História Stray dogs jungle - Be happy

Os dias estavam correndo normal, com a exceção de que a Miho não parava de choramingar no ombro de seu namorado por Jinyoung ter quebrado a sua câmera sem piedade alguma sem ao menos ter salvado a gravação, e como prometido Taemin estava ganhando carne todo dia em todas as refeições. No entanto hoje o Youngjae estava estranho, estava mais quieto que o normal, não comia direito e isso preocupava os demais.

- Jaebum o que você fez?- Jackson interroga o líder assim que o Choi se retira da mesa.

Jaebum cerra seus olhos em repreensão, por mais que estivesse junto não significava que ele tinha feito algo ao Youngjae.

- Será que não é saudades do pai?- Yugyeom comenta, pois sabia o quanto ele amava o pai.

Mark se levanta e se dirige para a saída do refeitório sobre olhares curiosos dos amigos e do namorado.

- Vai conversar com o Jae?- O namorado pergunta recebendo aceno positivo dele.- Vê se não faz o meu bebe chorar.

- Tá bom mãe chata.- Mark ri assim como os demais, enquanto o Jinyoung fica indignado. Ele manda um beijo para o namorado e sai, ainda rindo.

- Que falta de respeito!- Park bufa, ele estava indignado com o fato do Mark ter lhe chamado de chato, afinal já se considerava a mãe dos meninos.

ooOoo

- Jae?- Mark abre a porta do terraço encontrando o rapaz sentado no chão, próximo à grade, contemplando a visão da antiga Itaewon, pelo menos era o que parecia já que de fato a mente do Youngjae estava ocupado com outra coisa que nem percebeu mesmo o americano lhe chamando.

Mark fica mais preocupado ainda, se o Yugyeom estivesse correto a saudade que o Choi estava sentindo era grande. Com passos calmos ele se aproxima do coreano se senta ao seu lado em silêncio e leva a sua mão direita para a cabeça deste acariciando. Youngjae deu um pulo, mas se acalmou ao perceber que era o Mark, então abriu-lhe um sorriso forçado.

- Como se sente hyung?- Pergunta se referindo ao estado emocional deste que mesmo com o Jinyoung, com certeza ainda tinha seus baixos que o estilete se tornava convidativo.

- Melhor que você, disso tenho certeza.- Dá um sorriso amarelo.- Sabe que pode contar comigo, certo? O que você disser não sairá daqui, a não ser que você queira.

- É só saudades.

- Entendo... Tudo dará certo, logo você estará livre.

- Isso é incerto... Uma vez preso, sempre preso, isso não mudará hoje. Talvez mais para frente, mas não agora.- Abraça as próprias pernas, apoiando a cabeça nos joelhos.

- Só tenha fé, okay? Logo logo estaremos fora dessa parede.- Tuan bate nas costas do Youngjae assim que lhe é dirigido um meio sorriso e um aceno positivo.- Vamos voltar, o pessoal estão preocupados com você.

- Hyung...

- Tem mais alguma coisa lhe incomodando?- Indaga preocupado ao ver a cara triste do mais novo.

- Sabe... Já fazem mais de seis meses que estou aqui e... Não sei de nada sobre vocês, eu sei mais do Taeminnie-hyung do que sobre vocês...

- Então, vamos lá.- Mark sorri recebendo olhar confuso do outro.- Sou Mark Yien Tuan, descendente de taiwanês nascido nos Estados Unidos, Los Angeles, meu hobbie é andar de skate. Como sabe sofre depressão é que graças a você estou conseguindo dar um jeito.

- A mim? Não seria Jinyounggie-hyung?

- Amo muito o Jinyoung, mas... Você é o meu conselheiro, entende? 

- Acho que sim.- Ri.- Mas... Por que ficou depressivo?

- Não sei também, quando percebi já me perguntava do porque eu continuar vivendo. Mas enfim, vim parar aqui porque meu irmão se suicidou e por encontrarem um estilete com meu sangue no quarto meu fui preso como assassino do próprio irmão.

- Então você está preso injustamente aqui?- Youngjae arregala os olhos recebendo afirmação positiva.

Mark continuou a contar sobre o motivo de todos estarem ali revelando muita coisa ao Choi. Ele já sabia o motivo do Jackson, Bambam e Yugyeom estarem ali, mas não esperava descobrir que os dois caçulas e a Miho são órfãos, muito menos que o Junior tinha parado ali por somente ter discutido com um policial por prenderem o JB por ter assassinado o próprio pai para proteger a mãe das agressões constantes.

- E você Jae? Fiquei sabendo que é primo do Minho.

O medo tomou o Youngjae, somente de se lembrar de seu primo arrepiava até o seu último fio de cabelo.

- Se não quiser falar tudo bem.- O mais velho diz ao ver o olhar amedrontado, entretanto ele negou com a cabeça dizendo que contaria.

- O Mino-hyung e eu, antigamente, quando éramos crianças, nos dávamos super bem.

Assim o Choi começa a narrar o seu passado com o Minho. Quando crianças os dois eram inseparáveis mesmo tendo cinco anos de diferença, Minho era tipo de um irmão mais velho perfeito aos olhos do Youngjae, porém isso mudou quando o Youngjae tinha 11 anos e o Minho 16. 

Um dia que o Choi mais novo estava voltando da escola foi encurralado pelos valentões em um beco e forçado a dar todo o dinheiro que tinha e foi espancado, dia seguinte o Youngjae estava passando em frente ao mesmo beco, pois fazia parte do caminho de sua casa, entretanto ele escutou gritos de socorro vindo daquele lugar e como sempre foi curioso entrou para verificar. O que encontrou lá era muito pesado para um garotinho de 11 anos. Encontrou dois corpos dos meninos que lhe espancaram no dia anterior e o líder do grupinho sendo socado tendo a cabeça, nariz e a boca sangrando quase à beira da morte, por ninguém menos que o Minho banhado de sangue daqueles meninos. Pela primeira vez o Youngjae sentiu medo de seu hyung, só aumentou quando um dos corpos que o Choi achava que estava morto pega o seu pé pedindo por socorro e o Minho sobe em cima dele segurando-o pelo cabelo esfolando a cara do menino no chão cimentado falando "não encoste um dedo imundo no meu Youngjae". Youngjae saiu correndo e acabou trombando com um policial que lhe perguntou o que tinha acontecido ao vê-lo com medo, ele somente negou com a cabeça, no entanto o policial viu sangue no seu tornozelo forçando-o a contar. Quando se deu conta o Youngjae se via no meio da multidão que observava os carros da polícia e o seu hyung sendo preso, este fuzilava o Youngjae prometendo um dia matá-lo.

- É isso hyung...- Youngjae se encolhe.- Estou com medo... Essa calmaria toda esta me dando medo. 

Tuan não encontra a palavras ao mais novo, agora tinham invertidos os papéis, pois a um tempinho atrás quem tinha que consolar era o Choi. Mark também nunca foi bom com palavras, então somente abraçou o coreano.

ooOoo

- Amor?- Yugyeom chama a Miho que observava a paisagem do lado de fora pela janela.- Amor.- Tenta novamente.- Amor.- Mas ela não lhe ouvia.- Ô tarada!- Grita no ouvido da japonesa que parece acordar do transe.

- O que foi demônio que, infelizmente, amo?- Pergunta irritada.

- Yah!- Ri.- O que foi fica aí olhando para o nada além do mais seria?- Envolve seus braços ao redor da cintura da namorada apoiando o queixo no ombro dela.

- Algo me diz que a tempestade está chegando... Uma das enormes.- Responde olhando para o céu azulado e limpo.

- Você e esse dom do capeta... Espero que continue assim, essa calmaria.

- É sexto sentido de mulher.- Resmunga.- Também queria, mas essa calmaria qu edá mais medo ainda se é que me entende.

- Infelizmente sim.

ooOoo

- Sou o único a achar que o mundo está próximo do fim?- Bambam indaga.

Bambam estava no quarto do chinês deitado junto com ele sobre a cama lendo um gibi, assim como o namorado. Jackson colocou o gibi aberto sobre o peito, fitou o teto e em seguida ao tailandês que olhava as páginas do gibi.

- Por que acha isso?- Jackson pergunta sem desviar o olhar do outro.

- O Jae tá estranho, a Miho também e quando ela fica assim coisa boa não vem.

- Em vez de socar a própria cara, deixa a vida socar.- Bambam lhe olha confuso.- Deixa o pessimismo de lado e seja um pouco otimista, isso que eu quis dizer. Mas enfim, o que faria se o fim do mundo estivesse chegando?

- Compraria todos os grifes e usaria, mas como isso não é possível aqui, escolho passar o tempo possível ao lado das pessoas importantes.

Jackson sorri e abraça o namorado sem se importar se o gibi amassaria ou não. Bambam ordenava-o para soltar, porém no fundo estava feliz de estar sendo abraçado pelo namorado.

ooOoo

Já era de noite, todos estavam na sala de lazer e por incrível que pareça todos estavam sentindo algo e preferiram passar o tempo grudados, cada um com seu par no mesmo cômodo. 

- Que estranho... Todos reunidos aqui com atmosfera tensa.- Mark comenta. Ele estava apoiando a cabeça no ombro do Jinyoung e suas mãos entrelaçadas.

- Acho que todos temos consciência de que uma tempestade está para chegar.- Miho agarrada ao braço do maior enquanto brincava com a cadelinha junto com o Taemin, comenta.

- Yah! Vamos tentar ser otimista, okay?- Jackson exclama, este estava deitado no chão com a cabeça apoiada na coxa direita do Bambam.

- O Jackson-hyung está certo.- Youngjae concorda aproveitando o colo e o calor que o Im emanava logo atrás de si que lhe abraçava por trás.

- Diz o mais muxoxo.- Taemin comenta brincando com a Coco.- Que triste, sou o único vela aqui.

- Você e a Coco formam um belo casal.- Miho comenta zombeteira.

- Não Miho, coitada da Coco, ela merece um cara melhor.- Bambam diz sarcástico.

- Mas ela me ama, ok...- Antes que Taemin conseguisse finalizar a fala uma sirene toca pela Itaewon inteira.

Mesmo quase não se ouvindo aquela sirene, todos, menos o Youngjae, sabiam o que era: anunciado de algum inocente que teria chance de sair da SDJ.

O Youngjae se assustou, ainda mais ao perceber o expressão séria de todos e no fundo uma luz de esperança.

- Aqueles que forem chamados, venham até a torre de Namsan em menos de meia hora.- Após a sirene cessar a voz robusta de um homem é ouvida.- Im Jaebum, Park Jinyoung, Wang KaYee Jackson, Mark YiEn Tuan, Kunpimook Bhuwakul, Kim Yugyeom, Nishinoya Miho e Choi Youngjae. Quero vocês em menos de meia hora aqui na torre Namsan.

- O que tá acontecendo? Que anúncio foi esse? Por que estamos sendo chamados?- Choi questiona.

- Vamos ser livres.- Jackson pula de felicidade.

- Mas e o Taeminnie-hyung?- Olha preocupado ao Lee que sorria triste.

- Eu vou continuar por aqui... 

- Mas...- Youngjae sentia-se mal pelo Taemin, não só ele como os outros também, como ele faria sozinho? Será que o SHINee aceitaria a sua volta? Ou será que o VIXX permitiria a sua entrada para o grupo?

- Acompanharei vocês até lá, receio que o Onew-hyung e os outros apareçam para impedir a liberdade de vocês.- Lee se levanta dando as costas.

ooOoo

Restavam vinte minutos, todos já estavam a caminho para a torre de Namsan. A Coco estava dentro da blusa da Miho. Por mais que eles almejassem a liberdade, sentiriam saudades dali, pois passaram muito tempo naquele lugar tendo seus altos e baixos.

Cinco minutos se passaram, eles estavam chegando na torre quando de repente os tiroteios iniciam acertando a lataria do carro. O Taemin estava certo, o SHINee estavam ali junto com seus capangas. GOT7 sacaram suas armas e devolveram os tiros acertando no pneu deles e pernas e ombros dos capangas.

Eles seguiram de carro até onde conseguiram, faltava alguns metros para chegar até a torre onde teria o helicóptero. Eles desceram do carro armados pronto para ação.

- Tae... Não imaginava que você nos trairia!- Onew comenta ao ver o ex-integrante.

- Nem eu!- Taemin ri.- Afinal eu gostava de vocês, principalmente de você Mino-hyung...- Olha decepcionado para o ex-companheiro que não lhe dá a mínima.

- Jae... Acho que chegou a hora de cumprir a minha promessa, não?- Minho comenta se aproximando em passos lentos do Choi que se escondia atrás do Im, com uma arma na mão.

O som do tiro ecoa, todos olharam espantados para a direção do som. O Taemin tinha atirado próximo ao pé do Minho em um aviso para não se aproximar.

- Vão.- Taemin manda entrando na frente do Jaebum.

- Mas e você?- Jaebum olha preocupado ao Lee.

- Aww que fofo! O saeng se preocupando comigo!- Sorri de canto.- Vai Im Jaebum! Já nasci fodido, eu só vou me foder mais um pouco.

Jaebum olha para os seus amigos lhes mandando irem na frente, mesmo relutantes eles obedeceram.

- Obrigado, Taeminnie-hyung.- JB diz antes de pegar a mão do namorado e obedecer o mais velho que sorri.

- Cuida do Jae e da minha esposa Coco!- Grita sem olhar para aqueles que se transformaram em uma família em menos de um mês, porque se fizesse isso, saberia que choraria.

- Seu traidor!- Minho atira no Taemin acertando no peito deste fazendo-o cambalear para trás, tinha acertado o coração em cheio.

- Yah! Mino-ah!- Key olha desesperado para o ex-maknae de seu grupo.

- Se eu for morrer eu te levo junto capeta!- Taemin atira acertando as quatro balas no Minho. Um certo una perna, outro no ombro, peito e barriga.

Taemin e Minho caíram juntos de joelhos no chão, Taemin sabia que eles morreriam ali, este sorri ao ter os flashesbacks dos momentos que passou com o GOT7, foram a mais felizes de sua vida. Tudo que o Taemin ouviu foi os três do SHINee gritando por si e pelo Choi, e o Youngjae lhe chamando entre os prantos.

- Eu te amava... Mino-hyung...- Enfim fechou os olhos se deixando levar pela exaustão, dando o último suspiro para se confessar para o ser que mais odiava e amava.