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História Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Ferrugem


Escrita por: Sachii

Notas do Autor


Gente esse ficou muito grande e btw tem bastante sangue e gatilho nesse capítulo, então se vc é sensível vá com cuidado ou não leia.
Eu ainda não acredito que eu ganhei fanart dessa au Breadstuff Obrigada por ter dedicado seu tempo a isso, você é incrível!!!
Vejo vocês lá embaixo
A música do capítulo é "Sour Candy da Lady gaga com o blackpink"

Capítulo 8 - Ferrugem


Fanfic / Fanfiction Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Ferrugem

O ar dos seu pulmões não era o suficiente, não tinha forças para empurrar nem se defender corretamente, aquele beijo era o mais violento e agressivo que já tinha recebido na vida, e vinha da pessoa mais doce que já tinha conhecido, Alex.
Foi tão rápido que mal deu pra entender, em um momento estavam andando normalmente, no outro estavam atrás da lixeira, Alex aplicou um kabedon e apertava sua garganta com a mão livre.

Estava cansado de ser tratado como uma boneca inflável, primeiro Thiago, depois Cesar e Joe! E agora também tinha Alexander para enfrentar??? Era de mais pra sua cabeça, não! Tinha chegado ao limite.

O soco na costela fez o mais novo soltar seu pescoço e parar de beija-lo, consegui ouvir um gemido baixinho mais ele ainda usava as mãos para bloquear a passagem, com muita força deu um soco na cara do dançarino fazendo seu óculos voar por uma boa distância, mas ele ainda bloqueava o caminho.

Alex virou a cabeça devagar, podia ver um grande fio de sangue escorrendo até o chão, viu o rapaz fechar a boca e segundos depois cuspir uma grande quantidade de sangue no chão, os olhos vermelhos o encaravam sério, e então....um sorriso....com dentes machados de sangue.

Um terrível arrepio subiu pela sua espinha, como ele podia sorrir com aquela quantidade de sangue saindo pela boca, não estava doendo?

Aquele sorriso macabro o deixou estático e com medo, não sabia como lidar com aquilo, não era um machucado que podia ser pior, aquilo já era o pior, devia ter deixado ele beija-lo sem dar Pit, deixava os outros três! Por que não deixou Alex? Por que tinha se sentindo tão "traído" pelo beijo dele? Por que estava tão mais ansioso com o beijo dele?

Grandes braços envolvendo seu pequeno corpo, estava perdido e confuso, o que era aquele abraço tão aconchegante depois daquele beijo tão violento?

- A-alex???

- Eu tô tão feliz que você consegue se defender.

Silêncio.

- O que???

- Você consegue se defender!

Novamente o sorriso cheio de dentes ensanguentados fazendo tudo piorar, muito vermelho.

- Alex me explica devagar o que aconteceu agora.

- Eu só queria ver como você se defenderia se alguém muito grande te atacasse.

O mundo do Arthur girou mais vezes do que imaginou que poderia girar em um único segundo, Alex não queria o machucar, ele queria ter certeza de que ele ficaria bem no futuro, isso fez uma grande bigorna de culpa cair nele.

Alex lavava a boca com a água da garrafinha que tinha acabado de comprar, precisou lavar a boca quatro vezes para que não sangrasse mais.

Um do lado do outro encostados na parede atrás de uma lixeira velha e em total silêncio, Alex ergueu sua blusa apertado o lugar do soco com um dedo e rindo em seguida, lembrava muito uma criança brincando com um machucado recém feito.

- Alex? 

- Desculpa ter te assustado, não era a intenção, mais eu fiquei com medo de alguém te machucar.

- Como assim me machucar?

- Você vai se apresentar comigo, então muitos dos meus clientes vão se interessar por você....mas a maioria deles não é gente boa, desculpa pelo beijo foi a única coisa que eu pensei.

Alex ainda cutucava as costelas enquanto falava, a voz doce sem maldade nenhuma fazia Arthur querer vomitar, quem tinha quebrado aquele rapaz a esse ponto? 

Segurou o dedo do mais novo que olhou confuso pro motoqueiros, inclinando a cabeça curioso, uma grande tristeza se abateu sobre Arthur não sabia de onde ela vinha, só sabia que era a sensação mais horrível que já tinha sentido, tinha algo de muito errado com Alex, e duvidava que alguém ou até mesmo ele sabia disso, puxando o mais novo devagar o envolvendo em um abraço doloroso e algo dentro dele começou a queimar, só não sabia o que era, tudo podia pegar fogo agora nada mais importava além daquele rapaz no seu abraço, seu coração disparou e sentia o rosto quente.

- Arthur??? Você tá??? Tá passando mal??? Me desculpa eu não devia ter feito isso!!!!

Olhou pra cima vendo o rapaz assustado e bastante abalado com o abraço, tão frágil e inocente.

Foi o primeiro beijo que iniciou por pura vontade, todos os que tinha dado até ali nos outros membros eram sempre iniciados por outra pessoa, estava sempre sendo levado pela ação dos outros, pelo menos dessa vez ele queria estar no controle da situação.

O gosto de ferrugem se espalhou rapidamente pela sua boca, gosto de sangue, Alex demorou um pouco para entender o que estava acontecendo mas correspondeu o beijo de forma tímida, se sentia horrível, queria voltar no tempo e criado um plano melhor.

Se separaram devagar Alex estava com vergonha e um pouco vermelho, o motoqueiro tinha a mais pura certeza de que essa era a real forma de beijar do rapaz, diferente do beijo violento de momentos atrás, e queria mais beijos como aquele.

- Arthur....eu...eu... Tô lisonjeado mais eu gosto do Daniel...

Arthur soltou um risinho apertando ainda mais o rapaz em seus braços se sentindo meio idiota por tentar proteger um rapaz de quase 2 metros que era um poço de Inocência mesmo com aquele tamanho todo.

O abraço continuou por bons minutos, Arthur fazia carinho nas costas do parceiro de dança e sentia seu perfume, a respiração do rapaz tinha virado a coisa mais tranquilizante que já tinha presenciado, seja lá o que tivesse acontecido com Alex, seja lá quem tivesse feito algo com ele, agora seria seu inimigo número um.

- Arthur? 

Não queria soltar ele, se soltasse tinha a impressão de que o mundo iria joga-lo ao algum monstro terrível para ser devorado, se sentia um imbecil por pensar isso, mas estava com medo de perder Alex pra alguma coisa que não conseguia explicar.

- Desculpa Alex, eu precisava de um Abraço.

Mentiu, só não queria soltar o jovem mesmo.

Arthur sentiu o amigo puxa-lo pra mais perto ainda, os ombros agora estavam cobertos pela blusa do negro que fechava o zíper dando um sorriso infantil, estava dentro do sobretudo gigantesco do dançarino.

- Então pode ficar aqui dentro.

O silêncio era confortável, conseguia ouvir as batidas do coração do rapaz, a cabeça do negro se apoiava na sua, o mundo podia parar agora.

- Arthur? Você gosta do meu irmão? 

A cabeça do motoqueiro nunca virou tão rápido, bochechas vermelhas, pupilas dilatam, se sentia quente, e mal, porque não sabia o que responder.

- E-eu não sei.

- E do Thiago?

Prendeu a respiração, mais vergonha, queria saber de onde essa conversa tinha vindo, mal conseguia olhar na cara de Alexander.

- Eu também não sei.

- E do Joe?

- Por favor para de perguntar de quem eu gosto, nem eu sei!!!

- Eu te disse de quem eu gosto quero saber! Por favor!!

- Se eu soubesse eu te contava eu juro!

Escondendo o rosto no peitoral definido do amigo se sentiu na escola novamente, não tinha resposta pra dar, até porque não sabia exatamente o que sentia pelos três rapazes.

- Já que você não sabe me explica uma coisa, por que você não gosta de vermelho?
Arthur olhou pra cima novamente espantado, como ele tinha reparado? 

- Como você percebeu isso?

- Eu vi como você fica quando as luzes da boate ficam vermelhas, aí eu pedi pro Cesar não colocar mais no mix de luzes, e você ficou melhor depois disso, não foi difícil ligar os pontos.

Aquele rapaz era uma caixinha de surpresas! Talvez Liz também tivesse notado mas não quis comentar, porém Alex ativamente tinha notado e impedido que continuasse para que ele não se sentisse incomodado.

- Quando a gangue rival do meu pai me pegou e me espancou, tudo que eu via era meu sangue no chão, nas paredes e no meu rosto, tudo vermelho.

Alex beijou a cicatriz que ficava na testa de Arthur, queria saber mais do mais velho gostava dele e queria o ver bem.

- Me conta um segredo seu agora, só pra eu não me sentir mal.

Alex revirou sua grande gaveta de memórias, tinha tanta coisa ali, mas nenhuma era boa, e tinha medo de deixar Arthur mais triste ainda.

- Eu tive um caso com um professor casado na faculdade.

- Nossa...pera você já é formado?

- Eu me formei em história aos 17 anos.

- Você só pode estar mentindo pra mim, e impossível, com quantos anos você teria se formado no ensino médio?

- Eu me formei com 13.

- Alex com todo respeito isso é impossível, a não ser que você seja um gênio.

- Eu sou um gênio, na verdade eu sou super dotado.

Estava perplexo, se isso fosse verdade, porque caralhos ele estava dançando em uma boate? Será que era igual a Liz? Ou talvez Cesar e Chris tenham pedido?

- Alex, por que você dança numa boate então?

- Eu quero ficar com a minha família.

- Mas não seria melhor viver uma vida onde você não fosse saco de pancada de algum tarado aleatório?

- Eu já fui professor, eu gostava de ensinar, mas eu queria ficar com o Cesar e como meu Pai.

- Pai?

- o Christopher me criou, ele é meu pai

- Mas o que o seus pais biológicos pensam disso?

- O governo só permitia visitas monitoradas a cada 15 dias, e muitas vezes eles não apareciam, a última vez que eu falei com a minha mãe foi no meu aniversário de 18 anos, ela veio me dizer pra não procura-la mais, pra mim não faz tanta diferença, quem cuidou de mim sempre foi o Cesar e meu pai mesmo.

Aquilo era muita informação, não estava entendendo nada.

- Volta um pouco, você não é afilhado do seu Chris?

Alex inclinou a cabeça confuso enquanto olhava para Arthur, demorou um pouco para assimilar o que ele queria dizer.

- Não! Eu fazia parte de um programa do governo de lar temporário/apadrinhamento para criança vítimas de abu-

Parou a frase no meio, iria falar de mais e fazer Arthur ter pena dele, odiava quando sentiam pena dele, parecia que depois das palavras "criança" e "abuso" todas as suas relações mudavam drasticamente, não queria que isso acontecesse com Arthur também.

Estava com raiva! Morrendo de raiva! Iria encontrar o filho da puta que tinha tocado em Alex e enfiar uma bala na cabeça dele, não importava quantos anos tinham se passado, queria matar os pais de Alex, queria matar quem tinha feito ele sofrer, tinha que proteger ele!

Apertou o negro mais ainda em seu abraço, estava ficando cada vez mais envolvido com o rapaz, e sabia que aquele assunto provavelmente traria más lembranças.

- Não precisa continuar, eu já entendi.

Os olhos do rapaz se encheram de lágrimas, não queria perder outro bom relacionamento por causa de pena.

- Por favor não muda comigo! Por favor não sinta pena de mim, eu tô bem agora.

Arthur era puro ódio no momento, não sentia pena de Alex, sentia todas as emoções agressivas que já teve direcionadas a pessoas que nunca tinha visto na vida.

- Eu prometo que não vou mudar com você Alex.

O alívio no rosto do rapaz era fez o coração do gaúcho derreter de carinho e acelerar um pouco, ele realmente era muito bonito, chegava a ser ridículo e até um pouco injusto.

- Você sabe que eu te acho muito lindo né? Tu é um dos homens mais bonitos que eu já vi na minha vida, não é atoa que tem tantos clientes.

A mudança de assunto iluminou o rosto do rapaz, Arthur não iria mudar, finalmente alguém que iria continuar o mesmo com ele, se sentiu aliviado.

- Eu gosto de homens mais velhos.

- E é por isso que você gosta do Daniel?

As bochechas vermelhas, o aperto no abraço, e a carinha tímida eram uma graça de se ver, ficou um pouco enciumado.

- Eu só gosto dele, ele parece um príncipe, e ele é tão inteligente e sempre toma as melhores decisões, sem contar que ele é bonito também.

Arthur riu, conseguia ver que o sentimento era sincero, e até puro de mais levando em conta a área de trabalho deles, ficou com um pouco de inveja por Daniel receber esse tipo de atenção do mais novo.

- Mas ele me odeia....

- Será que foi algo que você fez com ele durante..... Tu sabe....

Alex riu, ele não conseguia falar sobre sexo, isso era cômico pra caralho.

- A única pessoa com quem eu dormi na equipe foi a Liz.... E as coisas foram bastante complicadas...

- Como assim? Achei que todos vocês já tinham tido.....essas coisas...

- Cesar e meu irmão, Thiago foi minha babá por anos, até já me deu banho, Joe e irmão do cara que eu gosto e o Daniel me odeia, acho que não tenho muitas opções.

- Você tem a mim se quiser.

Olhos esbugalhado em sua direção, nem Arthur acreditava no que tinha falado, saiu no automático, Alex era um cara bonito tinha saído sem querer e agora morria de vergonha, porém aquele sorriso aparecendo nos lábios grosso lhe deu esperanças de algo a mais acontecer.

- Posso pensar no assunto.

Outro beijo doce e calmo, um pouco mais atrevido mas ainda bastante gostoso, sentia o gosto de sangue, mas ainda era um beijo completamente apaixonante.

- Arthur se eu tiver errado, você me corrige, mas você quer dar pra mim?

Escondeu novamente o rosto no peitoral do mais alto, estava morrendo de vergonha, tinha que se controlar.

- Talvez.

Alex ergueu uma sombrancelha e tinha um sorriso meio sacana, por um minuto ele chegou a lembrar um pouco Cesar.

- Se você quiser que alguma coisa rolê, eu topo sem problemas, com uma condição.

- E qual seria?

- Não vai pra cama com nenhum dos outros três por pelo menos mais um mês.

- E por que eu faria isso? 

Arthur estava confuso, realmente era um pedido estranho vindo do rapaz, mas não desgostou da ideia.

- Eu acho, que eles não estão preparados pra lidar com você.

- Lidar comigo?

- Na verdade eles não estão preparados para lidar com os sentimentos deles em relação a você, e não adianta fazer essa cara, eu sei que você já deve ter transado com pelo menos dois deles.

- como tu sabe disso?

Tentou disfarçar mas pela cara do mais novo não conseguiria engana-lo, então decidiu abrir o jogo.

- Se você considerar.....oral....

Alex fez uma carinha de nojo, mas não pelos motivos certos.

- Eles tem que entender o que estão sentindo primeiro e você também, até lá se você precisar se aliviar eu estou a disposição.

Arthur ponderou bastante, se ele se segurasse um mês teria uma Alex só pra ele sem problemas, e quem sabe até uma resposta dos próprios sentimentos, se só estivesse "solitário" ou "carente" o negro na sua frente resolveria sem problema, agora se fosse algo mais, esse mês poderia iluminar sua cabeça.

- Ok, mas você também tem que parar de dar em cima do Daniel.

- Ele me odeia, tudo que eu queria era um beijo, eu ficaria feliz só com isso.

A tristeza no tom de voz do rapaz era palpável, sentiu bastante raiva de Daniel, sabia que ele já tinha ficado com a Liz, e provavelmente com Thiago também, qual era o problema de pelo menos tratar o mais novo com um pouco mais de carinho.

- Ainda sim, sem investidas, ok.

- Eu topo.

Selaram o acordo com um selinho, Arthur saiu de dentro do casulo que Alex tinha criado com seu sobretudo e procurando o óculos dele.

Era uma vez um óculos, nem se parecia mais com um, novamente a culpa bateu forte no motoqueiro, o mais novo percebeu a carinha do gaúcho e achou bem fofa.

- Relaxa eu tenho um reserva.

- Desculpa, eu te compro outro.

- Não precisa.

Alex entrelaçou sua mão no mão do amigo o olhando totalmente meigo, e foram caminhando assim até alguns metros da boate, durante todo o percurso Arthur ficou vermelho e totalmente sem jeito, não sabia lidar com aquele olhar gentil e muito menos em ter um relacionamento real, nunca teve um namorado, nem namorada, sua cidadezinha sempre tinha fofocas e levando em conta a reputação do pai duvidava bastante que alguém quisesse se envolver com ele, o que lhe restava eram casos com alguns visitantes que passavam pela cidade.

Estavam a uma esquina de distância da boate quando Alex parou e entregou sua bolsa onde estavam o energético de Cesar e algumas garrafas d'água e seus pertences pessoais, se jogou com toda força em um poste, ato que deixou Arthur desesperado.

- Alex o que foi isso??

- É pra disfarçar seu socos, eu vou falar que dei de cara com um poste e cai, agora me ajuda a ir pra dentro.

Quando Cesar viu Alex entrando todo ferrado pelo salão pulou do palco e veio correndo na direção dos amigos arrancado o seu irmão mais novo dos braços do gaúcho e o colocando em uma cadeira e gritando a todos os pulmões o nome de Liz que apareceu confusa é assustada.

- O que aconteceu???

- Eu estava distraído e acabei tropeçando e dei de cara num poste.

Thiago que ouviu a gritaria do melhor amigo e desceu dos quartos que arrumava correndo, quando chegou na parte de baixo chegou a ficar tonto vendo Alex todo ferrado enquanto Liz limpava alguns machucados dele.

Daniel, Joe e Chris apareceram pela porta da cozinha, Chris também veio o correndo socorrer o rapaz.

- Você é um Idiota mesmo em Alex, como que perde uma briga pra um poste?

Arthur mordeu a bochecha, ficou puto com a frase de Daniel, o companheiro não era burro e muito menos tinha perdido a briga, será que teria muito problema empurrar um cadeirante de uma escada?

O olhar triste do dançarino com o comentário do Barman fez Cesar soltar fogo pelos olhos fazendo o rapaz se afastar um pouco com medo de ser agredido, percebendo que estava sendo muito maldoso no momento.

Após a situação da viela a três dias evitou com todas as forças as cantadas de Thiago e fugiu de Joe, Cesar nunca dava investidas diretas mais ainda sim fez de tudo para evitar brechas.

- Arthur.

Tomou um susto, Alex apareceu do nada no estoque, os muitos armários pesados cheios de produtos deixavam pouco espaço para se movimentar ali.

- Quase me matou do coração garoto!

- Desculpa amor.

Arthur automaticamente se tornou tão vermelho quanto as maçãs que estava guardado, olhando pro lado e vendo Alex se divertir com a sua reação, nesses momentos podia jurar que ele e Cesar tinham exatamente o mesmo humor torturador, o rapaz tinha descoberto que o gaúcho nunca tinha tido um relacionamento sério e duradouro e decidiu nas palavras dele "dar a experiência completa" já que eles estavam num contrato de "exclusividade", em três dias Arthur ganhou flores, chocolate, declarações fofas no celular e várias outras fofurisses que o fazia ficar desesperado, mas os apelidos eram a pior parte, não sabia como responder.

- Arthur, quer ir lá em casa hoje?

Não tinha amigos em SP e nem nada de interessante pra fazer, a visita a casa do mais novo parecia uma boa pedida.

- Tá só me passa seu endereço.

Alex olhou levantando uma sombrancelha questionando a resposta do companheiro em silêncio enquanto digitava algo no celular e saia do ambiente parando na porta.

- Olha se chegou.

Arthur pegou o celular e viu o endereço, enquanto estava pra fechar o app recebeu uma imagem para ser baixada, achando que era um mapa ou coisa parecida clicou sem pensar duas vezes e quase caiu pra trás quando viu o que era.

Na porta Alex sorria malandro dando tchazinho pro parceiro de forma divertida e bastante animada e saiu cantarolando a musiquinha da abertura de Power Rangers como se nada tivesse acontecido.

Arthur quase babou na tela do próprio celular, o seminude era muito sugestivo e diga-se de passagem dava um pouco de medo, não era um convite simplesmente pra ir na casa do amigo, era um convite pra ir pra cama do amigo.

Nunca tinha visto o rapaz como uma ameaça, Alex era um anjo! O que tinha de Alto tinha de tonto e o que tinha de tonto tinha de inocente, então porque sentia que estava perdendo o território pra ele? Depois que ele e Arthur começaram a ensaiar juntos não conseguia mais nada com seu gauchinho inocente, isso o incomodava bastante, talvez tivesse algo rolando entre eles, alguma química ou algo assim, o negro era do tipo romântico sabia que esse era o sonho de muita gente, mas também sabia que o garotinho fofinho de quem foi baba na juventude era um páreo duro em quesito aparência, não sentia nada pelo rapaz mas tinha que admitir que ele era muito mais que um partidão e era praticamente a encarnação de um esteriótipo pornográfico que muitas pessoas sonham, um homem negro e gostoso para ser seu amante, a imagem perfeita de um "Ricardão" e também tinha aquelas pessoas doentes que sentem tesão em torturar ou bater em um símbolo de autoridade ou de liberdade, coisa que o rapaz também se encaixava perfeitamente, então não duvidava nada de que em algum aspecto, o Abutre estava sentindo atração pelo seu garotinho, e isso o deixava inquieto e nervoso pra caralho, se esse fosse realmente o caso, quem será que o gaúcho escolheria entre eles?

Não estava gostando nada da intimidade estranha que estava surgindo entre o irmãozinho e o novato gostoso, se pudesse entraria no celular de Alex e veria que merda eles tanto conversavam, já bastava o interesse exagerado que Alex tinha pelo ridículo do Daniel, não queria que o garoto se magoasse mais por causa de um cara barbado de olhos bonitos.

Talvez Alex-senpai tivesse algum fetiche com homens brancos e barbados, porque não era possível a troca tão grande de foco derrepente, estava com muita raiva e nem conseguia expressar o tanto, tinha ficado tão feliz por finalmente achar alguém disposto a tudo para lhe dar o carinho que tanto precisava, mas derrepente ele só tinha olhos pro poste gentil e carinhoso que Alex era, estava com muita raiva e muita inveja, mas tinha jurado não atacar mais ninguém pra Daniel.

Enquanto os três rivais olhavam Arthur e Alex conversando enquanto variam o salão esses eram seus pensamentos, estava mais que claro para qualquer um que a palavra ciúmes os definia muito bem no momento.

Arthur ficou alguns segundos encarando a porta meio acabada do apartamento estava bastante nervoso, mas queria muito ir até o fim com aquilo e tirar suas dúvidas.

Alex abriu a porta e Arthur imediatamente perdeu o fôlego, tolha nos ombros, sem camisa e usando só uma cueca box, foi assim que o mais novo recebeu o companheiro o fazendo quase desmaiar.

O apartamento era pequeno, porém bem confortável, tinha muitos livros em grandes estantes e algumas figurinhas de ação decorando as mesmas, tudo tinha a cara do negro, e isso era adorável aos olhos de Arthur.

Seguiu o rapaz seminu pela casa o vendo pegar alguma coisa nos armários e entendeu o porquê de todo mundo implicar com ele por causa dos doces, porque em todos os armários que o rapaz abriu tinha alguma porcaria açucarada.

- Arthur, pra deixar claro, você não precisa fazer nada se não quiser, a gente pode só assistir um filme abraçados e conversar.

- Acho que eu fico com essa opção então.

Alex sorriu doce, enquanto Arthur se xingava por dentro, estava com medo mas também queria sanar suas dúvidas, porém no momento o medo venceu.

Estavam assistindo uma comédia romântica genética na Netflix, nada de mais ali, era muito gostoso ficar envolvido pelos braços do mais novo e podia sentir alguns beijinhos aleatórios na sua cabeça sem absolutamente nada sexual neles, tinha pipoca e doces obviamente para curtirem o filme, tudo ia bem, até a parte do beijo do casal, Arthur olhou pra cima e viu Alex o encarando gentilmente como se esperasse algo, porém seu companheiro estava totalmente perdido nos olhos gentis que ele possuía.

Alex era muito lindo, vai se fuder que homem gostoso, esses eram os pensamentos de Arthur enquanto iniciava o beijo mas carinhoso que tinha recebido nós últimos tempos, era profundo, delicado e cheio de respeito, Daniel era um idiota por dispensar tamanho carinho, a língua de Alex dominava a situação, mas não ofuscava o bom trabalho que a de Arthur fazia, gemidos baixos saiam de ambas as bocas, quem precisa de ar não é mesmo?

- Quer ir pro meu quarto?

Balançando a cabeça freneticamente o gaúcho se deixou levar pela mão até o quarto do companheiro, e sendo colocado sentado em sua cama.

O Beijo da sala tinha sido muito gostoso mais aquele ali levava a cereja do bolo, o jeito que o negro tinha se encaixado entre suas pernas e enrolava a própria lingua na sua, os corpos se tocavam tão intensamente que achou que iria explodir apenas com isso.

- Me diz como você gosta.

Aquele cara era de mais pra sua cabeça, além de bonito e gentil queria agradar o parceiro em tudo que pudesse, sinceramente Daniel era um idiota por não estar com ele.

- Alex com todo respeito, eu estou a 8 meses sozinho em São Paulo, eu quero que você me quebre em dois.

Um sorriso macabro surgiu nós lábios do mais novo, esse sinal verde o deixava muito empolgado.

- Como quiser amor.

- Não me chama assi-

Não terminou sua frase estava muito ocupado tentando lembrar como respirar, o beijo foi bem mais agressivo do que os últimos, lembrava muito o beijo que trocaram na viela, porém esse era muito gostoso e bem sedutor, não conseguia raciocinar direito, tudo que seu cérebro pensava era "Alex"

Roupas pelo chão, gemidos pelo quarto, sentia falta daquela combinação, estava delirando com cada toque do mais novo, mas se sentia um pouco mal por não estar fazendo nada.

- Alex espera um pouco....

- Tá tudo bem? Eu te machuquei? Quer parar?

Iria morrer de fofura com aquela rapaz, estava encantado com ele num nível um pouco perigoso já.

- Não eu tô ótimo eu que eu quero pedir uma coisa.

- você pode pedir o que quiser.

O rubro que se espalhou em suas bochechas e orelhas ficou evidente e a vergonha se instalou dentro de si como uma bomba relógio, as palavras quase não saíram.

- me deixa chupar...

- o que eu não ouvi desculpa

- Eu quero te chupar....

Alex arregalou os olhos, mas logo em seguida sorriu lindamente.

- Sou todo seu Abutre.

Fazia tempo que não praticava um basquete, quase tinha esquecido como era difícil fazer um pau caber na boca, era gostoso ouvir os gemidos que o dançarino dava, a mão dele no seu cabelo incentivando a continuar, as leves bombadas que ele dava vez ou outra, as engasgadas involuntárias, tudo tão delicioso que chegava a ser ridículo, claro que o fato de Alex ser muito grande também não colabora muito mas não ia mentir, estava adorando ser tratado como tanto carinho e ao mesmo tempo tão pervertidamente.

Sentiu o cabelo se puxado com força, ficou levemente desapontado queria engolir, mas foi recompensado com uma imagem que poderia se assemelhar a uma pintura renascentista, Alex ofegante e suando lábia os lábios enquanto o falo estava mais duro do uma rocha.

Com um pouco de dificuldade Alex alcançou sua cabeceira e de trás dela tirou uma camisinha, ainda respirava com dificuldade enquanto abria ela com os dentes.

Se sentia em um filme pornô, assistiu com tanta vontade Alex se encapar que quase morreu de susto quando foi puxado pro colo dele.

Mais beijos apaixonados e deliciosos, os membros de roçando, Arthur realmente estava sentindo falta disso.

Alex fez menção de que ia preparar Arthur, mais o mesmo interrompeu.

- Eu não preciso disso.

- Eu não quero te machucar.

- Você não é o único que gosta de um pouco de dor.

Aqueles sorrisos eram de destruir qualquer um, agora de barriga pra baixo mordendo o travesseiro com toda sua força os olhos de Arthur se apertavam com força aguentando a penetração mais forte que já tinha sentido na vida, a dor era excruciante exatamente como ele gostava.

- Puta que pariu!

Foi tudo que conseguiu falar quando o mais novo começou a bombar, foi ao céu em questão de segundos, tudo que fazia era gemer desesperadamente e apertar mais os lençóis.

Liz tinha razão, aquele rapaz era dono de um talento destruidor, não cansava nem fudendo, literalmente, era forte quando nescessário e tinha um corpo que não sabia nem explicar, só queria mais de tudo que ele podia proporcionar.

As mordidas nas suas costas dariam excelentes marcas, o traseiro já estava vermelho, provavelmente teria dificuldade para se mexer no outro dia mas não estava se importando muito, tinha jogado tudo pro alto a alguns minutos estava no limite já.

Gozaram juntos, tudo era um grande borrão de prazer e Arthur não conseguia lembrar nem o próprio nome, sentiu ser virado com carinho e Alex o encaixar no seu corpo beijando seu pescoço e fazendo carinho no seu cabelo, estava letárgico, não demorou muito para cair no sono naquela conchinha que estavam encaixados.

Acordou com alguém batendo na porta, estava muito cansado até pra abrir o olho, ouviu o negro murmurar alguma coisa e levantar irritado indo em direção a porta a ouvindo abrir seguida de vozes conhecidas e alguns questionamentos, de onde conhecia aquelas vozes? Não conseguia se lembrar, o corpo ainda raciocinava devagar.

As vozes foram aumentando de volume até que como um clique as reconheceu, Thiago e Cesar tinham entrado no apartamento, se sentou na cama com violência se arrependendo amargamente pela dor de veio quase instantâneamente, queria se esconder mas não teve tempo, parados na frente da porta o DJ e o Dançarino tinham os olhos esbugalhados e a expressão mais confusa já existente.


Notas Finais


Finalmente alguém fudeu o Arthur de verdade pra tirar o bichinho do desespero, as reações do resto dos membros vão ser de se desesperar, espero que tenham gostado e não esqueçam de comentar viu, eu amo ler os comentários de vocês.
Bjs 😘 até o próximo cap


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