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História Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Estrela


Escrita por: Sachii

Notas do Autor


Oi povo, esse capítulo mostra a equipe Kelvin na vida da galera e um pouco do passado da Liz, também mostra um lado estranho do Chris, espero que gostem

Capítulo 36 - Estrela


Fanfic / Fanfiction Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Estrela

- e só dá um tiro, cabo o problema.

- Mari...

- Eu odeio tanto essa mulher Kennan...

- A gente sabe meu pedacinho de chocolate amargo mas as ordens do seu Chris são absolutas lembra, e esse o trato.

- Se eu pudesse...eu matava essa vaca agora, e cadê o Miguel?

- Deve tá dando encima de alguém na rua.

- No mês aberto deixar ele sozinho e como soltar uma criança no parque de diversões.

- Eu não ligo pro mês aberto, eu só amo você e ele, e vocês são o suficiente pra mim.

Mari se ajeitou melhor no banco do passageiro, Kennan usava o binóculo para olhar Elisse de longe, ela fumava e estendia roupa, parecia tudo normal, ouviram batidinhas no vidro e lá estava Miguel sorrindo com uma sacolinha na mão, abriu o carro sorrindo ainda mais.

- Eu trouxe lanche.

- Meu herói!

Kennan segurou o namorado pela bochecha e deu um selinho doce suspirando logo em seguida enquanto passava a mão no cabelo dele se separando lentamente trocando selinhos no processo.

- Nossa como vocês são melosos.

Os dois rapazes se olharam e pensaram a mesma coisa atacando a mulher com beijinhos pelo rosto, a risada dela preencheu o carro.

Kennan comeu duas coxinhas e ainda mordeu um sanduíche natural de Mari e pegou um pedaço do pastel de Miguel, adorava a comida brasileira, não tinha nada disso nos Estados Unidos.

- Mari se você continuar encarando a Elisse assim e capaz da cabeça dela explodir.

- Eu odeio ela...

- A gente sabe que você odeia ela por causa do Alex.

- Eu não aceito o que ela fez com o ele.

- A gente também não, e a gente sabe o quanto você e doida pelo Alex.

- Instintos maternos né Miguel.

- Se vamos falar de instintos maternos vamos ter que falar de gravidez que vai me fazer voltar a perguntar, quando vocês vão decidir de quem eu vou engravidar primeiro?

- Aí Mari agora isso?

- Quem começou foram vocês! Eu tenho 29 anos a partir do ano que vem as coisas complicam mais e eu não quero ter um filho atrás do outro, vai fazer mal pra mim e pras crianças, eu quero filhos e quero logo.

Os dois rapazes se encolheram a verdade e que embora eles quisessem muito ter filhos juntos ambos estavam morrendo de medo de não serem bons pais, principalmente Miguel que tinha péssimas referências já que seus pais era uma merda, não queria traumatizar seus futuros filhos e a única referência de cuidar de criança que teve na vida se chamavam Thiago Fritz, Cesar Oliveira Cohen e Alexander Cohen Koth, e diga-se de passagem...eles não foram crianças normais, embora a aparência jovem e voz gostosa o rapaz era o mais velho dos 3 já com 38 anos enquanto Kennan tinha 35 e Mari a mais nova dos três, se lembrar da adolescência correndo atrás de Thiago e Cesar não era uma lembrança boa até porque os dois pareciam duas crias do demônio destruindo tudo que viam pela frente principalmente se estivessem juntos, seu pai foi um dos seguranças do Senhor Fritz que teve um interesse repentino nele, provavelmente por causa da sua boa aparência e habilidades de liderança, mas cuidar daqueles adolescentes foi o seu inferno particular.

 

⚒️�� Experiência do Miguel ⚒️��

 

Ouvir os gritos dos pais todas as noites era algo totalmente normal pra ela mas ainda terrivelmente desagradável diga-se de passagem, não imaginou que passaria a adolescência trancado no quarto para fugir das agressões do pai bêbado e do abuso verbal da mãe, mas a vida era assim mesmo.

- Miguel...

- Fala pai....

- Arranjei um emprego pra você de segurança...tem que usar esse tamanho todo pra alguma coisa.

- Só tem tamanho mesmo esse garoto, fez bem em arranjar um emprego pra ele, começar a ajudar em casa.

Não iria mentir, um trabalho poderia ser sua chance de ouro, já tinha 17 anos podia juntar um dinheiro e sair de casa.

- Obrigado pai.

O Apartamento era enorme, olhou ao redor fascinado e o pai o cutucou para ele fechar a boca, um homem baixo de barba e olhos castanhos desceu as escadas de pantufas e roupão com o óculos meio torto e visivelmente cansado, reconheceu imediatamente o ator Arnaldo Fritz.

- Você, deve ser o jovem Miguel, como você e grande meu rapaz minha nossa, tem 17 mesmo?

Balançou a mão do ator meio sem jeito e fez sim com a cabeça meio envergonhado, uma moça bonita desceu do andar de cima e Miguel ficou levemente coradinho vendo a moça de lingerie fazendo charme na direção do ator.

- Bem... é....uhuun...o seu trabalho e olhar meu filho Thiago, ele e surdo então se não souber libras fale devagar para que ele leia seus lábios, com o tempo ele se acostuma com a velocidade que você fala normalmente, ele usa aparelho em um dos ouvidos, o que ele tem a audição melhor, do outro ele não escuta nada e geralmente não fala quando está sem aparelho por não reconhecer o volume da própria voz, vocês vão se dar bem.

- O senhor não fala muito dele na mídia, já vi ele em algumas premiações mas nem sei a idade dele.

- Ele acabou de fazer 12, siga-me.

O rapaz passou pela moça bonita e subiu as escadas indo até o fim do corredor onde tinha uma porta totalmente ferrada, parecia que tinha levado vários chutes, o ator abriu a porta e dentro do quarto duas crianças conversavam em libras, um menino muito parecido com ator que assumiu ser seu filho e uma garotinha magra de longos cabelos negros como a noite e de pele extremamente clara e rosto bem marcante, porém os olhos totalmente negros davam um ar intimidador a criança, ela passava um ar meio fantasioso de tão bonito que seu rostinho era.

- Crianças?

A garotinha cutucou menino o fazendo olhar pra trás e abrir um sorrisão na direção do homem.

- "Pai!"

- Oi tio Arnaldo!

- Oi Cesar...dormiu bem?

- Sim Senhor!

- Daqui a pouco seu pai aparece pra te pegar viu.

- Tá bom

As crianças falaram algo em libras que ele não entendeu e então ambos olharam para ele curiosos e interessados.

- "Esse é o Miguel, ele é seu segurança Thiago"

A conversa em libras se estendeu e as duas crianças pareceram encarar ele ainda mais curiosas, seu trabalho era fácil, era só ficar parado olhando o garotinho bonitinho e simpático. 

Aquelas crianças...eram o demônio... não tinha outra explicação, as babás não conseguiam controlar Thiago que estava entrando na adolescência e começava a ficar rebelde e quando Cesar aparecia de fim de semana o inferno era instaurado naquele apartamento, era comida queimando, copo quebrando, eles pulavam nós sofá e na cama e se alguma das empregadas viesse lhes dar bronca eles corriam e se escondiam atrás dele com sorrisos sapecas, não iria mentir eles eram fofos, mas puta merda faziam uma gigante destruição, Cesar por ser mais novo era sempre protegido por Thiago então era sempre ele que levava a bronca, perdeu as contas de quantas vezes isso aconteceu, ficou dois anos nisso, juntou um bom dinheirinho e com 19 anos saiu de casa agora Thiago já tinha seus 14 e era a pessoa mais empolgada do universo, sempre que via sua pessoa o abraçava e até lhe dava um beijinho na bochecha, gostava pra caralho de Thiago.

Falava em libras com ele agora, tinha aprendido na garra e por algum motivo hoje o pai de Cesar o ator e dublê Christopher Morningstar Cohen estava visitando e isso só queria dizer uma coisa....Cesar destruindo absolutamente tudo que via pela frente sem se importar com nada ao seu redor, até porque Thiago alegremente iria levar as broncas pelo melhor amigos sem pensar duas vezes.

Christopher lhe sorria estranho e Arnaldo também, eles vieram com uma proposta irrecusável de trabalhar como a ponte entre as duas empresas, os Estúdios Fritz e o conglomerado Cohen, com uma condição os trabalhos sujos para manter os seus filhos a salvo caso necessário, bem.. já era segurança mesmo.

Conheceu Alex...e ele era um anjo e totalmente mais fácil de lidar que Cesar e Thiago, doce e brincalhão assim como também incrívelmente inteligente uma criança de ouro sem dúvida nenhuma, porém muito mais calmo e fofo que os irmãos, se apaixonou instantâneamente pelo garotinho, viu Thiago e Cesar erguerem ele pelo braço e a risada dos três ecoou pelo parque...quem encostasse neles...iria morrer.

Abraçou Thiago no velório de seu pai e passou a tarde atrás dele garantindo que ele conseguiria lidar sem desmaiar, em um certo momento da cerimônia uma mulher bonita de sotaque francês veio direto pra ele e o abraçou, ambos choraram por um bom tempo, mais tarde descobriu que a mulher parda de rosto marcante era a mãe do seu Thiago, ficou extremamente puto, mas não cabia escândalo ali, mas a audácia daquela mulher em aparecer no velório só despertou mais ainda sua super proteção em relação aos três rapazes que agora olhavam o caixão descer a cova, Kennan observava mais ao longe entre os pais e Mari ainda olhava para o seu Christopher que no momento tinha ambos os filhos um de cada lado do seu corpo segurando suas mãos, Thiago chorava enquanto a terra cobria a caixão....daria tudo pra que ele não precisasse chorar mais.

 

⚒️�� Experiência do Miguel - Fim ⚒️��

 

- Nos vamos conhecer o noivo do Alex finalmente! Como será que ele é?

- Eu tô preocupada, o Alex é muito inocente

- Nisso eu concordo, ele pode ser facilmente iludindo e com a grana que ele vai herdar não duvido nada de alguém tentar dar o golpe do baú.

Mari puxou um cacho do cabelo claramente bem puta e nervosa, Kennan percebeu e colocou a mão no seu ombro lhe oferecendo um sorriso lindo como se dissesse "Vai ficar tudo bem" e a namorada lhe sorriu de volta com um olhar e expressão bem mais suaves.

- O Cesar nunca vai deixar ninguém magoar o Alex, eu conheço ele muito bem.

- Acho fofo como vocês se relacionam, mesmo ele fugindo do seu carinho sempre.

- Ele pode fugir o quanto quiser, ele nunca vai escapar dos meus carinhos.

- Ai como você é fofo meu amor.

Miguel puxou o namorado pra mais um selinho e eles sorriam dentro do beijo.

- Ele foi minha primeira conexão com a Ordem afinal

 

���� Experiência do Kennan ����

 

- that's not fair!

- Honey Please!

- son ... we have no choice

- I don't want to go to Brazil!

O adolescente filho de canadense nascido nós Estados Unidos cruzou os braços e fez bico, a vida era injusta pra caralho! Seus pais venderam a empresa toda para um ator brasileiro e um dublê americano e agora teriam que se mudar de país, isso era tão injusto! Teria que deixar seus amigos, sua namorada, a escola que tanto gostava para ir num país de terceiro mundo por uma decisão que não foi ele que tomou, definitivamente o pior natal de todos.

Era talvez a última vez que iria ver o Central park e os pais estavam empolgados para que ele conhecesse os novos sócios mas ele não estava nem um pouquinho afim de falar com as pessoas que destruíram sua vida, o término com a namorada doeu tanto que não conseguia nem comer, tudo culpa desses caras.

Se sentou num banquinho, a neve caia fortemente enquanto pessoas iam e vinham pelo parque, ninguém parecia se importar com ele ali, deixou uma lágrima descer, não queria se mudar....

- Aouch!!! WTF???

Foi acertado bem no olho, a pedra bateu com tudo e agora estava doendo horrores, olhou e viu uma garotinha com um rabo de cavalo alto e roupinhas de frio vermelhas vivas e o capuz da blusa era cheio de pelinhos, os olhos negros eram assustadores mas a pele clarinha e as bochechas rosadinhas pelo frio passavam um ar angelical para aquele rosto perfeito.

Viu a garota se abaixar e pegar outra pedra, e pegar um estilingue puxando com toda força que tinha nos braços e soltando novamente na sua direção, dessa vez ele desviou e a menina não pareceu feliz com isso, atirando mais uma vez na direção dele.

- This brat!

Se levantou puto e foi tirar satisfação com a criança, caminhou a passos firmes parando frete a frente com aqueles olhos escuros que lembravam muito um personagem de anime ou jogo, aquela menina era linda em um nível inimaginável, devia ter uns 11 anos no máximo mas minha nossa seria uma mulher linda! No entanto não adianta ser bonito e ser mal educado.

- You cannot throw stones at others!

- You who were in my line of fire

- Where are your parents? Are you alone here?

- Mommy And Daddy told me to not to talk to strangers

- They're right, but I'm not dangerous

Essa frase fez a menina dar uma recuada e só aí Kennan se tocou de quão bizarra aquela frase poderia ter saído, deu um passo na direção da criança e ela simplesmente saiu correndo, se sentiu péssimo e saiu correndo atrás dela, o que obviamente só fez a criança se assustar mais e ele só se tocar disso outra vez, estava encrencado.

A criança corria como se sua vida dependesse disso e pelo visto Kennan não sabia lidar com gente mais nova estava quase alcançando a menina quando ela se escondeu atrás de um homem terrivelmente grande e musculoso com uma cara de poucos amigos ao seu lado uma mulher muito bonita e ela se parecia muito com a criança que seguia, engoliu a saliva vendo gigante se virar na sua direção assustadoramente e então uma voz.

- You finally came, son! Mr and Mrs Cohen this is our son Kennan Thomas!

Soltou a respiração que nem sabia que estava segurando e viu os pais lhe sorrindo, o gigante pareceu lhe analisar novamente e então abriu um sorrisão bonito e cheio de carinho, se sentiu mal por pensar mal dele a alguns segundos atrás, a garota saiu de trás do pai e agora o olhava curiosa e com um sorriso bastante parecido.

O Brasil era quente! E tinha tanta comida gostosa e gente gostosa também, nossa quanta gente bonita num lugar só.

Aprender o idioma foi muito fácil e até tinha se acostumado com a escola, mas ser "babá" não era sua parte favorita de estar no país tropical com toda certeza.

- Que merda eles tão fazendo???

Desviou o olhar por 1 minuto de Cesar e Thiago e agora eles só Deus sabe como estavam pendurados no balanço de cabeça pra baixo, um tombo naquele posição e era hospital na certa.

- CESAR E THIAGO DESÇAM DAI AGORA!!!!

- VEM ME OBRIGAR!

- puta merda Thiago!!!

Era só 3 anos mais velho que o filho do ator Arnaldo, mas ainda tinha que ficar de olho naquela peste! Cesar era terrível em todos os aspectos, respondão, grosso e mal educado ao extremo quando contrariado, as coisas que saiam da boca daquela criança eram capaz de fazer qualquer adulto formado chorar.

- Vocês vão cair!!!

E como se essa frase fosse um presságio Thiago se desequilibrou caindo, correu em direção ao adolescente afim de impedir a queda mas tinha alguém muito mais rápido que ele ali.

- Thiago, quando o Kennan fala, você obedece entendeu? E Cesar desce daí nesse instante.

- Mas Miguel......

- Desce Cesar...

Segurando o herdeiro dos Studios Fritz nós braços como se ele fosse uma princesa o segurança bombado parecia meio sem paciência no momento.

- Vão pro quarto!

- A não!

- Thiago!

- Não tem nada pra fazer no quarto!!!

Kennan se aproximou do segurança e dos dois mais novos aliviado, olhou a discussão aumentando e teve uma ideia.

- Se vocês ficarem quietinhos no quarto eu faço uma torta de amora pra vocês, pode ser?

-......isso é suborno....

- Você quer a torta ou não Cesar?

Os dois se olharam, deram as mãos e foram voltando pra dentro do prédio meio contrariados mas ainda obedecendo.

- Valeu Miguel... Te devo uma

- já que é assim...que tal um café qualquer dia desses.

A piscadinha lhe fez se sentir meio estranho, no sentido bom da palavra, não percebeu que estava vermelho.

Fazia a massa da torta quando percebeu olhos negros lhe encarando, o cabelo grudado na testa pelo suor de ter passado a tarde toda brincando e as bochechas rosadas com a boca fina aberta em curiosidade, a camiseta enorme do pai parecia um vestido nele, uma gracinha.

- What's the matter, Cesar?

- I want the recipe!

- Way????

- Because then I don't fall for your blackmail again.

Kennan riu é abriu espaço na bancada pro pré adolescente se juntar a ele, uns minutos depois viu Thiago na sala com Miguel assistindo alguma coisa na TV e não conseguia tirar os olhos do segurança, quase queimou a torta que eles comeram com sorvete aquela tarde.

- Aunt Claudia...

Olhava a lápide com pesar já faziam 6 meses e nada de Tio Christopher aparecer, Cesar estava morando com os Fritz então sabia que ele estava seguro, sempre colocava flores no túmulo da gentil e sorridente mulher, ela sempre cheia de ideias e vida não estava mais entre eles e isso doía demais, se nele doía assim não conseguia pensar em como Cesar estava se sentindo.

- Kennan??

Olhou pra trás e Cesar estava lá o encarando meio tonto e perdido no meio do cemitério, ele parecia uma pintura de tão lindo, o vento balançando seu cabelo e a maquiagem perfeita com aquele sobretudo elegante, parecia cansado, se virou na direção do adolescente e caminhou na sua direção e pela primeira vez, Cesar não fugiu de seu abraço.

Encheu ele de beijo, fez carinho naquele cabelo lindo, apertou as bochechas rosadas o adolescente nunca foi do tipo afetuoso mas sentia que ele precisava disso, deu um beijinho na testa e outro na ponta do nariz.

"Não precisa se sentir sozinho, eu vou cuidar sempre de você."

Pensou com todo o carinho do mundo, Cesar tinha que ser feliz a qualquer custo.

Tão fofos!!!! Iria derreter de tanto amor, e também por estar fazendo 38 graus na praia, seus pais e outros acionistas juntamente com Tio Christopher e Tio Arnaldo estavam em reunião deixando os herdeiros e seus seguranças aproveitando a linda praia de Vila de Jericoacoara, a areia branquinha e a água cristalina eram lindas, mas Cesar, Thiago e Alex correndo na beira da água rindo e jogando água uns nós outros era ainda mais bonito.

- Aáaaaaaaaa

Alex lhe oferecia uma colher de sorvete todo bobo com aquele óculos fundo de garrafa fazendo seu coração dar um salto, enquanto isso Cesar chupava seu picolé sem muita preocupação e Thiago dava em cima da atendente da sorveteria, Miguel fazia o mesmo com a garçonete.

- Tá gostoso?

- Tá sim meu amorzinho.

- Alexi comid o surveti quetouh 

- Tira o picolé da boca pra falar Cesar! Que nojo criança.

Arrancou o picolé da boca e mostrou a língua tingida sem se importar muito com a opinião do mais alto.

- Muito maduro da sua parte senhor Oliveira Cohen.

E viu os olhos do cabeludo revirando em desprazer e continuar a chupar o sorvete sem muito interesse nos arredores dele, Miguel ficou ao lado dos outros seguranças que observavam os outros herdeiros iguais a águias, obviamente os clientes normais estavam um pouco intimidados com aqueles homens e mulheres enormes cercando uma considerável quantidade de criança e adolescentes, mas até que para um monte de pirralhos mimados, todos eram bem educados.

Olhou Thiago sentando na mesa com um sorvete lindo e cheio de coberturas, Alex todo sujo e Cesar chupando o seu picolé, os sorrisos deles eram tão lindos juntos.... destruirá qualquer um que fizesse aqueles sorrisos diminuírem um único milímetro.

 

���� Experiência do Kennan - Fim����

 

Olhavam a mulher bonita e jovem sentada na laje, embora linda ela tinha uma alma feia e uma mente perversa, Mariana não conseguia compreender sua mente não consebia a ideia de que uma mãe pudesse ser cruel ao ponto de deixar o filho ser abusado sexualmente por um total desconhecido e ficar em paz com isso, porém sabia que existem milhares de mulheres complacentes, cúmplices e até abusadoras nesse mundo, e isso lhe doía terrivelmente o estômago, passou a mão na barriga e lambeu os beiços olhando para o lado, Miguel cochilando era lindo e Kennan não parecia muito interessado na mulher sentada a quem tinha que observar, suspirou, tinha muita sorte de ter achado seus verdadeiros amores mas já estava ficando meio sem paciência, queria uma família grande igual a sua, queria acordar de noite com choro de bebê, queria ouvir a palavra "mamãe" saindo de uma boquinha com dentes de leite, mas estava difícil! Não tinha como engravidar dos dois ao mesmo tempo então teria que ser um de cada vez e eles, por mais que não quisessem admitir, estavam apavorados.

As realidades do trisal eram muito diferentes de fato, Miguel veio de um lar abusivo e sem amor, Kennan tinha pais doces e compreensivos cheios do dinheiro e Kennan era um dos herdeiros junto com a prima mais nova que trabalhava em outra unidade  da Ordem, Miguel era um empregado e ainda por cima tinha um contrato muito especifico com a Ordem, Já ela era uma herdeira por tabelinha por assim dizer afinal tinha seus pais vivos e bem mais era considerada herdeira de Christopher.

���� Experiência da Mari����

 

O Saco de cimento nas costas era menos pesado do que os tijolos no carrinho que o pai levava, se conseguisse levaria os dois para seu pai ele não precisaria fazer força e chegaria em casa menos cansando.

- Opa seu Mariano, trouxe sua menina pra obra outra vez?

- Lugar dela e com as irmãs na escola ou ajudando sua mulher em casa, muito perigoso subir em andaime.

- Sem contar que bonita desse jeito vai ser meu sogro logo hahahahah.

Mari olhou pro pai depois de colocar o saco de cimento no chão, o senhor com a pele grossa por causa da exposição ao sol e mãos calejadas de tanto trabalhar lhe sorriu mostrando os dentes amarelados com alguns faltando, tinha orgulho de seu pai sem dúvida nenhuma.

- Eles tem razão Mari...você não pode ficar perdendo aula.

- Mas pai...

- Volta pra casa, toma banho e vai pra escola, eu me viro aqui...

- Mas...

- Mariana!

A adolescente bufou e saiu da obra meio contra vontade, chegou em casa e sua mãe fazia almoço pra ela e suas 8 irmãs mais novas e logo seriam 9 irmãs já que a barriga de 8 meses da mãe já deixava claro que a irmã estava prontinha pra nascer.

- Mari.. Mari...colo!

Pegou a irmã no colo e foi em direção ao quarto, a casa minúscula feita de tábua de madeira e resto de obras que o pai fazia não era grande o suficiente para aquela imensa quantidade de crianças e adolescentes, pegou o balde na lavanderia e encheu de água, não tinham pagado a conta e isso fez a Sabesp cortar o fornecimento obviamente, e se não arrumasse um dinheiro logo a conta de luz teria o mesmo destino.

Se arrumou o melhor que pode com o uniforme da escola e prendeu o cabelo.

- Aí...

- Mamãe a senhora tá bem?...

- Tua irmã pode entrar no futebol, e cada chute mais forte que o outro, mas não se preocupa, eu tó sim!

Pegou o prato com arroz feijão meio ovo cozido e farinha e comeu feliz, uma das suas irmãs reclamou que tinha ganhado um ovo menor então acabou dando o seu pra ela.

Na escola tudo parecia normal, gostava de estudar mas na obra pegava um dinheiro que ajudava em casa, suas notas eram medianas nada muito extraordinário mas seu esforço e faltas chamaram atenção dos professores e da diretoria, por isso naquele dia acabou levando um bilhete pra casa.

- O-os..Sen...sen...

A mãe tentava ler, já o pai nunca tinha aprendido, isso doía muito, sabia dos esforços dos pais para que eles vivessem bem e que pelo menos ela e as irmãs se formassem no ensino médio, faculdade era apenas um sonho distante, talvez prestasse para uma pública ou tentaria uma bolsa em alguma particular depois de arranjar um emprego.

- A escola quer falar com vocês.

- Ok, eu vou amanhã.

Mari já esperava uma discussão com a diretora, o conselho tutelar batendo na porta arrancando ela e as irmãs dos braços dos pais, mas a diretora sorria em direção da mãe e dela a fazendo ficar ainda mais ansiosa e levemente confusa.

- Dona Joséfa sua filha e uma menina de ouro, não existe um professor que tenha algo negativo a falar dela, porém as faltas estão nos preocupando.

- E que as vezes ela ajuda eu e meu marido sabe? Eu cato latinha mas com essa barriga tá difícil, e nois num tem filho homi pra ajudar Mariano como pedreiro.

- Então...se sua filha arranjar um emprego bom, ela para de faltar?

A mulher com um vestido simples e chinelo de dedo parecia confusa, olhou pra filha que estava igual.

- Quem ia dar emprego pra uma menina de 17 sem curso nem nada?

- Eu posso ajudar a colocar ela no programa de Jovem aprendiz, o salário não é muita coisa mas vai ajudar e ela não vai mais precisar faltar.

O homem estendeu o formulário para elas e Mari preencheu sem pensar duas vezes, se conseguisse pagar algumas contas em casa estaria mais do que feliz.

Ganhava 680 reais e vale refeição e alimentação, tinha vale transporte também! Conseguiu comprar Danone pras irmãs e pagaram a conta de água, estava mais do que feliz com aquele salário, sua irmã tinha nascido e com as instruções de uma professora a mãe conseguiu ligar as trompas, parecia que a vida finalmente estava ganhando forma.

- Ela parece com teu pai.

Mari riu da mãe que ainda estava se recuperando da cesária, sua irmã chorava de fome então a pegou no colo e entregou pra mãe, realmente aquela ali era a cara do seu pai.

Vestiu o uniforme do trabalho e foi pro ponto, estava um dia lindão e o sol parecia feliz, deixou a marmita do pai na obra e agora tinha mistura nela, um pedaço de frango frito, ficou tão feliz em poder proporcionar isso pro pai.

A empresa internacional tinha um prédio lindo na paulista, mostrou seu crachá na segurança e viu os outros aprendizes olhando pelo vidro vários carros estacionados sem contar os paparazzi na entrada principal, logo a coordenadora deles disse que o dono gringo da empresa estava lá pra fazer uma reunião seríssima e para que eles se comportassem o melhor que conseguissem.

O trabalho de Mari era fácil, carimbava os documentos e colocava nas prateleiras corretas, organizava os documentos físicos e contratos que chegava, era arquivista estava pensando seriamente em seguir essa carreira quando chegasse hora de fazer vestibular.

- Mari a galera do marketing tá pedindo os desenhos que nos guardamos mês passado pra apresentar a evolução da grife pro todo poderoso, você pode levar? Eu tenho que carimbar uns negócios da galera do RH.

- Claro da aqui.

Mari foi andando pelos corredores do prédio espelhado usando o boné e uniforme da empresa, bateu na porta de uma das moças do marketing pegou o documento e agradeceu e assim Mari fez seu caminho de volta.

Entrou no elevador e jurava estar sozinha no cubículo quando ouviu um:

- Oi...

Virou a cabeça rapidamente pra dar de cara com um garotinho negro mais retinto que ela e óculos fundo de garrafa usando um macacão jeans e uma camiseta rosinha quase salmão, não parecia ter mais que 10 anos, ele tinha um galo na cabeça e segurava um bonequinho do Power Rangers força no espaço, se ajoelhou na frente dele e ele sorriu porém parecia confuso.

- oi...quem é você?

- Alex.

- Alex, tá perdido meu amor?

O garoto balançou a cabeça pra sim e Mari sentiu uma pontada no coração, ele tinha as bochechas fofas e lindas maçãs do rosto, sem contar as covinhas nas bochechas, o rosto dele era completamente perfeito, uma beleza de tirar o fôlego com toda certeza seria um homem lindo quando crescesse, isso a parte não sabia o que fazer com o menino, se levantou e coçou a cabeça procurando opções.

- Eu vou te deixar na recepção....

- Não por favor! Não quero ficar lá sozinho! A moça é assustadora.

E então Mari se lembrou da cara emburrada da mulher, desconfiava que ela não gostava de negros porque ela sempre tratava ela diferente dos outros aprendizes, deixar o garoto lá podia realmente ser problema.

- Seus pais trabalham na empresa?

- Papai disse que veio fazer uma limpeza nesse lugar.

- E filho de um dos faxineiros...eles saem pra almoçar no mesmo horário que a gente...já sei! 

Mari ofereceu a mão para o garotinho que não parecia ter ouvido uma palavra que saia da sua boca então segurou inocente mas ainda meio receoso e perdido a mão da adolescente, os olhos mostravam que ele tinha chorado um pouco antes de achar ela.

- Fica comigo até o Almoço aí eu te levo pro teu pai ok?

O garoto sorriu na sua direção e o elevador abriu no andar dos arquivistas, entrou na sala e se sentou no seu computador abrindo o Paint e indicando sua cadeira para o menino.

- Pode ficar desenhando, qualquer coisa e só me chamar viu, eu sou a Mariana, mas pode me chamar de Mari.

Mari separava papéis e lia coisas enquanto Alex brincava no computador, vez ou outra olhava pra ver se a criança estava bem e ele era tão fofinho que dava vontade de morder, ela nem imaginava o caos que acontecia lá fora.

- Puta merda cadê esse muleque????

- Nos vamos perder o emprego!!

- Perder o emprego? Nós vamos é ser mortos isso sim, o Chefe foi bem específico dizendo que se algo acontecesse com o Alexander nós estávamos perdidos.

Os três seguranças olhavam pra todos os lados, estavam se cagando, Alex queria brincar com o boneco no chão mas eles não deixaram e isso fez ele fazer birra, e obviamente esses três não sabiam como lidar com a criança e gritaram com ele, gerando choro e ele fugindo deles, e agora estavam ali procurando o garotinho.

- Olha!! Mari!!

A adolescente largou o que fazia e olhava o desenho no Paint sorrindo e fazendo carinho no ombro do menino, ele parecia mais feliz agora, olhou o relógio e estava na hora do seu almoço.

- Vem...tá na hora de achar seu pai, qual nome dele?

- Chris, ele é grandão.

Mari riu e pegou a mão da criança saindo da sala e indo em direção ao refeitório sentindo a pele macia dele no sua.

- Quero água....

- Tem um bebedouro ali.

Mari indicou o corredor e Alex foi pegar sua água, quando três homens enormes apareceram correndo na direção dele um deles o segurou com força mas em menos de três segundos Mari lhe dava um soco na cara.

- Solta ele!

Pegou Alex no colo e voltou pro elevador assustada apertou o terraço onde acontecia a reunião super importante e pode ver enquanto a porta fechava que os homens seguiam ela no segundo elevador.

- Tá bem fofo?

- Eu tomei um susto.

- Tá tudo bem agora!

O elevador fez "plim" e a porta abriu revelando um grupo de empresários brancos e velhos putos discutindo a alguns passos do elevador, entre ele um homem gigantesco com uma cicatriz horrenda e cara de assassino segurava a mão de um adolescente emo com cara de cu, o outro elevador abriu e os olhos do homem gigantesco se voltaram para eles e então pra ela com Alex no colo e sua expressão se deformou em uma careta de raiva tão grande que todos ao redor ficaram quietos e então...

- Daddy!!!

- O que???

Alex saltou do seu colo e correu na direção do homem monstruoso que lhe sorriu e pegou no colo, Mari ficou lá estatística vendo o homem dar um beijinho no galo do menino.

- Senhor Cohen...nos podemos explicar...

- Estão demitidos...

- Não...espera senhor...

- Estão demitidos...e só não faço algo pior... porque parece que a irresponsabilidade de vocês me trouxe uma coisa boa...

O elevador se fechava devagar com a moça lá dentro mas foi segurado pelo emo que lhe sorriu bastante mal intencionado.

- O que temos aqui?

Christopher olhou para os acionistas mortalmente e eles recuaram um pouco, e agora sorrindo na sua direção o gringo passeava os olhos pelo seu corpo inteiro, mas não parecia algo sexual.

- what brings such a beautiful flower at the feet of this humble man?

- o que?

- Quem é você minha jovem?

- Ela e a Mari, ela brincou comigo!

Chris sorriu com essa afirmação tão doce vinda do seu casulinha ainda no seu colo, Cesar ainda segurava o elevador e então os Cohen entraram nele deixando a adolescente ainda mais nervosa.

- beautiful...você é linda...o que faz cuidando dos meus arquivos e não mas passarelas?

- o que?

- Estou te oferecendo um agradecimento...por ter cuidado do Alex por esse tempinho...nos vemos depois...

O elevador abriu e Cesar saiu primeiro saltitante e Alex se enrolou no pescoço do pai lhe dando tchau com a mãozinha.

O fato dela ter falado com o todo poderoso e não apenas isso ter brincado com um dos herdeiros fez todos temerem pelo emprego da jovem, sempre muito honesta todos sabiam sua origem então a preocupação era bastante cabível, mas nada aconteceu naquele mês.

- Gente salário caiu, aqui os holerites.

Mari abriu sem muito pensar e quase caiu pra trás vendo o valor depositado, ficou branca de nervoso.

- Me pagaram errado, vou no RH.

Saiu correndo para o RH suando nervosa aquilo era muito dinheiro e pela suas contas, seria o valor da sua recisão, perder aquele emprego estava fora de cogitação, talvez fosse um erro, tinha que ser um erro.

O RH sempre estava de porta aberta mas naquele dia estranhamente estava fechado, bateu e não obteve resposta então com cuidado abriu a porta vendo o setor absolutamente vazio, andou entre as mesas e salas e pode ver bem ao fundo um unico computador ligado com alguém sentado nela virado para trás.

- Com licença...?

- Mari!!!

Gelou na hora o todo poderoso com Alex no colo lhe sorrindo cruel e parecia bastante entretido com algo, percebeu que a diversão do homem era ela.

- Mariana Lorona, 17 anos, estuda em uma escola pública de SP, arquivista no meu escritório na paulista, a mais velha de 10 filhos de um casal Cearense que veio pra SP a uns 20 anos atrás, extremamente honesta e dona de uma beleza e forças quase sobre humanas....você minha jovem...chamou muito minha atenção.

O sotaque pesado e aqueles olhos escuros como a própria noite eram aterrorizantes, lembrava do que sua mãe lhe dizia sempre "Homens são perigosos, mas homens com dinheiro são piores que o próprio diabo" já imaginava ser agarrada e estrupada ali mesmo, mas Alex estava ali então esperava que o gringo não fosse tão nojento a esse ponto.

- O gato comeu sua língua my dear Girl?

- Eu...eu acho que fui paga errado...

- Deixe-me ver.

Chris colocou o óculos e estendeu o braço mecânico para a moça lhe entregar o holerite ,os dedos metalicos se fecharam no papel de forma macabra, parecia até uma cena de filme de terror, assim que Chris pegou o papel passou os olhos sem muito interesse, leu rapidamente os valores e entregou novamente a menina.

- Sua recisão está correta querida.

O mundo da minha acabou ali, o dinheiro que ajudava tanto dentro de casa tinha ido água a baixo, começaria a procurar outro emprego o mais rápido possível.

- Ok... Obrigada pela oportunidade...

- Onde pensa que vai?

- O senhor...me demitiu...

- E lógico que ele te demitiu boba, qual o sentido teria o novo rosto da nossa empresa estar registrado como arquivista?

Cesar apareceu com um contrato em mãos lhe dando um sorriso ainda mais assustador do que o do pai, eles se pareciam bastante mais ao mesmo tempo o primogenito dos Cohen tinha um ar muito mais caotico que o pai.

- O que?

- Você ainda tem 17 então por enquanto ficará apenas como modelo na grife, quando fizer 18 vai passar a me representar em eventos e entrevistas, básicamente, vai ser minha representante quando eu não puder comparecer em algum evento ou reunião.

- Espera...o que tá acontecendo?

- Foi ideia do Alex!

Os dos mais velhos sorriram na direção do garotinho fofo que parecia empolgado com tudo aquilo e ao mesmo tempo parecia bastante sério para uma criança.

- Essa é a primeira decisão dele na empresa, ele quer que você trabalha diretamente pra nós...

- Mas eu nem tenho faculdade...

- Verdade, o que quer fazer? Eu pago.

- Espera...eu realmente...eu não tó entendendo nada!

- Não precisa entender, apenas obedeça, minhas ordens, e sendo cumpridas corretamente e te darei tudo que precisar.

- Pode ler o contrato, Ah verdade, isso e pra você e pra sua família.

Cesar entregou uma chave de casa na sua mão e presa nela tinha um endereço.

- Não fica bem pro rosto da empresa morar em algo menor do que estamos té dando, já tá tudo mobiliado, quando chegar em casa vai ter um caminhão na frente, levem o que quiserem mas não tem nada faltando na casa né papaizinho?

- Sua primeira seção de fotos e na segunda... não precisa trabalhar pelo resto da semana, aproveite seu descanso my dear Girl.

E assim sumiram, Mari ficou lá parada vendo as pessoas do RH reaparecendo meio assustadas e claramente ansiosas, algo nos Cohen era terrivelmente quebrado e destorcido, e por mais assustador que fosse...eles não pareciam querer seu mal.

Assim como eles tinham dito tinha um caminhão na porta da sua casa e os pais não estavam entendendo nada, Mari mandou todos juntarem suas coisas e uma Van apareceu para levá-los a uma casa linda em Alphaville, parecia um palácio.

- Mariana...o que está acontecendo minha filha?

- Mãe...a senhora tinha razão...homens com dinheiro são piores que o diabo...e eu acho que vendi minha alma pro mais perigoso deles.

Ainda muito com o pé atrás Mariana entrou no carro que parou na sua nova casa, se arrumou o melhor que pode mas ainda estava meio apavorada, o motorista não falava nada deixando ela ainda mais nervosa.

Assim que chegou na agência viu Cesar lhe sorrindo maldosamente com Alex do seu lado todo fofinho, os irmãos eram lindos de morrer e ao lado deles um rapaz alto e barbado lhe olhava bem curioso, reconheceu na hora como o filho do ator Arnaldo Fritz.

- "Ela é linda"

- "Eu disse!"

Mari ficou perdida olhando a conversa em libras mas Alex sorriu na sua direção de forma tão meiga que esqueceu o nervosismo.

- Eles tão dizendo que você é linda! E você é linda mesmo!

A inocência naquela voz era inconfundível olhou os três novamente e por alguns segundos não viu herdeiros multimilionários, assim um do lado do outro...eles pareciam jovens normais e felizes.

Esqueceu tudo que tinha pensado sobre os Cohens, eles eram uns amores! Chris lhe eram carinhoso como um pai, lhe dava presentes e cuidava para nenhum homem lhe incomodar nas festas e desfiles, Cesar era estranho mas quando queria um doce, Alex era a encarnação da fofura, e embora mulherengo Thiago era um excelente amigo, faria de tudo para cuidar deles três... qualquer um que ameaçasse a felicidade deles...iria morrer.

 

���� Experiência da Mari - Fim ����

 

Elisse recebeu uns homens na sua casa e os três logo entenderam que a mulher estava passando droga, tiveram uma ideia.

- Bora colocar essa mulher aonde ela deveria estar a muito tempo...

Kennan pegou o celular e não pensou duas vezes, os outros dois apenas sorriram em direção ao namorado.

- Alô polícia? Eu quero fazer uma denuncia...

Gonzalez acordou meio tonto, não reconheceu o lugar que estava mas sentia os músculos relaxados e um braço por cima dele.

A noite tinha sido boa, realmente precisava desestressar daquele jeito como sempre doutor Cevero estava mais do que certo em absolutamente tudo que dizia, Liz também ajudou muito a se desapegar daquela mulher que um dia jurou amar até o último dia da sua vida.

Não lembrava o nome da garota mas deixou um bilhetinho e fez café antes de ir embora, pelo caminho comprou umas frutas para comer se sentisse fome, o carro chamava bastante atenção sem dúvida e isso atraia mulheres, mas não estava afim de ter algo no momento, foi indo em direção a boate quando viu Gustavo e Dorotéia de mãos dadas caminhando na calçada, em outros momentos ele teria jogado o carro por cima deles mas agora os olhava com um pouco de pena na realidade, eles não eram compatíveis e via o relacionamento ir para o beleléu, abaixou o vidro no farol vermelho e começou a chamar os dois que se assustaram com o latino.

- Gonzalez?

- Querem carona?

- Que carro é esse???

- E do seu Christopher, ele me emprestou, eu tô indo pro centro querem carona?

Os dois se olharam estranho e aquele sorriso e bom humor lhe passavam a sensação de perigo então declinaram a oferta.

- Azar de vocês! 

Mandou um beijinho na direção do casal e só ai Dorotéia percebeu que o baixinho não estava mais com a aliança ele não usava quando saia com alguém mais ela não sabia disso, e embora também não usasse a sua a algum tempo isso a deixou irritada e insegura por algum motivo, o que estava acontecendo com o tão tímido e gentil ex marido?

O palco era grande, mas pra ele era pequeno no momento "Está noche - Ariana Gande e BIA" tocava enquanto os olhos dos clientes passeavam pela seu corpo, o tecido transparente exibindo seu corpo esculpido de forma perfeita, as pessoas seguiam a cor dos seus olhos pelo jogo de luzes, queria mentir pra si mesmo mas era impossível estava embriagado em uma sensação de poder que não sabia exatamente da onde vinha, pessoas de todos os jeitos e tamanhos lhe observando e lhe desejando e eles não podiam ter sem sua permissão...era hora da sua performance real.

"The look at me - Sabrina" começou e Liz segurou sua mão saltando do polidance, a música animada parecia totalmente diferente e sexy sobre a luz da boate e assim como a música dizia, era impossível desviar o olhar daqueles dos dois dançarinos no palco.

Liz correu para se trocar entrando no camarim e já ficando pelada, não que estivesse usando muita roupa antes, agora estava do jeito que veio ao mundo, viu um drink bonito na sua bancada com um bilhete fofo que dizia "Para nossa estrela", sorriu com aquela demonstração tão boba de carinho dos meninos, se olhou no espelho e sorriu vendo o corpo perfeito e totalmente bem equilibrado, os seios levantados e a bunda farta, era básicamente a ilustração perfeita da fantasia de um adolescente viciado em pornô, mas além da beleza ela era inteligente e forte, vestiu seu figurino para a apresentação com Alex, deu um gole na bebida e sentiu o gosto da menta e do abacaxi, não era forte como gostava mais Daniel conhecia seu limite mais do que ela mesma um dia conseguiu, vestiu sua máscara e se olhou novamente, tinha achado um lugar que pertencia verdadeiramente e se perguntava bastante se sua mãe estaria orgulhosa dela no momento.

⚕️�� Backstory Liz ⚕️��

A mulher de olhos azuis olhava o exame nas mãos meio perdida em pensamentos e quase chorando em desespero.

- Como eu deixei isso acontecer?

Os dois pauzinhos indicavam a gravidez e isso a deixava inquieta, tinha que ser um erro, se não fosse teria que tomar medidas drásticas.

Se o exame desse positivo, faria um aborto, não queria crianças, nunca quis filhos a ideia de ter um ser lhe sugando os nutrientes era apavorante e de certa forma até meio perturbadora.

- Certo senhorita Webber vamos ver como está esse bebê.

- Eu acho que não tem bebê, só marquei pra ter certeza.

- ok... bom....levante a blusa, o gel e meio geladinho e incomoda mas não é nada muito aterrorizante.

O doutor esparramou o produto gelado na sua barriga chapada, era Impossível ter um bebê ali para o completo desespero de Lucile, o técnico de ultrassom começou a procurar alguma coisa dentro de sua barriga de forma levemente nervosa e então "tum tum, tum tum, tum tum".

- Parece que temos um bebê afinal.... senhora Webber?? Senhora Webber??

- Ela é linda....

Nunca na sua vida inteira... tinha sentido aquilo... aquele borrão ali na frente...era sua estrelinha, seu novo motivo pra viver, sua rainha...

- Minha Elizabeth...

- Senhora??

Depois da consulta Lucile mudou, tinha uma vida dentro dela e isso era algo que nunca imaginou que aconteceria, se olhava no espelho todos os dias vendo a barriga crescer e crescer e no dia que a filha nasceu nada mais importou pra ela além dos olhos castanhos escuros.

Mãe e filha eram muito parecidas fisicamente, poucas coisas mudavam tais como os olhos e Liz tinha o cabelo bem lisinho, a menina era um muleque atentado puxava briga na escola mas era muito inteligente, recebeu vários elogios pela inteligência da sua menina.

As coisas as vezes ficavam complicadas e não tinha comida em casa mas Lucile fazia de tudo pra dar o melhor possível para sua menina.

- Mamãe lê pra mim!

E mesmo atarefada até o último a mulher pegava a filha no colo e lia o que ela pedisse, ser mãe lhe deu uma outra visão do mundo.

- Cadê?? Cadê minha filha??

- A senhora e Lucile Webber?

- Sim, sou eu! Cadê minha filha??

- Senhora Webber sua filha Elizabeth foi pega roubando alguns produtos em uma loja de departamento.

-....ela....o que??

- Eu sei que é um pouco complicado mas, olha... vamos fazer assim...eu solto sua filha porque a senhora parece ser uma excelente mãe e adolescentes são uma porra, a senhora me lembra a minha mãe na realidade haha, eu não deveria fazer isso, mas eu não consigo ver uma boa mulher sofrendo pelo erro de um adolescente revoltado.

- Obrigada, muito obrigada!

A adolescente olhou a mãe na sala e se ajeitou na cadeira, o olhar de decepção bateu tão forte que até os policiais se sentiram meio mal.

- Por que você fez isso??

- Eu disse pra você que queria aquela blusa!

- E tinha que roubar? Não podia esperar meu próximo pagamento?

- Era edição limitada!

- Você ia ser presa por causa da merda de uma blusa????

- Você não entende!

Liz virou pro lado e cruzou os braços enquanto Lucile se segurava muito pra não chorar, entraram dentro de casa e Luke veio feliz acabando o rabo pras donas.

- Tá de castigo...

- O que? por que?

- Você roubou Elizabeth! Podia estar presa entendeu? De castigo até segunda ordem.

Suspirando pesadamente e apertando as temporas a mulher foi pro quarto totalmente desolada e se achando a pior mãe do mundo.

Depois do episódio do roubo as coisas ficaram estranhas entre mãe e filha por mais de um ano, Liz saia tarde e voltava mais tarde ainda, se recusava a passar tempo com a mãe e dizia não para todas as tentativas de aproximação sem contar que mesmo sem trabalhar ela estava conseguindo comprar as coisas que queria e estava com o apetite estranho e muito pálida.

- Elizabeth? Filha cheguei...que estranho...

Lucile acendeu as luzes da casa e andou pelo recinto com Luke pulando e latindo na sua perna todo animado foi até o quarto da filha e abriu a porta sem bater.

- Meu Deus!!

- Porra mãe!!

Lucile fechou a porta envergonhada por ter pego a filha em uma situação mais "íntima" com algum rapaz, o mesmo agora saia pela janela totalmente envergonhado e confuso.

- Eu posso entrar? E seguro?

Embora Lucile estivesse levando na brincadeira aparentemente Liz estava realmente puta pela interrupção e estava vermelha e bufando, assim como uma mistura de vergonha e insatisfação.

Lucile entrou no quarto e seu sorriso morreu na hora vendo algo branco na escrivaninha da filha, essa por sua vez tinha ficado tão puta por ter sua foda interrompida que se esqueceu completamente da droga ali.

- Elizabeth...o...o que é isso??

- Eu.. é...

- Elizabeth...você tá... usando... cocaína?

- Eu juro mãe foi só uma vez! Agora eu só entrego....

Tapou a boca com as mãos percebendo o que tinha falado e então tudo no mundo pareceu parar, Lucile a olhava desapontada e com tanta dor que era palpável.

- Elizabeth....seu vestibular e daqui 2 dias... por que?

A adolescente não conseguiu achar uma resposta e via os olhos azuis da mãe cheios de lágrimas e ela foi se afastando aos poucos até sair do quarto.

Por dois dias, ninguém falou nada, por dois dias o silêncio e os latidos de Luke foram tudo que aquela parede ouviu, Lucile estava destruída e triste, se perguntava onde tinha errado e se podia ter feito melhor, Liz por sua vez jogou toda a droga pela privada e chorou terrivelmente, na manhã do vestibular as coisas ainda estavam feias mas a Webber mais velha levou a filha para o local da prova.

Iria dar orgulho para sua mãe! Olhava o painel procurando seu nome no curso de astronomia mas aparentemente não tinha conseguido mais que a nota de corte, continuou olhando e lá estava entre os 15 melhores para medicina no entanto, pulou se alegria e foi correndo pra casa contar pra mãe, quem sabe agora as coisas voltassem ao normal.

- Mãe! Mãe eu passei!!!

Liz procurou a mulher e Luke mas achou um bilhete no lugar que dizia "Luke vomitou estou levando no veterinário, volto às 19 no máximo, abra a geladeira, tem um presente" enquanto lia abria a geladeira e um lindo bolo a esperava, era tudo que queria voltar a viver tranquilamente com a mãe.

Montou a mesa fez comida e sorriu para o resultado e se sentou esperando a mãe abrir a porta, as horas foram passando e nada da mulher, já estava apavorada e andando pra lá e pra cá quando ouviu batidas na porta e correu para abrir se deparando com dois policiais.

- Com licença, a senhora é Elizabeth Webber?

- Sou sim...

- Sua mãe...e Lucile Webber? Correto?

- Aconteceu alguma coisa?

Os policiais se olharam e viram a mesa posta com um bolo bonito e comida quentinha e o amargor subiu a garganta de ambos, viram a moça com um pouco de tinta nós braços e na testa e lembraram que os resultados das faculdades saiam durante aquela semana, foi com toda certeza a pior ocorrência que já atenderam na vida, o grito da moça e as lágrimas rolando enquanto eles a levavam até o IML e então a moça bonita quase desmaiando vendo o corpo da mãe na maca.

Os amigos da sua mãe apareceram no velório, vizinhos também, mas Liz estava sozinha, teve que fazer tudo sozinha se segurando ao máximo para não simplesmente quebrar e desistir de absolutamente tudo, voltou pra casa vendo tudo do jeito que a mãe gostava e passando os olhos pelos lugares onde tinham memórias tão puras da mãe, os últimos anos tinham sido difíceis pra elas e grande parte disso era culpa sua, primeiro os furtos, depois as drogas, tudo isso pelo simples fato de não querer ser pobre, sua ganância a fazia arrogante perante a mãe e agora...estava sozinha...mudaria isso! Daria orgulho a sua mãe de qualquer jeito.

A bomba de tinta estourou com tudo na sua cabeça fazendo o cabelo ficar todo cagado, viu o veterano sarado e bonito lhe sorrindo malandramente, ele era muito muito bonito mesmo, chegava a beirar o pornô.

- Medicina e um curso do caralho, parabéns!

Liz ficou vermelha tomando o chá, depois do trote o estudante de jornalismo se tornou constante na sua vida, e podia sentir uma tensão sexual fudida vindo dele e não iria mentir o homem era um dos mais divertidos e inteligentes que já tinha conhecido, uma noite não faria mal a ninguém.

Meus amigos que noite! Nunca deu tanto na sua vida e queria mais, porém ter um relacionamento estava fora das suas prioridades no momento porém assim que os irmãos Cohen entraram naquele bar foi impossível não grudar os olhos de Alex, ele era muito bonito chegava a dar uns troço só de olhar pra ele, porém ainda era menor de idade então fora de cogitação.

- Ei...Liz...e se...nos sairmos um dia desses...sei lá...

- Tá me convidando pra sair criança? Tipo um encontro?

Alex ficou vermelho e segurou a a barra da blusa de forma fofa fazendo ela suspirar, ele era tão doce e gentil que beirava a insanidade, ele balançou a cabeça afirmativamente e sorriu pra ela, quase morreu do coração com aquele sorriso.

Estava apavorada, Alex era de mais pra ela! O jeito que ele dizia o quanto ela era maravilhosa, as flores, os bilhetinhos fofos pela casa a doçura nos olhos e a meiguice mas atitudes lhe faziam tremer, e o sexo era incrível, não sabia o porquê de estar tão apavorada mas sabia que quem lutava por aquela "Relação" era o negro e não podia mas dar falsas esperanças ao pobrezinho, não é que não amava ele...na verdade não sabia como era amar.

- Eu te amo...

- o que?

- Eu amo você Elizabeth...

Engoliu seco e ficou com as pernas bandas se sentando lentamente no banco mais próximo dela.

- Eu não te amo Alex...

- Eu...imaginei...

- Me desculpa...mas eu não consigo ver "isso" como um relacionamento...você e jovem e inocente de mais pra mim

- Não precisa dar desculpas Liz...eu já entendi...

- Alex olha..

- Toma cuidado Liz...desse jeito você nunca vai usar seu coração...

Engoliu a saliva e recebeu um abraço do meio americano que embora estivesse lutando muito pra não chorar não conseguiu segurar as lágrimas, se sentia péssima e parecia que seu coração tinha sido arrancado do peito.

Daniel e Joui eram uns amores, Joui principalmente sempre prestativo e atencioso, mas Daniel lhe levantava questionamentos o ruivo bonitão tinha encantado Alex e sinceramente não conseguia entender todo aquele ódio gratuito no casula, mas talvez o problema não fosse o negro.

Anos passaram, e tudo parecia excelente na boate, as performances eram boas e tinham química amava os meninos e tinha sempre um ombro ou uma pica amiga para a consolar, seu Christopher lhe tratava como uma princesa e lhe dava mimos sem segundas intenções, podia jurar que o senhor estava convencido de que era seu pai, o casaco vermelho que usava tinha sido presente dele inclusive, o salto alto fazia barulho na calçada e o vestido curto lhe dava um ar sexy e intimidador, porém aquele rapaz com cicatriz no rosto e uma guitarra nas costas era bonito de mais para deixar passar.

 

⚕️�� Backstory Liz - Fim ⚕️��

 

Ouvia os aplausos do público e olhava a multidão lhe adorando com devoção, ela era a estrala do seu próprio mundo.

 


Notas Finais


E aí? Gostaram do capítulo, ele foi mais um tipo de contexto pra umas coisas que vão acontecer, então...se preparem...
Bjs até o próximo capítulo 😘✌🏾


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