História Striptease (RPG do Cellbit "O segredo na floresta" - Pião

Arthur sentiu a saliva da garganta descendo como uma navalha, como ele com aquelas cicatrizes horríveis iria aparecer do lado de Alex? Seu marido era um modelo internacional, e com toda certeza o homem mais bonito que muita gente já tinha colocado os olhos na vida.

- Não acho uma boa ideia amor

- Por que? Se for por causa dos Assombrados eu te protejo...

- Não, nem é por causa disso... é que....tu é muito bonito, já eu pareço o Frankie stain

- Arthur, você é lindo! 

- posso até ser pra ti, mas eu não consigo me ver assim...

- Arthur, uma hora ou outra as pessoas vão perguntar sobre você, principalmente depois da abertura da sua empresa, e melhor se apresentar por vontade própria.

- posso pensar um pouco sobre isso?

- é claro que pode meu rei

Arthur abraçou o seu Alex substituto e respirou o perfume do marido no moletom, dormir sem ele estava sendo um desafio e tanto.

Alex e Arthur continuaram a conversar um pouco, Alex ainda estava bem bravo mas um pouco mais calmo, se despediram e desligaram o telefone, porém o fato de Arthur estar com saudades dele começou a deixar o mais novo inquieto, queria ver o marido agora, podia até esquecer um pouco sua raiva, então se levantou pegando sua carteira e saiu em direção ao apartamento de Arthur.

Gonzalez ficou um bom tempo debaixo do chuveiro deixando a água cair na cabeça com as mãos apoiadas na parede, olhava a água escorrendo pelos pés e aquilo parecia irreal, a voz de Thiago pedindo ele em casamento ecoou novamente e um nervosismo estranho se espalhou pelo seu corpo.

Fechou os olhos e ergueu a cabeça sentindo a água batendo no seu rosto o fazendo relaxar um pouco, sabia que assim que saísse do banho Thiago estaria esperando por ele na cama e eles teriam que conversar e isso era assustador.

- Casar com Thiago....

Quando era criança chegou a pensar sobre isso, mais era um sonho infantil e inocente, como uma adolescente que sonha em casar com o Jungkook do BTS, era um sonho impossível, mas agora estava literalmente na sua porta, só tinha um probleminha, o próprio namorado.

Thiago foi mimado por tudo e todos, sempre tinha tudo que queria não importava o que fosse, e como toda criança logo que conseguia perdia o interesse, e esse comportamento o acompanhou na vida adulta, e a ideia de ser só um passa tempo, uma aventura para o namorado fazia um calafrio percorrer sua espinha.

Desligou o chuveiro e se secou e trocou dentro do banheiro, colocou a mão na maçaneta respirando fundo abrindo e dando de cara com uma cena linda, Thiago com Jasper no colo ninando a filha com todo carinho do mundo, sorrindo pra ela e cantando "Christian leave - please notice"

O jeito que ele olhava pra filha deles era lindo, a voz dele pelo quarto o sorriso que ele dava na direção dela, não tinha dúvidas que Thiago amava Jasper, tinha certeza que ele não deixaria eles desamparados porém não conseguia ter fé nos sentimos de Thiago em relação a ele.

- Cariño...

- oi Cheri, não te vi

- ela não pegou no sono ainda?

- Tá quase dormindo, falta pouquinho, né filha?

Thiago voltou a atenção pra criança em seus braços a ninando mais um pouco e então a colocando no berço com um sorriso lindo no rosto.

Thiago tirou seu aparelho e colocou na cama pronto pra dormir, olhou para Gonzalez sorrindo e estava pela primeira vez em sua vida, satisfeito, sentia que não precisa de mais nada nessa vida, se deitou e sentiu o peso quase insignificante de González no colchão, sem demora abraçou o namorado dando um beijinho na cabeça, outro na testa, então um na bochecha e um selinho, por algum motivo Gonzalez ficou muito vermelho, se aconchegarão melhor um no outro e dormiram.

Gonzalez sentiu frio e abriu os olhos lentamente, ele tinha o sono pesado mas estava ansioso e com frio, a resposta oferecida foi que Thiago tinha levantado e trocava a frauda da filha falando bem baixo para provavelmente não acorda-lo, quando Thiago voltou com a bebê pro berço Gon fechou os olhos fingindo estar dormindo, não sabia o porquê, mas fez.

Os braços grandes e musculosos de Thiago o envolveram novamente e o calor do corpo dele era bem vindo, sentiu um beijinho na testa e um cafuné gostoso.

- Como você pode ser tão perfeito? Nem parece que é de verdade!

Conseguia sentir Thiago olhando pra ele, sentiu um carinho na bochecha e mais um beijinho e conseguiu ouvir um suspiro apaixonado e o abraço ficou mais apertado.

- Eu te amo tanto... nunca imaginei que seria capaz de amar alguém assim

Continuou sentindo o cafuné e os beijinhos, o coração batia acelerado e sentia que estava vermelho, por sorte o quarto estava escuro.

- Eu vou fazer você aceitar meu pedido de casamento, eu vou te fazer o homem mais feliz do mundo

O coração de Gonzalez parecia uma escola de samba, sentiu o queixo de Thiago usando sua cabeça de apoio e o carinho ficar mais suave, a respiração dele foi ficando mais pesada e assim Gonzalez sabia que o namorado estava dormindo.

Gon respirou fundo varias vezes tentando em vão se acalmar, mas o coração não queria se acalmar de jeito nenhum, de olhos abertos no escuro conseguia ver o peitoral do namorado na sua frente, o calor dele era bem vindo, o cheiro dele era delicioso, ouvir a respiração dele parecia uma sinfonia para seus ouvidos, amava tanto Thiago, queria aceitar! Queria estar no altar com ele, mas não sabia se conseguiria, não depois do que tinha passado, precisava de um tempo.

Vic estava novamente no quarto de Murilo, ele tinha virado o ponto de reunião dos gaudérios mais novos, o quarto de Marcelo era um nojo de bagunçado, o dele super organizado e odiava a bagunça que os amigos faziam, e o quarto de Ivan tava dando um pouco de medo nós meninos do interior por causa dos símbolos e poções e principalmente por estar virando uma estufa na sacada, acabou sobrando pra Murilo sediar as discussões.

Todos conversaram de forma nervosa como as coisas seriam a partir da noite de amanhã, nunca tinham feito nada do tipo, então eles só imaginavam os piores cenários possíveis, mas Vic estava pensando em outra coisa.

- Gente...eu quero falar "eu te amo pro Bruno"

Silêncio

As caras dos 3 mais velhos era de completo choque, Vic ficou meio sem graça.

Ivan era o mais velho ali, ele queria muito ter uma palavra de conforto para o amigo mais não tinha, os primos se olharam também perdidos, pela carinha de Vic ele parecia desesperado, mais aquele era um passo muito grande, e que nenhum deles tinha chegado perto de dar antes.

- Isso não é um pouco precipitado Vic?

Ivan parecia honestamente preocupado, Vic deu um gole na cerveja quase se tremendo, aquilo era tão assustador que achava que iria infartar.

- Eu... não sei o que fazer?

- Como assim?

Marcelo disse preocupado.

- Tem um fogo dentro do meu peito, parece que eu vou virar um incêndio toda vez que ele olha nos meus olhos, quando estamos de mãos dadas eu fico tão feliz, mais feliz do que qualquer momento da minha vida, e quando ele me beija eu sinto...que eu amo ele...e eu quero falar, mas eu tenho tanto medo...

- Medo? Medo de que homem?

- Dele não dizer de volta, de ficar desconfortável e terminar comigo, dele começar a me odiar.

Conforme Vic falava lágrimas escorriam de seus olhos, o medo era palpável em sua voz e agora ele tremia como se fosse um terremoto.

- Calma Vic!

Murilo abraçou o amigo e percebeu que ele estava gelado e nervoso só com o pensamento de falar com ele sobre isso.

- Eu não quero que ele me deixe

Os mais velhos ficaram consolando o mais novo dos gaudérios, mas nenhum deles conseguia entender o que ele tava passando.

Enquanto isso Bruno e Walter faziam carinho em Hera, a gatinha estava muito machucada mais ainda viva, Bruno pegou a nova amiguinha no colo e ela começou a ronronar fazendo Bruno sorrir.

- Vai ficar tudo bem amiguinha

Walter veio com um petisco e deu na boca da gatinha, ela estava no melhor lugar para ser tratada.

Mari saiu do banho e se olhou no espelho, os pés estavam inchados e mesmo com muito esforço e cremes conseguia ver algumas estrias na sua cintura e quadril, o peito estava com leite e doendo levemente, nada insuportável, ela estava mais cansada com toda certeza mas ainda tinha muita energia.

Ela fazia caminhada na esteira e mantinha uma rotina de exercícios recomendados pela obstetra, tudo para o seus bebês nascerem felizes e saudáveis, queria muito que os outros envolvidos na sua gravidez estivessem com ela, mas não se pode ter tudo.

- Será que vocês vão se parecer comigo? Ou com o Miguel? Talvez com o Kennan? Se vocês forem parecidos com o Kennan vão ser inteligentes e gentis, se vocês forem como o Miguel vão se dar bem com todas pessoas que conhecerem, eu amo tanto vocês meus bebês.

Fez um carinho na barriga e sentiu um chute ficando muito feliz e muito apaixonada na suas crianças, o coração acelerou com amor, mais então uma pequena tristeza, ela não tinha ninguém para compartilhar, bem....quase.

Pegou o celular e começou a digitar ligar pra alguém, o som do celular aconteceu e então.

- oi sunflower

- oi big brother

Cesar percebeu na hora que Mari não estava muito bem, saiu da partida de valorant e se encostou na poltrona preocupado.

- Que foi Mari?

- Os bebês mexeram

- isso não é um bom sinal?

Cesar tinha uma voz animada, mas ainda parecia um tanto preocupado.

- Sim, mas só eu senti...

- "Sozinha"?

- Você me conhece bem de mais

- Sou seu irmão mais velho

Mari se sentou na cama e olhou a própria barriga, se lembrou da mãe grávida tantas vezes, ela era a mais velha, viu todas as irmãs nascerem, viu todas as dificuldades, ela sempre cuidava mais nunca foi cuidada, sentiu uma lágrima escorrendo pelo rosto.

- Cesar...

- Você tá chorando? Tá tudo bem?

- Você não é ruim quanto pensa, obrigada por cuidar de mim

Cesar sentiu algo dentro do peito, parecia que tinha tirado um grande peso de dentro do seu coração.

- Mari...

- Por pior que você chega meu irmão, o que você tem de ruim, você também tem de bom.

- A minha melhor parte sempre foi o Alex...

- Não Cesar, você criou o Alex, ele é bom desse jeito porque aprendeu com você e com o Dad, ele é bom, porque você também é, mesmo que você não sinta.

Cesar ficou em silêncio por alguns segundos.

- eu não sinto que sou bom...

- Lembra da primeira vez que eu apareci represento o Dad na empresa?

- Você tava nervosa...

- tava, mas você segurou a minha mão e me olhou com carinho, com você do meu lado eu me senti invencível.

- Você é invencível

- Enquanto você acreditar em mim, eu vou ser...mas big brother...

- o que?

- Eu acredito em você também

Cesar respirou fundo e colocou a mão no peito segurando o choro, sempre se achou um monstro, sua frieza e sede de sangue e principalmente falta de emoções lhe faziam se sentir menos humano por algum motivo.

- Você ficou mole com a gravidez

- é pode ser... daqui a pouco elas vão estar aqui comigo, e vou precisar de ajuda

- O Alex e eu vamos sempre te ajudar, e o Daddy vai muito ficar com os bebês só pra ele.

- Você acha que ele aceitaria assistir meu parto?

- E a sua mãe?

- Podem entrar duas pessoas

- e seu pai?

- Ele não consegue ver essas coisas...

- Duas pessoas....era pra ser o Kennan e o Miguel

- Eles fizeram a escolha deles.

Cesar tinha um relacionamento especial com Kennan e sempre foi o suporter número 1 do relacionamento da irmã com o canadense, na ele era o número 1 porque o 0 era o Alex, porém não tinha como passar o pano pro amigo agora.

- E você big brother?

- Eu o que?

- O Alex tem a Agatha, eu tô grávida, e quando você vai dar um neto pro dad?

- Nunca! Eu não tenho condições de ter uma criança Mari...

- Você é excelente com crianças Cesar

- sim eu sou, mais não sei se vou ser bom com uma criança igual a mim...

- O Dad disse a mesma coisa, e ele também fala que a sua avó dizia o mesmo, acidente Cohen número 2

- e vamos parar no acidente 2!

- e se o Joui quiser filhos?

Cesar deixou o celular cair no chão e rapidamente pegou outra vez.

- alô?

- POR QUE DO NADA O JOUI SURGIU NESSE ASSUNTO??

Mari ergueu uma sombrancelha e fez carinho na barriga achando aquilo bastante engraçado na realidade, as vezes esquecia o quanto os irmãos podiam ser densos.

- Não sei...por que você acha que ele apareceu nesse assunto?

Os Cohens tem várias características bem marcantes, seja a aparência ou alguns traços de personalidade, e esse era o traço que Mari mais gostava de usar contra eles mesmo, perguntar algo que eles já tenham a resposta, só não sabem porque eles mesmo precisam falar em voz alta pra perceber.

- n-não faço ideia...

Mari abriu um sorrisão super empolgada, Cesar com vergonha era tão bonitinho, adorava ver o irmão mais velho tímido era muito fofo.

- Pensa como seria uma criança com os traços do Joui

- Uma criança...com os traços do Joui?

Joui tinha um sorriso tão lindo, fazia todo o ambiente ficar mais aconchegante, a voz dele era tão meiga e gentil e os olhos pequeninos e cheios de amor pra dar e receber, Cesar estava entrando em combustão em imaginar uma coisa fofa dessas.

Sentiu o rosto vermelho imaginando uma criança vindo na sua direção com Joui atrás sorrindo, aquele maldito sorriso perfeito, conseguia sentir até às orelhas queimando de vergonha.

- that would be cute...

Mari sorriu mais, Cohens mudam o idioma que estão falando quando estão experienciando fortes emoções, e isso indicava muito coisa em relação a Cesar e Joui.

- tenho certeza que se você tivesse uma criança, o Joui iria amar muito, afinal ele também gosta muito de crianças não é?

- Y-Yes....

- Minhas meninas vão adorar ter muitos priminhos

- Mari!!!

Os dois ficaram conversando mais um pouco pelo telefone, Mari ficou muito feliz de ter os Cohens com ela.

Miguel e Kennan estavam abraçados na cama olhando pro teto, sem Mari no meio a cama parecia enorme.

- Como será que ela tá?

- eu tô preocupado com a reabertura, a Mari tá mais devagar por causa do peso e se algo acontecer?

- Daniel disse que iria deixar ela só como garçonete igual ao seu Gregório, mas ainda tenho medo.

- Era pra gente estar com ela! Era pra ela se sentir segura na nossa presença.

- A gente fez uma merda muito grande Miguel

- E temos que limpar.

Joui estava tricotando o cachecol que queria dar para Alex enquanto Daniel colocava algumas oferendas nos altares controlando feliz, a gatinha estava bem e isso era tudo que importava.

- Se eu pudesse adotava ela...

- nii-san?

- A gatinha, eu queria muito um bichinho...mas o condomínio proíbe...

- Talvez fosse melhor a gente se mudar

- Já pensei nisso, mas e difícil achar outro local adaptado pra mim.

- A gente constrói...

Joui deixou o trico de lado e sentou no colo do irmão sentindo bastante carinho e afeto vindo dele.

- Tá nervoso pra amanhã?

- Empolgado, eu e o Alex ensaiamos muito.

- Tenho certeza que vai ser incrível.

Joui sentiu um carinho gostoso e sorriu todo feliz e empolgado, nunca imaginou que estaria dançando com Alex, achava ele irritante no começo, agora era seu melhor amigo, e estava tão feliz com isso!

Hector revisava todos os luzidios designados para a nova unidade e todos eles eram recém chegados o mais velho tinha 2 anos de contrato, não sabia se isso era bom ou ruim, a maioria dos traidores já tinham contratos antigos que variavam entre 5 a 15 anos de serviço, então evitou colocar luzidios mais antigos por medo da unidade ser novamente atacada, no entanto tinha medo deles não serem competentes o suficiente.

Soltou um grande suspiro e então a porta abriu revelando Lupi correndo feliz e seus filhos entrando no seu escritório, foi impossível não sorrir de forma genuína.

- Oi pai

- Papai o senhor precisa de ajuda com alguma coisa?

Hector olhou pra Samuel e juntou as sobrancelhas numa cara bem grande de interrogação e confusão, se beliscou e olhou novamente para Samuel.

- o que você aprontou?

- Nossa pai! Credo! Eu só quero ajudar

Hector se deu mais um beliscão, e Mia deu um risinho debochado, achava aquilo incrivelmente comico no mínimo.

- O senhor tá com olheiras horríveis, precisa descansar um pouco

- Tenho que terminar alguns documentos ainda

- pode me dar, eu faço...

No final da frase Veríssimo sentiu Mia o pegando no colo sem dificuldade e Hector não teve escolha a não ser segurar bem firme.

Samuel se sentou na mesa lendo os documentos enquanto Mia colocava o pai no sofá do escritório deitado, Lupi aproveitou a oportunidade e lambeu o Veríssimo todinho.

- Lupi!

- Ele tava com saudades pai.

O senhor olhou pra filha e sorriu, Mia se sentou e segurou a mão do pai, as vezes Hector esquecia que ele tinha criado aquelas duas pessoas tão doces e amáveis, sentia orgulho mais a mesmo tempo se questionava em como tinha conseguido, ser pai era difícil.

Ser mãe era difícil, Laura tinha saído pra comprar refrigerante enquanto ela ficou sozinha com Pedro, ele estava muito chatinho por algum motivo, parecia frustrado e Liz não sabia o porquê, não queria comer nem beber nada, isso tava começando a deixar Liz ansiosa e assustada.

- Pedro, tá doendo algum lugar?

- Tá!

Ok, ele estava com dor, agora era só descobrir aonde.

- Mostra pra tia onde tá doendo

Pedro se aproximou e apontou pra boca.

- Deixa eu ver?

Liz se aproximou e não tinha nada nos lábios do menino então era dentro, mesmo sendo médica Florence, por algum motivo olhar dentro da boca de Pedro pareceu assustador por algum motivo.

- Abre a boca pra mim

Pedro abriu a boca e Liz notou algumas aftas na língua dele e achou aquilo bizarro, ele era muito novo pra estar assim, colocou a mão na testa dele sem febre, talvez alguma alergia?

Laura chegou com o refrigerante vendo Liz analisando Pedro com todo o cuidado do mundo e ficou fascinada e preocupada.

- Liz?

- Laura acho melhor você levar o Pedro no médico

Isso deixou a loira em completo alerta se aproximando dos dois, ela olhou pra boca do filho aberta e viu as aftas, se ajoelhando e olhando preocupada.

- Eu escovei os dentes dele hoje cedo não tinha nada

- Talvez alguma alegria?

- impossível! Ele e eu temos uma saudade de ferro.

- Laura, e melhor você levar ele no médico amanhã, eu deixo vocês lá...agora o que eu dou pra essa criança comer...

Liz se afastou indo até a cozinha procurando algo fácil de mastigar, optou em fazer um purê de batata e suco de laranja só por precaução, fazer Pedro comer foi uma luta, mais pior ainda foi fazer ele dormir.

Após cansativas tentativas Pedro dormiu deixando as duas no sofá da sala nervosas por algum motivo.

- Obrigada Liz

- Relaxa eu sou médica me-

- Não Liz, obrigada por estar do meu lado

Liz sentiu as bochechas quentes e muita vergonha por algum motivo.

- Co-Como assim?

- Eu sempre estive sozinha, desde o nascimento do Pedro, nunca tive ninguém pra me ajudar com ele, eu amo meu filho, mais ser mãe é muito difícil, por isso obrigada Liz, eu já não me sinto tão sozinha como antes.

Liz sentiu uma intensa vergonha, e queria desaparecer, as palavras doces de Laura a afetavam mais do que qualquer coisa na vida, e saber que ela estava ajudando ela mesmo que fosse dar só um pouquinho de alívio a ela deixava Liz feliz pra caralho.

Sentiu o braço da loira passando por cima do seu ombro de forma carinhosa sentindo o perfume dela invadindo seus sentidos, olhou pro lado e lá estava a loira morrendo de vergonha só com aquele mínimo gesto de carinho, não dava pra resistir aqueles olhos azuis.

Se curvou roubando um beijo de verdade da loira a fazendo ficar muito vermelha e tímida aleatoriamente, as mãos de Liz seguraram a blusa da mais nova com força a puxando pra baixo, os olhos azuis dilataram em antecipação, agora estavam deitadas no sofá se beijando de forma apaixonada, Liz se colocou no meio das pernas de Laura e tirou a blusa revelando o sutiã azul marinho com detalhes fofos, o rosto de Laura estava pegando fogo.

Liz sempre soube que tinha seios pequenos, seu tamanho era P, e estava satisfeita com isso, mas se comparando com Laura que era do tipo parruda e gostosona isso a deixava um pouco insegura, e pra ela se sentir insegura era novidade.

Laura era um pimentão de tão nervosa que estava, estavam indo rápido de mais elas nem estavam namorando oficialmente ainda.

Liz pareceu ler seus pensamentos e se abaixou novamente lhe dando um beijinho doce, colocando a blusa de volta, Laura pareceu Desapontada com essa última parte.

- A gente nunca vai fazer algo que te deixe desconfortável ou insegura.

- É que....eu nunca...namorei na vida....

Uma avalanche de sentimentos se manifestou no cérebro de Liz, eles eram uma mistura de felicidade e empolgação com absurdo pavor, mas tinha que manter a calma.

- Tudo bem a gente vai devagar...

Arthur estava se sentindo super sozinho sem Alex, e o pai tinha ido pro seu sogro, então estava sozinho em casa com uma cópia barata do namorado.

- Por que tu não é meu grandão de verdade?

Abraçou o travesseiro e respirou fundo sentindo o perfume de Alex, estava se sentindo tão solitário, e ainda está se triste por ter deixado Alex magoando com o negócio da idade.

Puxou o travesseiro pra cima dele e começou a se esfregar sentindo o atrito de leve na sua cueca, não era o suficiente então tirou sem pensar muito sobre o que estava fazendo.

O macio do travesseiro fazia a sensação ser agradável e bastante estimulante, mais um pouco e iria gozar, fechou os olhos aumentando a velocidade e gemendo manhoso.

- Alex~

As letras se arrastavam no ar de forma pornográfica, abriu os olhos tomando um puta susto.

Queria fazer uma surpresa fofa para o marido, aparecer com alguns chocolates e dormir agarradinho, não precisava mais ser anunciado mesmo pelo porteiro, subiu tranquilo até o apartamento pra ser surpreendido com gemidos extremamente conhecidos, engoliu a saliva nervoso andando em direção ao quarto do seu rei para encontrar ele se dando prazer abraçado com um travesseiro com um dos seus moletons.

Os dois se encaram por cerca de 5 segundos, Arthur estava morrendo de vergonha, enquanto Alex lentamente abria um sorriso bastante cruel.

Alex saiu da porta em direção a sala, Arthur não sabia onde enfiar a própria cara, para sua surpresa Alex voltou com uma cadeira, colocou próximo da cama e se sentou cruzando as pernas como 4 e se inclinando um pouco na sua direção com a mão no queixo.

- Continua...eu quero ver

Um arrepio subiu pela espinha de Arthur, aquele olhar sedutor o deixava completamente mole e desesperado e cheio de vontades.

- Alex...por favor...

- Vai Arthur, deixa eu ver como você se vira sem mim

O olhar de desespero do gaúcho era gostoso pra caralho, se curvou um pouco mais e sorriu um pouco mais também.

- Se você se sair bem, eu substituo o travesseiro.

Arthur levou a proposta bastante a sério, prendeu o travesseiro com as pernas e umidesceu dois dedos rapidamente com a língua e sem demora introduziu dentro de si mesmo gemendo de forma carente.

Começou a se esfregar no travesseiro e se dilatar nos próprios dedos, quando conseguia abrir os olhos olhava para Alex da forma mais dengosa e carente que poderia conseguir.

Alex suspiro sentindo os olhos bicolores o fitando novamente, implorando em silêncio por ele, Arthur sabia seus pontos fracos e sabia principalmente como usar isso contra ele.

Se levantou e caminhou lentamente até a cama, Arthur se sentiu vitorioso, Alex abriu o zíper da calça e abaixou a cueca colocando o pau pra fora.

- Chupa.

Sem pensar duas vezes Arthur abriu a boca e colocou a língua pra fora, Alex sem o mínimo de delicadeza segurou o cabelo do namorado e colocando o máximo que conseguia dentro da boca dele.

Arthur fechou os olhos e segurou a base com a mão livre e começou a chupar o marido como se tivesse nascido só pra fazer aquilo.

Os suspiros de Alex ecoando pelo quarto, a mão grande dele no seu cabelo puxando e fazendo carinho o deixava incrivelmente exitado e em um calor se espalhando por todo seu corpo.

A língua dele se enrolando gostoso na cabecinha e a garganta profunda que ele estava tentando dar enquanto tentava se manter minimamente apresentável era uma gracinha, era hora do prêmio.

Alex saiu de dentro da boca de Arthur vendo ele ficar desapontado no mínimo, porém logo a carinha de carente quebrou, Alex de travesseiro foi jogado pra longe e Alex tirou suas roupas subindo na cama, Arthur deixou um suspiro cheio de tesão.

Se arrumou melhor entre as pernas do gaúcho e ergueu as pernas dele colocando uma de cada lado da sua cabeça, se posicionou e entrou de uma vez.

Os olhos de Arthur rolaram em prazer, o gemido de prazer que escapou do seus lábios fez Alex sorrir e se curvar na sua orelha.

Arthur sentiu um beijinho no pescoço e uma mordidinha na orelha, e então o grunhido mais sexy que já tinha ouvido na vida ser liberado da garganta do marido.

- A-Alex...?

- I'll fuck you so hard you'll be begging on your knees for more

As vezes esquecia que Alex era filho de Chris e que era veterano na ordem, mais algumas vezes acreditava que seu marido podia ser bastante pervertido.

A primeira estocada veio tão forte que Arthur quase gritou, porém sua boca estava muito ocupada sendo beijada.

O interior dele era tão quente e apertado, sentia a pressão do interior de Arthur o comprimindo enquanto ele bombava era delicioso de mais! E Arthur era só dele.

- meu Arthur....meu rei! Ah! Ahh~

- Alex, Hum~ mmmmmm.....ah!

A mordida no seu pescoço ficaria roxa por dias, sentiu também um chupão e bastante velocidade aumentando, Alex se afastou um pouco para olhar Arthur, os olhos dos dois se encontraram e aquela descarga elétrica incrível que dizia com todas as letras: "EU AMO ELE!" 

Voltaram a se beijar loucamente enquanto Alex ainda bombava gostoso e forte dentro dele, Arthur estava vendo estrelas já, mais foi aí que Alex colocou seu plano em ação.

Saiu de dentro do namorado e Arthur ficou em choque completamente triste tentando entender o que estava acontecendo até ser virado como nada pelo mais novo.

Tão rápido quanto foi virado sentiu ser preenchido novamente, por instinto se empinou e Alex atingiu sua próstata de primeira o fazendo morder o lençol e arregalar os olhos em total deleite.

Sentiu um sorriso cruel rente ao seu pescoço e então um beijinho na cravicula, e então uma metralhadora de bombadas o fazendo gemer e apertar os Lençóis entre os dedos.

- AAH! AHH~ NgK A...Lex...a..alex~

- Você fica tão lindinho chamando meu nome assim...

Sem dificuldade Alex puxou os braços do namorado o segurando pelos pulsos, Arthur só conseguia morder o lençol enquanto lágrimas de prazer escorriam pelo seu rosto, doia extremamente do jeito que ele gostava ao mesmo tempo que se sentia tratado como um rei, não estava aguentando mais, entre os dentes Arthur disse:

- Eu vou gozar.

Alex sorriu e saiu por completo e entrou de uma vez fazendo Arthur gozar e ter um orgasmo delicioso, Alex saiu de dentro de Arthur e se punhetou um pouco gozando nas nádegas carnudas e grandes do seu rei.

Alex desceu da cama e pegou o marido no colo estilo noiva o levando para o banheiro, onde Alex começou a dar banho no gaúcho.

- Você tá bem meu rei?

Enquanto a água escorria entre seus músculos Arthur observava ainda sentindo o orgasmo, olhava o corpo suado e perfeito do marido, puxou ele pra um beijo enquanto a água do chuveiro caía sobre o corpo dos dois.

- Eu ti amo

- Eu te amo mas.

Gonzalez olhava Thiago com Jasper no colo brincando e mexendo as pernas pra ela fazer coco logo, não queria deixar a filha de frauda sujo com Dorotéia.

- Cariño, você tá bem?

- Já estive melhor

De trás do sofá Gonzalez olhava a filha sorrindo pra Thiago e mexendo as mãozinhas, sabia que Thiago estava se fazendo de durão, ele não queria deixar Jasper com sua ex.

- Como pode ser tão linda a princesa do papai, é igualzinho o seu pai

Gon riu

- Não amaria ela se não fosse parecida comigo?

Thiago olhou pra trás e puxou Gonzalez pela gola roubando um beijo bem gostoso e apaixonado.

- Eu amaria ela de qualquer jeito, ela é um pedaço seu.

O mexicano ficou extremamente vermelho e o francês se sentiu orgulhoso disso, amava tanto Gon, queria fazer ele o homem mais feliz do mundo.

- E-Eu vou me trocar.

Gon saiu correndo da sala e Thiago achou muita graça, votou a estimular a filha para ir no banheiro, e depois de alguns minutos ela foi, trocou frauda e colocou roupinha bonitinha e estavam prontos para ir pra casa de Dorotéia.

Dominic e Maxine estavam no banco de trás conversando enquanto Jasper os observava igual um animal selvagem.

- Ela é muito nova pra olhar pra gente assim...

- Talvez ela goste de vocês.

Com as palavras de Thiago na cabeça Dominic olhou pra bebê e olhar aqueles olhos amarelos lhe davam uma vibe filme de terror igual ao "bebê de Rosemary" ela era uma criança no mínimo intimidadora, Jasper dormiu no meio do caminho.

Dorotéia tinha se arrumado toda pra receber Gonzalez, a cesária tinha sido pouco invasiva então estava bem, teve algumas complicações com a cicatrização mas nada muito complicado.

Assim que o carro de Gonzalez parou Dorotéia retocou o batom e arrumou os seios dentro da blusa, tinha caprichado na recepção, seu plano? Reconquistar Gonzalez.

O primeiro a sair foi Gon que foi pegar a filha no cadeirão, depois Thiago e depois dois homens assustadores desceram do carro também.

- Oi Dorotéia

- oi Gonzalez, tudo bem?

- tá sim

Silêncio

O clima entre os dois era bastante desagradável, conseguia sentir o desespero de Dorotéia e a indiferença de Gonzalez, de dentro da casa a mãe de Dorotéia parecia com medo de sair.

- Então...vocês montaram o berço?

- Sim, sim claro, pode entrar.

Thiago colocou a filha no berço e deu um beijinho no rostinho minúsculo e Jasper sorriu enquanto dormia.

- Esses São Maxine e Dominic, eles estão aqui pra ajudar vocês no que for necessário.

Os dois deram oi com a mão e Dorotéia parecia intrigada em como dois punks cuidariam de uma recém nascido, no entanto Thiago começou a falar.

- Ela já comeu, tá de frauda limpa e chupeta na mão, não precisa acordar ela pra dar de mama, tem roupinhas extras na mala, ela não gosta que batam muito nas costa dela pra arrotar, da uns tapinhas e para...

- Thiago a mãe dela sou eu...eu sei me virar.

Aquilo doeu mais do que imaginou que iria, engoliu a saliva e todos perceberam que Thiago tinha ficado magoado, depois de alguns minutos foram embora.

Toda a equipe se reuniu na porta da boate empolgados, dentro a decoração estava linda e todos estavam arrumando seus quartos para os primeiros clientes.

- os seguranças da Dungeon foram escolhidos pelo Alex e pelo Thiago? Isso não é perigoso não Chris?

- confio no gosto dos meus filhos como ninguém.

Brulio estava com bastante vergonha usando seu novo uniforme, Chris também estava de uniforme novo e a palavra "gostoso" deveria ter uma foto dele como descrição no dicionário, calça social cinza escura e blusa social azul marinho aberta até a metade do peitoral e o toque especial suspensórios, sério que homem lindo.

- você tá muito bonito Sweetheart...

- Obrigado querido...

- Brulio tem uma coisa que eu quero te perguntar

- pode falar.

Chris tirou do bolso duas coleiras um pouco nervoso e ansioso, uma das primeiras coisas que pensou quando viu Brulio foi colocar uma coleira nele.

- Você sabe o que é não sabe?

- Sim eu estudei, mas porquê você quer me colocar na colera.

- A coleira no mundo BDSM e quase como uma aliança, e um jeito de dizer que um submisso é do seu dominador, nosso relacionamento não é BDSM mais isso vai ajudar a ninguém dar o encima de você, eu também tenho uma se isso te deixar desconfortável.

- pode colocar a coleira em mim, eu coloco a sua em ti.

Chris sorriu e colocou a coleira no namorado, Brulio fez o mesmo com ele e os dois estavam muito felizes um com o outro.

Enquanto isso acontecia o pessoal ensaiava um pouco, Vic olhava pro palco fascinado, lá estava Bruno amarrado em seus tecidos pronto para dançar.

"in the middle of the night - elley duhe" foi a música escolhida por ele, metade da música era nos tecidos, a outra metade era em um bambolê de ferro gigante, era lindo de se ver, e no momento, Bruno parecia dançar só para ele, Vic se apaixonou ainda mais.

Os primos Leite se encaravam de forma curiosa, eles sempre eram tidos como irmãos mais agora com exatamente a mesma roupa e altura eles pareciam realmente gêmeos, Ace e Joker tinham sido os nomes escolhidos por eles, a primeira dupla que troca de máscara na ordem, assim ninguém nunca vai saber se está com o "Às" ou o "Coringa" em suas mãos, aquilo era bastante divertido.

Ivan estava no bar ajudando Daniel a deixar tudo organizado e estava feliz com isso, nunca imaginou que poderia se divertir tanto trabalhando num puteiro.

Hora da reunião geral.

- Bea, Dante, os irmãos de vocês vão subir agora, sem drama ok...

- sim tio Hector

- pode deixar tio

Entrando no salão Carina e Yuki conversavam animadamente, atrás balu e Mark se estranhavam levemente, Veríssimo não tava com paciência em relação ao irmão no momento, Jhonny e Rubens vinham de mãos dadas e então Letícia no celular, os novos seguranças da boate, só faltava uma.

Carla subiu de mãos dadas com uma moça muito alta e musculosa, ela tinha olhos ocre e não parecia ter expressão, na cara dela parecia estar escrito um "da o fora" com seu jeito de ser, o corte de cabelo era meio feio mais parecia ser feio propositalmente, então de dentro de um dos bolsos do sobretudo beje que ela usava a cabecinha de um gambá apareceu.

- Isso aqui é muito grande...

- Logo você vai se acostumar mi amoré.

Bruno viu a moça com Carla e abriu um sorrisão, pegou na mão de Vic e saiu arrastando ele até o fofo casal saphico.

- Carla você vai ficar na unidade?

- Não, eu vou ser só babá da Agatha, mas como ela não tá aqui por enquanto vou cuidar de algumas coisas que o Alex pediu.

A moça bonita encarava Bruno um tanto brava mas não de verdade parecia mais querer intimidar, Bruno viu o gambá e os olhos prateados brilharam de forma inocente.

- Posso fazer carinho? Qual o nome dele?

- ele não curte muito estranhos, o nome dele é Gambá mesmo.

- Simplista, gostei....oi amiguinho...

A moça bonita esperava que seu bichinho fosse fugir do carinho ou atacar, mas o rabugentinho aceitou com todo gosto, isso fez ela confiar em Bruno de imediato.

- bem, acho que é bom vocês se conhecerem de logo, Bruno, essa é a Artemis, minha namorada, mi amoré esse é o Bruno, meu ex

- Artemis? Artemis Deordelin Rodrigues? Seus pais não eram empresários ricos pra caramba?

Artemis ficou levemente surpresa.

- como esperando de alguém criado dentro da ordem...eles mesmo...

Bruno ficou em silêncio alguns segundos e Carla ajeitou o óculos, Vic estava perdido.

- Com todo respeito seus pais são uns bosta

- Sim eles são.

- Eles mandaram várias aplicações para família vassala dos três pilares e foram rejeitados todas as vezes

- E eu concordo com todas as refeições, mas agora depois que meu irmão morreu eles enlouqueceram de vez, por isso eu tomei o controle da empresa.

- Tio Hector deve ter se interessado por você

- Meus pais estão fumegando de ódio, trabalhar na ordem e diretamente pela ordem é uma vingança muito boa.

Enquanto os dois mais altos conversavam sobre negócios obviamente, Carla se inclinou toda fofa na direção de Vic falando

- Músculos?

- o que?

- Você gosta de gente musculosa também né?

Vic ficou instantâneamente muito vermelho, Carla parecia genuinamente muito feliz com Artemis e o jeito que ela e Bruno se tratavam era bastante agradável e gentil, isso acalmou muito o coração do gaúcho.

- Seus olhos são lindos

- o seus também, seus traços são bem marcantes.

- Eu tenho descendência grega

Enquanto tava todo mundo conversando subindo de forma silenciosa os irmãos Portinari mais velhos não queriam mais encrenca por um tempo infelizmente não era isso que o destino planejava para os dois.

Assim que colocaram o pé no salão todos olharam pra eles, Bea, Dante e Thiago respiraram fundo e tentaram seguir com a conversa, até um grito acontecer.

- O QUE VOCÊS TÃO FAZENDO AQUI????

Hector saiu correndo do palco mais não ia dar tempo, carina veio com tudo pra dar o um tapa em Júnior (Gal), ele poderia desviar com a sua velocidade mais ficou no lugar imóvel, e fechou o olho para receber o tapa mais só ouviu o barulho.

Carina se afastou em vergonha vendo o lindo rosto de Dante marcado com seus dedos, ela era bem maior e mais musculosa que ele então aquilo devia ter doido bastante.

- Não bate no meu irmão...

Um tiro no peito doeria menos, ser desmembrado doeria menos, esticou a mão para tocar em Gaspar mais o loiro se afastou do toque do mais velho como se ele tivesse uma doença contagiosa.

Bea veio pra cuidar do irmão e consolar Carina também, mas antes disso olhou bem pra Gal e Leo.

- O que vocês fizeram com contra os Leore?

- Eles não tem coragem de falar

Gal e Leo simplesmente olharam pra baixo.

- O pai de vocês disse que tinha uma proposta de parceria pra nós, vocês sabem como nossos pais são

Bea concordou com a cabeça.

- Ele disse que tinha comprado um gado e estava disposto a vender algumas cabeças por um preço bom, a gente investiu, o gado tava metade contaminado, e a outra metade morrendo, a gente quase faliu, se não fosse o tio Chris fazendo um empréstimo pra gente.

- Mais isso é culpa do meu pai, não dos meus irmãos

- Seria, de seus irmãos não tivessem invadido a nossa mansão e mexido nos papéis do meu pai pra autorizar o abate desses animais, além de cruel pra caralho, mataram os bichinhos pra nada, nem chance de tratamento as vaquinhas tiveram.

Daniel ouviu isso e ficou bastante triste, Alex também abraçou Arthur que ficou pensando no sofrimento das vaquinhas.

- A pior parte nem foi essa...as carnes foram pro supermercado...a quantidade de intoxicação alimentar, processos contra nós...tudo culpa desse pau mandado filhinho de papai! 700 pessoas, inclusive crianças comeram a carne contaminada e tiveram horríveis reações alérgicas, mas e lógico que eles não se importam...tudo pra agradar o paizinho asqueroso de vocês!

Hector se aproximou da italiana colocando a mão no seu ombro a acalmando um pouco, e então olhou pra Gal e Leo que ainda estavam de cabeça baixa.

- Carina eu entendo a sua frustração, mais Gal e Leo querem concertar os erros que cometeram...seja paciente ok?

Carina recebeu um carinho na cabeça e ficou mais calma, já Dante e Bea olhavam para os irmãos ainda mais tristes, cada dia uma dissolução diferente com aqueles dois.

Ânimos acalmados Veríssimo passou todo o esquema da noite para todos e todos deram aprovação, só faltava um pouco pra boate abrir.

Duas horas antes da abertura, todos ansiosos e conversando sobre as suas apresentações, até Gal e Leo estava participando um pouquinho da conversa, não era uma contribuição valorosa pro assunto, mas ouvir os irmãozinhos rindo e se divertindo era o suficiente pra ambos.

O celular de Thiago e Gonzalez começaram a tocar de forma compulsória, mas eles estavam ensaiando então não deram muita bola.

Quando Thiago finalmente atendeu o celular quase deixou cair com o Grito de Dominic, o aparelho auditivo chegou a a pulsar dentro do ouvido.

- THIAGO! CHEFE!

- Puta merda Dominic tá tudo chiando...

- Desculpa chefe é uma emergência

- Emergência?

- Com a Jasper! Chefe você tem que voltar pra cá!

- COM A JASPER? O QUE ACONTECEU COM A MINHA FILHA? O QUE A DOROTÉIA FEZ?

- o senhor só vai entender quando chegar aqui chefe, vem rápido por favor.

Thiago nem se despediu do amigo no telefone, agarrou Gonzalez pela cintura e jogou ele no ombro e saiu correndo, ninguém entendeu absolutamente nada.

Brulio estava super feliz conversando com Mari quando Tristan se aproximou com uma sacolinha e um sorriso no rosto.

- Que foi Tristan?

Com um sorriso lindo Tristan tirou várias barras de chocolate alpino da sacolinha.

- Seu preferido, tenho certeza que as sementinhas de gira sol vão adorar.

A boca de Mari encheu de água, Tristan entregou uma ela sumiu em segundos, Mari tinha um sorriso muito bonito pra pra barriga, passou a mão e na mesma hora recebeu um chute.

- Elas tão mexendo...

- Chocolate estimula o movimento

Mari sorriu mais e olhou pra Brulio empolgada, Brulio pegou o celular pra gravar, era um movimento suave mais perceptível, Daniel pediu pra tocar na barriga da amiga e os bebes pareciam super felizes com Daniel por algum motivo, logo tinha uma fila de gente pra tocar na barriga da futura mamãe.

Sorrateiramente Miguel e Kennan se aproximaram da ex namorada como quem não queria nada olhando pra barriga dela, Mari percebeu e soltou um suspiro cansado.

- Vocês querem tocar também?

- A gente pode?

Mari ficou sem muita paciência, puxou a mão dos dois colocando na sua barriga, os bebês viraram na direção dos dois e a sensação deles se mexendo sobre o toque deles fez os dois quebrarem, Miguel começou a chorar e Kennan sorria de forma idiota.

- Elas mexeram pra nós

- Me perdoem bebês

Miguel era uma bagunça de choro, catarro e fungos, Mari se afastou um pouco se sentindo desconfortável com a situação, os meninos perceberam e se afastam um pouco pedindo desculpas, Chris chegou e percebeu que a filha estava triste e então a abraçou.

- Mari posso postar o vídeo no meu status!?

- Claro que pode seu Brulio.

E assim Brulio o fez.

No camarim Erin tentava fazer um coque mas não estava tentando sucesso, a porta abriu e lá estava Gal com seu estojo de maquiagem também.

Entrou no camarim e se sentou a uma distância confortável da ruiva mais nova, ela tinha crescido e se tornado uma mulher muito bonita, estava feliz e orgulhoso.

- o tempo passa rápido...

- o que?

- Você cresceu muito, nem parece a garotinha com quem eu dancei no debutante.

Erin sentiu uma incrível dor de cabeça, isso acontecia quando tentava forçar alguma memória depois do acidente.

- A gente dançou no meu debutante?

- Você não se lembra?

- Eu perdi muitas memórias por causa do acidente, meu cérebro só guardou o mais importante.

Gal sentiu uma grande solidão invadindo seu peito por algum motivo, Samuel estava testando o som pra noite e então decidiu colocar "Limp Bizkit - Behind Blue Eyes" 

- Então eu suponho que não fui importante pra você maluquinha...

Novamente a cabeça tentava puxar a memória, e tudo que veio a sua cabeça foram olhos azuis, tristes e meios cansados...eram os olhos de Júnior, mais tão rápido quanto veio a memória se foi.

"No one knows what it's like

To be the bad man

To be the sad man

Behind blue eyes

And no one knows what it's like

To be hated

To be fated to telling only lies

But my dreams they aren't as empty

As my conscience seems to be

I have hours, only lonely

My love is vengeance

That's never free"

- Eu sinto muito Gal...eu não consigo... dói....

Gal parou de passar a maquiagem e olhou para Erin sorrindo um pouco.

- Você foi a única até agora que me chamou de Gal...

- Não é como você quer ser chamado?

- Sim... obrigado maluquinha...

Gal se levantou e andou até Erin ficando atrás dela com carinho e delicadeza, pegou um pouco do cabelo laranja entre seus dedos e eles pareciam de uma fada, não melhor, de uma musa, olhou no espelho vendo o quão linda ela tinha ficado e sorriu mais ainda.

- Sabe maluquinha, eu sempre tive inveja de todos vocês...eu ficava me perguntando porque o meu pai não me amava, e porque tudo dentro de casa era uma competição pela atenção do Giovanni...eu tinha muita inveja... inclusive de você...

Erin sentiu o cabelo da do voltas e mais voltas e aos poucos tomando forma.

- Gal... por que não pediu ajuda?

- eu nunca acreditei que precisava de ajuda...eu achava que estava com tudo sobre controle... até perceber que pro meu pai...eu era só um pião...

"No one knows what its like

To feel these feelings

Like I do

And I blame you

No one bites back as hard

On their anger

None of my pain and woe

Can show through

But my dreams they aren't as empty

As my conscience seems to be

I have hours, only lonely

My love is vengeance

That's never free"

- A culpa não e sua que seu pai é ruim...

- Eu sei...mais isso não acaba com as merdas que eu fiz, e é por isso que eu vou me vingar...

- Se vingar?

Gal sorriu...

- Erin, você é um gênio então suponho que saiba jogar xadrez correto?

- Sim eu jogo...

- Qual é a peça mais forte do tabuleiro?

- A rainha...

- Exatamente, e o que acontece com o pião quando ele chega ao fim do tabuleiro?

- Ele se torna uma rainha...

- Exatamente....eu não vou ser mais um pião do Giovanni...eu cheguei no fim do tabuleiro...eu vou me vingar, por mim e pelos meus irmãos... não importa quantas vezes ele me derrote...ou me faça cair...eu vou me vingar...

"No one knows what its like

To be mistreated, to be defeated

Behind blue eyes

An no one know how to say

That they're sorry and don't worry

I'm not telling lies

But my dreams they aren't as empty

As my conscience seems to be

I have hours, only lonely

My love is vengeance

That's never free

No one knows what its like

To be the bad man

To be the sad man

Behind blue eyes"

Erin olhou no espelho vendo seu coque perfeitamente feito e sentiu tristeza por algum motivo...pelo espelho, não conseguia parar de olhar para os olhos azuis de Gal.

☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️

Renan estava no soro, Rapha estava acompanhando ele enquanto Kauã foi comprar um café para Rodolfo, ele parecia exausto, Lorenzo estava do lado dele.

Rodolfo não era do tipo carinhoso, o máximo de contato afetuoso que tinham eram tapinhas nas costas, nunca sequer abraçou Rodolfo na vida, mais amava ele mais do que o próprio pai, e ver ele preocupado assim o deixava de coração partido.

- Chefe se distrai um pouco, mexe no celular alguma coisa...

- Tô pensando no que eu vou falar pro Lúcio quando chegar em casa.

- Se tiver muito problema eu falo...

Rodolfo riu e pegou o celular vendo os status das pessoas que conhecia, pela primeira vez em muito tempo viu algo no status de Brulio, talvez fosse útil, clicou para abrir e se arrependeu amargamente.

Rodolfo começou a hiperventilar e ficar pálido, Lorenzo percebeu e correu chamar a enfermeira que veio também em desespero por Rodolfo ser um idoso.

O senhor deixou o celular cair da sua mão e logo em seguida desmaiou com lágrimas escorrendo do seus olhos, enquanto perdia a consciência algumas palavras escapavam da sua boca.

- por que... Brulio? 

- Senhor! Senhor fique comigo ok!

- Gui....lherme...

🕸️☠️ Assombrados ☠️🕸️

🌸💮⛩️🗡️

Yome olhava para Jun preocupada e confusa, primeiramente porque ele voltou extremamente frustrado quando voltou de seja lá onde, aproveitou que eles tinham ido tomar banho e pegou o celular dele, a senha era a data de nascimento de Joui, achava isso fofo.

- Então o senhor também contratou um mercenário...que feio não contar isso pra própria noiva.

Yome ligou para Akemi.

- Yome-chan! Que saudades, como estão as coisas aí?

- Akemi-san, seu filho e mesmo filho do meu sogro! Pensam igualzinho

Akemi riu um pouquinho.

- Sim, são iguais... ainda bem que Joui tem a personalidade forte, três Hidetaka-Sama e demais pra mim.

Yome riu.

- Como devo prosseguir?

- informe ao Daniel-kun, tenho certeza que ele vai ajudar você caso seja necessário.

- Sim senhora

- A propósito, Yome-chan, parabéns! Seu português está quase perfeito!

Yome ficou vermelha e muito feliz, quase nunca era elogiada, se sentiu especial.

- Obrigada Akemi-san

Jun saiu do banho olhando yome rindo no telefone, ela parecia bem feliz.

- Quem é?

- Sua mãe, quer falar com ela?

Jun fez não com a cabeça e do outro lado da linha Akemi-san ficou levemente triste.

- Yome-chan...diga a ele que estou com saudades e que o amo muito

- Pode deixar.

- AKEMI-SAN!!!

O grito de Hidetaka-Sama fez Akemi-san suspirar cansada, não aguentava mais aquele casamento.

- JÁ VOU! Fique bem Yome-chan....

- A senhora também.

🌸💮⛩️🗡️

💉💚

Como combinado Laura levou Pedro para ver o Doutor Diego.

- oi Pedrinho!

- oi titio!

- O que tá acontecendo Laura?

A líder dos luzidios explicou tudo que aconteceu e Diego analisou a boca do menino e pediu para uma enfermeira retirar a sangue do menino, foi difícil e com um pouco de choro mais tudo dentro do normal.

Do nada alguém abriu a porta do seu consultório, sabia exatamente quem era.

Laura viu o olho de Matheus em ficou em choque, parecia profundo e doloroso.

- Otto...o que aconteceu?

- Laura por favor não passa pra nenhum Veríssimo! Eles vão querer tirar o meu filho de mim.

Laura caminhou até Otto o abraçando e olhando no fundo do seus olhos.

- Eu nunca trairia um amigo.

💚💉

Assim que Gonzalez entendeu que tinha acontecido alguma coisa ruim com a filha ele baixou o Toretto nele, nunca viu o namorado dirigindo tão rápido e desesperado, chegaram em tempo Record na casa de Dorotéia.

Assim que chegaram Dominic e Maxine estavam pra fora, logo pensaram que a ex tinha colocado eles pra fora, mas não era bem isso.

- o que aconteceu?

- CADE A MINHA FILHA?!

- Ela tá lá dentro chefe, mas se prepara mentalmente porque o senhor vai ver uma coisa assustadora.

Thiago e Gonzalez se deram as mãos preocupados e entraram na casa, e na hora foi possível ouvir o choro mais alto que qualquer bebê poderia fazer.

- A Jasper....tá chorando....

- madre de Dios

Os aparelhos de Thiago estavam quase quebrando de tão alto que era o choro da bebê, quando chegaram no quarto, Dorotéia e a mãe dela faziam de tudo pra acalmar a criança sem sucesso

- por favor para de chorar....

Dorotéia tentava a todo custo acalmar a criança, porém nada, olhou pra porta e lá estavam Gon e Thiago, se sentiu humilhada por algum motivo.

- Dorotéia né dá minha filha aqui...

- Ela não é sua filha Thiago, saiu de mim, ela vai parar de chorar Jajá....eu sei que vai....

E como se aquilo fosse uma afronta Jasper soltou um barulho ensurdecedor, era um choro de desespero, Thiago se aproximou de Dorotéia e esticou os braços pedindo a criança de volta, Dorotéia não queria entregar mas sua mãe já estava uma pilha de nervosismo, pegou a bebê do colo da filha e passou para Thiago, e em segundos, já não havia mais choro.

- pronto filha...passou...shiu shiu...passou

O silêncio reinou, González se aproximou de Thiago dando um beijinho na filha, Dorotéia saiu do quarto correndo e foi chorar no banheiro.

- Você é mesmo a mãe dela Thiago

Thiago sorriu e se curvou dando um beijinho no namorado, tudo que precisava pra ser feliz estava ali.