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História Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Pai


Escrita por: Sachii

Notas do Autor


Meu luto pelo Thiago acabou minha gente, voltamos a programação normal agora, não se preocupem ele não vai morrer nesse universo viu
Já avisando que esse capítulo tem um pouco de gatilho então cuidado viu!!!

Capítulo 24 - Pai


Fanfic / Fanfiction Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Pai

Alex caiu na gargalhada olhando pra cara de Arthur meio indignado, Joui por sua vez estava vermelho e muito perdido.

- Desculpa Joui, eu vou ter que pegar de volta.

- O qu- hum?

Arthur quase desmaiou ver Alex beijando Joui era quase enlouquecedor, pela primeira vez quis agredir o namorado e o asiático, enquanto isso o pobre dançarino não sabia lidar com a língua extremamente habilidosa do casula, o jeito que ela se enrolava na sua junto com a mão na sua nuca o deixavam totalmente mole.

Arthur estava pocesso assim que os dois se separaram se preparou para dar o maior tapão na cara do namorado seguido do maior piti da sua vida, no entanto Alex segurou sua mão e envolveu sua cintura o puxando pro quarto.

- Da uma licençinha Joe.

Dentro do quarto Arthur lutava bravamente pra se ver livre do agarrão, Alex achava uma gracinha o jeito que ele ficava quando ficava nervoso daquele jeito, e ele não era o único.

Arthur foi libertado e quando ia começar a gritar foi calado com um beijo, sentiu suas bochechas serem esmagadas de forma fofa, o beijo era bem molhado e um pouco mais movimentado... não era um beijo que Alex daria.

- Art você é uma gracinha com ciúmes.

Art???? Ok definitivamente não estava falando com Alex e se sentiu péssimo por gatilhar o namorado a ponto de Ricardo aparecer.

- Ri- Ricardo...?

- O Alex tá rindo muito, eu também tava a gente meio que tá dividindo o controle agora.

- Rindo?

- Da sua tentativa de nós deixar com ciúmes...

Arthur ficou vermelho novamente ainda estava bastante bravinho mas no fundo no fundo sabia que era culpa dele.

- Joui me deixa inseguro...

- Arthur, Arthur...quantas vezes nós temos que dizer...a gente ama você! Nós nós apaixonamos por você, o Joui é um amigo incrível, mas é você que a gente ama.

- Eu...

- Você fez a gente cair na real em relação ao Daniel, você foi a primeira pessoa que nos correspondeu, nós não vamos te deixar.

Arthur olhou pra Ricardo, mesmo sendo o corpo de Alex o jeito que ele se mexia e as expressões que fazia eram totalmente diferentes das de Alex.

- Você deveria pedir desculpas pro Joe, está deixando ele muito confuso com certas atitudes.

- O que?

- Ele é o Alex conversam bastante, Joe é muito dado em relação aos sentimentos dele, e embora eu não goste muito, eu sempre acabo ouvindo alguma coisa.

Arthur parecia bastante arrependido olhando pra cima como um olhar de cachorrinho, olhou pra porta e uma forte onda de culpa veio sobre ele.

- Outra coisa Art, eu não quero mais ter que aparecer, de verdade, o Alex fica muito mal e cansado quando a gente troca, sem contar a amnésia que pode acontecer as vezes, você tá correndo perigo e por mais forte que eu seja...o Alex é muito mais, então se alguém tentar te sequestrar outra vez, ou te atacar e melhor o Alex estar no controle.

Arthur levou isso como um pedido de ajuda, Ricardo parecia bastante determinado a proteger os sentimentos de Alex, mas não sabia do que esse Alter era realmente capaz em alguma situação de luta.

- Prometo ajudar no que for possível.

Ricardo sorriu e por alguns segundos viu os olhos do namorado dilataram e ele piscar muito rápido, nunca tinha visto uma troca de Alter para Host antes e como psicólogo achou fascinante, mas como parceiro estava meio desesperado.

- Alex?

- Arthur?

O silêncio que se fez nos segundos que vieram foram tão engraçados quanto desconfortáveis, e não colaboravam em nada o fato do mais novo ter um sorrisinho meio sapeca no rosto.

- Você é muito fofo sabia disso?

- Desculpa....

- Não é bem pra mim que você precisa se desculpar no momento meu amor.

Respirando meio pesadamente Arthur encarou a porta e olhou para Alex novamente na esperança de ouvir alguma coisa, mas só ganhou uma sobrancelha erguida na sua direção.

Joe colocou os dedos sobre os lábios de forma tranquila, aproveitando a sensação de macia do toque, Arthur tinha o beijado e isso era maravilhoso e o beijo de Alex também era muito bom porém seu anjo parecia bastante preocupado com algo, não entendia bem o porquê ele teria ciúmes dele afinal já tinha deixado claro que era dele que gostava.

Alex era um amor, e um concorrente mais que a altura, bonito, inteligente e ridiculamente gentil, entendia perfeitamente o porquê Arthur e Daniel ficaram caidinhos por ele, mas sua determinação era muito maior do que uma quedinha, se conseguisse separar os dois isso seria beneficiário tanto pra ele quanto para seu Nii-san, então daria algum jeito para que o ciúmes de Arthur ser usado contra ele, conversaria com Daniel sobre isso, ele sempre tinha as melhores ideias.

A porta se abriu e o casal saiu do quarto, o baixinho parecia muito mais calmo e um pouco envergonhado, Joui o achou adorável com aquela expressão meio culpada, meio sem graça.

- Joui...me Desculpa....

- Pelo que?

- Pelo beijo...eu sinto muito... muito mesmo...

Derrepente uma ideia veio a mente do asiático, aí estava a oportunidade que tanto esperou.

- Eu te desculpo...com uma condição.

Alex mais uma vez ergueu a sobrancelha e olhou meio de rabo de olhou para o asiático, aquela carinha fofa e sorrisinho doce escondia um Yandere bastante agressivo e alguns fragmentos nada agradáveis da personalidade de Daniel, embora bastante empático e gentil Alex sabia que atrás de toda aquela aparência inocente tinha alguém ao um ponto de enlouquecer totalmente.

- E qual seria?

- Eu quero dançar com você.

- O que?

Então esse era o plano dele? Bem inteligente não podia negar, e até que seria legal ver seu namorado dançando com mais gente, adorava a performance dele com a Liz, e na verdade achava que talvez estivesse na hora dele mesmo ter uma nova performance também.

- Eu não vejo problema...mas...eu também quero uma coisa Joe?

- Alex?

- Pode falar Alex-senpai.

Qual era o problema dos Cohen afinal? Era impossível não tremer quando aquele sorriso tão característico aparecida no rosto deles, Joui talvez tivesse se metido em encrenca sem querer.

- Vocês não vêem a oportunidade que temos aqui?

- Alex... você tá...um pouco assustador.

Alex virou pro namorado, olhos chocolate bastante maldosos e aquele sorriso que pingava a mais pura maldade, com a expressão impossível de se decifrar.

- Podemos ter mais três números agora...

- Três?

- Sim! Um com você e o Joe, um comigo e com o Joe, e outro com nós três.

Os dois mais baixos se olharam e analisaram a ideia, Arthur definitivamente não queria ver Joe se esfregando no seu namorado, mas não podia deixar seu ciúmes falar tão alto, e um número com os três parecia até que bem divertido, sem contar que se Alex não tivesse se oferecido a meses atrás ele teria escolhido Joe de qualquer maneira.

- Eu gostei da ideia, tô dentro, e você Arthur-san?

Vendo os dois mais novos empolgados com aquilo o deixou empolgado também, mais tempo de palco queria dizer menos tempo com clientes, e se tinha uma coisa que odiava era ver Alex voltando todo ferrado de algum atendimento, mais duas apresentações fariam ele ter menos um cliente, isso já era alguma coisa.

- Ok, vocês me convenceram.

Os dois mais novos comemoraram com um sorrisinho cúmplice e Arthur sentiu o ciúmes subir novamente, porém dessa vez conseguiu engolir ele.

- Acho melhor a gente dormir...tá tarde já...

- Concordo! Joe, vem.

O asiático ficou meio em choque e Arthur parecia muito confuso e terrivelmente puto.

- Quê? Você acha mesmo que ia dormir na cama depois desse show? Desculpa meu amor, dessa vez o sofá e seu.

A cara de indignado do namorado era uma gracinha, puxou o asiático pela mão ouvindo alguns protestos e se segurando muito para não rir, óbvio que não deixaria ele sozinho na sala, esperaria ele dormir e levaria pra cama, afinal caberiam os três e até mais uma pessoa na sua cama se quisesse.

- Boa noite meu bem.

Viu a porta do quarto fechar e ficou bastante nervoso, porém estava merecendo um castiguinho realmente, sem muito vontade deitou no sofá e em menos de cinco minutos já dormia tranquilamente, Joe e Alex conversaram por mais uma meia hora até o asiático começar a falar em japonês e então só apagar, foi nesse momento que o casula buscou o namorado na sala sem nenhuma dificuldade e colocou ele na cama, queria muito ver a cara de tacho dele quando acordasse.

Brulio estava sozinho no apartamento do filho, parecia uma grande extensão do seu quarto em Carpazinha, os livros bem organizados na estante tinha a ordem que só poderia fazer sentido na cabecinha do seu menino, era muito bom estar perto dele novamente, não conseguia imaginar como as coisas seriam depois que esse problema chamado Rodolfo fosse resolvido, definitivamente não conseguiria levar Arthur de volta para sua cidade, sabia que ele estava muito feliz ali...longe dele...

Sentado olhando pro teto o líder dos Gaudérios pensava em tudo que tinha acontecido nesse mês que ficou em SP, sentia muita falta da sua cidadezinha mais abrir a porta e ser recepcionado apenas pelas paredes não era uma lembrança agradável, talvez por isso passava mais é mais tempo no bar, revirou as suas memórias de forma dolorosa.

~flashback Brulio~

Não tinha criado seu filho pra ser viado!!! De jeito nenhum aquilo era real, só podia ser uma brincadeira de mal gosto que estavam espalhando na cidade para difamar seu nome, Arthur era Macho! Carregava bizarro no braço, vencia muito adulto na porrada se quisesse, seria o líder da gangue quando se aposentasse embora duvidasse que ele fosse colocar medo em alguém tendo meio metro de altura, porém ele era um rapaz bonito, tinha certeza que as meninas da cidade se jogariam ao seus pés.

- Querido? Ligaram da escola...o Arthur se meteu numa briga.

- Mais esse pia toda hora com uma encrenca diferente, semana passada foi montar na vaga da fazendeira e batizar a coitada de Jenifer!

Amanda riu se lembrando da situação, Arthur sempre teve um coração muito bom e era um rapaz doce, e embora Brulio tentasse não esconder sabia que o gigante era igualzinho.

- Tu vai na escola? Ou prefere que eu vá?

- Pode ir, as pessoas vão ficar com medo se eu for.

Com o trato feito, Amanda pegou o Henrique nos braços, esse tinha puxado o pai seria grande, e mesmo tendo só 4 anos já era uma pequena máquina de destruição.

O dia no bar foi bem normal, jogou dardos e bebeu um pouco, tudo estava bem até por volta das 20:00 quando uma moto conhecida mais não bem vinda estacionou no bar.

- Há! Deixou a esposinha e os pirralhos sozinhos hoje?

Aquela voz tão conhecida e porém agora tão odiada do antigo melhor amigo ecoando pelo salão do bar, Ivete já se preparou para puxar a espingarda em baixo da bancada.

- Calma lá...eu vim só atrás de uma cerveja.

Meio contra a vontade a dona deu uma cerveja pro desafeto que se sentou ao lado do gigante de pele caramelo, olhando suas tatuagens e o cabelo médio, passeou pelos músculos soltando um sorrisinho meio disfarçado e deu um gole na cerveja.

Tomou todo o suco de cevada em silêncio, olhava vez ou outra para as coxas do mais alto, hora para os músculos se contraindo com os movimentos involuntários que o outro fazia, parecia perdido em seus próprios pensamentos, porém Brulio estava totalmente em silêncio no entanto completamente puto, Rodolfo parecia o estar medindo já estava preparado para receber um soco ou uma facada aleatoriamente, tencionou os músculos ainda mais, fazendo o careca parar com a garrafa no meio do caminho em direção a boca.

- O que você quer?

- A vida é engraçada?

- Como Assim?

Rodolfo deu uma risadinha cruel e o gigante aparecia se preparar mentalmente para uma briga, deu um gole longo no whisky, e Rodolfo assistiu o líquido descer pela garganta do antigo amigo bastante interessado.

- Lembra de quando a gente estudava junto?

- Que Que tem?

- Lembra daquele garoto que a gente bateu por ser viado?

- lembro... Idai?

- Como e saber que teu filho tá passando pela mesma coisa?

- Arthur não é viado! E só uma mentira que inventaram pra né difamar.

- Fiquei sabendo que ele tava beijando um menino de outra sala.

- Impossível!

- Se não acredita...pergunta pra ele por que ele estava envolvido em briga hoje.

Rodolfo se levantou e desceu o resto da cerveja de uma vez, Brulio estava roxo de raiva, assistiu o ex amigo colocar 10 reais no balcão e ir em direção da porta, parando antes de sair.

- Sabe, quando eu penso no nosso passado eu dou risada, porque a gente fez a vida de um monte de gente um inferno só porque eles eram sapata ou bicha, e agora teu filho tá passando pela mesma coisa, acho que isso é karma.

Brulio ficou com ainda mais raiva, e fez menção de se levantar mas Rodolfo já tinha montado na sua moto e dado partida, Brulio levou aquela conversa como mais uma provocação.

Quando chegou em casa Arthur já estava dormindo e Amanda parecia preocupada com alguma coisa, Henrique também já estava na cama.

- Como foi na escola?

-....A...sim...uns meninos mais velhos...eles queriam ver se o Arthur era tão forte quanto você?

- Haha! E aí?

- Bem... Arthur levou uma suspensão de três dias.

- E os meninos?

- Dois deles levaram uma suspensão de uma semana...o outro... tá no hospital...

- No hospital?

- O Arthur conseguiu quebrar a perna do garoto.

- Esse é meu garoto!

- Brulio!

- Que foi?

Amanda olhou desacreditada no que o marido falava, Brulio logo percebeu que a esposa estava brava pelo jeito que aqueles olhos verde esmeralda o encaravam bastante sérios e um pouco desapontada.

- Brulio, o Arthur é um pia sensível ele quer ser médico, como você acha que ele está se sentindo agora?

Brulio engoliu a saliva, não tinha pensado nisso.

- Amanhã eu tenho uma conversa com ele.

- Acho bom.

Na manhã seguinte Arthur saiu cedo sem que ninguém o visse, andou sozinho pela área rural e sem dificuldade invadiu a fazendo onde fazia bicos nos fim de semana.

- Aí Jenifer...o que eu faço agora? A galera da escola já sabe, e agora a mamãe tá sabendo também...ela disse pra não contar pro papai ainda...ela disse...ela disse que o papai não gosta de gente que nem eu...mais ele é meu pai! Ele não devia me amar pelo jeito que eu sou?

- Muuuuuuuuu

- Eu sei, mais eu não fico só com meninos! Eu fico com meninas também! Na verdade eu fico com qualquer pessoa que eu acho legal.

- Muuuuuuuuuuuuu!

- A não! A mamãe disse que me ama de qualquer jeito.

- Muuuu

- Eita! E melhor eu voltar! Tchazinho Jenifer!

- Muuuuu

Fazendo um carinho na cabeça da vaquinha que tinha sofrido um acidente a pouco tempo e ficado com uma cicatriz bastante feia na cabeça, Arthur chorou horas pela pobre vaquinha.

Os três dias de suspensão passaram bem rápido, ficava andando de bike na rua ou ajudava Ivete no bar e com ela recebia pagamento em dinheiro, diferente da fazendeira que pagava ele com legumes e manteiga.

Voltar para a escola era bom, queria estudar bastante mesmo não sendo o filho inteligente, queria ter uma boa carreira, isso se sua carreira de músico não descolasse.

Arthur não era inteligente, passou de ano como um aluno totalmente mediano e agora com 15 anos os boatos voavam perigosamente, a mãe ainda não tinha deixado ele contar pro pai e isso machucava bastante, sabia que era para o bem dele, mas queria muito contar.

Estava registrado como aprendiz no bar, e estava adorando, conseguia beber escondido e também tinha acesso ao pai sempre, sem contar o dinheiro que já estava juntando para comprar sua guitarra dos sonhos.

Brulio adorava ver a cara de pavor das pessoas que passavam pela cidade e entravam no bar, e esses não eram diferentes, uma família de 5 pessoas desavisadas, tinha um garoto um pouco mais velho que Arthur no meio dos filhos do casal, a família mesmo intimidada pareceu gostar do lugar e prometeu voltar antes de colocarem o pé na estrada outra vez.

- Brulio tu viu o Arthur por aí? Pedi pra ele ir pegar uns negócios lá atrás e sumiu.

- Vou lá ver se ele não escapou pra comprar porcaria lá no seu Getúlio.

Brulio atravessou a rua de forma despretensiosa e como previu lá estava Arthur com o filho da família conversando na parte de trás do posto.

- Seus olhos são muito bonitos, nunca tinha visto nada assim antes, achei que era Impossível nascer com o olho de cada cor.

- Obrigado! Todo mundo acha legal mais pra mim não faz muita diferença eu só uso o olho pra enxergar mesmo.

- Você é engraçado....e bonito também...

Brulio viu o filho ficar vermelhinho, tanto ele quanto seu menino ficavam vermelhos com facilidade, não sabia o porquê tinha ficado parado ali parado escondido pela parede espiando os dois, porém nunca esqueceria a imagem que viu alguns segundos depois, o garoto parecia um palito, tinha o cabelo loiro terrivelmente claro e olhos azuis, o primeiro garoto que viu Arthur beijando, ficou pocesso puxou o cabelo do menino com toda força o fazendo cair com tudo no chão.

- PARA PAI!!

ficou horrorizado com o que estava prestes a fazer se Arthur não estivesse usando toda a força no seu pequeno corpo para segurar seu braço, olhou o garoto chorando no chão se protegendo de forma desajeitada enquanto tremia e chorava assustado.

Brulio olhou para Arthur e para o garoto aterrorizado no chão, e sentiu uma terrível dor de estômago, aquele menino não sobreviveria se levasse um soco dele e isso o assustou terrivelmente, Arthur tinha corrido na direção da outra criança, e o ajudava a levantar e assim que ficaram de pé saiu correndo com o garoto em direção ao hotel da cidade olhando para trás triste e assustado.

Arthur ficou em silêncio, parecia um ratinho, sentado no sofá ouvindo gritos e mais gritos, lágrimas escorriam silenciosas pelo seu rosto, Henrique estava muito assustado dentro do quarto era muito coisa para uma criança de 6 anos entender, Amanda por sua vez não disse uma palavra apenas olhava o filho sofrendo em silêncio e marido despejar palavras odiosas e doloridas no menino tão inocente.

- TU TENS NOÇÃO DO QUE VÃO FALAR DE MIM NA CIDADE POR TUA CAUSA PIA! EU NÃO QUERO FILHO INVERTIDO!

- Mas...eu sou seu filho...

Foi a primeira coisa que o baixinho falou quando o pai parou de gritar, olhos vermelhos e o rosto também puxando o ar meio sem jeito.

- Se continuar com isso eu não quero mais que tu seja.

- BRULIO!! chega...chega.... Arthur...vai pro seu quarto...

- Amanda?

- Arthur vai pro teu quarto agora.

Arthur se levantou e ainda chorando foi para seu quarto e se trancou lá.

- Tu...nunca mais...fale isso pro meu filho...

- Amanda! Ele tava beijando outro garoto! Isso é errado!

- E por que é errado? Por que alguém escreveu num livro? Por que e pecado? Ou por que você não gosta?

- Minha reputação é tá em jogo mulher!

- A tua reputação e mais importante que a felicidade do teu filho?

- Eu não consigo entender! Ele não parece um deles.

- "Não parece um deles"? Tu tá se ouvindo? Olha eu vou deixar uma coisa clara, se você não quiser ficar sozinho você pare imediatamente com essa atitude, eu pego o Arthur e o Henrique e sumo nesse mundo.

- Você não faria isso?

- Se for pra ver o Arthur bem, eu sou capaz de qualquer coisa.

Brulio assistiu a esposa indo em direção ao quarto do primogênito e entrando, ela não saiu do quarto até a manhã seguinte, nunca esqueceria as olheiras do filho naquela manhã de terça feira.

Arthur era conhecido na cidade agora, qualquer pessoa com vagina que aparecesse na sua frente ele pegava, mais nenhuma ficava, não chegou a conhecer nem um quarto das meninas, a maioria era pessoas que só passavam pela cidade, via o garoto de 16 anos tendo o coração partido básicamente uma vez no mês, as vezes até mais vezes seus instintos paternos podiam dizer o quanto ele estava infeliz e algo dizia que ele tinha parte naquela tristeza que só alimentaria no ano seguinte.

Os caixões desceram devagar pelos buracos um do lado do outro, Arthur não conseguia parar de chorar, a gangue toda estava abalada e Brulio estava desesperado, não sabia como lidar com Arthur, não sabia como lidar com seus sentimentos, só sabia que aquela era a pior dor que já tinha sentido na vida e nunca mais queria sentir ela enquanto estivesse vivo.

- Arthur? Onde tu tava?

- E você se importar?

O garoto estava visivelmente bêbado, já havia se passado um mês dês do enterro e nos últimos três dias percebeu um padrão de saída estranho do garoto, geralmente ele ia pra escola, ia pro bar e saia pela cidade arrastado assa par qualquer mulher que visse, sabia que ele estava ficando com alguns caras também, mas sinceramente não tinha mais forças para brigar e muito menos queria afastar seu filho mais ainda.

- Só estava preocupado...

Arthur riu e foi para seu quarto se trancando lá dentro e não saindo até dar o horário de ir para a escola.

Um pouco antes de Arthur chegar no bar Brulio deu uma passadinha no seu Getúlio para comprar uns cigarros e novamente viu algo que jurava que não podia ser verdade, bem ao longe podia ver escorado numa árvore seu filho beijando um dos assombrados, o queixo caiu e ódio foi se espalhando pelo corpo, foi correndo pela distância mata a dentro, parecia um touro raivoso, não deu tempo nem de raciocinar direito, o soco foi certeiro derrubando o rapaz com tudo.

- Pai?

- Maldito! Fica longe do meu filho!

- Lucio foge!

Arthur ficou entre o pai e o namorado o vendo levantar e cuspir sangue e finalmente sair correndo dentro da floresta, passando alguns segundos puderam ouvir um som de escapamento bem longe, Brulio olhou para o filho furioso.

- Em casa, nos vamos conversar...

Aquilo não foi uma conversa, foi uma disputa para ver quem gritava mais alto, Arthur pois tudo pra fora, gritou o quanto sofreu todos esses anos escondendo quem era realmente, se afundando em relacionamentos onde tudo que queriam era falar que ficaram com "o filho do líder dos Gaudérios" ou pelo seu corpo, gritou o quanto se sentia culpado por ter brigado com Henrique no dia do acidente, gritou o quanto ele se sentia sozinho, gritou e gritou e pela primeira vez, Brulio ficou em silêncio, pela primeira vez viu o que seu orgulho e preconceito faziam seu filho sofrer e de como era idiota, mas não podia aceitar o namoro dele com um assombrado, tinha um péssimo pressentimento.

No aniversário de Arthur ele deixou tudo planejado no bar, a guitarra novinha e tinha separado um dinheiro para completar a moto do filho, foi até o quarto chamar o seu menino mas se deparou com um quarto vazio, vasculhou o local e encontrou um bilhete com hora e local, algo dentro dele gritava, sentia um medo descomunal e sufocante, ligou para os membros da gangue, foi no seu quarto e pegou sua arma, era melhor previnir do que remediar.

A cena era nojenta, sangue para todos os lados, o alguns dos tiros pegaram no carniçal, nunca gostou de matar animais mas não teve muita escolha ali, o filho estava desfigurado mas vivo e isso era tu que importava tinha levado um tiro no ombro mas a bala tinha atravessando então não tinha problema, olhando o buraco novamente quis vomitar lá no fundo do salão a cabeça de uma vaca estava jogada, começou a observar bem a carcaça do animal percebeu as marcas e seu coração apertou e quis vomitar.

- Eu sinto muito Jenifer....

Arthur se recuperou bem, fez vestibular e passou até que com uma nota boa se ele ainda quisesse conseguiria entrar em medicina ou veterinária mas seu problema com a cor vermelha o impedia de cursar essas disciplinas, porém ele ainda queria ser um doutor, então psicologia foi sua segunda opção de curso, a primeira sem novidade era música.

Colocar o filho no ônibus pra capital e ver ele partir foi uma sensação agridoce, estava orgulhoso mais ainda se culpava terrivelmente, se ele tivesse sido mais compressivo talvez o filho fosse médico agora, ou veterinário quem sabe, talvez ele não fosse sempre o último a saber dos seus namoros e as visitas que ele fazia nas férias tivessem sido mais aproveitadas, prometeu que apoiaria Arthur em qualquer decisão, o diploma do filho estava pendurado orgulhosamente na sua sala e saber que ele ajudou tantos pacientes era algo incrívelmente, seu filho era seu bem mais precioso e lutaria até a morte por ele.

~Flashback Brulio fim~

Se sentia sozinho olhando para o teto branco do apartamento, pegou o celular e passou pelos contatos, pensou em ligar para Gregório, mas abaixo dele um contato chamou muito mais atenção.

Chris tomava um copo de conhaque enquanto lia um livro na sua cama quando do nada seu celular tocou.

- Alô?

- E ai Gringo...

O sorriso do americano ao ouvir a voz do gigante não podia ser posto em palavras, se não tivesse colocado o grandão de castigo adoraria repetir os atos da noite anterior mas não voltava com sua palavras.

- Oi, por que ligou?

-....... talvez....eu estivesse com saudades.

- Vamos nós ver amanhã...

- Eu sei...

Ele era tão delicioso e inocente, quase se sentiu mal pelo gaúcho, faltava tão pouco para chegarem até o fim mas ainda tão longe, resolveria isso na praia.

Brulio e Chris conversaram até o gaúcho cair no sono e o americano ficou muito feliz de poder ajudar o amigo mesmo que de forma indireta.

Geral estava empolgado para o último dia de trabalho, Daniel, Liz e Thiago chegaram juntos e Cesar sabia exatamente o que os três tinham feito.

- Você são uns pervertidos....

- Falou o padre...

- Pelo menos eu não assisto as lives dos outros membros com nomes falsos.

Os três se olharam com a vergonha estampada em suas faces, isso era o fundo do poço realmente.

- Não conta pra eles.

- Relaxa Dani, eu não sou cuzão a esse ponto, pelo menos não com vocês.

Todo parecia perfeito e na hora do intervalo por ser o último dia de trabalho estavam todos conversando juntos e felizes.

- Pai o senhor reservou o hotelzinho pro Mickey?

- Já tá tudo preparado, eu também já recebi as reservas, está tudo certo.

A animação subiu um pouco mais, Chris olhou em volta e percebeu que Liz e Daniel não estavam na rodinha, talvez tivessem ido garantir que os quartos estavam organizados antes da noite.

Estavam envergonhados sim, mas isso não quer dizer que não aproveitaram a live, o problema foi Thiago e seu libido descabido, então agora os dois amigos se davam um pouco de consolo como podiam.

Uma das melhores coisas em transar com Daniel era a força dos braços do ruivo, adorava as marcas que as mãos dele deixavam, e mesmo agora nessa rapidinha onde estava por cima não precisava fazer muita coisa porque era erguida e encaixada com tanta facilidade pelo amigo que chegava a ser ridículo.

Tinha que ser mais rápidos, Liz apoiou as mãos no peitoral do ruivo e aumentou a velocidade da subida e descida que estava fazendo, atitude que fez Daniel soltar uns gemidinhos mais altos e meio agoniados.

Liz era com todo certeza uma das mulheres mais bonitas que já tinha visto, assistia fascinado ela fechar os olhos e gemer no seu pau toda vez que ele entrava no fundo novamente.

Conseguia sentir seu interior se comprimindo em desespero, estava quase lá precisava de um pouco mais de força e como se lesse sua mente Daniel a colocou na cama saindo por completo e metendo com toda força e vontade que tinha a fazendo gritar em êxtase.

As bombadas dele eram sempre profundas e certeiras de mais, não iria resistir muito mais tempo, puxou o cadeirante para um beijo.

A disputa por liderança dentro das bocas era algo surreal a língua de Daniel era lenta mais não muito inferior a de Liz.

Mais uma estocada forte e dessa vez foi impossível não segurar ambos gozaram juntos e bastante cansados, Daniel saiu de dentro deitando, tirou a camisinha e deu um no jogando no lixinho que tinha perto da cama.

- Liz?

- Huun?

- Acha que assistir a Live foi um erro?

- Com certeza certo não foi, mais nós precisávamos disso.

Daniel lembrou da noite anterior e de como Alex estava gostoso com aquela regata, e de como Joui parecia estar se divertindo com os outros dois.

- Espero que essa viagem nos ajude Dani...

Balançando a cabeça de forma positiva o ruivo só conseguia imaginar o pouco tempo de paz que teria nós próximos dias.


Notas Finais


Thiago será lembrado sempre como um grande herói! Valeu por tudo Thiagão!!!
Btw gente e a Agatha aparecendo no final? Fiquei chocada!!!


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