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História Storybrooke - Capítulo 107 - Caso Leopold Page!


Escrita por: 1AquarianaDoida

Notas do Autor


Povo lindo do meu coração, olha que eu estou de volta mais uma vez!

Sei que demorei um pouco, mas como disse no capítulo anterior, essas audiência estão sendo um desafio para mim, então eu levo um pouco mais de tempo para escrever os capítulos, mas o que importa é que temos mais um!

Agradecimentos para o pessoal que comentou, favoritou e a quem acompanha dentro e fora da moita, a quem colocou na lista de leitura!! Muito obrigada!! <3<3<3 Continuem comigo ;) e falem comigo :D

Só repetindo e relembrando, se tiver algo que não corresponda ou que esteja errado, por favor, ignorem, aproveitem a história, afinal não sou entendedora de direito brasileiro quiçá direito norte americano.

Aahh quero agradecer a CharlottyDellaC por ter apontado um erro, até grotesco de minha parte, eu acabei confundindo canino com felino. Quando cachorros nascem, seus sexos são bem definidos (na história eu coloquei que demoraria alguns dias para saber) então eu arrumei essa parte. O que não se sabe com certeza o sexo ao nascer são os gatos. CharlottyDellaC obrigada por apontar esse erro grosseiro como esse :)... Então o capítulo 60 será arrumado ;)

Boa leitura e divirtam-se!

Capítulo 107 - Capítulo 107 - Caso Leopold Page!


Agnes estava em sua mesa, analisando todas as provas apresentadas, juntamente com seus assessores – A senhora Swan-Mills e sua equipe foram bem minuciosos com as provas. – comentou olhando as folhas a sua frente.

- Sim. – concordou Beth, ela era a sua primeira assessora – Trabalho assim dá gosto de ver, não esses papéis que a defesa chama de provas. – ironizou ao apontar para as provas de Peterson.

- Cada vez mais que vou comparando tudo, mais tenho certeza de que o senhor Blanchard fora roubado da mais baixa forma pelos sócios. – comentou Andrew, o segundo assessor da juíza.

- Senhora Hughes. – chamou o outro assessor, que juntamente com mais um colega estavam incumbidos das provas de Peterson – Nós acabamos. – anunciou.

Os olhos da juíza se arregalaram – Já? – perguntou incrédula – Nós acabamos de chegar nessa grande pasta com muitas datas, números e comprovantes.

- Sim. – respondeu o homem – Foi como Beth falou, é tão escasso de provas, as quais são bem duvidosas, pois dá para ver que algumas coisas foram adulteradas. – mostrou suas suspeitas a juíza que conferiu e apesar de tudo não se espantou que as provas foram adulteradas – Sem falar que seu conteúdo é tão inferior ao apresentado pela senhora Swan-Mills.

- Não é a toa que ela é bem famosa nesse ramo de direito empresarial. – comentou uma segunda assessora assim que olhou para o homem que relatou sobre as provas de Peterson.

- Tudo bem, faça o relatório e assim que terminá-lo nos ajude a terminar essa parte para podermos fazer o relatório final, então eu analisarei para dar o meu veredito. – pediu a mulher mais velha. Os dois assentiram com a cabeça e começaram a trabalhar no relatório que fora pedido.

Novamente o silêncio reinou na sala por muitos minutos – Entre. – disse Agnes assim que escutou batidas a porta. Era começo da noite já, e eles nem haviam percebido que o tempo havia passado.

- Com licença juíza Hughes... – disse Mitchell ao colocar a cabeça para dentro da sala – Posso conversar com a senhora por alguns minutos? – pediu.

- Não pode esperar? – ela respondeu ao olhar para a porta – Pois estou no meio de um caso.

- Garanto que o que eu tenho a falar envolve o caso que a senhora está julgando. – comentou ele ao colocar metade de seu corpo dentro da sala.

Agora a juíza o olhava, curiosa – Saiba que não aceito suborno e muito menos qualquer tipo de chantagem. – informou – Caso seja essa sua intenção, e se insistir eu chamo a polícia.

- Senhora Hughes, meu nome é Mitchell Price e sou comandante do FBI. – disse sério – Com certeza não venho aqui tentar nenhum suborno ou muito menos fazer chantagem, mas sim conversar com a senhora.

- Entre e sente-se. – falou agora com toda sua atenção no homem que adentrou a sala, acompanhado de Rose e Malcon.

- Antes de tudo aqui minha insígnia. – disse Mitchell ao mostrar seu distintivo – Esses são meus agentes especiais Bell e Hunter. – apresentou. A juíza apenas fez um pequeno meneio de cabeça.

- Bom, o que quer conversar? – perguntou ao entregar os papéis que estava vendo para sua assessora e instruiu que eles continuassem as análises, então olhou fixamente ao homem a sua frente.

Mitchell soltou uma lona respiração – Sendo direto, o caso que a senhora está julgando está estritamente relacionado com um grande esquema de investigação entre o FBI, a CIA e muitas delegacias e departamentos policiais, não somente neste estado assim como em mais cinco. – começou. Aquela pequena informação já deixou a juíza surpresa, assim como seus assessores – E o caso de Blanchard é a isca para pegarmos muito mais gente de grande importância nesse estado.

- Então é isso que a agente Hall estava investigando? – perguntou Beth, que por mais que quisesse, não conseguiu não escutar a conversa.

- Exatamente senhora. – respondeu Mitchell – Os clientes de Peterson são culpados de tudo que são acusados. Inclusive eles fazem parte desse esquema de corrupção que estamos investigando. A agente Hall estava infiltrada para conseguir informações vitais para as nossas investigações.

- Então é por isso que a senhora Swan-Mills tem todas essas provas? – perguntou a juíza.

- Em parte sim, pois nós fornecemos uma boa quantidade, mas mesmo se não o tivéssemos feito, ela com toda sua capacidade e competência teria conseguido, apenas levaria um pouco mais de tempo. – respondeu o comandante. A juíza assentiu com a cabeça, pois sabia da fama de advogada competente que era Regina.

- Mas creio que vocês não vieram aqui para falar da competência da advogada de acusação, não? – comentou Agnes.

- Não. – respondeu Mitchell – Vim entregar essas cópias de mandado de prisão para todos da defesa, incluindo o advogado Peterson. – entregou as folhas – Amanhã terá inicio a primeira parte das prisões das investigações. Temos mais de duzentos mandados expedidos para várias pessoas que temos provas de estarem envolvidas nessa grande organização criminosa. Primeiro irá cair os mais baixos na hierarquia, então vamos começar a subir ao poucos para pegar os figurões, e posso assegurar que até gente envolvida com o presidente da república irá cair ao término dessa operação.

Aquilo fez os olhos de Agnes arregalar novamente – Pessoas envolvidas com o presidente?

- Sim, temos pessoas não tão poderosas como Barnes e seus asseclas, até vereadores de cidades menores até prefeitos de grandes capitais, além da alta cúpula no senado. – comentou Mitchell – Então independentemente de seu veredito final, mas acredito eu, que será a favor da senhora Swan-Mills, nós iremos aguardá-los saírem de seu tribunal para efetivar as prisões.

- Entendi. – foi o que ela conseguiu comentar depois de tudo que fora ouvido.

- Se vocês vão prender todos da defesa, porque deixaram acontecer esse julgamento? – perguntou Andrew, curioso – Não seria mais fácil já tê-los prendido?

- Não, pois de acordo com as nossas leis se isso tivesse acontecido antes da audiência, Blanchard não teria nenhum centavo de volta do que fora roubado. – respondeu Agnes.

- Exato. – Mitchell soltou uma longa respiração – Quando soubemos quem Blanchard contatou a senhora Swan-Mills para ser sua advogada, fomos imediatamente conversar com ela e expor o que estamos fazendo, agora estamos falando com vocês. – respondeu – Mas adianto que mesmo que tenhamos conseguido as provas, não influenciamos nada, tudo que aconteceu na audiência foi devido a astúcia e inteligência de Regina.

- Conheço a fama de Regina, e sei que ela nunca se deixaria ser influenciada a fazer algo errado ou qualquer outra coisa que não fosse o correto. – comentou Agnes – Bom, senhores algo a mais a acrescentar?

- Nada a mais juíza Hughes, essa visita foi mais para informar do que qualquer outra coisa. – respondeu ao se levantar.

A mulher mais velha assentiu com a cabeça – Desejo sorte em sua operação. – disse momentos antes que Mitchell saísse da sala. Ele apenas a olhou e assentiu com a cabeça, fechando a porta atrás de si.

- Santos casos! – exclamou Beth ainda surpresa com tudo – Que babado.

- Babados e dos grandes. – comentou Agnes ainda pensando em tudo que havia sido dito momentos atrás – Mas vamos continuar nosso trabalho, senão o senhor Blanchard não irá receber seu dinheiro de volta. – disse pedindo de volta a pasta que estava olhando e se concentrando no conteúdo ali escrito.

-SQ-

Emma estava ajudando as crianças a descerem da pick-up, assim como Regina Ainda bem que minha morena já está conosco! Eles haviam ido buscar a morena no tribunal e foram direto para o restaurante de Ângela – Pronto. – disse a loira ao ajudar Henry que fora o último a descer.

- Regina, quanto tempo. – a morena escutou atrás de si uma voz masculina. A advogada havia se juntado a sua esposa na calçada para irem caminhando até o restaurante, já que Emma havia estacionado um pouco longe Ah mais uma paixonite pela minha morena? Tenha paciência Emma! As vezes não é nada disso! Mas muitas vezes é mente!

A morena se virou rapidamente, então seus olhos se arregalaram – Senhor Gold, quanto tempo. – disse quando finalmente reconheceu o dono da voz.

- Ah minha querida, sabe que não precisa ser tão formal assim. – brincou ele, sorrindo amavelmente.

Regina soltou um suspiro – Desculpe, mas hoje o dia fora puxado. – ela relaxou – Sim Robert, faz muito tempo que não o vejo... Como estão as coisas?

Robert soltou um longo suspiro – Poderiam estar melhores, mas não tenho do que reclamar, afinal serei avô dentro em breve.

Os olhos de Regina se arregalaram surpresos Que surpresa! – Robert, que notícia maravilhosa. – sorriu sincera.

O homem acabou sorrindo também – Sei que meu neto, sim é um menino. – explicou – Sei que ele não foi feito da maneira mais correta, afinal foi na época que você e meu filho... – soltou uma respiração – Que você e Robin eram noivos e ele te traía. Eu sinto muito por isso Regina, se eu soubesse disso na época com muita certeza eu teria tomado alguma atitude por parte de Robin...

- Robert! – interveio Regina Passado fica no passado! – Isso já é passado. – disse – A criança não tem culpa das atitudes do pai, e eu espero que ela possa fazer Robin se arrepender dessas mesmas atitudes. – falou sinceramente Viu Emma, você se precipitou em suas conclusões! Pelo visto sim! Então esse á o pai daquele boçal? Pelo jeito sim, parece ser gente boa! Pena que o filho não seguiu seus passos!

Robert soltou um suspiro – Eu também espero, mas no momento está difícil essa mudança.

- Vamos torcer para que isso aconteça. – comentou Regina, então sorriu Criança sempre é uma dádiva! – Como seu neto se chamará? Ou anda não escolheu o nome?

Um sorriso feliz voltou a adornar os lábios do homem – Ele se chamará Roland. – respondeu então finalmente notou a presença de Emma e das crianças – Sua família?

Regina se virou para sua esposa e filhos – Sim, minha família. Emma, minha esposa. – apresentou. A loira estendeu a mão para cumprimentar o homem – Acho que você se lembra de Henry, não?

- Claro que sim. – ele disse sorrindo para o menino – Como vai?

Henry sorriu timidamente – Bem. – então se encostou melhor em sua mãe loira Meu garoto envergonhado! Essa é nova! Sim Emma!

Robert sorriu com o menino – Quem são esses? – quis saber.

- Essa é Júlia, nossa filha mais velha. – apresentou – E Thomaz nosso menino mais novo até o momento. – disse sorrindo para as suas crianças. Tom soltou mão da morena e abraçou sua cintura.

Robert olhou interrogativo para Regina – Até o momento?

Emma abriu um sorriso orgulhoso Deixa que eu falo! – Sim, minha morena está grávida e vamos ter mais uma criança. – respondeu passando sua mão sobre as costas de Júlia que estava abraçada a cintura da loira.

Os olhos do advogado mais velho se arregalaram surpresos – Ah minha querida que coisa boa. – ele disse feliz – Você não sabe como fico feliz em saber que você não se deixou abater pelo acontecido e continuou lutando por sua felicidade.

- Como disse Robert, isso agora é passado. – comentou Regina sorrindo e entrelaçando seus dedos com os de sua esposa – Agora minha preocupação é a minha família.

- Entendo perfeitamente. – concordou – Bom, não quero mais atrapalhá-las. Tenham uma boa noite.

- Você também Robert. – retribuiu Regina – E que eu neto seja muito bem-vindo. – sorriu, fazendo o homem retribuir o sorriso também. Sem dizer mais nada cada qual tomou seu rumo. Robert para seu carro e a família Swan-Mills para o restaurante.

-SQ-

Emma estava encostada na lateral do sofá, com sua morena deitada, de lado, entre suas pernas, com parte de cima do corpo sobre si. Um silêncio pairava no ambiente, enquanto a mão esquerda da loira fazia carinho nos cabelos castanho de sua morena, que tinha a cabeça sobre seu peito. Só estavam as duas mulheres acordadas, as crianças já tinham ido dormir no quarto que Cora usava quando estava na cidade. Por que os três queriam dormir juntos, então Regina achou melhor colocá-los na cama de casal de sua mãe.

Regina apenas soltava um suspiro de contentamento vez e outra – Um beijo por seus pensamentos. – murmurou Emma contra os cabelos castanhos, depois de depositar um beijo carinhoso Essa sua barganha é pouco! Eu sei, mas a minha morena sabe que eu daria o mundo a ela!

Um sorriso surgiu nos lábios da morena – Apenas um? – perguntou ao levantar seu rosto e olhar profundamente para sua loira Eu quero mais que um! Quero muitos beijos!

- Quantos beijos você quiser, morena. – respondeu Emma sorrindo travessamente, mas então a seriedade tomou conta do momento – Mas realmente o que está passando pela sua cabeça? – colocou uma mecha de cabelo castanho atrás da orelha.

- Todo o dia de hoje. E nos próximos dias. – respondeu votando a deitar sua cabeça sobre o peito de sua loira – A audiência, o encontro com Robert...

- E? – Emma perguntou ao retomar seus carinhos nos cabelos castanhos de sua esposa Sabia que essa audiência iria te deixar inquieta!

- E eu estou uma mistura de sentimentos. – respondeu fechando os olhos e soltando um suspiro de alívio – Ansiedade por finalmente fechar esse caso. Satisfação que finalmente Blacnhard irá receber tudo que lhe foi tirado e que os culpados irão pagar pelos crimes. – fez uma pausa – Alívio por saber que depois desse caso irei tirar férias por tempo indeterminado para cuidar da minha família. Expectativa para que ocorra tudo bem na audiência de Katy amanhã. Medo do que pode acontecer no julgamento de Lilith. – outro suspiro – Acho que o principal, saudades... – riu bobamente Está aí um pensamento que achei que não teria! – Achei que nunca diria isso, mas estou com saudades da fazenda.

Emma soltou uma risada baixa Essa é nova! – Eu também nunca achei que ouviria você dizer que está com saudades da fazenda. – brincou – Mas se te conforta, eu também estou com saudades de lá. Eu que é difícil, mas vamos focar em uma coisa de cada vez, pois quero que você ou o bebê passem mal. – confessou. Regina apenas assentiu com a cabeça e reprimiu um bocejo – Acho melhor irmos para a cama, afinal amanhã ainda será um dia longo e corrido.

- Por mais que eu não queira sair do seu abraço, você tem razão. – concordou Regina – Nas duas coisas, vamos focar uma coisa de cada vez, e eu preciso dormir, estou acabada.

- Não precisa sair do meu abraço, na cama eu te abraço novamente. – depositou mais um beijo nos cabelos castanhos. Os olhos da advogada brilharam com a sugestão.

- Então vamos. – disse Regina sorrindo e se levantando juntamente com Emma. Assim que deitaram Emma envolveu seus braços ao redor do corpo menor trazendo Regina para dormi se deitar sobre seu peito novamente. Não demorou muito para elas pegarem no sono.

-SQ-

A sala da audiência era toda iluminada. A bancada principal, com a juíza Valerie Perry já sentada, ao seu lado direito seu assessor. Ao lado do mesmo a escrivã da audiência. Uma grande mesa adjunta a bancada, na perpendicular.

Ao lado direito da juíza, estavam sentados Kathryn, Glinda e Neal. Já ao lado esquerdo da mesma, estavam William e Leopold. O prefeito olhava com ódio para as duas mulheres a sua frente.

- Caso duzentos e trinta e oito traço zero dois. – anunciou o assessor – Pedido de Divórcio Litigioso, querelante Glinda Page, réu Leopold Page. – entregou a pasta com o caso para a juíza.

- Muito bem, por favor, a parte do querelante se apresente. – pediu Valerie olhando para seu lado direito. Ela estava usando um terno de blazer e saia cinza claros, e uma camisa rosa salmão. E sua vestimenta característica dos juízes, uma capa preta com o colarinho branco por cima de tudo.

Kathryn se levantou, e abotoou o único botão de seu blazer, azul marinho com risca de giz bem discreto. Por baixo estava usando uma camisa de seda bege bem clara. Sua calça azul marinho com risca de giz, em corte reto parando na altura do tornozelo. Nos pés um scarpin preto. Em seu rosto uma leve maquiagem, e seu cabelo preso em um alto rabo de cavalo atrás da cabeça. Tinha brincos discretos e um colar de metal escuro bem rente ao pescoço, quase uma pequena gargantilha. Seu sobretudo preto, estava no encosto da cadeira que estava sentada – Kathryn Lucas-Midas, advogada de Glinda Page e meu assistente o advogado Neal Cassidy. – sentou-se ao terminar. Glinda vestia uma calça social de cintura alta, com um laço na cintura, o qual fazia parte da calça. Seu comprimento ia até cobrir os pés. Estes tinham um par de scarpin bege. Também usava uma camisa de seda, na cor azul bem claro, com as mangas compridas, e abotoadas nos punhos. Brincos discretos, e não usava nenhum tipo de colar. Seus cabelos presos em um coque bem feito atrás da cabeça. Uma leve maquiagem em seu rosto. Seu sobretudo azul escuro sobre seu colo. Neal usava um terno cinza chumbo, com a camisa branca e colete cinza também. Sua gravata azul escura. Sapatos pretos. Seu sobretudo marrom colocado sobre seu encosto da cadeira.

- A parte do réu, se apresente. – pediu novamente a juíza Perry.

O advogado de Leopold se levantou, deixando seu blazer aberto. Seu terno era todo marrom claro, com a camisa azul bem clara, em vários tons de azuis com listras nas diagonais. Não pés sapatos na cor marrom tradicional – William Smee, advogado de Leopold Page. – se sentou ao terminar a apresentação. Leopold usava um terno verde oliva, com a camisa branca, uma gravata azul royal, nos pés sapatos de amarrar pretos.

- Pelo que vejo aqui, o processo de Divórcio Litigioso veio diretamente para a corte. – começou a juíza – Vocês não passaram por nenhuma outra audiência antes?

- Não meritíssima. – respondeu Kathryn olhando para a juíza.

- Por que?

Kathryn olhou para Leopold – Porque o réu usou de sua influência como prefeito e impossibilitou todas as minhas ações diante do tribunal de Storybrooke, não me deixando escolha em recorrer para a mais alta instância que é a corte aqui em Boston.

- Protesto! – exclamou William – A senhora Lucas-Midas não pode denegrir a imagem do meu cliente.

- Eu não estou denegrindo imagem de ninguém. – disse Kathryn agora olhando para o advogado – Inclusive tenho provas disso aqui comigo, se Vossa Excelência quiser, posso apresentá-las.

A juíza estendeu a mão para a loira, que muito satisfatoriamente entregou os papéis. Valerie olhou todos os papéis com todas as apresentações no tribunal da cidade negadas – Protesto negado. – olhou para o advogado de Leopold – Com essas provas, vejo que quem não concorda com o pedido de divórcio é o réu Leopold Page, senhor Smee, por favor, apresente sua defesa. – pediu olhando para o homem.

- Meritíssima... – começou o homem ao se levantar – Meu cliente não concorda com o divórcio, pois ele ainda ama e quer sua esposa ao seu lado. Sem falar que tudo que a advogada pediu é um absurdo.

- Protesto. – disse Kathryn – Nada do que foi pedido é um absurdo, pois a única coisa que minha cliente pediu foi ficar com a casa que eram de seus pais e que não entrou no acordo de casamento. Casa a qual fora expulsa pelo marido.

Os olhos da juíza se arregalaram – Provas disso?  - perguntou.

- Sim meritíssima. – respondeu Kathryn entregando um pen drive – O filho de um dos vizinhos estava brincando com o celular no quintal de sua própria casa quando começou a escutar gritos vindos da casa do prefeito, não se tem imagens, mas se tem áudios bem definidos das falas de todos. Aqui tem o vídeo da casa que mostra claramente uma briga entre as filhas, a minha cliente tentou fazer o marido voltar atrás na decisão que havia tomado de expulsar a filha mais velha e acabou sendo expulsa de casa também.

- Mentira! – exclamou Leopold – Você saiu de casa porque quis. – esbravejou. William segurou o prefeito o fazendo se sentar e tentar ficar quieto. Kathryn apenas fuzilou o prefeito.

- Creio que essas foram suas palavras não? Abre aspas “- Se você está com pena que vá junto com ela e não me encha o saco!” fecha aspas – disse Kathryn lendo um papel em sua mão – E quando a minha cliente estava arrumando as malas para acompanhar a filha mais velha teve outra fala, abre aspas “- Se você colocar o pé para fora desta casa, não precisa mais voltar.” fecha aspas. Eu não vejo isso não mais como uma expulsão, ou então o meu conceito de expulsão está bem equivocado. – colocou o papel sobre a mesa, esperando a resposta da juíza.

- Protesto aceito. – respondeu a juíza anotando algo no papel o qual fora lhe entregue então passou para o assessor – Continue. – pediu. Kathryn satisfeita se sentou e deixou William continuar.

Aquilo havia deixado o advogado de Leopold sem chão e perdido – Bom... – limpou a garganta tentando achar um rumo na sua fala novamente – Isso foi apenas uma briga de casal, meritíssima, não se pode levar em conta o que se diz na hora da raiva e dos ânimos exaltados. – tentou continuar, mas estava visivelmente sem rumo – Meu cliente ama sua esposa e apenas a quer ao seu lado novamente. Ele sempre cuidou bem dela e das filhas.

- Protesto! – exclamou Kathryn mais uma vez – Cuidou tão bem a vida toda de sua esposa que tenho aqui em mãos vários atendimentos médicos da minha cliente de todas as vezes que seu marido fora atencioso. – entregou todos comprovantes médicos com atestado para as lesões que sofrera no decorrer dos anos. Também cuidou tão bem de sua filha mais velha que quem arcou com todas as despesas fora a mãe. – disse ao entregar muitos recibos de pagamentos de várias coisas que iam desde consultas médicas até vestuário, passando pela comida e por fim a faculdade – E sua filha mais nova fora tão bem cuidada que está respondendo a um crime de assassinato e outro de tentativa de assassinato essa semana. – terminou com a cartada final entregando um documento oficial do julgamento de Lilith para a juíza.

- Onde ela conseguiu tudo isso? – Leopold resmungou baixo, tomado de pavor, para seu advogado. Os olhos de William estavam arregalados e em pânico. Ele apenas negou com a cabeça indicando que não sabia de onde ela tinha tantas provas assim.

Valerie arregalou os olhos diante de tantas provas de bons cuidados de Leopold. Percorreu seus olhos pelos papéis, e ficou horrorizada quando percorreu os papéis médicos – Protesto aceito. Senhor Smee, não ouse repetir que seu cliente cuidava bem de sua família. Continue.

O homem passou a mão em sua testa suada, seu nervosismo visível agora – Bem... – limpou a garganta – Meu cliente nada mais quer sua família junta a ele, por isso que ele se nega a assinar o acordo de divórcio. Item previsto na constituição: Todo homem tem direito e dever ter sua família ao seu lado. – terminou o advogado se sentando pesadamente em sua cadeira.

A juíza apenas ergueu a sobrancelha esquerda com o desfecho da defesa do advogado – Algo a mais a acrescentar senhor Smee? – quis saber a juíza. O homem apenas negou com a cabeça, afrouxando levemente sua gravata e voltando sua atenção para os papéis a sua frente, tendo achar uma saída para o beco que havia acabado de entrar. Valerie assentiu com um breve aceno de cabeça, então voltou sua atenção para Kathryn - Com a palavra a advogada da querelante.

Kathryn soltou uma longa respiração, se levantou e abotoou seu blazer, ficando alguns segundos em silêncio vendo seus papéis em suas mãos – Meritíssima... – começou. Olhou profundamente para William, depois para Leopold Você irá se arrepender amargamente de tudo que fez, seu boçal!

-SQ-

- Nervosa pela audiência agora tarde, morena? – perguntou Emma, puxando uma cadeira e se sentando ao lado de sua esposa, seus olhos verdes vendo a maravilhosa vista Essa vista é simplesmente linda! Dá para ver uma boa parte da cidade! Mas não tão linda como a minha morena! Regina estava sentada em uma cadeira, na janela de sua sala, vendo a cidade de Boston através do vidro. As crianças estavam no quarto de Henry brincando.

Regina sorriu olhando para sua esposa Ah minha loira, como eu gosto dessa sua preocupação! – Em partes, mas acredito que o veredito da juíza Hughes será a nosso favor. – respondeu colocando a mão sobre a de sua loira e dando um leve aperto. Emma sorriu então escutaram a campainha tocar.

- Quem será? – perguntou Regina estranhando Só espero que não seja problema a essa hora da manhã!

- Aposto que é a Rubs. – disse Emma se levantando e indo atender a porta Ela deve estar perdida com Kathryn no tribunal! Ela mal havia aberto a porta e Ruby entrou feito um furacão no apartamento – Não disse?

- Ai como você consegue ficar calma, Loirão? – olhou para Emma depois de andar de um lado a outro na sala.

Emma riu – Rubs, primeiro se acalme que toda essa ansiedade e nervosismo não fará nada bem para o bebê. – pediu indicando o sofá para ela se sentar Mas te entendo perfeitamente! – Segundo, eu não consigo. – sorriu travessamente.

- Mas ontem você estava tão serena enquanto a Rê estava na audiência. – comentou deixando-se sentar pesadamente no sofá.

A loira soltou um suspiro – Era só a aparência, mas por dentro estava desesperada. – respondeu ao se sentar na mesa de centro de frente a sua amiga Queria invadir o tribunal e ficar ali vendo a minha morena em ação!

- Aqui Ruby. – Regina entregou um copo de água para a veterinária – Você não precisa ficar assim, Katy irá arrasar na audiência.

A veterinária pegou o copo e deu dois goles no líquido transparente – Eu sei disso, mas essa ansiedade é a primeira vez que tenho a minha esposa em audiência, e sabemos que aquele inescrupuloso do Leopold pode tentar qualquer coisa, não?

- Não pense nisso. – disse Regina ao se sentar ao lado de sua esposa Um ponto válido, mas precisamos acamá-la! – As salas de audiências sempre têm guardas, e dependendo do caso, todos são revistados antes de entrar. Acho muito difícil Leopold querer tentar algo.

- E Zelena, alguém tem notícias? – quis saber Emma ao se lembrar da amiga Ela deve estar pior que a Rubs!

- Kathryn disse que ela ia junto a mãe, e que na audiência iria deixá-la na sala de espera. – respondeu Regina – Zelena deixou bem claro que não sairia dali sem a mãe.

- Bom, depois podemos tentar falar com Zelena e sabe se está tudo bem e se ela precisa de alguma coisa. – sugeriu Emma. Regina apenas assentiu com a cabeça.

- John? Alguém sabe dele? – Emma perguntou novamente Esse deve estar acampando na frente do tribunal!

- Ele foi para o restaurante de Ângela. Ela o convenceu a passar a manhã lá com ela. – respondeu Ruby, então soltou um longo suspiro tentando se acalmar – Ai desculpa. – pediu depois de ver que fizera uma tempestade em um copo de água – Sei que exagerei, ainda não estou acostumada com tudo isso. – soltou outro suspiro e tomou mais um gole de água – Ai, eu nessa minha preocupação e acabei esquecendo que talvez vocês tivessem planos para agora de manhã. – disse olhando para as duas mulheres a frente.

- Não temos nada programado para hoje cedo Ruby. – comentou Regina Mesmo se tivéssemos iria te apoiar nesse momento!

No momento seguinte os olhos de Emma se abriram ao ter uma ideia do que poderiam fazer Já sei! – Acho que tenho algo que poderemos fazer.

- O que, minha loira? – Regina quis saber.

- Poderíamos ir ao orfanato convidar Úrsula e Ezequiel para o meu aniversário. – respondeu sorrindo Pelo menos faremos algo e a Rubs não ficará pensando na audiência! – Gostaria que eles fossem.

- Eu acho uma boa ideia. – concordou Regina – Só precisamos falar com as crianças.

- O que tem nós? – perguntou Júlia aparecendo na sala junto com seus irmãos – Cansamos de brincar, mas está tudo guardado. – já se adiantou na explicação.

- Sua mãe quer ir ao orfanato falar com Úrsula e Ezequiel sobre o aniversário dela no sábado e queremos saber se vocês querem ir junto. – respondeu Regina olhando para sua filha que acabou se enfiando entre as pernas de sua mãe loira, enquanto Henry e Tom deitaram no sofá. Um de cada lado da veterinária, e colocaram suas cabeças sobre o colo da mulher. Regina sorriu para aquela cena de seus meninos Mas que garotos muito dos sem vergonha! Mas amo esses meus meninos, pois são sempre carinhosos!

Ruby abriu um sorriso e começou a fazer carinho nos cabelos castanhos de Henry e loiros de Tom – Será que meu baby vai ter cabelo castanho ou loiro? – perguntou mais para si do que para as outras.

- O óvulo usado é o de Katy, não? – perguntou Regina – O doador é loiro ou moreno?

- Loiro. – respondeu Ruby – Concordamos em uma mini versão ou feminina ou masculina da minha loira primeiro, na segunda gravidez iremos conversar sobre isso ainda.

Regina sorriu – Então acredito que com quase cem por cento de chance que seu bebê seja loirinho. – sorriu Invasão loira na fazenda, Regina! Com certeza mente, mas não me importo, pois o meu loirinha e minha Loirão são a minha vida!

- O que foi Jú? – perguntou Emma fazendo carinho nos cabelos castanhos da filha. Ela havia percebido que a menina tinha ficado apreensiva quando Regina comentou sobre o orfanato Pode se abrir! Mas provavelmente você não queira ir ao orfanato, não?

A menina apenas olhou para sua mãe, sua cara levemente triste – Você ficará brava se eu for sincera?

Emma franziu o cenho – Mas é claro que não, minha filha. Pelo contrário, é isso que nós queremos que vocês sejam sempre sinceros. – fez uma pausa colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha. Regina apenas olhou para sua filha, com seu cenho preocupado Será que eu falei alguma coisa errada?

- Eu não quero ir ao orfanato. – ela respondeu olhando para baixo, mas continuou antes de uma de suas mães pudesse falar algo – Sei que vocês não vão nos devolver, mas eu não quero ir.

A loira soltou um suspiro Eu suspeitei, mas te entendo perfeitamente! – Sim, nós não vamos devolver vocês. – voltou a afirmar para sua filha – Mas eu entendo você por não querer ir ao orfanato tão cedo. – fez uma pequena pausa Como entendo! – Eu também não queria nem passar perto do orfanato na sua idade, tanto que eu voltei lá depois de vinte e cinco anos, acompanhada de sua mamãe.

- Então não tem problema se eu não for? – perguntou ao olhar para sua mãe loira Ah Júlia continue sendo essa menina maravilhosa!

- Nenhum. – respondeu Regina chamando a atenção de sua filha Por favor, não mude ao crescer! – Vamos fazer o seguinte. Eu, você, Henry e Tom iremos passear no parque enquanto sua mãe, junto com a tia Ruby vão lá no orfanato convidar Úrsula e Ezequiel para o aniversário. – fez uma pausa Acho que é a melhor solução para o momento! – O que você acha?

Um imenso sorriso surgiu nos lábios de Júlia – Acho ótimo! – concordou Ah minha pequena morena, sorria sempre!

- E vocês, seus preguicinhas? – quis saber Emma olhando para os meninos ainda deitados no colo de Ruby, enquanto recebiam carinhos Se o mundo acabasse agora vocês nem se importaria, não?

- Oba parque. – respondeu Henry se sentando, um imenso sorriso em seus lábios.

- É! Paique! – disse Tom apenas esticando os braços para cima em comemoração. Ruby abriu um imenso sorriso para a felicidade das três crianças Ai, não vejo a hora de ter o meu baby em meus braços e então passar por momentos assim!

- Vamos nos trocar para irmos. – disse Regina pegando a mão de Júlia, caminhando sem pressa para na direção dos quartos. Henry e Thomaz levantaram feito dois tiros e saíram correndo atrás da duas morenas Ah esses meus meninos! E minha doce pequena morena, junto com a minha morena e ainda não vejo a hora do nosso bebê estar aqui junto a nós! Falta um pouco de tempo para isso Emma! Eu sei mente, mas estarei mentindo se não estou um pouco ansiosa para isso!

- Vamos Ruby, você vai comigo. – disse Emma se levantando e pegando a chave da pick-up Hora da ação! – Estamos saindo, daqui a pouco estamos de volta, morena. – avisou sua esposa.

- Vamos esperar por vocês aqui no parque na frente do prédio. – veio a resposta abafada de sua esposa.

- Tudo bem. – respondeu Emma – Até mais! – fechou a porta do apartamento.

- Por que eu não posso responder se vou ou não? – disse a morena contrariada já no corredor caminhando na direção do elevador.

Emma soltou uma risada enquanto desciam no elevador Porque é isso que fazemos quando gostamos de alguém, nós ajudamos e você, é a minha irmã e vou te ajudar sempre! – Porque assim você ocupa a mente e não fica pensando na audiência de sua esposa. – respondeu.

Ruby abriu um sorriso Ai Loirão, te amo minha irmã! – Obrigada. – disse assim que a porta se abriu no hall do prédio. Emma apenas passou o braço ao redor dos ombros da amiga e a trouxe para um abraço.

- Irmãs são para isso. – falou ao caminhar na direção da porta. Emma fez um aceno para o porteiro, e soltou Ruby somente quando chegaram à pick-up – Próxima parada, orfanato Saint James. – ligou o veículo e saiu na direção do mesmo Lugar que pode mudar a sua vida! Como pode!

-SQ-

A imponente figura de Kathryn em pé deixou o advogado de Leopold intimidado – A constituição pode estar previsto que todo homem tem direito e dever de ter sua família ao seu lado. Direito esse garantido pelas nossas leis... – fez uma pequena pausa olhando para os dois homens a sua frente – Desde que esse direito não seja violado em muitos aspectos, os quais eu tenho provas de que foram. Então creio que nenhuma constituição ou lei fará minha cliente voltar a morar com alguém que sempre a tratou da forma mais fria e porque não cruel...

- Protesto! – disse William – Ela não pode afirmar que teve crueldade.

- Posso. – respondeu Kathryn com um sorriso Vamos começar a tirar os esqueletos do armário de Leopold! – Aqui meritíssima, um laudo do médico. – entregou o papel para a juíza – Em uma das muitas brigas, Leopold acabou empurrando propositalmente sua esposa, que estava no mês final de sua gravidez. Nesse ato de crueldade minha cliente caiu de barriga para baixo contra a escada e no decorrer perdeu a criança.

- Não vejo ato de crueldade nisso, acidentes acontecem. – respondeu William.

Kathryn apenas olhou para o advogado Agora te mostro o ato de crueldade!  – Com medo de uma crueldade maior, minha cliente em estado de choque pela perda do bebê concordou em alegar que fora apenas um acidente. – entregou uma confissão do médico que havia atendido a ocorrência – Tanto que o médico também fora coagido a alegar no prontuário médico da minha cliente, que havia sido um acidente a perda do bebê.

Os olhos da juíza apenas se arregalaram diante do laudo e da confissão do médico – Protesto negado, senhor Smee. 

- Esse não fora o único, como apresentado foram vários anos apanhando do marido. Sofrendo em silêncio, com medo que de que se falasse algo sofreria mais ainda. – continuou Kathryn Olha que esqueleto lindo esse que estou tirando do seu armário Leopold! Pode ficar orgulhoso! - Minha cliente não tem motivos para voltar a morar junto com o senhor Page.

- Ela não tem que querer! – exclamou Leopold furioso. William segurou o prefeito e pediu para ele se acalmar, pois se ele continuasse daquele jeito iria complicar a situação que já não estava fácil.

- Silêncio! – exclamou a juíza brava – Senhor Smee, contenha seu cliente ou eu pedirei para que ele saia da sala.

- Sim meritíssima. – respondeu William, olhando para o prefeito. Que apenas bufou e cruzou os braços na altura do peito, contrariado.

- Continue senhora Lucas-Midas. – pediu a juíza.

- O seu medo era tanto que acabou aceitando uma situação dolorosa por muitos anos. – continuou Kathryn – Não bastasse a perda de seu bebê, o senhor Page ainda fez minha cliente conviver com a culpa de um ato criminoso e desumano cometido por ele. – fez uma pausa esperando pelo advogado gritar protesto, o que não aconteceu Agora fui surpreendida! – Creio que depois do que apresentarei, não haverá nenhum meio para que minha cliente e o senhor Page tenham algum tipo de reconciliação.

- Prossiga. – pediu a juíza olhando fixamente para Kathryn.

- Não bastasse a dor de ter perdido seu bebê devido aquele ato cruel, minha cliente ainda teve que conviver até hoje com a ciência de que sua filha mais nova, Lilith Page, não era sua biologicamente. Que a bebê era fruto de uma relação extraconjugal do senhor Page. – apresentou Kathryn.

- Protesto! O que Lilith ser ou não filha biológica tem a ver com o caso presente? – questionou William. Leopold estava pálido com o que tinha acabado de escutar, nunca que ele achou que Glinda fosse capaz de vir a tona com essa história.

- Tudo a ver, senhor Smee. – respondeu Kathryn – Se Lilith não é filha biológica de minha cliente, então está provado que seu cliente cometeu adultério, e isso é motivo suficiente para ação de divórcio.

- Protesto negado. – confirmou a juíza – Argumento da senhora Lucas-Midas válido. Continue. 

- No mesmo dia, mas horas mais tarde, o senhor Page apareceu no hospital com um pequeno bebê em seus braços e a partir dali, ordenou que minha cliente não abrisse a boca, e que cuidasse da menina que havia sido colocado em seus braços, sem fazer nenhuma pergunta. – completou Kathryn – Mas o que ele nunca havia comentado era que ele havia tirado a força a bebezinha dos braços da mãe biológica.

- A filha era minha, eu tinha direito sobre ela. – bradou Leopold furioso se levantando novamente.

- Sim, verdade, você tinha o direito sobre a menina, mas não o direito de retirá-la dos braços da mãe recém-nascida, sem dar nenhuma chance para essa mãe poder brigar por sua filha. Pois ela como mãe também tinha direitos sobre a mesma. – respondeu Kathryn brava.

- Silêncio! – pediu a juíza – Contenham-se, aqui é um tribunal.

- Perdão, meritíssima. – disse Kathryn se recompondo. Leopold se sentou bufando.

A juíza tomou fôlego – Geralmente eu não faço isso, mas é que essa história acabou ficando confusa... – olhou para Glinda – Senhora Page, por favor, gostaria de nos contar essa história direito?

A ruiva apenas suspirou cansada, mas assentiu com a cabeça – Leopold havia voltado de mais uma das inúmeras reuniões do partido. Ele estava furioso porque não havia sido escolhido pelo partido para concorrer as eleições para prefeito naquele ano... – começou a contar. O prefeito apenas olhava para a mulher a sua frente com o olhar cheio do mais puro ódio – Então em uma noite em que ele havia bebido, eu descobri a verdade sobre a mãe biológica de Lilith... – as narinas de Leopold se abriam e fechavam conforme sua respiração pesada e rancorosa. Glinda tinha lágrimas nos olhos – Mesmo sabendo que Lilith não era minha filha, eu a amei como se fosse minha.

- Vossa Excelência, quanto a esse caso a polícia já está investigando. – informou Kathryn. Os olhos de Leopold se arregalaram em pânico. A juíza apenas assentiu com a cabeça – Além disso, ainda quando minha cliente já havia saído da casa onde morava, o senhor Leopold surgiu na casa de sua filha mais velha, onde a mãe tem abrigo, alguns dias depois praticamente ordenando que ela voltasse a morar com ele, exigindo e jogando as palavras ao ar sobre seus direitos de marido. Ali, ele não só violou os direitos da minha cliente, como também acabou cometendo outras infrações menores como distúrbio da paz alheia, algazarra, além de pequenas ameaças se minha cliente não voltasse. Então creio que rogar pela constituição nesse momento é inválido. – soltou um breve suspiro, indicando que falou tudo que precisava – Vossa Excelência, eu não tenho mais nada a acrescentar. – disse Kathryn, para depois se sentar.

- Senhor Smee, quer acrescentar algo? – perguntou Valerie olhando para o homem que estava perdido.

- Apenas que meu cliente fez tudo o que fez pelo amor a sua família, a qual ele ainda quer ao seu lado. – foi direto, mas não sabia o que dizer depois da bordoada que levou de Kathryn e toda essa história – Nada a mais a acrescentar.

- Senhora Page, uma última pergunta. – disse a juíza – Por que somente agora depois de tantos anos resolveu pedir o divórcio?

- Como eu disse, eu amei Leopold, não me envergonho disso... – soltou um longo suspiro – Mas eu aguentei tudo isso durante esses anos por causa das minhas filhas, e claro que também um pouco por medo. – fez uma pausa olhou para Leopold. Ele ainda tinha um olhar de ódio – Medo que ele fizesse algo principalmente para minha filha Zelena, pois sei que Lilith ele sempre tratou diferente. Ele que cuidava dela. E quando percebei que não precisa mais ficar ao lado dele, que não havia mais nada que me segurasse ao lado dele, tomei a decisão de viver a minha vida.

Valerie assentiu com a cabeça, olhou para seu relógio no punho – Esse tribunal será suspenso para o almoço, os envolvidos nessa audiência estão negados de deixarem o prédio, caso o faça, estão sujeitos a prisão imediata e sem fiança. – olhou para todos que assentiram – Retornamos em duas horas. – bateu o martelo e se retirou da sala.

Glinda acompanhada de Kathryn e Neal saíram por um lado, enquanto Leopold e William saíram pelo outro. O prefeito ainda olhava com ódio feroz para eles, mas principalmente para Glinda.

-SQ-

- Seu Ezequiel! – falou Emma com um imenso sorriso no rosto.

- Emma. – disse retribuindo o abraço do senhor – Como você está? Regina? As crianças? O que está fazendo aqui em Boston? – foi disparando as perguntas.

Emma riu da ansiedade do homem Metralhadora de perguntas! – Calma seu Ezequiel, respira. – brincou – Estou bem, e o senhor?

- Bem, estou bem. – ele respondeu com um sorriso aberto.

- Regina está no parque com as crianças, estão todos bem. – respondeu – Eu perguntei se as crianças queriam vir junto, mas elas escolheram o parque.

- Muito sábias elas. – brincou o porteiro.

- Estamos aqui em Boston para algumas audiências. – continuou respondendo as perguntas do senhor – Vamos ficar até domingo.

- Então a semana está corrida. – Ezequiel comentou.

A loira apenas assentiu com a cabeça – Fora isso, eu vim aqui ver o senhor e Úrsula. – informou.

- Mas que fico muito lisonjeado com ilustres presenças. – comentou dando ênfase no plural Ops, acabei me empolgando e esqueci da Rubs! Foi mal Morenão!

Os olhos de Emma se arregalaram – Ah desculpe, me perdi na empolgação.

- Percebemos Loirão. – brincou Ruby sorrindo.

- Seu Ezequiel, o senhor lembra de Ruby, não? – perguntou.

- Claro, não vou esquecer tão cedo a cara de surpresa dela e da esposa quando souberam que também iriam casar no mesmo dia que você e Regina. – ele respondeu estendendo a mão – Como está? E sua esposa?

Ruby sorriu – Estamos bem, seu Ezequiel. – respondeu ao apertar a mão estendida, mas em um ato inesperado, abraçou o senhor – Obrigada por ter cuidado da minha irmã quando ela precisou aqui no orfanato. – disse. O homem apenas sorriu amorosamente para a veterinária assim que se soltaram do abraço Obrigada mesmo! Pois não sei se Emma teria conseguido sobreviver se não fosse o senhor e Úrsula!

- Mas me digam o que fazem aqui? – ele perguntou ao limpar o pequeno acúmulo de lágrima no canto de seu olho.

Emma soltou uma respiração Não vejo a hora desse jantar acontecer mente! Estou vendo a sua animação! Não sou muito de comemorar meus aniversários, mas até que estou gostando de comemorar esse! – Sábado agora é meu aniversário, e eu ficaria muito feliz se o senhor estiver presente.

Os olhos do homem se arregalaram surpresos – Sério?

- Muito! – afirmou a loira – Vamos fazer um jantar familiar na Cantina Sapori d’Italia, o senhor conhece?

- Já ouvi falar. – ele comentou.

Emma abriu um sorriso – Faço questão da sua presença. O senhor vai? – então fez os olhos pidões que aprendeu com seus filhos Esses olhos pidões são quase impossíveis de não resistir!

- Nada me fará mais feliz. – ele respondeu não resistindo ao olhar que a loira deu – Posso levar a minha esposa?

- Claro, você deveria a ter levado para o casamento também. – respondeu Emma Sabia que os olhos pidões o fariam ceder ao meu convite!

Ezequiel riu – Ela tinha ido visitar as irmãs antes mesmo do seu convite, por isso não foi.

- Vocês precisam de carona, ou qualquer outra coisa? – perguntou a loira preocupada, mas feliz em saber que ele iria ao jantar.

O homem negou com a cabeça – Não minha querida, estamos bem. Obrigado do mesmo jeito.

Inesperadamente Emma deu outro abraço no homem – Obrigada seu Ezequiel. – agradeceu – Úrsula está? – perguntou ao se separar Agora vamos convencer Úrsula a ir também!

- Provavelmente na sala dela, ou então andando pelo orfanato. – abriu o portão – Entre. – Emma assentiu com um aceno e entrou com Ruby logo atrás – Até daqui a pouco. – ele disse e a loira apenas acenou com a mão.

Alguns segundos de silêncio pairou sobre as duas mulheres. Ruby olhava tudo atentamente – Então foi aqui que você viveu até os tios adotá-la?

- Sim. – veio a resposta da loira Apesar de fazer muitos anos, aquela sensação ainda existe aqui dentro! Mas não posso reclamar, afinal aqui encontrei pais maravilhosos e meus dois novos filhos lindos e maravilhosos também!

- Ai Loirao desculpa. – disse Ruby ao olhar para sua amiga.

Emma sorriu para sua amiga – Sem problema Rubs. Apesar das dores, tive momentos bons aqui com o seu Ezequiel e Úrsula.

A veterinária soltou um longo suspiro – Nessas horas eu penso como fui muito sortuda ao ter a minha avó para me criar.

- Com certeza você teve muita sorte. – disse com um sorriso. Assim que elas chegaram ao pátio o barulho feito pelas crianças chegou ao ouvidos das mulheres que abriram um imenso sorriso para aquela bagunça Não posso dizer que esse barulho me traz as lembranças de quando conheci Jú e Tom!

Os olhos de Ruby se arregalaram ao ver muitas crianças ali brincando entre si, brincando com alguns voluntários. Crianças de diversas idades – Nos filmes, os orfanatos não são assim. – comentou.

- Nos filmes nem sempre tratam os orfanatos de forma realística, mas muitas coisas são bem parecidas. – comentou Emma percorrendo os olhos para ver se encontrava Úrsula, mas pelo menos ali no pátio ela não estava – Vamos procurar na sala dela, pois aqui Úrsula não está. – disse por fim.

Ruby apenas assentiu, pois seus olhos captaram uma menina da idade de Júlia, sentada sozinha em um canto. Ela estava abraçando suas pernas, enquanto sua cabeça deitada sobre as mesmas O que será que aconteceu com ela? Sem dizerem mais nada as duas mulheres caminharam na direção da sala da agente social.

- Entre. – veio a voz depois de Emma bater levemente a porta.

- Úrsula? – disse assim que abriu a porta e colocou a cabeça para dentro, em seus lábios um sorriso feliz.

A mulher ergueu seus olhos dos papéis que estava lendo, então se arregalaram surpresos – Emma! – exclamou feliz – Entre, minha querida. – pediu já se levantando. Assim que se aproximou da loira a envolveu em um abraço carinhoso – Como você está? A Regina? As crianças? – disparou. Emma apenas sorriu assim como Ruby Úrsula metralhadora de perguntas também! Ah Emma pelo visto esses dois pensam parecidos nesse quesito! Sim mente!  – O que foi? – perguntou confusa, assim que soltou a loira.

- Desculpe Úrsula, é que o seu Ezequiel também disparou todas essas mesmas perguntas agora a pouco. – respondeu – Está tudo bem, estamos aqui em Boston para algumas audiências. E você como está? Você se lembra de Ruby? Rá, dessa vez não esqueci!

A agente social olhou surpresa – Estou bem. – respondeu – Claro que me lembro, aliás, impossível esquecer você e sua esposa, principalmente a cara de surpresa quando Emma anunciou que vocês também iriam se casar junto a elas. – estendeu a mão – Como está? E sua esposa?

Ruby riu – Por que vocês só lembram das nossas caras de surpresas no casamento? – respondeu apertando a mão da mulher mais velha.

- Porque Rubs foi maravilhosa a cara de vocês. Mas também teve as brigas pelos buquês, aquilo foi esplêndido.  Ainda bem que filmamos tudo. – comentou Emma sorrindo Eu vou rir muito quando vermos a filmagem dos casamentos! – Precisamos marcar um dia para vermos as filmagens desse dia.

Ruby soltou uma gargalhada – Com certeza precisamos fazer isso. Porque realmente a briga pelos buquês foi sensacional. – respondeu – Estamos bem Úrsula. – ela respondeu por fim a pergunta da mulher mais velha.

- Mas o que as trazem aqui? – perguntou Úrsula curiosa, depois de se recuperar do ataque de riso que teve ao se lembrar da guerra que foi pelos buquês.

Emma sorriu – Vim convidar você e o seu Ezequiel para o meu aniversário sábado agora. – respondeu Olhos pidões modo on! – Será um jantar familiar na Cantina Sapori d’Italia, conhece?

- Conheço, fui lá uma vez há algumas semanas atrás, muito boa a comida, sem falar do lugar e do serviço. – respondeu Úrsula.

- Então não tem erro, espero você e o seu Ezequiel, sábado a partir das sete horas da noite. – disse – Seu Ezequiel falou que vai. – acrescentou Você não vai negar, não é? Vamos olhos pidões façam sua mágica!

- Dona Úrsula. – disse uma das voluntárias ao bater na porta e colocar a cabeça para dentro – Desculpa interromper, mas uma das cozinheiras precisa conversar com você sobre o almoço de hoje e o que vai preparar para o jantar também. – disse.

- Diga que já estou indo. – respondeu e a voluntária assentiu com a cabeça, e desapareceu atrás da porta no segundo seguinte.

A mulher mais velha soltou um suspiro – Vocês me desculpem, mas preciso ver o que elas querem comigo antes que a própria cozinheira venha me arrastar até a cozinha. – riu, fazendo as duas mulheres rirem também.

- Não se preocupe Úrsula. – disse Emma indicando a saída da sala. A mulher mais velha concordou e caminharam tranquilamente pelo corredor lateral do pátio – Nossa visita aqui era rápida mesmo, vim apenas para convidá-los para meu aniversário. Seu Ezequiel confirmou presença, assim como a da esposa dele. – informou Boa jogada Emma!

- Então conte com a minha e de meu marido também. – confirmou a mulher – Ele não foi ao seu casamento, pois havia ficado com vergonha de aparecer em um casamento que não conhecia ninguém.

- Que bobo, mas espero que dessa vez ele vá. – comentou Emma sorrindo feliz que eles iriam participar do aniversário dela mais uma vez Sim, terei os dois no jantar! Está certo que seu olhar pidão não funcionou muito dessa vez! Só porque Úrsula estava preocupada com outro assunto! Como queira pensar!

Ruby sorria apenas escutando a conversa das duas mulheres e seus olhos ainda percorrendo todas aquelas crianças brincando ali no pátio, então seus olhos pousaram novamente na menina sozinha lá no canto – Ah, desculpa interromper Úrsula, mas que é aquela menina sentada sozinha no canto?

- Que canto? – perguntou Úrsula. 

- No canto que eu costumava ficar. – respondeu Emma com um tom levemente triste Parece que aquele canto atrai! – No canto que Jú costumava ficar.

Imediatamente os olhos de Úrsula caíram sobre a menina, então seu semblante se entristeceu – É a Meghan. - respondeu depois de soltar um suspiro.

- Ela é nova? – perguntou Emma – Acho que não me lembro dela quando Regina e eu viemos visitar e acabamos conhecendo Jú e Tom.

- Sim e não. – respondeu a mulher mais velha – Ela é a amiga de Júlia. – informou, fazendo os olhos de Emma se arregalarem surpresos Será que eu conto para Jú? Acho melhor não Emma, pelo menos por enquanto! Acho que você tem razão mente! – Faz três semanas que ela está aqui novamente.

- Ela não tinha sido adotada? – perguntou confusa Pois isso era um dos motivos da tristeza da minha pequena morena quando a conhecemos! – O que faz aqui de volta? Não vai me dizer que o casal a devolveu ao descobrir que teriam um bebê?

Úrsula negou com a cabeça – Não. – soltou uma longa respiração – O casal que havia adotado estava muito feliz com ela, mas eles sofreram um acidente de carro em uma viagem de negócios e acabaram morrendo nesse acidente.

- Que coisa horrível. – comentou Emma Definitivamente não podemos contar para a Jú! Sim Emma!

- Sim, bastante. – concordou Úrsula – Como eles não tinham mais ninguém com quem ela pudesse ficar, Meghan acabou voltando para cá. Na realidade até tinham, a avó da menina, ou melhor, a mãe do pai. – soltou um suspiro longo – Mas ela não quis ficar com a menina porque nunca reconheceu a menina como neta, por não ser filha biológica do filho. Então disse que não iria criar uma criança que não tinha o sangue dela.

Os olhos de Ruby se encheram de lágrimas ao escutar a história da menina – Que crueldade. – comentou baixo – Não se pode fazer isso com uma criança.

- Uma crueldade realmente. – concordou Úrsula novamente – Poder não pode, mas tem muito ser humano que é tão egoísta e cruel que eles infelizmente fazem isso sem pensar se vai magoar ou machucá-las.

- Mas para a nossa sorte tem aquele ser humano maravilhoso e especial disposto a colar nossos cacos. – comentou Emma limpando uma lágrima que havia escorrido por sua bochecha Eu fui escolhida por esses dois seres humanos maravilhosos que me queriam com eles!

- Você tem toda razão, minha querida. – apoiou Úrsula – Meninas, agora eu preciso ir lá na cozinha. Emma pode confirmar nossa presença no seu aniversário. – elas assentiram com um aceno de cabeça, se despediu das duas mulheres e caminhou na direção da cozinha deixando Emma e Ruby ali paradas.

- Eu sei como é essa sensação de perder os pais em um acidente. – murmurou Ruby limpando as lágrimas que desceram por suas bochechas.

Emma passou um braço por cima dos ombros da amiga – Nossas dores são ao mesmo tempo tão iguais e tão diferentes... – disse confortando Ruby Eu sei o que você está pensando! – Você quer ir lá conversar com a menina?

- Adoraria, mas isso tudo me pegou de surpresa que eu nem sei se vou conseguir conversar com ela. Ou se ela irá querer conversar comigo. – respondeu Ruby sincera, mas antes que pudesse terminar de responder seu celular tocou – Oi minha loira estonteante. – respondeu – Sim... Não! Tudo bem!... Pode deixar que eu levo para vocês... Também te amo e estou morrendo de saudades. – desligou – Acho que a minha conversa com ela ficará para uma outra hora. – disse guardando o celular no bolso. Emma apenas a olhou, confusa – Katy está em recesso para o almoço, e pelo que entendi não podem sair do tribunal, mas ela ligou no restaurante de Ângela e encomendou o almoço deles, e pediu para levar para eles. – terminou.

Emma assentiu com a cabeça – Então vamos. Passamos no parque para pegar minha morena e as crianças e vamos para o restaurante. – sugeriu. Ruby assentiu com a cabeça, deu uma última olhada na menina ainda imóvel em sua posição e lugar Calma que eu volto para conversar com você, pequena! então seguiu a loira para a saída do orfanato.

-SQ-

- Lena? – chamou uma voz conhecida atrás das duas mulheres ruivas. A ruiva mais nova se virou e seus olhos se arregalaram ao ver sua namorada ali. As duas mulheres havia se juntado a Zelena na sala de espera, enquanto Neal foi resolver algumas coisas com o pessoal do FBI em outra sala.

- Elsa! – exclamou feliz e a envolveu em um abraço forte – Que bom que está aqui. – sussurrou ao ouvido da loira.

A médica envolveu sua namorada em um abraço forte – Saudades de você. – se separaram brevemente para colar seus lábios em um selinho rápido.

- Saudades de você também. – a soltou do abraço, mas entrelaçou seus dedos – Não estou reclamando, muito pelo contrário adorei a surpresa, mas o que você está fazendo aqui? Achei que vocês só viriam na sexta.

- Na realidade só eu estou aqui. Volto para Boston hoje mesmo. – respondeu Elsa – Pedi o resto do dia de dispensa e ameacei largar tudo se não me dessem. – riu, fazendo as três mulheres rirem também – Eu precisava estar aqui ao seu lado nesse momento. – então viu Glinda e Kathryn. Cumprimentou Kathryn e deu um forte abraço em sua sogra – Como estão as coisas?

- Tudo a nosso favor. – respondeu a loira sorrindo confiante.

- Fico feliz em ouvir isso. – respondeu e voltou a juntar sua mão com a de Zelena.

Os olhos de Kathryn se arregalaram – Preciso avisar meu pai, ele deve estar se correndo de ansiedade nesse momento. – tirou seu celular do bolso e conversou brevemente com seu pai – Ele pediu para falar com você um minuto. – estendeu o celular na direção de Glinda. Um imenso sorriso se abriu nos lábios da mulher que pegou o aparelho e conversou alguns minutos com o pai de Kathryn.

Não muito tempo depois Ruby chegou com os pedidos deles. Ela até queria ter ficado ali com eles, mas sua esposa achou melhor que não ficasse, mas prometeu que ligaria para vir buscá-la ao final da tarde quando o julgamento terminasse. Kathryn agradeceu e com as sacolas com a comida de todos, incluindo Neal que já havia resolvido algumas coisas, foram para o local de refeição do tribunal. Quando terminaram não faltava muito tempo para o retorno da audiência.

-SQ-

- Todos de pé. – anunciou o guarda - A Juíza Agnes Hughes. – a mulher mais uma vez entrou imponente na sala.

Regina, que usava um vestido cinza claro, sem detalhe nenhum, o comprimento ia até um pouco abaixo dos joelhos. Com uma pequena fenda lateral esquerda que ia até dois dedos acima do joelho. A peça tinha gola canoa bem rente ao pescoço. Por cima um blazer também da mesma cor do vestido, que ia até a altura dos quadris. Seu sobretudo preto no encosto da cadeira. Nos pés scarpin vermelho terra. Seus cabelos escovados e soltos, uma leve maquiagem e seu marcante batom vermelho. Blanchard ao seu lado esquerdo, usando um terno na cor champanhe, com uma camisa azul clara, e gravata azul escura. Nos pés sapatos na cor marrom caramelo. Seu sobretudo marrom claro, sobre o encosto da cadeira. Lee vestia seu terno na cor grafite, com uma camisa branca e o colete na cor do terno sobre a mesa, gravata azul marinha, e nos pés sapatos preto. Seu sobretudo marrom escuro, sobre o encosto da cadeira. Eles estavam na mesma mesa do dia anterior.

Na mesa ao lado Peterson, usando um terno marrom claro, com camisa azul clara, e uma gravata azul marinha, nos pés sapatos pretos, já suava frio e demonstrava nervosismo, além de perceber nitidamente que sua noite de sono fora inexistente. Ao seu lado, Barnes usava um terno na cor preta com risca de giz, com a camisa branca e gravata azul marinha, nos pés sapato preto. Havia dispensado o uso do sobretudo. Sato, ao seu lado, usava um terno verde oliva, com a camisa cinza, e gravata listrada a diagonal alternando entre azul escuro e cinza claro, nos pés sapatos pretos. E por último, estava Clark, ele usava um terno na cor azul indigo, com a camisa azul clara e a gravata rosa salmão. Nos pés sapatos pretos. Eles três tinham o semblante preocupado.

A juíza usava o mesmo conjunto do dia anterior, mas diferente coloração, e sua tradicional vestimenta por cima. Assim que se sentou, o pessoal das duas mesas se sentou também – Boa tarde. – cumprimentou. Recebeu de volta o mesmo cumprimento e indicou que sua assessora lhe entregasse a pasta do caso - Processo número quinhentos e cinquenta e sete traço doze... – começou – Blanchard, Leonard contra Barnes, Edgar, Sato, Tyler e Clark, Felicio.  Alegação de desvio de dinheiro, falsificação de documentos, adulteração de contratos tanto de negócios quanto de funcionários, além de apropriação ilegal do dinheiro desviado. – leu – Retomando e dando continuidade a audiência do dia anterior, onde os advogados tanto de defesa quanto de acusação apresentaram suas provas, além de discorrer sobre o mesmo, ficando para hoje o veredito final, depois de analisar tudo que fora apresentado, desde provas e relato de testemunha, também ata a audiência. – fez uma pausa e olhou para todos a sua frente se estavam acompanhando, ao perceber que sim, continuou – Abro espaço para palavras dos advogados. – A parte de acusação tem algo a mais a acrescentar?

Regina se levantou – Não Vossa Excelência, tudo que precisava ter sido dito ou feito ontem foi o suficiente. – respondeu e se sentou novamente.

A juíza olhou para o advogado de defesa – A parte da defesa tem algo a mais a acrescentar antes do veredito final?

Peterson se levantou, abotoou o blazer, soltou um longo suspiro, abriu e fechou a bocas diversas vezes procurando algo a acrescentar – Que meus clientes são inocentes. – soltou a segunda maior célebre frase, pois a primeira era: protesto. Eu achando que ele iria vir com alguma argumentação apropriada! Ledo engano Regina, acho que é muito para a cabeça de amendoim dele! – Eu acredito que a justiça se fará. Nada a mais a acrescentar. – se sentou pesadamente na cadeira.

- O que foi aquilo? – rosnou Barnes para seu advogado. Peterson olhou para o homem a sua direita e soltou uma longa respiração e negou com a cabeça. O advogado estava tão perdido que passou a noite inteira procurando um jeito de reverter a precária situação em que se encontrava, mas por mais que procurasse não encontrou nada a seu favor.

- Muito bem, depois das análises feitas por mim e minha equipe... – começou a juíza – Chegamos ao veredito de que as provas apresentadas pela parte da defesa são insuficientes, além de apresentarem rasuras, o que nos leva a crer que foram forjadas, ou mesmo adulteradas.

Barnes fulminou Peterson – Você disse que suas provas eram suficientes! – resmungou entre os dentes e baixo apenas para o homem escutar.

- Elas eram, suficientes, mas eu não esperava a acusação vir com tudo. – respondeu atordoado ainda com o que a juíza havia alegado de suas provas.

- Era mais que óbvio que eles viriam com tudo, ainda mais se tratando de Regina Mills. – rosnou ele novamente.

- Silêncio. – pediu a juíza batendo o martelo em sua mesa – O espaço aberto para palavras finais já fora dado, agora peço silêncio. – terminou olhando seriamente para os dois homens. Eles assentiram em um breve aceno – Continuando... – fez uma pausa – Em contrapartida as provas apresentadas pela acusação além de suficientes, se provaram serem verídicas e de origem confiável. Analisamos tudo, cruzando as datas, horários, itinerários, comprovantes de viagens, reservas em hotéis e chegamos a conclusão de que não tem como o senhor Blanchard estar em dois lugares distintos ao mesmo tempo para realizar as negociações. – fez uma pausa – O veredito final é que o senhor Barnes, juntamente com o senhor Sato e o senhor Clark são culpados por todos os crimes aqui intitulados. Culpados por falsificar documentos das negociações e contratos de empregados, assim como culpados de desvio e apropriação de dinheiro indevidamente, além de sonegação de tributos a prefeitura. – fez uma pausa. Regina apenas respirou fundo, para depois tomar um gole de sua água Perfeito! Nós ganhos! E ganhos maravilhosamente bem mente! enquanto Peterson apenas abaixou a cabeça em derrota – Além de culpados, a justiça ainda determina que tudo que fora acrescentado indevidamente nas contas pessoais da defesa seja devolvido, incluindo as propriedades e bens provados terem sido comprados com esse mesmo dinheiro. Também está determinado que aos senhores Barnes, Sato e Clark paguem cada um a quantia de trezentos mil dólares ao senhor Blanchard por perdas e danos morais. E os mesmos citados de culpa serão responsáveis pelo pagamento do débito tributário na prefeitura ao qual sonegaram. – os olhos de Barnes se arregalaram incrédulos Por isso eu não esperava! – Contudo, os mesmo citados da culpa não serão presos, pois não foram pegos em flagrante, mas irão responder o processo em liberdade restrita. Não poderão sair do país sob-hipótese nenhuma, caso aconteça, serão imediatamente presos e sem fiança e acrescentado ao processo principal a tentativa de fuga. – fez outra pausa – Por fim, decreto o pedido de falência das Indústrias Blanchard inválido assim que o senhor Blanchard reassumir o comando total de suas indústrias novamente. – pediu um papel para sua assessora – Aqui senhora Swan-Mills, uma ação anulando a sociedade entre seu cliente e os clientes do senhor Peterson. – explicou assim que Regina se aproximou da bancada Por isso eu também não esperava! Só esperava que teria que entrar com outro processo para reaver a indústria novamente! – Você e seu cliente podem conversar e se quiserem podem pedir para fazer esse acordo com os clientes do senhor Peterson. – falou então olhou severamente para a mesa que estava a sua esquerda – Apenas um conselho: Eu sugiro que assinem essa ação. – informou firme.

- Obrigada meritíssima. – disse Regina voltando para seu lugar e mostrando a ação para Blanchard. Rapidamente eles conversaram e Regina se virou para Peterson Isso é maravilhoso! – Quer dar uma olhada? – questionou.

- Mas o que? – questionou Barnes furioso depois de percorrer os olhos sobre o documento.

- É isso ou será bem pior quando o processo começar a correr. – disse a juíza firmemente não se deixando intimidar pela pequena explosão do homem.

- Mas aqui eu irei abrir mão de tudo. – choramingou.

Agnes soltou um suspiro – Se você não tivesse sido tão desleal, talvez ainda tivesse uma sociedade, mas sua ganância excessiva lhe causou isso, então aceite as consequências. Mas é como eu disse melhor assinar, pois o processo que moverão contra os senhores não será nada agradável, principalmente se não aceitarem o acordo. – comentou novamente, mas agora seu tom tinha uma leve ameaça que passou despercebida pelos clientes de Peterson, mas não por Regina e Lee Ela ameaçou Barnes e seus asseclas? Foi branda a ameaça, mas sim Regina, ela ameaçou! Nossa que agora eu fiquei super fã dessa juíza!

- Melhor aceitar. – aconselhou Peterson. Mesmo enfurecido Barnes, Sato e Clark assinaram a ação concordando em abrir mãos da sociedade sem levar um centavo e devolver todas as ações ao Blanchard – Aqui meritíssima. – Peterson entregou a ação de volta a juíza, e depois uma cópia para Blanchard.

- Depois de assinado o acordo e tudo que fora dito do veredito... – disse a juíza – Caso encerrado. – bateu o martelo – Estão dispensados. – encerrou ao se levantar e sair da sala de audiência.

Regina fechou os olhos e soltou uma longa respiração de alivio Acabou! – Ganhos! – murmurou feliz Agora é esperar pelo julgamento da filha do prefeito e então eu vou cuidar de mim e da minha família!

- Eu não acredito! Nós ganhamos! – exclamou Blanchard ainda incrédulo de tudo.

- Assim você me magoa senhor Blanchard. – brincou Regina – Assim o senhor me subestima.

O imenso sorriso nos lábios do homem – Não foi essa a intenção Regina. – abriu mais ainda o sorriso, deixou a formalidade de lado naquele momento de alegria – Nós ganhamos. – inesperadamente abraçou a advogada que fora pega de surpresa, mas por fim acabou retribuindo o abraço – Muito obrigado. – agradeceu assim que a soltou.

Sem dizer nada, o pessoal da mesa ao lado se levantou e caminhou para a saída da sala, mas não sem lançar um olhar mortal para os três ocupantes da mesa de acusação. Quando eles chegaram a porta, Regina acompanhada de Leonard e Lee estavam logo atrás.

- Senhor Barnes? – chamou Mitchell juntamente com seus agentes, entre eles a Amber, assim que se aproximou da porta, agora com todos já do lado de fora.

- Sim? – perguntou ao se virar para a voz.

- FBI. – disse o comandante apresentando o distintivo Agora a festa está armada! Bota armada nisso Regina! – Você e seus comparsas estão presos. – apresentou a ordem de prisão – Pelos crimes de falsificação, roubo e organização criminosa.

- Mas o que? – perguntou confuso. Olhou para seu advogado, que também não estava entendendo nada – Eu não vou preso, a juíza nos deixou livre.

- No processo do senhor Blanchard. – respondeu Mitchell – Mas nós somos o FBI e estávamos investigando vocês a muito tempo.

Os olhos de Barnes se arregalaram, ele até tentou reagir, mas Amber fora mais rápida e conseguiu algemá-lo antes que conseguisse fugir – Agora você sabe o que eu estava investigando. – piscou travessamente para Peterson que também estava sendo algemado.

- Isso é um ultraje! – exclamou Sato também sendo algemado – Vocês não podem fazer isso!

- Tanto podemos que estamos fazendo. – disse Amber olhando para o homem com traços asiáticos – Vocês terem o direito de ficar calado, tudo que disser pode e será usado contra vocês no tribunal. Vocês têm direito a um advogado, caso não tenham condições de arcar com um, o estado lhes enviará um advogado. – ela fez uma pausa – Se bem que depois dessa audiência não sobrará um centavo para pagar um advogado. – riu travessamente. Com os suspeitos presos, eles se retiraram sem nenhuma palavra a mais.

- Não! Eu não vou preso! – Clark tentou se soltar, mas Malcon segurou firme o braço algemado.

- Pense assim... – comentou o agente que segurava Clark – Que você está indo passar uma temporada de férias na mais alta estadia do estado, muito provavelmente irá dividir o quarto com seus colegas de farra. – sorriu arteiramente enquanto conduzia o arredio homem pelo braço.

- Tudo na mais perfeita acomodação e serviço de primeira classe. – completou Amber empurrando Barnes – Ah, não se preocupem, vocês não serão os únicos, isso eu posso garantir. Ainda tem mais gente para chegar a nossa festa que preparamos para vocês com tanto carinho. – sorriu debochada.

- Isso é abuso de autoridade! – resmungou Peterson sendo levado por Albert.

O agente que segurava Peterson riu – Muito pelo contrário, isso é abuso de ironia e sarcasmo, que são coisas bem diferentes de autoridade.

- Vamos que a limusine está esperando por vocês na saída do prédio. – Mitchell disse entrando no clima, mas depois olhou para seus agentes e os comentários cessaram.

Blanchard olhava a tudo espantado. Regina apenas não esperava que as prisões de Barnes e seus cúmplices seriam logo depois da audiência Por meus casos, eu achei que ele seriam presos em outro momento e não agora! Ah Regina antes agora do que mais tarde! Isso com certeza mente! Mas adorei a cena! Lee sorria orgulhoso do serviço de seus colegas federais.

- Bom trabalho, senhora Swan-Mills. – comentou Mitchell ao se aproximar e estender a mão – Se não fosse sua genialidade e competência, nossas provas não serviriam para nada.

- Eu que agradeço por confiar em mim. – retribuiu o aperto de mão do comandante Mas sinceramente eu não espero me envolver em nenhum outro caso do FBI!

Mitchell soltou um suspiro – Mas como meus agentes disseram, ainda temos mais gente para prender, então não fiquem surpresos se isso acontecer ainda hoje ou amanhã ou mesmo depois. – comentou travessamente. O canto dos lábios de Regina se curvou para cima em um sorriso maroto Acho que sei bem serão os próximos! Só sinto pelo senhor Gold e seu neto! Eles irão superar isso, não se preocupe! Assim espero mente!

- Estarei preparada para essas futuras prisões. – comentou a morena, então olhou para Barnes que ainda estava furioso Não adianta ficar bravinho, mas eu vou alfinetar mais um pouco! – Ah senhor Barnes... – chamou e Amber fez questão de parar, assim os dois olharam para advogada – Creio que sua charmosa esposa Isabela, ou eu diria a agente Hall irá cuidar bem do senhor. – falou Rá! Achou que eu iria deixar isso quieto? Pensou errado! Os olhos do homem se abriram imensamente, Sato estava suando frio – E sim, nós sabíamos desde o primeiro minuto que vocês pisaram na minha fazenda o que tinham em mente, mas devo admitir que o plano de vocês era ousado e muito provavelmente tivesse dado certo, mas não deu e vocês não levaram um centavo nosso, e nem a égua que compraram. – fez uma pausa Agora vocês vão se entender com o FBI!

- O que você quer dizer com isso? – perguntou olhando com ódio para Regina.

- Que tudo o que você presenciou fora um teatro, uma armação. – respondeu Amber travessamente – E você caiu como uma jaca podre.

- Vocês vão pagar por isso! – bradou bravo.

- Chegar de conversa, vamos! – disse Mitchell passando por eles e seguindo para a saída. Imediatamente flashs foram disparados quando as portas do tribunal se abriram para a saída do FBI e seus presos – A imprensa foi rápida. – murmurou e deu ordens para entrarem no carro. Uma vez ali dentro os veículos saíram em disparada para o prédio do FBI.

-SQ-

Aquela cena causou uma paralisação geral dentro do tribunal. Todos queriam saber o que estava acontecendo. Quando finalmente os agentes do FBI foram embora, aos poucos o movimento começou a retornar até novamente se normalizar como se nada tivesse acontecido.

- Você sabia? – perguntou Leonard olhando para Regina.

A morena soltou um suspiro Culpada! – Eu fiquei sabendo depois que já havia aceitado o seu caso, senhor Blanchard. O senhor está bravo?

- Oh não... – ele respondeu rapidamente, negando com a cabeça – Apenas surpreso. – então sorriu – Bom, o que interessa que agora terei minhas indústrias novamente.

- Parabéns! – disse Regina sorridente Agora merecemos festejar a vitória de hoje! Então olhou para o advogado – Lee, a noite nós vamos para o restaurante de Ângela jantar, gostaria de nos acompanhar?

O homem sorriu – Eu adoraria provar daquela deliciosa comida novamente, mas infelizmente estou indo me encontrar com meus superiores e entregar o relatório sobre esse caso e logo em seguida voarei para o outro lado do continente para mais um caso. – respondeu – Mas agradeço o convite e espero que vocês se divirtam. – estendeu a mão – Prazer trabalhar com você, senhora Swan-Mills.

- Eu agradeço a ajuda. – retribuiu o aperto de mão – Boa sorte no próximo caso. – desejou e Lee assentiu em breve aceno de cabeça, se despediu de Blanchard e saiu pela mesma porta que seus colegas federais saíram.

- Nos vemos a noite? – perguntou Regina ao Leonard, enquanto caminhava na direção oposta ao do advogado de FBI.

- Pode contar com isso. – respondeu sorrindo já do lado de fora do prédio – Senhora Swan-Mills, muito obrigado por tudo. Eu gostaria que pudéssemos nos encontrar ainda essa semana, se possível, para acertamos seus honorários. – disse assim que pararam na calçada em frente ao prédio.

- Não se preocupe senhor Blanchard, outra hora conversaremos sobre isso. – respondeu com um sorriso Agora eu quero a minha família e amigos, e uma boa macarronada de Ângela! Olha o desejo falando novamente! Com certeza mente!

- Até a noite então. – ele disse se despedindo e se virando para caminhar na direção de seu carro estacionado ali perto. Uma vez ali dentro deu partida no veículo.

Assim que Regina foi se virar para procurar por sua esposa, sentiu alguém apertando seu braço – Mas o que? – perguntou assustada – Robin! – exclamou surpresa ao vê-lo Achei que você estaria resolvendo coisas sobre o julgamento de sua cliente!

- Olá querida! – respondeu malicioso – Finalmente a sós e agora podemos conversar tranquilamente.

- Acho que não. – tentou tirar seu braço do agarre do homem Ele ainda tem a pachorra de achar que temos algo para conversar! – Me solta.

- Não até você concordar em conversar comigo, temos muita coisa para conversarmos ainda. – ele disse apertando mais ainda o braço.

O cenho de Regina mostrava dor – Você está me machucando, seu boçal. – disse tentando se livrar novamente, mas em vão, mesmo com todo o tecido do sobretudo, e do blazer, o aperto era forte o suficiente para chegar a machucar Por que você só aparece nas horas inconvenientes! Porque ele é um embuste Regina! – Não temos nada para conversar! – rosnou entre os dentes – Agora me solte!

- Faça o que ela pediu. – veio uma voz firme e já cheia de raiva atrás deles Emma!

- Ou o que? – Robin se virou com ódio no olhar.

O canto dos lábios de Emma se curvo para cima em um sorriso arteiro Ah finalmente a hora que eu tanto queria chegou! – Eu vou te dar a lição que há muito tempo está merecendo. – rosnou brava entre os dentes E você não sabe o quanto eu estava ansiosa para isso! – Agora solte a minha esposa.

- Ui! Que medo. – debochou Robin apertando mais o braço de Regina – Você vai começar a dar pinotes e coices? É isso? Sua cava...

Você que pediu por isso! Uma fúria insana se apoderou de Emma que no instante seguinte fechou seu punho direito e desferiu o imprevisto golpe, com toda sua força e velocidade, contra o nariz de Robin interrompendo sua fala Bem na fuça! – Aqui o meu coice! – rosnou ao sentir sua mão se chocar contra o nariz do homem. Um sonoro barulho de algo se quebrando fora escutado Que felicidade, eu quebrei o nariz do boçal! Nossa Emma isso foi maravilhoso de ouvir! Não foi mente?

Com o inesperado golpe em seu nariz, Robin acabou dando vários passos para trás devido ao forte impacto, e consequentemente soltando o braço de Regina. A morena não titubeou e correu para o lado de sua esposa – Ai meu nariz! – exclamou com muita dor, seus olhos lacrimejantes, e sua mão sobre o nariz quebrado.

- Você está bem? – perguntou Emma assim que sua esposa estava ao seu lado Porque se ele fez algo a mais eu vou trucidá-lo!

A morena assentiu com a cabeça – Sim, apenas com o braço dolorido. – respondeu e se postou atrás da loira, que se virou feito um anjo vingador para Robin Se segure que mais coices estão a caminho!

- Você quebrou o meu nariz. – disse nasalado segurando seu agora todo ensanguentado nariz, então tirou a mão e viu sangue na mesma – Sua cavala! – exclamou furioso olhando Emma vir em sua direção novamente Você não sabe o poder do meu coice seu merdinha!

- Eu estava te devendo esse coice a muito tempo! Olha outro coice! – inesperadamente desferiu mais um soco, acertando novamente o seu nariz, fazendo Robin dar mais alguns passos para trás mais uma vez Acho que agora a cara dele ficou mais apresentável! Olha que fico mesmo Emma! – Quer mais um coice aqui da cavala? – perguntou andando na direção do homem Só se lembre que fora você quem pediu!

Os olhos de Robin se arregalaram em pânico – Não chegue perto de mim! – disse temeroso, dando passos para trás.

- Ué? Não era você que estava todo machão agora a pouco segurando a minha esposa pelo braço? – comentou sarcasticamente ainda andando na direção do advogado Acho que ele vai borrar as calças novamente! Olha que eu não duvido!

- Eu vou te processar por agressão física. – tentou intimidar a loira.

Uma sonora gargalhada fora ouvida Nem adianta ameaçar! – Pode tentar, mas eu tenho a convicção de que você não irá mexer um palito sobre isso. – afirmou – Quer outro coice? – preparou a mão Pois a minha mão está suplicando para lhe dar outro coice!!

- Não me bata! – pediu tampando o rosto ainda dando passos para trás Covarde!

- Então some daqui antes que eu mude de ideia. – rosnou Emma perto o suficiente de Robin Conheço crianças mais corajosas que você, seu merdinha! – Se você se aproximar da minha esposa ou de qualquer pessoa da minha família você terá que fazer uma plástica para reconstruir seu rosto de tantos coices que irei te dar. – avisou ferozmente Isso é só um aviso amigável! A loira viu pânico nos olhos do homem, que rapidamente começou a correr na direção do seu carro.

- Vocês irão me pagar. – falou nasalado já perto do seu carro.

- Pegue uma senha e entre na fila para isso. – rebateu Emma com raiva vendo o homem saindo em disparada no carro. Então sentiu um par de mãos segurando seu braço, imediatamente sua raiva passou e sua respiração que estava pesada voltou ao normal – Você está bem mesmo? – perguntou ao se virar para sua esposa, agora seu semblante preocupado E o bebê?

Sorrindo tranquilamente Regina se inclinou para dar um selinho nos lábio de sua esposa, indicando que estava bem – Sim, estou. – sorriu novamente – Nós estamos. – confirmou a morena.

- Loirão! Regina! – chamou Ruby ao se aproximar, juntamente com John – Aqui a chave da pick-up. – entregou para Emma, que assentiu com a cabeça.

- Vocês estão bem? – quis saber John olhando para as duas mulheres.

- Sim. – respondeu Regina, massageando seu braço dolorido – Apenas com o braço dolorido no local que Robin me apertou. – explicou dando um abraço em John, que retribuiu prontamente – Ele me pegou de surpresa, mas ainda bem que minha loira chegou no momento certo.

- Obrigada Rubs. – agradeceu Emma guardando a chave em seu bolso. Regina apenas a olhou confusa, voltando a ficar de baixo de abraço protetor de sua loira Isso assim eu posso te proteger melhor! – Eu estava estacionando quando vi aquele asqueroso te segurando, e não pensei duas vezes saltei da pick-up e vim correndo.

- Eu estava logo atrás. – completou Ruby – Estacionei o carro de Katy e acabei terminando de estacionar a pick-up.

- Entendi. – comentou Regina – Obrigada. – agradeceu a Ruby, então deu mais um selinho em sua esposa – Pelo vista a audiência de Kathryn está no fim. – afirmou Que bom, assim podemos sair logo daqui!

- Sim, por isso estamos aqui. – respondeu Ruby sorridente. John era a ansiedade em pessoa.

- As crianças? – questionou Regina a perceber que estava apenas sua esposa e Ruby ali com ela Espero que eles estejam bem! Eu já estou morrendo de saudades deles!

- Acabaram ficando lá no restaurante, pois TJ chegou da escola e eles foram brincar. – respondeu Emma Estão todos bem, não se preocupe! – Mas combinei que viria te buscar, então os pegaríamos e iríamos para casa, tomar banho para mais tarde voltarmos para o restaurante Isso é o que eu mais quero, a minha família junto a mim nesse momento!

Não muito tempo depois as portas do tribunal se abriram novamente com a saída de Kathryn, Glinda, que vinha de braços dados com a Zelena, e Elsa ao seu lado. Sem paciência para esperar, John caminhou apressadamente na direção das quatro mulheres, e no instante que parou a frente da ruiva mais velha, não se importou com nada a envolvendo em um abraço amoroso. Glinda sorriu contente depois que a surpresa inicial passou e correspondeu ao abraço carinhoso de John Ah o amor! foi o pensamento das cinco mulheres que olhavam a cena com imensos sorrisos.

 


Notas Finais


Escuto fogos de artifícios estourando com a catracada que Barnes e sua corja levaram da juíza Agnes, e depois a prisão dos mesmos pelo FBI!! Sim, finalmente a Emma deu tanto o soco que estávamos esperando naquele inútil do Robin. Kathryn soberana na audiência, e Leopold cada vez mais se afundando em sua própria lama. O advogado do prefeito sem rumo depois da cacetada que levou de Kathryn! É, essa mulherada não veio para brincar, muito pelo contrário veio todo o arsenal em mãos.

Calma que ainda tem o desfecho dessa audiência ainda que retomarei no capítulo seguinte, que provavelmente terá alguns momentos família antes do último julgamento que será o de Lilith.

Ah tivemos Ruby toda ansiosa com sua esposa na audiência, e depois indo com Emma ao orfanato que a loira viveu quando criança, convidar Úrsula e Ezequiel para o aniversário. Ali Ruby viu uma menina que acabou mexendo com ela. Sei que esses tipos de coincidências são muito difíceis de acontecer, mas quando a adrieli5andrade (não sei se ela se encontra nessa plataforma) deu essa sugestão há alguns capítulos atrás, e depois reafirmou recentemente, eu já estava desenvolvendo essa ideia. Então Adrieli obrigada pela sugestão!

O próximo capítulo não sei também quanto tempo irá demorar para ser postado, uma vez que ainda tem a parte final da audiência de Kathryn, mas acho que talvez ele saia mais rápido que esses dois últimos. Eu queria ter terminado a audiência de Katy, mas o capítulo já tinha se estendido ao que eu tinha planejado e acabei deixando para o próximo ;)

Até a próxima!

Ps: Quem quiser saber como é a juíza Valeire Parry, é só procurar pela Procuradora Geral da República Raquel Dodge.


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