Alex abraçou a filha e o marido por uns bons minutos, a diretora do orfanato e um professor ficaram um pouco afastados respeitando a privacidade da família ainda com um sorriso no rosto.
- Obrigado Arthur... muito obrigado...
- daddy dont cry...
- Tudo por ti meu amor...
Agatha meio sem jeito tentou limpar as lágrimas do pai, as mãozinhas pequenas e macias no rosto de Alex só o faziam se debulhar mais em lágrimas.
- Pode ficar com ela um pouco grandão eu vou falar com a diretora.
Alex assentiu e abraçou Agatha mais forte ainda e a encheu de beijos ouvindo a risada dela ecooar pelo ar.
- obrigado por terem trazido ela até aqui...
- Não tem de que doutor Cevero...a verdade, eu trouxe uma coisa para o senhores.
Arthur ergueu uma sobrancelha vendo a mulher erguer um papel meio amassado na sua direção, ela pareceu meio sentida pelo papel estar amassado inclusive.
- espero estar ajudando...
Arthur pegou o papel e se arrependeu de não ter trazido seus óculos de leitura então praticamente enfiou o papel na cara, era um pedido de guarda provisória.
Arthur arregalou os olhos e encarou a mulher em choque e um pouco surpreso na realidade, a mulher lhe sorriu de forma meiga e o professor, seu ex paciente, colocou a mão no seu ombro também sorrindo.
- doutor, nós vimos o quão bem o senhor e seu noivo cuidaram da Agatha, nossa missão é achar um lar bom para as crianças sobre a nossa tutela, faziam muitos anos que não víamos uma combinação tão boa quanto a de vocês com uma criança tão.... problemática... perdão o uso da palavra mas infelizmente é o que a Agatha é...
Arthur olhou para trás vendo Alex jogando a filha pro alto e ouvindo a risada dela completamente inocente, Alex também foi taxado de problemático e ele era o homem absolutamente mais gentil que já tinha andado sobre a terra.
Arthur voltou seu olhar para os dois ainda tentando entender o que estava acontecendo ali exatamente.
- sabemos que estão fazendo tudo pela lei e que querem dar um bom lar a Agatha, a assistente social que designaram é muito gentil pelo visto...Jussara o nome se não me engano? Mesmo que o dinheiro que vocês tem realmente ajude no avanço do processo e também com as visitas, ainda é algo bem complicado e demorado, principalmente porque ela ainda tem parentes com condições de cuidar dela.
Arthur se lembrou dos avós de Alex e sentiu o estômago doendo de raiva, se lembrou de Marques e uma veia saltou na sua testa como sinal de raiva, a diretora olhou para o professor meio assustada.
- Doutor Cevero? Tá tudo bem?
Arthur rapidamente mudou sua expressão e respirou fundo colocando a mão no coração tentando se acalmar.
- perdão, me lembrei de algo desagradável...
Os outros dois se olharam um pouquinho preocupados com o doutor que eles tanto respeitavam e admiravam.
- Espero que não seja nada relacionado a nós
- de maneira alguma...
Alex veio segurando a mão de Agatha que estava a coisinha mais linda com um vestidinho florado e um lacinho na cabeça, parecia um presente e para o seus papais ela realmente era.
- o senhores querem tomar um sorvete?
Na Panificadora Barra Pão os 4 adultos se sentaram e Agatha ficou no colo de Alex com a cabeça encostada no peito do pai, Alex tremia a perna em uma tentativa bastante efetiva de a balançar.
Pediram cafés e um donut para Agatha e Alex pegou uma vitamina, Agatha enfiou um pedaço do seu doce na boca de Arthur e recebeu um beijinho na testa, a franja que deglorificada tinha cortado com tanta perfeição ainda estava bem arrumada.
Arthur deu o seu celular pra Agatha ver alguma coisa no YouTube já que o dela estava escondido no orfanato, não entendeu exatamente o porquê disso.
- como os senhores devem saber a adoção da filha de vocês vai ser um processo bem demorado, principalmente com ambos ainda não estando realmente casados.
- Nosso casamento já foi marcado para o ano que vem.
- Inclusive teremos duas cerimônias, uma aqui no Brasil e outra nós Estados Unidos, na verdade teremos uma tour de casamento lá!
- Seu pai quer que a gente se case na sinagoga do seu avô em NY e no museu dele em LA já falei que não cabe na agenda de todo mundo que mora no Brasil fazer isso.
- mas a gente vai pagar a viagem e estadia...
- não dá pra comprar tempo Alexander...
O casal ficou perdido nessa discussão por alguns segundos até se lembrarem que não estavam sozinhos, olharam timidamente para os profissionais a sua frente e ambos sorriam de forma bastante amável pra eles, Agatha estava de fone então realmente não se importava.
- Desculpa...
- Não tem problema senhor Cohen, na verdade isso foi bastante adorável.
Ambos ficaram muito tímidos e vermelhos com essa frase, Arthur sentiu o coração batendo na garganta quando Alex segurou sua mão por debaixo da mesa.
- Que lindos realmente!
- lindos?
- Olhar pra vocês e deveras agradável...
A diretora falou dando um gole no seu café, aos olhos dela dois homens jovens e extremamente bonitos com uma criança também linda fazia um quadro ao menos esteticamente agradável visualmente.
O casal ficou extremamente vermelho e bastante tímido até, a diretora achou ainda mais adorável e isso influenciou bastante uma decisão que ela tomaria mais pra frente.
- esse termo de guarda provisória já foi enviado por nós como instituição particular a vocês, isso pode acelerar um pouco o processo porém ainda é um pouco complicado, o correto mesmo seria o casamento acontecer antes do documento ser aceito/analisado, o que pode demorar em torno de 6 a 8 meses, quando planejam se casar ano que vem?
- dia 26 de Dezembro nós Estados Unidos, dia 8 de abril aqui no Brasil.
- São datas bem distintas...
- aniversário da minha mãe
- aniversário de casamento dos meus avós... E também do meu pai com a esposa dele
A diretora abriu um lindo sorriso "que rapazes mais doces e gentis...Agatha realmente terá ótimos pais"
- sendo sincera...seria melhor vocês se casarem esse ano
Arthur e Alex se olharam e Alex sorriu fazendo Arthur virar um pimentão, se dependesse de Alex eles com toda certeza já estariam casados mas Arthur ainda tinha uma leve pulga atrás da orelha dizendo que estava sendo injusto se casando com Alex com ele no começo do seus 20 anos, queria que ele viesse o que quisesse assim como ele viveu antes de se conhecerem, mas algo naquele olhar dizia que Alex já tinha tomado toda sua decisão.
Alex estava montando em sua cabeça toda uma estratégia para casar com Arthur no dia seguinte se possível e acabou abrindo um sorriso que Arthur consegui ler na hora.
- Alexander....
- que foi?
Arthur semi cerrou os olhos como se disse "eu sei o que você está pensando!" E Alex soltou um risinho debochado.
- olha papai a galinha dançando.
Agatha virou para Arthur mostrando um desenho qualquer e Arthur sorriu e fez carinho na filha que voltou sua atenção ao desenho novamente.
- Se ao menos vocês morassem juntos poderíamos alegar união estável.
E novamente Arthur olhou para Alex sorrindo e novamente semi cerrou os olhos, ainda não tinha coragem de deixar o pai sozinho, na realidade Arthur já tinha se decidido em levar o pai para morar com eles um tempo depois do casamento e Alex concordou totalmente, porém mal sabia Arthur que Alex estava uns passos a frente.
A diretora explicou a situação da Agatha, as agressões físicas do pai já haviam sido denunciadas e ele teria as visitas cortadas, mesmo sendo um advogado muito bom, era impossível competir com um Veríssimo nesses casos, principalmente quando esse advogado é Mia.
Tudo estava indo de acordo com a lei, com algumas dobras e vantagem do dinheiro e também a adoção sendo pseudo particular.
A visita estava acabando Alex encheu a filha de beijos e abraços e estava tentando muito não chorar novamente.
- Daddy eu tô comendo todos os meus vegetalhis e bebendo água certinho ingual você falou!
- minha pedra preciosa tão linda e corajosa.
- eu também tô estudando pra ser tão inteligente quanto o papai!
Arthur pegou Agatha no colo e abraçou com pesar sentindo o perfume do cabelo dela e o corpinho pequeno se amarrando no seu como se dissesse que não queria ir embora.
- papai sente tanta saudades minha filha...
Agatha começou a chorar.
- Eu quero ficar com o Daddy e o papai...
Alex abraçou os dois os cobrindo por completo beijando a testa da filha com todo carinho do mundo.
- Eu te amo tanto minha filha.
- nunca se esqueça disso, o Daddy e o papai vão estar sempre aqui esperando você.
- Sempre?
- e pra sempre meu amor...
- Agatha querida, temos que ir...
O professor estendeu os braços e Agatha agarrou a gola de Arthur o olhando triste e então novamente para Alex como se pedisse para não ter que voltar.
- Filha papai promete que vai te ver logo logo.
- promete?
Agatha ergueu o mindinho e Arthur o seu juntando os dois dando um beijinho na bochecha da sua princesinha.
- prometo...
E então passou a filha para Alex que perguntou se podia ir com ela até a pirua do orfanato e o professor concordou, enquanto isso Arthur ficou conversando com a diretora.
- depois eu deposito o dinheiro.
- Não precisa doutor, considere essa visita como...uma reunião... isso, precisávamos acertar alguns documentos e apanas isso...
Arthur ficou um tanto chocado.
- Mas...
- Doutor Cevero...o senhor é um homem bom, que ama seu marido e tem o coração grande o suficiente pra amar uma menina tão problemática como a Agatha, isso é o mínimo que posso fazer pelo senhor.
- por favor pare de chamar minha filha de problemática, meu marido também era taxado assim no passado e ele é um homem incrível hoje, sem contar o peso psicológico que isso pode trazer a ela.
- peço desculpas, vou medir melhor minhas palavras...
- Agradeço imensamente, a propósito, por que Agatha não está com o celular que demos a ela.
A diretora respirou fundo e coçou a cabeça pensando em como iria responder aquela pergunta.
- tivemos um pequeno problema com a Agatha e algumas crianças mais velhas...
- problemas?
- Bem...alguns meninos mas velhos viram o celular e ficaram com inveja e tentaram pegar...
- tentaram roubar o celular da minha filha?
- infelizmente sim, porém...
- porém?
- a Agatha seu uma surra nós garotos...
Arthur caiu na risada, e por algum motivo a diretora o acompanhou na risada de maneira mais discreta.
- então agora ela está de castigo sem celular?
- sim senhor, mas iremos devolver logo
- e os garotos?
- acho que aprenderam sua lição.
- excelente...
A diretora apertou a mão de Arthur e reforçou a ideia do casamento ao menos no papel ser realizado aquele ano mesmo, se virou para ir embora é disse:
- o senhor é um homem muito bom senhor Cevero...a Agatha tem sorte de ter um pai como o senhor.
E foi embora finalmente enquanto Arthur sussurrava.
- não sou tão bom quanto pareço.
Alex voltou secando as lágrimas e o coração de Arthur começou a dia pesparar e um pensamento veio a sua mente tão forte como um meteoro.
"Eu vou fazer qualquer coisa por ti, não importa quem eu tenha que matar, eu não ligo mais, contato que tu continue a me amar"
Alex o abraçou e lhe beijou na bochecha pra no fim apoiar sua cabeça no ombro do marido, Arthur abraçou de volta com os olhos olhando para o nada pensando: "Tudo por ti" e foram para o apartamento de Alex.
Thiago na sala brincava com Jasper, erguia seus bracinhos e fazia cócegas pra então encher ela de beijos e apertar suas bochechas e a bebê estava adorando cada segundo.
- você é a cara do seu pai, seus olhos, seus cílios, e esse narizinho tão lindo!
Thiago deu um beijinho de esquimó na filha.
- Você é o melhor do melhor da melhor pessoa que já me amou, eu quero fazer o seu pai feliz...mas não sei como...
Ergueu a filha no alto e ele riu e balançou as perninhas completamente inocente e babando um pouco.
- eu queria tanto me casar com ele...eu queria dar pra ele a festa mais linda, mil vezes melhor do que a dele com a sua mãe, porque o seu pai tem que ser tratado como um rei.
Aconchegou a filha no seu colo e colocou um cachinhos pra trás mostrando a testa da bebê e limpando a baba que escorria.
- aí Jasper o que o papa faz? Eu queria dar uma prova concreta pro seu pai que eu não vou deixar ele, acho que só abrindo a cabeça e colocando isso lá dentro...seu pai é bobo...
Thiago suspiro e se levantou indo pra cozinha preparar a mamadeira da filha, enquanto isso Gonzalez estava escondido no corredor ouvindo tudo e segurando o aparelho de Thiago, então era impossível ele o ouvir chegar, seu plano era dar um susto no namorado mas acabou ouvindo mais do que deveria.
- Aí Thiago...
Gonzalez continuou escondido e Thiago voltou com a mamadeira pronta e começou a dar para a filha.
- usar o leite materno da Mari me deixa pensativo em níveis demais pro meu próprio gosto, pelo menos é saudável e você parece gostar bastante, logo não vai ter só você pra mamar...
Jasper parecia bem desinteressada nas falas do pai no momento, tudo que importava era a deliciosa mamadeira na sua boquinha.
- Você é a coisa mais perfeita que eu já toquei na minha vida...
"You're just too good to be true
Can't take my eyes off of you
You'd be like Heaven to touch
I wanna hold you so much
At long last, love has arrived
And I thank God I'm alive
You're just too good to be true
Can't take my eyes off of you
Pardon the way that I stare
There's nothin' else to compare
The sight of you leaves me weak
There are no words left to speak
But if you feel like I feel
Please let me know that it's real
You're just too good to be true
Can't take my eyes off of you
I love you, baby
And if it's quite alright
I need you, baby
To warm the lonely night
I love you, baby
Trust in me when I say
Oh, pretty baby
Don't bring me down, I pray
Oh, pretty baby
Now that I've found you, stay
And let me love you, baby
Let me love you
You're just too good to be true
Can't take my eyes off of you..."
"Can't Take My Eyes Off You - Frankie Valli" (versão de joseph vincent)
Gonzalez ouviu a canção ser cantada com todo o amor do mundo, e espiou Thiago todo feliz com a filha no colo, mordeu o lábio
"Eu quero acreditar mas e tão difícil..." E saiu do seu esconderijo indo e direção ao mais velho.
Thiago percebeu Gonzalez vindo e parou de cantar olhando pra Gon completamente apaixonado, Gonzalez sentiu as pernas bambas e o coração bater na garganta.
- "bom dia Thiago! Você esqueceu seu aparelho no quarto"
- "obrigado amor"
Thiago pegou e colocou o aparelho quase de imediato, estalou o maxilar enquanto ainda dava de mamar para a filha.
- Dormiu bem?
- dormi, deveria ter me acordado.
- você merece descansar.
- Você também Cariño, não precisa cuidar dela sozinho.
- não me importo em cuidar dela.
Gonzalez se aproximou de Thiago quase tremendo, por que não conseguia acreditar que ele tinha mudado? Por que não conseguia acreditar que Thiago amava ele de verdade?
- eu fiz café, vai lá tomar eu termino de dar mamadeira.
- obrigado, mas por favor descansse um pouco também.
- prometo tirar um tempo assim que ela terminar aqui.
Gon deu um selinho em Thiago e foi pra cozinha pensativo e um tanto quanto confuso com os seus próprios pensamentos.
Dominic e Maxine chegaram e o negro tinha claramente marcas de dedos no rosto e o emo estava bem vermelho e meio tímido, Thiago segurou a risada vendo eles entrarem, quando Dominic passou pela porta segurou o braço dele com um risinho debochado.
- os baixinhos são os mais difíceis, mas vale a pena viu.
Dando uma piscadinha soltou o braço do mais alto que agora estava vermelho enquanto Maxine foi até o quarto de Jasper onde Gonzalez verificava se tinha alguma coisa faltando pro dia de trabalho dos babás.
- Bon jour Gonzalez...
- oi Max, cadê o Dominic?
A cara de irritado de Max chamou atenção do latino baixinho.
- Aconteceu alguma coisa entre vocês?
- non exatamente...
Gonzalez se virou apoiando os cotovelos no berço fazendo seus músculos ficarem bem destacados, Gon podia ser pequeno, mas era muito gostoso, Max ficou levemente vermelhinho admirando a imagem do seu patrão bonitinho.
- pode me contar, quem sabe eu possa te ajudar
Max respirou fundo e jogou o cabelo pra trás bastante frustrado, Gon reparou que era hora dele pintar a raiz novamente.
- O Dom é muito persistente...
- como assim?
- eu já dei vários fora nele, mas ele não desiste.
- conheço esse tipo.
Gon se lembrou de Thiago.
- Eu gosto dele...mas não sei se estou pronto pra esse passo
- que seria?
-.... qualquer passo na verdade....nós nem tivemos um encontro...
Gonzalez colocou a mão no queixo e entortou a cabeça e Max novamente ficou vermelhinho, Gon era bonito o suficiente para colocar qualquer um em uma posição meio complicada.
- então por que você não convida ele?
- o que?
- se o problema e o Dom ser muito intrometido ou forçar muito a barra, assuma a liderança do relacionamento de vocês.
Max pareceu pensar e ponderar bastante e então chegar a uma conclusão que pareceu o agradar bastante.
- Valeu Gon, vou tentar!
Max abraçou Gon e deu 2 beijinhos em cada bochecha dele, Gon correspondeu o carinho fazendo o mesmo e ambos não perceberam Thiago e Dominic parados no a porta, ambos com cara de pastel.
- Gon?
- Ah oi Cariño... Já tá tudo arrumado podemos ir pra boate.
Thiago estava com uma carinha triste e olhava Max com ciúmes bem óbvios, já Dominic piscava lentamente tentando absorver a informação que tinha visto.
Inocentemente Gon se despediu da filha e dos babás e foi para o carro, Thiago foi junto de cabeça baixa meio triste, parecia um cachorro abandonado.
No carro Gon ligou o rádio é "te amo - Rihanna" estava tocando, Thiago se sentiu ansioso e se abraçou de forma nervosa, Gonzalez percebeu na hora e desligou o rádio.
- Cariño?
- Gon... você....se arrepende de ter aceitado sair comigo?
Gonzalez ficou claramente muito confuso.
- Que?????
O sotaque mexicano veio com tanta força que Thiago achou até fofo, a carinha perdida e os olhos cor de mel o encarando com todo o carinho e amor do mundo.
- é que eu amo tanto você...as vezes acho que vou enlouquecer com esses sentimentos... não faço ideia do que fazer com eles.
Gon ficou extremamente vermelho e nervoso desviando o olhar do namorado, conseguia dar concelho para Max mas seu relacionamento mesmo estava complicado.
- Acho que é prática....
- prática?
- é que eu amo você a 13 anos sem parar, então sei lidar bem com os meus sentimentos, você só se apaixonou por alguém ano passado, tudo bem não saber lidar com seus sentimentos, pode falar comigo se sentir confortável, sem contar que eu também já fui casado então...pode falar o que está pensando...
Thiago respirou fundo e colocou a mão no coração como se tentasse se acalmar um pouco antes de falar.
- Você quer transar com outras pessoas?
Gonzalez quase derramou o carro, virou com tudo em uma rua sem saída e estacionou.
- ¿estás loco?
- É que...
- DE ONDE VEIO ISSO THIAGO???? VOCÊ QUER TRANSAR COM OUTRAS PESSOAS???
Gonzalez tinha medo da resposta que Thiago poderia dar na realidade, mas já tinha perguntado então tinha que aturar as consequências.
- Não... depois de você eu não consigo pensar em transar com mais ninguém...
Gon ficou extremamente tímido e abaixou a cabeça tentando esconder isso do mais velho a todo custo.
- eu não quero mas ninguém além de você.
Thiago ficou feliz como um Golden, se inclinou com tudo pra perto de Gonzalez soltando o seu sinto e beijado o pescoço do namorado.
- Thiago!
- Desculpa eu fiquei muito feliz em ouvir isso
- mas por que?
- eu vi você é o Max abracados... fiquei com muito ciúmes de você querer me trocar por ele.
- eu nunca trocaria você...
Segurando o rosto de Thiago o baixinho deu um beijo tão bem dado que Thiago sentiu que iria desmaiar, a língua dele na sua boca era tão gostosa que o deixava mole.
- Eu nunca vou deixar você por qualquer outra pessoa, você é o amor da minha vida.
E Thiago ficou ainda mais vermelho olhando pra dentro dos olhos mel de Gonzalez, ele as vezes não parecia real, Thiago tinha medo de acordar um dia e tudo não ter passado de um sonho.
- e você o meu último amor, eu nunca mais vou amar alguém como amo você.
- Te amo Cariño
- je t 'aime chéri
Gon manobrou o carro e ligou o rádio novamente "christian french - head first" e o caminho para a boate foi bem mais calmo e tranquilo pra ambos.
- espero que você não se arrependa de fazer eu amar tanto você assim.
- Toda Belle tem sua fera pra viver seu felizes para sempre.
- tá me dizendo que eu sou uma fera Cariño?
- Sim, mas você tá mas pra lobo mal, eu gosto de caras malvados.
Nesse momento o celular de Gonzalez tocou e Thiago viu o nome "Dorotéia" cruzando os braços e fazendo uma cara de insatisfação bem óbvia.
- atende pra mim?
A música trocou e agora "Lobos - Jão" começava a tocar, Thiago atendeu com a voz mais mal educada que conseguia fazer.
- Alô?
- Oi.
-.... Thiago? Cadê o Gonzalez?
- Dirigindo.
- Ah.... posso falar com ele?
- Ele ta dirigindo então não.
- então...eu queria saber quando a Jasper vem aqui pra casa... é que eu vou viajar...
- viajar? Quando?
- Daqui a alguns dias...
- Dorotéia a festa de mesversario da Jasper e no próximo fim de semana...
- ela nem vai lembrar disso!
Thiago ficou vermelho de raiva e respirou fundo tentando muito se controlar.
- Ela pode não se lembrar mas no futuro ela vai ver as fotos e perguntar porque você não estava lá.
- Nossa que drama, parece o Gonzalez...
Thiago ficou puto vendo Gon ficar um pouco triste com aquela frase e tomou uma decisão bem drástica.
- Tá Dorotéia, não precisa vir, mas manda uma mensagem por escrito e uma foto do convite informando que você não vai comparecer.
- nossa que exagero...
- eu não quero você no futuro colocando coisa na cabeça da Jasper falando que não foi porque não tinha recebido convite.
- Tá bom, eu mando...só isso Thiago?
- Só! Espero isso ainda hoje!
- tá tchau, depois eu falo com o Gonzalez.
- tchau.
Thiago desligou o celular e mordeu a unha, ele ia fazer Dorotéia se arrepender de não vir na festinha de sua filha, Gon achou aquela carinha uma gracinha.
Liz escolhia algumas langeri numa loja junto de Laura, a loira estava morrendo de vergonha no meio daquelas peças de roupas íntimas tão delicadas, ela só usava top e calcinhas grandes.
- O que acha dessa?
Liz colocou na frente do corpo um conjunto de renda vermelho e e minúsculo, Laura se perguntou como uma coisa tão pequena poderia ser tão cara.
- Eu não entendo dessas coisas...
- mas acha que ficaria bonita em mim?
- Tudo fica lindo em você Liz...
Ambas ficaram visivelmente tímidas e vermelhas, Liz colocou o conjunto no carrinho e saiu em direção ao caixa, pegou um do mesmo modelo preto e uma surpresa pra Laura junto com mais algumas coisas eróticas pra trabalhar.
Pedro estava na escola então estavam as duas sozinhas em casa almoçando, Liz estava agradecendo a Deus porque faziam anos que ela não comia comida caseira de verdade, lógico comia a comida de Christopher, mas ainda sim não era algo muito comum por causa de alguns temperos, e Daniel também não era obrigado a alimentar ela, Laura estava fazendo a ela um grande favor.
Liz tomou banho primeiro e foi experimentar suas roupas novas enquanto Laura tomava o banho dela.
Laura saiu do banho dando de cara com Liz ajustando a calcinha na bunda, e que bunda meus amigos, que mulher bonita, no rádio tocava "cloudy june - fu in my head"
- A finalmente! Vem eu vou passar creme em você.
A alma de Laura saiu do corpo e voltou rápido demais deixando ela meio boba e meio tonta e catatônica.
- o que?
- eu prometi lembra!? Vem cá!
Liz foi até a loira e puxou ela delicadamente pela manhã a jogando na cama, ficou entre as pernas da loira que segurava a toalha como se sua vida dependesse disso.
- Liz calma eu ainda tô pelada
- assim mesmo que tem que ser, não tem como eu passar o creme em você vestida.
- Deixa pelo menos eu colocar a calcinha e o top
- falando nisso, experimenta isso aqui!
Liz puxou uma langeri linda rosa com detalhes azuis escuro, Laura tentou muito protestar mas Liz tinha seu jeitinho para conseguir as coisas então acabou vestindo a roupa íntima super faturada.
Laura era musculosa e linda, os seios eram fartos e coxas torneadas, Liz estava encarando demais, a loira se sentou e Liz foi para trás dela pegando um pouco de creme com o dedo e então encostando nas costas de Laura perto da sua tatuagem nas costas, lembrava um labirinto.
Laura deu um pulinho sentindo o creme gelado em contato com a sua pele, os pelos arrepiados deixavam Liz curiosa sobre como ela reagiria aos seus toques realmente.
- gelado...
- eu posso esquentar as coisas...
"Rihanna - only girl" tocava agora, Liz abraçou Laura por trás e encheu as mãos com o seios da mais nova e Laura gemeu em surpresa.
- Liz? Hum?
Não resistiu, quando Laura se virou e beijou a "namorada" com toda a vontade que estava guardado, abriu a mão e fechou novamente sentindo o seios de Laura vazando entre o seus dedos, a loira com toda certeza não conseguia acompanhar o beijo de Liz, era diferente de todos que a morena já tinha lhe dado, quando se separaram um fio de saliva escorreu entre a boca das duas.
- Deixa eu fazer você se sentir bem, seja minha pillow Princess, deixa eu cuidar de você...
Laura estava respirando com dificuldade e estava tonta sentindo o corpo esquentar, Liz soltou um dos seios e discretamente foi descendo a mão acariciando o tanquinho perfeito da loira, estava quase onde queria quando Laura segurou a sua mão.
- Calma Liz...eu ainda...
- tudo bem...eu espero
Se afastou da mais nova e lhe deu um beijinho na testa, Laura se sentiu imensamente culpada mas sentia que ainda não estava pronta para dar aquele passo.
Marcelo estava tomando o banho frio, gelado, antártico, se pudesse colocaria vários sacos de gelo dentro da banheira e entraria dentro e lá ficaria por uns bons dias, mas no momento uma ducha fria era a melhor solução.
A água escorria pelo corpo musculoso e tatuado, o cabelo castanho escuro grudando na suas costas, olhava o próprio pau agora mole e se sentia ridículo, as lembranças vieram de uma vez.
Um sonho erótico, um dos mais molhados que já tinha tudo na vida, e tinha sido com um homem.
Foi culpa do serviço que tinha feito, no começo ficou aliviado de saber que seria com Samuel, sabia que o carioca respeitaria seus limites e até iria repreender os clientes caso necessário.
Foi um serviço rápido, um Striptease de Samuel, era só tirar com a maior delicadeza do mundo, nem era pra ser tão erótico como os clientes estavam fazendo parecer, mas foi a primeira vez que viu Samuel completamente sem roupa, com exceção da máscara, e Samuel tinha um corpo incrível, por mais que o carioca não acreditasse.
As imagens daquele corpo tão lindo ficaram cravados na sua mente, o calor da pele dele, sem contar que babou várias vezes atrás da máscara, a pele dele era macia e lembrava um chocolate derretendo entre o seus dedos, ficou imaginando como seriam as marcas do seus dentes naquele corpo imaculado.
Não queria ficar pensando nisso, mas ficou, e as lembranças do sonho bateram forte assim que ele saiu do banho, as pernas roliças de Samuel cada uma de um lado da sua cintura, ele subindo e descendo no seu pau gemendo e babando, aqueles cachos perfeitamente cuidados grudando na linda pele enquanto ele chamava seu nome...teve que voltar pro banho.
Murilo prendeu o cabelo num rabo de cavalo e se olhou no espelho, por algum motivo ele sentia que não era bonito o suficiente pra trabalhar na boate, principalmente tendo em conta que Dante era com toda certeza a pessoa mais linda que já tinha visto na vida, queria pelo menos não estragar a beleza dele ficando perto.
Ivan terminou suas oferendas e acendeu um incenso, Daniel tinha lhe dado algumas mudinhas de plantas então iria plantar no jardim, ele tinha até pedido permissão para Chris.
Passou pela cozinha e Ivete estava fazendo comida, uma música tocava e sabia que vinha do quarto de Vic, Gregório estava fumando na varanda.
Pegou suas mudinhas e começou a plantar cada uma como Daniel tinha ensinado, ele conversava com as plantinhas e fazia carinho nelas enquanto fazia seu trabalho árduo mas satisfatório.
- Que dia lindo...
Olhou pro seu e lá estava muito lindamente um céu azul com poucas nuvens, Ivan abriu um sorrisão olhando pra uma em expecifico
- aquela ali parece um unicórnio!!!
Pegou o celular e tirou uma foto da nuvem mandando para Daniel, o loiro grandão podia ser muito inocente e bobinho as vezes, Daniel achava isso adorável.
Gregório terminou de fumar e percebeu Vic ouvindo música pop, provavelmente influência de Bruno.
"Aurora - cure for me" tocava no quarto do sobrinho enquanto ele parecia escolher uma roupa olhava inquisitivamente para as camisetas na cama.
- Vic?
- ah! Oi tio
- Nossa mas eu nunca ouvi tu escutando esse tipo de música, tu sempre foi do rock
- ainda sou do rock, mas e bom ouvir outras coisas, o Bruno me mandou umas músicas e eu mandei umas pra eles.
Gregorio se sentou na cama e ofereceu uma camiseta para o sobrinho que vestiu e se olhou no espelho sorrindo com o resultado.
- tu nunca foi de se arrumar...
- é o que acontesese quando seu namorado é modelo.
Vic percebeu que o tio ficou extremamente nervoso com Bruno sendo mencionado, jogou o cabelo pra trás e ficou emburrado também.
- o que foi tio?
- eu não sei que feitiço esse cara colocou em ti.
Vic não estava com paciência pro tio.
- Eu posso dizer, mais o senhor não vai gostar.
- Tenho até medo de perguntar.
- quem fala o que quer escuta o que não quer.
Vic se alongou e foi em direção da porta esperando o tio para sair finalmente, logo todos estariam na boate.
Joui e Daniel estavam sentados um do lado do outro, o ruivo bordava um paninho fofo e Joui tricotava o cachecol de Alex quando o telefone de Daniel tocou e ele logo atendeu.
- Alô?
- Danizinho?
- oi tia!
- oi anjinho, estou aqui na loja de produtos pra festa, você precisa de alguma coisa para o bolo do Zec?
- Compra granulado bom!!! Nada daquele sebo colorido!
- pode deixar
- tia, eu vou levar uma amiga pra me ajudar, tem problema?
- amiga é? Só amiga?
- sim tia só amiga, o nome dela é Bea, ela vai me ajudar a fazer o bolo.
- que fofa, tô curiosa agora, quero conhecer.
- por favor não inventa nada! Ela é só uma amiga.
- tá bom, ta bom, como tá o Joui?
- tá qui do meu lado, quer falar com ele.
- Aí quero! Passa pra ele.
E assim Daniel o fez.
- oi Joui anjinho.
- Oi dona Marta...
- Ja falei pra me chamar de tia! como você tá lindinho? Tem comido direito? Fiquei sabendo que fez um amigo muito bom.
- Sim o A-chan, ele é meu melhor amigo.
- é bom te ver um pouco fora da sua zona de conforto, aproveita e tenta tirar o Danizinho da zona dele também.
- vou dar meu melhor, prometo pra senhora.
- bom menino, você é um doce jouizinho, temos muito orgulho de você.
Joui prendeu o ar na garganta e segurou o choro com todas as forças quase explodindo em tristeza e desesperado.
- obrigada dona Marta...
- Tia Marta...
- obrigado tia Marta
Joui passou o telefone para o irmão novamente e começou a chorar, Daniel se despediu da tia e abraçou o irmão que o agarrou chorando com muita desespero.
- Por que....*soluço com choro* quem nem é minha família...sente orgulho de mim e meu pai não?
- pronto, pronto Joui, estou aqui, eu me orgulho de você
Joui apertou o irmão em um abraço doloroso, as vezes queria falar umas verdades na cara de Hidetaka.
O apartamento dos irmãos Portinari mas velho estava completamente insalubre, meia jogada na mesa, pizza no chão, resto de comida a dias na pia, um verdadeiro apartamento de solteirões na casa dos 30.
- a gente precisa contratar uma empregada...ou alguém muito corajoso.
Leo percebeu na hora que o irmão estava numa viagem muito louca dentro dos próprios pensamentos, tinha ligado o rádio mas agora parecia uma má ideia.
- Gal tá tudo bem?
Gal olhou pro irmão e Leo percebeu a foto que o mais velho segurava, uma foto dele com Gaspar e Henri, Hanna na frente fazendo sinal de paz e amor e Núbi com seu coelhinho de pelúcia, Nina sorria inocente na foto.
- Por que Deus odeia a gente?
- Gal?
- Tá todo mundo sorrindo nessa foto...mas a gente nunca foi feliz naquela mansão...aquilo parecia um inferno...e eu colaborei com o próprio diabo.
- Não é culpa sua Gal...nós éramos crianças e confiavamos e queríamos o amor do nosso pai...
- Gaspar tem razão...eu amei ter a atenção do pai...quer dizer... Giovanni... não me importei com nada...até a Nina...
"god must hate me - catie turner" tocava no rádio agora, Gal fez carinho na foto onde nina estava e puxou o ar tentando segurar o choro, Leo abraçou o irmão.
- Não foi nossa culpa...
- eu sou um dos mais velhos, eu devia...
- você não devia nada, você era só um adolescente!
- Eu tenho velocidade, sou inteligente, eu devia ter denunciado o Giovanni...
- Não é fácil fazer isso com o próprio pai meu irmão...
"I'll let 'em take accountability
For everything that's wrong with me
Can't hold myself responsible
So I blame the metaphysical
If Jesus died for all our sins
He left one behind, the body I'm in
Same hands that made the moon and the stars
Got carpal tunnel and forgot some parts
I don't know what I believe
But it's easier to think
He made a mistake with me"
- Por que a gente não pode ser uma família normal? Por que não pudemos ser felizes?
- Deus realmente deve nós odiar...
- Se um dia eu tiver filhos, eu vou tratar eles com todo o amor que o Giovanni nunca me deu.
- fiquei com inveja agora...
- o que? De que?
- Do seu futuro filho... porque ele vai ser amado pelo pai...pelo menos um Portinari vai ser feliz.
Leo encostou a cabeça no ombro do irmão e fez um carinho no mesmo, eles só tinham uns aos outros e mesmo assim nem seus irmãos mais novos queriam ficar perto deles.
Mari estava com muita dificuldade nesses últimos meses de gravidez, a barriga estava ENORME e ela estava parecendo uma patinha choca, o rosto tinha inchado considerávelmente e o nariz dobrado de tamanho, também estava tendo problemas com a incontinência urinária já que sua bexiga estava sendo feita de bola pelo chute dos bebês.
Comeu bem e se olhou no espelho, não se reconhecia mais, quando dizem que a mulher muda quando engravida não estava mentindo.
Desceu do seu apartamento e deu de cara com Kennan e Miguel lhe esperando do lado do carro do mais velho dos três.
- oi Mari!
- o que estão fazendo aqui?
- pensamos que talvez você quisesse uma carona...
- já chamei um Uber obrigada...
E logo no fim dessa frase um carro parou e mari conferiu a placa e o motorista entrando sem nem olhar pra trás, os dois rapazes ficaram extremamente tristes.
Erin tomou seus remédios e olhou para o relógio, o ponteiro preto se arrastando enquanto o menor ia muitas vezes mais rápido que o outro, a ruiva soltou um risinho e deu outro gole de água balançando a cabeça negativamente.
- parando pra pensar nos somos iguais a esses ponteiros...eu já dei várias voltas enquanto você mal sai do lugar...pelo menos uma vez em meio a minhas voltas eu posso te encontrar novamente....
"Your little brother never tells you but he loves you so
You said your mother only smiled on her TV show
You're only happy when your sorry head is filled with dope
I hope you make it to the day you're 28 years old
You're dripping like a saturated sunrise
You're spilling like an overflowing sink
You're ripped at every edge but you're a masterpiece
And now you're tearing through the pages and the ink
Everything is blue
His pills, his hands, his jeans
And now I'm covered in the colors
Pulled apart at the seams
And it's blue
And it's blue
Everything is grey
His hair, his smoke, his dreams
And now he's so devoid of color
He don't know what it means
And he's blue
And he's blue"
"halsey - colors" Erin começou a cantar e tomou mais um do seus comprimidos, dessa vez era o anticoncepcional, ela não planejava ter filhos tão cedo, e na realidade nem tinha com quem fazer um.
Com Hector trabalhando por conta Samuel e Mia estavam se matando para pelo menos juntos diminuírem um pouco do trabalho do pai.
- isso vai dar um trabalho....
Samuel lia uma pilha de documentos enquanto Mia organizava outros, ela tinha mais habilidades por ser advogada, Samuel era TI então realmente estava bem perdido com algumas coisas, Lupi mastigava um ossinho debaixo da mesa todo feliz, diferente de seus donos, pelo menos logo teriam que sair para ir pra boate.
Brulio tinha passado a noite com Chris e agora os dois senhores se beijavam sentados no sofá, Brulio nunca esteve tão feliz, sempre achou que passaria o resto do seus dias sozinho, mas agora tinha netos e um namorado gostoso, estava bem feliz.
O celular de Chris começou a apitar para mensagem direto e o gringo foi ver o que estava acontecendo.
- Aí Thiago...
- Que foi querido?
- Nada só Thiago aprontando.
Deu um selinho em Brulio e logo uma mensagem chegou de Cesar falando que ele estava esperando lá embaixo, o casal de senhores se despediu dos ratinhos que brincavam em suas brinquedos na gaiola e desceu para pegar uma carona com Cesar.
Artemis e Carla se pegavam nervoso no sofá, Carina se sentia a própria vela de 7 dias dentro daquele apartamento, na verdade estava quase pedindo um apartamento só pra ela, assim a irmã poderia brincar de casinha o quanto quisesse com a namorada.
- Artemis deu a hora, vamo ou a gente vai se atrasar.
Artemis parou de beijar a namorada e olhou pra cunhada com uma cara cansada, Carla segurou sua jaqueta de couro e lhe deu mais um selinho, Carina quase vomitou vendo a língua da irmã ser enrolada pela língua bifurcada da grega.
- Bom trabalho mi amoré...
As duas mais altas foram embora deixando Carla brincando com Gambá.
Bruno fez carinho em Hera que estava bem melhorzinha, ela parecia estar engordando e as patinhas estavam sarando.
Ia sair de casa quando a porta do apartamento abriu e um cheiro horrível de sangue seco, fezes e lágrimas emprestou o lugar de maneiras inimagináveis.
- papai?
Walter parecia meio perdido em pensamentos, tinha sangue na sua roupa toda e nas mãos também.
- Desculpa filho, eu vou tomar um banho...
Walter passou por Bruno direto e foi pro banho sem pensar muito no seus arredores, o prateado ficou levemente preocupado com o estado do pai, já tinha visto ele mal depois de uma tortura mas era a primeira vez que ele ficava assim
Hector olhou para o doutor Diego e limpou a testa de suor com as mãos cheia de sangue deixando uma grande marca na sua testa.
- esses são os traidores que consegui informação.
- Você fez um excelente trabalho Diego, sinto que em breve teremos alguma resposta sobre o que é esse grupo de escripitas está planejando.
Os gaudérios chegaram junto com balu na boate, Tristan, Letícia, Rubens e Jhonny já estavam na boate arrumando algumas coisas.
Ivete correu para falar com balu no andar da Dungeon e Letícia colocou seus fones de ouvido e colocou "i can be a better boyfriend than him - dove cameron" estava se mordendo de ciúmes, sentiu uma mãozinha no seu ombro e viu Rubens sorrindo pra eles e então sorrindo pra ela.
- tenha paciência.
- vou tentar...
Olhou para Ivete sozinha e abriu um sorriso segurando a imensa vontade de agarrar a mais velha com toda sua força.
"I can't believe we're finally alone
I can't believe I almost went home
What are the chances? Everyone's dancing
And he's not with you (hm, hm, hm, hm)
The universe must have divined us
What am I gonna do?
Not grab your wrist?
I could be a better boyfriend than him
I could do the shit that he never did
Up all night, I won't quit
Thinking I'm gonna steal you from him
I could be such a gentleman
Plus all my clothes would fit
I could be a better boyfriend than him
I could be a better boyfriend"
- Ivete?
- opa, oi Letícia precisa de alguma coisa?
- não, mas você pode me ajudar mesmo assim.
- claro, no que?
- Saia comigo esse fim de semana, só eu é você, prometo não fazer nada que te deixe desconfortável.
- Sem cantada ruim?
- prometo controlar isso.
- então eu topo.
🌸💮
Jun e Yome estava sentados um de frente pro outro almoçando tranquilamente quando Jun olhou pela janela do restaurante e lá estava T-bag o encarando pela janela.
Quase cuspiu na pobre Yome e resultado foi acabar se engasgando e tossindo de forma compulsória.
- Jun-Sama? Tudo bem?
- Desculpe Yome-Dono, preciso de um pouco d E ar.
Jun saiu do restaurante da pressas, quando chegou em T-bag percebeu que ele estava visivelmente machucado e parecia até ter uma infecção já que estava meio verde.
- Senhor Theodoro....está bem?
- tô ótimo, só preciso de dinheiro para comprar uns remédios e antibióticos.
Jun pegou a carteira e tirou uma boa quantidade de dinheiro dela entregando para o mercenário, mesmo contra sua vontade ainda era necessário cuidar da saúde de seus funcionários.
- aqui, pega e vai se tratar.
T-bag agradeceu e olhou pra dentro vendo yome o encarando também, ficou meio sem graça então saudou a moça bonita como pode e Yome sorriu.
- O senhor tem uma linda namorada, seja gentil com ela, dá pra sentir o cheiro da bondade dela daqui...mas o senhor....cheira a...
T-bag fechou a boca não tinha nada que se meter na vida dos seus clientes, mas ainda achava bizarro o quão diferente Jun cheirava do irmão mais novo, Joui, seu alvo cheirava a mais doce gentileza, algo inocente e puro o suficiente pra fazer T-bag questionar...e ele nunca tinha questionando um serviço antes.
O seu contratante tinha um cheiro nauseante, algo nele sempre cheirava como suor infantil e mesmo T-bag sendo burro ele sabia o que aquele cheiro queria dizer e o repugnava, mas tinha que cumprir seu contrato.
- até mais senhor Jun
O mercenário se virou e foi embora e Jun voltou para o interior do restaurante e se sentou novamente na mesa um pouco mais calmo.
- quem era aquele senhor estranho?
- só um mendingo pedindo dinheiro, parecia doente então dei um pouco.
- o senhor e tão gentil Jun-Sama...
Jun abriu um sorriso na direção de Yome e bebeu um gole de água, realmente aquela moça era muito boazinha, ficava se perguntando o porquê do pai ter a escolhido como sua esposa, talvez perguntasse para Akemi depois.
💮🌸
💉💚
Matheus estava de repouso absoluto e Miriã estava lhe fazendo companhia, o menino que estava muito entretido desenhando numa sufite.
- olha tia, terminei
- nossa que lindo...quem é?
- meus amigos da escola, esse é o Felipe e esse é o Pedro, ele tem o olho bonito.
Miriã olhou o desenho novamente e percebeu que Matheus tinha caprichado nós detalhes e isso a fez ter uma ideia.
- eu vou levar o desenho pro seu pai ver.
- brigado tia.
Miriã já tinha quase todo o mapa daquele labirinto chamado de hotel, conseguia ouvir a voz de Otto conversando com alguém provavelmente por algum monitor.
- Meu pai está se preparando para agir em breve
- estou seguindo as ordens como sempre e já consegui traduzir mais alguns trechos graças a ex do profeta.
Miriã prendeu a respiração e escutava tudo com muito cuidado.
- é a profecia?
- sem muito sucesso ainda, mas alguns luzidios disseram o outro Hartmann está vindo para o Brasil.
- logo eu também estarei aí....junto do meu pai
- obrigado Henri isso me enche de espera.
Miriã tentava digerir o que tinha acabado de ouvir quando a porta se abriu revelando um Otto nada feliz, sentia que tinha se encrencado.
💚💉
🕸️☠️ Assombrados 🕸️☠️
Estava olhando Kaike novamente, parecia que ele definhava cada vez mas, Kauã conversava com a enfermeira e o mais velho dos gêmeos estava estável, mas não mostrava melhora.
- Kauã...acho que eu vou procurar um emprego fixo
- que isso do nada....
- o trampo de entregar as coisas e legal, mas eu preciso ajudar mais em casa.
- lo, não se cobre assim...
Lorenzo deu os ombros, se arranjasse um bom emprego quem sabe não conseguirá pagar um cursinho de enfermagem para Kauã, ficou pensativo.
Rapha lavava o arroz quando sentiu um beijo na nuca, um arrepio intenso percorreu todo o seu corpo, olhou pra trás e lá estava Renan lhe sorrindo.
- Renan?
- tô com saudades de ti...
Rapha fechou a cara, sabia que ele e Lorenzo estavam se pegando a algum tempo, e sabia também que se Lúcio visse aquilo tentaria matar Renan na porrada.
- Fica na sua Renan...
- o que aconteceu? Sabe que eu gosto de ti...
Quase que a panela de arroz vai ao chão, olhou para Renan desacreditado e de boca aberta, não queria nem sonhar no que aconteceria com o loiro caso Lúcio ouvisse aquilo.
- me escolhe Rapha, eu prometo cuidar bem de ti...melhor que o Lúcio com toda certeza.
Sentiu a mão na sua bochecha e então os lábios dos dois se encostaram em um beijinho calmo e bem inocente, fazia tempo que não beijava outra pessoa além de Lúcio.
- espera...ah! Renan...
- Eu gosto de ti, fica comigo...
A porta da cozinha abriu e um Lúcio visivelmente raivoso e drogado, Rapha entrou em Pânico e Renan estava pronto pra brigar, estava cansado daquela situação, ia cuidar do cara de que gostava.
☠️🕸️ Assombrados 🕸️☠️
Alex e Arthur se sentaram no sofá, o mais novo ainda estava muito feliz com a visita da filha e isso deixava Arthur mais tranquilo para falar.
Alex abriu o celular rápidinho enquanto Arthur pegava um copo de água, Yuki tinha passado na liberdade e pegado uns peperos pra ele, seu tio Marck também tinha ido com ela e provavelmente se iriam se atrasar pra chegar na boate, quando viu a quantidade de chocolate na sacolinha de Yuki, percebeu na hora que metade deles seria para Carina, ia juntar aquelas duas de qualquer jeito.
Arthur voltou com a água e lhe deu um copo de forma receosa se sentando do seu lado no sofá.
- Grandão a gente precisa conversar
- o que foi meu rei?
- Alex, te amo...eu te amo tanto que as vezes eu acho que vou explodir, pra mim tudo que importa e a nossa família e o seu sorriso.... então eu tomei uma decisão.
- Decisão?
- Eu vou matar a Elisse...
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