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História Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Laço de Sangue


Escrita por: Sachii

Notas do Autor


⚠️⚠️🚨🚨✋🏾✋🏾🚨🚨⚠️⚠️

ATENÇÃO ESSE CAPÍTULO CONTÉM GATILHOS SERÍSSIMOS (drogas e violência doméstica) CASO NÃO SE SINTA CONFORTÁVEL NÃO LEIA

Capítulo 74 - Laço de Sangue


Fanfic / Fanfiction Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Laço de Sangue

"Ela é amiga da minha mulher

Pois é pois é

Mas vive dando em cima de mim

Enfim enfim

Ainda por cima é uma tremenda gata

Pra piorar a minha situação

Se fosse mulher feia tava tudo certo

Mulher bonita mexe com meu coração

Se fosse mulher feia tava tudo certo

Mulher bonita mexe com meu coração

Não pego, eu pego

Não pego, eu pego

Não pego não" "seu Jorge - amiga da minha mulher" tocava no rádio enquanto Dalila varria a casa, um dia gostoso em Santos um clima exepecificamente perfeito para um churrasco o que ela é seu marido fariam no dia seguinte com alguns amigos

- Mozinho cheguei

- Trouxe o carvão?

- Tá na mão minha paixão

A mulher na casa dos 58 anos estava bem pra sua idade, cabelos loiros de farmácia curtos estilo Chanel e um corpão de dar inveja, tinha uma vida confortável e se pudesse desejar uma coisa séria ter tido filhos.

O marido se aproximou e lhe deu um beijinho no pescoço com até oitavas intenções e a loira riu sozinha da carinha que seu lindo, gostoso e dedicado marido fazia.

O homem de 1,82 musculoso e de pele tão escura que parecia petróleo era com toda certeza a pessoa mais bonita que qualquer pessoa no mundo veria, se não bastasse o rosto perfeito e simétrico os olhos num rosa pink eram de tirar o fôlego e fazer qualquer um questionar se Deus tinha realmente feito aquele homem ser lindo daquele jeito, ou ele era obra do demônio.

- Para com isso marquês

- É que eu te amo tanto meu amor

A mulher riu e o marido a abraçou com ainda mais força dançando com ela pela casa, quem conhecia o casal podia dizer com toda e absoluta certeza, que eles eram o casal perfeito.

O telefone da casa tocou e Dalila foi atender recebendo um tapinha na bunda e uma piscadela do marido, ambos riram um pouco, marquês deu meia volta indo em direção a cozinha para pegar outra vassoura e ajudar a esposa.

- Alô?

- Alô eu falo com algum parente de Fernando Carvalho?

- Fernando Carvalho?

Marquês travou na cozinha e começou a suar frio, largou a vassoura e foi até a sala onde a esposa parecia muito confusa no mínimo.

- Quem é mozinho?

- Não sei...da onde fala moça?

- E da delegacia contra crimes a pessoas LGBT

- De uma delegacia! Marquês talvez alguém do seu batalhão...

- É pode ser, deixa eu falar...amor eu derrubei umas coisas na cozinha pega pra mim enquanto eu resolvo isso

- Tá, oh moça meu marido e do exército deve ser alguém que ele conhece vou passar o telefone

- Não senhora eu preciso de um parente

Mas Dalila já tinha entregado o telefone pra marques e ido em direção a cozinha.

- Alô...

- Olá, boa tarde, ouve um erro de comunicação, o senhor é parente de Fernando Carvalho?

Marquês engoliu a saliva e olhou ao redor enquanto falava bem baixinho e bastante nervoso e ansioso

- É meu filho mais velho

- senhor lamentamos informar que nessa madrugada seu filho enquanto voltava pra casa do trabalho sofreu um ataque de caráter homofóbico, ele foi socorrido e está internado no hospital HMASP, ele precisa de uma transfusão sanguínea urgente e os estoques estão baixos, então estamos tentando contato com parentes

- Não sei se conseguiria chegar aí em tempo, eu moro em Santos, não tem ninguém aí pra doar?

- Seu número estava registrado como emergência na fixa dele, tem algum parente que more mais perto?

- Na verdade tem sim, eu vou te passar o número

Alex sentiu uma gota de suor descer sua tempora enquanto segurava o celular, a boca ficou seca e os olhos encheram de água

- Ele é meu irmão mais velho

- senhor Cohen seu irmão sofreu um ataque de caráter homofóbico e se encontra internado no hospital HMASP precisando de uma transfusão sanguínea urgente, o senhor tem como doar?

Alex engoliu a saliva segurando o choro, olhou ao redor com medo e assustado, todos pareciam ocupados, e não notaram seu desespero...bem quase todos

Arthur estava no bar conversando com Vic, Bruno, Ivan e Daniel, rindo de coisa boba tudo em um clima agradável, pegou uma cerveja com o intuito de beber e outra para levar pro marido mais assim que se virou a procura de seu grandão largou a cerveja no balcão e foi correndo em direção dele preocupado, Alex parecia as beiras de um desmaio

- Alexander? O que aconteceu?

- Senhor cohen o senhor pode doar?

- Sim, posso sim, estou a caminho

- Ok irei informar o hospital que um parente de sangue está a caminho

E o telefone desligou

- Arthur por favor me leva em um lugar agora

- Alexander me explica que cara de Pânico é essa primeiro

- O Fernando...

- O que tem o Fernando?

- Atacaram o Fernando... Por favor Arthur me leva no HMASP

- não precisa pedir duas vezes

O casal açucarado saiu correndo do salão até a doca onde ficavam os carros e as motos e montaram na princesa saindo em disparada por são Paulo, passaram faróis vermelhos e até na contra mão entraram e durante todo o percurso Arthur sentiu as mãos de Alex tremendo enquanto segurava sua cintura.

Luciano estava sentado na cadeira do lado de fora do quarto apertado as mãos e chorando em silêncio, uma enfermeira passou com uma medicação e entrou no quarto de Fernando e Luciano a olhou como se esperasse uma resposta de uma pergunta que ele nunca tinha feito.

- Ele está instável senhor carvalho, aparentemente seu cunhado e seu sogro estão a caminho para a transfusão sanguínea.

- Meu... sogro?

Ficou tão confuso que travou no lugar enquanto a enfermeira entrava no quarto e aplicava a medicação no cantor.

Na boate derrepente como um estalo todos perceberam que Arthur e Alex estavam demorando muito, Cesar principalmente estava com um péssimo presentimento, olhou pro pai e Chris olhava de um lado para o outro confuso procurando seu casulinha.

- Erin...você viu pra onde o Alex foi

- Da última vez ele tinha ido pra doca...

- Ele falou alguma coisa?

- Ele foi com o Arthur, vai que eles queriam um tempo sozinhos

Cesar chegou a pensar sobre essa possibilidade mais algo o incomodava, olhou para Joui e respirou fundo.

- Ei...Joui...

- Cesar-kun

- Você viu pra onde o Alex foi?

- Ele é o Arthur saíram correndo a alguns minutos

- Você não notou nada diferente?

Joui pareceu pensar e tentou lembrar dos açucarados antes de saírem e percebeu que seu melhor amigo parecia mal.

- O Alex parecia querer chorar

- Será que ele e o Arthur brigaram?

Cesar disse isso mais pra si mesmo do que pra qualquer um ouvir, desceu do palco indo em direção ao pai que perguntava para Ivete se ela não tinha visto Alex e Arthur em algum lugar.

- Papaizinho tô com mal pressentimento

- Acho que é melhor ligarmos pro Alexander 

Cesar concordou e pegou o celular entrando nos contatos achando o número de ser irmão "Sunshine ☀️" e colocou para tocar.

Alex estava no estacionamento do hospital nessa hora, ele parecia ansioso e nervoso quase não notou o celular tocar, pegou e leu "big brother 💜" e atendeu com a voz trêmula enquanto entregava seu capacete para Arthur

- Alô?

- Alex tá tudo bem?

- Não sei dizer...

- ALEXANDER!

- O Fernando...

O estômago de Cesar ficou pesado aleatoriamente e ele sentiu o que odiava sentir quando se tratava de qualquer outro ser humano, inveja.

A inveja que Cesar tinha do irmão biológico de Alex era um dos sentimentos mais puramente fortes e reais que ele já tinha sentido na vida, uma mistura de ódio com sede de sangue que ele não conseguia colocar em palavras.

- O que tem o Fernando?

- Aconteceu alguma coisa com ele, machucaram ele, ele tá no hospital e precisa de uma transfusão de sangue

- Hospital? Que hospital?

Chris ouvia atento e sério aquilo era um Problema muito grande para lidar sozinho por mais que Alex fosse responsável e inteligente, ele ainda era seu filho mais novo e a personificação da bondade.

Alex passou o endereço para o irmão e desligou olhando para Arthur que estava sério e ao lado dele.

- Alex, eu tô aqui, vai ficar tudo bem

Segurou a mão do mais novo e as pontas dos dedos dele estavam geladas, tentou forçar um sorriso mais Alex estava muito assustado no momento.

Entraram no hospital meio correndo e foram direto para a recepção com Alex segurando muito o choro.

- boa tarde pois não

- Oi, boa tarde me ligaram da delegacia, meu irmão mais velho, ele precisa de sangue

- Moço calma, respire e fale devagar não consigo te entender assim

- Calma grandão deixa que eu falo por ti

Alex não conseguia se expressar corretamente então Arthur tomou a liderança da situação ainda segurando sua mão e ficando mais sério

- Moça meu marido recebeu uma ligação falando que o irmão dele tinha sido internado nesse hospital, por favor verifica pra mim se Fernando Carvalho é um paciente de vocês

- Sim claro.... Fernando Carvalho...a aqui está 39 anos, negro, casado, tipo sanguíneo... nossa...esse é difícil de achar...

- Tá moça, só nos fala o quanto

- sim claro, é o 113, só pegar o elevador

A moça entregou uma etiqueta escrito "visitante" e os açucarados seguiram as instruções para chegar ao local

- Alexander...

- Lu....

Assim que Alex viu Luciano ele correu para abraça-lo, o mais velho pode perceber que o rapaz estava muito nervoso e ansioso.

- O que aconteceu? Quem machucou o Fe?

- Eu não sei! Só me chamaram, disseram que ele levou uma surra e levou um tiro

- um...tiro...

Alex sentiu seu mundo girar estava com raiva e com medo, Arthur olhava a porta do quarto se questionando se devia entrar ou não.

Nesse meio tempo um doutor e duas enfermeiras que tinham sido avisados pela recepção que o irmão de um dos pacientes tinha vindo doar sangue para o mesmo

- Minha nossa, vocês são muito parecidos

A enfermeira disse olhando para Alex, a semelhança entre os irmãos era bastante intensa de fato.

- Olhos de iris vermelha? O código genético desses irmãos precisa ser estudado

- Eu quase morri de susto quando fui testas os reflexos do seu irmão com a lanterna e a íris dele era rosa, achei que tinha acontecido algo sério com ele

- As pessoas realmente costumam se assustar

- Bem vamos para a sala de perguntas, e então vamos te preparar para a doação, me siga por favor

Alex olhou para Arthur e o gaúcho sentiu uma dor no coração, Alex estava obviamente muito assustado e com mil coisas fervendo na cabeça, tadinho do seu amor

- quer que eu vá contigo?

- Eu não sei se você poderia...

O médico olhou pra Arthur tentando entender exatamente quem ele era e na onde ele se encaixava no meio daquela situação, olhou tão bem que viu as alianças e abriu um sorriso, mais logo olhou para uma enfermeira mais velha passando e fechou a cara, àquilo poderia ser um probleminha.

- Seu namorado não pode ir na sala das perguntas, mais pode te acompanhar durante a doação se quiser

- Ok, obrigado...

- Te vejo em uns minutos tá

- tá...

Alex foi seguindo o trio de jaleco e Arthur se sentou do lado de Luciano pegando seu celular mandando várias mensagens para o pai explicando até onde mais ou menos entendeu o que estava acontecendo.

Enquanto isso o doutor estava ansioso olhando para Alex, tinha que colocar ele pra doar logo antes que a chefe de enfermagem voltasse.

- Ok quantos anos tem?

- 22

- Altura?

- 1,85

- da pra ser modelo viu rapaz, bonito e alto desse jeito

- Eu sou modelo

- Nossa que legal, tá pesando quanto?

- 75 eu não lembro bem

- 75? Não parece estar acima do peso...

- É músculo

Alex tirou a jaqueta exibindo os braços músculosos e a enfermeira ficou meio vermelha e tímida do nada.

- ok, e sexualmente ativo?

- Sim sou ativo

Algumas vezes a inocência de Alex o torna meio burro, e ele não compreendeu completamente essa pergunta e respondeu na lata, a enfermeira ficou mais vermelha e o doutor soltou um risinho

- Parceiro fixo?

- sim

- Usa preservativo?

- As vezes, depende do momento

- você é sua namorada usam algum método contraceptivo?

- Namorada?

- é namorada....

- Moça eu tenho um noivo...NoivO 

A enfermeira olhou pro doutor e ele fez sinal para acelerar, faltavam poucas perguntas mais tinham que ser respondidas.

- ok, então...tomou todas as vacinas?

- Sim meu pai é muito paranóico com isso

- Alguma doença? Diabetes? Hipertensão? Anemia? Reumatismo? Fez alguma cirurgia na vida?

- Não, acho que sou muito novo pra ter isso...

- Não existe idade pra ficar doente, tem filhos?

- Sim uma menina

- Quantos anos?

- 6

O médico fez as contas nos dedos e olhou para Alex meio perplexo

- Você foi pai com 16 anos?

Alex piscou um pouco rápido e se arrumou na cadeira percebendo que tinha falado coisa errada, então tentou se corrigir melhor.

- Ela não é minha filha de sangue

- É do seu parceiro?

- Isso

Não era verdade mais era mais fácil do que explicar realmente o que estava acontecendo no processo de adoção de Agatha

- Ok, o senhor consumiu alguma bebida alcoólica ou substâncias antes de vir pra cá?

- Não, nada

- tatuagens? Pircing?

- Tatuagem ainda não mais eu tenho pircing na orelha, mais não uso a um tempo

- não tem problema, agora preciso que assine aqui e....

Nesse momento a porta abriu revelando uma mulher bastante cansada e com uma carinha de mal amada terrível, ela olhou para Alex, e ficou vermelha por causa dos braços músculosos expostos com a camiseta preta e bem justa.

- Doação de sangue?

- Sim ele é irmão do rapaz que foi baleado

- Se parecem bastante...

A enfermeira olhou a fixa por cima e a enfermeira colocou a mão por cima tentando esconder alguma coisa, mais Infelizmente não deu certo

- Lamento rapaz porém não vai poder doar sangue pro seu irmão

- o que? Por que?

- Eu vi aqui que você tem um noivo...

- Tenho, o que isso tem haver?

- Bem...você pode estar carregando alguma ist ou AIDS

- o.... quê?

- Lamento muito meu rapaz, mais não se preocupe vamos achar um doador

- Está me dizendo...que eu não posso doar sangue pro meu irmão, por ser homoafetivo?

- É questão de segurança...

- Segurança? Meu irmão levou um tiro...e precisa do meu sangue, mais eu não posso ajudar ele por que a senhora tá sendo homofóbica?

- Não é isso meu jovem, e que a taxa de pessoas como você que tem doenças é muito grande, não podemos correr esse risco

- Pessoas como eu? Caso a senhora não saiba, meu irmão é casado com um homem! Eu sou noivo de um homem e nenhum de nós 2 tem doença nenhuma, muito menos meu noivo e meu cunhado

Alex se levantou da cadeira colocando a mão sobre a mesa de forma animalesca, não estava lá com muita paciência, ia começar a gritar quando sentiu uma mão no seu ombro

- Eu me responsabilizo

- Doutor Vinícius...

- O sangue deles é muito raro, mesmo que o Alex consiga doar mais de uma bolsa o que já é perigoso, o Fernando vai precisar de mais sangue e não sabemos o que pode acontecer se esperarmos mais, eu me responsabilizo pela doação do senhor Alexander

Alex olhou para o médico e queria muito abraçar aquele desconhecido.

- Obrigado! 

- Vamos pra sala de doação por favor

- Dr Vinícius espero que tenha noção do que está fazendo

- Tenho

Alex assinou o papel de doação e seguiu o Doutor até a sala onde mais umas três pessoas tiravam sangue para doar.

- Vou chamar seu noivo

- Obrigado, de verdade...

- não tem de que...volto já

Uma enfermeira chamou Alex e colocou ele na cadeira o preparando para a doação, o Doutor foi e voltou rapidamente trazendo Arthur com ele dessa vez, porém perto do marido o gaúcho travou vendo a bolsa de sangue.

- Minha nossa senhora

Arthur virou de costas tremendo um pouco e Alex queria se levantar para confortar seu amado mais se sentiu meio tonto

- Arthur...

A voz molenga e chorosa de Alex fez o baixinho sentir uma onda de adrenalina o suficiente pra mesmo morrendo de medo Arthur se virar e caminhar até seu grandão e segurar sua mão livre.

- Eu tô aqui meu amor

- Eu vou deixar os dois sozinhos

O Doutor saiu de sentindo muito bem consigo mesmo, não se achando superior ou o maioral, mais sim com uma sensação de dever cumprido.

- Tá tudo bem meu amor?

- eu não sei dizer, tô muito confuso e assustado Arthur...

- O Fernando vai ficar bem

- Eu tô me sentindo culpado por não ter falado com ele antes

- Seu irmão errou contigo, e tu quis se afastar pra não se machucar mais, não é sua culpa Alex

Arthur apertou a mão do marido e era possível ver o quão confuso e assustado o mais novo estava, ao mesmo tempo que Arthur estava preocupado com Fernando também estava bravo com ele por fazer seu amor se sentir daquele jeito, era algo confuso

O sangue foi recolhido e quase que imediatamente levado para o quarto de Fernando, Arthur quase desmaiou vendo a bolsa de sangue passar por ele, Alex ganhou um lanchinho para se recuperar e se apoiando no baixinho foi voltando pra onde o irmão estava.

Ele não tinha entrado no quarto ainda, mais queria ver como Fernando estava.

- É melhor você não entrar lá garotinho...

- Mais lu...

- Alex por favor, você não tá bem...

- Por favor lu...

Luciano engoliu a saliva e olhou para Arthur pedindo um pouco de ajuda mais conhecia Alex, uma vez que ele se decidia em algo não votava atrás de nenhuma forma

- tá...

Luciano abriu a porta do quarto e Alex engoliu a saliva, parecia que estava engolindo pedras foi caminhando pra dentro do quarto ainda bem fraco e segurando a mão de Arthur, os óculos ficaram embaçados e as lágrimas caíram enquanto ele usava a mão livre para sufocar um grito de dor e tristeza

- Fernando....

O olho direito estava enorme de inchado e roxo, o esquerdo estava verde com sangue batido, os lábios estavam cortados e estavam inchados, a bala acertou o pulmão mais como atravessou as costas foi fácil de extrair, um tiro pelas costas, enquanto ele estava caído no chão, tiveram que tirar seus dreads para fazer um curativo na cabeça por causa de um chute que ele tinha levado na região, e apesar disso tudo ele tinha chegado no hospital consciente e falando, no momento estava sedado e tendo os sinais vitais sendo checados por aparelhos, o seu sangue estava entrando dentro do corpo do irmão e Alex nunca esteve tão feliz de ser filho de marques como naquele momento.

Soltou a mão de Arthur caminhando lentamente até a cama do mais velho ainda chorando, segurou a mão que tinha um aparelho ligado e fez um carinho singelo.

- Ele vai ficar tão triste quando acordar e ver que tiraram os dreads dele

Luciano soltou uma risadinha e olhou para Alex chorando em silêncio

- É, ele vai...

- Lu...eu posso ficar aqui com ele...

- É lógico que pode garotinho, vem Arthur...deixa eles um pouco sozinhos

- Tá claro, grandão qualquer coisa eu tô lá fora tá

- Ok...

E os dois saíram do quarto, Alex se abaixou um pouco vendo as marcas de vitiligo do irmão e fez um carinho no rosto dele com cuidado para não tirar o caninho de oxigênio

- Vai ficar tudo bem Fe, eles vão pagar por terem machucado você

Alex pegou o celular e começou a mandar mensagens e fazer ligações, agora não sentia tristeza, só uma imensurável raiva e cede de vingança.

Enquanto isso tudo acontecia Chris, Brulio, Gon, Mari, Cesar e Thiago chegavam no hospital, Erin estava fazendo um serviço fora mais assim que acabasse iria para o hospital junto com Kennan, Miguel, Tristan e Joui

- Boa tarde, no que posso ajudar?

- Nos viemos ver um paciente, Fernando Carvalho

- São parentes?

A mulher olhou pra Cesar e era mais que óbvio que não tinham relação sanguínea, mais Cesar não parecia lá com muita paciência pra perguntas então quem tomou a liderança da situação foi chris

- Não somos parentes mais temos ligação com ele, por favor moça poderia nos dizer o que aconteceu?

- Só é permitida a entrada de 2 por vez no horário de visitas tirando os acompanhantes fixos

- A gente se organiza moça, só queremos ver o menino

- Certo, vou fazer o registro de vocês

A moça seguiu fazendo o mesmo que tinha feito com os açucarados e dando crachás pra todo mundo.

- o quarto é o 113, já tem um visitante lá em cima então só um pode subir

- Pai posso ir primeiro, aí eu falo pra quem tá lá descer

- Tá bom meu filho

Cesar sorriu e foi andando pelo hospital gelado, odiava aquele frio e as lembranças que hospitais lhe traziam eram muito ruins de fato, não foi difícil achar o quarto principal porque Arthur falava com Luciano na frente da porta e os dois pareciam bastante infelizes e cansados.

- Cesar?

- E ai Arthur...lu....

- oi chefinho...

- Cade o Alex?

Arthur jogou a cabeça pra trás sinalizando a porta e Cesar caminhou lentamente até ela abrindo, e lá estava Alex ainda chorando mexendo no celular

- Oi Sunshine...

- Big brother.....

Cesar olhou para Fernando e se sentiu mal, ao mesmo tempo que estava preocupado torcia para ele morrer, era um sentimento tão confuso e doloroso, ainda tinha muita mágoa em relação a Fernando

- Como ele tá?

- sedado, ele já tomou minha bolsa de sangue toda e agora tá tomando outra do banco de sangue, o médico disse que ele vai logo acordar...

- Ele vai ficar tão bravo quando ver que tiraram os dreads dele...

- Ele vai...

- E você baby, como você tá?

- Triste...com raiva, muita raiva...

- Vai se vingar?

-....

- Só pra constar isso foi uma pergunta retórica

- se sabe a resposta por que perguntou?

- Porque eu sou seu irmão mais velho, e não quero que você faça algo que se arrependa

- Acredite em mim, disso eu não me arrependo...

Foi ouvido um gemido abafado e baixo e Alex se virou rapidamente na direção do irmão segurando sua mão e apertando levemente.

- Fe?

- Alex....Ander....

- Eu vou chamar o doutor, Cesar olha ele pra mim

Alex saiu na porta e em segundos sozinho com Fernando seu sangue borbulhava com intensidade, olhou o homem bonito e ao mesmo tempo que sentia ódio e inveja, sentia muita pena.

- Eu não sei se você tá ouvindo o que eu vou dizer... O Alex pode ter perdoado você fe... mais eu nunca vou perdoar você pelo que fez com o MEU irmão, podem ter o mesmo sangue, mais nunca vai ser verdadeiramente irmão do Alex

Fernando piscou lentamente e uma lágrima escorreu pelo seu rosto, Cesar olhou e se aproximou com cuidado secando o lágrima com a manga da blusa engolindo a saliva, o olho menos ferrado focou em nele como se Fernando dissesse "eu sei" e outra lágrima caiu e Cesar limpou outra vez.

- Ele te ama muito sabia?

O mais velho deu um mínimo de movimento de cabeça dizendo sim, e Cesar engoliu a saliva outra vez, fez um carinho na bochecha de Fernando e se afastou da cama ouvindo vários médicos e enfermeiros se aproximando e entrando no quarto.

- Vou falar para o Daniel cancelar os atendimentos de hoje, talvez seja melhor fechar a boate por essa noite

- acho um bom plano

Chris pegou o celular e começou a mandar mensagens para Daniel que mesmo sem entender muita coisa respondia rapidamente já era noite agora, enquanto isso Brulio olhava ao redor confuso e preocupado com Arthur, mais seus pensamentos foram praticamente arrancados da mente quando um homem negro tão escuro quanto as trevas mais profundas entrava no hospital, usava um óculos escuros e obviamente pintava o cabelo para parecer mais jovem, ele era tão negro que parecia sugar a claridade ao seu redor, e o mais assustador disso tudo, ele era uma versão envelhecida de Alex

- Chris eu tô enlouquecendo ou aquele cara parece o Alex?

Chris ergueu a cabeça e o queixo caiu uma expressão de raiva profunda se fez presente enquanto o homem se aproximava do balcão de atendimento

- Marquês?

- boa noite moça bonita, eu vim ver um paciente

A moça olhou pra cima e marques tirou os óculos revelando seus intensos olhos cor de rosa e a recepcionista suspirou encantada.

- Nome do paciente?

- Fernando Carvalho

- Ele tá requisitado em? Aqui, pode esperar com os outros que vieram ver ele

- Outros? Não quer dizer outro?

- SON OF A BITCH! 

Marquês reconheceria a voz de chris até nos confins do inferno se virou vendo o homem enorme vindo na sua direção quase babando de raiva

- Christopher...

Lu, e Alex estavam dentro do quarto Fernando estava mais lúcido mais ainda meio grogue, não corria mais risco de vida, Arthur e Cesar acharam melhor esperar do lado de fora.

- o senhor vai ficar internado uns dias mais logo sai, o tiro atravessou então vai ter um pouco de dificuldade para falar e respirar

- E...cantar....?

- Bem não vai conseguir fazer isso por tempo indeterminado, não sabemos como seu pulmão vai se curar

O mundo de Fernando caiu, cantar era a coisa que mais amava fazer na vida, era seu ganha pão, olhou pro lado e Alex chorava baixinho.

- Eu dou meu pulmão pra você, doutor eu dou meu pulmão pra ele

- Alex...

- Não, não meu jovem não é necessário, se ele se recuperar bem nem vai parecer que levou um tiro

- Tá tudo bem Alex...

- Mais... mais...

- Shiuuu, tá tudo bem...

Fernando ainda fraco segurou a mão do irmão que chorava mais ainda agora.

- Bom, eu preciso falar com um de vocês sobre os cuidados com ele

- Eu vou, Alex fica aqui com ele tá

- Tá bom lu...

O médico e Luciano saíram pela porta deixando os botos sozinhos no quarto, Alex ainda chorava um pouco, era próximo das 8 da noite agora.

- Oi Alex...

- Oi fe...

E Alex explodiu em choro outra vez

- Calma garotão, não precisa chorar assim...eu tô bem

- Desculpa fe, desculpa...

- Não precisa se desculpar Alex, tá tudo bem agora

- Desculpa, desculpa....

Fernando fez um carinho singelo na mão de Alex e se virou bem lentamente na direção do irmão mais novo

- Sou eu que tenho que pedir desculpas garotão

- Pelo que?

Fernando riu pelo nariz, sentiu um pouco de gosto de sangue na boca por causa disso.

- Por só aparecer quando preciso de você

- Eu sou seu irmão, eu tenho que te ajudar...

- Você já me ajudou muito Alex, eu te devo literalmente a minha vida duas vezes

- Não entendi...

- Aí Alex...você é tão inocente...chega mais perto...

Alex se curvou e sentiu os dedos gelados de Fernando no seu rosto fazendo carinho, achava os padrões de branco das manchas de vitiligo do irmão muito bonitas, todas as pontas dos dedos tinham um desenho diferente e os braços pareciam pequenas constelações, os olhos cor de rosa eram tão fofos, bem diferentes do seus vermelhos assustadores.

- Eu achei que fosse morrer...eu senti muito medo mas, se eu morresse eu iria implorar para os espíritos superiores me deixarem encarar mais uma vez...

- Eu não acredito nessas coisas Fe, eu sou ateu mais fui criado no judaísmo...

- Eu queria reencarnar mais uma vez como seu irmão mais velho, eu tentaria fazer as coisas certas dessa vez

- Fernando...

- Eu tô muito cansado... preciso...descansar um pouco, fica aqui comigo um pouco

- O tempo que você quiser...

Enquanto os olhos de Fernando se fechavam o único pensamento que passou na sua cabeça antes de começar a sonhar foi: "então fica comigo pra sempre"

Alex estava exausto, se sentou na cadeira olhando para luz do quarto sentindo uma enorme fraqueza, os olhos pesavam enquanto ele sentia a falta de sangue finalmente o afetar, acabou adormecendo também.

- Bastard, motherfucker, fucking hypocrite!

Chris parecia possuído segurou o braço de marques com seu braço mecânico e fez força puxando o mais baixo pra fora do hospital

- Me solta Christopher

- go away from here!

- Me solta Gringo desgraçado

Chris conseguiu arrastar marques até o estacionamento em meio a xingamentos e violência, fez força e lançou o boto a uma considerável distância, marquês catou uns cavacos mais consegui se equilibrar.

- Tá doido gringo

- O que CARALHOS VOCÊ TAH FAZENDOH AQUÍ????

- Me ligaram falando que o Fernando tinha tomado um tiro, eu vim de santos pra cá ver ele

- Que direitoh você acha que tem pra aparecer na vidá de Fernando e do Alex assim do nada?

- Que parte do me ligaram tu não ouviu?

- Nunca se importa com os meninos, do nada aparece

- São meus filhos

Chris ficou vermelho de ódio, passou a mão de carne no cabelo puxando em descrença e muito irritado

- "Seus filhos" no son seus filhos, você num é paí delehs! NUNCA FOI PAI DELES

- Não é o que os exames de DNA dizem infelizmente

- Escuta o que está falando, você no é paí delehs!

- Eles tem meu sangue

- Sangue, sangue no faz família, nunca fez

- e o que faz família Christopher? O papel que você pagou para ter a guarda permanente do Alexander?

- Dobre sua língua pra falar do meu menino

- O Alexander não é seu filho Chris, infelizmente ele é meu filho e literalmente a minha cara

- Se fosse paí de Alexander... não o teria deixado sofrer tanto

- Não tenho culpa da Elisse ser uma desequilibrada 

- ELA DEIXAVA HOMENS ADULTOS ESTUPRAREM UMA CRIANÇA! Você podia ter ajudado, podia ter pedido a guarda dele... mais escolheu ignorar

- EU NÃO SABIA O QUE TAVA ACONTECENDO CHRIS!

- Não disse que era pai delehs? Onde você tavah enquanto o Fernando tevê aquela overdose? Ele quase morreu...quem socorreu o "seu" filho foi o "MEU" Alexander, meu Sunshine, meu filho, meu menino, onde você tava nas crises de Pânico? Onde você tava quando ele se cortava? Onde você tava quando ele chorava e tinha pesadelos? RESPONDE! RESPONDE ONDE VOCE TAVA!? ONDE?

- Eu não ia deixar minha esposa por um muleque que eu nem conhecia

- num é paí delehs, não merece teh eles como filhos...perdeu tudo... tudo...

- E você parece que carrega um fardo falando desse jeito...

- No, no é um fardo... é pesado...e dolorido... mais no é fardo, eu vi tudo de pior, mais eu vi tudo de melhor...todas as apresentações da escola, todos os desenhos, primeiras voltas de bicicleta, primeira vez na neve, primeiro cartão de dia das mães, foi pra mim que ele deu, cada sorriso, cada descoberta de algo novo que ele trazia naquelas mãozinhas tão machucadas e pequenininhas, aquele olhar tão inocente e curioso enquanto ele apontava pra algo novo, Alexander é meu filho, pode no ter meu sangue, mais é meu menino

Brulio e os outros olhavam de longe cada palavra dita pelo gringo parecia mais pesada, o gringo chorava enquanto falava e parecia com muita dor, não conseguia ficar só olhando, caminhou até o namorado colocando a mão no ombro dele e chris se virou pra ele e Brulio prendeu o ar na garganta, ele nunca tinha visto chris assim tão vulnerável, o gringo se jogou em seu peito abraçando com cuidado.

- Querido...

- Me tira de perto desse homem Sweetheart...por favor...

Brulio envolveu o namorado em um abraço e marquês engoliu a saliva a sentindo cortar toda garganta, Christopher aparentemente tinha arranjado um namorado, isso o deixou terrivelmente desconfortável e cheio de inveja

- Eu vou ir ver meus filhos

Marquês passou pelos maçã caramelada e ouviu chris chorando baixinho, passou o mais rápido que conseguiu, viu Cesar e um homem barbado cheio de tatuagens o encarando muito, ignorou e subiu para o quarto do filho.

Alex estava muito fraco pela doação de sangue mais depois de um pequeno cochilo se sentiu bem melhor, abriu os olhos lentamente e coçou em seguida abrindo um bocejo gostoso, olhou os aparelhos do irmão e viu que estava tudo bem.

- Você me assustou bastante dessa vez sabia?...por favor não faz mais isso...

Alex fez um carinho no irmão que acabou abrindo os olhos lentamente, ainda estava muito inchado e dolorido, mais dava pra aguentar, um médico entrou no quarto para ver Fernando novamente

- Minha nossa então é verdade?

- Desculpa? O que aconteceu?

- quando falaram que tinham 2 irmãos com iris avermelhadas no hospital achei que era brincadeira, os pais de vocês são albinos? Algumas pessoas albinas tem olhos vermelhos....ou roxos puxado pro rosa

- Não, não são...

- como um de vocês tem vitiligo talvez seus avos?

- Não sabemos

- Não sabem?

- Somos meio irmãos por parte de pai...eu fui adotado muito novo, não sei nada dos meus parentes biológicos e o fé veio pra SP faz só 4 anos, eu nem sabia que tinha um irmão até 5 anos atrás

O médico ficou meio sem graça mais assim que virou pra sair do quarto deu de cara com um homem negro muito bonito de olhos cor de rosa, Fernando ficou tenso na hora e Alex subitamente sentiu muita raiva.

- O que você tá fazendo aqui marquês?

- Nossa que olhos lindos...

O médico olhou para os irmãos e então para o pai e a semelhança era bastante evidente, abriu um sorriso bastante honesto.

- Vou deixar a família sozinha

E saiu.

- Minha nossa Fernando...você tá bem filho?

- Estou com dor

- E as pessoas que te bateram?

- Fugiram...

- Fernando, eu já tinha pedido pra você não dar tanta pinta...

- Eu não fiz nada marquês...

- Se você fosse um pouco mais discreto...

- Se você veio falar merda pro meu irmão pode ir embora

- Agradável como sempre Alex, igualzinho ao Christopher...

- Você poderia dizer "tal pai tal filho"

Marques engoliu a saliva e olhou para os meninos na sua frente, não existia dúvida da sua paternidade em relação aos 2, eles eram muito parecidos com ele, mais principalmente os olhos do boto eram inconfundíveis.


❇️🐬 O boto - Marquês ❇️🐬


18 anos e alistado no exército, igual ao seu pai um homem albino de olhos violeta e seu avô, foi muito bem recebido pelos superiores e tinha regalias que os outros soldados não tinham, então como comemoração uma viagem pra Bahia foi seu presente de natal.

Salvador era um lugar lindo, cheio de vida e cores, e as baianas...a as baianas...

"O que é que a baiana tem?

O que é que a baiana tem?

Tem torço de seda, tem (Tem)

Tem brincos de ouro, tem (Tem)

Corrente de ouro, tem (Tem)

Tem pano da costa, tem (Tem)

Tem bata rendada, tem (Tem)

Pulseira de ouro, tem (Tem)

Tem saia engomada, tem (Tem)

Sandália enfeitada, tem (Tem)

Só vai no Bonfim quem tem

O que é que a baiana tem?

Só vai no Bonfim quem tem

Um rosário de ouro, uma bolota assim

Quem não tem balangandãs não vai no Bonfim

Um rosário de ouro, uma bolota assim

Quem não tem balangandãs não vai no Bonfim

Oi, não vai no Bonfim

Oi, não vai no Bonfim" Carmem Miranda tinha razão, era lindo demais andar pelo Pelourinho ou pelas praias naquele sol de rachar e nessas voltinhas na praia que viu ela Adana, ela era uma moça de quilombo, jovem com fita no cabelo e gingado nos pés, uma negra linda de rosto, o corpo rechonchudo era fofo, ela tinha 15 anos quando passou por Marques na praia, foi amor a primeira vista.

Moça inocente meio caipira, andava com um tacho vendendo salada de frutas na cabeça, marquês era bem bonito, seduzir a mocinha foi fácil e durante todo aquele fim de semana a menina foi sua mulher, e quando acabou o feriado, voltou pra santos como se nada tivesse acontecido.

Se passou cerca de um ano até receber uma das ligações mais confusas da sua vida, era o pai de Adana, ele o xingava e gritava falando para assumir suas responsabilidades

- Engravidou minha filha! Assume a responsabilidade!

- Quê?

- Minha filha pariu um filho teu, tem até a cor do seus olhos

- o senhor deve ter se enganado, não conheço nenhuma Adana.

E nunca mais procurou saber do assunto, só descobriu o nome do filho anos depois, mais não fazia diferença, era um homem casado e comprometimento agora, ninguém precisava saber sobre Fernando.

A vida pode ser linda, uma esposa dedicada e boa carreira, a casa que herdou dos pais era agradável, a vida podia ser linda, igual aquela menina bonita saindo da água, jovem e muito bonita, a mulata de cabelos longos e cacheados e os mais lindos lábios que já tinha visto era bonita de mais pra deixar passar.

A mocinha de 16 anos era esperta tinha um papo legal e um sorriso perfeito, os olhos eram quase achocolatados e o nariz fininho a deixava com o ar angelical, ficou com ela por quase um ano escondido, mais a menina era gananciosa.

- Deixa sua mulher, casa comigo

- Não vou deixar minha esposa por você Elisse

- Eu sou mais nova é muito mais bonito e o melhor eu posso te dar filhos ela não

- Ei dobra essa língua pra falar da Dalila

- A corna não te faz feliz marquês, eu faço

- para de ser trouxa garota.

Elisse era ambiciosa e gananciosa, ela achou que o golpe da barriga daria certo mais não deu, não deixaria Dalila por uma adolescente mimada só porque ela estava grávida.

- Tira essa criança Elisse

- Eu vou bem mandar o ultrassom pra sua esposinha corna

- Se você fizer isso eu acabo com sua vida ouviu menina, e toma um chá de boldo, eu não vou assumir isso na sua barriga não

- Mas...

- Quer saber? Cansei de você, foi legal foi divertido, mais sinceramente...deu

E sumiu da vida da menina.

Só foi descobrir que o aborto tinha dado errado quando viu Elisse na sua formatura da escola no blog que a escola tinha, a mãe da menina carregava um bebê no colo e obviamente não era irmão de Elisse, era muito retinto pra ser e principalmente, o menino que descobriu se chamar Alexander por causa do bordado no tecido, tinha olhos vermelhos, bem, não era problema dele.

Se passaram 5 anos praticamente sem saber de Elisse, mais naquela tarde uma assistente social ligou falando que seu filho de apenas 6 anos tinha sofrido um acidente domiciliar, com uma arma e que a mãe era suspeita de abusos, ele era um parente imediato, estavam pedindo para acolher Alexander, os pais de Elisse depois da filha ter se rendido as drogas não queriam nada com ela.

- Olha moça com todo respeito, não quero relação nenhuma com esse muleque, manda pro orfanato sinceramente caguei

- Senhor seu filho foi vítima contate de abuso

- Moça não vem com papinho triste, criança apanha e normal, não me importo se vira aí

A mulher respirou fundo com tristeza e bastante pesar.

- Ok, vou enviar uns papéis para o senhor abrir mão da guarda de Alexander e o colocar para adoção.

- Tá pode mandar

A vida era muito boa definitivamente, viveu uma vida confortável com uma esposa amável, tinha seus casinhos aqui e ali, era verdadeiramente o boto cor de rosa se achava superior e mais inteligente que todos ali, mais isso foi até conhecer chris, foi até conhecer Alex e Alex parecia um anjinho, puro e inocente mesmo com aquele tamanho todo e principalmente ele tinha força realmente um menino de ouro, mais o seu grande problema era chris.

- Oi Marquês! Obrigado por vir, o Alex vai adorar te ver na plateia.

- eu tô bem vestido? Nunca vim em uma competição de música clássica na vida.

- Tá lindo

Era um terno simples, mais se sentia bonito nele olhou pro lado é chris era tão bonito e elegante que lhe fazia questionar as coisas, pegaram seus lugares e a primeira pessoa na subir no palco foi uma adolescente da idade de Alex.

- Ele é o quinto a se apresentar

- Cadê o Cesar?

- Vai ser o par dele

- Achei que ele não gostasse do violino

- E não gosta, mais é muito bom nele, mais não se preocupe ele está competindo em 3 categorias essa noite

- Três?

- violino, pianista e pianista com dupla

Os dois continuaram conversando até Alex pisar no palco o terno linda os óculos fundo de garrafa, Cesar se sentou ao piano e os irmãos se olharam sorriso e o lindo som começou a ser tocado pelos irmãos cohens.

"Noctume - chopim" a melodia tão linda e tão intensa atravessou os corações de todos presentes, Cesar sorria enquanto acompanhava o irmãozinho na melodia, os olhos vermelhos brilhando sobre os holofotes, parecia um anjo.

- Que incrível

- Meu filho é um talento

Chris falava com orgulho e amor, Alex terminou de tocar e recebeu os aplausos indo para os fundos, não conseguia lembrar de nenhum músico antes dele, e nem os outros que vieram depois, 1° lugar com o violino

Ele foi o último na categoria de pianista solo e "Moonlight sonata de Beethoven" nunca foi tão linda aos seus ouvidos, mais Alex estava nervoso, ficou em terceiro lugar nessA categoria

Se antes ele estava nervoso agora ele sorria lindamente na direção do irmão mais velho que se sentava ao seu lado no piano, os dois se olharam fofamente e se deram um beijinho de esquimó e se voltaram para o piano sérios e começaram a tocar "Mozart Turkishi march" e os irmãos estavam se divertindo muito juntos, novamente primeiro lugar.

- Obrigado por ter vindo marquês!

- Você foi incrível Alex! Devia seguir carreira nisso

- Prefiro história

Alguns outros adolescentes chegaram pra conversar e parabenizar o poste de óculos e Alex foi confraternizar timidamente com os outros vencedores

- Ele é mesmo um gênio não é?

- E sim

Cesar estava conversando com os antigos colegas de categoria com uma taça de vinho na mão.

- Deveria voltar para o circuito Cesar

- não, prefiro o teclado do computador

Tudo parecia bem até olhar para chris conversando com uma mãe que estava orgulhosa da filha, mesmo a menina não tendo ganhado, um gosto amargo se fez presente na sua boca, segurou chris pela mão mecânica e o puxou um pouco pra perto

- o que foi marques?

- Nada não

Christopher inclinou a cabeça e se aproximou encarando o mais baixo e então abriu um sorriso faceiro puxando ele para o banheiro e entrando em um dos Boxes

Nunca tinha beijado um homem em toda sua vida, mais meu deus como era bom o beijo de Christopher ele sabia onde tocar e como tocar, o dominava como ninguém

Estava completamente dominado por aquela paixão que sentia pelo gringo judeu, pensava em chris 24 horas por dia e isso passou a ser percebido pela esposa, chris já havia pedido várias vezes para oficializarem, pra ele deixar Dalila e ficar com ele, mais só de imaginar as piadinha por ter deixado uma mulher para ficar com um homem era muito para ele mesmo suportar, deixou chris, e mais uma vez, esqueceu que tinha filho, pelo menos foi o que imaginou porque um ano depois Fernando apareceu na sua porta.

- Marquês não é?

Sentiu o suor pingando, ele era sua cara parecia tanto que assustava, mais parecia mais ainda com seu pai, os olhos rosa eram bem vivos diferentes do vermelho chocolate de Alex, não tinha nem como disfarçar com aquele ali

- Quem é você?

- Meu nome é Fernando, eu sou teu filho

- Não tenho filhos...

- Tem sim, eu e o Alex 

- Foi o Chris que te mandou aqui!?

- Na verdade quem me deu seu endereço foi o Alex, ele disse que eu tinha que ver como meus próprios olhos, o quanto você odeia a gente

Fernando não dava pinta, ele pintava a rua inteira e isso deixou marquês muito incomodado.

- Você é gay garoto?

- Desde que nasci

Marques rui

- Que foi?

- Eu tive dois filhos, os dois são viado

Fernando respirou fundo olhando pro pai com uma grande cara de desgosto, deu meia volta e andava pela rua a passos pesados sendo seguido pelo mais velho.

- Ei garoto

- Caso não tenha percebido...eu não dou um garoto, sou homem

- Homem não é não

Fernando ficou ainda mais nervoso e continuou andando, porém foi segurado e teve um papel colocado em sua mão

- Se precisar de alguma coisa, liga nesse número

- Acho que não vai acontecer

E foi embora, por um tempo novamente a vida de marques foi boa e novamente sem filhos.


🐬❇️ o boto - marquês 🐬❇️


- Não quero você aqui marquês

- Você levou um tiro Fernando

- Alex e meu marido me socorrerem, pode ir embora e fingir que não tem filhos novamente

- Marido? casou mesmo com um homem

Alex olhou para marques e sentiu raiva, Fernando fez carinho na ponta dos dedos do irmão tentando o acalmar.

- Sim, me casei

- Nem me convidou

- Como você mesmo disse...você não tem filhos...


🐬❇️ O boto - Fernando ❇️🐬


- Aaaaaaaai mainha isso dói!

- Fica parado Fernando

- Mais assim a senhora me machuca 

Sentado entre as pernas da mãe Fernando tinha o cabelo transado, o chão de barro vermelho do quilombo e o sol de rachar eram sua rotina.

- Mainha, por que eu não tenho pai?

- tu tem pai sim menino

- Seu marido não e meu pai, tô falando do meu pai mesmo

- Teu pai é o boto Fernando

- O boto?

- Ele veio da água e me fez ter você, tu é filho do boto cor de rosa, por isso teu olho é dessa cor, por isso tu tem essas manchas

A mente fértil de criança de Fernando acreditou nisso por muitos anos, mais adquirindo conhecimento na escola e agora crescido Fernando só achava que a mãe ou não queria que ele soubesse quem era seu pai, ou ela mesmo não sabia.

- Vai embora mesmo meu filho?

- Vó mãe...eu não quero ser um fardo pra senhora

- SAI DAQUI BICHINHA

O padastro de Fernando gritou da janela, até nesse momento ele não podia ter paz com a mãe.

- Vamos sentir sua falta nas gira de criança

- eu venho ver a senhora e o vô viu

- Siga teu rumo meu filho

Fernando viveu um pouco com outros amigos artistas e isso talvez tenha sido o começo do seu fim.

Começou com maconha, era um cigarro por dia, ou antes do show, então foram pra 2 e pra 3 e logo maconha não era o que ele queria mais, maconha dava briza não era bom pra ficar a noite inteira trabalhando.

- Vocês tem alguma coisa pra deixar acordado?

- Tem MD

Provou e não curtiu nem um pouquinho, mais a outra que ele provou a essa sim deu resultado, uma carrerinha de cocaína antes do show e tudo estava bem, não foi diferente naquela noite, a noite que descobriu que ele não era o único filho do boto.

Alex era um doce, chegava a lhe dar cárie mais aquele segurança gatissimo era a cereja no bolo e Alex torcia tanto para que eles ficassem juntos, era muito fofo, mais Alex voltou pra SP...se sentiu estranhamente sozinho.

Era uma noite de sábado antes do show, revirava suas coisas a procura de seu saquinho mais não encontrou.

- Quem caralhos pegou meu pó?

- Vixi não vi

- Mano eu vou subir no palco em 5 minutos

- Ou... não tem pó mais... que uma?

O outro músico ofereceu seu caximbo e no desespero Fernando tragou, foi o pior erro da sua vida.

Crack era mais barato, batia mais rápido e era fácil de encontrar, tudo parecia bem, estava juntando dinheiro para ir pra SP ver seu irmão, mais sempre precisava de mais pras drogas... não faria mal pedir

- Alô?

- Oi Alex...

- oi fé!!!

ele era muito bonzinho de fato depositou na hora o dinheiro, comprou passagem e parecia muito feliz só de pensar que estariam juntos novamente, era adorável sentir o carinho daquele anjinho.

- Fe!

Alex o abraçou e Cesar o fuminava com os olhos, mais algo fez o mais novo se afastar assustado.

- Alex tá tudo bem?

- Tá...tá sim...

Alex se escondeu atrás do irmão mais velho por algum motivo.

Tomaram café juntos, e Alex constantemente coçava o nariz limpava a garganta, mordia a manga da blusa, olhava para todos os lados ansioso e assustado, Fernando não percebeu, mais Cesar sim, Cesar ficou entre ele é Alex o tempo todo, parecia com ciúmes mas era algo muito mais profundo que isso.

- Você vai poder vir na minha festa de 18 anos! Eu tô tão feliz!

- Nunca estive numa festa chique dessas, desculpa se não souber me portar

- Eu tô muito feliz que esteja aqui...

- Que isso garotão, só estou aqui por sua causa...

Fernando ergueu a mão para fazer carinho no irmão e Alex recuou assustado, ninguém na mesa além de Cesar e chris entenderam o comportamento do mais novo, os dois judeus se olharam preocupados.

Chris cedeu um apartamento seu para o baiano e ali foi onde Fernando morou por alguns meses, era fácil conseguir drogas em SP, achava uns biquinhos em bares e restaurantes e Alex sempre lhe dava um dinheiro, estava feliz.

Alex apareceu um dia no apartamento, foi fazer uma visita chegou em péssima hora.

- Fé...o que é isso na mesa?

A seringa com cocaína diluída, queria uma brisa rápida, não imaginou que Alex fosse aparecer do nada.

- Nada não...

Alex ficou automaticamente muito assustado e nervoso, ele mordida a manga da blusa e suava frio e parecia ansioso.

- Alex?

Ele deu pra trás se abraçando como se quisesse se proteger do irmão, suava frio e parecia querer chorar

- Alexander? Tá tudo bem?

- Eu...acho que vou embora...

Fernando assistiu o irmão ir embora e correu tentando alcançar o pequeno mais Alex já tinha fugido.

O dia da festa de 18 anos chegou e tudo estava lindo até Elisse chegar e aquilo era um show de horror tão terrível que tudo que Fernando conseguia pensar era como alguém tão vil tinha dado a Luz a alguém tão inocente.

- EU ODEIO VOCÊ! ACABOU COM A MINHA VIDA!! EU TE ODEIO!!!

Alex chorava abraçado com o pai tudo que Fernando sentia era nojo e raiva.

Os meses se passaram e SP tinha se tornado familiar, seu encontro com marques foi infrutífero mais tudo o resto parecia muito bem.

- Fé? Fernando?.... Fernando!!!

Alex foi a primeira pessoa que viu quando abriu os olhos no hospital, uma overdose se sentiu patético, e honestamente burro.

- oi fe...

- Oi Alex...onde eu estou...

- no hospital...

- Obrigada por me salvar

- Não precisa me agradecer por isso... mais por favor...para de se drogar...

Silêncio

Depois da overdose, tudo piorou o corpo parecia pedir mais e mais drogas, faziam dias que não saia de casa pra fazer outra coisa além de usar drogas, nem banho tomava, as reclamações foram feitas pra Christopher e ele ligou preocupado com o rapaz, não obteve resposta.

Alex se coçava inteiro de tão gatilhado que estava, queria vomitar e correr pro mais longe possível mas tinha que ajudar seu irmão.

- Fé....?

- Alex, o que cê tá fazendo aqui?

Fernando coçou o nariz e ele estava claramente fedendo, os braços tinham roxos e os olhos estavam secos

- Fernando...por favor...para com isso?

Cada passo parecia um tiro, estava morrendo de medo

"Alex vamo trocar"

"Tá tudo bem Ricardo"

"Você tá muito gatilhado mal consegue andar"

"Eu vou conseguir Ricardo, o Fernando e meu irmão, ele vai me ouvir"

"Grrrrfhgrfnk"

"Deglorificada você é muito pessimista"

"Alex isso é perigoso, vamo embora"

"O Cesar usa maconha mais não assusta a gente Alê"

"O Cesar ama a gente, o Fernando não"

"Ele ama sim"

"Au au auuuuuuu"

"Tá tudo bem Matias, a gente consegue"

- Fé, vamos pegar essas coisas e jogar no lixo

- Tira a mão Alexander

- Vamos eu ajudo você

- EU MANDEI TIRAR A MÃO PORRA!

Alex se afastou assustado mais se esticou ainda mais pegando uma das seringas e Fernando ficou possesso, se levantando da cadeira que estava sentado e indo raivosamente na direção do irmão

- Se acha melhor que eu não é? Por que seu papai tem dinheiro, por que vai prós estados unidos todo ano

- o que?

- Eu sei que você deve achar que tá me fazendo um favor, olha só o músico fracassado que vive as custas do irmão casula riquinho

- Eu não penso nada disso de você

- MENTIRA MENTIRA MENTIRA

- Fernando...

O soco não foi forte mais deixou Alex muito assustado, E o derrubou no chão ele foi se afastando e se encolhendo no chão abraçando o joelhos e se tornando uma bolinha assustada rente a parede

- MAURÍCIO METIDO A BESTA! VOCE NÃO E NADA! Nada! Se seu pai não tivesse te adotado, você tava que nem agora maninho, na merda! OUVIU VOCE É UM MERDA! 

"Father...big brother....help... I'm scared"

"Alex? Alex responde!" 

"Alex?"

"Auuuuu auuuuu"

"grufesagmlbgressjlnbggda"

"Ele não tá deixando a gente trocar, merda! Alex!"

- Pedaço de lixo!

O chute foi certeiro, fez o óculos de Alex voar e a boca sangrar, mesmo Alex sendo forte, mesmo Alex sendo grande, ele ainda era só o Alex, e o Alex tinha traumas e dores de mais pra lidar sozinho, então ele ficou ali catatônico chorando ouvindo os insultos e recebendo o ataque de raiva do irmão.

- Cesar... Cesar...CESAR!!!!

O grito saiu alto e como um raio Cesar apareceu arrombado a porta e se jogando na frente do irmãozinho, Lu e Letícia entraram logo atrás segurando Fernando, Luciano impedia ele de continuar chutando e Letícia lhe dava um mata leão, apagou em segundos.

Acordou e dessa vez não era Alex do seu lado e sim Luciano

- Que porra aconteceu?

- Fernando, eu fui designado para ser seu responsável de hoje em diante, seu contato com seu irmão vai ser limitado e supervisionado

- O que?

Os flashback bateram confusos e faltando partes, levou a mão a boca sentindo as lágrimas escorrendo

- Eu não queria ter feito...eu não queria ter dito nada daquilo

- Dizem que a bebida e a droga revelam o que pensamos realmente

- Cesar...

- Eu não quero nem imaginar, o que você teria feito se eu não tivesse arrombado aquela porta

- Cesar eu juro

- Não quero saber Fernando, aqui, são passagens de volta pra Bahia, você não tem condições de ficar perto do Alex

- Não tem direito de fazer isso, Alex é maior de idade...

- Não, não é?

- Cesar ele fez 18 anos...

- Alexander assim como eu é um cidadão americano, a maior idade e 21 anos, seu contato com ele até essa idade vai ser monitorado restringido, não se preocupe, e pro seu bem e pro dele também

- Não, não fora de cogita-

O tapa na cara não foi forte mais fez ele perceber algo ali, Cesar estava chorando.

- Dói muito fazer isso, ele tava tão feliz em ter um parente de verdade, alguém que gostava dele, uma unica pessoa que está ligada a ele por sangue, dói muito fe, ele tá tão triste, mais enquanto você não parar de se drogar...eu e o meu pai, não podemos deixar você perto dele, e fazer ele sofrer muito, por favor...por favor, se você tem um pingo de amor pelo Alex, só por favor...fica longe dele

Fernando abaixou a cabeça e ficou em silêncio, um silêncio com gritos em seus pensamentos

Fernando voltou pra Bahia, e lá começou a procurar clínicas de reabilitação, Luciano foi transferido para uma boate da ordem de lá, e sua maior missão era passar informações para Alex

- Porque essas clínicas são tão caras?

"Ele é muito bonito"

Meses observando o cantor fizerem Luciano se sentir bem mole e bastante afetuoso em relação ao meio irmão do patrão, estava relaxado por demais.

- Vai ficar me seguindo até quando!?

- você percebeu?

- Aí Alex....

Fernando balançou a cabeça negativamente, o fanfiqueiro do seu irmão mandou justamente o segurança por quem tinha cruch, não sabia se ficava bravo ou agradecia.

- Já que você tá me seguindo vem tomar um café comigo

Em poucos meses eles estavam namorando e mais lu precisava voltar pra SP.

- por que você não casa comigo? Eu te ajudo na reabilitação

Fernando engasgou com a comida, mais Luciano parecia bastante sério em relação a isso, colocou a mão no peito assustado

- Tá falando sério?

- Estou, volta pra SP comigo, dessa vez como meu marido, não como o meio irmão do Alex, a gente casa aqui mesmo, tem um terreiro que eu tô frequentando a gente pode se casar lá

- E sério?

- Seríssimo

Nunca imaginou que fosse se casar daquele jeito, mais casou e estava feliz, porém não teve lua de mel assim que chegou em SP foi direto para uma clínica de reabilitação, e só saiu quando teve certeza que não teria uma recaída

- O Alex tem um noivo?

- É o que dizem...os luzidios tão super empolgados para servirem no casamento

- Eu preciso ver meu irmão

- Fernando...

- O Alex tá sempre cuidando de mim de longe, chega disso, eu sou o irmão mais velho, não quero mais depender dele Lu

- Se você tentar chegar perto do Alexandre sem ser anunciado os cohens vão ficar furiosos

- Eu sei...e é por isso que eu vou falar com o noivo dele primeiro.


❇️🐬 O Boto - Fernando ❇️🐬


- Olha eu não tô aqui porque quero

- A gente sabe que não quer estar aqui Marquês, então por favor vai embora

- Desde quando você responde a mim desse jeito Alex?

- Desculpa eu não devo respeito pro homem que me abandonou

- Muleque insuportável, Christopher te mimou demais

- sim, ele me mimou e me amou, me educou e corrigiu, esse é o trabalho de um pai.


🐬❇️ O boto - Alexander 🐬❇️ 


- Que bebe mais lindo, qual o nome?

Elisse segurava o recém nascido nós braços mais não sentia nada, sua mãe estava do seu lado olhando para a filha com desgosto, a pobre enfermeira não sabia nem como se comportar

- A gente ainda não decidiu moça

- Nossa mais é muito lindo olha que pele linda

- Que pra você? Pode pegar

- Elisse!

- Aí moça se eu pudesse, já tenho três, olha aqui se precisar e só tocar a campainha viu, tchau lindinho

Um bebê calmo e doce, pouco chorava e no geral não dava trabalho em comparação as outras crianças no berçário.

- Elisse nós precisamos da um nome pra esse menino

- Pensa você em um

- Elisse essa criança não tem culpa das burradas que você fez

- Ele nem apareceu...

- é lógico que ele não ia aparecer, Elisse...

E o lindo menino começou a chorar de fome, muito contra vontade a adolescente deu o peito para a criança se alimentar

- Nossa isso dói pra caramba

- Você se vai se acostumar

O cartório estava lotado, Elisse não fazia ideia de que nome colocar no bebê, estava chamando ele de "coisa" a um bom tempo, mais agora era hora de batizar o pobre inocente.

- senha 112

Um homem se levantou e um lugar ficou vago do lado de Elisse, uma senhora se sentou do lado dela e olhou para o bebê tão adorável dormindo feito um anjo

- Mais que preciosidade, qual o nome desse ser lindo?

Novamente isso de nome, entrou em Pânico, olhou pro lado e pro outro o segurança tinha um crachá escrito "André" olhou para uma moça do cartório e o nome dela era Alicia

- Alecio André...

- É bonito mais são dois nomes muito fortes meio que se anulam

- É tem razão... Alexandre? 

- É um nome de uma figura histórica poderosa...

Elisse olhou para o bebê lindinho dormindo como um anjo no seu colo, ficou se imaginando gritando "Alexandre" e desgostou da sonorização que fazia

- Acho que prefiro Alexander, e mais suave de se dizer...

- 113...

E Elisse se levantou e foi em direção ao guichê.

Os primeiros anos de vida de Alexander tirando os gritos e discussão de Elisse com seus avós foi seguro, mais no seu 4 aniversário depois de brigas e roubos de Elisse sobre os próprios pais ela fugiu, levantou Alexander com ela, os abusos físicos começaram e com 5 anos...Elisse começou trocar o corpo de Alex por drogas.

Morar com seu padrinho era muito diferente do que imaginou, Cesar ficava muito tempo no quarto e seu padrinho trabalhava muito, porém tinha medo de ficar sozinho.

- Cesar?

- Oi baby...

Cesar se levantou da cama e pegou ele no colo voltando pra cama se sentando e dando um carinho fofo no rosto do irmão.

- Que se tá fazendo?

- Tô estudando

- O que?

- o Tanakh 

- Tanakh? 

- Sim olha, aqui estão os ensinamentos do nosso povo

- Nosso povo?

- Sim, nos somos judeus...

Alex se olhou tentando entender mais realmente não estava pensando muito ou compreendendo.

- o que é judeu?

- Agora você me pegou? É um raça dentro da categoria humano...

- deixa eu ver?

Cesar pegou o Tanakh e deu na mão de Alex que fez careta vendo as letrinhas em formas de cobrinhas e pontinhas

- Que isso? não dá pra ler...

- Da sim eu te ensino

- Jura?

- Juro Alex...

- Alex?

- Sim, você ainda é muito bebê pra ser um Alexander

- como assim?

- Alex quer dizer "proteger" enquanto Alexander quer dizer "o homem protetor" o Grande Alexandre o grande, você ainda é só um menininho, e eu vou te proteger, porque nós dois vamos ser imperadores igual a vovó dizia

- A vovó?

- Ela dizia "eu fui a árvore que deu frutas para criar um rei, seu pai, Christopher, mais todo reinado deve virar um império, e por isso você é o nosso Cesar" mais agora você vai ser um imperador junto comigo, mais pra isso você vai ter que estudar muito

- Eu gosto de estudar

- Ótimo...eu vou te ensinar a ler em hebraico

- Tá bom.

Alguns dias depois

- Padrinho padrinho

- oi filho, papai tá cansado

Alex viu Chris no sofá e apertou o as mangas das blusas respirou fundo.

c- אני אוהב אותך

- O que você disse meu filho?

E Alex repetiu, Chris pegou o filho e rodou no ar, Cesar apareceu na escada sorrindo e chris abriu os braços pro filho mais velho vir e abraçou os dois.

Halloween nós era alaranjado era a coisa que mais pensava, e halloween tinha as coisas que ele mais gostava, doces, folhas secas e fantasias.

Entrou dentro do monte de folhas e ficou lá brincando dentro do montinho.

- Alex? Alex cadê você ?

- Bu!

- o não que susto meu deus

Cesar fez drama e Alex riu sendo a coisinha mais linda do mundo.

- Entra aqui Cesar

- meninos? meninos?

- Bu

- Bu

Chris colocou as mãos na cintura e fingiu um desmaiou

- Entre aqui papai

O montinho de folhas nunca foi tão grande.

Alex era muito bonito, muito inteligente e muito educado, tinha sido mimando até o último e agora estava se tornando um homem de verdade.

- eu sinto muito meu menino, eu não deveria ter feito você conhecer ele, não pra ser abandonado outra vez

- O senhor vai me abandonar?

- o que? Nunca

- Então eu não me importo dele me deixar, meu pai é você.

Chris quase desmaiou de dor e tristeza mais ainda sim se segurou, os olhos vermelhos lhe olhavam apaixonados e Alex não podia ser mais feliz.

- Eu tenho um irmão de sangue! Eu tenho!

- É...

- Cesar, ele pode ter o mesmo sangue que eu, mais você é tudo pra mim

- Prometo te ajudar e ajudar ao Fernando a se conectarem como irmãos

Alex podia sentir a dor na voz do irmão.

- Cesar, eu te amo

- Eu te amo mais...

Os dois se deram um beijinho de esquimó.

Se despedir de Fernando foi muito difícil, sabia que ele não queria tê-lo machucado mais ainda sim entendia que nem sempre tudo da certo, deu um abraço forte no seu irmão e o assistiu embarcar no avião.


❇️🐬 O boto - Alexander 🐬❇️


- Olha marquês se você já terminou, por favor vai embora

- Tá se achando muito Alex, sou seu pai e exijo respeito

- Só vai embora!

Marques fechou o punhos e foi marchando em direção ao filho que se levantou pronto pra brigar, mais a porta se abriu e Arthur entrou com uma grande cara de cu

- Quem é você?

A resposta do gaúcho veio com um belo soco na cara de marques.

- Meu nome é Arthur Cohen Cevero, eu sou o marido do seu filho.

Marquês ficou perplexo, mais ainda sim sentiu o soco, Arthur se pois na frente dos irmãos com uma cara de seria e ameaçadora

- Vai... embora...

A frieza na voz era palpável, marquês foi recuando e saiu do quarto, mais ele ainda queria uma conversa com os filhos.

Um dia Inteiro se passou e fé estava um pouco melhor com toda certeza, Alex ainda estava no hospital com Arthur o esperando.

- Agora você vai me contar o que aconteceu?

- Acho que você não vai me dar escolha

- Não mesmo

Fernando suspirou cansado e olhou para o Irmãozinho, ele estava muito parecido com o Cesar com toda certeza, principalmente com as pernas cruzadas daquele jeito e sem óculos.

- Eu tava tocando no bar como um dia qualquer, tinha uns amigos reunidos um casal mais três homens, eles começaram a fazer uns comentários... não muito legais...eu falei para o chefe tirar eles do bar, e ele fez por mim, na saída, eles me seguiram de carro, eu ia pegar o ônibus pra casa, foi muito rápido.

- doeu?

- Doeu...

Alex se levantou e saiu do quarto pegando o celular e indo direto para a cafeteria pegando um cockie de chocolate

- Alô, Rubens, preciso de você

Em minutos os chocolate com pimenta apareceram e Alex estava muito sério olhando para os dois.

- Eu quero, todos eles...

- O que é pra fazer chefe?

Alex respirou fundo passando a mão no rosto, olhou diretamente para Rubens e o indiano jurou que os olhos chocolate de Alex estavam vivos no vermelho mais intenso e surrealmente maligno que já tinha visto

- Pega e traz pra mim

- Só trazer?

- Não encostem em um fio de cabelo, eu quero ver eles sofrendo, e eu vou pensar no melhor jeito de fazer isso acontecer.

- Como desejar Chefe

Alex deu tchau para os dois e viu Arthur se aproximar sorrateiramente dele com uma carinha preocupada

Arthur andou até o marido que estava sentado olhando fixamente para a luz

- Meu amor?

- Oi meu rei...

- tá... tudo bem?

- Não... mais vai ficar

Arthur sentou do lado do marido e Alex sorriu pra ele colocando o braço por cima do ombro do seu rei e lhe deu um beijinho na bochecha

- tu não tá bom né?

- Não...eu tô com muita raiva...me perdoa Arthur

- ué? Por que?

- Porque eu vou fazer uma coisa muito horrível

- Alex, eu sei o que você quer fazer... faça...

- Arthur?

- Eu faria o mesmo no seu lugar

- Isso era tudo que eu precisava ouvir.

3 dias depois~

O homem olhou ao redor parecia que tudo era um borrão, tinha uma arma na sua frente e parecia estar em um galpão.

- Acordou?

- O que tá acontecendo??? Onde eu tô?

- Bem vindo ao seu inferno particular

- o que?

- Nesse fim de semana, você e seus amiguinhos, atacaram meu irmão então agora vocês vão pagar.

Um luzidios entrou na sala carregando uma bebê loirinha de olhos azuis de no máximo 6 meses

- Minha filha? Minha filha! O que tá acontecendo?

Alex pegou a menina e olhou pra ela com carinho e a ninou docemente, tinha pintado as unhas e estava usando uma blusa branca eu uma jaqueta sem manga

- Machucou meu irmão...acho justo machucar sua filha

- O que?

- Quanta dor será que um bebê suporta antes de morrer?

- Não espera por favor

- Sem pressa, vai ser lento e você vai assistir tudo

- Não por favor, eu faço qualquer coisa

Alex abriu um sorriso maligno e olhou pro lado ainda ninando a menina e nesse momento outros luzidios vinham trazendo uma pessoa viva dentro de um saco, era impossível ver quem seria

- A vida da sua filha, será salva, tudo que você precisa fazer é atirar nessa pessoa

Alex rodava de forma predatória ao redor do homem, o homem aproveitou a proximidade e pegou a arma mirando e atirando em Alex, a arma fez click mais estava sem balas

- Achou mesmo que eu deixaria a arma carregada na sua frente?

O homem olhou nos olhos de Alex e sentiu um medo totalmente diferente de tudo que já tinha sentido, Alex puxou uma faca e apontou pro homem e então colocou no peito da criança

- você não faria...

Alex entortou a cabeça pro lado, piscou rápido e fez força na faca e a bebê começou a chorar dolorosamente enquanto Alex olhava fixamente dentro da alma do homem

- A vida da sua filha está na suas mãos

E o choro da bebê aumentou com a pressão da faca.

- Eu faço, eu faço....só por favor

Um outro luzidios tirou a bebê do colo de Alex e mais um trouxe uma bala pro revólver, a ponta da faca estava suja de sangue mostrando que Alex realmente tinha machucado a nenê

- excelente

- Quem é? Quem é essa pessoa?

- importa? E a vida dela em troca da vida da sua filha, como você pode ver é um adulto, já viveu o suficiente, vamos e só atirar não é tão difícil... afinal você atirou no meu irmão

- Cara a gente tava bêbado, eu não queria...

- Blá Blá Blá, meu irmão tá no hospital por culpa de vocês, seja grato, eu devia ter te matado a um tempo, só atira...

Alex colocou a bala no revolve pro homem enquanto o luzidio apontava uma arma para o prisioneiro pra garantir que ele não ia fazer gracinha

O homem olhou Alex agora bem protegido por um vidro a prova de balas, ele tinha a bebê no colo novamente e a faca na mão também

O homem respirou fundo e colocou a arma na cabeça da pessoa, gritos abafados podiam ser ouvidos pela mordaça na boca.

- Desculpa...eu preciso salvar a minha filha

E então o som do tiro foi ouvido sendo seguido da risada escandalosa de Alex, o homem olhava pro chão, Alex pegou um comprimido e deu a bebê para um luzidio do seu lado e caminhou novamente na direção do homem mais dessa vez parou atrás do corpo abrindo o saco lentamente.

O grito de horror foi prazeroso de se ouvir, os miolos vazando da cabeça da mulher enquanto o homem cai no chão aos prantos

- Amor, amor não....

- Matou sua esposa...que peninha de você, não se preocupa sua filha vai ficar bem, mais duvido que algum juiz vai deixar um preso ter a guarda dela...

- o que?

- já posso ver nas manchetes

- Homem sobre efeito de drogas atira na mulher e agride filha recém nascida... lindo...

- Seu doente do caralho!

O homem se levantou e foi socar Alex que usou a faca para cortar um pedaço da orelha do homem se sujando todo de sangue.

Rolando de dor no chão o homem se questionava muito seriamente onde tinha errado e como aquilo poderia estar acontecendo.

- Ninguém vai acreditar em você, te droguei tanto que até seus antepassados tem vestígio de droga nós ossos, vai viver pra sempre sozinho e se alguém for bom com você...eu vou matar... homem, mulher ou criança, vai vier sabendo que todos que morreram a sua volta foi porque foram bons com você, todas as mortes...seram culpa sua...ou...você pode morrer aqui e agora...

Alex jogou o comprimido no chão e ficou de cocoras encarando o mais velho.

- E só tomar...e tudo acaba, não precisa se preocupar com a sua filha, eu cumpro minhas promessas

O homem olhou para Alex e tudo que conseguia ver era o vermelho dos olhos dele, era lindo e assustador, pegou o comprimido do chão e engoliu...

O homem começou a convulsionar e babar uma espuma estranha, Alex parecia decepcionado ficou em pé e logo os luzidios limpavam a bagunça

- Ninguém escolheu a primeira opção, façam parecer um acidente desovem esses corpos direto

Um luzidios veio com a bebê e Alex abraçou e ninou pedindo desculpas, um casal lésbico vinha sorrindo na direção de Alex

- aqui a filha de vocês

- Obrigada obrigada senhor Veríssimo

- Cuidem bem dela

- Vamos cuidar eu prometo

- Ela vai ser um luzidio incrível, e não se esqueçam, não é Laço de sangue que faz família.


Notas Finais


Esse capítulo...ele dói....doeu muito mesmo escrever ele...
Bjs até o próximo capítulo 😘✌🏾


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