela camisa e tasquei um beijo na boca dela. – respondeu.

Os olhos de Meghan se arregalaram – Sério que você fez isso? – perguntou incrédula.

- Sim, fiz! – respondeu Ruby olhando para sua filha, mantinha um sorriso travesso.

- E ela?

A veterinária soltou uma risada – No começo ela levou um susto e então começou a retribuir o beijo, e quando terminamos nos olhamos e dissemos ao mesmo tempo: Ah, apenas amigas mesmo. – completou – Emma me disse que também estava nesse dilema em saber se estava apaixonada ou não por mim, sua melhor amiga.

- Gente! – exclamou Meghan surpresa.

- Se você não acredita pode perguntar para Emma, ou mesmo sua mãe ou Regina. Elas também sabem dessa história. – comentou Ruby fazendo carinho nos cabelos de sua filha. Segundos depois o cenho de Meghan franziu – O que foi?

- Você não teve medo de perder a amizade de Emma com esse beijo? – quis saber a adolescente.

- Eu era o medo em pessoa naquele momento. – respondeu Ruby com um suspiro – Mas se eu não fizesse aquilo eu não saberia o que estava sentindo. – fez uma pausa – Então Meggie, você precisa fazer algo sobre isso.

- Eu não vou sair beijando a Jú. – afirmou entrando em pânico.

- Não estou falando para você beijá-la, e sim para você pensar em algo para tentar resolver essa situação. – explicou a veterinária com um sorriso.

- Eu sei... – suspirou a adolescente, e ficou pensativa por alguns minutos. Ruby também não disse nada, apenas passou seu braço por cima dos ombros da filha e a trouxe para um abraço lateral. O silêncio era quebrado apenas pelo barulho vindo da festa e os grilos ali perto – Eu sinceramente não sei o que fazer... – Meghan finalmente disse – Mas a única coisa que eu sei é que, pelo menos agora, eu não vou dizer nada para Júlia...

- Tem certeza? – questionou a veterinária dando um beijo nos cabelos da filha.

- Tenho. – respondeu Meghan soltando um longo suspiro.

- Se ela perguntar algo para você assim que você voltar? – questionou Ruby preocupada.

- Eu não sei o que irei responder... – Meghan foi sincera em sua resposta – Mas eu dou um jeito... – fez uma breve pausa – Posso pedir para você, mamãe ou mesmo as dindas não comentarem nada sobre isso?

- Claro, minha filhotinha. – Ruby concordou dando mais um beijo nos cabelos da filha – Está melhor? – perguntou e a menina assentiu com um gesto de cabeça – Vamos voltar, acho que o pessoal deve estar preocupado conosco. – a adolescente não disse nada, apenas gesticulou mais uma vez com a cabeça – Calma que tudo dará certo. – deu um último beijo nos cabelos da filha – E lembre-se que sempre estarei ao seu lado. – mais um aceno de cabeça e as duas mulheres se levantaram e caminharam na direção da festa.

- Tudo bem? – questionou Kathryn a sua esposa, assim que a mesma se sentou ao seu lado. As quatro mulheres apenas viram Meghan se aproximando de Júlia, assim que a adolescente chamou por sua amiga ao avistá-la se aproximando com sua mãe.

- No momento sim. – respondeu Ruby olhando e vendo que Júlia apenas abraçou o braço de Meghan e continuou cantando juntos com o pessoal.

- Você irá dizer alguma coisa? – perguntou Kathryn novamente olhando as duas adolescentes.

- Meggie me pediu para não dizer nada, assim como para vocês também não comentarem nada com Júlia. – pediu Ruby agora olhando para suas amigas.

- Meghan está mesmo apaixonada por Jú? – questionou Regina, que estava sentada ao lado da veterinária.

Ruby olhou novamente para as duas adolescentes – Sim... Mas vamos observar e deixar Meggie resolver do jeito dela, e se precisar nós ajudaremos.

- Acho a melhor coisa a se fazer no momento. – concordou Emma e depois de olhou as meninas mais uma vez e parecia que estava tudo como antes.

-SQ-

As férias haviam terminado para a alegria das quatro mães as aulas haviam começado e quando perceberam agosto, setembro, outubro e novembro já haviam passado e estavam quase chegando ao meio de dezembro e logo teriam um recesso para as festas de fim de ano. As coisas estavam corridas entre as aulas e as atividades dos clubes. Aquele episódio da festa parecia ter caído no esquecimento das meninas, e de suas mães. O frio aquele ano veio forte e Emma juntamente com Ruby e a equipe da fazenda haviam tomado todas as providências para que as consequências do frio não afetassem tanto os cavalos e todas as atividades da fazenda.

As competições de salto, Henry havia ido relativamente bem, uma vez que acabou ficando em quarto lugar na classificação geral. Isso se deveu principalmente porque ele havia mudado de categoria aquele ano e ela era bem mais competitiva com relação as anteriores, mas os patrocinadores entendiam a situação e acreditavam que ele no ano seguinte com certeza se sairia muito melhor. Tom depois daquele primeiro campeonato acabou conquistando o do ano seguinte, mas havia perdido do ano anterior. Esse ano ele prometeu que iriam ganhar novamente. Lucy havia sido matriculada em um curso de culinária, além das aulas que tinha com Eugenia, a menina era pura alegria. Os gêmeos e as gêmeas continuavam bagunçando.

Sarah cada vez mais se interessava pela biologia em geral, mas amava a biologia marinha. Tanto que fez suas mães lhe darem um aquário marinho e ali ela tinha algumas espécies de peixes que ela amava ficar admirando e pesquisando nos livros e internet. Jared não sabia ainda o que gostaria de ser quando for adulto, mas sempre achava legal nos filmes quando as pessoas falavam que eram executivas. Samuel estava cada vez mais se bandeando para o lado do avô John e da vó Cora, que estavam adorando, e se encantando pelo mundo da arquitetura. E os gêmeos juntos com os de Regina e Emma viviam bagunçando.

- Então meninas, já sabem para quais universidades vocês vão se inscrever? – perguntou Cora, estavam todos jantando juntos naquela noite, e nesse jantar estavam presentes Péppe, John e Glinda.

- Eu tenho uma lista de nomes. – respondeu Júlia depois de tomar um gole de seu suco de maçã – Mas quando voltarmos em janeiro eu vou analisar melhor e reduzir a lista para poucos nomes.

- E você, Meggie? – perguntou Cora olhando para a outra neta.

A adolescente terminou de engolir a comida antes de responder – Eu estou pesquisando ainda, e quero fazer isso sem pressa... – respondeu e depois tomou um gole de seu suco de laranja – Mas até a data da aplicação para as universidades eu terei alguns nomes. – completou.

- Como o tempo passa rápido. – comentou George – Parece que foi ontem que vocês chegaram e agora estão quase indo embora para estudar fora. – soltou um suspiro nostálgico.

- Hey pai, não fique assim, vamos aproveitar que ainda está todo mundo em casa. Porque será um atrás do outro a deixar essa casa, e não quero pensar nisso agora. – falou Emma colocando a mão no ombro de seu pai Porque assim que a Jú sair será um atrás do outro e quando percebemos ficaremos apenas eu e minha morena aqui! O homem apenas assentiu com a cabeça e abriu um sorriso.

O jantar continuou com muita conversa tranquila, brincadeiras. A sobremesa foi o ponto alto para as crianças que depois foram para a sala de tv para brincarem, deixando apenas os adultos ali continuando conversando enquanto arrumavam a bagunça do jantar e Eugenia fazia o café.

Num piscar de olhos as festas de fim de ano passaram. A família Rizzoli veio para o natal e no ano novo, viajaram cada casal para um canto. Tommy e família para a casa dos pais de Lídia. Assim como Frankie foi para a casa dos sogros. Com Jane não foi diferente, elas haviam ido para a casa dos pais de Maura. Ângela aproveitou para viajar com Leonard para a casa das filhas na Flórida. E por na médica legista, ela prometeu que iria arrumar um mini curso para Júlia e Meghan nas áreas que iriam cursar na universidade, e assim que conseguisse ligaria avisando.

As aulas retornaram na semana seguinte de ano novo, a primeira semana foi ritmo lento, mas depois voltaram ao ritmo normal. A conselheira escolar havia conversado com todos do último ano do ensino médio sobre as datas que iriam começar as inscrições para as universidades, além de conversar com os alunos que ainda tinham dúvidas quanto ao qual curso seguir.

Meghan e Júlia estavam nervosas para as universidades que iriam se inscrever – Será que vamos ser aceitas? – questionou Júlia terminando de preencher um dos vários formulários que tinha a sua frente. Cada formulário era de uma universidade.

- Uma pelo menos irá nos querer, Jú. – respondeu Meghan olhando para o papel a sua frente, enquanto o preenchia. Assim como Júlia, Meghan tinha vários formulários também para preencher.

- Qual você quer ir? – perguntou Júlia colocando o formulário dentro do envelope pardo.

A adolescente suspirou – Quero ir para a mesma universidade que a minha mãe. – respondeu assim que terminou de preencher, então olhou para sua amiga – E você, quer mesmo Harvard?

- Sim, quero. – respondeu então seus olhos ficaram tristes – Se conseguirmos, será a primeira vez que iremos nos separar depois que nos reencontramos. – comentou.

Meghan suspirou longamente – Hey Jú... – chamou a atenção da amiga – Sim será... Mas dessa vez nós saberemos onde a outra estará, além de sempre termos a fazenda para voltarmos nos feriados e alguns finais de semana. – comentou, então colocou a mão sobre a da amiga que estava sobre a mesa – Também temos celulares, e quando uma estiver com saudades poderá ligar para a outra.

- Você tem razão. – comentou Júlia sorrindo para Meghan.

- Estou aqui. – falou Regina entrando na sala de estudos – Precisam de minha ajuda para preencher os formulários das universidades? – perguntou ignorando as mãos sobre a mesa. A advogada estava se aproximando da porta quando escutou a conversa das meninas, decidiu esperar e não interromper o momento Foi tão fofa essa pequena conversa delas! Quando achou que não interromperia mais nada resolveu entrar – Quantas vocês irão se inscrever? – perguntou ao se sentar na cadeira da mesa que tinha ali no cômodo Será como Emma disse, assim que uma se for, será praticamente um atrás do outro e quando percebemos estaremos apenas nós duas nessa casa grande! Calma Regina, ainda tem muito tempo para isso! Sim, você tem razão, não vamos nos desesperar!

- Eu vou me inscrever nessas aqui. – falou Meghan sem pressa, tirando sua mão e entregando os formulários para sua dinda.

Regina olhou os formulários sem pressa – Muito bem Meggie, boas escolhas, e aposto que você quer ir para a mesma universidade que sua mãe. – falou enquanto entregava de volta os formulários Isso me lembra do meu tempo quando decidi o queria cursa e qual universidade me inscrever!

- Sim, eu quero. – pegou de volta os papéis – Mas vamos ver se serei aceita lá.

- Eles serão loucos se não te aceitarem, Meggie. – comentou Regina sorrindo para a adolescente – Jú? – perguntou agora olhando para sua filha.

- Essas daqui mamãe. – entregou a lista que tinha, pois os formulários já estavam cada um em seu envelope.

A advogada olhou atentamente a lista – Boas escolhas também. – devolveu a lista – E a sua escolha principal?

- Harvard. – respondeu Júlia Eu não tinha dúvidas quanto a isso! – Mas também não sei se eles irão me aceitar.

Regina sorriu – Eles também serão loucos se não te aceitarem, Jú. Você e Meggie tem um histórico escolar exemplar, notas excelentes, projetos extraescolares muito bons, eu sinceramente acho difícil vocês não serem aceitas nas universidades que querem entrar.

- Tomara mamãe. – falou Júlia torcendo profundamente.

- Tomara mesmo dinda. – concordou Meghan.

- Pelo visto vocês não precisam de minha ajuda... – comentou e as meninas negaram com a cabeça Preciso voltar para os pequenos! – Voltarei para a sala de tv que tenho dois monstrinhos e duas praguinhas sozinhas lá, e se eu quiser uma sala inteira preciso voltar.

- Tudo bem, mamãe, nós voltaremos a estudar para a prova de amanhã. – comentou Júlia abrindo o livro na página marcada. Meghan apenas sorriu e deixou os envelopes das universidades de lado e pegou seu material para estudar também.

- Qualquer coisa, vocês sabem onde estou. – disse Regina já a porta da sala, as meninas assentiram com a atenção já voltada para a matéria, a mulher mais velha sorriu É como George falou, parece que foi ontem que elas chegaram e logo estarão de partida! Mas elas sabem que tem um lugar para voltar quando quiser! Isso com certeza! caminhou na direção da sala deixando as duas adolescentes sozinha estudando.

-SQ-

Júlia andava pelos corredores da escola a procura de Meghan para poderem irem embora, uma vez que naquele dia elas sempre iam embora juntas. Quando estava se aproximando da sala que Meghan estaria começou a escutar vozes diferentes e conversa, acabou parando perto da porta, mas sem se fazer presente.

- Vocês ficaram sabendo? – perguntou o rapaz para a amiga.

- O que? – questionou uma voz feminina.

Um riso maroto ecoo na sala – Que a Mary Jane arrumou uma pessoa para jogar seus encantos? – veio uma terceira voz, feminina também.

- Encantos, sei? – falou o rapaz – Ela vai jogar é outra coisa que não tem nada a ver com encantos.

- Para de bobagem, conta essa história direito. – pediu a primeira voz feminina.

- O que está rolando na escola é que Mary Jane está muito afim da nerd esquisita que rosna. – respondeu a segunda voz feminina. Os olhos de Júlia se arregalaram em surpresa.

- Como? – perguntou a primeira voz feminina surpresa.

- Isso mesmo que você acabou de ouvir. – respondeu a segunda voz feminina – Mary Jane está caidinha pela Meghan Lucas-Midas, é o que andam dizendo aqui na escola... – fez uma breve pausa – Mas o melhor é que falaram que a viram sozinha com a tal nerd esquisita.

- Ah para ser sincero, ela e aquela que vive colada na nerd não são de se jogar fora. – comentou o rapaz – Se elas me dessem bola, eu até tiraria uma casquinha delas.

- Mas escuta, desde quando a Mary Jane gosta de meninas? – questionou a primeira voz feminina.

- Hel-low!! – falou a segunda voz feminina – Mary Jane não faz distinção entre homens e mulheres, ela tendo prazer é o que interessa. E agora ela está vidrada na nerd esquisita que rosna.

Júlia ainda estava incrédula escutando toda aquela conversa – Mas andam falando também que a tal nerd esquisita tem uma paixonite por Mary Jane. – completou a segunda voz feminina.

- Ah meu bem, até eu tenho uma paixonite por Mary Jane. – falou o rapaz rindo.

Não querendo mais escutar aquela conversa Júlia deu alguns passos de costas, retrocedendo seu caminho, então se virou de frente e saiu correndo na direção que veio. Assim que percebeu ela havia ido parar no local que Meghan e Mary Jane estavam. Seus olhos se arregalaram mais ainda quando viu a cena diante de si. Meghan e Mary Jane estavam se beijando. Imediatamente seus olhos se encheram de lágrimas, seu coração disparou e sem fazer nenhum barulho saiu correndo na direção da porta de saída da escola.

- Está louca menina? – Meghan perguntou empurrando Mary Jane para longe – Por que me beijou?

- Meio óbvio, não? É porque estou a fim de você. – respondeu Mary Jane tentando se aproximar de Meghan novamente.

- Não! – estendeu a mão tentando manter distância da outra adolescente – Mas eu não estou a fim de você. E se você se aproximar de novo, rosnar será o mais leve que vou fazer com você. – pegou seu material.

- Quero ver o que mais você sabe fazer além de rosnar. – sorriu safadamente, tentando se aproximar de novo.

- Eu estou falando sério, não se aproxima. É o meu último aviso. Menina doida! – exclamou Meghan andando na direção da saída da escola – Jú! – chamou ao ver sua amiga dentro do Valente.

Júlia havia entrado em seu carro e estava disposta a deixar sua amiga para trás, mas depois acabou respirando fundo e decidiu espera-la – Eu não tenho porque me sentir assim... – falava para si – Meggie tem o direito de gostar de quem ela quiser. – ia dizendo quando escutou sua amiga lhe chamar.

- Jú! – chamou novamente assim que se aproximou do Valente pela porta do passageiro – Vamos embora? – perguntou ao se sentar no banco.

- Claro! – Júlia sorriu e ligou o carro, sem dizer mais nada tomou o rumo da fazenda. Elas foram conversando coisas sem importância.

- Está tudo bem? – perguntou Meghan assim que Júlia estacionou o carro na frente da casa principal.

- Está sim, Meggie. Estou só com um pouco de dor de cabeça. – respondeu então abriu um sorriso – Vai querer estudar hoje a noite?

- Acho melhor não, Jú. – respondeu Meghan levemente preocupada com a amiga – Você está com dor de cabeça e não faz bem. Melhor tomar um remédio e deitar mais cedo, amanhã a gente estuda. Pode ser?

- Claro. – as duas meninas desceram do carro – Até amanhã então.

- Até Jú. – Meghan sorriu e começou a caminhar na direção da sua casa, enquanto Júlia subia as escadas de sua casa. Entrou deu oi para todo mundo que estava ali na sala e subiu para seu quarto sem dizer mais nada.

O jantar Júlia passou quieta e com o pensamento longe, e aquilo chamou a atenção de suas mães, mas não comentaram nada durante a refeição – O que será que aconteceu com Jú? – perguntou Regina enquanto lavava a louça Ela estava bem diferente que o normal!

- Deve ter sido algo sério, pois ela não é de ficar assim. – respondeu Emma enxugando a louça Daqui a pouco eu vou conversar com ela e tentar descobrir o que aconteceu! Naquela noite eram elas e os filhos. Seus pais foram jantar com Péppe e Eugenia como eles diziam Noite dos mais experientes! – Vou terminar aqui e vou falar com ela.

- Acho uma boa ideia. – concordou Regina terminando de lavar a louça.

- Jú? – Emma bateu a porta e esperou pela autorização a filha para entrar. Assim que entrou viu sua filha deita com um livro não colo, mas com o olhar distante – Está tudo bem? – perguntou ao se sentar a beira da cama e olhar para a filha Você está tão quieta hoje, o que houve?

Júlia soltou um longo suspiro, fechando o seu livro e o deixando sobre a cama – Ai mãe não sei... – soltou por fim, depois de debater mentalmente se contava ou não o que estava sentindo naquele momento.

- Você gostaria de me contar o que está te deixando assim? – perguntou Emma segurando a mão de sua filha Fale comigo, se abra quem sabe eu posso ajuda-la!

A menina soltou outro suspiro – Eu escutei uma conversa... Juro que não era a minha intenção. – já se adiantou – Estava procurando pela Meggie e pouco antes de chegar na sala que ela deveria estar, acabei escutando uma conversa...

- Sobre o que era essa conversa? – Emma incentivou sua filha a continuar falando Que bom que ela resolveu conversar!

- Escutei três pessoas falando da Meggie... – respondeu – E de uma tal de Mary Jane... Eles estavam falando que essa tal de Mary Jane está gostando da Meggie... – continuou e Emma apenas ouvia atentamente – Falaram também que Meggie parece gostar dela. Mas essa tal Mary Jane é uma garota que gosta de todo mundo e namora todo mundo. – soltou levemente irritada.

- Acho que só essa conversa não te deixaria assim... – comentou Emma ainda atenta a sua filha e toda sua reação Sinto ciúme nas palavras de Jú!

- Não... – bufou Júlia – Não querendo mais escutar aquela conversa sai dali e quando eu percebi que havia achado Meggie e a tal Mary Jane. – completou.

- Elas estavam conversando? – perguntou Emma arriscando Vamos lá me conte!

- Sim, com uma boca colada na outra. – bufou com raiva – Elas estavam se beijando.

Emma olhou para sua filha Sim, isso é ciúmes! – Então deixa eu ver se entendi... Você está desse jeito porque acabou escutando uma conversa sobre a Meggie e a viu beijando essa tal Mary Jane. – resumiu e Júlia assentiu com a cabeça – E qual o problema nisso? – questionou Agora vamos descobrir o grau desse ciúme e que tipo de ele é? Se é de amizade ou amor!

- Esse é o problema, não deveria ter problema, mãe... – murmurou a adolescente – Eu deveria ficar feliz por Meggie se realmente ela gosta dessa tal de Mary Jane. – falou o nome da garota com desdenho – E você me perguntou se está tudo bem... – soltou um longo suspiro – Era para estar tudo bem. – completou – Mas não está.

- E por que não está tudo bem?

- Esse é um dos problemas, eu não sei. – respondeu Júlia quase em um choro.

- Hey! – chamou a sua filha para um abraço que Júlia não recusou e ficaram assim por alguns minutos em silêncio Eu estou quase tendo a certeza de qual ciúmes Jú está sentindo, mas vou continuar para ter certeza! – Sabe o que eu acho?

- O que? – veio a pequena voz de sua filha.

- Que você está tão acostumada a ter Meggie só para você desde que vocês se reencontraram que agora só em pensar em dividi-la com mais alguém está te deixando nesse estado. – respondeu a loira Vamos investigar mais a fundo!

- Pode ser, mas acho que eu aceitaria melhor se qualquer outra garota, menos a Mary Jane. – comentou a adolescente.

- Será? – questionou Emma e afastou um pouco sua filha do abraço para olhá-la fixamente Era a deixa que eu precisava! – Vamos fazer um teste...

- Que teste? – questionou a garota.

- Um teste simples... – respondeu Emma Esse é o meu momento para descobrir tudo e mais um pouco! – Feche os olhos... – pediu e a filha obedeceu – Agora volte na cena de Meggie beijando a Mary Jane. – falou e viu o cenho de sua filha franzir em desgosto Ciúmes e dos fortes! – Agora tira a Mary de cena... – continuou então o cenho de Júlia suavizou, e a loira sorriu Estou gostando do que estou vendo! – Agora imagine qualquer outra garota no lugar da Mary Jane e que Meggie esteja beijando... – pediu e imediatamente o cenho de Júlia franziu novamente em desgosto Rá! Mas eu me mordo de ciúmes! – Muito bem... Não abra os olhos ainda e foca na cena de Meggie ainda... – fez uma pausa O momento decisivo! – Agora imagina você no lugar da Mary Jane. – imediatamente o cenho de Júlia suavizou novamente e um pequeno, quase inaudível suspiro, saiu dos lábios de sua filha Bingo! O sorriso nos lábios de Emma se abriu totalmente Ciúmes de amor! Então os olhos de Júlia se abriram.

- Acho que esse seu teste não deu muito certo, pois todo mundo que imaginei beijando Meggie me deixou do jeito que estou agora. – Júlia disse tentando disfarçar a sensação boa que sentiu ao se imaginar beijando sua amiga. Emma apenas olhou para sua filha, já sem o sorriso nos lábios Funcionou direitinho para o que eu precisava saber! Mas não irei falar nada agora, vou deixar Jú tentar descobrir sozinha! – Acho que você tem razão, mãe. – a adolescente disse baixando a cabeça – Acho que eu não estou pronta para dividir Meggie com as outras garotas.

- Um conselho que te dou é: comece a trabalhar esse sentimento, pois quando o ano letivo acabar cada uma irá para uma cidade diferente, onde irão conhecer novas pessoas, e quem sabe até encontrar o amor. – piscou Mas espero que vocês se acertem antes de irem para a universidade!

- Eu sei. – concordou Júlia derrotada – Eu vou trabalhar essa minha “possessividade” sobre a Meggie. – soltou um longo suspiro.

- Você está melhor agora? – questionou a loira.

- Sim. – assentiu junto com um aceno de cabeça – Obrigada mãe.

Emma sorriu e depositou um beijo nos cabelos de sua filha – Você pode me procurar quando quiser para conversar. – piscou.

- Eu sei e obrigada de novo mãe. – Júlia sorriu ao ver sua mãe se levantando. Emma apenas assentiu com um gesto de cabeça e saiu do quarto. A adolescente pegou seu livro novamente e o abriu na página marcada voltando a ler.

A loira sorriu brevemente uma última vez antes de sair do quarto da filha Não seja igual a mim, minha filha, seja mais rápida! No momento seguinte entrou no quarto que dividia com sua esposa – Então? – perguntou abaixando o livro que estava lendo Conte-me tudo!

Um sorriso arteiro surgiu nos lábios de Emma Você irá adorar o que eu tenho para contar! – Jú está apaixonada por Meggie. – soltou assim que se deitou ao lado de sua esposa.

- Sério? – perguntou fechando o livro e o deixando sobre a mesinha de cabeceira – Me conte tudo. – pediu. Emma se empolgou e começou a contar toda a conversa – Agora é esperar essas duas perceberem e se acertarem. – concluiu a advogada sorrindo feliz.

- Vamos torcer para isso. – concordou a loira – Vamos comentar algo com Rubs e Katy?

Regina pegou o celular e começou a digitar uma mensagem – Vamos contar, mas ficaremos de fora observando, e em último caso, ajudamos essas duas se acertarem. – terminou de digitar e enviou a mensagem, por fim deixou o celular sobre a mesinha Que situação dessas duas!

Ruby estava deitada com sua esposa na cama quando o celular de Katy apitou indicando mensagem. A loira alcançou pelo aparelho – Oh por meus casos! – exclamou feliz.

- O que foi? – perguntou Ruby quase dormindo.

- Aqui! – disse entregando o aparelho para sua esposa – Leia.

- Por meus cabelos cheios de mexas vermelhas! – Ruby exclamou se sentando na cama, então devolveu o aparelho para sua esposa – Ah que pena que não podemos brincar de cupidos. – soltou um suspiro.

- Sim, mas acho melhor ficarmos apenas observando como Regina disse. – disse Kathryn voltando a se deitar – Meggie com certeza ficará tão feliz quando souber que Jú a ama também. – soltou suspiro.

- Eu também, mas vamos deixar essas duas se descobrirem. – Ruby comentou voltando a se deitar e apagando a luz do abajur – E quando elas precisarem nós ajudaremos.

-SQ-

Para o desespero das quatro mulheres, no decorrer dos dias as duas adolescentes não percebiam o clima entre elas. As esperanças se renovaram quando souberam que do baile de formatura que estavam organizando, e viram ali a oportunidade para que elas, quem sabe assim, confessassem que se amam.

- Argh que eu vou dar um safanão na Meggie. – exclamou Ruby ao se sentar junto a sua esposa a mesa – Quem sabe assim ela acorda e vê que Jú está caidinha por ela também.

- Se fizermos algo bem direto não irá ajudar, e sim prejudicar mais ainda. – comentou Regina que estava sentada a mesa também Pois elas ficarão mais acanhadas ainda e com certeza negarão o que sentem uma pela outra!

- Mas precisamos fazer algo, morena... – comentou Emma olhando para sua esposa Só precisamos achar a maneira certa de agir! – Logo as cartas das universidades chegarão e ainda tem o baile. – completou.

Imediatamente os olhos de Ruby se abriram totalmente com a ideia que teve – É isso Loirão! – comentou – As vezes você é um gênio. – falou sorrindo.

- Qual foi a minha genialidade que eu não entendi? – comentou a loira fuzilando a amiga com o olhar.

- Ah gente o baile. – comentou a veterinária com um sorriso – Jú comentou se já foi convidada para o baile?

Regina ficou alguns segundos pensativa – Não comentou nada, então acho que ninguém a convidou ainda.

- Vamos falar com elas, separadamente é claro, e convencer elas a se convidarem para o baile. – Ruby explicou seu plano – Assim elas vão junto e quem sabe não desenrola de uma vez esse romance.

- Gostei do plano. – comentou Emma Esse esquema pode dar certo! – Agora quem vai conversar com quem para fazer o convite?

- A Jú é menos tímida... – começou Kathryn – Talvez se Ruby conversar com Meggie e a encorajar a convidar Jú?

Emma sorriu Vejo promessa nesse plano! – E se ela se recusar, pode contar a nossa história de novo.

- Que história? – perguntou Regina curiosa Como não estou sabendo dessa história?

As duas amigas riram – No baile de nossa formatura, nós fomos juntas. Eu como o par de Loirão, e o Loirão como meu par.

- Mas ninguém convidou vocês para o baile? – Kathryn quis saber.

Emma riu Quase não contamos essa história, que merecia mais atenção! – Acho que ninguém teve coragem suficiente para isso. Sem falar que foi como uma resposta as provocações de Rosalie.

- Quem é essa? – questionou Regina Eu preciso saber dessa história!

- A menina queridinha por todos, porém uma vadia com que ela não gostava. – respondeu Ruby suspirando – E nós éramos top cinco da lista dela de ódio. Juntamente com o Roger, lembra dele? – olhou para Emma.

- Claro que lembro. – a loira sorriu para a lembrança do amigo Apesar de tudo foi divertida aquela época na escola!

- Quem é esse? – perguntou Kathryn interessada na história.

- Era o nosso amigo gay da escola. – respondeu Ruby sorrindo.

- Rosalie nos perseguia sempre que podia. No ginásio tivemos muitas brigas, por isso Bah e minha mãe sempre apareciam na escola toda semana. – explicou Emma Mexia com uma, mexia com as duas! – Depois ela ficou quieta durante os dois primeiros anos do ensino médio, mas no último ano ela resolveu fazer nossa vida um inferno novamente, então perto do baile de formatura ela disse que nós não iríamos por não termos coragem e pelo principal, por não ter um par.

- Aquilo me deixou muito brava e foi quando tivemos a ideia de irmos juntas para o baile. – completou Ruby – De quebra levamos o Roger junto, éramos um trisal. – riu.

- Vocês foram mesmo? – Regina perguntou divertida Que delícia de história!

- Claro que fomos, nós duas vestidas de terninho e Roger de vestido. – respondeu Emma rindo com a lembrança Aquilo na época foi o babado!

- E o pessoal do baile? – quis saber Kathryn empolgada com a história.

- Nós literalmente paramos o baile quando abrimos a porta do ginásio. – disse Emma rindo Cena digna de filme! – Roger no meio, eu de um lado e Ruby do outro, de braços dados.

- Até a música parou pelo impacto que causamos. – Ruby disse divertida – Mas o melhor foi a cara de surpresa e depois de ódio de Rosalie durante o baile todo.

- Aquele foi o melhor baile de todos, pois nós três nos divertimos muito e não demos bola para Rosalie e sua gangue. Quando percebemos o baile todo estava dançando conosco e meio que tinham isolado Rosalie e todo seu grupinho famoso da escola. – terminou Emma rindo ainda da lembrança Aquilo foi delicioso, melhor vingança possível!

- O que aconteceu com essa Rosalie? – perguntou Kathryn curiosa.

- Sabe que eu não sei. – respondeu Ruby parando para pensar – Ela foi tão significante na minha vida que nem lembrei mais dela já no dia seguinte a formatura. – soltou uma gargalhada.

- Ela engravidou na noite do baile... – respondeu Emma Essa notícia caiu como uma bomba na família, já que falavam que era uma santa! – A família morta de vergonha mudou para a cidade vizinha, depois não fiquei sabendo de mais nada, e também não quis mais saber de nada, e assim como Rubs nem lembrava mais dela depois da formatura.

- Que história maravilhosa. – comentou Regina fascinada Parece coisa de filme! – Sua mãe, seu pai e Bah nessa história toda?

- Meu pai apenas ria de tudo, mas nos apoiava. – respondeu Emma Eles foram maravilhosos! – Minha mãe foi fantástica, inclusive foi com nós três e mais a mãe de Roger, arrumar as roupas para o baile. Foi a mãe de Roger que deu a ideia de irmos trocados. Por mais que dona Ingrid quisesse me ver em um vestido, mas depois que contamos tudo o que Rosalie nos disse, minha mãe mais que gostou de me ver em um terno. Bah foi maravilhosa também, nos apoiou na louca ideia e disse que se precisasse ela também iria para o baile de terno junto conosco.

Kathryn e Regina riam da história Por que escutando essas histórias me dá a impressão que minha infância e adolescência foi tão normal?– Que delícia de história. O que o pai de Roger achou disso?

- Ele abandou a família logo que Roger nasceu. – respondeu Ruby – A última notícia que tive de Roger foi que ele havia casado com um cara maravilhoso e que iriam morar na Espanha por conta do trabalho do Roger, já que ele era representante de uma grande multinacional. Claro que ele acabou levando a mãe dele para morar junto na Espanha. – fez uma pausa – Ele disse que nunca que ele iria deixar a mãe sozinha aqui depois de tudo que eles passaram.

- Certo ele! – exclamou Regina orgulhosa pela atitude do homem Que atitude maravilhosa a dele! – Essa história de vocês é formidável. – deu um beijo na bochecha de sua esposa Desde que te encontrei tenho certeza de que tenho histórias maravilhosas como essas!

- Eu irei conversar com Meggie sobre convidar Júlia para o baile, está decidido. – afirmou Ruby sorrindo feliz. Não demorou muito Cora, Eugenia e George se juntaram a elas a mesa, e a história da formatura de Emma e Ruby virou assunto de novo entre eles. Um barulho alto de porta se abrindo ecoou pela casa alertando a todos a mesa.

- Chegou! – Júlia falou mais ao entrar na casa – onde está todo mundo? – questionou ansiosa.

- Aqui na cozinha Jú! – veio a voz de sua Emma. Sem dizer mais nada a adolescente saiu correndo na direção da cozinha.

- Aliás, chegaram! – corrigiu Meghan, ansiosa também, com algumas cartas em mãos, assim como Júlia, seguiu sua amiga na direção da cozinha – Chegaram! – anunciou novamente assim que entrou e viu todos ali.

- Para que tanta gritaria? – quis saber Regina tomando um gole de café que Eugenia havia acabado de fazer.

- Nossas cartas das universidades chegaram. – respondeu Júlia ao se sentar ao lado de sua mãe e Meghan em frente a sua tia.

 


Notas Finais


Meghan não acreditando no que havia feito e saiu correndo do local da festa. Ruby preocupada foi atrás de sua filha e ali tiveram uma conversa sincera sobre o que Meghan sente por Júlia. Mais um pulinho no tempo de alguns poucos meses e mostrando o andamento da vida do pessoal.

As meninas preenchendo os formulários das universidades e uma pequena conversa fofa entre elas.
Júlia escutando uma conversa nada agradável e logo depois presenciando Meghan beijando outra garota e tendo uma crise existencial de ciúme. Emma conversando com a filha tentando ajuda-la e descobrindo tudo, principalmente que ela gosta de Meghan.

As esperanças atas que finalmente as duas adolescentes finalmente iriam se declarar, mas não aconteceu. O baile de formatura estava se aproximando e aquela era a última esperança antes da universidade.

A história de Emma e Ruby sobre o baile de formatura delas foi maravilhosa. E elas planejando para que Meghan convide Júlia para o baile e quem sabe assim esse namora não saia, e finalmente as cartas das universidades chegaram!
O próximo capítulo ainda será focado em Júlia e Meghan e todo o desenrolar dessa história.

Até a próxima!

Quem puder fique em casa! Quem precisar sair sempre de máscara, lave sempre as mãos com água e sabão, ou álcool em gel se não tiver como lavar as mãos! Cuide-se e proteja quem você ama!

Ah link de Meghan com as mexas! Em vez desse loiro, imaginem rosa. E Meghan aos poucos se tornando ela! E Júlia começando a se tornar Gal Gadot!!

https://www.agentesnerds.com/2018/04/27/deadpool-2-morena-baccarin-vem-ao-brasil-promover-o-filme/


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