Gonzalez olhava as nuvens com um pouco desinteressado, uma aeromoça passou com uma bandeja levando vinho para um rapaz e o lobo pensou se deveria beber algo ou não, estava um pouco ansioso e nervoso.
Ele iria oficialmente agir como Veríssimo, sempre quis uma vida pacata, filhos, netos, viajar no fim de ano pra praia, nunca quis muito era alguém satisfeito com as coisas simples da vida, mais aparentemente não era esse seu destino.
Brincava com o anel que Thiago tinha lhe dado, girava ele no dedo igual fazia com a aliança de casamento demorou tanto! Mas finalmente o divórcio iria sair, Gustavo estava lhe mandando diariamente gravações de Dorotéia e também para o seu pânico e desespero, fotos da sua futura ex esposa bebendo durante a gravidez, isso fez Gonzalez querer chorar e vomitar em absoluto pânico e medo, e principalmente ódio e raiva, só queria segurar sua filha em seus braços logo.
Queria abraçar sua pedra preciosa e cantar pra ela ao lado do Thiago, um detalhe, sabia que o Thiago não ia suportar as primeiras semanas de um bebê recém-nascido e estava se sentindo bastante culpado em levar sua filha pra casa do seu tio Chris, mais pelo menos seu tio estava 100% disposto a ajudar a cuidar de Jasper nós primeiros dias.
O avião pousou e a audição de Gonzalez fez "tuuuuuinnnn" odiava isso nos vôos.
Dentro do aeroporto um luzidio já o esperava vestido de chofer, Gon riu achando seu tio Hector um pouco exagerado, mais já esperava um pouco isso também.
O rapaz estava obviamente se cagando de medo de Gonzalez, e ao mesmo tempo parecia encantado com a beleza do baixinho, os olhos eram o que mais chamava sua atenção, dirigiu em silêncio até chegar no hotel.
- Eu só vou fazer o check in e guardar as malas, me de 30 minutos que já vamos para outro lugar tudo bem?
- Como desejar senhor Veríssimo.
- Vá tomar um café enquanto isso
- Obrigado pela generosidade senhor Veríssimo.
Gon sorriu e o rapaz manobrou e realmente foi tomar um café enquanto Gonzalez fazia o que precisa.
Gon atrasou um minutinhos pois queria tomar um banho, vestiu uma camisa com estampa militar uma jaqueta e valsa jeans e foi encontrar seu luzidio designado que realmente estava tomando café numa padaria na esquina do hotel.
No caminho para o destino Gonzalez ficou mandando mensagem para Thiago falando que estava bem, que tentaria chegar em casa o mais rápido possível e então se tocou de algo, sempre que pensava em casa se lembrava da sua casinha simples com Dorotéia, mais agora quando pensava em casa pensava em Thiago, chaqualhou a cabeça, estava se apegando muito, não conseguia acreditar ainda que Thiago ficaria com ele pra sempre, suspirou fundo e olhou pela janela vendo o portão do centro de treinamento militar daquele município.
O chofer foi dispensado por um tempo e Gon já se preparava para uma das coisas mais complicadas que já fez na sua vida.
Foi anunciado e em segundos um soldado veio o escoltar para a sala de reuniões.
- É um prazer conhecê-lo senhor Veríssimo
- Pode me chamar de Gonzalez, é um prazer também Capitão Barreto
- Sabe meu nome??
O homem na casa dos 40 anos pareceu emocionado no mínimo.
- É o mínimo que deveria saber... mais não tenho tempo pra conversar com o senhor, prometi ao meu namorado que voltaria em 36 horas
- Sim claro, sem problemas
- Então me leve até ele.
- Como desejar.
Gon foi seguindo o capitão pelos corredores até o campo de treinamento onde vários jovens treinavam intensas manobras e tiros, o mais velhos deviam ter no máximo 24 anos, foi fácil para Gon reconhecer o rapaz que procurava afinal tinha escolhido ele a dedo, cabelo castanho escuro e olhos ocre, 22 anos e baixinho, Felipe Firmino era filho e neto de luzidios, era incrívelmente leal a ordem pela sua criação, mais não foi só isso que fez Gonzalez escolher o matogrossense como seu substituto.
Ele não errou um tiro durante todo o percurso e era muito ágil e seguia ordens de forma perfeita, exatamente o que queria para seu tio Hector.
- Capitão, chame o Felipe, eu quero falar com ele.
- Seu desejo é uma ordem meu senhor.
Enquanto isso em SP o dia estava lindo o sol estava gostoso e os passarinhos cantavam alegremente.
- Mamãe olha! Um bem-te-vi! Oiii oi passarinho
Pedro era uma criança fofa e tão educadinho que Liz se sentia mal em ter que ignorar ele chamando ela de mamãe.
- Já falei pra me chamar de Liz ou tia, Pedro...
- Mais a mamãe disse que você é minha mamãe também
- aí Pedro...
- Mamãe você sabia que eu sei desenhar? Eu eu fiz um urso na escola a professora falou que fico muito bonito
Uma das coisas que Liz mais odiava em criança era a falta de inteligência, ok, crianças estão se desenvolvendo mais aquilo era insuportável de tão chato e sem graça, abriu um sorriso falso e Pedro sorriu lindamente pra ela achando que ela estava orgulhosa dele.
- cadê sua mãe? Ela disse que só ia comprar água.
Pedro se aproximou de Liz e a mulher bonito deu 3 passos pra trás porém isso não pareceu intimidar aqueles grandes e fofos olhos azuis celeste cheios de amor pra dar, uma pena que os olhos castanhos escuros da Liz não queriam nada com aquele amor.
- mamãe um dia eu quero ser lindo ingual você!
- não é "ingual" Pedro, é i-gu-al
- in-gu-al, ingual? Ingau?
- Tá só piorando
Liz ficou de cócoras olhando o menino de tentando falar corretamente uma palavra tão simples a pele branca com as bochechas rosadas, o cabelinho tão fofo que pareciam nuvens escuras em cachos grandes o olhar doce e inocente, uma criança linda, mais por algum motivo Liz sempre que olhava para Pedro, se lembrava de sua mãe, talvez fossem os olhos iguais com o cabelo escuro, quem passava pelos dois não duvidavam que eles eram mãe e filho.
- PEDRO!!
correndo feliz com os cachos presos em um rabo de cavalo o menininho negro e fofo veio correndo na direção do amiguinho e Pedro abriu um sorriso lindo.
- Felipe!!!
O homem negro muito bonito e extremamente bem arrumado vinha andando do lado de Laura a fazendo rir de alguma coisa, o sorriso de Laura era tão bonito, os raios de sol faziam o cabelo loiro brilhar e os lindos olhos azul Capri parecerem uma linda jóia, ela era muito bonita, o homem negro falou algo e Laura riu mais ainda e se apoiou no ombro do homem mais velho fazendo o estômago de Liz pesar e revirar gelado, era a primeira vez na vida que sentia ciúmes e por isso não sabia que estava com ciúmes.
Reconheceu o Doutor Diogo, ele tinha tratado Erin uma vez a alguns meses um luzidio assim como Laura e um dos amigos mais queridos por ela.
- Boa tarde senhora Veríssimo
- ....oi.... então Laura você foi comprar água e voltou com um... homem...?
- O DR Diogo estava levando o lipi pra perto do laguinho acabamos nos esbarrando
- aaaaa.... entendi
Um silêncio se fez presente, Diogo engoliu a saliva um pouco agoniado e assustado enquanto Laura literalmente não estava entendendo o porquê Liz estar encarando tanto o DR.
Um som de risada infantil foi ouvido e os três adultos viraram a cabeça com tanta rapidez que chegou a ser engraçado, e lá estavam Felipe e Pedro rodando no gira gira sorrindo muito felizes.
Enquanto as crianças brincavam no parquinho os adultos estavam no banco assistindo tudo atentamente Laura estava no meio dos dois e podia sentir Diogo derretendo com o olhar bravo de Liz, Felipe veio correndo apoiando as mãozinhas nas coxas do pai.
- papai, que xixi!
- opa bora no banheiro então
E nesse momento Pedro também veio pra Laura e ela sabia que ele também queria ir no banheiro.
- Deixa que eu levo eles DR
- Certeza Laurinha?
"Laurinha" Liz engoliu a saliva PUTA que intimidade toda era essa agora???
Os dois médicos ficaram olhando a Ferreira se afastar em direção ao banheiro do parque e o silêncio era aterrorizante, principalmente para Diogo.
- Gosta de crianças?
- Que?
- A senhora gosta de crianças? Tem filhos?
- graças a Deus não!
- A entendi... mais pensa em ter um dia?
- nunca! Trabalho de mais
Diogo arrumou os óculos vendo algumas crianças escorregando e rindo.
- Meu sonho e o sonho da minha mulher sempre foi ter filhos, infelizmente só iríamos conseguir atravéz de tratamento, eu sou diabético então fica um pouco complicado.
"Esposa" Liz olhou pra mão do homem e não viu aliança, talvez viúvo?
- A está procurando aliança? Eu e a Cíntia vamos renovar nossos votos então demos a aliança velha de entrada em uma nova.
Liz ficou feliz aleatoriamente, isso queria dizer que ele não tinha interesse em Laura, se pegou nesse pensamento e ficou confusa do porque.
- Estão juntos a quando tempo?
- 15 anos
- Que?? Quantos anos o senhor tem?
- 45
- Mentira! Eu não te dou 30!
- melanina minha jovem!
Liz soltou uma risadinha satisfeita e o Dr a acompanhou alegremente.
- Como se tornou luzidio?
- mesmo eu sendo médico, o tratamento pra minha esposa engravidar era muito caro, então eu recorri a única escolha que eu tinha, bem, o Felipe está aí agora
- fico feliz que tenha realizado seu sonho, mais esse nunca foi e nunca vai ser o meu
- Não vejo nada de errado nisso, seja feliz do seu jeito
Laura voltou com os meninos e o clima estava um pouquinho melhor entre os dois.
Liz deu carona para Diogo e Felipe até a casa deles onde uma mulher negra e muito bonita lhe agradeceu e ofereceu uma xícara de café, Liz agradeceu mas dispensou o convite.
Enquanto levava Laura e Pedro para casa o pequeno acabou caindo no sono, então Liz pela primeira vez subiu para o apartamento de Laura carregando as coisas da criança.
Era bem simples e aconchegante, seguiu a loira até o quarto da criança onde a mesmo deixou Pedro dormindo tranquilo é fechou a porta
- Obrigada Liz
- Que isso sem problema
- Quer alguma coisa? Chá? Café?
- Whisky...
- você... não tá dirigindo?
- posso ficar aqui até ficar bem pra dirigir...
- Tá então...eu vou pegar...
Liz sentou no sofá e na mesinha de centro tinha um desenho de um urso, acabou rindo pro ar.
- Aqui, pega...
Pegou o copo e deu um gole ficando feliz com o sabor da bebida alcoólica, olhou ao redor e viu um chimarrão ao lado de uma foto de Laura num cavalo do lado de um homem e uma mulher.
- Seus pais?
- Sim isso mesmo.
- Parece com sua mãe
- tenho os olhos dela
- eu tenho um amigo que é do sul também, Carpazinha já ouviu falar?
- Sim! Essa cidade é um ovinho, muito pequena
- Veio pra cá por que?
- Eu queria fazer uma boa faculdade, então vim pra cá, mais acabei não terminando, afinal fiquei grávida, pelo menos com os conhecimentos que eu já tinha adquirido consegui um bom emprego na metalúrgica.
- Fico feliz por você, talvez quando o Pedro crescer você consiga terminar
Laura sorriu e colou o cabelo pra trás, Liz achou ela linda, queria beijar aqueles lábios finos, talvez aquele whisky fosse mais forte do que parecesse.
As duas se olhavam com intensidade, estava bem clara as intenções de Liz mais Laura ainda parecia incrivelmente perdida com aquilo, então ela não soube como agir quando sentiu os dedos de Liz no seu cabelo e a língua dela enrolado na sua própria língua.
- Liz?
Não obteve uma resposta verbal e sim outro beijo sexy e exitante, diferente dos beijinhos que Liz lhe dava vez ou outra que eram mais para tirar uma com a sua cara esse era intenso de mais, sentia que iria derreter se continuasse daquele jeito.
- Liz espera...
A pele dela era macia e quentinha, os músculos firmes e definidos, queria arrancar as roupas dela e ficar vendo aquele corpo lindo, se afastou um pouco vendo Laura completamente vermelha e confusa, talvez tivesse exagerado na dose, era melhor ir embora.
- Eu tenho que ir...te vejo fim de semana?
- t-ta...
Liz se levantou e foi embora ainda um pouco confusa com a própria atitude.
Cesar jogava C:S no momento sem nem ao mesmo olhar pro relógio do computador, estava com uma saia velha e uma camiseta de Digimon apenas se divertindo, já era por volta das 8 da noite quando ouviu duas batidas na porta e a campainha tocar duas vezes, conhecia aquele sinal.
- oi Cesar!
- Arthur? Achei que fosse o Alex... aconteceu alguma coisa?
- aconteceu! Preciso de ajuda
- o que aconteceu o Alex tá bem?
- Então é uma coisa que só você pode saber ele não contou nem pra mim, vem comigo por favor
- claro! Vamo
Os dois mais velhos desceram os andares e Cesar estava visivelmente ansioso, mil possibilidades pareciam passar na cabeça do cabeludo, mais nada chegava perto da realidade.
Quando chegaram no apartamento Cesar já correu em direção ao irmão verificando se ele não estava machucado ou chorando mas ele parecia bem tranquilo, e então Cesar percebeu uma coisa, ou melhor, um cheiro.
Respirou fundo mais uma vez, reconhecia aquele cheiro, creme infantil, talco, suor e brinquedos sujos, cheiro de criança, era assim que o apartamento do pai e principalmente o quarto de Alex cheirava quando ele era uma criança, juntou as sobrancelhas.
- Alex o que tá acontecendo?
- Eu te amo muito big brother...
- eu também te amo mais....
- Naquele dia, no dia que nós nos conhecemos era outono, um pouco antes do meu aniversário, eu lembro de cada detalhe de cada som, textura e cheio.
Alex colocou o cabelo do irmão atrás da orelha e sorriu com a lembrança de segurar aqueles fios negros entre seus dedos na primeira vez que se viram.
- Tá me assustando Alexander...
- E eu me lembro que foi a primeira vez que eu senti que estava seguro, você fez todo meu medo ir embora, se eu estivesse com você eu sentia que podia dominar o mundo, obrigado por me amar Cesar, obrigado por ser meu irmão...e agora eu preciso que você dívida um pouco do amor que você sente por mim, com outra pessoa
- eu nunca vou conseguir amar alguém como amo você Sunshine
- mesmo que seja uma parte minha?
- como assim?
Alex segurou a mão do irmão e foi levando ele até o quarto vazio, pelo menos Cesar achava que estava vazio, aquele cheiro foi aumentando e só ficou mais forte quando a porta abriu revelando um quarto infantil todo fofo, tinha uma cama grande de mais pra qualquer criança bem no meio do cômodo e era possível ver um pequeno relevo perto do travesseiro, Cesar olhou para Alex e então para Arthur procurando respostas mais só recebeu sorrisos amáveis.
Bem lentamente pra não fazer barulho os três foram até a cabeceira da cama onde Cesar puxou o ar segurando um grito, tinha realmente uma criança na cama.
- Alexander? Arthur? Qual é o significado disso?
Os açucarados se olharam e se deram um beijinho voltando a olhar pra Cesar com muito amor e carinho, e então Alex disse com mais amor ainda.
- Você foi o primeiro a me ver, então tinha que ser o primeiro a ver ela, Cesar Oliveira Cohen, essa é a sua sobrinha Ágatha Volkemenn Cohen Cevero, minha filha.
Cesar desmaiou, mais Alex conseguiu segurar ele no colo estilo noiva.
- Eu disse que seu irmão ia desmaiar
- tô preocupado com o que pode acontecer com meu pai...
- Seu pai? O meu vai dar um grito.
Alex levou o irmão pro sofá deitado ele com cuidado e ficando de mãos dadas com ele sentado no chão, demorou uns minutos pra ele voltar e ele voltou em Pânico.
- Alex??? Você tem uma criança no seu apartamento?
- Tenho, é minha filha, sua sobrinha...
Os olhos de Cesar começaram a virar pra trás mais Arthur jogou um copo de água na cara do cunhado.
- Sem desmaiar outra vez! Vai ser assim sempre que vier aqui em casa?
- Arthur... caralho...
- Arthur!!!
Alex começou a secar o irmão com a mão olhando pra Arthur meio puto.
- Xiuuuu! Vão acordar ela!
Cesar ainda se abanava tentando voltar a ter o mínimo de compostura, enquanto isso Arthur ia explicando um pouco da situação para o cunhado.
- então ela do vai passar alguns dias das férias escolares com vocês?
- Sim, mais também vamos fazer o que você e o papai faziam comigo
- pegar pra passear e essas coisas?
- sim, ela só vai poder mesmo morar com a gente depois do casamento ou....
- "ou" o que Alex?
- a gente registrar união estável e começar a morar juntos.
O sangue de Cesar nunca ferveu tanto nem tão rápido.
- POR CIMA DO MEU CADÁVER!
- shiiiiu!!
- Desculpa...
Cesar cobriu a mão com a boca e Arthur foi olhar no quarto pra ver se Agatha não tinha acordado.
- Eu sei que você se preocupa comigo meu irmão, mais eu sou um homem adulto, eu tenho um noivo, estou trabalhando pra sustentar minha fatura família, Cesar...eu não vou deixar de ser seu irmãozinho, eu sempre vou querer seu colo, mais...eu tenho minha vida agora...
- Alex...e só muito difícil te ver partir...
- eu não tô partindo Cesar, eu vou sempre estar aqui, só não vou depender tanto de você... isso não diminui meu amor por você.
- preciso muito de um tempo pra digerir que você não é mais meu bebê
- Eu sempre vou ser seu bebê, só que agora eu tenho outros bebês pra cuidar
Nesse momento Arthur voltou pra sala dando graças por Ágatha ter o sono pesado.
- Quer ver ela de perto? Ela tá no sétimo sono
- eu... posso?
- te chamou aqui justamente pra isso...
Cesar olhou para Alex e então pra Arthur se levantando com um pouco de dificuldade, sentiu uma mão amiga no ombro e viu Arthur sorrindo na sua direção, sentiu os dedos de Alex se entrelaçando nos seus e olhou pra cima vendo seu irmão lhe sorrindo também, os três caminharam até o quarto e então até a cabeceira novamente e agora mais calmo Cesar começou a reparar na sobrinha.
Cabelos negros e lisos espalhados pelo travesseiro, bochechas fofas que lhe davam vontade de morder, ela tinha um rostinho bonito e estava na cara que seria uma mulher muito bonita, era possível também ver os caninos afiados saindo um pouco da boca então Cesar percebeu que ela tinha força.
Esticou a mão lentamente e encostou na bochecha fofa e sentiu o calor e a maciez, a criança se mexeu e Cesar saltou pra trás como um gato assustado, mais o irmão o amparou com um sorriso.
- Ela é bonitinha...
- Sim ela é...
- Posso...pegar ela no colo?
- Quando ela acordar...ela tava muito empolgada, demorou pra fazer ela dormir
- ok... posso...vir ver ela amanhã?
- E lógico que pode big brother... convidei o papai, o seu Brulio, a Mari e a Dona Ivete pra almoçar, quero ver a cara deles conhecendo ela.
- isso eu não posso perder.
- Se considere convidado então
- vou trazer as bebidas
Os três saíram do quarto de Agatha e Cesar ainda estava processando as informações, subiu para o seu apartamento confuso mais também um pouco feliz.
Felipe estava se cagando olhando pra Gonzalez, o baixinho analisava o mais novo de cima a baixo várias e várias vezes, no fim puxou a cadeira e se sentou na frente do seu substituto.
- Suas notas são excelentes... não precisa da ordem para se tornar policial militar.
- eu sempre quis fazer parte da ordem, minha família toda é
- Não acho um motivo suficiente
- Eu quero ajudar os senhores Veríssimo, igual ele ajudaram meus avós e os meus pais
- Deixaria mato grosso pra virar um luzidio?
- Sem pensar duas vezes!
- bem, por mim você já está na ordem...
O rapaz comemorou todo feliz no entanto de forma silenciosa, Gon achou ele fofinho.
- porém tem um último teste que eu quero que você faça.
- o que o senhor quiser...
- excelente, vamos para o local.
Durante o percurso Gon e Felipe não trocaram uma palavra mais não foi algo desconfortável ficar quieto um pouco ao lado de um homem bonito.
O destino era uma casa simples, com quintalzinho cheio de flores, como esperado o portão e a porta estavam abertas, a casa do lado de dentro estava no mínimo nojenta, e cheirava a lixo, Gon tinha escolhido aquela mulher justamente por isso.
Um choro de bebê se iniciou, parecia o de um recém nascido, o coração de Gonzalez apertou um pouco
- Aaaaaa cala boca! Por favor por favor eu não aguento mais! Cala boca!!!
Uma mulher saiu de trás do sofá toda descabelada e suja, ela fedia horrores, tanto que Felipe cobriu o nariz de forma disfarçada.
- Senhora laidiene?
- vocês viram! Vieram mesmo...eu não aguento mais! Não consigo...
- Calma, preciso que expliquei em detalhes do que precisa
O choro do bebê aumentou e a mulher começou a chorar também caindo de joelhos em desespero.
- EU NÃO AGUENTO MAIS!!!
A mulher se agachou chorando e Gonzalez suspirou cansado e um pouco triste, olhou ao redor e seguiu o choro até um quarto igualmente imundo com um berço onde uma bebê chorava a plenos pulmões.
Pegou a criança e ela estava visivelmente de frauda cheia, olhou ao redor achando o que precisava e limpando e trocando a criança então voltando pra sala onde a mulher ainda chorava abaixada, Gonzalez ninava a criança com muita atenção e paciência enquanto a mulher parecia em desespero.
- Senhora laidiene?
- Todo mundo disse...
- o que?
Os dois policiais se olharam preocupados com a saúde mental da moça na sua frente, Laidiene Continuou.
- todo mundo disse que eu devia ter filho, era o sonho do meu marido, eu não queria filho, mais minha mãe disse que era meu dever da filho pra ele, eu era esposa dele afinal, que a maternidade ia tirar esse vazio do meu peito, mais...meu corpo tá todo destruído, eu não durmo mais, eu não paro de pensar que tô fazendo tudo errado, que eu sou uma falha como mãe e com mulher, toda vez que ela chora eu acho que tô ouvindo o próprio inferno...eu não aguento mais...
E novamente o choro se iniciou e dessa vez a bebê começou a chorar também.
- CHEGAAAA! POR FAVOR PARA DE CHORAR!!!
Gonzalez balançou a bebê novamente e colocou o dedo dentro da boca dela e sentiu ela sugando mostrando que estava com fome
- a senhora tem alguma mamadeira pronta?
- Ela só pega peito...
Pelo estado da mulher achava melhor não dar a bebê pra ela, andou até a geladeira e abriu o armário vendo fórmula para recém nascido e uma mamadeira.
- Felipe, preciso de você aqui
O rapaz foi até a cozinha e olhou enojado pra situação, Gonzalez fez sinal pra ele pegar a bebê que ainda chupava seu dedo e assim o mais novo fez, e assim que Gonzalez tirou o dedo da boca da nenê ela voltou a chorar, Gon fez a mamadeira mais rápida do universo, e pegou a bebê outra vez, tentando muito mesmo fazer ela pegar o bico da mamadeira, com muita luta ela conseguiu beber um pouquinho se acalmando.
- Eu realmente não presto não é? Eu sou uma mãe horrível.
Os dois rapazes olharam para a moça ainda aos prantos, ela olhava a filha com uma carinha de desespero.
- Não acho que seja uma mãe ruim, nem uma pessoa ruim.
- Sério? Jura mesmo?
- sim, você não tem culpa de não querer ser mãe, assim como também não é sua obrigação continuar sendo, foi por isso que nos chamou não foi?
A moça respirou fundo e começou
- eu quero acabar com a vida do meu ex!
- estamos aqui pra ajudar com isso
- ele dizia tanto que queria filho, eu fui lá e engravidei, ele me deixou no 7 mês de gestação, arranjou uma menina mais nova, e tá vivendo a vida dele tranquilo, nem viu a bebê ainda...eu quero acabar com a vida dele.
- Sabe qual é o preço a se pago não é?
- Sei sim...faço qualquer coisa senhor Veríssimo
Gonzalez balançou a bebê novamente e olhou pra Felipe sorrindo.
- Felipe esse é o seu último teste antes de entrar pra ordem...
- qual teste senhor Veríssimo?
- eu quero ver como você forja um assassinato.
Gonzalez deu todas as informações e instruções necessárias tanto para Felipe quanto para Leidiane
As instruções da contratante era aparecer na frente da casa nova do ex e fazer um barraco, chamar muito atenção pra briga dos dois e tirar uma bolsa de sangue.
E então Felipe entrava em ação, com as digitais que o ex marido deixou na contratante forjou uma cena no carro, um corpo infantil e o de outro uma mulher na mesma altura, peso e biotipo da contratante também chegou, colocou dentro e o carro foi completamente incendiado, mais antes a bolsa de sangue foi injetada nos ossos do cadáveres.
A contratante estava satisfeita mais agora chegava a parte difícil, o adeus.
- o contato com ela não precisa ser cortado totalmente.
- não quero fazer a vida dela mas difícil
Abraçou a bebê é entregou novamente para Gonzalez no aeroporto, indo em direção ao avião, ela tinha uma nova identidade, uma nova vida como luzidio em outro estado.
Gonzalez se virou com a bebê no colo olhando pro chofer que seu tio tinha contratado.
- Aqui a sua filha...
- Meu Deus... obrigado! Obrigado senhor Veríssimo
O rapaz se afastou com a bebê e Felipe olhava o Gonzalez com esperança e um pouco nervoso.
- Senhor Veríssimo....eu passei?
- Como luzidio? Não...
Felipe ficou tristonho e abaixou a cabeça
- compreendo...
- agora como Veríssimo está qualificado
- o que?
- você ouviu, você vai pra SP atuar como Veríssimo na seccional da polícia cívil, sei que queria a militar, mais posso arrumar uma transferência em alguns anos.
Felipe estava sorrindo de orelha a orelha, Gonzalez pegou sua mala e olhou no relógio e então olhou para o telão vendo seu vôo nele.
- obrigado senhor Veríssimo
- Meu divórcio sairá em alguns dias então para não fazerem uma ligação entre nós dois, você vai começar na delegacia no começo de agosto, aproveite esses últimos dias com a sua família.
- muito muito obrigado senhor Veríssimo!
- Me chame de Gonzalez
- Muito obrigado senhor Gonzalez
Gon sorriu.
- nos vemos em SP senhor Veríssimo
E saiu andando em direção ao seu portão de embarque ouvindo Felipe comemorar muito ao longe, acabou dormindo tranquilo até chegar em SP.
Desembarcou sem preocupação e incomodado com o barulho no ouvido, andou totalmente distraído pelo aeroporto mexendo no celular pronto pra chamar um Uber quando sentiu alguém se jogando nele e ambos indo ao chão.
- GONZALEZ, CHERE!
- Thiago?? O que você tá fazendo aqui???
- eu queria te fazer uma surpresa
Os dois se levantaram e era possível ver as pessoas olhando para os dois de forma esquisita e um pouco odiosa, eles não se importavam com isso.
- Desculpa eu te machuquei?
- Não eu tô bem
Gon olhou pra cima e viu o sorriso de Thiago e o jeito que ele olhava na sua direção e sentiu o coração acelerado, sentiu ele se apaixonar e trocaram um beijo inocente, estava muito feliz ao lado de Thiago.
- Vamos pra casa você deve estar cansado.
- Preciso desentupir meu ouvido
Eles foram caminhando entre as pessoas se misturando entre a multidão, exatamente iguais as outras famílias que ali estavam.
Alex e Arthur tinham convidado eles para almoçar depois de ficaram 3 dias basicamente sem contato com qualquer pessoa, Christopher conhecia seu filho muito bem e sabia que ele estava aprontando alguma coisa.
- Querido, chegamos juntos...
- Achei que vinha com a Ivete Sweetheart...
- eu achei que vinha com a Mari
Os dois ficaram em silêncio se encarando um pouco.
- Tu acha que eles estão aprontando também né?
- eu tenho certeza que esses meninos aprontaram algo
Os dois idosos se deram as mãos já preparando cada um uma bronca mental diferente, quando o elevador abriu Christopher fez uma cara confusa.
- o Alex tá assando challah?? E também leikach??? Ele aprontou muito!
- Desculpa o que tu falou aí?
- tá sentindo esse cheiro de mel no ar? E gostoso né?
Brulio sentiu realmente um cheiro doce e bastante agradável no ar mais não entendeu o que aquilo tinha com o fato do namorado ter falado palavras em hebraico
- sim é bom, mais...
- são pratos judaicos Sweetheart, ele tá fazendo isso pra me amansar...
Eles caminharam pelo corredor e Chris estava prontinho pra dar uma bronca no seu casulinha, Brulio bateu na porta do apartamento e ela abriu, mais ao invés de Arthur ou Alex, quem ele viu foi uma garotinha de olhos vermelhos o encarando envolta em um roupão rosa com orelhinhas de ursinho, ela obviamente tinha acabado de sair do banho, o cheiro de shampoo infantil chegou nas narinas de Brulio e um sentimento nostálgico se abateu sobre o gaúcho, ia perguntar quem era a garotinha quando ela abriu um sorriso mais brilhante que o sol dizendo
- PAPAI O VOVÔ E O GRAMPA CHEGARAM!
Arthur saiu do quarto de Agatha todo desesperado vendo o pai travado em completo choque, Alex colocou a cabeça pra fora da cozinha vendo o sogro travado olhando a neta obviamente nervoso.
- Eu sou o que?
Então Agatha toda inocente apontou o dedo para Brulio e disse sorrindo
- vovô!
Nesse momento chris que estava atrás sentiu a pressão caindo e se Brulio não fosse rápido tinha caído no chão por causa do desmaio
Arthur foi com Agatha para o quarto terminar de arrumar a filha enquanto chris (que recuperou a consciência quando teve sal colocado na boca) e Brulio estava sentados na mesa, Christopher inclusive usava um saco de papel para respirar.
- os senhores vão ficar calados até quando?
Alex começou a colocar as panelas na mesa sem ligar muito para o pai o olhando de forma assassina.
- Ok...Alex quem é essa guria?
- Sua neta, minha filha com o Arthur
- you got to be kidding me!
- No joke Father, this is my daughter, your granddaughter, her name is Agatha
- Quando eu disse que queria conhecer ela eu achei que eu ia no orfanato...
- Foi muito difícil conseguir ficar com ela esses dias, eu quero que os senhores se dêem bem com ela.
- A questão não é essa Alex...você e o Arthur não estão nem casados ainda meu filho
- Sabemos disso
- querem mesmo colocar uma criança no meio disso
- pai com todo respeito, eu não sou mais criança! Eu sei o que estou fazendo e sei as concequencias das minhas decisões
- Alex uma criança não é um brinquedo
- FATHER! Eu melhor do que ninguém sei disso, eu sou o pai da Agatha, igual o senhor é o meu, por favor não duvide de mim
- eu não estou duvidando de você me filho, e só muito rápido pra vocês adotarem uma criança
- Pai, você me criou tenha um pouco mais de confiança na obra que fez
Chris engoliu a saliva sentindo sua ansiedade chegar no estômago, Alex estava crescendo muito rápido e o medo de não poder cuidar mais do seu garotinho chegava a ser sufocante, abriu a boca pra falar mais alguma coisa quando correndo toda feliz e grudando na perna de Alex Agatha apareceu usando um macacão jeans rosa e uma blusa de MLP
- Daddy arruma meu cabelo, o papai não consegui
- Opa vamo lá, cadê as xuxinhas?
- aqui! Foi eu que escolhi a cores
- muito bem!
Arthur apareceu com cara de derrotado segurando um pente na mão, Alex olhou para Arthur e para o fogão e o gaúcho entendeu que era pra ele cuidar da última panela no fogo, enquanto Alex sem dificuldade dividia o cabelo para fazer uma Maria chiquinha na filha.
Agatha encarava os avós determinada cada um achava ela parecia com seu próprio filho, as presas afiadas lembravam Arthur, os olhos vermelhos Alex, parecia que ela era a combinação dos dois.
Ela desceu do colo do pai e foi até Brulio curiosa e Brulio nunca travou tão rápido na vida.
- vovó seu cabelo é bonito
As mãozinhas dela eram a coisinha mais fofa do mundo todo os fios de cabelo dele escorriam entre os dedinhos pequenos, era impossível resistir, pegou ela no colo.
- paizão cuidado, ela é mais forte do que parece viu
Brulio não ouviu uma única palavra estava fascinado demais pela sua neta, nunca imaginou que teria netos, acreditava que sua vida iria acabar em solidão, sendo odiado pelo filho e se sentido culpado pela morte da esposa e do seu casula, abraçou a menina segurando o choro
- o que foi vovô?
Abraçou ela com mais força, não iria conseguir segurar mais, passou ela para o colo de Chris e foi em direção ao banheiro secando as lágrimas, Arthur o seguiu.
- pai tá tudo bem?
Arthur sentiu o pai o abraçando e lágrimas caindo no seu ombro.
- Eu tô tão feliz por você meu filho
Arthur abraçou o pai de volta também chorando um pouco, enquanto isso na cozinha.
- Grandpa, does your bruise hurt?
Chris estava impressionado com o inglês da neta e olhou para Alex que tirava o leikach do forno, o cheiro de mel invadiu a cozinha e a boca de chris encheu de água.
- It doesn't hurt, I've had this bruise for a long time
Agatha virou a cabeça pro lado e então se apaixonou e deu um beijinho na cicatriz e o gringo olhou novamente para o filho
- quando eu faço dodói o Daddy me dá beijinho pra sarar
Chris sorriu lembrando que Alex fez exatamente a mesma coisa quando era mais novo, era tão gratificante e assustador ver ele se tornando um homem, estava orgulhoso e confuso.
A campainha tocou e Agatha pulou do colo do avô e foi correndo abrir toda feliz, Ivete por sua vez travou no lugar igual a Brulio.
- Papai e a vovó!
- como ela sabe quem somos nós?
- passamos os últimos dias mostrando fotos de vocês e falando quem vocês eram, ela decorou rápido
Ivete ficou no sofá olhando pra Agatha completamente confusa, foi salva por Mari que agora também olhava para Agatha, e estava completamente perdida
- Daddy disse que eu vou poder brincar com as minhas primas... mais....cadê elas?
- Tão dentro da minha barriga ainda...
- Como elas foram parar aí?
- ....... Mágica....
Agatha puxou o ar de forma dramática e se aproximou mais ainda de Mariana com os olhinhos brilhando
- você faz mágica tia Mari? Você me ensina?
Ela era tão fofinho e lindinha se sentia horrível mentindo para aquele ser tão fofinho.
- Quando você for adulta
- eba eu vou esperar então! Vou esperar minhas primas virem brincar comigo
A campainha tocou e dessa vez Arthur que abriu e lá estava Cesar perfeitamente montado e incrivelmente bonito
- Cheguei povo
Cesar levou muita bebida alcoólica mais ninguém queria dar exemplo ruim para Agatha.
- tio Cesar e muito bonita
Cesar fez um carinho na sobrinha e voltou a comer vendo Alex e Arthur agindo como pais daquele diabinho tão fofo.
Agatha brincou muito com todos mais ainda sim foi um dos almoços mais longos da vida de todos.
Arthur sentou no sofá totalmente exausta enquanto Alex guardava o restante da louça e então finalmente seu marido veio até ele se sentando do seu lado e lhe dando um beijinho.
- foi melhor do que imaginamos, cadê nossa filha?
- brincando no quarto dela
- Eu tô tão feliz, foi nosso primeiro almoço em família
Alex encostou a cabeça no ombro de Arthur e respirou fundo sentindo o cheiro do pós barba e perfume.
- Arthur... posso pedir uma coisa?
- Qualquer coisa por ti
- eu quero ensinar hebraico pra Agatha
- hebraico?
- eu sou de família judia, eu não quero que ela siga o judaísmo se ela não quiser mais acho importante ela falar a língua da minha família.
- não tenho nada contra, e uma habilidade boa para ela, bem mais util do que eu que vou ensinar ela a dar grau em moto
- hahaha... Não vai não
A cara séria de Alex era muito fofa, deu um selinho e o abraçou quando correndo com um ursinho toda feliz agathinha chegou toda empolgada para brincar com os papais e pelo resto do dia tudo que eles fizeram foi brincar com a filha, Alex também começou a ensinar o alfabeto hebraico para sua pedra preciosa.
Era por volta das duas da manhã quando Agatha acordou na sua caminha abraçada com seu ursinho de pelúcia, olhou pra um lado e pro outro vendo a pouco iluminação do abajur e se levantou um pouquinho assustada.
- Daddy? Papai?
Esfregou os olhinhos e abriu a boca caminhando com cuidado até a porta e abrindo vendo a casa completamente escura, ficou com muito medo.
Engoliu a saliva segurando o choro e foi até a porta do quarto dos pais onde eles eram iluminados por um abajur também, eles dormiam um de frente pro outro e a cama parecia confortável e quentinha.
Caminhou timidamente até a cama e subiu com bastante dificuldade mas conseguiu subir deitando no meio dos pais.
- Agatha?
- Filha?
- Não consigo dormir...
O casal de olhou e se arrumou melhor fazendo Agatha se aconchegar melhor entre os dois, Alex deu um beijinho na testa da pequena enquanto Arthur mexia no seus cabelos com carinho, os dois olharam um pro outro e começaram a cantar "Ruth B - Dandelions"
Arthur e Alex cantando:
"Maybe it's the way you say my name
Maybe it's the way you play your game
But it's so good, I've never known anybody like you
But it's so good, I've never dreamed of nobody like you
And I've heard of a love that comes once in a lifetime
And I'm pretty sure that you are that love of mine
'Cause I'm in a field of dandelions
Wishing on every one that you'll be mine, mine
And I see forever in your eyes
I feel okay when I see you smile, smile
Wishing on dandelions all of the time
Praying to God that one day you'll be mine
Wishing on dandelions all of the time, all of the time
I think that you are the one for me
'Cause it gets so hard to breathe
When you're looking at me
I've never felt so alive and free
When you're looking at me
I've never felt so happy
And I've heard of a love that comes once in a lifetime
And I'm pretty sure that you are that love of mine
'Cause I'm in a field of dandelions
Wishing on every one that you'll be mine, mine
And I see forever in your eyes
I feel okay when I see you smile, smile
Wishing on dandelions all of the time
Praying to God that one day you'll be mine
Wishing on dandelions all of the time, all of the time
Dandelion, into the wind you go
Won't you let my darling know?
Dandelion, into the wind you go
Won't you let my darling know that?
I'm in a field of dandelions
Wishing on every one that you'll be mine, mine
And I see forever in your eyes
I feel okay when I see you smile, smile
Wishing on dandelions all of the time
Praying to God that one day you'll be mine
Wishing on dandelions all of the time, all of the time
I'm in a field of dandelions
Wishing on every one that you'll be mine, mine"
Caindo de sono com a voz dos pais cantando fofamente pra ela Agatha pescava tentando entender completamente as palavras que sabia em inglês, mais ainda não era fluente.
- Daddy...what do you mean dandelion?
- Dente de leão minha princesa
- Dente de... leão...
As palavras foram de desfazendo confortável o sono pegava forte agora, lentamente os olhinhos se fechavam e o calor do corpo dos pais fazia Agatha se aconchegar melhor e finalmente dormir
Arthur olhou para Alex e os olhos vermelhos brilhavam felizes.
- Eu te amo
- eu te amo mais
E olharam pra Agatha pensando "e nos dois amamos você" Arthur dormiu primeiro, Alex ficou mais alguns minutos olhando para sua família
Chegou o fim de semana e Arthur e Alex infernizaram a vida de todos os membros da boate para eles se encontrarem no parque Ibirapuera, e ninguém sabia o porquê, bem Cesar, Mari, Chris, Ivete e Brulio sabiam exatamente o porque.
Durante a semana Cesar visitou bastante o casal açucarado e a pedra preciosa deles pra ajudar nas aulas de hebraico e pra surpresa de Arthur Cesar estava completamente encantado pela sobrinha.
Todos estavam reclamando do sol daquela sexta feira, enquanto Arthur e Alex não chegavam o povo conversava e brincava entre si.
- Eles que chamaram a gente para cá e estão atrasados
Liz falou e deu um gole na sua água dando a garrafinha para Daniel que bebeu um gole também.
- eles não costumam se atra....
- Padrinho!
Daniel gelou dos pés a cabeça vendo a garotinha mais linda do mundo na sua frente, olhos vermelhos tão vivos inocentes emoldurados pelos cabelos negros super fofinhos e escorridos.
Alguns segundos antes, Arthur e Alex estavam se cagando de nervoso atrás de uma árvore pensando em como apresentar Agatha para todos, porém a criança estava muito empolgada, e quando viu os cabelos laranjas de Daniel ela soube imediatamente que ele era seu padrinho então correu na direção dele.
Com a velocidade da Agatha já sendo muito grande Arthur e Alex tiveram que sair correndo na direção do ruivo se jogando nele.
Daniel olhava o shorts novinho e a camiseta lilás com uma estrelinha no meio e o cabelo preso em um fofo rabo de cavalo, os olhos dela brilhavam de forma doce na sua direção
- desculpa princesa, acho que você está me confundindo com alguém
- não tô não, você chama Daniel! Você é meu padrinho
- AGATHA!!!
Alex veio correndo na direção de Daniel e logo atrás dele Arthur ambos tinham uma grande cara de desespero.
- DADDY!!! PAPAI!!!
E todo mundo travou.
Alex pegou Agatha no colo e Arthur chegou meio desesperado e bastante perdido a estratégia de ir com calma foi pra casa do caralho.
Todos os olhos estavam voltados para a família perante eles, Agatha tinha um sorriso muito lindo nós lábios e estava incrivelmente animada pra brincar.
Arthur tossiu de forma falsa e passou a mão no cabelo olhando para todos meio sem graça.
- Então gente... essa é a Agatha... minha filha com o Alex...da oi filha
- Oiiii
Alex colocou a filha no chão e ela deu tchauzinho para todos sorrindo de forma doce mais a cara de "WTF" se perpetuava em absolutamente todo mundo.
- Daniel, Mia podemos falar com vocês um segundo em particular? Agatha fica com o tio Tristan
Tristan se tocou que era pra ele ficar com a menina mais Chris e Brulio também vieram pra perto dela, enquanto os 4 foram conversar Agatha aproveitou pra tocar o terror.
A primeira vítima foi Dante, a menina olhava para suas tatuagens de forma doce e inocente e Dante tava quase infartando com a intensidade daquela fofura, Agatha fez um grande gesto de apontar para o loiro com um sorriso fofo.
- Quando eu crescer eu vou ser igual você!
Um pânico se espalhou por todo seu corpo os olhos de Dante se encontraram com o da criança e ele se afastou honestamente desvoncertado.
- Comigo não! Parece com qualquer outra pessoa menos comigo!!!
- mais você é legal!
- Samuel me ajuda aqui...
- eu não sei o que fazer...
- eu gosto de você...
A menina se jogou nas pernas de Dante e o loiro estava prestes a morrer com aquilo, mais por sorte algo chamou atenção da criança logo depois.
- Você é tão linda!
Liz só faltou subir em uma árvore, diferente de Pedro que era fofinho e quieto Agatha parecia ter a energia de uma usina nuclear
- obrigada...
Salva pelo gongo ou melhor pelo Gon que se aproximou e Agatha ficou vermelhinho achando ele muito bonito, sem dificuldade ele pegou a menina no colo e Thiago derreteu de amor.
Ágatha pulou de colo em colo falando animada com todo mundo, até chegar em Joui.
Ele literalmente estava babando, os olhos estavam dilatados e ele tinha a pior expressão que qualquer pessoa poderia fazer na vida.
- Garotinha... Garotinha.... bonitinha
Erin jogou água na cara de Joui e Agatha riu pedindo colo pra ruiva, e Joui se sentiu derrotado e muito triste, até sentir mãozinhas pequenas no seu rosto.
- tio Joui...
"Ela não tem medo de mim" queria chorar um pouquinho tinha que admitir.
- Tia Erin eu quero o tio Joui.
A cara de Joui piorou mais ainda mais agathinha permanecia plena e feliz, era a primeira vez que Joui pegava uma criança e ela não abria o berreiro o fugia dele, na verdade Ágatha parecia completamente feliz e satisfeita em seu colo, Joui não quis passar ela pra mais ninguém.
Enquanto isso mia e Daniel olhavam para Alex e Arthur completamente chocados e apavorados.
- Alex, você quer mesmo que eu seja madrinha da sua filha?
- O tio Hector é meu padrinho, e eu confio em você mia
- Eu não sei o que dizer...
Enquanto isso Daniel olhava para o chão um pouquinho preocupado, Arthur estava do seu lado
- por que eu? Eu nem sou da família de vocês.
- Se não fosse por ti Daniel, eu e o Alex não estaríamos juntos, e além disso, tu pode se esconder o quanto for, todos sabemos que tu tem um grande coração, esperamos que oriente bem nossa filha quando necessário.
- Confiamos em você Dani
Aquilo deixou Daniel muito mexido, faria de tudo para ser digno daquele amor e confiança.
O povo voltou e Joui estava com Agatha no colo enquanto ela conversava com Bea e Ivan depois de ter puxado o cabelo de Marcelo e Murilo por curiosidade, Alex e Arthur se beijaram e era possível sentir o amor deles por Agatha.
O dia foi passado tranquilo o choque estava diminuindo e Agatha já estava bem acostumada com as pessoas novas na sua vida, estava brincando no chão quando viu algo debaixo de uma pedra que chamou sua atenção, despretensiosamente foi até a pedra que devia pesar uns 80 kilos e ergueu sem dificuldade, todo mundo travou no lugar encarando a cena, mais quem verbalizou mesmo foi Thiago
- Que porra é essa?
- Ela tem força
- não, beleza ela ter força, o Problema é ela ser o hambo com 6 anos
Agatha pegou a pedra bonita e soltou a grande correndo na direção de Alex pra mostrar pra ele.
Nesse momento um carrinho de sorvete passou um sorveteiro e rápido como um vento ela foi até o rapaz, e Thiago deu um grito
- Ela tem velocidade também?? Isso não é uma criança, e um tanque de guerra.
Cada demostração de força gratuita de Agatha fez todos desejarem nunca encontrar a criança com de mal humor
- o universo fez a criança deles, que medo...
Thiago levou uma cotovelada nas costelas e Miguel e Kenan riram um pouco da careta de dor de Thiago.
Sentados curtindo as flores os açucarados perceberam sua filha vindo na direção de ambos com algo na mão.
- Daddy, look a dandelion
- yes!!!
- Dizem que se assoprar ele certinho tu pode fazer um pedido
Os olhos de criança se encheram de inocência e esperança e disse
- eu quero ser filha do papai e do Daddy pra sempre
E soprou com toda sua força desejando aquilo, Arthur e Alex pediram a mesma coisa.
🌸💮
Hidetaka olhava os gêmeos na sua frente com cara de desgosto, aquilo era baixar muito o nível, mas Jun tinha falhado era hora de usar outras estratégias.
- e o pagamento?
- metade agora metade quando vocês pegarem o meu filho e os trazer pra casa
- pode deixar senhor hidetaka
- conto com vocês, Damir e Bores.
Mal sabia que por tás da porta Akemi ouvi cada detalhe da negociação.
💚💉
Roubou olho de cozinha, álcool e inseticida, só precisava de uma chance, olhou para Matheus fazendo lição do seu lodo e pelo visto o ruivinho não tinha se saído bem em português pela qualidade de livros, Otto tratava Matheus como adulto, dentro da cabeça da criança Isso era muito confuso, afinal criança e livre e deve ser feliz mesmo ele sendo igual ou melhor que muita criança e adulto, odiava Otto em particular por conta disso, do precisava de uma oportunidade.
💚💉
☠️🕸️ Assombrados 🕸️☠️
Lúcio estava com a pulga atrás da orelha, não fazia ideia de como os outros tinham descoberto sobre ele e o Raphael, muito menos como tinham descoberto suas puladas de cerca, mais também pouco importava tinha Rapha exatamente como ele queria, submisso e sem vontade, assim ele seria mais útil para Lúcio.
Andou até o bar e foi muito bem recebido, em minutos já estava se atracando com outro cara, nem imaginava que enquanto isso em casa Raphael pensava em fazer seu prato favorito para o jantar.
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