História Strange - Ela não é minha namorada...

Ficamos mais um pouco no esconderijo dele, que agora acho que era meu também, e resolvemos sair dali porque se não nossas mães ficariam preocupadas, sai de lá com a mesma dificuldade que entrei e até com um pouco mais de folhas grudadas no cabelo, Chandler me ajudou a tirá-las e fomos caminhando para nossas casas

As ruas daquele condomínio estavam totalmente vazias, lembrei de quando eu mudei para cá, eu achei que seria um inferno e que eu não faria mais nada da vida além de ficar no meu quarto, mas graças a Deus conheci chandler e agora não acho mais tão chato quanto era antes... Mas isso é por causa dele, e se um dia nós nos odiássemos? Nunca tinha parado para pensar nisso, estamos na mesma escola, somos vizinhos e agora o mesmo ciclo de amigos já que Mingus está ficando com Debby. Tudo bem que nós já brigamos muito, mas não foi nada ao ponto de eu não querer olhar para a cara dele...

Estava longe da terra pensando em várias coisas, mas chandler me trouxe de volta para a órbita quando entrelaçou sua mão na minha, olhei para ele que me olhava sorrindo e retribui o sorriso. Se um dia a gente se odiar eu vejo como eu faço para lidar com isso, mas agora o que eu quero é aproveitar o tempo com ele

-Mary querida!- ouvi um grito de mulher e olhei em volta procurando por alguém, era senhora Garcia me chamando

-Oi senhora Garcia- disse andando até perto Dela com minha mão Ainda entrelaçada na de chandler, mas quando a abracei eu soltei

-Já disse para me chamar de Carmen!- falou autoritária mas Ainda sorrindo

-Tudo bem, Carmen- disse rindo de sua persistência nisso

-E quem é esse rapaz ?- perguntou olhando para chandler e sorrindo

-Olá, sou Chandler riggs- falou e estendeu a mão sorrindo para a moça

-Hum...então é ele...ele é bonito mesmo- falou Carmen enquanto Ainda apertava a mão dele, na hora senti minhas bochechas corarem, porque ela tinha que falar isso?

-Já vi que alguém aqui fala de mim- Chandler falou quando percebeu que eu estava envergonhada

-O se fala, ela só fala de você- disse carmen entrando na onda

-Ok, vamos parando né gente- falei me intrometendo antes que aquilo fique mais embaraçoso e os dois Ainda riram da minha cara

-Eu estou fazendo um bolinho, vocês querem entrar pra comer?- perguntou simpática

-Eu quero- falei de imediato e já subi a varanda Dela, eu já era de casa praticamente

-Eu não sei... minha mãe pode brigar- Chandler falou pensativo parado no mesmo lugar 

-A gente faz o seguinte, se ela reclamar eu vou lá e falo que estava com você é fui eu que te atrasei- dei uma ideia para ele

-Ok, então vamos lá- disse parecendo gostar da minha ideia

Entramos na casa de Carmen e ela nos guiou para a sala de jantar, ela disse para esperarmos mais uns minutinhos pois o bolo Ainda estava assando, ficamos conversando e depois de uns dez minutos ela já estava nos servindo

-Humm isso tá muito bom- falei quando comi um pedaço do bolo- quero levar pra casa- disse com a boca cheia

-Gorda- Chandler falou brincando, ele falou baixo, mas alto o bastante pra eu escutar, lancei um olhar mortal para ele

-Melhor gorda do que ser um magrelo cabeçudo- falei implicando com ele também

-Você só fala que minha cabeça é grande porque Ainda não viu a de baixo- falou sorrindo malicioso

-Chandler! Olha o respeito- falei e dei um tapa no seu braço- estamos em uma casa de família- disse rindo

-Ate parece né Mary, você acha que eu nasci ontem?- Carmen se pronunciou pela primeira vez naquela mesa

-Não, pelo que parece fui eu que nasci ontem, já é a segunda vez que eu escuto isso hoje- disse rindo

-Então tá comprovado, você nasceu ontem- Chandler falou

-Você fica quieto- disse implicando mais uma vez

-Meu deus mas como é chata!- disse se virando para mim

-Você que é insuportável- rebati

-Vocês me lembram um casal que eu conheço bem- disse Carmen rindo

-Não somos um casal- Chandler disse simples, não sei porque mas quando ele disse isso senti meu coração se apertar, sei que nós não temos nada mas isso me afetou- Ainda não- completou e olhou para mim sorrindo, nessa hora soltei o ar que nem sabia que segurava

-Quem é o casal?- perguntei olhando para Carmen é disfarçando meu alívio

-Eu e meu marido, nós éramos terríveis, antes de namorarmos nós nos odiávamos e discutíamos toda hora, até quando começamos a namorar não foi diferente

-Como você aguentou ficar discutindo a vida toda com a mesma pessoa e Ainda gostar dela ?- Chandler perguntou confuso

-Não sei, deve ser por isso que eu aguentei, se você gosta de uma pessoa porque ela tem dinheiro, você é interesseiro, se você gosta de uma pessoa porque ela é bonita,você só liga para a imagem, agora se você gosta de uma pessoa e não faz a menor ideia do porque, é porque é verdadeiro. O amor não se explica

Prestei atenção em todas as palavras que ela disse e realmente, fazia sentido. Olhei para o lado e vi chandler me encarando e sorrindo, logo depois ele pegou minha mão e a apertou. Será que eu estou ficando maluca ou ele está apaixonado por mim também? Não sei, mas eu não ficaria triste se ele estivesse...

Ficamos a tarde toda conversando, sempre é um passar um tempo com Carmen, ela é uma ótima conselheira e uma amiga de verdade para mim, não consigo imaginar como uma pessoa tão doce possa ser tão sozinha, ela só quer alguém para fazer companhia...

Ainda estávamos conversando e já tinha começado a escurecer, olhei para chandler e ele já estava no sexto pedaço de bolo, com certeza ele iria passar mal, era muito chocolate

-Acho que já tá bom né? Vai passar mal daqui a pouco- disse olhando ele pegar mais um pedaço

-Mas isso tá bom demais- falou com a boca cheia

-Aí daqui a pouco tá reclamando que está passando mal- disse me virando de costas para ele para falar com Carmen-Bom carmen, eu odeio ter que ir embora mas já está na hora porque se não minha mãe me mata

-Ok crianças... obrigada por ter feito companhia...- disse meio triste por ter que ficar sozinha novamente

-Tchau, disse indo em direção à porta- Chandler também se despediu e fomos andando para nossas casas

Ele novamente entrelaçou nossas mãos e seguimos nosso caminho, de vez em quando eu sentia que ele dava uma travada e respirava fundo, mas em momento nenhum ele soltou a minha mão, estava começando a ficar preocupada com o estado dele, estava muito estranho

-Ei, tudo bem?- perguntou parando de olhar

-Sim...- falou forçando uma cara boa, o que não deu muito certo

-Não está não, você está passando mal né?- perguntei olhando para ele

-Acho que exagerei no bolo- falou confessando que estava passando mal

-Ah você acha?- perguntei sarcástica

-Vamos logo, falta pouco pra chegarmos aí eu tomo um remédio- disse e começou a andar mais rápido

Legal, agora eu vou ter que levar ele pra casa, e explicar do porque termos demorado e do porque dele estar passando mal... vou levar uma bronca daquelas da minha mãe e da dele