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História Street Racer - Cap 1


Escrita por: Maninormani

Capítulo 1 - Cap 1


Fanfic / Fanfiction Street Racer - Cap 1

POV LAUREN 

— ACABA COM ELES LAUREN! 

— PISA FUNDO!

— APOSTEI 500 EM VOCÊ BRANQUELA!

O grito de Vero e as batidas fortes do meu coração foram as últimas coisas que eu ouvi quando o último dos 3 sinais ficou verde. 

De repente tudo ficou em câmera lenta. Dei uma última olhada para os carros ao lado, eles estavam prontos pra arrancar. Quando seu adversário está pronto pra arrancar, ele sempre vai se inclinar um pouco pra frente. Se você estiver ligado nisso, você tem chance de arrancar na frente deles, e foi isso que eu fiz: arranquei com meu Dodge Challenger, saindo na frente dos outros dois que estavam do meu lado.

Olhei no retrovisor e vi o sorriso diabólico de Drew vindo no carro logo atrás e de repente um baque na minha traseira. Babaca. Pisei ainda mais fundo, colando minha cabeça no banco, e voltei meu olhar para a frente sentindo a adrenalina em cada parte do meu corpo. 

Tudo era como borrão, quase não vi quando Drew estava praticamente do meu lado. Joguei meu carro encima dele, o que fez ele desacelerar. Dei um sorrisinho vendo sua expressão pelo retrovisor. Ele nunca aprende. 

Antes de qualquer corrida, eu me preparava psicologicamente. Se eu estivesse preparada mentalmente, eu poderia vencer qualquer corrida. Quem nunca fez isso nunca iria entender a sensação e adrenalina de estar voando na estrada.

A estrada de terra daria em uma avenida, e essa era a melhor parte. Era uma curva fechada pra cair na nela, não era pra amadores. Quando a estrada finalmente chegou ao fim, acelerei trocando a marcha e girando o voltante por inteiro, sentindo o carro rodar e os pneus cantarem. A curva foi perfeita.

Olhei pelo retrovisor e vi Troy ultrapassando Drew na curva. Sorri. Esse é o meu garoto! Mas, meu sorriso desmanchou assim que eu o vi do meu lado acenando pra mim acelerando o carro e me ultrapassando. Idiota. 

Senti um outro baque na minha traseira e o carro de Drew logo atrás de mim. Tá de brincadeira? Abri a tampa, que escondia os nitros do meu carro, acionei arrancando ainda mais rápido sentindo o carro tremer. Eu conseguia ouvir meu coração acelerado pelos adrenalina.

A avenida estava com um movimento pequeno, mas isso não impedia os motoristas de se assustarem com carros à 130km/h costurando o trânsito de maneira imprudente. 

Passei facilmente por Troy deixando uma buzinada provocativa e voltei meu olhar pra avenida desviando dos carros que buzinavam incansavelmente. Eu podia sentir cada parte do meu corpo em chamas.

Quase bati no carro da frente quando vi Troy jogando o carro de Drew para o canteiro de terra, e o carro bateu na placa de "80km". Soltei uma risada, e voltei meu olhar pra estrada. 

Ao longe eu ouvia sirenes de polícia se aproximando, mas faltava pouco, talvez pra voltarmos à estrada de terra, e eles ficariam pra trás. Era sempre assim. 

Eu estava à 170km/h quando entrei na estrada de terra. O carro de Troy estava atrás do meu, ele estava encostando na minha traseira. Olhei no retrovisor e vi seu sorriso divertido. 

Diferente de Drew, Troy corria porque gostava de correr e não pra se exibir, até porque ele tinha o sangue Jauregui correndo nas veias. Troy e eu aprendemos a disputar rachas juntos com o vovô Jauregui, quando tínhamos apenas 14 anos. Claro que nossos pais nem sonhavam com isso, mas o vovô não ligava, ele era tão viciado em adrenalina quanto a gente. Ele dizia: "Alguns gostam de bebidas e drogas, nós gostamos de correr." 

Deixei ele ficar lado a lado comigo. Já conseguia ver a multidão e a placa de chegada. Olhei pela última vez para meu primo, que estava ao meu lado, ele retribuiu meu olhar, arrancando o carro na minha frente. Soltei uma risadinha, isso era típico dele. 

Liguei o último nitro do meu carro, pisando o mais fundo que podia, tentando sair da traseira dele. Joguei meu carro pra esquerda e Troy jogou também, joguei pra direita e ele repetiu. Ele era esperto, mas previsível.

Fingi jogar meu carro pra direita e quando ele jogou o carro tirei o pé do acelerado e joguei pra esquerda, pisando fundo passando direto pelo Mazda RX-7 azul, cruzando a linha de chegada, ouvindo os gritos escandalosos das minhas irmãs e a multidão cercar meu carro.

— CARALHO BRANQUELA VOCÊ ARRASOU! — Vero gritou pulando no meu colo assim que sai do carro.

— CONTINUA INVICTA, QUE ORGULHO! — Dinah se juntou ao abraço. Eu só conseguia rir, enquanto a multidão me parabenizava.

— Ei prima. — Troy disse saindo do seu carro e caminhando até mim, abraçado à Ally - Ainda vou ganhar de você. 

— Você está um abusado Ogletree, a próxima vez que bater na minha traseira eu vou te chutar em partes não muito legais. - ameacei divertida.

 — Uh, espero que não faça isso Laur, eu quero ter filhos — Ally falou.

— Fale isso pro seu namorado, baixinha da minha vida  — respondi dando um beijo em sua testa.

— Pelo menos eu não te joguei pra fora da estrada, olha ali. — ele disse apontando pro carro estraçalhado que acaba de cruzar a linha de chegada. Drew saiu do carro chutando a lataria amassada. Ele nunca aprende. Não aguentei e soltei uma gargalhada alta.

— Priminho você está perigoso. Nem parece que eu te ensinei a ganhar sem jogar sujo. — disse divertida

 — Com batida é mais legal — brincou.

— Vamos Troy. Vejo você depois, Laur — Ally disse me beijando na bochecha. 

— Ei Jauregui! — ouvi a voz de Adam, o organizador das corridas, se aproximando — Essa corrida foi foda! Tá aqui sua grana. Se não furar mais comigo, tem muito mais de onde veio isso. — disse me entregando o envelope, que não fiz questão de abrir, guardando no bolso da jaqueta.

Adam era o criador do "Ciclo", um grupo de corredores da parte alta de Miami. Ele organizava todas as corridas, sempre nos ligando algumas horas antes de começar. 

Era sempre assim, normalmente de madrugada para facilitar fugir da polícia, já que o que fazíamos era ilegal. Nos encontrávamos no posto de gasolina abandonado, que ficava enfrente a um tipo de mirante que permitia a visão de toda Miami, que servia como faixada para a sede do Ciclo. 

Toda corrida era divulgada apenas para conhecidos, mas sempre estava lotada de pessoas. Era uma festa de exibições de carros, com apostas, bebidas liberada e pessoas se pegando. Eu não curtia muito festas, mas se fosse pra correr eu não me importava.

Algumas garotas vieram me parabenizar pela corrida e me dar seus números de telefone. Essa era uma das partes boas de correr, sempre tinham garotas se jogando em cima de mim.

— Você foi ótima Laur! — Alexa veio em minha direção puxando minha nuca para mais um de seus beijos melados. Não me levem a mal, Alexa é gostosa e eu adoro transar com ela, mas ela é grudenta demais e eu odiava garotas grudentas.

— Ahn... Alexa... — tentei interromper o beijo — Alexa, agora não! — empurrei ela delicadamente e sai andando. 

Peguei uma cerveja e fui admirar a vista de Miami, que era minha visão preferida. As luzes, as praias, as pessoas, eu amava essa cidade. 

A música tocava alto. Agradeci por estarmos no meio do nada. Antes de Adam descobrir esse lugar, todas os encontros do ciclo eram arruinados pela chegada da polícia, e não era nada legal ser perseguida por eles, mas até que era divertido.

Vi minhas irmãs conversando seriamente com uma pessoa que eu não conseguia ver quem era. Isso era estranho, normalmente elas estariam comemorando e pegando o dinheiro das apostas que elas fazem nas minhas corridas. 

Dinah e Vero também faziam parte do ciclo, já que eu e Troy ensinamos as duas desde cedo à correr, mas elas não correram hoje, até porque Adam só permitia uma corrida por dia, não podíamos nos arriscar com a polícia. 

Andei até elas, ainda estranhando, e vi o cabelo castanho familiar.

— Eu não acredito que está aqui! — disse com a voz alterada, cruzando meus braços irritada — Já falei pra ficar longe desse tipo de coisas.

— Vocês não têm moral pra isso, além do mais não tem nada demais. É apenas uma festa de rachas, não é nenhum baile de prostituição.

— Taylor, isso não é pra garotas da sua idade. 

— Eu já tenho 16 e já tenho carteira, parem de pegar no meu pé. — disse irritada.

— Espera, como você chegou aqui? — Veronica perguntou.

— Peguei o carro da mamãe. 

— VOCÊ O QUE? — gritamos as três juntas 

— Meu deus mamãe vai nos matar. —Dinah surtou.

Taylor era nossa irmã mais nova, sempre foi o bebê da família apesar de ter crescido e se tornado meio rebelde. Ela sabia o que fazíamos escondido de nossos pais, e sempre enchia o saco pedindo pra vir nas corridas, mas eu não podia deixar, isso ainda era perigoso. 

— Ei, vão ficar pra festa.... Tay? O que tá fazendo aqui? — A voz de Troy soou confusa. 

— Nada Troy, e não vamos ficar. Se importa de não falar pros nossos pais que viu Taylor aqui? — disse olhando irritada pra adolescente na minha frente. — Vamos embora. Entrega a chave pra Veronica, você vai comigo.  — disse pra ela que bufou jogando as chaves no ar pra minha irmã.

Caminhamos em silêncio até o carro. Ela sentou no banco do carona e cruzou os braços aborrecida. Respirei fundo controlando minha irritação com a garota, e dei partida indo pra casa no meio na madrugada.
Desliguei os faróis quando entramos na rua de casa e liguei pro celular de Veronica.

— Desligaram o Alarme de segurança? — Perguntei 

— Claro. O portão vai abrir em 3...2...1 e meio...agora. — Tive vontade de rir mas o clima pesado com Taylor dentro do carro me impediu.

Quando o portão da humilde residência Jauregui se abriu, subimos com os carros tentando não chamar atenção e guardamos eles na garagem. Taylor saiu na frente batendo a porta com força.

— Eu juro que vou dar uns tapas nessa garota rebelde. — Veronica disse irritada pelo barulho que a garota fez.

 — Tay é nosso reflexo, Vero. Ela é exatamente igual a nós 3. — disse suspirando cansada.

— Vamos dormir antes que alguém acorde. Se pegarem a gente aqui de novo vão mandar a gente pra um internato de garotas. — Dinah disse — Mas pensando bem até que não seria uma má ideia — riu maliciosa.

Dinah tinha razão, Sr Mike até perdoaria a gente, até porque seu passado era pior que o nosso, mas se  Dona Clara nos pegasse aqui estaríamos fodidas.

Subi a escada da enorme casa,  passando pelo quarto de Taylor que estava trancado. Eu iria falar com ela, mas ela tinha razão, qual moral eu tinha? Respirei fundo e fui pro meu quarto. 

Tirei o envelope da jaqueta, puxei a caixa de madeira de baixo da cama, abrindo com a chave. Coloquei o envelope lá junto com outros envelopes de outras corridas ganhas, fechei a caixa e empurrei novamente pra de baixo da cama.

Me joguei na cama, depois de ter tomado um banho quente, e cai no sono.

(...)

— LAUREN, VERÔNICA, DINAH E TAYLOR, NA COZINHA. AGORA! —  o grito da minha mãe e seus socos na porta dos quartos me fez cair da cama assustada, no dia seguinte.

— Porra! —  resmunguei gemendo de dor. 

— O que diabos você está fazendo no chão? — Dinah entrou no meu quarto.

— Preferi dormir aqui do que na cama. — respondi irônica, levantando do chão.

— Não importa. Você acha que ela descobriu que saímos ontem? 

— Está com medo Jane? — debochei 

— Se ela descobrir que saímos ontem e que a Tay foi, vou ter medo até nos meus pêlos pubianos. — soltei uma gargalhada vendo seu nervosismo.

— Vamos descer, sapatonas. — Vero surgiu na porta. 

— Vão na frente, já estou indo — disse indo pro meu banheiro. 

Fiz minha higiene pessoal e tomei um comprimido pra dor. Resolvi descer de pijama já que Dinah e Vero também estavam, então não tinha problema. 

Cheguei na cozinha vendo a mesa lotada como sempre. Eu até poderia ser humilde e falar que nossa família tinha uma situação confortável, mas fala sério! Eu dirijo um Dodge! Meu pai criou a Jaurecars que é uma puta loja de carros importados, e minha mãe é uma advogada durona, ou seja: dinheiro não era problema em casa.

— Bom dia filha. — meu pai cumprimentou. 

— Bom. —  respondi sem muita animação — Então, mãe, porque da reunião de família essa hora? — perguntei fingindo interesse. Claro que eu também tinha medo que ela descobrisse algo sobre ontem.

—  Vocês se lembram da família Cabello? 

— Sim. — eu, Dinah e Vero respondemos juntas.

— Não. Quem são esses? — Taylor perguntou. 

— Sinu e Alejandro Cabello são amigos meus e de seu pai nos tempos da faculdade. Quando vocês eram pequenas, eles moravam na casa da frente com a 4 filha, mas tiveram que se mudar por causa do trabalho.

— Mãe, o que tem os Cabello? Aquelas meninas são umas mimadas. —  Vero disse enfiando um pedaço de bolo na boca, sendo repreendida por Dona Clara.

— Não fale assim Veronica. Bom, Sinu e Alejandro vão voltar a morar em Miami. Eles receberam uma proposta do Hospital central de Miami e vão voltar a morar na casa da frente. 

— Uau que legal! E o que nós temos a ver com isso? — Dinah perguntou fingindo falsa animação. Revirei os olhos, enfiando um pedaço de panqueca na boca.

— Vamos chamá-los para um churrasco na piscina, como fazíamos quando eram menores. — meu pai respondeu. 

— O que? Amanhã? — Dinah perguntou nervosa. Olhei desconfiada pra ela que trocava olhares entre mim e Vero. Aposto que tem algo amanhã.

— Sim, algum problema?

— N-Nao tu-tudo bem. — gaguejou. O que será que tem amanhã pra deixar ela tão nervosa?

— Ótimo, estejam todas aqui as 14hrs. Não quero nenhum tipo de gracinha ouviu Taylor? — minha mãe disse pra garota ao lado de bufou.

— Ouvi. Já posso sair da mesa? — ela perguntou e minha mãe assentiu deixando ela ir embora.

(...)

— Por que você ficou daquele jeito na mesa? Foi estranho até pra você. — Vero perguntou pra Dinah. 

Estávamos jogadas no sofá da sala de TV jogando vídeo game. Eu poderia chamar essa sala de sala de cinema de tão exageradamente grande. 

— Adam me ligou, Keaton quer uma revanche contra mim amanhã às 14 horas.

— Dinah não dá pra ir, Dona Clara vai comer nosso cu se sairmos amanhã. —  falei concentrada no jogo. 

— Adam disse que já tem aposta rolando. Não dá pra furar. 

— Merda, ela tem razão Lauren. Já estouramos nossa cota de furos com o Adam. Se furar mais uma vez estamos fora do Ciclo. — Vero disse me fazendo suspirar. 

Ela tinha razão. Deixamos Adam na mão diversas vezes nos últimos meses por causa de Dona Clara que nos colocou pra fazer trabalhos comunitários quando descobriu que tínhamos saído de madrugada para mais uma corrida. Pelo menos ela não descobriu o que fizermos, porque aí sim estaríamos morando num internato.

— Nós vamos, mas vamos ter que bolar um plano. — disse pausando o jogo.

— Eu tenho um plano, mas só se me deixarem ir com vocês. — Tay apareceu na porta.

(...)

— Como assim Ally sofreu um acidente? — minha mãe perguntou chocada enquanto terminava de preparar a salada do almoço.

Estávamos na cozinha e Taylor colocando seu plano em ação, que era um plano ridículo que provavelmente mama não cairia.

— Um carro maluco atropelou ela, mãe. Nós temos que ir no hospital dar apoio ao Troy, ele está em choque. — voz falsa de Taylor me fez revirar o olhos.

— Era isso que ela ia fazer quando disse que tinha um plano? — sussurrei pra Vero e Dinah que se divertiam com a situação.

— Você tem razão, mas quero vocês de volta às 14h pro churrasco com os Cabello. — Mama disse. Fala sério, não acredito que ela caiu nessa!

— Pode deixar mama. — Tay deu um beijo na bochecha dela e se virou com um sorriso vitorioso. Bufei, rindo baixinho negando com a cabeça. Taylor era inacreditável .

Pegamos nossos carros, claro que Tay foi comigo, por mais que ela já tivesse carteira ela ainda não tinha um carro. Saímos pelos fundos da mansão Jauregui.


Notas Finais


Normanos e Normanas, essa foi pra vocês! Espero que tenham gostado.

Como é o primeiro cap, quero agradecer a todo mundo que me apoiou e inventou nisso mas principalmente a Mandy que foi a primeira a saber (e me ajudou muito) sobre a história, a todo o Máfia Naja (Maris, Mona, Beccz, Yozão, Paulão e Rol), e claro ao pessoal do Twitter que me pediam pra postar logo e ajudavam nas enquetes. Amo muito vocês. ❤️

Vou me desculpar pelos erros ortográficos porque certa @ não quis revisar pra mim.

LEMBRANDO QUE MEU USER NÃO É MAIS maninormani é @WORKORDEI (com L ao invés de i)

Flw Normanos, até o próximo cap. Te amo Normani kordei, te amo ot5.
Com amor, Jubilesca.


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