História Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Jasper

Vic estava morrendo de nervoso, almoçar com o sogro é um negócio muito sério não sabia o que falar ou fazer, então estava comendo tudo quietinho (e como Bruno tinha falado estava muito bom).

Olhava de canto de olho para Walter e Bruno e dava pra sentir o carinho enorme do pai pelo filho, mesmo eles não se parecendo fisicamente era difícil negar as similaridades nos trejeitos.

Sentiu uma mão grande na sua cabeça e ficou vermelho de imediato, olhou pro lado e Walter sorria pra ele de forma bastante amável.

- Não precisa ter vergonha de mim garoto, espero que dá próxima vez você participe da conversa.

Walter bagunçou os cabelos do mais novo e sorriu na sua direção do filho se levantando da mesa.

- eu vou trabalhar, Bruno lava a louça pro pai, Vic fica avontade a casa e sua.

- tchau pai

- Até depois seu Walter...

Walter pegou as chaves do carro e uma jaqueta que estava no sofá, antes de sair do apartamento se virou para o casal dizendo:

- Juízo viu meninos.

Vic ficou extremamente vermelho.

Enquanto Bruno lavava a louça Vic andava pela sala olhando as fotos nas paredes e na estante de livros, por um momento achou que a parede não fosse acabar, a casa do seu pai inteira cabia dentro daquela sala, seu e mesmo seu tio Gregório e ele vivendo em um sobrado considerável aquele apartamento deveria ser no mínimo 3x maior que sua casa.

Passou o sofá branco com almofadas redondas e fofas e viu um quadro de um tigre daqueles que você compra na praia, continuou olhando as fotos e muitas eram de Bruno, ele realmente era muito amado pelo pai, sua favorita até o momento era uma deles dentro de um barco de boné e galocha com Bruno adolescente sorrindo lindamente enquanto segurava uma peixe gigantesco, Walter parecia orgulhoso na foto.

Sentiu a cintura ser abraçada e o calor do corpo de Bruno rente as sua costas e o queixo dele no seu ombro, arrepiou dos pés a cabeça.

- quer ver o meu quarto?

Honestamente Bruno não tinha segundas intenções chamando Vic pro seu quarto, pensou em talvez trocarem uns beijinhos na sua cama, ou então só ficarem papeando, porém Vic pensou em tudo, menos isso.

O quarto do prateado era do tamanho da sua sala de estar, talvez até maior, tinha uma cama grande, uma estante de livros, mesa e computador, alguns pôsteres de banda e o mais legal na sua opinião, um telescópio.

- desculpa a bagunça

A bagunça era uns livros espalhados na mesa, e uma jaqueta na cadeira, Vic riu.

- não tem problema.

Como todas as pessoas que já tinham ido no seu quarto, fossem amigos ou pretendentes Vic foi direto para o telescópio curioso.

- um dia você vem de noite pra olhar as estrelas comigo.

Nesse pouco tempo de namoro uma coisa tinha percebido, Bruno gostava de abraçar e tinha um dos abraços mais aconchegante que já tinha visto ou sentido.

- eu iria adorar

- pode ficar aqui até anoitecer se quiser, podemos ver o por do sol também

- e o que faríamos em 5 horas até o por do sol?

Bruno soltou Vic do seu abraço e foi até sua cama se sentando e dando dois tapinhas nela para que o namorado se sentasse nela também, Vic obedeceu sem questionar.

- podemos conversar, ver um filme, o que você quiser.

O problema era que o que o Vic queria Bruno não tinha a mínima intenção de fazer até o momento, pro prateado o plano era conhecer mais Vic, estava gostando tanto dele queria saber mais sobre sua vida, seus planos pro futuro e se poderia estar naquela futuro, enquanto Vic queria muito matar a vontade e curiosidade de como era fazer sexo de verdade.

Quando Vic se entendeu como um homem gay ele ainda era muito novinho 11, 12 anos e pra pior seu primeiro cruch foi logo Arthur, nessa época chegou a fazer um cartãozinho de pedido de namoro, iria ir falar com tio Brulio e tia Amanda e pedir permissão pra namorar, Infelizmente não conseguiu realizar seu planinho porque seu tio Brulio se mostrou terrivelmente homofóbico, as brigas eram tão altas na casa dos Ceveros que a cidade inteira ficava sabendo no outro dia, embora o tio várias vezes tivesse escondido Arthur na casa deles sabia que ele não concordava com a sexualidade de Arthur, isso gerou medo em Vic e ele jurou nunca se assumir porque bem lá no fundo sabia o que iria acontecer, e tinha provado que estava certo.

Essa repressão fez Vic tomar medidas desesperadas, não existiam sexy shop em Carpazinha, provavelmente se abrisse um iria falir ou ser atacado então Vic sempre que estava muito necessitado falava pra Gregório que iria dar uma passada nas cidades do lado e comprar algumas coisas pra comer que não tinham nós mercados de Carpazinha, ele realmente fazia isso, porém só fazia para poder ficar em algum hotel, ia em algum sexy shop comprava alguns brinquedos descartáveis e se aliviava, mantinha essa rotina de 15 em 15 dias.

O seu auge de desespero foi o exército, seguiu a carreira bonitinho, nem faculdade fez pra "tentar virar homem" mais lá só piorou sua situação, homens...homens de todos os tipos e tamanhos passando na sua frente, quantas punhetas bateu no meio do mato, àquilo era tão humilhante.

Chegou um momento que acreditou que iria Realmente morrer sozinho, mais agora estava ali do lado de um dos homens mais bonitos que já tinha visto na vida e ele segurava a sua mão de forma carinhosa e o olhava com dedicação, estava genuinamente muito feliz.

"Fofo" sempre que pensava no namoro era a primeira palavra que vinha a sua mente, achava Vic muito corajoso e lindo também, e falava isso sempre que podia, porém no momento sentia que "pervertido" definiria melhor seu namorado.

- Vic...meus olhos são aqui em cima

Não tinha se tocado que estava quase babando no peitoral do namorado, ficou levemente constrangido.

- desculpa é que tu é muito... grande...

- hahaha... obrigado eu acho...

- doeu muito fazer essas tatuagens?

- não muito, eu sou bastante resistente a dor.

- Fez com quantos anos?

- a primeira foi com 15, fiz combinando com a do meu pai.

Bruno mostrou o braço onde tinha uma tatuagem de uns 8 centímetros na parte de dentro do braço era um gato bem bonito.

- Seu pai é muito foda.

- o melhor que eu poderia sonhar em ter.

Vic ficou em silêncio.... e então perguntou

- Bruno....e seus pais biológicos?

- não sei, e não quero saber

- tu ao mesmo tem alguma ideia? 

- bem, meu pai depois de me adotar fez a pesquisa dele, meus pais eram artistas circenses, minha mãe é chilena ou Venezuelana o registro é meio confuso, meu pai e brasileiro porém nascido em Cuba, foi dele que eu puxei esses olhos de acordo com o que o meu verdadeiro pai disse, eles vieram pro Brasil se apresentar e eu nasci aqui, porém não tinham como me sustentar, era um circo pequeno, me deixaram na rua com 3 anos e simplesmente foram embora, de acordo com o registro do orfanato eu fui levado pra lá por policiais que foram chamados depois de alguém ver um bebê de 3 anos chorando na chuva.

- eu sinto muito Bruno...

- inclusive esse foi o nome que o pessoal me deu no hospital, nem meu nome de verdade eles deixaram pra traz.

Vic se sentiu um mal e muito triste.

- Seu aniversário? Tu sabe quando é?

- Fizeram uma estimativa, sabia o mês mais não o dia então comemorava dia 15, sempre fiquei frustrado quando as pessoas perguntavam meu signo...eu realmente não sabia, meu pai descobriu depois, e é por isso que eu tenho esse telescópio.

- como assim?

- no dia que ele veio me dizer minha data de aniversário real, ele veio com esse telescópio de presente e nos ficamos horas vendo as constelação, aí ele colocou em uma em específico e disse: "Essa é a constelação de Peixes, piscianos são humildes, carinhosos, um pouco esquecidos facilmente influenciáveis, e eles nasceram durante o carnaval...como você meu filho" eu sou de peixes.

- isso é muito bonito de se fazer...a eu sou de escorpião...

- eu não entendo muito disso

- nem eu, mais o que seu pai fez foi muito fofo.

- ele é meu herói, e o seu pai? Como ele é Vic?

- não falo com ele direito a uns bons anos, eu sei que tenho irmãos mais só vi por foto, depois que minha mãe morreu ele casou outra vez e minha madrasta não queria filhos de outra mulher, meu pai até tentou não vou mentir, mais estou muito mais feliz com meu tio, deixa ele e a minha madrasta viver as vidas deles.

- Sinto muito Vic, quem tá perdendo é ele.

Se deram um selinho e ambos ficaram meio tímidos do nada.

- e por isso que tu se apresenta com os tecidos?

- depois que meu pai descobriu que eu era de família circense ele me colocou pra fazer aulas de coisas circenses, pra que "eu não perdesse minha história por completo" e eu falo espanhol por me lembrar de viver com as pessoas do circo.

- pelo menos uma coisa boa...

- meu pai me ensinou inglês, e eu tenho nacionalidade australiana igual meu pai.

- isso é foda.

- chega de falar de mim, o que você quer fazer?

O que Vic queria fazer era totalmente diferente do que Bruno imaginava, porém não era só isso que passava na cabeça do mais novo.

- dançar... Eu nunca....

- você quer eu dance pra você?

- não...quer dizer...sim...quer dizer...

Bruno deu um sorriso levemente cruel e se levantou da cama se alongando tirando a camiseta mostrando os músculos incrivelmente lindos e definidos e as tatuagens perfeitas pro seu corpo.

- eu acho que a primeira vez que eu fico tão empolgado dançando pra alguém....

Disse retirando o cinto da calça e abrindo um pouco o zíper.

- é.... não... não é pra tanto também....eu sou seu namorado...

Bruno riu e chegou bem perto de Vic segurando seu queixo e o fazendo olhar pra cima abrindo um sorriso lindo.

- É como você planejava me pagar?

Vic sentiu uma gota de suor escorrendo pela tempora, viu a língua do mais velho passando pelos lábios e sentiu o coração acelerado, Bruno se afastou e mexeu no celular e colocou "Casual - doja cat", começando a dançar no segundo verso

"Is it casual?

Or are you tryna spend your life with me?

I don't mean to pressure you

But I want a man to stand and fight

Stand and fight for me"

Ok, aquilo era muito pro pobrezinho do seu coração aguentar, que homem bonito do caralho, queria ser esmagado por aqueles músculos, cada movimento que o mais velho fazia o fazia tremer mais.

Se aproximou do namorado caindo de joelhos e colocando a mão no meio das pernas onde tinha um espaço considerável de colchão aínda subindo devagar mantendo contato visual com o namorado e se inclinando na direção dele enquanto Vic se afastava mais até encostar as costas no colchão, os dois se encaravam muito a respiração de Vic estava descompassada e sentia seu pênis duro de um jeito que não estava conseguindo imaginar.

- tá tudo bem aí Vic?

- tá....

- Me sai bem?

- sim...

- mereço uma boa gorjeta não é?

Vic abraçou Bruno pelo pescoço e puxou ele para o beijo mais desengonçado que já tinha dado, soltou um suspiro de satisfação sentindo a língua do namorado na sua boca.

Queria ficar horas ali beijando Vic na sua cama sem parar mais ambos precisavam de ar, então se afastou vendo os lábios inchados e o rosto rubro enquanto tentava recuperar a respiração.

- Victor, eu gosto de você pra caralho...

E voltou a beijar o namorado, se arrumando melhor entre as pernas do mais novo sentindo as mãos dele cravando nas suas costas, aquilo era tão gostoso!

"Pesado" Bruno era pesado pra ficar assim por cima, se sentia todo amassado mais era tão gostoso! Os músculos dele entre os seus dedos e a saliva se misturando entre as bocas, só faltava uma coisa pra ficar tudo perfeito.

Queria meter, sentar, chupar qualquer coisa! Queria Vic todinho só pra ele e foi com esse pensamento que deu uma mordida considerável no pescoço do namorado, mais por algum motivo Vic parou de responder o beijo e se afastou um pouco saindo de baixo do namorado com os olhos cheios de lágrimas e uma óbvia cara de desespero.

- eu tenho que ir!

- Vic desculpa! Eu fiz alguma coisa errada?

- Tchau Bruno!

- Vic espera!

Nunca viu o mais novo correr tão rápido na vida sentou na cama apavorado achando que tinha feito algo muito errado, e ouvindo a porta do apartamento bater ficando completamente em choque.

Vic entrou no elevador correndo e chorando indo em direção ao térreo em completo desespero, ainda bem que tinha deixado o carro próximo da entrada do condomínio.

Entrou no cavaleiro e bateu a porta com força colocando as duas mãos no rosto olhando a mancha na calça completamente desesperado, isso nunca tinha acontecido com ele antes, nem estavam fazendo nada muito intenso, estava sim super gostoso mais quando sentiu que tinha gozado do nada entrou em Pânico e só fugiu achando que Bruno ficaria bravo ou desapontado com ele.

- MERDA MERDA MERDA!

Respirou fundo secando as lágrimas e então saiu dirigindo na direção da única pessoa que poderia conversar sobre isso no momento.

Enquanto tudo isso acontecia Liz se encontrava dento do seu carro comendo uma batata frita do Mac, do seu lado no banco do passageiro tinha um box do Big Mac com batata frita grande e suco de uva, e um Mac lanche feliz, estava indo buscar Pedro e Laura para um passeio, não sabia como nem quando aquilo tinha virado rotina mas fazia muito bem pra ela, na verdade estava bem feliz.

Ligou o celular no Spotify e colocou pra tocar no aleatório e começou a cantarolar "kill your Darling - cloud june" enquanto estacionava para os dois entrarem.

- oi Liz 

- oi Laura, Pedro...

- oi mamãe!

Laura colocava Pedro na cadeirinha que Liz tinha comprado só pra transportar a criança com segurança, e então Laura pegou o Mac lanche dando pro menino que honestamente ficou muito mais feliz com o brinquedo do que com a comida.

Laura pegou o dela e se sentou colocando o cinto olhando pra Liz com um sorriso lindo, Liz olhou para os lábios da loira e pros lindos olhos azuis e teve que se controlar muito pra não pensar besteira, a música continuou a rolar.

"Still hung up on his ex

And he

Leaves you on read

Really?

Takes you for granted

Why don't you try me?

He's just half ass

Baby

Don't you wanna laugh last

Baby

You don't have to feel bad

If you want to try me

I can take you places

That you have never been

I can make you crazy

For the hell of it

Girls should stick together

I'm talking skin on skin

If you ask me you better

You better

Kill your darling

It's just that easy

He doesn't love you the way that he should

Kill your darling

You've got the reasons

I'll treat you better than he ever could

Kill Your Darling

Kill Your Darling

Kill Your Darling"

- Liz? Tá tudo bem?

- tá sim, o que acha de tomar um sorvete depois

- não sei, não quero atrapalhar.

- você não atrapalha nunca

- então... Pedro, você quer tomar sorvete com a mamãe e a mamãe?

- quero brincar...

- depois de brincar...

- então eu quero!

Laura olhou pra Liz e elas sorriram uma pra outra enquanto o carro entrava em movimento.

No parquinho do shopping Pedro pulava e brincava fofamente, Laura tirava fotos e filmava com muito amor enquanto Liz estava sentada no banco trocando mensagens com alguém que ela tinha dado Match no Tinder, era a primeira vez em anos que precisava recorrer a esses aplicativos para se satisfazer, estava tão acostumada chamar Alex pra essas coisas e tinha esquecido até que existiam aplicativos de namoro, não só isso, com Thiago praticamente casando com Gonzalez, Daniel sendo disputado, Joui também pseudo namorando, e Cesar simplesmente se divertindo com os amigos de infância suas fontes de sexo estavam no negativo, nunca imaginou que isso iria acontecer, pelo menos não antes de Arthur entrar pra boate, algumas vezes se arrependia de ter chamado ele, principalmente por ciúmes e inveja, mais aí ela olhava pra ele e Alex e se esquecia completamente disso, eles estavam tão felizes juntos e até uma filha tinham juntos agora, era uma mudança permanente na sua vida, nunca se quer sonhou que Alex não atenderia um chamado seu, bem, as coisas mudam.

- Liz eu preciso ir no banheiro, olha o Pedro pra mim?

- claro vai lá.

Laura foi indo na direção do banheiro do shopping quando Pedro e outra criança um pouco mais velho foram pegar os mesmo brinquedo e o menino mais velho empurrou Pedro pro lado o fazendo cair de bumbum no chão e começar a chorar.

Liz olhou bem pra cena e o sangue de Liz ferveu igual o inferno fazendo ela se levantar igual a uma erupção e se dependurar na grade de proteção dando um berro!

- EI!!! DA O BRINQUEDO PRA ELE!

- senhora por favor

A Tendente veio toda desesperada tentando acalmar a mulher bonita e furiosa mais Liz não tinha muito paciência.

- uma criança mais velha empurrou um menino de 5 anos e vcs não fazem nada?

- senhora nos pedimos desculpas, mais não dá pra controlar todas as crianças

- então não deixem os mais velhos com os pequenos

Pedro veio correndinho com o nariz escorrendo e as bochechas e olhos vermelhos de chorar segurando as pernas da atendente.

- mamãe não briga cá tia...

Liz se debruçou toda fazendo todas as pessoas verem sua calcinha por causa do vestido, não que ela se importasse, e pegou Pedro no colo olhando muito feio pra atendente.

- eu não vou pagar essa hora, não acho certo vocês misturarem as crianças.

- senhora nos sentidos muito...

- é cadê a mãe daquele pirralho?

Liz estava vermelha e puta, assustadora na realidade encarava o menino com ódio bastante eminente.

- não fica brava mamãe...

Pedro colocou as duas mãos nas bochecha da liz e olhou pra ela fazendo biquinho tão bonitinho que até a atendente se sentiu mal, Liz sentiu que estava dando má influência para Pedro, abriu a bolsa tirando uma nota de 50 reais e dando pra moça saindo com Pedro no colo no mínimo revoltada.

Laura saiu do banheiro e deu de cara com Liz com Pedro no colo esperando ela, Liz reparou que a loira estava estranha mas a cara de confusão para ela segurando Pedro no colo era muito maior.

- aconteceu alguma coisa?

- um muleque idiota empurrou o Pedro.

Laura correu na direção dos dois verificando se Pedro estava bem e Liz passou ele para o colo dela.

- Laura tá tudo bem?

- tá sim, por que não estaria?

Liz olhou meio desconfiada mas sentia que pressionar iria piorar a situação.

- nada, vamos tomar sorvete?

- vamo!

E as duas saíram andando pelo shopping tranquilamente.

Arthur encarava a mulher bonita com um leve ciúmes, Agatha saiu do quarto e foi correndo na direção da porta parando na frente de carina e olhando pra ela de forma encantada 

- moça bonita!

Os olhinhos vermelhos brilhavam como jóias, carina sentiu um tiro no peito de tão fofinha que Agathinha estava.

- oi, meu nome é Carina Leore...

- meu nome é Agatha eu sou filha dos meus papais, você é amiga dos meus papais?

- bem...

Carina olhou para Alex e sorriu e ele sorriu pra ela.

- Pode se dizer que sim.

Agatha abriu um sorriso lindo e segurou a mão de Arthur para que ele olhasse para ela e assim ele o fez.

- papai a tia Carina pode ver meu quarto?

- faz assim, vai lá no teu quarto e trás seu brinquedo favorito pra tia Carina ver

- Tá bom

Ágatha saiu correndo em direção do seu quarto, Arthur sabia que ela iria demorar um pouco pra escolher, então ofereceu o sofá para a italiana se sentar, Alex se sentou ao lado dele Pronto para explicar a situação.

Alex segurou a mão do marido e ambos olharam para Carina de forma acolhedora, Arthur entretanto estava montando seu arsenal.

"Ela parece ter um jeito sonhador, não inocente na realidade, está totalmente despreparada para situação de alto estresse, é uma boa menina, também altamente influenciável"

- Arthur, eu pedi pra Carina e pra Carla irmã dela virem pra cá da Itália para cuidarem da nossa filha.

Arthur olhou meio chocado, ele imaginava que talvez Alex fosse chamar alguém do Brasil mesmo.

- Itália?

- você já ouviu falar dos Leore?

- Leore? Leore....? Não é uma indústria alimentícia?

- sim, carne e laticínios

Carina sorriu enquanto respondia, Arthur olhou pro marido procurando respostas.

- os leore devem um pouco a família Veríssimo

- devem?

- sim foi em uma crise a muito tempo atrás, uns 20 anos mais ou menos, minha família e parceira dos Veríssimos agora e ajudamos eles junto com os obscurite a manter a ordem na Europa.

- obscurite...eu vi esse nome na folha de pagamento esses dias... não é uma galeria de arte em Paris?

- tô muito orgulhoso de você meu amor, tá aprendendo rápido as coisas da empresa e da ordem.

Arthur se sentiu bastante orgulhoso de todo seu trabalho duro, carina percebeu que Alex estava muito feliz e sentiu um pouco de culpa por achar que Arthur poderia estar planejando um golpe do baú.

- Vocês são um casal muito bonito

Alex abraçou o marido e deu um beijinho estalado na bochecha e Arthur desfaleceu em amor.

- obrigada, e tu é muito linda!

Carina jogou o cabelo pra trás fazendo um charminho e bem nessa hora agatha apareceu correndo com um ursinho de pelúcia toda feliz e empolgada mostrando pra carina e pedindo pra ela brincar um pouco com ela, a moça bonita olhou para o casal açucarado que deu uma permissão para que ela fosse ao quarto da menina onde carina brincou por umas boas horas sobre o olhar atento de Arthur, e Alex lhe fez um bolinho de chocolate, Arthur aprovou carina como babá da Agatha.

- foi um prazer Arthur

- espero que te ver em breve

- vai me ver mais rápido do que imagina 

- estarei esperando.

Alex levou carina para fora onde Arthur viu ela montando em uma moto e sair em disparada, enquanto isso Vic chegava no prédio.

Gregório não entendia o porquê caralhos ele tinha que acompanhar Brulio nesse maldito encontro, Ivete também estava junto sem nem ao menos se questionar.

- tamo aqui por que?

- tu tem que aprender a conviver com o Chris

- eu gosto dele

Brulio sorriu para Ivete e quando virou novamente a boca abriu vendo chris de terno e óculos, ficava todo mole quando Christopher usava óculos, e atras dele lá vinha Hector sorrindo de forma cruel na direção de gregorio.

- hi Sweetheart, demorei?

- não querido na hora certinho

Os dois trocaram um beijo gostoso e se deram as mãos, Chris deu oi pra Ivete e Gregório que fez cara de "não ligo" os maçã caramelada se entre olharam de forma cansada e Ivete olhou pra Hector como se disse "leva pra sua casa e faz o que quiser", já Hector abriu um sorriso lindo.

Andaram um pouco pela paulista até chegar no objetivo final, o terraço Itália, o lugar era chique demais pro gosto dos gaúchos, porém Christopher e Hector literalmente pareciam estar tendo uma seria conversar de negócios.

- os números dos Studios estão estabilizando o Thiago tá fazendo um excelente trabalho.

- os acionistas inclusive querem um rebut de Erick tufão

- nossa que saudades desses filmes...

- falando em artes, porque o Alex tá abrindo uma subcidiaria nessa categoria?

- já perguntei pra ele, porém ele me disse que era segredo, e no vou pressionar muito pra saber, vai que ele para de mexer na empresa

- Agora só falta o Cesar tomar alguma atitude pra você.

- Samuel fez os relatorios trimestrais não foi? Como você fez pra conseguir?

- foi uma grande seção de gritos... não recomendo.

Os três gaúchos não entendiam uma palavra de tudo aquilo de negócios, mais em certo momento Chris sentiu o celular vibrando e leu a mensagem na tela fazendo uma careta confusa.

- que cara é essa Chris...?

- Uma mensagem da Patrizia... "congratulations for the granddaughter, we hope for more partnerships like this in the future" estranho.... não falei da gravidez da Mari para os leore.

- agora que você mencionou o marco estava muito empolgado com algo, mandou até às fichas da Carina e da Carla... O que esse açougueiro tá planejando?

As entradas chegaram e tava tudo ótimo até o prato do Hector, chris automaticamente deu uma tremida na base.

- Chris?

- urg...

O gringo se curvou na direção do namorado e Hector soltou uma risada meio cruel olhando o melhor amigo.

- eu esqueço que você não gosta de carpaccio

- e carne crua Hector...eu não consumo sangue

-.....você literalmente come hambúrguer...você é americano...

- no tem nada haver.

- de acordo com o judaísmo não se deve misturar carne e leite.

- e de acordo com o cristianismo vamos todos pro inferno, cada pessoa segue a lei da sua religião de seu jeito.

Gregório achava fascinante as intenções entre os dois, pareciam ter sido feitos uma para o outro, talvez se empurrasse Chris de volta para Hector ele e Brulio poderiam ter um tempo de paz.

Entradas se foram hora do prato principal e dessa vez sem problemas, todos comeram e conversaram de forma civilizada, o problema foi a sobremesa.

Christopher gosta muito de doces, porém se controla pela pressão baixa e o histórico de diabetes do seu pai, no entanto quando ele viu o sorvete de Brulio aconteceu algo que Hector não via a muito tempo, Chris chantagista.

- come o seu homem...

- but, eu quero o seu também

Hector se lembrou daqueles olhos negros o encarando e a voz de Arnaldo falando pra ele dar logo seja lá o que estivesse comendo pra ele, a diferença e que ele dava reclamando enquanto Brulio cedeu em segundos, assim tão dengoso nem parecia que o gringo era o dom mais influente na ordem.

O jeito carinhoso que Hector olhava para Chris fazia a mente de gregorio fritar em possibilidades de liberdade, enquanto Hector estava apenas nostálgico.

- são um casal muito bonito...eu tô muito feliz por você Chris...

Brulio virou um tomate de imediato, Chris ficou levemente rosado mais parecia muito feliz.

- eu acho que você combinam mais

Christopher sacou na hora a intenção de gregorio e fechou a cara, Brulio se sentiu inseguro, isso deixou Hector extremamente bravo, gostava pra caralho de Brulio e ver ele tristonho o deixava nervoso, Ivete pareceu desapontada.

Hector olhou na direção do baixinho um pouco bravo e Gregório se arrumou na cadeira sentindo uma pequena ameaça silenciosa.

- vou ao banheiro...

Hector e Christopher se olharam e Brulio ainda estava meio inseguro, chris colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha do namorado usando a mão robótica, pra fazer o que queria precisava de permissão.

- Sweetheart...eu quero dar uma lição no Gregório...

- lição?

- ele reclama de você estar comigo, porém, não sabe o porquê de você estar comigo, além de me amar obviamente...

Brulio riu de forma gostosa

- convencido....o que tu quer fazer com ele? Vai machucar?

- vou fazer ele se sentir muito bem, quem vai fazer o trabalho todo é o Hector, eu no máximo uns beijinhos

- não sei não

Brulio olhou pra Hector procurando indícios de alguma resposta mais só recebeu um sorriso lindo.

- pensa que é um serviço.

- então... tá.... mais... não machuca ele, e eu quero algo em troca.

- faço o que quiser depois, e só pedir.

- vou me lembrar disso

Chris se levantou tirando o paletó e desapertando a gravata, Hector deu um gole no seu vinho e se levantou andando ao lado de Christopher em direção ao banheiro, por um momento Ivete pensou "beleza nesses dois e o que não falta" mais estava preocupada com a segurança do amigo.

- pode ficar tranquila Ivete, eles não vão machucar o Gregório...

- vai mesmo deixar seu namorado dar encima do seu melhor amigo?

- eu confio no chris.

Brulio deu um gole no vinho e estava honestamente curioso pra ver Gregório voltando todo destruído.

Lavando a mão o baixinho se olhava no espelho infeliz, quando a porta abriu revelando os dois melhores amigos entrando no banheiro, Hector trancou a porta, e eles subornaram o segurança.

- e aí Gregório...

- hiiii

A atmosfera mudou completamente em instantes, as intenções dos dois eram claras pra Gregório, ou no mínimo era isso que ele achava.

- eu posso perder mais vou perder batendo!

- uhn gosto assim...

- Hector no é esse "batendo" que você deve estar pensando...

- qualquer um dos dois serve pra mim

- pervertido...

Hector lançou uma piscadinha na direção do mais alto e Chris revirou os olhos, a dinâmica dos dois era realmente muito boa, sentiam falta de atuar juntos.

Gregório aproveitou a distração dos melhores amigos e sacou um canivete e apontou para maior ameaça ali, Christopher.

- olha só...que gracinha, pena que no me assusta nem um pouquinho

Chris se apaixonou e segurou o canivete apertando na mão, sangue escorreu pela camiseta branca e a força aplicada no metal fez a lâmina se quebrar e cair no chão.

- me bate logo! Aí o Brulio larga de ti de uma vez!

- Gregório tem certeza que não é apaixonado pelo Brulio?

- não gosto do Brulio desse jeito, tenho certeza que tu só tá usando ele.

- nos dois nós usamos muito, anteontem mesmo a genteh se usou bastante.

A cara de gregorio fechou e ele ficou levemente rosado de vergonha, não era bom em falar de sexo nem entre linhas.

- podia ter usado a mão mecânica pra quebrar o canivete.

- e mais fraca que a minha de carne.

Hector tirou um lencinho do bolso e Gregório imediatamente se lembrou dos dois no carro, a diferença e que dessa vez o lenço virou um curativo, os dois Voltaram a atenção para o baixinho frustrado.

- sabe Gregório, você me acusa de muitas coisas que me magoam, eu amo o Brulio.

- há! Tu seduziu o meu chefe isso sim!

- sim eu seduzi... Mas ele quem quis ir pra cama comigo antes, eu não forcei ele a nada

- mentira! Não acredito, meu chefe não é gay!

- no me importa o que você acredita, e seu chefe não é gay ele é Demisexual, então ele está comigo porque me conheceu antes de se sentir atraído sexualmente por mim.

- essas coisas não fazem sentido!

- no precisava fazer sentido, só precisava sentir e eu acho que é uma boa hora pra você experimentar.

O gaúcho se afastou do gringo dando de costas com o líder dos Veríssimos, o perfume caro invadiu suas narinas e os olhos alaranjados pareciam famintos.

Chris chegou mais próximo de Gregorio e olhou no fundo do olho castanho dele abrindo um lindo sorriso, e então tudo que Gregório viu foi os peitão do Chris na sua cara.

Ele era puro músculo duvidava que tinha 0,01% de gordura naquele corpo, e Chris era gelado no mínimo, se perguntava como Brulio conseguia dormir com aquele cubo de gelo, mais esse não era seu maior problema, conseguia sentir o falo de Hector na sua bunda.

Os dois empresários tinham feito com sucesso um sanduíche de gregorio quanto mais ele se mexia mais ele roçava em Hector e mais fundo nós peitos de Christopher ele entreva, olhou pra cima e ambos sorriram de forma maldosa e começaram a se beijar.

A química dos dois era palpável e hipnótica, o beijo era tão gostoso que o gaúcho se sentiu intimidado com a vontade de participar daquele beijo.

- então era isso que você queria?

- que?

- nos percebemos, mas no vai rola, passado é passado

As mãos de Hector eram curiosas demais pro seu gosto, mais a sensação era gostosa pra caralho.

- você nunca se perguntou porque depois da gente ter feito a primeira vez ele só não se afastou?

- ah!... não...

Christopher ergueu o rosto do mais velho o fazendo olhar pra cima e se curvou ficando na altura do gaúcho.

- porque eu sou gostoso de mais pra acontecer uma vez só

O beijo de Christopher era completamente diferente do de Hector, arregalou os olhos e então sentiu a língua invadindo sua boca e simplesmente travou sem conseguir acompanhar tudo que acontecia na sua boca e com sua língua, era o melhor beijo que já tinha recebido na vida, deu um soco no ombro do mais alto e sentiu algo quente se erguendo entre as pernas, a língua continuava dançando dentro da sua boca e tudo parecia ficar nublado, a mão na sua cintura e a língua literalmente rodando gostosa na sua boca, puxou o gaúcho com força esfregando a ereção de gregorio na sua coxa, precisava de ar.

Tentou empurrar Chris um pouco em mais estava ficando completamente tonto, era estimulo de mais, os dedos de Veríssimo entraram em contato com a sua pele e àquilo foi a gota d'água

- chega...por favor...

Christopher se afastou vendo a situação deplorável do amigo, o pênis ereto a respiração descompassada e o rosto vermelho de vergonha, achou fofo, mais com a cara pervertida que Hector fazia mostrava que o baixinho teria problemas.

- divirta-se Hector...

- eu vou...

Um medo estranho se espalhou pelo corpo de gregorio e por curiosidade olhou pra trás mais se arrependeu, os olhos de Hector estavam dilatados e o sorriso de forma tão macabra que doía, ele parecia querer o devorar.

- Hector... não exagera...

O silêncio macabro se fez no banheiro e Gregório temeu pela sua vida e pelas suas pregas, ouviu a porta fechando e chris não estava mais lá.

- você é tão pequeno...tenho que tomar cuidado pra não te quebrar

- tu é doido...ah!

Uma mordida na orelha enquanto a mão descia em meio as suas pernas, estava um pouquinho apavorado, iriam mesmo fazer isso num restaurante?

- Hector por favor aqui não.

- prometo parar se você me prometer que vamos continuar assim que sairmos daqui.

- não vai acontecer nada...

- então acho que tenho que te fuder aqui mesmo

Sentiu o corpo ficar gelado ele não estava mentindo mesmo, tinha que escolher, sofrer em público ou no privado.

- tá tá eu prometo!

Foi liberto e sentiu o paletó de Hector ser amarrado na sua cintura escondendo a Ereção, foi puxado pra fora do banheiro e viu a carinha triste de Brulio vendo o machucado de Christopher na mão, a conta já tinha sido paga então os amigos saíram do restaurante, Brulio nem olhava pra sua cara de tão bravo.

Brulio tinha se colocado na frente do namorado e olhava desapontado para Gregório, aquele olhar doía muito.

- eu sou a vítima aqui chefe

- eles não Ti machucaram, e você fez um corte na mão do meu namorado

- foi ele que pegou meu canivete

- mais quem começou a brigar foi tu, Gregório por que tu não aceita meu namoro com o Chris?

- ele tá te seduzindo, o que tu acha que vai acontecer quando ele ficar entediado de ti?

- Gregório, eu aprecio sua preocupação, mais eu tô apaixonado...por que tu não consegue estar feliz por mim?

- Brulio eu...

- pensa direitinho e depois me responde...o Hector tá te esperando...

E como um demônio o inglês apareceu do seu lado com aquele olhar pervertido, Brulio foi até o namorado fazendo um carinho e o ajudando a subir na rainha, Ivete levou a baronesa pra casa deixando Gregório sozinho com o pervertido.

Foi arrastado para o carro de Hector um Land Rover Discovery Sport HSE preto e bastante espaçoso.

Dentro do carro não tinha pra onde fugir, sabia que se ele dissesse não nada iria acontecer, porém... Hector era bonito...e tinha se interessado justamente por ele, não queria admitir mais a sensação era boa.

Sentou no colo dele dessa vez de frente era uma das poucas horas que ficava maior, olhos alaranjados o encarando profundamente, aquilo era um problema...será que era assim que o seu chefe se sentia?

Os vidros estavam embaçados e os dois se beijando loucamente, aquilo era tão confuso, mais era gostoso, queria mais.

Diferente de Christopher, Hector era quente se sentia derreter a cada toque que trocavam, tava tudo ótimo até o celular do alaranjado tocar.

- merda! Alô!...Gon? QUÊ? O QUE? QUE HOSPITAL VOCÊS ESTÃO? NÃO... NÃO...EU TO A CAMINHO FILHO.

- Hector o que aconteceu?

- minha neta vai nascer!

Vic estava morrendo de vergonha escondia a mancha na calça, olhava para Arthur triste e desesperado.

- isso nunca aconteceu antes...

- Vic, ejaculação precoce e normal...

- como pode ser normal Arthur!? Eu nunca fiz nada com ninguém, o Bruno é meu primeiro em tudo....

- porém tu fazia muita coisa sozinho né?

- fazia...

- então, isso também influencia bastante

Vic apertou a almofada no peito fazendo bico e se sentindo totalmente derrotado.

- não devia ter fugido do Bruno, ele deve estar super preocupado contigo.

- acho...que vou ligar pra ele...

- acho bom...

Alex apareceu com Agatha no colo e ela veio super empolgada falar com Vic e ele fez de tudo pra esconder a mancha, mais ou menos aí o celular de Arthur tocou.

- alô?

- ARTHUR!

- Gon? Que foi?

- Arthur minha filha, eu tô no hospital, vem pra cá por favor!

- QUÊ?

Arthur levantou de supetão olhando para Alex que ficou totalmente sério tentando entender o que estava acontecendo.

- por favor vem pra cá...eu não sei como vou reagir a Dorotéia depois dela parir...

- tá eu tô indo...

- obrigado...

- Gon o Thiago não tá aí com você?

- ele tá passando mal também...

- tá bom Gon, eu tô indo!

Desligou o celular e falou pra Vic pegar uma calça dele, se trocaram correndo e foram ate o cavaleiro mais Alex tomou a chave de Vic.

- Arthur prende bem a Agatha no cinto...

- por que?

- porque quem vai dirigir sou eu...

E com uma roupa Casual Cesar apareceu pegando a chave, prenderam agatha com dois cintos e Arthur jurou ver a sua vida passando pelos olhos de tão rápido que que o cabeludo dirigia, eles foram os segundos a chegar.

Christopher e Brulio estavam já fazendo um barraco na recepção com o resto dos gaudérios, sentados nas cadeiras estavam muito confusos, Hector chegou com Gregório e agora eram 3 velhos quase desmaiando querendo saber onde Gonzalez estava, mari, mia, Erin e Bea chegaram juntas, Liz passou para pegar Daniel e Joui, Samuel e Dante logo atrás, Miguel e Kennan chegaram juntos com Tristan, e por último com olheiras de tanto chorar lá estava Bruno, todos esperando a chegada da filha de Gonzalez, agora eram por volta das duas e meia da tarde 

✨🔸🍯🚬Nascimento da Jasper ✨🔸🍯🚬

Thiago percebeu que Dorotéia ficou muito mais branca e uma poça de algo nos pés da mulher, ela olhou para Thiago apavorada.

- minha bolsa estourou...

Thiago arregalou os olhos e pegou o celular ligando pro 192 passando as informações o mais rápido e claramente que conseguia, olhou novamente para Dorotéia e agora tinha um pouco de sangue no chão e ela ficando cada vez mais branca.

- mais faltava uma semana...

- Dorotéia...você tá bem? Tá com dor?

A mulher estava meio catatônica e assustada, Thiago pegou a mulher no colo e saiu do banheiro procurando Gon.

- GONZALEZ!!!

Gon falava com Pierre quando se virou e viu Thiago carregando a ex mulher nos braços e a cada passo que ele dava era mais sangue escorrendo.

- Thiago??? O que aconteceu???

- a bolsa estourou, já chamei o SAMU

- QUÊ?

Guto apareceu e em Dorotéia parecia só um corpo inerte pelo choque, a ambulância chegou exatamente no momento da primeira contratação

O grito que Dorotéia deu parecia ter saído dos mais profundos lagos do inferno, mesmo seguindo ambulância de longe com o carro era possível ouvir os gritos dela.

A chegada no hospital foi caótica.

- quem é o pai da criança?

- eu!

- eu!

Thiago e Gon foram até a enfermeira, um grito de Dorotéia foi ouvido, a enfermeira olhou feio para a mulher e voltou a olhar para o casal.

- qual dos dois é o pai?

- nós dois somos um casal gay, ela é nossa barriga de aluguel.

Outro grito ensurdecedor de Dorotéia, a enfermeira ficou um pouco sem graça mais até que de forma compreensiva.

- ok, só um de vocês pode entrar na sala de parto.

Thiago sabia que isso iria acontecer e saiu desesperado para o banheiro, queria chorar até não ter mais lágrimas, enquanto isso Gon fazia as ligações.

- AAAAAAAAAAAAAAAAA HA! HUNF... AAAAAAAAAAA

- isso muito bom mãezinha, mais uma vez?

- AAAAAAAA EU NÃO AGUENTO, DOI MUITO.....AAAAAA

Já haviam se passado duas horas eram praticamente e nada de aparecer criança ainda.

- GONZALEZ POR FAVOR EU QUERO UMA CESÁRIA! EU NÃO AAAAAAAAAAAAAAAA aguento mais....

O baixinho se aproximou e viu a ex mulher totalmente acabada de tanto empurrar, queria um porto um parto normal para uma recuperação melhor de Dorotéia e de jasper, olhou o relógio, marcava 16:48.

- se nada mudar até 17: 30 nós chamamos uma médico pra fazer uma cesária de emergência.

Na sala de espera Thiago batia o pé e apertava as mãos ansioso, aquilo era a realização do sonho do seu amor, estava feliz e apavorado, as possibilidades de ser trocado por Dorotéia o assombrava terrivelmente, juntou as mãos e começou a rezar o salmão 23, queria que aquele pesadelo acabasse logo.

17:28 e nenhum avançado acontecia, Gon cumpriu com sua promessa e Dorotéia estava sendo completamente aberta, agora Gonzalez se aproximou do rosto da ex esposa.

- barriga de aluguel? Sério Gonzalez

- pra nós é o que você é

- eu fui sua esposa por 6 anos

- e me traiu, você não tem direito de questionar as decisões que eu tomo pelo bem da minha filha.

Dorotéia engoliu a saliva sentindo algo no seu corpo ficando muito mais leve e então um correria entre os médicos e enfermeiras.

As 18:35 daquela sexta-feira 13 de julho, o hospital ficou em completo silêncio, sabe aquele momento que tá todo mundo na sala ou no trabalho conversando e então do nada... Silêncio...foi exatamente isso que aconteceu.

Gonzalez olhou para as enfermeiras apavoradas e a médica e o anestesista completamente em choque, Dorotéia já estava sendo suturada quando com uma cara de pesar uma enfermeira parecia prever o que a médica falaria, a enfermeira pensou que essa frase seria proferida: "é um natimorto" mais enrolada em um paninho azul totalmente e pesando apenas 2 kilos e quase sem cabelo a médica trazia uma menina com cara de joelho pra perto dos dois.

- aqui a bebê, de vocês ela é muito calma, nunca vi um bebê tão sereno na minha vida, e olha que eu sou obstetra a 10 anos, ela não chorou mais tá tudo bem já limpamos o pulmão dela com o balão, ela só é muito quieta.

A mulher simpática veio colocar a bebê para fazer o primeiro minuto com a mãe, mais Dorotéia olhou com um pouco de nojo o resquício de placenta na cabeça da filha.

- me dá ela aqui...

A médica foi chamada na emergência não fazia ideia da mentira que Gon tinha contado então achou estranho um pai tão desesperado para pegar o bebê.

Assim que Jasper entrou em contato com o pai ela se remexeu dentro do tecido e começou a procurar peito, Gonzalez por sua vez sentia as lágrimas escorrendo e sendo absorvidas pelo trage de proteção.

- agora é o exame do pézinho e os outros de rotina, ela volta já pra fazer a primeira amamentação e o Pele a pele.

Gonzalez se virou pra Dorotéia chorando e encostou a cabeça na testa da mulher a surpreendendo.

- obrigado Dorotéia! Muito obrigado!

A doutora voltou e ficou surpresa em ver que o peito grande de Dorotéia não era leite e sim silicone, imediatamente solicitou banco de leite e em segundos tinha uma mamadeira pronta no consultório.

- agora é hora do pele a pele, vamo lá mamãe...

- ela tá suja ainda...

- Dorotéia por favor...

- Não Gonzalez é nojento...

E a doutora ficou muito sem graça, com a bebê no colo olhando pra Gonzalez.

- o pai também pode fazer, não tem problema nenhum...

- espera... então meu marido pode fazer

- Quê?

A pobre doutora ficou completamente confusa, Gon novamente mentiu falando que Dorotéia era uma barriga de aluguel e que o outro pai da criança estava lá fora e que ele quem iria fazer o pele a pele.

Thiago apertava os dedos com tanta força enquanto rezava que as marcas dos dedos e das unhas estava ficando na pele, guto lhe ofereceu água várias vezes mais Thiago só rezava e chorava.

- Cariño...

- Gonzalez...

Levantou se supetão e percebeu que Gon tinha chorado e já imaginou o pior.

- Gonzalez o que aconteceu? Nossa filha tá bem?

- Thiago...eu preciso de você...

- o que aconteceu Gon?

- eu preciso que você tire a roupa

Foi guiado pra dentro de uma sala onde uma médica segurava o menor bebê já nascido naquele hospital, ele foi instruído a tirar a camiseta e sentar em uma não muito confortável poltrona, e então sua filha foi colocada no seu colo, em contato direto com a sua pele, e por lá ela ficaria por uma hora, isso se chama Golden hour e é muito importante pra saúde do bebê.

Gon estava resolvendo as coisas do hospital e Dorotéia o deixava sozinho com a recém nascido, Thiago sentia ela se mexer rente a ele por baixo da mantinha porém se sentia tão sujo e errado fazendo àquilo, tinha transando com tanta gente, seu corpo sempre foi seu maior orgulho, se achava o gostoso irresistível, sabia que as pessoas vinham atrás dele por ser fácil fazer sexo com ele, e agora sua filha estava encostada naquela pele asquerosa.

Sentiu um movimento mais brusco e olhou por dentro do lençol vendo aquele bebê minúsculo sorrindo e na paz mais profunda que Thiago já tinha visto, começou a chorar.

- eu te amo filha...

Bem nessa hora Gonzalez entrou e foi direto na direção do marido com um sorriso lindo, todos estavam lá embaixo esperando para conhecer a nova membro da família, por sorte Mari trouxe umas roupinhas

- Gon...

Recebeu um beijo e um olhar apaixonado sem entender absolutamente nada mais não estava se importando muito.

- obrigado Thiago

- pelo que?

- por estar aqui comigo, por estar com nossa filha no colo.

- Gon eu me sinto mal, olha com quantas pessoas eu já transei, e agora tô com a nossa filha no colo.

- Thiago, esquece o passado, olha pra nós dois, nos estamos juntos, nos temos uma filha, não importa o que você fez com o seu corpo antes, olha pra você agora, a primeira hora da nossa filha do nosso lado e é você quem está com ela, e a sua pele que está em contato com a dela isso é incrível Thiago!

Aquelas palavras fizeram o coração de Thiago bater muito mais rápido e mais forte, Gonzalez se aproximou mais erguendo a manta e sorrindo.

- bem vinda ao mundo Jasper

- ela é tão parecida com você, os olhos ainda não abriram por completo mais acho que são iguais aos seus.

- eu tô tão feliz que quero sair correndo e pulando por aí.

- vai acordar ela se fizer isso

- a obstetra falou que nunca viu uma criança mais serena...

- serena?

Os dois se olharam e pareciam ler a mente um do outro.

- Thiago...o que você acha de nomes compostos?

- acho muito bonito...olha os meus primos por exemplo.

- pois é...

- vamos conseguir registrar sem problema com o meu sobrenome?

- eu vou descer no cartório pra fazer o registro já, só vim ver como vocês estavam.

A Golden hour acabou e uma enfermeira veio pegar jasper pra ficar um tempo na incubadora, já que ela tinha nascido abaixo do peito, enquanto isso Gonzalez sem problemas registou a filha, mesmo com muitos protestos só levou o documento de Thiago junto.

Enquanto isso o francês conseguiu sem problema entrar no quarto de Dorotéia que estava totalmente debilitada.

- Thiago...

- e aí Dorotéia, tudo bem?

- acabei de por um ser humano pra fora de mim... então acho que sim.

- o Gon já falou completamente da guarda?

- vou ver ela nos fim de semana correto?

- isso mesmo, mais não foi só por isso que eu vim aqui

- a não? Por que então?

- se você fizer qualquer tipo de mal pra minha filha eu vou te matar!

- o que?

- você me lembra minha mãe...negra, casou com alguém de confiança até o corte de cabelo lembra um pouco...

- sua mãe não era modelo?

- Sim, linda por fora, horrível por dentro, ela fazia questão de me por pra baixo toda vez que conseguia, me xingava, me negligênciava um verdadeiro monstro de lindo rosto e corpo perfeito... não quero que a minha filha passe por algo assim, ela me chamava de parasita, dizia pra todos que tinha tido um câncer só pra não dizer que já tinha engravidado.

Dorotéia se sentiu meio mal por Thiago e não conseguia expor em palavras o que Thiago deveria ter sentindo na infância, mais ela não seria assim

- tá exagerado Thiago....

- conheço seu tipo, não vou deixar a jasper sofrer

- Jasper? Esse é o nome dela....?

- sim...

- é bonito

- obrigado, eu pensei muito mesmo, ela merece um nome especial, afinal ela é a pessoa mais especial do mundo, pelo menos pra nós.

Gonzalez olhava a certidão de nascimento todo feliz, depois de muita luta conseguiu convencer o atendente que ele e Thiago eram casados, leu o nome muito feliz

"Jasper Serena Fritz Medina"

✨🔸🍯🚬 Nascimento da Jasper ✨🔸🍯🚬

💉💚

Deu muito sorte, uma família de luzidios viu Laura no shopping passeando com Pedro e a Veríssimo com pintinha na cara, aparentemente pra se livrar de Laura primeiro tinha que se livrar dessa tal Liz, essa informação era muito valiosa, o problema é que Laura tinha percebido que estava sendo observada quando foi ao banheiro, porém pra Otto isso não faria diferença no fim das contas.

💉💚

🌸💮

Jun estava lendo quando sentiu o celular vibrar, pegou e no visor estava escrito "Akemi-san" atendeu sem grandes preocupações.

- / alô, Jun-sama?/

-/ oi Akemi-san.../

- /aí ainda bem que você está bem.../

- /aconteceu alguma coisa Akemi-san?/

- /Jun...seu pai contratou mercenários para tentar trazer seu irmão de volta, tome cuidado/

Essa informação fez o mundo todo de Jun virar de cabeça pra baixo.

🌸💮

☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️

Rodolfo chegou em casa pegando fogo, viu Lúcio assistindo seja lá o que fosse e sem pensar duas vezes meteu uma bofetada na cara do rapaz.

- QUAL O TEU PROBLEMA PIA?

Lúcio colocou a mão na cara segurando o choro e olhando pra Rodolfo assustado, só tinha uma coisa que o deixava assim

- o que eu fiz seu Rodolfo?

- tu sabe... não faz de santo...se eu pegar uma seringa, tu tá na rua entendeu?

- mas....

- sem mais.

Lúcio fico puto foi pra laje onde Raphael estendia roupa, pegou no pulso dele com toda força o forçando a olhar pra trás.

- Lúcio assim machuca....

- Raphael eu preciso da sua ajuda pra acabar com as drogas que eu comprei...

- me solta tá doendo...

- vai me ajudar sim ou não...?

- eu não sei como....

- é fácil, e só usar comigo.

🕸️☠️ Assombrados ☠️🕸️

Alex teve que voltar pra casa com Agatha porque já era quase meia noite quando Gonzalez desceu falando que estava tudo bem, Hector e chris estavam praticamente sem unha de tanto que tinham roído, em algum momento da madrugada rosário ligou para Gonzalez aos prantos perguntando se estava tudo bem e Gon deu a notícia de ser mais uma menina, sem surpresas até então, tava ficando muito tarde então Gonzalez e Thiago tiveram que literalmente implorar pra galera ir embora e que se Jasper tivesse alta no dia seguinte eles iriam ligar, Christopher e Hector foram os últimos a irem embora, e durante toda a madrugada Thiago e Gonzalez ficaram na frente da incubadora em completo silêncio, porque não existiam palavras a serem ditas um para o outro, só precisavam sentir.