A faca era afiada podia sentir ela atravessando levemente sua jaqueta de couro e camiseta preta, presente de Alex...queria gritar por socorro, não estava sozinho chegou a puxar o ar mais ele travou na garganta quando o agressor começou a falar.
- Oi amorzinho....
- Lucio.......?
As cicatrizes pulsaram, olhos lacrimejando o osco do fundo da sua alma vindo com uma tristeza tão avassaladora que o deixou imediatamente com dor de cabeça.
- Que bom que não esqueceu de mim, eu já fui seu namorado, eu iria ficar muito triste...
- Se você não se afastar eu vou gritar....
- Igual você fazia quando a gente ia pra cama?
O nojo na frase do assombrado fazia parecer que ele tinha ódio da lembrança compartilhada, o sentimento era mútuo.
- Você não vai fazer isso aqui, e pedir pra ser preso, e a polícia daqui não é igual a da nossa cidadezinha.
- Só o fato de te ver no chão morrendo já compensa os anos de cadeia...
- Você é doente...
- Eu fiquei muito triste em saber que você tinha vindo pra cá sábia? Primeiro você vai pra capital fazer faculdade e depois vira médico e simplesmente some, aí do nada você volta pra nossa Carpazinha, mais não fica nem um ano e vem pra São Paulo! Parece até que está me evitando...me magoou realmente.
Podia sentir uma leve inveja na voz do ex, a culpa não era dele se mesmo com aquelas cicatrizes horrendas no rosto ele seguiu e se tornou psicólogo e agora estava feliz em outra cidade vivendo sua vida.
- Não tenho culpa se você não foi pra faculdade Lúcio, você teria sido um ótimo administrador.
- Ainda pensa naquela clínica que a gente planejava juntos? Hahahaha...
Arthur sentiu o coração doer terrivelmente, os planos destruídos, todas as mentiras que saíram da boca daquele homem só queria voltar no tempo e evitar tudo aquilo, ter ouvido seu pai...
- Agora a gente vai sair da farmácia bem devagar e nada acontece com você por enquan-
O soco no rosto do homem o faz voar alguns centímetros do lugar o afastado de Arthur, olhou e viu Thiago com a expressão mais puta que já imaginou e Alex aparecer logo atrás.
- HELP!!! A mugger!!!!
- Merda!
O careca se levantou correndo e fugiu, o segurança da farmácia foi atrás mas o senhor de meia idade não conseguiu acompanhar o rapaz mais jovem.
Foi um golpe de sorte, os óculos escuros de Thiago escondiam bem o seu rosto e a voz fanha de Alex por causa da gripe, junto com o inglês o faziam parecer um gringo então duvidava bastante que o desafeto fosse associar os dois a ele.
Voltaram para a boate bastante putos e Arthur estava muito triste e muito desapontado com sigo mesmo, seu passado doía terrivelmente, queria voltar no tempo e refazer tudo.
Chegaram na boate e parecia tudo tão normal e tão bem, era como receber um abraço acolhedor de um parente muito querido, talvez esse sentimento tenha afetado bastante Arthur porque assim que olhou todos no salão conversando e rindo enquanto o pai e o sogro faziam um braço de ferro, o baixinho começou a chorar desesperado o que não passou despercebido pelo pai e pelos colegas de trabalho.
- Filho!
Brulio correu em direção ao seu menino que era apoiado por Thiago e Alex, o rosto todo vermelho e a dor estampada na sua cara, correu em direção ao pai sendo recebido por um abraço protetor.
- Mais o que aconteceu pia?
- Lúcio....
O nome solto assim no ar não parecia nada de mais prós membros da boate, mais o motoqueiro mais velho sabia muito bem quem era dono daquele nome.
- ONDE??? CADÊ ELE???
- O Thiago e o Alex espantaram ele.
Brulio soltou o filho e foi em direção aos dois rapaz puxando os dois ao mesmo tempo para um abraço meio desengonçado.
- Obrigado...
A voz tremida do homem gigantesco deixou todos na sala meio tristes e sem saber o que fazer, Chris estava a um passo de enlouquecer de raiva.
- Desculpa perguntar Arthur... mais quem é Lucio?
- Ele foi o responsável....por ISSO na minha cara Liz....
- Foi ele quem te cortou?
- Não...foi ele que me enganou Joe...foi por ele que eu....
Alex correu na direção do namorado o envolvendo em um abraço acolhedor, a diferença de tamanho era muito grande e então o mais novo envolvia o namorado perfeitamente.
- Tá tudo bem agora, eu tô aqui... nós estamos aqui, você está seguro Arthur...eu vou cuidar de você, nos vamos te proteger....
- Todos nós
Arthur se virou e viu Daniel atrás dele com uma cara bem séria, olhos verdes um pouco preocupados e o rosto levemente avermelhado.
- Obrigado gente...
Falando ainda contra o peito do namorado o gaúcho se sentia mais leve e também muito amado no momento, Daniel sugeriu que ele se deitasse um pouco para se acalmar, e foi isso que ele fez.
Arthur olhava o teto espelhado observando suas cicatrizes, seus arrependimentos batiam tão forte no seu rosto que doía, até porque, as marcas na sua cara faziam parte desse arrependimento.
Se lembrou das escapadas com Lucio, se lembrou dos planos de abrir uma clínica médica no centro, planejavam o futuro juntos, lembrou dos gritos do pai falando que o Assombrado não era boa pessoa e de como aquilo era errado, como estar apaixonado por um homem era errado e de como ele estava se envergonhado e envergonhado o nome dele e dos Gaudérios Abutres, Arthur se lembrou do seu aniversário de 18 anos onde deixou o pai sozinho para se encontrar com o namorado que tinha lhe prometido uma surpresa, essa agora eternamente cravada na sua face, se lembrou da dor do espancamento, das serras presas no motor da moto, o carniçal latindo pronto pra devora-lo depois que acabassem com ele, a dor aguda e o cheiro de fumaça de moto super próximo ao seu ouvido, e então tiros e correria, o rosto desfigurado o pai chorando enquanto pegava a Magno e atirava no pobre cachorro para acabar com o sofrimento do coitado que era mantido como pet dos assombrados, com toda certeza uma das coisas que jamais esqueceria era o vermelho do fogo que refletia nos olhos do belo animal, o vermelho do seu sangue espalhando por todos os lugares daquela casa, não conseguiria mais ser médico.
Acordou no hospital e a primeira coisa que fez foi gritar pelo pai, que embora ferido apareceu do seu lado sorrindo e chorando ao mesmo tempo.
- Pensei que fosse te perder também....
Essa frase doeu tanto! Queria desaparecer, tudo aquilo tinha acontecido por causa da sua teimosia, minha nossa, como foi idiota, como pode acreditar que alguém o amaria de verdade? Que aquele romance proibido era igual aos dos filmes que assistia na tv como mais novo? Ele nunca seria amado de verdade...jamais alguém olharia pra ele dessa maneira...
- Arthur?
Olhou para o lado e viu Thiago entrando no quarto meio sem jeito, parecia bastante nervoso e também meio inquieto.
- Oi Thiago....
- Posso... posso....me aproximar?
Ok...ele estava bem estranho, o mais velho nunca foi tímido assim e muito menos inseguro, parecia estar até tremendo um pouco.
- Pode claro...
Thiago se sentou a uma distância até que considerável na cama, apertava os dedos e parecia bastante tenso com algo que não sabia dizer direito o que era.
- Você tá bem?
- Bem eu não tô... Como eu disse uma vez pra Liz...se dependesse da quantidade de vezes que alguém já apontou uma faca pra mim, os quartos teriam um tapete de boletim de ocorrência...eu meio que tô acostumado...
- Você parece... triste...
- É... encontrar meu ex que me manipulou, enganou e usou da minha confiança para me mutilar e espancar não foi o auge do meu dia sabe....
- O que eles fizeram com você Arthur...foi sujo... baixo... nojento...eu nem sei como você conseguiu superar...
- As vezes eu acho que não superei...toda vez que eu olho no espelho, a prova da minha burrice tá gravada na minha cara, a prova de que a pessoa que eu achei que me amava...me traiu...
Thiago ficou ainda mais triste, e um pouco menos tímido, colocou a mão no ombro do amigo e o olhou com bastante ternura, o coração de Arthur acelerou sem motivo aparente.
- Não se preocupa...eu te protejo...nos vamos te proteger, você é parte da nossa família agora Arthur...
Thiago se levantou sorrindo e um pouco mais confiante, caminhou a te a porta e começou a ficar vermelho aleatoriamente, respirou fundo e olhou pro teto, estava em um grande dilema, olhou pra trás vendo Arthur sentado na cama sorrindo na sua direção, o peito apertou e as pupilas dilataram, iria falar...
- E Arthur...
Arthur não entendeu muito bem o que Thiago quis dizer fazendo o símbolo do rock com uma das mãos, mais fez de volta vendo Thiago sorrir triste e balançar a cabeça negativamente saindo do quarto falando baixinho apenas pra si mesmo.
- Eu vou te proteger Arthur...e um dia eu vou conseguir usar minha boca pra falar isso.
Alex passou por Thiago meio desconfiado mais não levou a entrada dele no quarto na malícia, conhecia bem Thiago e sabia que ele estava genuinamente preocupado com o guitarrista, abriu a porta e viu o namorado bem borococho na cama ainda olhando pro teto passando as mãos nas cicatrizes.
- Meu amor?
- Alex....
Alex... Alex... Alex...meu Deus...como estava apaixonado, doía demais, o medo de ser trocado de ser traído outra vez, olhar pra ele doía, ele era a prova de que não tinha aprendido nada na vida, se jogou de cabeça no primeiro sinal de afeto que recebeu, ignorou os sentimentos que Alex tinha por Daniel na época, foi egoísta, sentia que tinha feito algo terrível, começou a chorar desesperado.
- Arthur....?? O que aconteceu???
- Alex....me desculpa...me desculpa...
- Pelo que???
- O Daniel gosta de você...e você gostava dele...se eu não tivesse te feito ir pra cama comigo...vocês estariam juntos agora...
Chorava tanto que as palavras saiam confusas, Alex parecia em paz, levou uma mão até o rosto do namorado secando as lágrimas com delicadeza.
- Arthur....Eu sei...eu sempre soube que o Daniel gosta de mim... porém eu também sei que ele odeia gostar de mim, e isso faz o ódio dele por mim ser descomunal...por isso eu aguentei calado por tanto tempo... mais aí...eu dancei com você....e você era tão quente e me passava tanta segurança....e carinho....eu me apaixonei por você.....
- Mas...
- Mas nada Arthur! Eu passei um ano e pouco sofrendo em silêncio, sendo ofendido e desrespeitado e continuava demostrando afeto pelo Daniel...ele teve a chance dele.
- Ele ainda gosta de você...
- Não ligo....O nome da pessoa que eu gosto é Arthur Cevero, e não é qualquer um que vai mudar isso....eu amo você Arthur...
Alex segurou o rosto do namorado entre as mãos o olhando com bastante carinho.
- Eu amo você...
Arthur se agarrou no namorado e chorou mais um pouco, então essa era a sensação de ser verdadeiramente correspondido? Finalmente entendeu o que era ser amado de verdade.
- Eu queria te beijar mais no momento eu sou uma incubadora de germes...
- Tonto!!!
Alex deu um beijinho na testa do namorado e o olhou com ternura e bastante carinho.
- Você não liga pras minhas cicatrizes?
- Não....você liga pras minhas?
Arthur ficou em choque por alguns segundos, Alex não estava falando só das cicatrizes físicas mais também das emocionais e mentais, o mais novo estava disposto a aceitar Arthur do jeito que era, com todos os traumas e problemas, e Arthur também faria o mesmo.
O casal ficou deitadinho na cama só se olhando por uns 15 minutos, Alex fazia carinhos em Arthur com toda a doçura do mundo, parecia tudo bem agora, parecia seguro e acolhedor e o barbado achou engraçado, nunca imaginou que um clube de striptease fosse se tornar o lugar que se sentirá seguro e em casa.
- Atrapalho?....
Daniel entrou no quarto meio sem jeito e um pouco vermelho, Alex sorriu amigável na sua direção e Arthur jurava que viu o ruivo suspirar e ficou puto! Ia falar umas verdades na cara dele novamente.
- Alex se importa se eu falar com o Arthur.....a sós?
Alex ficou bem desconfiado, viu Arthur com cara de cu e achou o ciúmes dele uma gracinha, porém temeu em deixar os dois barbados sozinhos e eles acabarem saindo na porrada.
- Un.......vai ficar tudo bem se eu deixar vocês dois sozinhos?
- Eu prometo pela minha barba não fazer nada que magoe ou machuque o Arthur!
Alex olhou pro namorado e ele ainda parecia puto mas bem mais calma, na verdade segurava o riso proveniente da jura meio idiota do ruivo.
- Se precisar de mim eu tô lá embaixo tá meu amor....
- Ok...
Os dois rapazes de olhos bonitos assistiram o casula sair do quarto e se encararam por uns segundinhos, Daniel parecia realmente preocupado.
- Você tá bem?
- O que?
- Você tá bem Arthur?
Piscando algumas vezes rápido e confuso, olhava para o cadeirante meio desconfiado e com ciúmes também.
- Bem eu não tô... mais o Alex conseguiu me acalmar bastante, o Thiago também ajudou.
- Você tava chorando?
Daniel estendeu a mão em direção ao rosto do amigo e os olhos verdes pareciam ser algum tipo de pedra preciosa, o verde dos olhos de Daniel eram de um tom tão bonito de verde azulado que deixava qualquer pessoa sem fôlego.
- É...um pouco....
Viu o cadeirante "manobrar" sua cadeira a deixando do lado da cama e sem dificuldade nenhuma usando os braços e saltou da cadeira para cama deixando Arthur um pouco embasbacado com facilidade da manobra.
- Não me olha assim! Eu sou mais forte do que você imagina.
Daniel mostrou o muque bem grande e o braço definido com orgulho e sorridente.
- Eu sei que você pode não acreditar em mim... principalmente depois das merdas que eu te falei... mais eu me importo muito com você Arthur... você é meu amigo e eu sei que eu só dou mancada com você...e magoei muito o Alex... mas eu realmente me preocupo muito com você.
- Eu sei...me desculpa pelo soco também...eu tava muito puto...
- Você tinha total direto de me quebrar na porrada... mas não se engane, não iria ser uma luta fácil.
Arthur riu bem audívelmente agora, fazendo o ruivo olhar desacreditado e meio puto de brincadeira e dando uma ombrada no gaúcho, que respondeu com outra ombrada e risos dos dois rapazes.
- Eu tenho ciúmes de você e do Joe...
- Eu sei...
- Você é muito idiota...o Alex é incrível...e é MEU...
- Não por muito tempo, eu vou fazer ele se apaixonar por mim outra vez
- A controvérsias sobre essa afirmação Senhor Hartmann
- Não precisa bancar o médico comigo Doutor Cevero, eu devia te agradecer...
- Pelo que?
- Eu pesquisei sobre o que você falou... Filofobia...acho...que você estava certo...
- Eu estudei anos Daniel, eu estou certo, se quiser conversar sobre isso um dia, eu escuto, sem problemas.
- Eu agradeço, mais não acho que estou pronto ainda.
Arthur colocou o braço por cima do ombro do ruivo dando um apoio moral, Daniel se virou com um meio sorriso e os olhos brilhando por causa da iluminação do quarto, parecia até um gato.
Realmente Daniel era muito mais forte do que imaginou que seria, tentou afastar o beijo mais o agarrão que o ruivo dava era uma das coisas mais fortes que já o tinham prendido, a língua dele escorregou pra dentro da sua boca e ela era talvez a mais habilidosa dentre a de todos ali.
- Daniel??
Foi puxado com força novamente pra dentro de um beijo bem possessivo mais ainda bastante carinhoso e profundo, não sabia o que estava acontecendo e só conseguia pensar em fugir dos braços músculosos do cadeirante.
Deu dois soquinhos mixuruca no ombro do ruivo que finalmente o soltava com um ar vitorioso e um sorriso sapeca no rosto, Arthur estava vermelho com uma mão tapando a boca para evitar uma próxima investida do Barman.
- Realmente...você é muito acima da medida... 12/10 parabéns! Finalmente entendi o Joe e os outros, mais ainda sim... você é um versão menos gostosa de mim.
Daniel saltou da cama para a cadeira ainda sorrindo vitorioso na direção do gaúcho.
- O-o que foi isso?
- Nada de mais, não se preocupe, só queria experimentar.
- Você é tão louco quanto o Joe!
- Você está errado em relação a isso gaúcho.
Daniel se inclinou na cadeira ainda com a expressão mais animada e divertida que Arthur já tinha visto na bela cara dele.
- O Joe não é nem metade do que eu sou, afinal...quem criou ele...fui eu...
Arthur assistiu o ruivo sair do quarto bem tranquilo e sorrindo, seu pai estava na porta esperando sua vez de entrar no quarto, o homem grande parecia terrivelmente exausto e muito puto, fechou a porta do quarto e o silêncio se fez presente novamente.
- Pai....
- Arthur....eu sinto muito filho, eu devia ter ficado mais em alerta, eu devia ter ido com você...
A voz tremia terrivelmente, ambos estavam a beira de começar a chorar novamente, só tinham um ao outro no mundo e a ideia de ficar sozinhos era aterrorizante.
- Me Desculpa pai, eu devia ter te ouvido naquela época, isso tudo tá acontecendo porque eu fui teimoso!
- Não filho! Eu fui um intolerante arrogante, você me disse! Você confiou em mim e eu não conseguia te aceitar e isso fez você procurar apoio em outra pessoa, se eu tivesse sido um pai melhor naquela época você não teria envolvido com o Lucio, eu falhei com você filho, eu falhei tanto que você ainda me escondeu seu relacionamento com o Alex! Me perdoa! Isso tudo é culpa minha!
Arthur correu em direção do pai o agarrado com toda força que tinha no corpo e se sentindo uma criança novamente, chorando desesperado sentindo o pai tremer e então começar a soluçar também.
- Me perdoa filho...me perdoa...eu não quero te ver daquele jeito outra vez, eu não quero te perder
- Pai...
Os dois Ceveros choravam em total tristeza, arrependimentos do passado pesavam em deus ombros e o medo do futuro também os deixava balançados e inseguros, mas no momento tudo que importava era que estavam abraçados, Arthur estava bem e tinha achado pessoas com quem podia contar e confiar e Brulio sentia que podia confiar naquelas pessoas também.
Daniel entrou em contato com algumas pessoas da ordem que tinham contatos com polícias da região de Guarulhos, claro que não ficaria descarado uma procurada pelos arrombados, mas as instruções eram bem claras para manter os carecas tatuados sobre vigilância caso fossem localizados.
Brulio ainda não entendia muito bem como aquele mundo funcionava, mas Arthur parecia tão feliz dentro dele, se lembrou da época que criou os Gaudérios Abutres, sentiu saudades de casa e naquele dia depois do expediente ele é Arthur fizeram uma ligação para Ivete e passaram a noite quase toda conversando com os outros membros da gangue e como a dona do Suvaco seco, tudo pareceu ficar mais tranquilo depois de uma boa conversa acompanhada de um copo de whisky.
Brulio estava fumando no telhado observando a grande selva de pedra, tudo ali parecia tão cinza e sem vida e ao mesmo tempo tão agitado e animado, conseguia ver o prédio do MASP mais ao fundo e também o Mira atrás dele, soltou a fumaça a venda desaparecer no ar.
- Opa, não sabia que estava aqui em cima Gatinho...
Brulio virou soltando fogo pelos olhos encarando o americano, as coisas entre os dois estavam estranhas e o pior era que a culpa era dele, ele pediu para que as coisas irem mais rápido, e agora não conseguia acompanhar.
- Não me chama de Gatinho...
- Ok...te chamo como então?
- Me chama pelo nome mesmo.
O vento bateu e a sensação era agradável e bastante reconfortante, Christopher mantinha sua distância costumeira enquanto lhe oferecia um sorriso lindo, Brulio implorava com todas as forças para que não estivesse demonstrando seu desespero no momento.
- Precisa de alguma coisa gringo?
- Não, só vim admirar a paisagem, mas no momento...tem algo muito mais atraente do que um monte de prédios parado bem do meu lado fumando um cigarro barato.
Brulio deu uma engasgada e olhou de canto para Chris que tinha os olhos grudados nele no momento.
- Você é muito lindo...meu Deus...que injustiça.
- Eu sou só um pedaço de carne pra você por acaso?
Chris ficou bem bravo e rompeu sua distância ficando na cola do mais alto que recuou uns passos mas teve seu braço segurado para não fugir.
- Você é muito mais que só uma foda pra mim Brulio, você é meu amigo, e eu não quero que isso acabe.
- N-não foi isso que eu quis dizer...
- Então me diz, o que você quis dizer... gatinho...
- Não me chama assim...
- Não está em condições de fazer exigênciahs
Brulio sentia a mão mecânica segurar sua cintura e puxa-lo para ficar grudado com o americano sorridente.
- Explica.
Aqueles olhos negros o encarando tão profundamente a mão gelada na sua cintura junto com aquela vista tão bonita da cidade, se sentiu em um filme romântico e se sentiu ridículo por esperar um beijo naquela situação.
- Você sempre elogia minha aparência, parece que é só isso que vê em mim e nem atraente eu sou.
Christopher soltou uma risadinha pelo nariz analisando bem a cara do motoqueiro, parece que tinha se expressado mal.
Um beijinho rápido e sem nenhuma maldade aconteceu fazendo o gaúcho derreter completamente e ficar sem ação.
- Eu te acho lindo, mais eu sei que você é um pai incrível, um líder respeitável, e um homem Maravilhoso, eu fui sim atraído por você por ser muito gato mais não é por isso que eu continuou investindo em você.
Outro beijo asse mais profundo e lento, fez as pernas do gaúcho tremerem e suspiros escaparem pela boca do gaúcho.
- Melhor agora, gatinho?
- Não me chama assim!!! É ridículo.
- Não é não, é só um apelido, o diminutivo de Christopher em inglês não é Chris e sim Kitty somos iguais
Brulio arregalou os olhos e viu os americano se afastar e sumir, o coração saltava no peito e as bochechas esquentavam de forma gradativa, o que caralhos aquilo queria dizer?
Ele era adorável adoraria poder ficar beijando ele por horas e horas, colocaria ele no seu colo e o faria gemer sem parar, mas por enquanto só alguns carinhos eram o suficiente.
20 dias tinham se passado dês do incidente da farmácia e as coisas estavam mais calmas, Alex tinha sarado e passado uma noite no apartamento dos Ceveros e Brulio simplesmente quis morrer! Sabia que os meninos tinham sido o mais discretos que conseguiam mais ainda conseguiu ouvir alguns gemidinhos escaparem pela parede, foi um café da manhã bem desconfortável.
Brulio tinha tido mais sonhos com o americano e estava começando a enlouquecer, o boquete tinha sido o mais próximo de realmente fazer sexo que ele e o gigante sorridente tinham chego perto, no entanto os beijos rolavam soltos agora, sentia que estava ficando cada vez mais envolvido com o Americano e estava muito assustado com isso, olhar pra ele lhe dava calor e ereções aleatoriamente, não estava apaixonado mas estava a ponto de explodir de tesão.
- Pai? O senhor tá bem? Tá meio perdido olhando o café...
- Tô sim filho só algumas dúvidas sobre... algumas coisas...
- Un...
- Filho, eu vou fazer uma pergunta meio estranha agora mas, como você sabe que um cara está afim de você? Afim de verdade sabe...sem estar brincando contigo!?
Arthur ergueu uma sobrancelha de forma inquisitiva, tinha percebido os flertes do sogro com o pai, ambos eram homens adultos e responsáveis, só estava preocupado com o pai já que ele não tinha nenhuma referência sobre esse assunto.
- Igual a uma garota, beijos e situações fofas, se alguém está interessado vai demonstrar de alguma forma.
- E como você demostra interesse?
- Eu agarrei o Alex...funcionou...
Brulio riu mas não era uma má ideia, ele sempre era passivo em relação as investidas do americano, talvez se ele assumisse o controle disso poderia dar uma troca na dinâmica deles e até quem sabe...ele deixaria de ser o passivo! Bem iria tentar.
Tinha colocado Mickey na gaiola com um pedaço de nozes e umas frutas secas, ele adorava, assistiu o ratinho roer as guloseimas por alguns minutos sorrindo, tão bonitinho, amava o petizinho, Daniel também assistia o bichinho todo feliz.
- Seu Chris o senhor pode verificar os quartos pra mim?
- Claro menino.
Deu um tapinha no ombro do rapaz e passou pelo pessoal conversando no salão e talvez Liz tenha ganhado 400 reais no truco contra Thiago.
Subiu de escadas, de dois em dois degraus ouvia a música "Sakima - Daddy" tocava já quase acabando e ouvia Liz gritar ao fundo bem alto "TRUCO" seguido de risadas do Joe e Cesar enquanto Thiago gritava com Arthur pra ele e Alex conferirem a mão da dançarina.
Foi fazendo sua vistoria conferindo se ninguém tinha esquecido nada nos quartos, pelo horário Brulio deveria estar fumando no telhado, passaria por lá depois pra bater um papo com o gaúcho, tudo indo bem até se ver sendo puxado pra dentro de um quarto simples.
Chris cruzou os braços e colocou um pé pra frente encarando o homem de dois metros lhe aplicando um kabedon com um olhar vitorioso, muito gracinha mesmo...mas nada efetivo com ele.
Encarou de volta vendo o gaúcho ficar levemente vermelho e bastante desconcertado, segurou ele pela gola da jaqueta e o puxou com tudo pra baixo.
- Já acabou?
- .....acho que sim...
- Então deixa eu te mostrar como se faz de verdade.
Sem dificuldade nenhuma o gringo arrastou o grandão até a cama e o jogou nela ficando por cima encarando o gaúcho perder toda a atitude e ficar tão vermelho que parecia que iria explodir.
Que ideia de jirico, minha nossa que vergonha desgraçada estava sentindo naquele momento, só queria desaparecer.
- Aí me desculpa....
Ok, chega! Deu! Estava se contentando só com uns beijinhos, mais naquele momento o homem morrendo de vergonha cobrindo a cara com as mãos e sendo terrivelmente adorável era de mais pra sua sanidade.
Brulio tirou as mãos da cara e quis fugir imediatamente conhecia aquela expressão e temeu por sua vida, ia se levantar mas não deu tempo, Christopher tinha colocado a mão normal na sua boca e a mecânica na frente dos lábios fazendo sinal de silêncio, estava encrencado.
Sem dificuldade nenhuma o gringo abriu suas calças enfiando a mão mecânica dentro dela e abaixando a cueca logo em seguida.
Brulio gritou em total surpresa e puro pânico mas os sons não saiam já que a mãos de Chris segurava com toda força do mundo seu maxilar e mandíbula, agarrou os lençóis e arqueou as costas, tinha cometido um erro terrível.
Lutava com todas as forças que conseguia juntar, tentava se mexer loucamente na cama mais o americano era muito bom em restringir seus movimentos, sentia a masturbação acontecendo tão freneticamente que parecia que o gringo queria quebrar seu pau em dois, mais ainda sim era terrivelmente prazerosa e consegui ver que Chris estava se divertindo muito com suas expressões de desespero.
Como queria ter uma câmera agora só para gravar o desespero delicioso do gaúcho o jeito que ele tremia e implorava com os olhos por mais daquela sensação era de derrubar qualquer um, sentia o próprio pênis endurecer, finalizaria seu pedaço de caramelo e depois se resolveria.
Mordeu com tudo a mão do ex dublê que fez uma caretinha e aumentou o ritmo da masturbação tanto em força com em velocidade fazendo o motoqueiro derramar lágrimas e tentar puxar a mão do gringo da sua boca para enfim poder gritar.
Não iria aguentar mais aquele sorriso pingando maldade e malícia e os olhos escuros o devorando o faziam se sentir estranho, a mãos de dele no seu falo fazia seu cérebro entrar em pane, viu ele morder o lábio inferior com tanto tesão que seu corpo se arrepiou todinho, ninguém nunca tinha olhado pra ele desse jeito, a mão mecânica era gelada e muito mais apertada estava chegando no limite.
Que cena gloriosa, tirou a mão do rosto companheiro e ele estava totalmente imóvel, as lágrimas ainda descendo um pouco de saliva também escorria pelos lábios e alguns espasmos aconteciam ainda, a mão robótica toda melada de prazer, minha nossa que coisa mais linda de se ver.
Chris fez menção de levantar da cama mais foi segurado de forma meio molenga pelo gaúcho que ainda se recuperava do gozo.
- E você???
- O que???
- Você...nunca...chega até o fim...só eu...
- Eu consigo me virar...
- Eu quero fazer isso, eu quero te fazer gozar... só me diz o que eu tenho que fazer.
Chris engoliu seco não queria assustar o motoqueiro colocando o pau na mão dele e lhe dando uma aula de masturbação, mas aquele expressão pidona e olhos de gato fazendo manha o fazia tremer na base, boquete estava fora de cogitação, masturbação era muito complicado pra ele ainda e sexo mesmo nem pensar, usou todos os seus neurônios e então teve uma ideia.
- Eu amo as suas coxas sabia?
- Quê???
- fica de lado.
Brulio obedeceu meio groge e ainda devagar, ouviu o som da braguilha do zíper e tremeu um pouco nervoso, talvez suas preces fossem finalmente atendidas e mataria sua curiosidade em fim.
- Eu preciso que você aperte bem as suas pernas tá?
Brulio balançou a cabeça positivamente sem entender muita coisa, sentiu Christopher o abraçar por trás e prendeu a respiração, um pequeno puxão fez sua bunda encostar na ereção bastante generosa do companheiro e ficou bastante nervoso.
Ele era muito mais fácil de lidar assim Submisso é isso era algo bastante interessante a pele dele era tão quente e macia e minha nossa que bunda maravilhosa, queria muito colocar ele de quatro e ver seu pau ser sugado pra dentro várias e várias vezes, mas ser paciente era sempre a melhor escolha, mais isso não queria dizer que não iria aproveitar essa oportunidade.
- Aham..
Brulho colocou a mão na boca e arregalou os olhos totalmente constrangido enquanto Chris ria maldoso atrás dele, não imaginava que ter o traseiro apertado daquela forma o faria gemer tão manhoso assim.
Se esfregou um pouco nas nádegas bem trabalhadas e deu algumas sarradas gemendo baixinho, enquanto isso Brulio se esforçava muito para não gemer mas estava falhando miseravelmente, sem contar que estava duro outra vez.
O cabelo tinha um perfume fresco e bem agradável, deu um beijinho na nuca e uma mordida bem suave na orelha o ouvindo gemer mais uma vez, era sua vez de se divertir.
Brulio não sabia o que fazer, sentia as bochechas queimando e muita vergonha, o calor do pênis no americano entrando e saindo pelas suas coxas era incrível, mais muito humilhante, a melhor parte com toda certeza era ouvir os gemidos do americano no seu ouvido.
Os movimentos se pareciam muito com sexo mas ainda não era, as coxas juntas faziam uma parede gostosa de entrar e sair mais ainda não era o suficiente, enfiou a mão de carne e osso no Cabelo do parceiro e puxou com bastante força o fazendo gemer mais alto ainda.
- Fuck...
Os gemidos de lê era incríveis mais queria algo mais íntimo, parou os movimentos e viu o gaúcho se desesperar por um instante, arrancou suas calças e desceu as dele o máximo que pode e se enfiou meio desengonçado entre as pernas do motoqueiro.
- Christopher...
O beijo veio bem violento mas foi correspondido com um gemido melado e arrastado, os falos se tocaram sem nenhum tipo de barreira e o gaúcho teve um espasmo de antecipação.
- Morde...
Chris deu a barra da blusa do Gaudério para ele colocar na boca exibindo o tanquinho novamente e Chris suspirou pesado e limpou o suor da testa quase babando, Brulio nunca se sentiu tão desejado na vida.
Se debruçou sobre o mais alto e colocou os dois falos juntos na sua mão normal vendo o motoqueiro arregalar os olhos e olhar pra baixo confuso.
O primeiro movimento fez o gaúcho morder mais a camiseta para não gemer tão alto, Chris era um pouco maior e mais grosso ferindo levemente seu orgulho mais no momento os movimentos da mão dele junto com a contato tão sensível fazia ele delirar.
Ele olhava tão fascinado para a a situação que chegava a ser cômico, os gemidos saim meio abafados por causa da camiseta na boca, e o tanquinho ficava flexionado de forma bem bonita enquanto ele se apoiava nós cotovelos.
Os gemidos do americano era muito sexys conseguia sentir o pau dele pulsando junto com o seu próprio o jeito que ele o olhava era incrível, se sentiu embriagado de prazer e tesão, se aquelas bombadas de minutos atrás eram só uma pequena mostra de força mal podia esperar pelo prato principal.
- Eu não aguento mais... Chris...por favor...goza comigo.
- Eu tenho outros planos, mais eu quero te ver gozando...pode vir.
Christopher largou o próprio pênis e se abaixou sugando bem levemente a cabeça do pau do parceiro o fazendo gozar quase que instantâneamente.
- Morde, e não solta.
Novamente com a própria camisa na boca o gaúcho tentava controlar sua respiração e retomar o raciocínio, olhou para o americano e ele ainda se masturbava com bastante força, fechou os olhos e então sentiu algo quente molhado seu abdômen, abriu os olhos e se sentiu tão orgulhoso, chris todo suado e com a respiração descompassada o olhando faminto, simplesmente derreteu.
- Você é lindo.
Chris olhou espantado na direção do gaúcho, ele parecia meio aéreo ainda mais os olhos castanhos o observando tão fascinado cada aspecto do seu corpo e cada reação involuntária que ele fazia que não conseguiu se segurar.
Outro beijo quente e molhado fazendo o de cabelo cumprido desfalecer em seus braços e suspirar apaixonadamente, os beijos dele era tão doces.
- Seu Brulio?
- PUTA QUE PARIU PIA!!! DA ONDE QUE VOCÊ SAIU? MEU DEUS!!!
O idoso tinha as mãos no coração e puxava o ar olhando para Alex e Cesar meio puto meio assustado.
- Desculpa...
- Você é quase do seu tamanho como que você consegue chegar assim do nada? Teu irmão tudo bem parece uma vareta, mais você é de mais.
- Seu Brulio, a gente quer te pedir uma coisa...
Brulio pensou no pior, talvez eles tivessem descoberto que ele e o pai deles tinham quase transado a alguns dias e fossem pedir para parar ou algo do tipo.
- Pode falar...
Os irmãos se olharam bem tímidos, Alex apertava a barra da camiseta e Cesar tinha o rosto meio vermelhinho e tentava esconder com o gorro do moletom e o próprio cabelo, nunca viu os irmãos Cohen como pessoas fofas mais no momento não conseguia achar outra palavra para definir os dois.
- Seu cabelo...
- Meu cabelo o que Alex?
- A gente pode mexer no seu cabelo seu Brulio?
Cesar terminou a frase bastante vermelho e com olhinhos brilhando em antecipação, olhou para Alex e ele também parecia empolgado, seu cabelo não tinha muita coisa de especial, era só lavar, condicionar e pentear, mais os irmãos pareciam tão interessados... não faria mal deixar eles brincarem um pouco não é?
- E por isso que ninguém aqui tem Cabelo muito comprido seu Brulio.
Liz falava rindo vendo as trancinhas cheias de fitinhas e arquinho na cabeça do senhor de idade, os irmãos ainda faziam algumas coisas no cabelo do senhor enquanto todos olhavam meio rindo inclusive Arthur.
- Boys after they finished this game, leave the poor guy alone for a while.
- Ok Daddy
- Yes Father!
Brulio se sentia uma boneca, mas os dois rapazes sorriam felizes na sua direção e Chris também parecia bastante satisfeito com a situação.
- O Senhor tá lindo pai.
Brulio fez cara de cu e todo mundo riu, mas nada parecia estragar aquele momento tão fofo e familiar que estavam tendo.
Tiraram muitas fotinhas e riram de todas, os irmãos Cohen pareciam ter tirado um peso das costas e Chris prometeu recompensar ele de alguma forma, no momento ele fumava tranquilo no telhado observando a paisagem mas uma vez, adorava aquele lugar em específico de São Paulo, sentiu o telefone tocar e reconheceu o número dessa vez, mas se faria de tonto.
- Alô...
- Com saudades?
- Jamais...
- Fiquei sabendo que seu pia se reencontrou com o meu Lucio.
- Infelizmente....
- E bom ir se despedindo dele, se não fosse pelos gringos na farmácia você estaria totalmente Sozinho agora
-.......
- ...... você está estranho....sem gritos hoje.....?
- Eu não acho que você realmente saiba onde o meu filho está, acho que o Lucio achou o Arthur por sorte.
Rodolfo bufou do outro lado da linha puto, já não estava mais afetando tanto o Gaudério e isso o irritava profundamente.
- Não se preocupa! Eu vou achar ele! E você vai se arrepender.
Desligou se corroendo de ódio e jogando o celular no chão, os outros membros olharam preocupados para o líder que parecia processo.
- Vocês tem que achar o maldito do Arthur!
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.