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História Strange family (abandonada) - No.3


Escrita por: Martin_Nunes

Notas do Autor


Atrasadita no mas
Enfim
Tô escrevendo um livro, queria pedir pra vcs seguirem a página, me ajudaria a crescer e alcançar mais pessoas, a publicação tá programada pra esse ano!
LINK NAS NOTAS FINAIS!!

Beijinhos e boa leitura!!

Capítulo 3 - No.3


Fanfic / Fanfiction Strange family (abandonada) - No.3

✧ Gabe ✧


Ainda zonzo de sono, abri os olhos, podendo ver o quarto com as cortinas fechadas, mas ainda deixando uma brecha de luz passar, pela posição, a qual eu estava acostumado a ver, provavelmente eram umas oito da manhã, e assim que virei meu rosto para a parede, querendo dormir mais um pouco, senti minhas costas se arrepiarem, por que eu estava dormindo sem roupas? 

Ah, certo, me mexo demais dormindo.

Pensei o mais lógico, eu me lembrei então, vagamente, de um sonho que tive durante a noite, Matt e eu nos beijávamos, e ao lembrar daquilo, não pude deixar de cobrir meu rosto, aquilo parecia ter sido tão real que fez meu corpo inteiro se arrepiar quando o imaginei me tocando, eu não posso negar, ele é um homem bonito e tendo vivido com ele por alguns longos anos, pude reparar que ele não tinha apenas um rosto atraente, seu corpo era completamente desenhado por diversas tatuagens que se assemelhavam a sombras que o possuíam, aquilo me deixava arrepiado pois o fazia parecer tão poderoso.

Por falar nele, ao olhar em volta, eu percebi que ele não estava no quarto, isso foi algo que estranhei, pois ele sempre acordava depois de mim, claro, Alex e eu precisamos ir ao colégio, então realmente levantamos mais cedo, mas era um sábado, por que ele estaria de pé tão cedo?

Eu estava sentado na cama, sobre minhas pernas, enquanto pensava todas essas coisas, respirei fundo mais uma vez ao perceber que eu não voltaria a dormir e por fim me levantei, meio avoado por ter perdido o sono e me arrependendo por ter saído da cama, me enfiei em algum casaco fino e numa calça e então fui para a porta do quarto, mas quando a abri, me assustei, havia um dos demônios de Matt parado ali na frente, por alguma sorte era um demônio passivo, daqueles que apenas nos seguiam, mas passavam uma sensação ruim quando se está andando no meio da rua durante a noite, esse tipo de ser era o responsável por acompanhar diversos ladrões, estupradores e assassinos, eles são atraídos por esses foras da lei pois emanam uma energia maligna poderosa e é dessa energia que se alimentam, no mais, eles não matam, não torturam e não tocam pessoas que emanam energias "amáveis".

Aquela criatura não tinha rosto, era apenas uma sombra sinistra que seguia o criminoso, mas eu sentia a áurea esfomeada que o circulava; contudo, mesmo sem rosto, sem olhos, sem boca, percebi ele levantar a cabeça e então me virei, vendo outra sombra, era mais um. Estranhei um pouco pois Matt não era irresponsável ao ponto de deixar dois demônios do mesmo tipo saírem por aí.

Mesmo assim, apenas saí da frente, dando passagem para que o que estava parado na porta entrasse.

–Pode ir, vocês são amigos, não?– Falei e quando os dois estavam perto um do outro, tocaram suas cabeças e assim atravessaram o teto, se mesclando nas sombras. 

Senti um arrepio na espinha, o quarto estava bem frio, então antes de descer para a cozinha, eu abri a cortina e a janela, deixando uma brisa arejar o quarto.

Encontrei na cozinha, trocando alguns beijos e mais bobas, minha irmã e cunhada.

–Nossa! Bom dia pra vocês também!– Falei vendo minha irmã subindo sua mão ao seio da namorada.

–Ah! Bom dia!– Minha irmã responde.

–Bom dia...– Madu também me cumprimenta, mas meio envergonhada arrumando o cabelo que havia sido bagunçado.

–Onde estão os outros?– Perguntei por Alex e Matt ao me sentar no banco do outro lado da ilha na cozinha.

–Estão lá fora, a chuva de ontem apagou boa parte da barreira de sal. Está cheio de demônio solto aqui dentro.– Cecília explica.

–Tinham dois lá no quarto. Mas eram aqueles passivos sem rosto.– Expliquei apontando para o meu próprio rosto.

–Gabe, você tem alguma coisa pra fazer hoje?– Madu pergunta e sorri minimamente olhando para algo que havia atrás de mim.

–Tenho. Alex me pediu pra ir junto ver ele fazer alguns feitiços, ele disse que está aprendendo algumas outras coisas que podem nos proteger.– Comentei olhando para cima e vendo as duas sombras que antes desapareceram do quarto. –Será que eles gostam de torrada?

As duas dão de ombros. Então peguei uma fatia e a parti no meio, estendendo devagar aquele pedaço para a criatura que estava à minha direita. A criatura se aproximou, estendeu lentamente algo que se parecia com uma língua até tocar a fatia, e como um sapo que captura sua presa, a criatura puxou a torrada da minha mão! Com o susto eu quase tive minha mão levada junto.

Eu olhei para as meninas e elas me olhavam rindo espantadas.

–Mesmo sendo passivos eles são bem violentos, tu já viste como eles se alimentam.– Ela avisa falando com o sotaque da cidade ontem crescera.

Estendo a outra metade da fatia para o que estava à minha esquerda, a criatura também analisou o que era antes de devorar aquele pequeno pedaço.

Então eu comecei a comer enquanto Cecília fazia alguns ovos mexidos e Madu colocava um pouco de café na máquina que ficava no canto da bancada. Alguns minutos depois, escutei a porta da frente e Matt reclamando de algumas coisas.

–Pronto! Nenhum demônio escapa lá de baixo, ou entra aqui.– Matt fala ao chegar na porta da cozinha, sua presença assustou as criaturas que tinham suas supostas bocas cheias de torradas e algumas das frutas de plástico que ficavam de enfeite na bancada, isso fez as sombras subirem apressadas para o teto, mas o que tinham nas bocas não passava pela construção e então caíram com tudo no chão.

Eu ri ao ouvir um grito de desapontamento, provavelmente gostaram de brincar com essas coisas.

–Eram sombras?– Matt tinha um olhar esquisito no rosto.

–Sim, estavam no meu quarto quando acordei. Eles gostam de torrada.– Falei sorrindo e vendo ele com um suéter azul escuro e uma calça preta, ele usava meias cinzas nos pés pois Cecília não deixa ninguém entrar calçado em casa.

–Quem gosta de torrada?– Dessa vez era Alex.

–Duas sombras que estavam aqui.– Expliquei novamente.

–Eles comem coisas sólidas? Achei que se alimentassem de energias.– Alex comentou. –Anota isso, Matt, lembra do caso do estuprador que estava sem o braço?

Os dois irmãos não demoraram a se sentar conosco e então pudemos ter um animado café da manhã, eu podia ver que as duas sombras ainda andavam pelos cantos e eu tinha que ser discreto ao jogar alguns pedaços de torrada para as criaturas.

Em algum momento, depois que terminamos, perguntei a Alex:

–Alex, que horas o pai do Bruno abre a loja?

–Hoje é sábado, deve ser perto das oito ou oito e meia.

Ativei a tela do meu celular e vi que já eram nove horas.

–É melhor irmos, eu queria poder começar a trabalhar lá hoje.– Comentei pensando que deveria ter me levantado mais cedo, mas aquele sonho... eu não queria terminá-lo na metade.

Alex não havia tirado os sapatos e ficou me apressando para calçar os meus. 

–Que droga, Alex! Espera!– Ele já estava na calçada de casa e eu conferi rápido se tinha tudo que precisava na mochila.

–Anda logo, seu enrolado!– Ele gritou da rua e uma mulher que passava com seu cachorro atrás dele se assustou.

O cachorro começou a latir e Alex quase caiu no chão de susto.

–Não voltem tarde!– Cecília gritou da cozinha.

–Pode deixar!– Respondi e corri para alcançar Alex.

Caminhamos por uma meia hora até chegarmos na loja, era um casarão antigo em estilo português, o primeiro e segundo andar eram parte da loja, os de cima eram a casa de Bruno e seu pai. Eles viviam sozinhos e cuidavam da loja sem assistentes, e porque Bruno e Alex se conheciam do colégio, meu irmão de consideração fez o favor de me anunciar como bom assistente e assim fui convidado a ajudar o pai de Bruno na loja, pois ele já estava quase em idade de se aposentar e Bruno estava na faculdade.

A loja era em um estilo americano, o cheiro era de coisas velhas e os produtos eram a coisa mais bizarra possível, iam de crânios de gado nas paredes, a múmias ou exemplares de animais com anomalias, a cabeças encolhidas secas. Era uma loja de antiquários e bizarrices. Por isso não havia pessoas para trabalhar lá, mas como já vi coisas muito mais assustadoras do que cabeças encolhidas ou potes com bebês abortados, eu poderia tranquilamente trabalhar ali.

–Senhor Tom?– Alex chama pelo homem quando entramos, uma sinetinha tocou logo acima da porta e ela acabou ativando um mecanismo.

Era algo que o senhor, dono da loja, gostava de fazer, ele criava sequências de efeito dominó.

–Oh! Alexander! Você por aqui tão cedo! Seja bem vindo!– O homem apareceu no meio de algumas tranqueiras do segundo andar, pegou sua bengala e desceu escorregando pelo corrimão curvo até o primeiro andar, quase caiu, mas fingiu que estava tudo bem.

Ele usava um pequeno óculos redondo na frente dos olhos e tinha um elegante bigode e cavanhaque cinza no rosto redondo. O senhor Tom se vestia com uma camisa bege, calça marrom e suspensórios, apesar do rosto redondo, o homem não tinha um corpo grande.

–Rapaz! Faz um tempo que não te vejo! Como tem estado?

–Muito bem, senhor Tom. Parece feliz hoje, aconteceu alguma coisa boa?– Alex conhecia o homem há algum tempo e parecia quase como um neto ou até como um filho para o senhor.

–Nada, apenas acordei com esta felicidade no corpo, aliás, se lembra daquele dominó que comecei a fazer?– Alguma coisa caiu no meio da loja. –Oh não! Ha... vocês ativaram a sineta, né?

–Sinto muito.– Alex abaixou a cabeça.

–Não se preocupe com isso meu jovem, não tinha como vocês saberem. Aliás, Bruno ainda está dormindo, se importa de ir lá acordá-lo? Ah, e você deve ser Gabriel, certo?

–Isso! O senhor quer que eu te ajude em algo?– Perguntei internamente rezando para que ele não me colocasse para arrumar os livros que vi num canto, eram tantos...!

–Não, não! Que isso, hoje é sábado! Apenas acompanhe seu irmão e saiam para se divertir, hoje nem é dia de movimento e agora preciso fazer o dominó novamente.– O senhor explicou.

–Vem, Gabe!– Alex me chamou, ele já estava na metade da escadaria.

–Ah!– Me apressei para acompanhá-lo. –Prazer em conhecê-lo, senhor Tom. E pode me chamar de Gabe.

–Digo o mesmo, Gabe!

Novamente corri para acompanhar Alex, os corredores que levavam ao fundo da loja, onde havia a escadaria para o terceiro andar, também cheiravam a madeira velha, havia quadros de família na parede, mas eram apenas do senhor Tom e seu filho Bruno. O terceiro andar era mais moderno, a cozinha, a sala, os quartos, tudo tinha um estilo completamente diferente da loja. Era mais claro e com ar de casa nova, também havia um som, o rádio estava ligado em um noticiário.

Eu acho engraçada a relação que eles têm, Bruno e Alex, porque eles têm uma diferença considerável de idade, Alex tem apenas 14 anos, já Bruno tem 17, eles se conhecem desde cedo e acabaram se tornando bons amigos pois Bruno ensinou algumas coisas que poderiam ajudar Matt a se acalmar, ele lida com muitas coisas e sua cabeça vive sendo atormentada por vozes e sussurros, e assim Alex aprendeu técnicas de relaxamento, mas... houve vezes em que não funcionaram bem...

Nós paramos na frente de uma porta, estava meio aberta e o quarto estava um pouco escuro, já que metade da cortina estava fechada.

–Quer ver como eu acordo ele?– Alex perguntou com um ar malicioso.

–Não faça nada pervertido! Ele está dormindo, isso pode ser considerado abuso!– Eu argumentei sussurrando.

–Ele não vai me denunciar e outra, ele já disse que gosta quando sou eu quem o acorda, hehe.

Por fim, Alex entrou no quarto, silenciosamente, tirou seus sapatos e subiu na cama, Bruno dormia de barriga para cima, tinha um braço cobrindo o rosto e estava nu, mas a coberta cobria seu quadril, eu acompanhava os movimentos de Alex quando ele, lentamente, colocou suas pernas em volta do quadril de Bruno e se sentou sobre ele, fazia tudo para não acordar o outro, mas então começou a mexer seu próprio quadril, apoiando as mãos no peito de Bruno e mordendo os lábios.

Alex...!!– Eu chamei ele num sussurro e ele nem ao menos me olhou. –Alex...! Para com isso, merda!

Eu reclamava sussurrando, mas ele nem me dava atenção, então apoiou suas mãos no colchão e passou a subir e descer seu quadril com mais velocidade.

–Pode até ser que você não acorde, mas aqui em baixo parece estar bem disposto.– Escutei Alex falando e foi aí que notei que sim, Bruno havia ficado excitado.

Bom, com alguém rebolando daquele jeito em cima de si, quem não ficaria?!



Notas Finais


LINK DO LIVRO
https://instagram.com/urbes_bigeneri_oficial?igshid=1fdhq9b0nipi5

Beijinhos e até o próximo capítulo!


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