História Strick Back - Pensando e Apoio

​´´Olá do outro lado, eu devo ter te ligado mais de mil vezes para te falar me desculpe por tudo que fiz, mas quando eu ligo parece que você nunca está em casa...´´

​(Hello- Adele)

Inoue On

​                         O vento quente de uma brisa suave passa por nós aquecendo meu coração de uma forma inexplicável, aquele momento único de coragem minha passou pela minha cabeça insana de uma forma que eu mesma não sabia o que fazer só apenas queria abraça-lo e conforta-lo como nunca antes. Eu não precisava que ele me abraçasse para me sentir bem, eu apenas queria estar ali para ele o apoiando e retribuindo tudo que ele sempre fez por mim e todos os nossos nakamas. Mas algo que eu não esperava aconteceu, ele me abraçou de volta! Sabe o quanto fiquei feliz com aquele simples gesto? Foi muito mais que esperei. E sem querer deixei um sorriso brincar em meus lábios em meio ao nosso abraço, seus braços passaram em minha volta me confortando  e me aproximando mais de seu corpo definido e músculoso, suas mãos quentes apertava de leve minhas costas me aquecendo de um modo muito bom, aquele abraço era um paraíso, um lar para mim que eu sempre gostaria de voltar.

                           Porém meu paraíso teve  um fim, suas mãos se afroucharam e meu corpo foi soltando o seu com o sentimento de perda, como se seu corpo chama-se pelo meu mas não pudesse ser atendido. Me afastei alguns passos de seu corpo, levantei meu olhar e o encarei de forma envergonhada, infelizmente acabei corando uns momentos de vergonha pelo meu ato inesperado, também pude notar em seu olhar que havia um brilho de agradecimento e carinho, um pequeno sorriso surge em seus lábios e  suavizondo seu rosto ao mesmo tempo. Logo Kurosaki-kun abre sua boca deixando suas palavras saírem:

-Arigatou Inoue.- ele disse colocando suas mãos nos bolsos da calça.- Eu precisava  muito disso.

-De nada Kurosaki-kun.- digo baixo.-  Mas desculpa, acho que foi meio inesperado...Se isso o incomodou eu realmente não...- ele me interrompe.

-Ei Inoue!- ele disse me fazendo parar.- Calma.

-Gomena, falei demais.- falo envergonhada desviando o olhar.

-Não é isso.- ele  responde calmo.- Só não quero que ache que incomodou, como eu disse antes, eu estava precisando.

-Eu sabia que não seria algo fácil do Kurosaki-kun lidar.- falo abaixando a cabeça. - Não queria que ficasse desse jeito cabisbaixo.

-Arigatou pela preocupação.- ele fala docemente.- Sua força me ajuda muito.

                        Levanto  meu olhar e encaro seu rosto, assim que o fiz percebi que ele estava olhando para o lado com um olhar perdido e pensativo, sabia bem que isso estava atordoando-o de um modo que nem mesmo eu conseguiria faze-lo esquecer, meu peito doeu ao ver essa cena e lembrar das palavras de Abarai-kun:

-Inoue.- Kurosaki me chama voltando sua cabeça em minha direção

-Hai?- respondo insegura

-Me desculpa por antes.- disse se referindo aos nossos gritos um com o outro.- Fui um baka por ter feito aquilo, você nào merecia que eu gritasse daquela forma.

-Não se preocupe, sou eu que devo me desculpar, fui infantil.- falo com vergonha.- Deveria ter agido melhor.

-Eu entendo você, acho que nós dois passamos do lime.- o ruivo maior disse ficando sério.

-Desculpa mesmo.- falo me curvando para frente em sinal de reverencia e desculpas.

-E-ei Inoue não precisava disso.- falou meio sem jeito.- A culpa foi minha de todo modo!

                        Me levanto e volto a prestar atenção no que ele falava. Kurosaki suspira com um ar quente pela boca e volta a falar com um pequeno sorriso nos lábios:

-Não se preocupe mesmo, sei que não quer falar outra vezsobre o assunto.- ele falava tudo de uma forma gentil, o que acabou fazendo meu coração se aquecer.- O dia que quiser me contar, serei todo ouvidos!

                         O olhei com doçura e deixei um pequeno sorriso sair dos meus lábios ao mesmo tempo que meus olhos marejavam de felicidade por ele estar sendo tão compreensivo comigo. Kurosaki-kun sempre foi gentil, se importava com os outros e dava atenção para o que demostravam em sua frente, os sentimentos dos nakamas importava para ele  e não gostava de ver ninguém triste ou sofrendo. Essa era uma das milhares de coisas que eu mais amava em Kurosaki-kun, ele realmente tinha um coração de ouro assim como sua determinação:

-Arigatou.- falo emocionada.- Hontoni arigatou!

-De nada.- ele responde sorrindo calmo

                      Depois de um tempinho um vento sopra sobre nós me fazendo ter arrepios sobre todos os pelos do meu corpo, tive que segurar até minha saia para que não subisse e me fizesse passar vergonha na frente do Kurosaki-kun. Olhei um pouco em volta depois que o vento havia acalmado e percebi que a noite havia chegado caindo sobre nós de uma forma tão sorrateira que mal pude notar. Voltei minha cabeça para Kurosaki-kun e percebi que ele olhava para o chão com a cabeça de lado, pelo seu olhar e rosto notei que ele pensava  em algo e se afligia ao mesmo tempo. Meu coração se  apertou pela milésima vez naquele dia, minha garganta secou e minhas mãos tremiam de leve, aquela expressão...Aquela mesma! Sabia bem que ele já estava quase tomando sua decisão, e aquilo não era um bom sinal  para mim, não mesmo.

-Inoue, o que você acha que devo fazer?-  pergunta ainda olhando para o chão.

-Sobre?- falo o incentivando a falar, mesmo que eu soubesse que sofreria depois.

-A proposta da Soul Society.-  diz virando sua cabeça e me olhando de um modo sério, aquilo havia me assustado.- Seja sincera, preciso saber sua opinião.

                       O que eu diria? Falaria a verdade? Mentiria? Fugiria? O que eu deveria fazer? Eu estava confusa tanto quanto ele, minha cabeça girava cheia de coisas que eu queria falar mas não podia, minhas palavras não sairiam e meu corpo não responderia aos meus comandos, eu estava encurralada, não queria perde-lo. Mas seria egoísmo meu se falasse o que eu tanto queria dizer, precisava pensar nele e deixa-lo decidir por si mesmo, por mais que me machucasse e me mate-se no fim, não ligaria. Eu só o queria feliz, mesmo se fosse longe de mim, junto da Kuchiki-san a quem ele gostava tanto, e só de saber que ele estaria bem me confortava.

                  Eu tinha ciúmes da Kuchike-san mesmo ela sendo minha grande amiga, mas ela fazia parte da vida dele de uma forma que eu nunca faria, de uma forma que ele nunca me colocaria. Ela mudou o mundo dele, faz ele feliz, sempre o apoia em tudo, e agora fazia uma grande falta para Kurosaki-kun, tanto em sua vida quanto em seu coração. Talvez ser capitão pudesse os aproximar mais ainda, talvez o fize-se feliz estar perto dos amigos shinigamis, precisava fazer isso, mesmo que eu acabe só no fim.

-Inoue.- chama meu  fazendo-me focar meus pensamentos no momento.- Então?

-Quer saber mesmo a verdade?- falo receosa.- Do que penso?

-Hai.- ele diz sério.- Mais do que tudo.

-Acho que você deve seguir seu coração.- digo sincera mas ao mesmo tempo com tristeza.- Seja o que for te fizer feliz, siga sem medo, não precisa se preoucpar com mais nada.- termino dando um sorriso forçado enquanto meu peito doia demais.

-Você tem razão.- Kurosaki fala com a expressão mais suave.- Vou seguir o que me faz feliz.

-E ainda...- falo o fazendo focar sua atenção em mim outra vez.- Se aceitar, poderá ficar perto dos seus nakamas, irá fazer o que gosta, e ficara perto da...Kuchiki-san.- falo a ultima parte desviando o olhar e em uma voz baixa.

-Tem essas coisas boas.- ele disse sorrindo de leve.- Estarei com a Rukia, vai ser bom tê-la perto de mim.

                          Deixei algumas lágrimas discretas saírem pelos olhos, por mais que eu tenta-se não era fácil ouvir a pessoa que mais ama falar de outra com tanto carinho e doçura nos olhos, matava muito a mim e aos meus sentimentos, sou um ser humano horrivel por pensar assim dos meus amigos. Por a caso vocês já sentiram isso? Se já, provavelmente me entenderão, mas se não...Torçam para não precisar sentir algo desse nível, afinal é a pior dor do mundo.

-Você está bem?- Kurosaki-kun pergunta me olhando com certa preocupação.- Ficou quieta tão de repente e está chorando!

-Hai estou bem.- falo secando minhas lágrimas com a manga.- Só estou assim por causa do convite.- em parte era verdade, afinal aquilo me machucou mais do que possam imaginar.

-Desculpe.- ele disse triste.- Não queria que tivesse visto isso, deve estar confusa.

-Eu estou...

-Prometo que não vai chorar mais por isso.- ele disse levando o punho até seu coração em forma de promessa.- Vou fazer o possível para que não chore mais por minha causa.

-Verdade?- pergunto insegura

-Hai.- ele disse abaixando sua mão.- É minha promessa!

                              Ele vira de costas   e fecha com força suas duas mãos:

-Onde vai Kurosaki-kun?- pergunto preocupada tentando me aproximar.

-Não venha.- ele disse de modo firme me fazendo parar.- Por favor, eu preciso pensar agora.

-Eu entendo.- falo com a voz marejada.

-Arigatou por hoje, me diverti apesar de tudo.- Kurosaki-kun estava parecendo feliz e sincero.- Farei de tudo para que se repitam momentos como esse.

-Hai.

                          Ele nada mais disse, apenas colocou as mãos em seu bolso e começou a andar para longe de mim. Quanto mais ele se afastava, mais as lágrimas saiam de mim, até que finalmente Kurosaki-kun  desaparecer da minha vista, comecei a chorar sem me importar com nada nem ninguém e apenas a noite estava comigo me ajudando a sofrer em paz. Não aguentava mais aquilo, sacudi minha cabeça em negação e sem nada mais a fazer virei para o outro lado começando a correr pelas ruas, passado pelas casas aos choros e desesperos, me permiti correr o máximo que podia ao mesmo tempo em que flashs e imagens de Kurosaki-kun passavam por minha cabeça, aquilo era uma coisa insuportável:

-Kurosaki-kun, kurosaki-kun....KUROSAKI_KUN!!!- grito sem me importar.

                           Precisava fazer isso, ao menos se me libertasse dessa dor me faria algum bem por dentro, a única coisa que me acompanhava pela corrida era o nome de Kurosaki-kun que saia pela minha boca diante das as estrelas, o frio da noite e da dor do coração, perde-lo não era algo que eu queria. Dor do futuro, essa seria mais a  forte  que sinto agora, precisava de colo de alguém para me segurar e me abraçar agora. Assim parei de correr e fiquei estática no meio da rua, meus olhos cansados, secos pelas lágrimas e o vento começaram a vasculhar as casas a minha volta, e foi ai que soube onde estava. Era o único lugar que eu precisava estar, sabia que acabaria aqui, sempre acabava.

                             Comecei a caminhar até a casa beje parando diante da porta, levantei minha mão cansada até a campainha e a apertei fazendo um som alto soar ali, esperei um tempo até a pessoa abrir a porta e arregalar os olhos:

-O que está fazendo aqui Hime?