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História Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Vozes


Escrita por: Sachii

Notas do Autor


Gente eu vou fazer uns ajustes na história, porque tem algumas coisas me incomodando levemente, mais não é nada muito drástico viu.
Esse capítulo tem muitos gatilhos então cuidado viu.
Sim esse é o carro do Thiago na capa, chique né?

Capítulo 49 - Vozes


Fanfic / Fanfiction Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Vozes

🧨🔥🍷🍾 Tristan flashback 🧨🔥🍷🍾


A sua primeira lembrança real na vida era um som, o som de goteiras, tudo cheirava mal e o frio era sempre presente, o cheiro de fezes e claramente esgoto era insuportável pra qualquer um que não estivesse acostumado, sentia algo gelado ao seu lado, não sabia o que era mais era duro e começava a cheirar mal, tinha outras pessoas ali sim, só não sabia quantas e nem porque estavam ali.

As vezes aquele lugar balançava e as coisas só ficavam pior, em uma dessas balançadas seja lá o que era aqui bateu forte em alguma coisa e um buraco se abriu, aquele maldito buraco.

Descobriu que o barulho da goteira não era dentro do lugar e sim fora e agora entrava um pouco de luz por causa do buraco, não apenas luz como insetos e ratos, no começo isso não era incômodo mais as coisas começaram a ficar claras na sua cabecinha infantil.

Preferia mil vezes ter continuado no escuro sem saber o que estava acontecendo, olhou ao redor e deviam ter no mínimo mais umas 9 pessoas naquele contêiner, a maioria crianças da sua idade e a maioria já estava morta a algum tempo, ele estava amarrado/algemado em um lugar um pouco mais afastado da maioria e ao seu lado uma adolescente loira já estava em um avançado estado de decomposição podia ver o corpo inflando e os insetos passeando sobre seu corpo, e então os ratos, não culpava os animais eles não faziam ideia de que aquilo já tinha sido uma pessoa, pra eles era só uma fonte de alimento.

Assistiu sozinho por dias e mais dias os animais consumindo o corpo daquela inocente pessoa que nem sabia o nome, ela usava um tecido envolto na cabeça e nos braços.

Das 10 crianças no contêiner só três chegaram vivas ao porto, assistiu por algumas semanas essas crianças que não conhecia serem devoradas pelos ratos e temia que um dia...poderia ser ele.

Quando aquela porta se abriu não sabia o que esperar mais não teve surpresa em saber que seria algo ruim, ele era o mais novo e o único menino vivo, um homem veio e arrastou as meninas que também usavam tecidos na cabeça pra fora, uma delas estava desmaiada mais ainda viva, outro homem veio até ele e o pegou pelos cabelos como se fosse um animal e saiu sendo arrastado também, olhou pra trás e viu os corpos em melhor estado sendo retirados e os mais decompostos ou comidos sendo queimados àquilo parecia um pesadelo.

- I knew we should have brought more, we are not going to make a profit that way.

- we can sell the girls for a little higher price.

- Look at this one, do you think you can sell it? If not, we can use it as an organ bank

- He's cute, you can sell it to some rich family that needs children for some kind of service.

Foi dado banho e alimentado corretamente por alguns dias e então um outro homem apareceu e tirou fotos dele com e sem roupas e após alguns outros dias um carro preto apareceu na frente do prédio que ficava.

- Uma linda mulher desceu acompanhada de um homem balofo fumando um charuto, ela usava um tecido na cabeça e tinha uma expressão triste, ele é algumas outras crianças foram postas em linha conforme o casal passava e os olhava.

- Do you have a preference? Eye color? Hair color? Height? Weight?

- Bir çocuğa ihtiyacım var!

- He said he needed a boy

- Ok sure.

As meninas foram postas de volta em seus lugares e agora só os meninos estavam lá parados, o homem nem se importava em olhar para os meninos mais a mulher olhava, pegava, mexia no cabelo parecia realmente a procura de algo.

Olhou pra Tristan com seriedade e o homem balofo também, ele sorriu e os dentes amarelos e alguns de ouro fizeram seu corpinho tremer.

- I want this one.

- Excellent choice sir, he came from Iran also from a Muslim family, so I'm sure that the cultural differences There will be nonexistent.

Foi levado para um outro cômodo que tinha uma placa escrito Sold e lá ficou por mais alguns meses.

Viajou de avião com uma família falsa e passaporte falso e então foi levado a uma mansão maravilhosa no meio de Dubai onde sua família falsa também ficou por alguns dias e então simplesmente desapareceu.

O homem turco tinha um grande harém de mulheres e muitas filhas, mas nenhum filho agora já velho tinha descoberto um câncer de próstata e nos testículos, ou seja filhos fora de cogitação, tinha que arranjar uma criança para suprir sua necessidade como herdeiro masculino, a moça bonita que o acompanhava naquele dia era sua filha mais velha, embora machista ao extremo ele ainda queria uma boa educação para as filhas.

Foi fácil enganar os outros colegas sultões dizendo que era um bastardo, não era como se ele fosse a única criança traficada naquela sala, ele no entanto teve sorte.

Cresceu mimado cheio de tudo que pedia, o pai lhe dava tudo que pedia e muito mais, as irmãs lhe eram gentis e as mulheres que o pai lhe dava de presente ainda mais, era agitado e uma criança bastante saudável e gentil no geral.

- Aaaaaaaaaaaa

Os pesadelos eram sempre constantes o adolescente não entendia da onde aquelas imagens horríveis vinham mais estavam sempre ali com ele, as cordas, as algemas os corpos em decomposição e os ratos.

O pai estava muito doente, na verdade com o pé na cova, chamou suas filhas e esposas e por fim chamou seu filho.

O rapaz de 22 anos saiu do hospital aos prantos e gritando a todos os ventos, se não era filho dele de quem era então? Toda sua vida tinha sido uma mentira? Quem eram seus pais biológicos afinal? Muitas perguntas e sabia como conseguir respostas.

Ser Filho de um sultão era algo no mínimo curioso, tinha ouro até na tampa da sua privada e diamantes cravados na suas roupas, falhava cinco línguas perfeitamente e sem sotaque, e outras oito com um pouco de sotaque, tinha se formado em química e era um homem lindo, podia continuar o legado do pai na produção de combustível porém não queria mais viver essa mentira, precisava de respostas e tinha dinheiro suficiente pra que isso acontecesse.

Primeira coisa que fez foi ir aos Estados Unidos onde foi traficado a primeira vez, conseguiu enganar os traficantes dizendo que queria algumas garotas e assim que bateu os olhos em uma delas reconheceu como uma das crianças que via em seus sonhos, passou as informações para as autoridades e muitas mulheres e crianças foram libertas aquele dia.

A garota que tinha se tornado uma escrava sexual chorou dentro de seus braços e agradeceu por finalmente conseguir colocar um hijab novamente, ela disse que era iraniana assim como todas as crianças dentro do contêiner que os havia trazido para terras americanas, agora já sabia onde começar a procurar.

Pegou informações molhando a mão de autoridades e suas buscas foram frutíferas após 3 anos procurando desesperado, agora ele estava na frente de uma casa simplesmente de barras com uma pequena árvore na frente, olhou ao redor fascinado, reconheceu detalhes daquele lugar, memórias infantis despertas por cheiros e sensações, uma mulher abriu a porta com um balde provavelmente para buscar água no poço próximo, o hijab rosinha preso perfeito os olhos castanhos iguais aos dele, o som do balde caindo no chão e ela correndo na sua direção e o abraço seguido de muito choro, ele tinha encontrado sua mãe.

A mulher explicou que na juventude também tinha sido traficada para servir como prostituta na Europa, foi pra frança, Inglaterra, Espanha, Itália e Portugal, sua última parada, lá ela conseguiu fugir mas como não tinha pra onde ir nem como voltar acabou de prostituindo para continuar viva, não era a melhor vida, mais pelo menos era livre.

Durante seus anos em Portugal ela ficava sempre próxima de uma boate chamada "a ordem" onde só iam pessoas ricas e sempre conseguia bons clientes nas redondezas, um dia um homem muito bonito se aproximou dela a procura de seus serviços e ela fez tudo que ele pediu, o nome dele? Sergio Monteiro.

Ficou um bom tempo ouvindo a mãe dizer que Sérgio prometeu mundos e fundos pra ela abortar, que a família monteiro não suportaria essa vergonha, mais ela queria ter o bebê, então ele mandou ela de volta pro Irã onde seu filho nasceu, e foi registrado com o nome que Sérgio escolheu, Tristan que quer dizer barulhento, nos primeiros anos de vida Sérgio proveu pra ele em segredo porém apareceu poucas vezes, mas então, um dia enquanto sua mãe limpava o quintal homens apareceram e eles eram os antigos traficantes de sua mãe, ela lutou com unhas e dentes e conseguiu avisar Sérgio atravéz dos seus espiões na vila que moravam, no entanto eles não conseguiram resgatar Tristan, mas homem nunca parou de procurar.

Voou pra Portugal depois de passar um tempo com a mãe e no aeroporto um homem já o esperava, foi levado para o centro de Lisboa onde um prédio lindo com uma placa escrita "edifício Monteiro" chamou sua atenção.

O principe iraniano, criado por um turco filho de português entrou no escritório e encarou o homem de idade na sua frente e a semelhança era assustadora, o senhor era mais baixo que ele com toda certeza porém isso não impediu o abraço de acontecer.

Tristan ouviu o homem chorar e se explicar, disse que a família não aguentaria o escândalo na época e que nunca realmente quis o aborto do único filho, e que agora os tempos eram outros e que se ele quisesse passaria a empresa pra ele sem problema, mais pra isso acontecer tinha que conhecer os reais investidores do seu império.

O senhor Hector Veríssimo apareceu carregando um garotinho negro dormindo em seus braços, deu filho Samuel, ele lamentou muito pela sua história e apoiava com toda certeza que Tristan entrasse pra família, tudo que ele precisava fazer...era ser babá.

No início achou graça mas fez o que foi pedido, porém aquelas crianças eram um charme, se apaixonou por todos eles e trabalhar pro Veríssimo era muito divertido, e era grato pelo voto de confiança, o velho homem tinha achado um leal aliado.

Letícia e Rubens também vinham de famílias poderosas, Jhonny era ex militar e dava um pouco de medo mas na verdade era um amor de pessoa, os 4 juntos eram basicamente um exercito, ninguém nunca tinha os detectado antes....até aquele momento no café, o ruivo cadeirante não parecia flor que se cheirasse.

Puta merda que foda! Não curtia muito ser passivo mais pro ruivo bonitão não consegui se ver em outra pocissão, pediu um tempinho pro seu amado chefe e amigo e sua senhorita que o perdoasse mais aquele ruivo ia ser dele.


🧨🔥🍷🍾Tristan Flashback fim 🧨🔥🍷🍾


Acordou com uma puta dor o corte não era profundo mais com toda certeza era longo olhou ao redor e estava num hospital, olhou pro lado e deu uma risadinha meio idiota.

- Iai capitã tudo bem?

Letícia parou de lixar a unha, arrumou os óculos e bufou infeliz.

- Eu realmente não posso me descuidar com vocês 3 não é.

- Não senhora capitã.

- Tristan, eu entendo que esteja atraído pelo escritor ruivo mais se jogar na frente dele não foi um ato um pouco... irresponsável?

- Foi mal lê, e só que...sei lá sabe...ele mexeu comigo.

- Literalmente olha que incrível vai ficar sua cicatriz.

Letícia se levantou e apontou pro peitoral do principe de forma tão dramática que os seios fartos balançaram de forma exagerada.

- Tá sem sutiã outra vez?

- Não tem do meu tamanho.

- Porra mais isso vai acabar com as tuas costas.

- Você deveria se preocupar mais e com você.

Letícia se abaixou e deu um beijinho na testa do amigo deixando uma marca forte de batom vermelho, passou a mão no cabelo bonito do amigo e sorriu pra ele de forma doce.

- Cadê os chocolate com pimenta?

- Eles estavam num encontro, amanhã eu falo pra eles.

- Valeu capitã.

- A, já ia esquecendo, você tem várias visitas te esperando lá fora, fica bem viu principe.

- ok...

Letícia abriu a porta dos herdeiros vieram correndo em direção ao babá que tinha os olhos fechados, Letícia fez um carinho em Alex e Erin e deu um beijinho na bochecha de Thiago indo embora.

- I caralho morri...

- Tristan? Você não morreu não!

- I porra morri mesmo...

- não morreu não!

- Então por que eu tô vendo um anjo?

Bea riu e o clima pareceu melhorar bastante, os olhos do homem passaram por todos os herdeiros e tudo que ele queria fazer era pedir desculpas por ter deixado as crianças preocupadas, os herdeiros ficaram com ele até o amanhecer e depois foram para suas casas descansar um pouco.

Thiago se olhou no espelho e pegou a maquininha de barbear, cortou o cabelo deixou a barba nós trinques e tomou um bom banho.

Se olhou no espelho vendo os músculos definidos as cicatrizes das cirurgias e se sentiu o homem mais bonito do mundo, pegou o celular e colocou uma musiquinha e começou a cantar enquanto se trocava.

- " Oh ma douce souffrance

Pourquoi s'acharner? Tu recommences

Je ne suis qu'un être sans importance

Sans lui, je suis un peu paro

Je déambule seule dans le métro

Une dernière danse

Pour oublier ma peine immense

Je veux m'enfuir que tout recommence

Oh ma douce souffrance

Je remue le ciel, le jour, la nuit

Je danse avec le vent, la pluie

Un peu d'amour, un brin de miel

Et je danse, danse, danse, danse, danse, danse, danse

Et dans le bruit, je cours et j'ai peur

Est-ce mon tour?

Vient la douleur

Dans tout Paris, je m'abandonne

Et je m'envole, vole, vole, vole, vole, vole, vole

Que d'espérance

Sur ce chemin en ton absence

J'ai beau trimer

Sans toi ma vie n'est qu'un décor qui brille, vide de sens

Je remue le ciel, le jour, la nuit

Je danse avec le vent, la pluie

Un peu d'amour, un brin de miel

Et je danse, danse, danse, danse, danse, danse, danse" 

"Derniere danse - Indila Parole"

Fez o nó na gravata e olhou novamente no espelho respirando fundo um pouco assustado na realidade.

- Eu tô a sua cara pai...

Pegou o aparelho auditivo e os papéis em cima da mesa folheando sem muito interesse, olhou o relógio na parede e suspirou novamente.

- Chegou a hora afinal.

Entrou no seu Jaguar E Type preto, presente de Christopher no natal retrasado jogou os papéis no banco, colocou os óculos escuros e saiu do seu condomínio de cabeça cheia.

Liz se sentia péssima por Daniel, olhava ele no balcão limpando os copos com força e uma cara de vazio muito profundo, Joui estava sentado ao seu lado em um silêncio sepulcral e doloroso, ele macia em um cubo mágico que pelas marcas de uso já tinha pertencido a Alex.

- Joui...

- hum? A oi Liz-Senpai...

- Tá tudo bem? Com você é o Daniel?

Joui suspirou e virou os cubos um pouco mais rápido dessa vez, olhou pra Liz e a amiga parecia tão preocupada realmente, olhou pro irmão e segurou um choro, quando ele voltou no dia que foi liberado do hospital pós ataque de Miriã a casa estava destruída, um dos ataques de raiva de Daniel, as únicas coisas que estavam intactas eram as suas, ele tinha queimado quadros e livros que amava e até algumas flores que tanto gostava, Daniel depredou tudo que mais gostava e o pior foi com toda certeza ver uma garrafa inteira de whisky vazia no chão do quarto do ruivo, ele estava indo tão bem nos últimos anos, sempre ia nas reuniões do AA e se sentia orgulhoso de não ter vontade de beber os drinks que fazia, mais pelo visto Daniel estava realmente tentando se machucar de alguma forma.

- Comigo tá... não é como se eu não tivesse acostumado a gente tentando me usar pra transar...

- Joui...

Erin ouviu essa frase e se escondeu para ouvir a conversa, sabia que era errado mais tinha que ouvir aquilo.

- Não faz essa cara Liz, eu tô acostumado, e sempre assim, parece que eu não sirvo pra mais nada mesmo.

Samuel e Cesar também ouviram isso e se esconderam, o negro olhou pra Cesar procurando respostas e tudo que conseguia ver na expressão do amigo querido foi dor e tristeza.

- Ele é muito mais que isso Sammy... muito mais...

Joui passou a mão sobre o cubo mágico encarando o lado vermelho que tinha acabado de montar, Arthur foi o único que não tentou se aproveitar dele em todo esse tempo, tinha um pouco de inveja de Alex por causa disso, se lembrou da primeira noite que foi dormir com Alex, achava que o negro iria fazer como Cesar fazia, uma foda e beijo tchau, mais aquela noite foi uma das mais divertidas da sua vida, mais ainda achava que iria acabar com a rola de Alex dentro dele de alguma forma então tentou acelerar o processo, nunca iria esquecer da cara de assustado e perdido que Alex fez, se sentiu péssimo, mais então ele segurou sua mão e se aproximou fechando os olhos, ele sabia que Alex nunca o tocaria sem permissão.

Cesar também tinha mudado seu comportamento, fazia um bom tempo que não transavam e sentia falta disso, do calor do corpo do mais velho sobre o seu dos olhos negros lhe encarando enquanto gozava, e os beijos, nossa como sentia falta dos beijos de Cesar, mais ter a mão dele junto a sua, os carinhos singelos o jeito doce que ele o tratava agora era muito bom também, seria muito egoísta querer um pouco dos dois?

- Liz... posso perguntar uma coisa?

- Claro que pode...

- Por que você gosta de mim? Tipo, você não é do tipo que se relaciona, mais sempre tá cuidando de mim...

A médica engoliu a saliva e olhou para o asiático, a verdade era que Joui era um bom menino, e na cabeça de Liz alguém como ele não deveria nem estar em um lugar como a a Ordem, mais ela era muito desastrada deixando rastros, então as pessoas que gostava sempre acabavam machucadas por sua causa, tentava se manter fria sempre, mais ai Daniel sorria pra ela, Thiago fazia uma piadinha, Joui vinha lhe pedir concelhos, como podia se manter fria, se sempre estava cercada de amor?

- Porque eu acredito em você Joui, por você eu deixaria até uma espada arrancar meu coração.

Fez carinho na cabeça do mais novo que deu um meio sorriso e se apoiou nela recebendo mais carinho, por um minuto...se lembrou da sua mãe.

Daniel esfregava o balcão com força, pensamentos a milhão:

"Tudo que você faz da errado" "todos que se aproximam de você se machucam" "você não merece ser feliz" "você não merece nada" "tava se achando demais só porque impressionou o senhor Veríssimo" "quem você pensa que é afinal?" "Olha pra você Daniel! Inútil, incapaz, prepotente e arrogante" "você não e ninguém Daniel Hartmann" "sempre dependendo dos outros" "ninguém nunca vai te amar!" "Tão bonitinho, e tão sem graça" "o Alex fez certo em ter te largado" "os outros também vão te largar assim que virem o quão insignificante você é" "coitado do Joui tendo que lidar com um bosta igual você" "que exemplo horrível você é" "devia mandar o Joui de volta pro Japão, só está atrasando a vida dele, lá ele é o futuro do de uma multinacional, mais ao seu lado ele é o que?"

Colocou um copo no balcão e respirou fundo, precisava de ar, olhou Joui abraçado com Liz e se sentiu um pouco melhor, saiu do bar e foi em direção ao telhado.

Foi bem próximo da borda do telhado passando pelas mesas e cadeiras ali, uma queda dali não lhe machucaria, mais ainda sim tinha vontade de tentar respirou fundo fazendo força pra se levantar da cadeira a dor novamente presente abriu os braços sentindo a brisa e fechou os olhos, ia deixar a gravidade agir quando ouviu um gritinho de desespero.

- Aaaaa inferno!! Droga droga droga!

Daniel se sentou novamente e foi atrás do barulho e lá estava Mia toda enrolada numa extensão lutando arduamente para se libertar.

- Mia?

- Aí caralho....

A ruiva caiu de bunda no chão ainda com a extensão toda enrolada nela e muito vermelha de vergonha por Daniel ter visto ela daquele jeito tão humilhante.

- Tá tudo bem aí?

- Eu só tava tentando concertar o letreiro, o "O" não tá funcionando.

- E pra isso se enrolou na extensão?

- Eu queria ver se era mal contato na tomada.

- Levanta do chão deixa eu te ajudar.

Mia ficou em pé e Daniel a desenrolou com facilidade e enrolou a extensão no braço, os músculos marcados fizeram Mia dar uma leve salivada, coisa que não passou despercebida pelo ruivo.

- Algum problema?

- Nada nada...

- Jura?

Daniel se aproximou e a garota de um passo pra trás estava se controlando muito mesmo, olhou os olhos verdes de Daniel e as pernas deram uma fraquejada e sentiu algo quente no pé da barriga, tinha que sair daqui o mais rápido possível ou não conseguiria se controlar.

- Mia? Você tá bem?

- Tô sim, só... não chega muito perto.

Daniel parou onde estava com uma cara de incógnita, novamente a voz na sua cabeça falava "ela tem nojo de você" "tá vendo o que você fez? Afastou mais uma pessoa?" Só queria que as vozes fossem embora.

Mia percebeu que Daniel parecia confuso com o seu pedido, mais não tinha coragem de falar que a presença dele a deixava sensível e com tesão, era muita humilhação.

Mia ia descer quando tropeçou e caiu em Daniel e minha nossa estava muito ferrada.

- Cuidado garota.

A voz grossa tão perto as mão lhe segurando com força o perfume dele misturado com o cheiro de cigarro, ele a segurava pelo braço tão perto do seus seios, tinha que sair dali imediatamente.

- Daniel...por favor....me solta...

Olhou pra garota e ela estava vermelha e respirando com dificuldade...a não...

Soltou a ruiva e deu ré ficando vermelho de imediato, Mia tentava se controlar ao máximo, ainda sentia os toques do mais velho no seu corpo e estava se tremendo um pouco, andou a passos rápidos pra baixo e se trancou no primeiro quarto que achou aberto.

Humilhada era assim que se sentia, deitou na cama e retirou suas roupas e soltou o cabelo, os seios fartos se espalharam macios, passou as mãos sobre o seu corpo tão lindo e a que se dedicava tanto, os músculos firmes e coxas torneadas grandes e durinhas eram o sonho de muites estar entre elas.

Tinha que ser rápida pra não causar suspeitas, desceu a mão entre suas pernas e se abriu mais ainda e passou os dedos lentamente se sentindo, lambeu os lábios involuntariamente enquanto bem devagar se penetrava com os dedos.

- Aaaan~ merda... tão...humilhante....

Apertou um dos seios com a mão livre e gemeu doce sobre si mesma, enfiou mais um dedo e arqueou as costas sentindo os músculos se contrariem.

- Dani...el...

Precisava acabar com isso logo, retirou os dedos de dentro de si mesma e começou a estimular o clitóris de forma mais determinada.

"maldito ruivo bonito de olhos lindos" brincou um pouco com os próprios seios novamente e de penetrou mais uma vez, puxando o ar.

- Ahn~ 

Gozou sentindo todo o corpo tremer a humilhação novamente bateu a porta, ele não estava ali para ver ela, de todos os homens do mundo por que tinha se apaixonado justo por ele? Um homem que nunca se interessaria por ela.

Tomou um banho e se vestiu descendo pro salão, Bea estava sentada no balcão tomando um drink verde, os lábios dela bebendo com gosto e sorrindo para o ruivo, os olhos deles se encontraram e ambos ficaram vermelhos, Bea alternou o olhar entre um e outro e não gostou nada disso.

Mia se aproximou do bar, os cabelos soltos e molhados a deixavam ainda mais bonita, cruzou os braços e em alguns segundos o drink verde estava na sua frente.

- Prova, acho que vai gostar.

Mia pegou a taça é era muito bonito realmente, deu um gole e os olhinhos brilharam na direção do ruivo que sorriu meio tímido.

- Isso é uma maravilha Árabe, licor de menta e leite condensado batidos na coqueteleira com gelo puro, simples e elegante.

- Me ensina a fazer isso?

- Claro, vem cá.

Bea percebeu que naquele momento em específico não se precisava se preocupar com a amiga rival, e mia estava muito feliz tentando aprender o drink.

Gonzalez recebia cafuné de Kennan enquanto conversavam besteira, Arthur ria da cara do marido por algum motivo mais logo o riso morreu e a boate ficou em completo silêncio vendo Thiago entrar pela porta.

O sobretudo marrom por cima do terno óculos escuros e uma expressão super séria, passavam outra vibe, um Thiago que ninguém ali entendia ou sabia que existia, quer dizer, duas pessoas sabiam.

Miguel veio ao seu encontro dando um sorriso lindo e Thiago respondeu com outro e no outro lado do salão o Christopher de braços cruzados olhando orgulhoso para o afilhado.

- Thiago?

Liz falou desacreditada, ele estava lindo sim, mais com toda certeza era algo totalmente diferente do Thiago que andava sem camisa pra todos os lados soltando cantadinhas ruins pra todo lado.

- oi minha querida.

- O que aconteceu?

- Eu fui resolver umas coisas nos estúdios do meu pai.

- Você...o que?

O choque se espalhou pelo rostos dos herdeiros, Thiago não teria nada do pai a anos, Arthur olhou em volta pegando todas as reações que conseguia e analisando tudo que podia e chegou a algumas conclusões.

Miguel: Esse estava com uma mistura de orgulho e tristeza

Mari: Estava apreensiva e preocupada

Kennan: Estava bastante orgulhoso

Chris: Esse estava muito orgulhoso e um pouco preocupado.

Cesar: Estava desconfiado

Alex: Assustado e preocupado

Mia: Estava sentindo desafiada

Samuel: Estava nervoso e ansioso

Dante: Estava preocupado

Bea: Estava apreensiva e desconfortável

Erin: Parecia empolgada e feliz

Gonzalez: estava puto

Seja lá o que estava acontecendo ali, os herdeiros pareciam uma grande bomba relógio por causa da afirmação do Thiago, esse por sinal vinha na sua direção a passos firmes.

- Arthur...podemos conversar? em particular de preferência...

Olhou pra Alex que parecia preocupado com outras coisas além do baba sozinho com seu marido e Arthur entendeu que não tinha problema.

Entraram em um quarto e Thiago se sentou com as pernas cruzadas e uma expressão seria, ele era muito bonito! 

- Do que tu precisa Thiago?

- Me desculpa Arthur...

- Quê?

- Me desculpa mesmo pelas merdas que eu fiz no começo, pelo beijo que fez o Alex terminar com você, pelo insistência exagerada, eu fiz muita coisa errada.

- O que aconteceu Thiago?

- Eu acho....que tô apaixonado...

Arthur sentiu uma leve tontura e colocou a mãe na testa procurando palavras para se expressar, mais não sabia bem como.

- Thiago... que porra?

- Eu também não sei, mais, eu... realmente gostei de você Arthur, acho que se não fosse você, eu não saberia o que estou sentindo agora.

- Eu tô muito confuso e preocupado com ti.

- Eu não sei honestamente o que estou fazendo, só quero que ele goste de mim de volta, acho que eu não faria o que estou fazendo se não fosse por ele.

- Ele? Vai pelo menos me falar quem é?

- Não sei se eu deveria.

- E Alguém da equipe?

Thiago balançou a cabeça e em segundos Arthur já tinha visto todas as possibilidades, mais então uma luz se acendeu na cabeça do gaúcho baixinho.

- O Gonzalez...

Thiago ficou vermelho e tímido de imediato, juntou as mãos timidamente e olhou para os lados numa tentativa fútil de se entender e se esconder.

- como você?

- Tu mudou muito depois que ele veio pra boate...o que exatamente aconteceu com tu e ele na infância?

- Nada, nunca aconteceu nada entre a gente na infância, nada!

- Então...

- o Gon sempre andou atrás de mim, sem motivo nenhum e eu sempre me acostumei tanto com isso, ele era um doce dêsde criança mais o Gonzalez que eu tô vendo agora, e totalmente diferente do que eu conheci.

- As pessoas costumam dar uma mudada quando crescem, e normal.

- Eu fui no casamento dele e ele tava tão bonitinho naquele terno, e a Dorotéia machucou tanto ele por anos e eu nunca soube, eu devia ter ajudado ele, mais estava muito ocupado sendo um merda.

- Você não é um merda Thiago.

- É...eu só um parasita...

- o que?

- Nada...

- Thiago...

- Arthur de verdade, você me ensinou muita coisa sobre mim mesmo, principalmente a me controlar e a tentar entender meus sentimentos, eu gostei muito de você, de verdade.

- Eu acredito em ti, mais estou preocupado, não jogue essa pressão no Gonzalez, o sentimento pode não ser mútuo.

- Eu sei...se não for...eu vou ter que lidar com isso sozinho.

- Pode falar comigo se quiser.

- Valeu Arthur.

Os dois ficaram um tempinho conversando e Arthur percebeu algo interessante dessa vez durante a conversa, Thiago estava mais leve e parecia mais determinado, achou uma boa mudança, o amor realmente muda as pessoas.

Daniel foi visitar Tristan no hospital e Gonzalez o acompanhou, o latino entrou Primeiro no quarto e ficou uns bons minutos lá dentro, saiu sorrindo e pegou Daniel o colocando dentro do quarto e saindo procurando uma máquina de café.

- E ai Dan? Achei que não vinha...

"Olha o que você fez!" "Pobre coitado se machucou por um lixo igual a você" "olha essa cicatriz!" "Tudo culpa sua"

- Você...tá bem?

- Melhor agora com você aqui...

- Me Desculpa...

- pelo que exatamente? Ter roubado meu coração? Sinto muito mais por esse crime sua sentença e me ter do seu lado o tempo todo.

Daniel riu e olhou dentro dos olhos castanhos do mais velho, ele tinha um sorriso na sua direção e parecia um pouco cansado.

- Você é um Idiota.

- Você me deixa idiota, não sei que feitiço você lançou em minha senhor Hartmann, mais funcionou muito bem.

- tudo isso por causa de uma punheta?

- Não sei se foi por causa disso.

- Por que seria então?

- Você é inteligente, bonito e incrivelmente charmoso, você simplesmente é destruidor.

- Nossa, me sinto lisonjeado.

"Ele tá mentindo" "você não tem nada a oferecer" "como pode enganar ele?" "Pobre coitado criando expectativas em alguém tão inútil"

Uma enfermeira entrou sorrindo com um soro e Tristan soltou uma cantada ruim fazendo a mulher rir.

"Viu só? Você não é especial" "qualquer um é melhor do que você" 

- Agora você vai sentir uma picadinha.

- Espera...Dan...segura minha mão...

- C-claro...

- Valeu...

Daniel sentiu os dedos de Tristan se envolvendo entre os seus e as mãos calejadas do mais velho eram quentes e aconchegantes de certa forma, a enfermeira saiu e avisou que o remédio iria fazer ele dormir em breve.

Logo Tristan falava algumas coisas sem sentido e tinha dificuldade de manter os olhos abertos, Daniel não soltou sua mão mesmo depois dele ter adormecido, sentia que era o mínimo que deveria fazer.

Quando Gonzalez e Daniel chegaram a boate perceberam uma movimentação estranha e se aproximaram, Gonzalez teve que segurar a risada vendo Mia com um sutiã minúsculo com estampas que lembravam muito as de uma vaca e uma calcinha com estampas iguais e um arquinho com chifrinhos, as luvas e meias brancas eram bonitas por exemplo.

- Eu odeio minha vida...

- Que fetiche estranho da porra.

Ele estava linda até desse jeito mais era definitivamente um look que não imaginava ninguém da boate usando.

Daniel foi ao bar e bateu alguns líquidos e serviu oferecendo a mia com um sorriso maldoso no rosto.

- Um orgasmo pra você senhorita.

E voltou pro bar deixando todo mundo com uma cara de "que?" E mia vermelha como seu cabelo.

- Eu quero que morrer.

- Puta que lá merda...

- Caralho

- Dio Mio

- Vai se fuder! Eu me visto de Vaca e o Alex e um policial sexy???

Cesar veio com o celular na mão e tirou uma foto do Irmão todo orgulhoso da beleza alheia, o rapaz estava bastante constrangido com toda certeza porém ele tinha realmente uma beleza de parar o trânsito.

Arthur só faltava babar no Noivo e se sentia honestamente o homem mais sortudo do mundo por outro lado Gon estava estressado ao extremo.

- Thiago qual o seu problema? Para de me seguir pra lá e pra cá! Tem coisas pra arrumar nós quartos ainda.

- Só quero ficar um pouco perto de você.

- A gente se vê todo dia...

- Não...eu... aí... é complicado...

Gon juntou a sobrancelhas e caminhou até o mais velho o encarando sério, o coração de Thiago deu um puta pulo e por um segundo ele acreditou que estava morrendo.

- Você ainda tá bravo por que eu te dei um fora?

- Não.

- Você tá estranho... Sei lá...tá diferente...

- eu cortei o cabelo.

- Ficou bonito...

Sentia o sangue bombeado desesperado pela aceleração do coração as orelhas ficaram vermelhas e tinha certeza que estava corado.

- Obrigado...

Gonzalez sorriu gentil e o cérebro de Thiago guardou aquela imagem na sua memória com carinho, os dentinhos caninos afiados que o policial tinha eram uma gracinha, nunca tinha reparado neles antes mais queria muito as marcas nele agora.

- Gon...eu...

O celular de Thiago apitou para um serviço e Gonzalez aproveitou a deixa para terminar de examinar os quartos, foi uma noite muito boa pra todos, menos pra Mia...ela odiou a fantasia de vaca.

Samuel jogava um CS na santa paz quando delicada como um mamute fazendo ginástica olímpica Mia arrombou a porta do seu quarto sendo seguida por Lupi que pulou nele o lambendo feliz.

- oh caralho!

- Eu fiz bolinho de queijo e bolo de cenoura pra você.

Samuel riu da empolgação da irmazinha e abriu espaço sentindo ela se aconchegar do lado dele com um sorriso lindo, era o Irmão mais velho mais sortudo do mundo.

Thiago sentiu o abraço fofinho de Bea e a mãe grande de Dante na sua cabeça, os Fritz olhavam suas fotos de quando eram crianças e tudo que eles conseguiam fazer foi chorar, fosse de tristeza, fosse de saudades ou até de alegria.

- o tio ia estar muito orgulhoso de você...

- Você acha mesmo?

- Você foi muito corajoso Thiago...

- será que ele tá feliz agora? Eu vou começar a mexer em algumas coisas da empresa, eu tô tão nervoso.

- A gente tá aqui pra te ajudar primo

- Pro que der e vier.

- Obrigado! Amo vocês.

Thiago deu um beijinho na bochecha de cada um e continuaram vendo as fotos, eles na piscina, eles em Milão, eles na Disney, eles em Paris.... Thiago engoliu seco...e começou a se tremer.

- Quando ela souber...ela vai vir... não é..?

- Nós não vamos deixar ela chegar perto de você...

- Tem nossa palavra primo...

Dante segurou a mão de Thiago e o ajudou a virar a página, se clara ousasse chegar perto de Thiago, ele não responderia pelo seus atos.

Cesar passava suas roupas e as organizava da forma mais favorável possível sentindo orgulho da sua coleção, provou algumas e entrou no Omegle pra se divertir, jogou um pouco de lol e deitou na cama abraçando um travesseiro, olhou o guarda roupa entre aberto e viu uma roupa de maid...teve uma ideia.

Liz chegou em casa exausta, parecia que tudo estava andando mil vezes mais lento e mais rápido pra ela ao mesmo tempo, sentia que algo de ruim estava prestes a acontecer mais não sabia exatamente o que era e isso a deixava preocupada, talvez estivesse na hora de falar com velhos amigos.

- Alô Guto

- Oi Liz! Nossa quanto tempo!

- Saudade se você amigo...me diz uma coisa...você ainda tá trabalhando com segurança?

- Tô sim...por que?

- Acho que tenho um trabalho pra você

Tristan saiu do hospital e nem parecia que tinha levado uma facada monstruosa voltou a trabalhar normalmente e essa seria a última semana tranquila de todos porque a próxima era carnaval.

Tudo estava correndo bem nesses últimos tempos, até tinha se esquecido da existência dos Assombrados e das ameças, Rodolfo ligava vez ou outra pra mais uma ameaça vazia porém isso não lhe preocupava mais tanto assim, mais agora com o celular tocando para Ivete atender nunca tinha sentido tanto medo antes.

Ivete atendeu com sua animação de sempre e logo a guangue toda estava reunida no telefone falando alto e se divertindo um pouco, Brulio só se tremia, Arthur colocou a mão no seu ombro e sorriu pro pai para que seu velho juntasse coragem.

- Então gente...tô ligado pra falar uma coisa muito importante...

- Nossa Brulio, tu tá estranho homem...

- Mah aconteceu alguma coisa aí em São Paulo? O Arthur tá bem?

- Tô bem sim mãe.

Ivete achava uma gracinha o fato de Arthur a chamar de mãe, foi possível ouvir uma risadinha da senhora e umas tosses de Gregório, Brulio continuou.

- Então...eu conheci alguém aqui...

- Não acredito!

- Eu tô ouvindo isso mesmo?

Logo o bar todo estava ao redor do telefone prestando totalmente atenção nas palavras de Brulio.

- E agora eu tô namorando essa pessoa...

Silêncio

E então gritos comemorando, parecia até final de copa do mundo, Ivete falava pra galera se acalmar e Brulio começou a tremer mais, segurou a mão do filho e deu um gole grande no whisky juntando sua coragem todinha pra falar aquelas três palavras.

- E um homem....

Silêncio 

No bar os mais novos se olharam confusos mais isso meio que não os importava na realidade, eles cresceram com Arthur e eles mesmo tinham suas orientações sexuais então embora um choque, isso não afetava muito a opinião deles sobre o líder.

Ivete sabia, sempre soube talvez que por trás daquela montanha de músculo tinha algo bem enterrado lutando pra sair, bem antes tarde do que nunca.

Gregório levantou da mesa e cuspiu no chão, o caolho se recusava a acreditar no que estava ouvindo, Brulio sempre foi macho, o homem mais homem que já tinha conhecido, que porra era aquela que estava acontecendo agora?

- Se tá de brincadeira né Brulio?

Do outro lado da linha outro gole de whisky ia para o estômago do senhor, a voz de Gregório parecia raivosa e muito pior do que um dia se lembrou de ser, parecia pesar uma tonelada.

- Eu tenho um namorado.

- Mah que caralho? E curiosidade isso? Só pode! Onde já se viu! Tu viveu a vida toda como macho!

- Gregório...

- Tio Gregório calma aí, muitas pessoas só se descobrem muito depois na vida.

- Descobrir? Que descobrir o que! Brulio nunca foi desses

Arthur repetiu o "desses" e Gregório percebeu que estava muito nervoso, deu um gole na cerveja e simplesmente saiu do bar com a cabeça martelando.

Brulio conversou um pouco mais com Ivete e os outros e quando a ligação acabou Brulio se derrubou em lágrimas e pedindo perdão pra Arthur, dizendo o quanto aquele sentimento era horrível, o mais novo sempre foi pequeno, mais agora com o pai entre os braços ele sentia que era o maior homem do mundo, e que proteger seu pai era sua única missão.

Gregório deitou olhando pro teto tentando entender mais que caralho poderia ter acontecido com seu melhor amigo, Brulio era o terror na escola, atormentava todo e qualquer lgbt que conhecia, fosse gay, fosse lésbica e os caralhos, simplesmente destruía toda e qualquer mínima chance de felicidade que tinham e isso o seguiu anos depois da escola, ele é Rodolfo eram o próprio satanás e o diabo.

Repassou toda sua juventude com os dois tentando achar qualquer indício de que Brulio se interessava por homens mais o amigo tinha até falta de interesse em mulheres durante a adolescência, parecia não se importar com nada e viver bem sozinho, já Rodolfo...

Nem sabia quantas namoradas Rodolfo teve mais eram sempre as mais gostosas da cidade, ele ia seduzia a pobre garota transava com ela e deixava por isso mesmo, perdeu as contas de quantos cabaços o ex amigo tinha tirado porém ele sempre voltava pra Brulio sorrindo e brincando ao redor dele.

Rodolfo era esquisito uma vez levou uma das namoradas no bar só pra mostrar a garota prós amigos, ficou se gabando principalmente pra Brulio e pareceu frustrado com a falta de interesse do amigo na garota, se lembrava de ouvir a frase "a gente pode se divertir com ela junto" e Brulio riu e Rodolfo pareceu muito frustrado.

Os convites para ménage eram bastante constantes vindos do baixinho, porém Brulio parecia totalmente desinteressado em sexo no geral, enquanto Rodolfo era uma máquina e tinha fama de comedor pela cidade, parecia querer se provar a todo custo.

- Espera um pouco...

Gregório foi passando toda a juventude novamente dentro da cabeça quando derrepente um estalo aconteceu na sua cabeça.

- O Rodolfo...gosta de homem...

Como podia ter sido tão cego todos esses anos, continuou analisando suas memórias em busca de qualquer coisa relacionada a Brulio e então outro estalo aconteceu, saltou da cama.

Procurou fotos antigas dos três e em todas, Rodolfo sorria pra Brulio, mesmos com as fotos já perdendo a cor era possível ver o brilho nos olhos do careca em todas elas.

- Não pode ser...

- Tio Gregório? O senhor tá bem...

- Victor? Desculpa te acordar pia, tava procurando umas coisas, volta a dormir, amanhã você tem que estar cedo na delegacia.

- Ok, o senhor também e bom voltar pra cama viu...boa noite tio.

- Boa noite piá.

Gregório continuou a repassar as coisas na sua cabeça e olhar as fotos tendo uma triste epifania, tinha que contar isso pro Brulio, mais não sabia se tinha coragem, esperaria até a próxima ligação do amigo.

Thiago andava na rua com o celular na orelha falando em francês com alguns homens velhos dos quais não se importava muito, passou um café elegante Quando virando a esquina acompanhado de Kennan e Erin Gonzalez apareceu deixando o repórter travado no lugar, a camiseta grande no nirvana com o jeans velho e o ALL star, tão simples e tão arrebatador, Erin também estava bonitinha naquele moletom oversize da Nike que ela obviamente tinha roubado de Kennan, o mais velho dos três vestia um terno cinza elegante, provavelmente tinha saído de uma reunião nas redondezas assim como ele.

Gonzalez sorriu pra ele e seu estômago deu um Twist carpado mais consegui disfarçar bem, foram andando pela rua conversando virando para entrar na Augusta Quando uma comoção foi ouvida, era um arrastão.

Kennan puxou Erin pelo braços e Gon pela mão um dos trombadinhas passou correndo e empurrou Thiago que caiu no chão.

- aii merda...

Gonzalez viu vermelho, Thiago se levantou com um corte relativo na mão os olhos seguiram a gota de sangue caindo no chão e a raiva borbulhou feroz.

- Thiago você tá bem?

-To sim Kennan e só um corte pequenini..nho...

Kennan sentiu algo passando pela suas costas e lá estava Gon correndo tanto quanto um carro atrás do bandidinho.

Os três amigos se olharam e foram correndo atrás para garantir a segurança do latino.

Gonzalez podia ser pequeno, mais dentro daquele corpinho tinha um monstro, saltou obstáculos, correu em um velocidade impossível de ser humano, nem Kennan conseguia acompanhar.

Virou a esquina e o garoto de talvez 18 anos estava revirando uma bolsa, sentiu o sangue ferver e gritou.

- Mãos pro alto polícia.

A voz firme e o olhar frio e sério, a arma no cinto pronta pra ser sacada mas sinceramente não queria usar ela.

A princípio o rapaz ficou assustado mais Quando se virou e viu Gonzalez parecia desacreditado, os olhos amarelos e a estatura pequena faziam o policial parecer outro adolescente, o rapaz no entanto não estava feliz e foi pra cima de Gon com uma barra de ferro que tinha no chão.

Gonzalez desviou com maestria dos dois primeiros golpes mais o terceiro veio rápido de mais pra reagir acertando sua nuca com força, estava ficando sem paciência.

O rapaz parecia feliz por ter acertado, e foi atrás de outra golpe, porém ao invés de desviar o baixinho mesmo com o nariz sangrando segurou a barra com força, e não importava o quanto o rapaz tentava puxar Gonzalez não soltava.

Foi a vez de Gon puxar o objeto de metal e então pegou a outra extremidade e entortou a barra como se ela fosse de brinquedo, a jogando pro lado, a última coisa que o rapaz viu foi o punho de Gonzalez no seu rosto.

Os três amigos chegaram e o rapaz estava no chão com a cara toda desfigurada, Gonzalez virou para os amigos, nariz sangrando, os olhos amarelos e o cabelo cacheado grudando na testa por causa do suor, lindo, Thiago quase teve um piripaque.

- As vezes eu esqueço que você e mais forte que eu...

Kennan disse encarando Gon um pouco Assustado, Erin estava impressionada e Thiago respirava com um pouco de dificuldade.

Quando a viatura chegou os olhos dos oficiais reconheceram Gonzalez e ficaram assustados vendo a situação do rapaz no chão, e a fofoca se espalhou pelo batalhão, Alguns diziam que o seu término com Dorotéia tinha feito ele enlouquecer, outros falavam que era droga, mais a verdade e que ninguém nunca se importou realmente em conhecer Gonzalez pra saber do que realmente ele era capaz.


☠️🕸️ Assombrados 🕸️☠️


- Seu Rodolfo!!!

O senhor já não aguentava mais ser "sequestrado" pelo traficante todo fim de turno, sempre que saia para ir pra casa um carro parava e lá estava Guilherme sorrindo lindo na sua direção, e era "Obrigado" a entrar no carro e nele ficava por uns minutos.

O rapaz o enchia de beijos enquanto passava as mãos por todo seu corpo, Rodolfo sempre e com todas segurava seus gemidos e suspiros mais não era sempre que conseguia.

Sentiu uma mordidinha na orelha fazendo seu corpo tremer e arrepiar, os olhos do rapaz focados em todas as suas reações por mínima que fosse.

- Me beija vai.

- Guilherme, você já sabe minha resposta.

- Eu sei.

E Guilherme puxou o senhor e o beijo era sempre uma delícia, por mais que Rodolfo lutasse contra, ele desmontava e aceitava os toques, mais Guilherme queria mais.

- Vem comigo pra minha casa seu Rodolfo, eu Prometo que não vai se arrepender.

- Guilherme já conversamos sobre isso.

- Por que? Do que o senhor tem tanto medo.

Medo? Não tinha medo, a penetração não era algo lhe assustava se era isso que o rapaz pensava ele só não queria fazer isso com outra pessoa que não fosse com Brulio, e o ex melhor amigo nunca faria isso com ele, então ele não queria mais ninguém.

- Não tenho medo de nada...

- Então prova pra mim...

- Não tenho obrigação de te provar nada.

Guizão bufou e passou a mão no cabelo frustrado, e então abriu um sorriso lindo com uma ideia maldosa.

Se jogou no senhor novamente e roubou um beijo gostoso, aproveitou que o senhor estava muito ocupado com seu beijo e o puxou pro seu colo e Rodolfo sentiu algo duro por baixo dele.

- Guilherme...?

- Ahn~ 

Sentiu o rapaz se roçar por baixo dele lambendo os lábios e olhando pra Rodolfo o fazendo engolir a saliva, abriu o cinto e lá estava duro e firme o pau de Guilherme gotejamento enquanto ele se masturbava olhando Rodolfo.

- Minha nossa senhora...

Era... muito grande, mesmo que quisesse se sentasse naquilo ali não sentaria nunca mais, porém não conseguia parar de olhar.

- Só a cabecinha...por favor

Ia falar não outra vez quando sentiu a mão do mais novo abrindo seu zíper revelando que o motoqueiro também estava duro.

Sentiu a mão do negro subir e descer o deixava inquieto e sensível, apoiou no banco do carro fechado os olhos e gemendo baixinho, porém Guilherme conseguia ouvir tudo.

A mão grande e calejada parecia saber muito o que fazer, as risadinhas de Guilherme lhe irritavam, mais ele era muito bonito para o próprio bem.

- Fica comigo seu Rodolfo...eu faço fazer a pena.

A cabecinha foi apertada e gozou ali mesmo se sentindo derrotado, não queria nem imaginar o que aconteceria se seus meninos descobrissem.

Aproveitaram que Renan estava dopado de remédio e foram pro banheiro e lá se trancaram.

Lúcio chupou com vontade e sentou com mais vontade ainda, se Raphael dissesse que não era um dos melhores sexos que já tinha feito estava mentindo, mais Lúcio era manipulador ao extremo.

- Eu gosto tanto de tu.

- Lúcio...

O homem enorme o abraçava por trás e lhe dava um beijinho na nuca, e Lúcio também podia ser bem carente, dessa parte não achava ruim não.

Lúcio saiu pra trabalhar 100x mais feliz, e Rapha foi ver se Renan estava bem.

- Tá bem, que bom! Tá sem febre também.

Encostou no rosto do parceiro verificando sua temperatura e ele estava bem, os olhos do amigo abriram devagar e ele lhe sorriu sonolento.

- oi Rapha...

- tu tá bem Renan?

- Sabia que você é lindo...

- Quê?

- tu ta brilhando...

- Esses remédios te fazendo ter umas viagens.

- Teu sorriso é lindo...você devia sorrir mais...

Raphael riu vendo os olhos do amigo se fechando novamente e ele apagando as poucos, sentiu um pouco de pena.

- Bora lava roupa agora.


🕸️☠️ Assombrados 🕸️☠️


💮🌸

Hidetaka lia uns papéis sem muito interesse bebia um chá gostoso com biscoitos ao lado, o dia estava bonito, ou melhor perfeito do jeito que gostava, tudo dentro do seu controle.

Adorava ter controle de tudo e todos a sua volta, ele sempre tinha as respostas certas e gostava disso, obediência era algo bom, Jun era um falha grotesca mais obediente então tinha um pouco do seu valor, porém sua obra perfeita não era dotada de obediência.

Joui era perfeito, tudo nele era perfeito, suas notas, seu sorriso, sua voz, seu gentil humor, sua dedicação e seu corpo...a seu corpo.

Joui tinha nascido pra ser perfeito e era isso que ele era, e Hidetaka deseja perfeição em todos os aspectos da sua vida, suas esposas? Modelos, inteligentes e educadas, uma pena que a primeira tinha uma personalidade ruim gerando um filho imperfeito.

Mais o tempo também deve ser perfeito, então quando Joui nasceu naquela primavera rosada tudo parecia correto finalmente.

Joui era perfeito realmente, saber que o filho sentia atração por homens só podia ser um sinal não é? De que ele e Joui deveriam se unir de alguma forma além da famíliar, sim, só podia ser isso mais pra isso acontecer, tinha que trazer Joui de volta pro Japão, não aguentava mais tantas imperfeições.

🌸💮


Arthur passou no mercado afim de comprar uns negócios, nada muito importante, pegou pão e algumas frutas e agora encarava os chocolates com uma incógnita na cabeça.

- Qual desses tu vai gostar mais?

A imagem de Alex lhe sorrindo fofo agradecendo o chocolate e depois ele lhe enchendo de beijinhos e carinhos que acabariam com ele tento a bunda apertada de forma aleatória e ficando vermelho enquanto Alex o olhava de forma desafiadora, nossa precisava urgentemente de um abraço do marido.

Pegou um cruch Pronto para ouvir uma cantada ruim, pegou um lacta e um diamante negro assim como alguns bombons pra dar pra galera da boate, estava indo pro caixa quando sentiu uma mão grande no seu ombro, se virou e entrou em choque.

Esfregou os olhos e piscou várias vezes, aquele rapaz era Alex de dreads, quer dizer, Alex era mais bonito com toda certeza e bem mais retinto também, mais as maçãs do rosto estavam ali, o formato do rosto e da sobrancelha também, porém aqueles olhos cor de rosa eram um pouco assustadores.

- Você é Arthur Cevero?

- Quem gostaria?

- A claro, me desculpa, meu nome é Fernando Carvalho, eu sou o Irmão mais velho biológico do Alex.



Notas Finais


Arthur tomou um leve susto agora
Hidetaka tão podre quanto o filho :) pobre Joui
Liz vai cuidar das pessoas que ela gosta sim.
Durante todo esse tempo o Daniel estava tendo várias crises e ataques de ansiedade e depressão, ele tá muito mal...
Bjs até o próximo capítulo 😘✌🏾


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