Se olhares matasse Com toda certeza ele já estaria morto, conseguia sentir a indignação de Gregório o atingindo como facas nas suas costas, sem contar também que estava correndo um sério risco de vida.
Conhecia Hector muito bem e sabia que nesse momento ou ele estava quase explodindo de raiva ou já tinha engolido ela se tornando uma bomba relógio.
Se já não bastasse Hector querendo o matar no momento, a cara de Balu era pior ainda, mas no caso dele parecia que o mineiro tinha péssimas intenções com a informação que ele é Gregório dormiam juntos.
Já O pobre coitado do Gregório primeiramente não sabia onde enfiar sua cara, principalmente porque Brulio estava segurando a risada afastado do melhor amigo como se dissesse: "eu estava certo".
Se fosse ser 100% honesto dos três ele sentia mais medo de Gregório afinal sabia lidar com os irmãos Veríssimo, mas Gregório era literalmente um mini diabo pronto para atirar em qualquer pessoa que lhe incomodasse, e por mais que fossem amigos a cara de cu que ele estava fazendo no momento dizia outra coisa.
As coisas só ficavam pior com Yuki sorrindo feito uma doida e Max e Dom comemorando, talvez ele tivesse cometido um erro fazendo aquilo.
- Tio o senhor tá namorando o seu Mark?
- NÃO!
Vic pareceu ficar tristonho ouvindo aquela negação tão firme.
Hector apertava a palma da mão com força segurando sua raiva, as unhas chegaram a rasgar a carne, não podia demonstrar sua insatisfação então pra voltar a atenção dos outros levou a mão a boca e tossiu.
- Ok Mark, vocês podem ficar no mesmo quarto, vou providenciar um com duas camas.
- Oh! Isso não é necessário Hector, um com cama de casal seria ideal.
Foi possível ver uma veia saltar na tempora de Hector, porém como é um homem elegante e educado, um verdadeiro cavalheiro, acabou engolindo a sequência de palavrões e ofensas que queria dizer, se estivessem em um momento mais íntimo com toda certeza não iria se segurar daquele jeito, porém como estavam na frente de empregados leias não tinha muito o que fazer.
- Certo.... alguém mais tem alguma reclamação sobre os quartos?
Erin olhou pra sua chave e a de Gal que estava um pouco afastado no momento, eles estavam "namorando" porém não era sério e eles também nunca tinha dormido juntos (literalmente dormindo) então fazia sentido eles terem quartos separados, decidiu ficar quieta.
- Bem, os herdeiros já estiveram aqui então sabem o que podem ou não fazer, aos nossos convidados a biblioteca, jardins, hípica, picina, academia, quadras de esportes, salões de festas e de jogos, assim como o salão musical estão completamente abertos e a disposição para o uso de vocês.
Os empregados e empregadas estão aqui para servi-los então não exitem em pedir por ajuda caso seja necessário.
Nesse momento uma empregada ficou na frente de cada pessoa ou casal fazendo reverência de forma sincronizada e graciosa.
- As empregadas iram guia-los até seus respectivos quartos para que possam se instalar, nós encontraremos para almoçar em uma hora, eu espero que todos tenham uma incrível estadia.
Hector deu meia volta e entrou para algum cômodo deixando o restante do pessoal pra trás.
Quando percebeu que estava sozinho deu um baita murro na parede para então se recompor melhor, ele foi uma criança mimada e ainda era levemente egoísta, não gostava muito de compartilhar e alguém tinha acabado de pegar alguém que ele queria, pensaria sobre isso depois ou acabaria explodindo.
Daniel achou que ficaria em algum lugar no primeiro andar porém conforme foram entrando realmente no castelo (foram na direção oposta a que Hector foi) percebeu que haviam rampas e pequenos elevadores instalados de forma estratégica pelo local, porém parecia tudo tão novo que era óbvio que tinha sido instalado no máximo a 3 dias atrás.
"Eles realmente fizeram isso pra me acomodar?"
- Você é muito expressivo.
Olhou pro lado e Mia estava ao seu lado com um sorriso bastante genuíno e simpático.
- Posso te levar?
- Ah! Claro!
Imediatamente Mia ficou atrás dele e começou a empurrar a cadeira, olhando de cima Mia percebeu como Daniel colocava as mãos sobre as coxas de forma elegante, ele realmente era feito a mão pra ser perfeito.
- Papai se esforçou bastante para deixar sua estadia mais confortável, sabemos que não é muito, e que esse castelo é mais adequado para o clima de natal, ele é mais familiar e aconchegante então nunca precisamos adaptar ele afinal só a gente vem aqui.
Daniel honestamente falando não estava se importando muito com o fato da adaptação no momento, estava bastante agradecido, porém as palavras de Mia pareciam abrir dúvidas e mais dúvidas na cabeça dele.
- Mia...desculpe a grosseria...mas quando você diz "esse castelo" isso implica que existam outros castelos...
- Mas existem.
Daniel parecia horrorizado com a tranquilidade que a mais nova falou aquilo, olhou pra ela esperando explicações.
- Como é?
- Esse castelo é uma residência familiar, passamos tempo aqui com amigos, e tipo uma casa no interior pra nós, porém temos outros castelos muito maiores e com outros propósitos, alguns desses já possuem adaptação afinal o tio Paulo é cadeirante também.
Daniel se lembrava desse tal Paulo, porém sua cabeça ainda estava muito em choque com o fato de Veríssimos terem castelos...com "S" no plural.
- Sem contar também que 6 horas de Van já foi muito, os outros ficam muito mais longe.
- Ah... entendi...
Mia sorriu na direção do bruxo de forma bastante simpática e bem alegrinha, ela parecia bem feliz em estar empurrando ele (Ela estava feliz em ajudar na verdade, a Mia é um doce).
Enquanto Mia estava tendo um papo bem tranquilo com Daniel seu irmão mais velho tinha outros planos.
Marcelo estava completamente fascinado olhando prós lados admirando a beleza arquitetônica do castelo, ele se sentia dentro de um conto de fadas.
- Maaarceeeeeloooo~
A voz doce de Samuel ecoou como a de uma criatura mágica, quando o gaúcho olhou pra trás sentiu seu braço ser envolvido e sua mão ser segurada, quase que Marcelo desmaia.
- Samuel...
- Eai gatinho, como cê tá? Tá tranquilo? Tá tendo incômodo em algum lugar?
- N-não... E-eu tô bem...
"Tão fofo"
As bochechas dele estavam pink de tão rosadas e sentia a mão dele suando, segurou o rosto dele e o fez virar na sua direção.
- Eu quero que você olhe pra mim quando eu falo.
As pernas de Marcelo viraram gelatina, mal conseguia dar um passo sem se tremer inteiro, dessa vez Samuel não entendeu a reação.
- Ok, desculpa! Não vai acontecer outra vez.
- Não foi uma bronca, só acho que manter contato visual é importante.
Marcelo continuou a olhar pra ele interessado na conversa, essa era a chance de Samuel.
- Marcelo eu quero que você passe o réveillon comigo e com a minha família materna no Rio.
- o que?
- Mas é só você, sem os gaudérios.
Aquilo pegou o gaúcho de surpresa e tentou muito entender o porquê de Samuel querer ele longe dos gaudérios.
- Mas...
- Sem o Murilo também.
Marcelo sentiu que seu mundo tinha capotado, será que ele realmente queria o tirar dos gaudérios? Talvez achasse estranho a sua proximidade com seu primo? Ia perguntar mas quando prestou atenção viu que Samuel estava realmente sério.
- Posso saber o por que?
A atmosfera entre os dois mudou levemente e Marcelo se lembrou de que agora além de um amor, oficialmente ele era secretaria de Samuel e pela cara que ele estava fazendo não parecia só uma visita para passar a virada do ano.
- Preciso de ajuda com algo, posso contar com você?
Marcelo se sentiu um pouco inseguro mas se Samuel tinha vindo pedir a sua ajuda e não de alguém de dentro da Ordem realmente era porque ele não queria rastros, isso o deixou assustado no entanto ele já tinha entregue sua devoção a Ordem, sua lealdade no entanto sempre pertencerá aos Gaudérios Abutres.
Sem pestanejar Marcelo segurou a mão livre de Samuel com a sua mão livre e a trouxe próxima ao seu rosto dando um beijinho suave nas costas, foi a vez de Samuel ficar um pouco tímido e principalmente surpreso.
Afastou os lábios da pele macia e olhou para seu Veríssimo se lembrando da frase dita a poucos minutos atrás: "contato visual é importante" sendo assim não tirou os seus olhos castanhos dos olhos do laranja tão intensos e doces como um por do Sol de Samuel.
- Seus desejos são o meu comando, suas vontades são minhas ordens, se é o que quer considere feito senhor Veríssimo.
As palavras eram ditas como sussuros, Samuel se espantou com a velocidade que Marcelo entendeu o que ele queria, realmente Letícia era uma excelente professora e seu amor muito inteligente.
- Então esteja pronto quando eu chamar.
- Estarei pronto para atender às suas ordens, senhor Veríssimo.
Samuel sorriu e se grudou mais ao seu lado.
- Por favor me chama de Samuel.
- Nesses casos acho que não seria apropriado.
O carioca soltou uma risadinha e olhou pro seu amor de forma quase que desafiadora.
- Posso fazer você falar meu nome se outra maneira.
Novamente Marcelo estava tímido e calado, era muito divertido provocar o pobre gaúcho bonitinho.
Leo estava totalmente fascinado com todas as coisas que tinham dentro do castelo, como arqueólogo ele estava deslumbrado com tudo que tinha lá dentro, estava tão distraído que não percebeu Ivan na sua frente e acabou trombando nele.
- Eita!
- Nossa desculpa Ivan.
Ele era duro como uma rocha, os braços dele pareciam feitos de brita, Leo teve que se conter para não babar.
- Tranquilo, se machucou?
- Não... não foi nada.
Ivan sorriu lindamente como de costume e nesse momento Leo quase entrou em combustão, como resultado acabou saindo correndo e se escondendo atrás de Gal.
"Ele realmente não gosta de mim"
- Nossa Leo não consegue nem responder ele feito gente?
- Cala boca Gal!
Murilo viu aquela interação e não gostou nada, como alguém podia ser tão grosso com Ivan, principalmente pra ele sorrindo daquele jeito, tinha algo de muito errado ali.
Eles chegaram em um outro hall onde vários corredores, as empregadas pararam e começaram a organizar os visitantes.
No corredor em que os Cohen e os gaudérios entraram Arthur percebeu claramente uma cobra talhada no topo da entrada, aquele era o símbolo dos Cohen.
Os corredores se encontravam no final então Bruno e Vic poderiam ficar juntos sem problemas, isso deixou todos aliviados.
Alex parou na frente de uma porta e a olhou pensativo quase como se esperasse algo.
- Grandão?
- Esse era meu quarto.
Arthur olhou pra Alex outra vez e ele parecia bastante interessado e esperando a empregada lhe entregar a chave.
- Vossa graça segundo príncipe Cohen como agora possuí um consorte lhe foi designado um outro quarto, obviamente o vossa graça e livre para usar esse também caso seja necessário.
Por algum motivo os olhinhos de Alex brilharam e ele olhou para Arthur de forma tão apaixonada que o gaúcho achou honestamente que iria explodir.
- Yes.... i have...
Arthur sentiu o selinho e ficou rosadinho, ele ainda ficava todo baitola quando Alex o tratava daquele jeitinho apaixonado.
Finalmente todos estavam em seus quarto.
Se um dia algum deles imaginou estar em um conto de fadas esse seria o cenário ideal, tudo era perfeito e lindo, a mistura do moderno com o antigo dentro dos quartos era deslumbrante!
- Isso aqui é lindo!
Alex olhou pro marido que estava encantado com tudo ao redor e então sem que Arthur percebesse o segurou estilo noiva e o colocou na cama.
- Fica mais bonito com você fazendo parte, na minha visão pelo menos.
Disse isso e arrumou os óculos com um sorriso doce e apaixonado no rosto, Arthur virou um pimentão.
- Grandão não faz assim comigo, meu coração é fraco.
Alex gostou da brincadeira e veio lentamente até a cama se colocando encima de Arthur.
Uma das coisas que fazia Arthur se tremer inteiro e também influenciava muito em sua atração por Alex era o fato dele ser praticamente uma geladeira Eletrolux, um guarda roupa, basicamente do tamanho de um Corsa 2005, e ainda sim ter um rostinho lindo (o rosto do alex é simétrico, o do Fernando também) ele parecia ter sido feito mãos pra simplesmente ser um o homem mais bonito do mundo.
- When you look at me like that I know exactly what you're thinking meu rei.
- Então o que eu tô pensando?
Perguntou em tom de desafio se aproximando mais do rosto do marido, as palavras quase faziam os lábios de ambos se tocarem.
Alex sorriu aceitando o desafio se enfiando ainda mais entre as pernas de Arthur e fazendo eles ficarem ainda mais próximos, o perfume de Arthur o deixava maluco!
Se aproximou mais da pele dando um beijinho no pescoço e sussurou no ouvido do marido com a voz mais sexy que conseguiu produzir.
- Eu acho você mil vezes mais gostoso Arthur.
Sentiu cada pelo de seu corpo se arrepiar, e agarrou Alex pelo pescoço e fechou as pernas em sua cintura.
- Tu é muito malvado grandão...
- Eu? Malvado? Só falei a verdade...
- Ah..... Alex....
- Você é muito mais gostoso...
Apertou as coxas do marido fazendo o gemido dele ecoar pelo quarto bonito, conseguia sentir o calor dele aumentando e tinha que admitir, se fizesse mais algum motivo brusco as coisas iriam acabar com o castelo todo ouvindo a voz de Arthur.
Arthur tinha plena consciência que estava parecendo uma puta se oferecendo daquele jeito, ele não tinha culpa do marido ser gostoso daquele jeito.
Se beijaram, eles não conseguiram resistir um ao outro, se fossem rápidos talvez ninguém percebesse.
Brulio não ia mentir, ficou muito triste quando viu que Chris não iria ficar com ele no quarto, sabia que muitas pessoas da Ordem não sabiam ou não poderiam saber sobre ele e Christopher, porém se estivesse em seu poder com toda certeza gritaria pro mundo o quão apaixonado pelo seu gringo ele era.
Porém isso a parte, era hora de explorar o local, era um quarto tão bonito e elegante que chegava a ser ridículo aos seus olhos.
- Não precisava tanta coisa assim pra mim.
- You deserve this and more Sweetheart.
Brulio tomou um susto tão grande que teve que sentar na cama, literalmente saído da parede lá estava seu namorado.
- Como tu entrou aqui?
Chris riu e apontou para a parede aberta, pelo vão era possível ver o quanto de Christopher.
- Eu pedi quartos Interligados para nós, assim eu posso ficar com você.
Chris se aproximou e sentou na cama junto com seu namorado, sentiu os braços enormes o envolverem e um beijinho na cabeça,sorriu involuntariamente, eles se amavam muito.
O quarto dos Webber era o maior por Pedro precisar ficar com as mães e também por ele ser uma criança já grandinha diferente dos bebês.
- Que lugar lindo! Pedro se comporta viu!
- Sim mamãe Liz.
Liz sorriu e deixou Pedro explorando o quarto longe da sacada por medo, porém na sacada Laura parecia bastante distraída olhando a paisagem da enorme propriedade.
- Laura?
- ah, oi Liz, desculpa eu não te vi.
- você parece pensativa.
Laura parou por um segundo e o vento fez seus lindos cabelos loiros voarem um pouco, ela parecia um pouco triste.
- Estou com inveja.
- o que?
- Delas....estou com inveja delas...
Liz olhou para onde Laura olhava e viu o grupo de empregadas conversando animadamente enquanto trabalhavam, os olhos de Laura pareciam presos nas moças.
- Ser um luzidio me trouxe um senso de propósito, eu amava servir os Veríssimo, mesmo sendo difícil às vezes e vendo coisas muito feias era prazeroso saber que alguém em algum lugar sempre precisaria de mim e que todo o meu trabalho sempre seria reconhecido.
Liz olhou para as moças novamente sabia pouca coisa sobre os Luzidios e seu modo de vida, só sabia que para servir aos Veríssimos como um tinha fazer um contrato/juramento de sempre servir a Ordem.
- Você gostava tanto assim? Por que?
- E difícil explicar, a grande experiência de ser um luzidio é a coletividade, todos nós somos ligados de alguma forma, o mesmo servindo aos Veríssimos é gratificante, eu nunca fui tão bem tratada por um "Patrão" antes.
Liz ainda não compreendia exatamente a relação praticamente simbiótica que Veríssimos e luzidios tinham, mesmo o mais babaca e mal educado dos Veríssimos jamais trataria mal um luzidio, e até o mais rebelde dos luzidios se derreteria com um elogio sincero de um Veríssimo.
Isso a parte, Liz se sentiu um pouco enciumada.
- Você quer um propósito? Olhe pra mim Laura... seja minha mulher, minha só minha de mais ninguém.
Viu as bochechas de Laura ficarem coradas conforme ela se aproximava até ficar presa no parapeito da sacada.
Laura sentiu as costas batendo no concreto e metal que formava a parte da estrutura da sacada, sem ter para onde ir olhou novamente para frente, e lá estava ela linda como sempre! ninguém podia duvidar e nem questionar o porquê de Elizabeth ser a dançarina mais cobiçada da ordem na atualidade.
Os braços dela se envolveram em sua cintura e houve um pequeno puxão para frente fazendo os seus peitos ficarem quase na cara da dançarina.
- se é um propósito que você quer então eu tô te dando um agora, se é servir alguém que você quer, eu estou aqui e eu quero a sua servidão! Eu quero sua lealdade! eu quero tudo que você pode me oferecer! Eu quero cada respiração, cada olhar, cada sorriso, cada sensação que você tenha, eu quero! E eu prometo te dar tudo de volta em dobro.
Laura estava sem chão, ela não sabia o que fazer nem o que responder, então Liz fez a decisão por ela segura o rosto alheio e a beijando, faria ela esquecer qualquer outra coisa que não fosse ligada a ela.
Artemis olhava a caixinha das alianças pensativa e bastante seria, esse seria o natal mais importante de toda sua vida.
- Tá nervosa?
- Aí Carina que susto.
- Desculpa eu só vim te chamar pra almoçar...mas você deveria cuidar melhor disso, já pensou se fosse a Carla entrando no quarto?
- aí cunhadinha não pode mais pilha em mim não!
Carina também estava ansiosa não é todo dia que sua irmã ficava noiva...quer dizer...ela já tinha quase dado esse passo com Bruno, mas com Artemis era diferente, queria muito ver sua irmã mais velha feliz.
- tu. tem. problema?
Cada palavra uma travesseirada, as risadas de Mark pareciam que enchiam o castelo todo, não importava quantas travesseiradas ele levava, ele continuava a gargalhar.
Quando sentiu que Gregório estava cansado de lhe bater segurou o gaúcho pelo braço frágil e pequeno e o puxou com tudo pra perto de si o fazendo sentar no seu colo, por incrível que pareça Gregório se aquietou um pouco.
- Mais calmo agora Greg.
- Eu vou arrancar seu olho com as minhas unhas.
Mark riu.
- Vou considerar isso um "estou bravo com você"
- Não estou bravo, estou furioso!
- ora, dormiu comigo por dias e agora está reclamando.
- o contexto era diferente Mark.
- não é tão diferente assim, e vai dizer que não gostou de irritar o Hector?
Gregório ficou quieto por alguns segundos e isso foi a resposta perfeita para Mark.
- olha se te serve de consolo o Hector não faria nada comigo.
A expressão de Gregório se aliviou de uma maneira rápida e bem visível, era sobre isso que o mais velho estava preocupado.
"Você tá mais preocupado comigo do que com você mesmo... isso é adorável, mas iria preferir se você se preocupasse um pouco mais com você mesmo"
- Nosso problema realmente é o Balu.
- o que tem o Balu?
- como eu só dei uma meia verdade ele deve tá subindo pelas paredes achando que a gente tá transando...ele deve tá louco pra pegar nos dois juntos.
O mais velho juntou as sobrancelhas e fez uma cara de cu tão profunda que Mark literalmente começou a gargalhar.
- Eu amo como você é expressivo as vezes *literalmente chorando de rir*
- Entre transar com o Balu e você e prefiro mil vezes você.
Mark ouviu aquilo e ficou pensativo sem comentar muita coisa, aquela informação era interessante....quer dizer não que ele a quisesse.
- Você não parece ser santo a ponto de nunca ter tido um ménage.
- Eu tive vários, mas quero o Balu longe de mim.
- Te entendo bastante nessa questão.
Gregório era muito leve e delicado, tinha certeza que Yuki pesava mais do que o amigo, sem contar também que mesmo ele sendo pequeno ele parecia bem confiante na hora da H, aquilo o deixava intrigado.
- Minhas crianças acham que estamos namorando.
- As minhas também....
Ambos soltaram um suspiro meio cansado, Gregório passou a mão no cabelo e se ajeitou no colo do francês que parecia bastante pensativo, a mudança de posição fez o gaúcho ficar um pouco incomodado.
- Tá com a carteira no bolso?
- Não que eu saiba.
- Tem um coisa me incomodando...
Mark parou alguns segundos e olhou para Gregório completamente envergonhado, ele parecia meio desconcertado.
Gregório se moveu um pouco novamente fazendo Mark ficar um pouco mais agitado do que o normal.
- Tá tudo bem Mark?
- É meu pau...
- que?
- Você tá sentado no meu pau.
Gregório demorou para entender essas palavras, mas quando elas finalmente foram absorvidas se levantou subitamente do colo do amigo e pegou um travesseiro voltando a bater em Mark.
Mari estava feliz e contente cantarolando enquanto pensava na vida dando mama para Mizael quando ouviu um barulho na porta.
- mas que...?
Foi até a mesma a abrindo e dando de cara com Kennan e Miguel que estavam parecendo dois camelôs esperando na porta!
- Oi Mari!
- Mari!
- meninos? Que quinquilharias todas são essas?
Ambos se olharam e sorriram bastante empolgados.
- São os presentes prós nossos filhos.
- isso é muita coisa entrem...
Deu espaço e os rapazes colocaram as sacolinhas no chão e imediatamente foram para o berço ver os bebês.
- pelo amor de Deus não acordem a Kezia, ela acabou de dormir e se acordar vai ser uma luta para fazer ela dormir outra vez.
- ok Mari, pode deixar.
Miguel deixou Kennan olhando o berço e foi organizar os presentes, tinham algumas roupinhas, produtinhos para cuidado e higiene prós bebês, e alguns brinquedos para estímulo de desenvolvimento.
- Vocês não precisavam fazer isso?
Miguel ficou na frente de Mariana e sorriu de maneira bastante tranquila e honesta.
- é o primeiro natal dos nossos filhos Mari...e lógico que a gente precisava...
- AH A gente trouxe o seu presente também!
Com seu sorriso lindo e meigo como sempre Kennan veio tirando uma caixinha do bolso, Mariana fez uma péssima cara.
- não é o que você tá pensando.
Assim que percebeu que Mari não estava lá pra muita conversa abriu a caixinha revelando uma jóia bem bonita, um colar bastante delicado e elegante, digno da princesa que ela é.
- É bonito.
- A gente queria que você usasse no banquete, por isso estamos te dando agora.
- Sem contar também que o Kennan não parava quieto querendo te entregar.
Mari riu um pouquinho disso vendo que realmente Kennan só faltava sair pulando de tão feliz que estava.
- Posso colocar em você?
- Claro, só cuidado com meu cabelo.
Kennan assentiu e foi atrás de Mari fazendo o movimento bem amplo com as mãos evitando o afro muito bem cuidado de Mari.
A jóia caiu nela como uma luva, a jóia belíssima no centro do seu peito combinava com ela, os detalhes da corrente também eram lindos, uma jóia digna de uma princesa.
Parados olhando para ela de boca aberta os dos rapazes não conseguiam nem elogiar Mariana, porque não existiriam palavras para descrever como ela era bonita aos olhos deles.
A hora do almoço bateu e timidamente mas em considerável quantidade todos foram descendo para onde as empregadas os guiavam, foi só aí que muitos perceberam que no lugar do nome no crachá existiam números.
A mesa era enorme e já tinha muita comida posta, por incrível que pareça não haviam acentos pre determinados então todos foram se sentando meio espalhados.
- Ei douradinho! Depois do almoço vamo lá na árvore.
Gon olhou pra Bruno que tinha um sorriso lindo no rosto, atrás dele um Victor com uma cara de muito poucos amigos que lembrava levemente a de Gregório.
- Claro! Mas não posso demorar muito beleza?
- E só pra ver se ainda tá lá, não vamos demorar não.
- então fechou.
Joui estava passando por Thiago quando viu que o antigo sensei olhava fixamente para a interação dos donos de olhos bonitos, o ciúme dele era palpável, Joui ficou preocupado com Gonzalez então correu para falar com Arthur.
- Arthur-san...
- Joui não precisa me chamar assim, só Arthur ou tutu está bom pra mim.
Ele estava estranhamente de muito bom humor e pelo chupão no pescoço sabia exatamente o porque.
- Bem... Arthur...olha a cara do Thiago.
- o que tem o Thiago?
Arthur olhou por cima do ombro de Joui e percebeu ele serrando os dentes na base do ódio olhando pra Bruno com intensão assassina.
"Vixi....ele vai acabar explodindo"
Alex que também estava de bom humor falando com os outros casulas viu Joui e Arthur conversando e olhou para onde Arthur olhava.
"Vixi o Titi tá puto pra caralho"
Se afastou de Bea e Erin e foi até Thiago com um sorriso capaz de derreter um iceberg.
- Titi!!!
- ah, oi Garotinho!
- Titi deixa eu pegar a Jasper?
A expressão de Thiago se suavizou consideravelmente, Joui e Arthur se olharam e respiraram aliviados sorrindo um pro outro, ambos acharam a estratégia de Alex bastante perspicaz.
Todos bem acomodados na mesa, a conversa alta era bastante agradável e parecia que todos estavam bem tranquilos no momento, um clima bem de festa e fraternidade, só faltava os Veríssimos.
As portas se abriram e todos os Veríssimos entraram, se Olívia estivesse com eles seria um quadro perfeito.
Veríssimos são naturalmente muito elegantes, e por estarem em seu castelo eles tinham que mostrar dignidade dignidade por causa dos empregados.
Daniel observou bem os Veríssimos, ele percebia que eles estavam bem sérios por algum motivo, como amor de Hector ele ficou bastante em alerta.
Todos estavam acostumados um com os outros a muito tempo, só Laura que se sentia um pouco deslocada, Fernando também estava um pouco tímido mas nada grave.
Estavam acontecendo tantas conversas paralelas que os empregados ficaram assustados, todo mundo parecia se dar muito bem.
- Senhor Cevero...
Shizui chamou por Brulio que no momento estava muito ocupado tentando convencer Gonzalez e Thiago de ficar com Jasper o resto do dia.
- Ah, sim.
- o senhor quer fazer sua sobremesa hoje? Tem total acesso a cozinha e os empregados irão te ajudar no processo.
- Obrigado, vou fazer amanhã para manter o frescor e também trouxe os ingredientes diretamente da hortinha do Ivan.
- por isso o senhor pegou minhas cenouras?
Ivan falou tão orgulhoso que foi impossível não achar ele super fofo.
- Foi sim.
Shizui, achava os gaudérios muito fofos e bonitos, era bem difícil dizer não pra eles do que ela imaginava.
- Fique a vontade pra utilizar a cozinha o tempo que for necessário.
- é pra 500 pessoas correto?
- isso mesmo.
Brulio ergueu os dedos contando de alguma forma alguma coisa pra então sorrir e ficar feliz com algo em sua cabeça.
Naomi e Laila estavam sentadas na frente dos gaudérios e para serem honestas elas não estavam conseguindo se concentrar na comida corretamente, elas achavam eles muito bonitos.
- Nem pensem nisso.
Ambas as moças olharam pro lado e viram Samuel com cara de poucos amigos, já Dante as olhava do outro lado da mesa de forma assassina, chegar perto dos gaúchos parecia uma missão impossível.
Fim do almoço que foi honestamente bastante agradável e engraçado principalmente por Hector estar querendo fuzilar Mark, depois que acabou cada um decidiu fazer algumas coisas pelo castelo.
Daniel, Aron, Ivan, Letícia, Fernando, Luciano e Jhonny estavam reunidos em uma assembleia de bruxos, Joui estava ali para apoio moral.
- Por que nos chamou Daniel?
Letícia parecia bastante intrigada com a convocação repentina, foi aí que Daniel tirou de dentro de uma grande mala vário incensos naturais.
- A gente vai defumar esse castelo todo.
Daniel estava todo empolgado passando o incenso por um corredor quando pelo canto do olho teve a impressão de ver alguma coisa, já tava pensando que o castelo podia estar assombrado e seus incensos estavam fazendo os espíritos manifestarem, já estava conversando mentalmente com todas as entidades possíveis porém quando olhou novamente era Cesar, e quando o mais velho o percebeu veio em sua direção.
Ele estava bem vestido todo de preto com uma camiseta de manga longa e gola, e o cabelo bem preso em um rabo de cavalo, o delineado e o lápis no olha estavam bem marcado porém elegante, era a primeira vez que Daniel reparava que além de bonito Cesar era bastante elegante.
- Dan o que está fazendo?
- ah, oi Cesar...você me assustou.
- Não foi minha intenção, mas novamente, o que você tá fazendo?
- Tô defumando o castelo pra tirar energia negativa.
Cesar entortou a cabeça pro lado fazendo o rabo de cavalo pender também, ele realmente parecia inumano, se Gonzalez se parecia com uma boneca Cesar se parecia com uma estátua feita em homenagem a algum imperador, era assustador o como ele era bonito.
- Não é uma fumacinha que vai me colocar pra fora do castelo.
Daniel congelou no lugar vendo Cesar abrir um sorriso, demorou um pouco pra ele entender a piada.
- Como você é bobo Cesar!
- Desculpa não resisti, mas posso te pedir um favor?
- Claro.
- Cuidado com a fumaça perto do Dante, ele tem asma e pode ter uma crise.
Daniel sabia que Dante tinha asma, estava na ficha dele na Ordem, porém não sabia o nível, ficou feliz com a informação.
- Vou tomar cuidado, mas por que está tão arrumando? E pra onde estava indo?
- Eu tô no meio do castelo do tio Hector, os empregados sabem que eu sou um Cohen, eu não posso prejudicar a imagem do meu papaizinho.
Nesse momento uma empregada se aproximou dos dois anjos, porém não necessariamente estava esperando vê-los juntos.
- Vossa graça primeiro príncipe Cohen, aqui a cesta que vossa graça solicitou.
- "Vossa graça"?
- É um pouco incomodo mas você se acostuma.
- Meu lorde o senhor precisa de algo.
A empregada se virou na direção de Daniel e o ruivo ficou um pouco sem graça.
- Não, estou bem obrigado.
Cesar olhou um pouco Daniel e teve uma ideia.
- Dani, você quer saber o que eu ia fazer não é? Que tal eu te mostrar?
Aquele castelo era tão monstruosamente grande que chegava a ser assustador, Daniel se deixou ser levado por Cesar até a parte de trás do castelo e ali ele viu algo lindo.
- minha nossa...
Um jardim enorme com um labirinto no meio, havia também um lago e um pequeno coreto extremamente aconchegante e agradável.
- É lindo né?
- sim.... muito....
- Eu vim colher algumas flores, quer me acompanhar?
Daniel fez sim com a cabeça e Cesar o levou com cuidado até às muitas flores, tinha no mínimo um campo de futebol de todos os tipos de flores.
- Essas são algumas das minhas favoritas.
Cesar se ajoelhou e pegou algumas violetas, além de ser uma das suas flores favoritas o nome "Violet" também era um do seus favoritos, se tivesse uma filha com toda certeza esse seria o nome dela.
Daniel não podia sair da cadeia pra colher as flores que queria, se soubesse tinha trazido sua cadeira esportiva já que era mais baixa, porém Cesar pegou as flores que ele queria.
- nossa...essas aqui são diferentes...parece que tá congelada...
- Cineraria da variedade maritima, elas são bonitas mas eu prefiro a Cineraria florida, também gosto de acácias, elas são fofas, e você Dani tem alguma flor favorita?
Daniel colocou a mão no queixo e puxou sua barba com um pouco com paciência e fechou os olhos, a única imagem que vinha a sua cabeça quando queria escolher uma flor favorita era Joui.
- Sakuras...flor de cerejeira...cravos vermelhos e lírio aranha vermelha.
Cesar abriu um sorriso bastante gentil, realmente Daniel era um bom irmão.
- O Joui gosta de alguma flor?
- ele nunca expressou algo sobre isso.... acredito que se for pra ser uma favorita a Sakura seria uma boa escolha.
- ótimo, vou mandar plantar algumas no Jardim, espero que vocês gostem.
- o que?
- não é nada demais...
Cesar continuou levando Daniel pelo Jardim pegando algumas flores aqui e ali
- Que pena....a época dos ipês já passou...e os girassóis não estão bonitas o suficiente pra dar pra minha irmã.
Daniel olhou para o mais velho triste olhando para os girassóis e ele também percebeu que o Cesar era um excelente irmão mais velho.
- E melhor a gente voltar agora, depois se você quiser te levo no labirinto, a gente brincava bastante nele quando era pequeno então a chance de se perder é mínima.
- valeu Cesar.
Quando entraram novamente no castelo Cesar se abaixou um pouco e colocou um cravo vermelho na orelha de Daniel, e então saiu com a sua cestinha empolgado e saltitante.
Ivete sentiu cheiro de queimado e foi instintivamente para fora do quarto, ela só queria tirar um cochilo depois do almoço.
Abriu a porta e lá estava Letícia defumando o corredor, quando a loira a viu abriu um sorriso bastante macabro, ela tinha se metido em encrenca outra vez.
Luciano e Fernando estavam bem tranquilos fazendo o que Daniel pediu, melodia dourada pareciam bastante pensativos.
- Amor, sua cara tá péssima.
- Tô pensando no Matheus.
Fernando parou e olhou pra Luciano de costas e ergueu uma sobrancelha, sabia que Lu não era o homem mais empolgado com a paternidade, então ouvir aquilo fez ele sorrir um pouco mais do que deveria.
Sentiu um abraço pelas costas e olhou pra tras vendo seu marido todo sorridente, automaticamente as bochechas ficaram vermelhas.
- Vamos marcar mais visitas com ele quando voltarmos.
Luciano sorriu.
Tristan só queria ler um pouco, era só isso...mas agora tinha Bea e Erin em seu quarto e elas pareciam extremamente entediadas.
- vem andar com a gente!
- por favor!
- Meninas por favor!
- vamo, você nem ficou com a gente esses dias.
- É só uma voltinha... please Nanny....
Com elas pedindo daquele jeito não tinha como dizer não.
- ok....onde vocês querem ir?
Jhonny estava fazendo sua defumação quando viu Becca indo em direção ao corredor dos Cohen, ele tinha ouvido pelos altos o que a moça bonita queria fazer e não concordava nem um pouco com aquilo.
Deu meia volta para falar com Rubens porém pra sua surpresa seu marido estava na sua frente.
- Caralho Rubens!
- Desculpa o susto....o que cê tá fazendo com essas folhas?
- um favor pro Daniel...mas por que você tá seguindo a sua irmã?
- Sei lá....tô com mal pressentimento.
Nesse momento infelizmente Arthur estava sozinho no quarto, cenário perfeito pra uma confusão.
Arthur ouviu alguém bater na porta então foi até ela abrir, pra sua surpresa era Rebecca a irmã de Rubens, ela parecia bastante interessada nele por algum motivo.
- pois não?
- oi Arthur, podemos conversar?
Dante estava a coisinha mais feliz e adorável do mundo segurando um livro rente ao peito e praticamente saltitando pela biblioteca.
- Oi fofinho! Falei que não ia demorar!
Alex olhou o mais velho com um sorriso muito puro no rosto, ele também tinha um livro aberto, ele nem imaginava o caos que iria acontecer depois.
- Tchau filho, cuidado!
- tchau pops...
Explorar a floresta era um pouco perigoso porém confiava em Bruno e sabia que ele tinha conhecido daquela mata.
- Ficou sozinho é?
Olhou pra trás e viu uma sombra o cobrir por completo, o cheiro de planta queimada se fez bastante presente, Aron estava com uma cara bem sapeca.
- Se quiser me fazer companhia pode entrar.
Aron não pensou duas vezes.
Carla estava passeando pelos corredores apreciando a beleza do castelo quando viu os Obscurite indo em direção a academia.
Espiou por alguns segundos eles treinando (Max na realidade estava quase morrendo de tanto erguer peso) ela desejou ter aquela energia e confiança toda.
- Ei Carla, vem treinar com a gente.
Achou que tinha se escondido bem mas Yuki a percebeu facilmente, olhou novamente pra dom puxando ferro com determinação, sentia que tinha acabado de entrar numa roubada.
Mia estava mais una vez andando abraçada com seu irmão, ela parecia bem feliz sempre que ficava com ele assim.
- Vamo tomar sorvete!
- Eu não consigo comer mais nada Mia, mas vou com você até a cozinha.
- depois a gente pode ir pegar o Lupi pra passar?
- tudo que você quiser.
Os irmãos estavam felizes caminhando pelos corredores quando viram Jiro olhando o jardim pensativo.
- Jiro? Tá tudo bem?
O Veríssimo asiático olhou para os primos e deu um falso sorriso, Samuel percebeu na hora, já Mia não tinha muita certeza.
- Tô sim, só tava vendo a paisagem, o que vocês estão fazendo?
- A gente vai tomar sorvete! Quer vir junto!
Jiro não tinha muito o que fazer no castelo e honestamente não estava afim de ficar se explicando pras pessoas, era melhor seguir os primos.
- Claro, por que não, tá calor mesmo...
Mia abriu um sorriso digno de um prêmio de tão feliz que tinha ficado, logo os três primos andavam lado a lado.
- O seu favorito e de laranja não é? Sempre vejo você comendo....
- na verdade Mia meu sorvete favorito e de morango.
- ué.... então por que você sempre pega o de laranja?
Jiro olhou pra a prima mais nova com um sorriso bastante triste.
- Qual é o seu sabor favorito Mia?
- Galak (chocolate branco no geral)
- e o do Sammy?
- Frutas vermelhas.
- o que acontece se o Sammy não consegue comer todo sorvete?
- eu como ué?
- Exatamente....
- Não entendi....
- Não seria melhor se o que sobrasse também fosse seu sabor favorito?
Samuel olhou para Jiro que parecia um pouco mais triste do que antes, ele já tinham entendido o porque de seu primo sempre pegar o sorvete de laranja.
- É o favorito da Naomi....
Mia entendeu e abaixou a cabeça ficando ainda mais grudado no irmão, ela sabia alguns dos pequenos sacrifícios que Samuel fazia por ela e era muito grata, se perguntava se naomi não se sentia grata também.
Pra surpresa dos primos Veríssimo quando chegaram na cozinha acharam Tristan, Erin e Bea tomando sorvete também.
- Thiago eu volto Jajá, prometo.
- que isso Gon, sem problemas.
Gonzalez riu e se aproximou e deu um beijinho na bochecha do noivo para então ir embora, ele e Bruno se encontraram na frente do castelo.
Thiago ia explodir....ele ia com 100% de certeza virar uma grande bola de fogo de tanto ciúmes que estava sentindo.
Alguns segundos depois de Gonzalez sair ouviu uma batida na sua porta e quando abriu teve uma surpresa.
- Vic?
- tu quer saber o que eles tão fazendo também né?
Thiago ficou em silêncio por alguns segundos, mas então concordou com a cabeça.
- Então deixa a Jasper com o tio Brulio e vamos seguir eles.
Assim que Brulio abriu a porta viu Jasper sorrindo ele não perguntou sobre mais nada, só pegou a neta e fechou a porta deixando os dois com tempo livre o resto do dia.
De frente pra entrada da trilha Thiago se alongava um pouco.
- Não se preocupe eu conheço bem o caminho.
- Ok, tô contando com contigo Thiago.
Realmente a trilha era bem limpa e agradável, os passarinhos cantavam e a vista era bonita, Thiago estava feliz e nostálgico andado por ali.
- O que tu acha que eles estão falando?
- o que?
Thiago olhou pra Vic e ele parecia bastante inseguro, os olhos pareciam levemente distantes, talvez procurando Bruno e Gon entre as árvores.
- Eu sei que o Bruno não me trairia, mas....eu também sei que ele e o Gonzalez tem uma história, tenho medo de ser comparado....eu sei que o Gonzalez é mais bonito do que eu...
- Sim ele é!
Silêncio.
-.......
-.......
- Na moral Thiago, vai se fuder.
Thiago caiu em uma risada bastante gostosa e sincera.
- Desculpa Vic, mas você nunca irá chegar aos pés do meu marido.
- Nossa mas tu quer ajudar ou quer me expor a decadência?
- Só quero enaltecer meu marido.
- Vocês não tão casados!
- Nem você e o Bruno.
Os dois podiam ser bem imaturos.... E estavam sendo.
Finalmente depois de mais alguns minutos brigando/conversando perceberam seus respectivos companheiros parados na frente de uma árvore bem grande e bonita um pouco fora da trilha, ficava numa clareira onde algumas pedras poderiam facilmente servir de acento.
Ambos entraram em modo furtivo se escondendo um pouco entre as árvores e pequenos arbus
tos, porém eles esqueceram algo importante, Gonzalez e Bruno tem força, e o olfato de ambos era terrivelmente aguçado.
Eles falavam algo e apontavam pra árvore, Bruno deu uma risada e levou um tapa de Gonzalez e então o puxou para um abraço.
Era um abraço de lado que consistia em exclusivamente puxar o mais novo pro seu lado colocando um único braço ao redor de Gonzalez, era um contato MÍNIMO mal dava pra considerar aquilo um abraço, mas foi o suficiente pra deixar os outros dois se corroendo de ciúmes.
Thiago queria ler os lábios dos dois, saber o que estavam falando, foi ai que falhou um pouco, esperou o dedo na árvore e automaticamente Gonzalez e Bruno sentiram cheiro de sangue humano.
(Sim eles são praticamente uns bichos, foram treinados pra esse tipo de coisa)
Thiago sabia que tinha feito merda e imediatamente colocou o dedo na boca, não chegou a sair nem meia gota de sangue, quando voltou sua atenção para os dois novamente teve uma surpresa.
- Puta merda!
Vic quase infarta de verdade, ver os olhos amarelos de Gonzalez aparecendo na sua frente.
- ah, são vocês....
Thiago deu um passo pra trás e sentiu que tinha batido numa parede de concreto, mas na realidade era só o Bruno.
- E aí Thiago....
O clima mudou drasticamente, prateado e dourado olhavam seus companheiros bastante sérios agora, eles pareciam.... decepcionados.
Gonzalez se aproximou do noivo e Bruno foi para perto de Vic, ambos tinham uma expressão de poucos amigos no rosto.
Bruno se virou na direção da árvore mais uma vez, e pegou na mão de Gonzalez abaixando a cabeça como se pedisse desculpas pelo que iria fazer, soltou a mão do lobinho e olhou para Vic bem bravo e o pegou pelo braço (não com força) e o levou para perto da árvore.
Gonzalez também queria acabar logo com isso então segurando a mão de Thiago o trouxe pra próximo a árvore.
De frente pra árvore agora podiam notar que ela era muito bonita e frondosa, e mesmo com musgo crescendo no tronco era possível ver o coração feito na primeira casca da árvore com os nomes: "Thiago Gonzalez".
- o que?
Thiago travou no lugar encarando o desenho na árvore completamente perdido no que pensar e/ou fazer.
- Eu pensei...que era o seu nome junto com o do González...
Se virou pra Bruno e a expressão "soltando fogo pelas ventas" podia descrever perfeitamente seu namorado agora.
- Vamos voltar pro castelo...acho que o Thiago e o Gon precisam conversar... E nós também....vamos precisar ter uma conversinha...
Sinto muito em atrapalhar esse momento Gon.
- Relaxa prateado, fica bem tá.
- vou tentar....você também tenta se acalmar viu, se precisar de mim e só chamar...
- Valeu prateado, o mesmo vale pra você.
Bruno sorriu amarelo e respirou fundo olhando novamente para o namorado.
- vamos Vic
Sem muita escolha o gaúcho começou a seguir o namorado deixando tabaco e mel sozinhos na floresta.
O caminho foi bastante silêncio, Vic até pensou em pedir desculpas, mas pela cara de Bruno no momento aquilo faria muito mais mal do que bem.
O silêncio continuou até chegarem no quarto, Bruno olhou ao redor no corredor sentindo que tinha coisa acontecendo, porém honestamente falando ele já estava com a cabeça cheia de problemas, não tinha paciência nem vontade de lidar com problema dos outros no momento.
Vic viu o namorado abrindo a porta do quarto e o esperando entrar, pela cara seria ele não parecia estar com muita paciência então só entrou sem olhar pra trás, ouviu a porta fechar com um pouco de brutalidade e sentiu todo seu corpo gelar, ele nunca tinha tido uma briga de casal antes.
Tentou puxar da memória cenas de séries e novelas onde os casais brigavam e já estava se preparando para uma gritaria danada, respirou fundo e colocou sua melhor cara de policial malvado no rosto, se fosse pra brigar ele ia com tudo.
Sentiu Bruno se aproximar e respirou fundo se virando, mas pra sua surpresa Bruno tinha se sentado em uma cadeira que tinha a disposição.
Olhos cinza são uma mutação genética bastante rara onde a melanina não é produzida corretamente na frente da íris do olho, muitos confundem olhou cinza com olhos azuis, mas no caso de Bruno sempre foi muito óbvio que aquilo não era azul, ele tinha olhos muito lindos e gentis, algo que contrastava bastante com a sua altura e aparência.
Um homem Alto com quase 2 metros de altura, musculoso todo tatuado com cara de poucos amigos, mas era só olharem no fundo dos olhos dele que percebiam que ele era muito mais doce do que sua aparência podiam colocar.
Quem possui olhos cinza geralmente não consegue esconder bem seus sentimentos, principalmente porque a pupila costuma ser muito maior do que a de uma pessoa com olhos castanhos por exemplo, quanto mais emocional a pessoa fica, maior é a mudança de tamanho na pupila, e nesse momento as de Bruno eram praticamente metade da sua íris, Victor não sabia disso mas reparou que os olhos de seu amado estavam notoriamente tristes.
- pode me dizer o que aconteceu? Por que me seguiu?
Vic não tinha resposta para essas perguntas pelo menos não é uma resposta aceitável, se dissesse que estava morrendo de ciúmes sentia que perderia alguns pontos com o namorado, então optou por ficar calado e olhar para janela, olhar para Bruno estava sendo um grande desafio.
- Victor.... Você pode tentar evitar essa conversa, mas ela vai acontecer mesmo que une lateralmente, Se você não quer falar vai ter que ouvir.
Isso não agradou muito gaúcho que como resposta acabou olhando para o namorado novamente, percebeu que ele estava bem triste... desapontado... essa seria uma melhor descrição pro australiano e isso deixava ainda mais ansioso tinha que pelo menos dar uma apaziguada na fera que tinha despertado, então decidiu falar.
- Fiquei com ciúmes.
- Ciúmes? De mim e do douradinho? Eu é ele tivemos um relacionamento a 14 anos atrás Victor, éramos crianças, não acho que é bem ciúmes que você tenha sentido cupcake.
Vic bufou ele não queria ter aquela conversa, já Bruno sentia que ela precisa acontecer.
- Se realmente fosse ciúmes faria muito mais sentindo você ter ciúmes da Carla...eu quase casei com ela.
- Mas o Gonzalez e o único homem com quem eu sei que tu namorou.
- então o problema são os homens com quem eu me relacionei, não o douradinho...
- para de chamar ele assim!
Vic não percebeu que tinha explodido, Mas pela cara de Bruno ele já esperava algo assim, soltando um suspiro cansado o mais velhos recostou na cadeira cruzando as pernas e esfregando o rosto com as mãos, ele parecia um pouco irritado e triste.
- eu uso esse apelido com eles mais de 15 anos, mesmo antes da gente se envolver, o Gonzalez é meu amigo Vic, não importa o quanto de ciúmes você sinta.
A calma com que ele falava o está deixando ansioso, tinha medo de falar algo e se arrepender.
- Se está tão bravo porque não grita comigo.
Bruno ergueu a sobrancelha parecendo honestamente ofendido com o que Vic tinha falado.
- Olha meu tamanho Vic, eu tenho plena noção de que as pessoas ficam intimidadas com a minha aparência, e você é a última pessoa que eu quero intimidar, eu amo você.
Aquela última frase deixou Vic esquisito.
- tu me ama mesmo?
- Se não amasse não estaria com você.
- então tu amou todas pessoas com quem se relacionou?
Isso pegou Bruno de surpresa e Vic realmente desabou ali, a insegurança finalmente tinha saído de dentro dele, e isso também deixou Bruno muito mal.
- Victor eu amo você!
- ama agora, mas não necessariamente vai amar pra sempre.
Bruno respirou fundo e se recostou na cadeira um pouco pensativo.
- Eu nunca terminei com ninguém...
- o que?
- Não importa o quanto eu amasse alguém, ninguém me amou de volta, nem meus pais biológicos quiseram ficar comigo, sempre que eu começava um relacionamento eu tinha esperança de desenvolver um bom relacionamento, mas como você pode perceber nenhum deu certo.
Vic engoliu a saliva prestando atenção no que o namorado falava.
- O Gon e eu tivemos um namorado que era brincadeira de criança, então eu e ele nem contamos nosso relacionamento, mas eu e a Carla quase demos o grande passo, mas nós éramos mais melhores amigos do que um casal, e quando ela conheceu a Artemis ficou bem óbvio que eu não poderia fazer ela feliz, ainda sim ela ainda é uma das minhas pessoas favoritas na terra, ela é uma amor, deveria falar mais com ela.
- Bruno?
O mais velho abaixou a cabeça e brincou com os dedos pensativo e bastante triste, ela parecia de coração partido.
- Quando você disse que sentia como se tivesse ganhado na loteria namorando comigo, eu senti que nunca mais iria me apaixonar por ninguém....por que ninguém nunca tinha sequer falando algo assim pra mim...foi a primeira vez que alguém me valorizou tanto...você me faz muito feliz Vic... é uma pena que eu não consigo fazer o mesmo por você.
Vic puxou o ar sentindo que talvez Bruno fosse terminar com ele, a tristeza intensa naquele olhar parecia profunda demais.
- Tu tá terminando comigo?
Bruno fez não com a cabeça e continuou olhando pro chão ainda bastante triste e pensando.
- Não, eu te amo demais, eu só consigo pensar no futuro com você, eu te amo Victor.
Vic estava uma mistura muito grande de sentimento, ele parecia tão triste e melancólico, quantas vezes o coração dele tinha se quebrado antes deles se conhecerem?
- Eu amo você sabendo que em algum momento você vai partir meu coração, eu sei que não vai ser de propósito, mas é assim que as coisas são pra mim.
Sempre que via séries e filmes via como os personagens se olhavam com amor, sempre quis que alguém o olhasse daquele jeito também, e quando finalmente encontrou acabou o magoando, se aproximou de namorado de maneira receosa para então segurar a mão dele.
- Eu te amo Bruno, eu nunca te machucaria, eu nunca vou deixar, tu é único pra mim.
Estava honestamente desesperado, ele tinha dado uma grande bola fora e não sabia como concertar.
Sentiu a mão grande no seu rosto e olhou pro namorado que sorria triste, aquilo doía nele mais do que qualquer coisa que já tinha sentido.
- Eu não queria te magoar, eu sei que tu nunca iria me trair, mas te ver tão próximo e íntimo com outra pessoa me fez sentir ainda mais em desequilíbrio contigo.
- Desequilíbrio?
- sim, a balança da nossa relação tem um desequilíbrio muito grande.
Bruno juntou a sobrancelhas sem entender exatamente que assunto era aquele, e pela cara de Vic ele tinha falado demais.
- pode me explicar exatamente o que isso quer dizer Victor?
Sem graça o gaúcho suspirou pensando que tinha falado demais, bem, já tinha se prejudicando de qualquer maneira, não tinha nada que pudesse piorar.
- Minha madrasta me falou uma vez que um bom relacionamento é equilibrado 50/50 igual a uma balança, e o nosso relacionamento é mais 95/05 contigo trazendo absolutamente tudo....se eu não tenho nada a te oferecer... não tem motivo pra estar comigo.
Vic viu uma veia quase estourando na testa do namorado e ele claramente estava muito bravo, só não sabia o porquê.
- Eu.... não gosto da sua madrasta.
- não tem problema eu também não gosto.
Bruno soltou uma risadinha e o coração de Vic falhou uma batida.
- Nosso relacionamento realmente é 95/05 Vic, mas aos meu olhos você que trás a maior parte.
- eu??? Bruno tu literalmente pegou um avião pra me levar pra cidade do meu pai, tu enfrentou todo tipo de critica do meu tio, os presentes que tu sempre me dá...
- Você me dá coisas muito mais importantes...
- o que?
- Toda vez eu escuto você me chamando de "vida" eu me sinto o homem mais sortudo do mundo, eu acordo sempre com você me abraçando, você desafiou a autoridade do seu tio pra ficar comigo, eu fui o primeiro homem a segurar a sua mão, eu fui sua primeira vez, eu fui seu primeiro beijo, Victor isso pra mim tem muita mais valor do que você imagina, saber que você confia em mim sempre faz meu dia mais feliz... Então ver você duvidando disso hoje....me machucou muito...
Maldita hora que decidiu seguir os dois! Dava pra ver na expressão do namorado o quanto aquilo o tinha machucado, se aproximou mais ainda do mais velho o olhando com bastante carinho e paciência.
- Eu sinto muito Bruno, eu prometo que nunca mais vou duvidar de ti, não importa com quem tu fale ou faça alguma coisa.
- Vic, nós dois sabemos que isso é impossível, você é um ser humano e sentir essas coisas é normal e natural.... então... Ao invés disso pode me prometer outra coisa?
- claro o que tu quiser.
Bruno parecia um pouco mais calmo e feliz agora, isso deixou o gaúcho mais tranquilo.
- Quando você sentir essas coisas, fale comigo, por favor...
Nossa um tapa na cara teria doído menos, engoliu a saliva vendo o quão esperançoso o namorado estava, ele definitivamente tinha feito uma grande cagada hoje, nunca mais a repetiria.
- Ok, eu prometo.
O sorriso dele foi tão doce e genuíno que Vic quis se enterrar num buraco de tão envergonhado.
- posso te pedir uma coisa?
- Claro, qualquer coisa por você cupcake!
Vic sorriu e se aproximou mais ainda ficando na ponta do pé e beijando o namorado que correspondeu de imediato, eles tinham se acertado.
Se Thiago tivesse uma força melhor de se desculpar já teria o feito, mas pelo visto ele tinha pisado feio na bola.
Ainda de frente a árvore passando os dedos nós nomes escritos nela o ex reporte estava uma mistura de felicidade e confusão bastante palpável.
Gon estava de braços cruzados encarando Thiago por trás nem um pouco feliz, infelizmente pra ele mesmo quando ele estava bravo ele continuava bastante fofo.
Muito envergonhado com sua atitude Thiago se virou para o noivo o vendo vermelho de bravo, simultaneamente sentiu medo e achou ele fofo, não tinha coragem para falar com ele então decidiu que iria sinalizar.
🔇 - Desculpa ter seguido você é o Bruno, eu queria sabe o que vocês iam fazer aqui juntos....
- Encontrou a resposta que queria?
Thiago só abaixou a cabeça em vergonha, porém a curiosidade dele o estava deixando meio louco.
🔇 - por que é o meu nome que está na árvore?
Gon ficou vermelho e desviou o olhar, ele ainda estava muito bravo e desapontamento então não queria parecer vulnerável no momento.
- Por que você acha?
Thiago ficou tão vermelho que só faltou virar uma cereja gigante, se aproximou do namorado tremendo e imediatamente ficou de joelhos.
- Me perdoa Gonzalez.
Gonzalez suspirou e revirou um pouco os olhos, aquilo era cansativo pra caralho.
- Você sempre pede desculpas Thiago, mas nunca muda de atitude.
Ele estava PUTO não tinha desculpinha dessa vez não, e Thiago sentia que realmente ele tinha passado dos limites, respirou fundo abraçou as pernas de Gonzalez fazendo ele quase perder o equilíbrio.
- Thiago! Eita! Aí!!!
Puxou o mais novo pro chão no processo sujando ambos, Gon ficava uma gracinha com aquela carinha de bravo.
- Eu fiz merda! Eu admito! Mas esse ciúmes que eu sinto me deixa descontrolado, eu sei que não é saudável, eu sei que você merece coisa muito melhor, eu sei que você merece sua privacidade, mas quando eu te vi todo feliz com o Bruno e tive um troço, eu me sinto idiota todos os dias por não ter vivido o nosso amor antes! Eu sinto inveja de quem esteve com você antes de mim, eu não consigo controlar a sensação de que eu fiz você se afastar de mim por não saber lidar com os meus sentimentos, eu sei que pode não parecer, mas eu tô realmente tentado melhorar nisso, eu amo você Gonzalez, eu amo de verdade.
Gon ficou um pouco tímido com aquilo porém se manteve firme, ainda estava bastante zangado e desapontado.
- É muito difícil fazer você entender que eu só amo você e sempre amei você? Não importa o quanto eu fale parece que você não acredita...
- o problema é que eu realmente não acredito.
Gonzalez sentiu como se uma faca tivesse perfurado seu peito e arrancado seu coração a sangue frio, não podia chorar! Não iria chorar!
- Como eu poderia acreditar que VOCÊ me ama? Você é tão perfeito que chega a queimar a minha existência só ficar perto.
Seu sorriso, seus olhos, sua voz, o jeito que você me abraça pra dormir, como eu posso acreditar que sou digno de todo o amor que você me dá, eu tenho medo de um dia acordar e ver que todo seu amor era só um sonho meu, porque ninguém nunca me amou como você ama, não tem um segundo em que eu esteja ao seu lado onde eu não duvide que você me ama, porque eu amo você, com todas as minhas forças eu amo você, e eu só consigo amar você.
Gon estava adoravelmente vermelho ouvindo aquilo, Ainda sim estava muito magoado e decepcionado com Thiago.
- Eu te amo Thiago, eu realmente amo você, então quando você desconfia de mim machuca muito....
Thiago viu os olhos dele ficando ainda mais brilhantes por causa das lágrimas, se sentiu muito culpado.
- Você acredita mesmo que eu trairia você? Principalmente depois de ser traído e ter me coração esmigalhado? Você acredita mesmo que eu faria você sentir essa dor insuportável?
As lágrimas rolaram pelo canto dos olhos chegando na terra e sendo absorvidas, logo as lágrimas de Gonzalez se tornariam alimento para aquela árvore onde ele escreveu o nome dos dois quando ainda era um adolescente.
🐯🐺🌳 Na árvore 🌳🐺🐯
Sentado no chão sujo chorando em silêncio enquanto abraçava seus joelhos Gonzalez se perguntava o que ele tinha feito nessa vida pra sofrer tanto por alguém que nunca veria ele como igual.
Seu sofrimento tinha nome, sobrenome e o sorriso mais perfeito que poderia existir, sem contar as pintinhas espalhadas pelo corpo que lembravam muito constelações, só de pensar nele seu coração acelerava e ele voltava a chorar.
Thiago estava se gabando de ter ficado com 5 garotas na última semana, ele sabia muito bem que o mais velho nem olharia pra ele agora que já era maior de idade, teria que esperar fazer 18 anos pra tentar alguma coisa e se declarar mas muita coisa acontece em 4 anos, estava tão frustrado! Porque ele não nasceu antes??? Por que ele não podia já ter 18 anos??? E principalmente... Por que ele não era mais alto pra poder pegar Thiago no colo? Que vida injusta!!!
- vixi.....acho que não deveria ter aparecido aqui em....
Gon ergueu a cabeça e viu Bruno apoiado na árvore, ele estava todo sujo e suado com folhas presas no cabelo e nas roupas, provavelmente por estar brincando na floresta.
- Bruno?
- e aí Gon? Tá tudo bem?
Bruno deu um passo pra frente afim de ver se o mais novo estava bem e percebeu algo escrito na árvore, quando leu segurou a risada e quase que imediatamente desviou de uma pedra sendo lançada na sua direção.
- Calma aí douradinho eu nem falei nada.
- mas vai falar! E eu sei o que você vai falar!
Bruno viu a pedra no chão e a pegou percebendo que era bastante ponte aguda, provavelmente tinha sido usada pra escrever na árvore.
- é muito feio colocar palavras na boca das pessoas, você nem sabe se eu realmente ia falar alguma coisa.
- Eu sei que você ia falar pra eu parar de sonhar e deixar de gostar do Thiago! Mas eu amo ele! Quando eu for adulto a gente vai casar!
- Você é uma gracinha Gonzalez.
- o que?
- não é bem isso que um adolescente de 14 anos pensaria em fazer com a pessoa que gosta.
As bochechas de Gonzalez ficaram vermelhas de forma adorável e então Bruno começou a sentir vários soquinhos e tapas que não doíam nada.
- você é muito idiota!!
Bruno riu e se virou pra árvore riscando alguma coisa ao redor dos dois nomes, ele parecia entretido e pensativo.
- olha Gon, eu torço por você, tô falando sério tá eu quero ser seu padrinho, mas tem um problema, pro Thiago você é só o cachorrinho que fica seguindo ele de um lado pro outro, eu não acho que ele te vejo como um parceiro em potencial.
- Eu sei disso.... por isso eu tenho que crescer logo, pro Thiago se apaixonar por mim quando eu for alto e forte igual a você.
- ....então ele nunca vai se apaixonar por você....AIIIII
Gon meteu um chutão na canela de Bruno fazendo o mais velho responder com uma pequena rasteira que foi bastante eficiente, Gonzalez olhou pra ele do chão com uma baita cara de cu, Bruno achou foi é pouco, se virou pra árvore o
utra vez e continuou a desenhar.
- Pronto agora tá bonito.
- Você é um idiota.
- e sua letra é feia.
- EU ESCREVI NUMA ÁRVORE COM UMA PEDRA!
- NÃO TO NEM AÍ!
Gonzalez se arrumou melhor no canto de terra que estava sentado no chão e sentiu Bruno se sentar ao lado dele o puxando para um abraço de lado.
- Gon o Thiago é um galinha, não fica esperando ele notar que você gosta dele... Na cabeça dele todo mundo gosta dele....
Gon encostou a cabeça no ombro de Bruno e os olhos se encheram de lágrimas outra vez.
- Será que eu nunca vou ser especial pra ele.
- não sei, infelizmente eu não prevejo o futuro, porém como seu amigo eu realmente quero que você seja feliz.
Gon suspirou e encaixou seu braço no de Bruno.
- E olha pelo lado bom você tem mais chance com o Thiago do que eu teria com o Cesar.
Gon olhou pro amigo querido e viu que ele também estava sofrendo com coração partido, como diz o ditado: "miséria adora uma companhia"
- Você é muito bonito Bruno, tenho certeza que vai arranjar alguém...
Bruno sorriu e apoiou sua cabeça na de Gonzalez abrindo um sorriso muito lindo e acolhedor, o cabelo de Gon era macio e cheiroso.
- Valeu Gon, mas acho que mais ninguém pensa assim.... ninguém nunca quis nem ficar comigo.
Gon engoliu a saliva e olhou para Bruno sentindo as mãos suando, quando Bruno olhou pra ele avançou rapidamente sentindo os lábios dos dois se tocando por exatos 3 segundos.
As bochechas do prateado estavam rosa e ele tinha uma expressão tímida simplesmente adorável no rosto, uma mistura de surpresa com timidez que era a coisinha mais linda.
- por que você fez isso?
- Por que... Eu acho você bonito sim...
Ele ficou ainda mais tímido ouvindo isso, também parecia um pouco ansioso olhando pra Gonzalez com os olhos prateados tão bonitos.
- você.... Pode fazer outra vez se quiser...
Gon engoliu a saliva e se aproximou outra vez encostando os lábios nos dele outra vez, e depois começaram e timidamente aprofundar os beijos que trocavam, quando perceberam já estava escurecendo.
Voltando pro castelo de mãos dadas os dois adolescentes estavam em um silêncio meio esquisito.
- Bruno...
- s-sim...
- desculpa...eu não devia ter feito isso...
- não precisa se desculpar....eu gostei...
Os dois não sabiam onde enfiar a cara de tão envergonhados que estavam, era uma cena muito fofa.
- Mas e agora? eu quero te beijar outra vez, mas e o Thiago e o Cesar?
- Você pode fingir que eu sou o Thiago não tem problema...
- Mas isso não é justo com você.
Bruno respirou fundo vendo que estavam quase chegando no castelo, ele era o mais velho entre os dois então sentiu que deveria assumir a responsabilidade por aquilo.
- Gon, eu faço 18 anos em 6 meses, e depois disso eu vou pra Austrália com meu pai... enquanto eu estiver aqui no Brasil...você quer ser meu namorado?
E foi assim que a brincadeira de namorar dos dois começou e como Bruno disse, terminou uma semana antes dele completar 18 anos.
🐺🐯🌳 Na árvore 🌳🐯🐺
Thiago sentiu seu coração ser arrancado do peito vendo as lágrimas de Gonzalez, e saber que ele era o motivo delas era ainda mais doloroso.
- Eu nunca achei nada disso, seguir você e o Bruno foi uma falha minha e só minha, você não tem nada haver com isso Gon.
- Então por que você não pode acreditar que eu te amo e nunca te machucaria?
- Eu acredito, mas tenho medo de você achar que todos esses anos me amando em segredo não valeram a pena.
- Se fosse para poder estar ao seu lado e amar você eu esperaria pra sempre.
Thiago colheu uma das lágrimas do noivo com carinho e levou a boca, não esqueceria do gosto salgado que as lágrimas dele tinham.
Decidiu que independente do que Gonzalez fizesse ou falasse ou com quem, ele não faria ele sentir aquela insegurança nunca mais.
- Eu prometo falar com você sempre que sentir esse ciúmes de hoje em diante, porque você é o amor da minha vida, e nada nem ninguém vai fazer eu parar de acreditar nisso.
Tabaco e mel voltaram pro castelo, embora Gonzalez estivesse um pouco mais calmo Thiago sabia que precisava muito mesmo desfazer aquela merda, e trabalharia duro pra isso.
Hector estava na torre que usava de escritório junto com Antônia e Balu vendo a lista de quem tinha confirmado a participação na festa.
Os três irmãos pareciam tranquilos e sabiam que Shizui estava cuidando dos ingredientes da festa então não esperavam grandes emoções... estavam muito enganados...
- Vossas altezas!
Sebastian entrou no cômodo completamente desesperada e ofegante, pela cara dele tinha acontecido alguma coisa muito séria.
- Sebastian? O que aconteceu rapaz?
- Vossa alteza....a princesa Rebecca...
- o que tem a Rebecca???
Balu falou se levantando da cadeira de supetão.
- Ela entrou em luta corporal com o consorte do príncipe Alexander.
Foi-se feito um silêncio quase que ensurdecedor, Antônia olhou pra Balu e ele estava prontinho pra matar Arthur nesse instante.
- Como é?
- Eles ainda estão brigando! Nós não conseguimos separar!
No meio do corredor dos quartos dos Cohen a cena ridícula de Arthur tendo os cabelos puxados por Rebecca enquanto também puxava os dela parecia uma cena ruim de um filme de comédia pior ainda....aquele natal seria longo.
🌸💮🗡️⛩️
- Muito obrigado pela sua compra senhora, volte sempre.
Akemi pegou sua sacolinha de roupas e olhou dentro feliz com sua escolha, olhou pra trás e tinha exagerado um pouco nos presentes para seus filhos, mas pra eles compraria até um país se tivesse condições.
Passou na frente de uma vitrine e viu seu reflexo por alguns segundos encarando seu cabelo, Hidetaka sempre gostou de cabelo comprido, mas ela em particular achava que atrapalhava muito, porém como sempre queria agradar seu marido deixou crescer até o meio das costas.
"Chega disso...."
Entrou no primeiro cabeleireiro que viu.
Jun e Yome estavam APAVORADOS com o movimento nas lojas, no Japão o natal e como um dia dos namorados parte 2, eles não imaginavam que as coisas estariam tão caóticas assim.
- Quando meu irmão falava que o natal era diferente no Brasil eu não acreditava.
(Nota: os Jouki sempre vinham para o Brasil nas férias de verão do Japão, julho e agosto então eles nunca experienciaram o fim do ano no Brasil)
- Vamos tentar comprar o presente do Joui-Sama sem sermos atropelados por essa quantidade absurda de pessoas.
Jun assentiu com a cabeça e segurou a mão de Yome para eles não se separarem, novamente falsas esperanças nasceram no coração da moça.
🌸💮🗡️⛩️
💉💚
Casa decorada e arrumada, as roupas para a festa já tinham sindo escolhidas, porém no momento as irmãs demoníacas faziam outras coisas.
⚠️ Gore ⚠️
O que as pessoas não sabem sobre matar animais, e necessário que a morte seja rápida, caso contrário a carne fica dura e o sabor também muda, então sem exitar Raquel cortava o pescoço das galinhas passando o corpo para sua irmã depenar na água quente.
O cheiro de sangue com água quente cheias de penas e fezes enchia o ambiente, depois disso as aves passam por mais uma limpeza e tem os órgãos retirados para enfim serem penduradas para que o sangue escorra, um trabalho nojento mas que elas não pareciam se importar.
"Com essa quantidade de sangue e o cheiro ninguém vai desconfiar que tem um corpo no barranco"
Raquel tinha que se livrar dos irmãos Hartmann para que sua irmã pudesse voltar a vida normal, e ela não iria perder a chance disso acontecer.
"Não é nada pessoal, eu só quero minha irmã feliz outra vez"
⚠️ Fim do gore ⚠️
Já Miriã parecia mais e mais empolgada com a chance de ter Daniel com ela outra vez, em seu jeito nojento e doentio, ela realmente amava ele.
💉💚
♥️👹
Giovanni estava de excelente humor agora que já tinha acertado as coisas com Otto e Clarissa, inclusive tinha uma boa ideia no momento.
Henri estava bem tranquilo se arrumando para seu plantão no hospital quando sem bater seu pai entrou na porta.
- pai?
- Olá Henriel, já vai trabalhar?
- Sim senhor.
- então serie rápido, o que acha de Clarissa?
- o que?
- Clarissa, sua prima.
Isso era um segredo, ninguém imaginaria isso na Ordem até porque Clarissa não mostrava ter conhecimento de que tinha parentesco com os Portinari.
- o que tem ela?
- Sabe meu filho, quando tudo isso acabar eu irei ser o próximo senhor Veríssimo, e preciso que a linhagem siga, e você sabe que é comum Veríssimos se casarem entre si, se fosse possível eu te casaria com uma de suas irmãs e daria o embrião que estamos tentando fazer para vocês, porém não acho que seria ético.
A cabeça de Henri deu piruetas e seu estômago se embrulhou de forma inimaginável.
- Então quando tudo isso acabar... faremos uma linda festa de casamento pra você e pra Clarissa.
♥️👹
🕸️☠️ Assombrados ☠️🕸️
Kauã levou Lúcio pro quarto vendo que ele tava bem machucado, olhou pra Rodolfo e a cara de pânico dele era muito óbvia, mesmo depois de fazer merda atrás de merda Lúcio ainda era o favorito do líder dos assombrados.
- Ele não parece estar com algum problema interno, acho que só apanhou pra caralho.
Rapha correu na cozinha pegando um pano limpo e molhando pra limpar o sangue, tinha um corte bem grande na testa, quando encostou na ferida Lúcio abriu os olhos porque ardeu.
- cuidado porra!
- Lúcio o que aconteceu contigo piá?
Rodolfo viu o rosto de Lúcio todo machucado e se lembrou da primeira vez que viu o menino ainda adolescente, ele foi seu primeiro assombrado e estava com ele a 15 anos, não tinha como não se preocupar, Lúcio era praticamente seu filho.
- Eu não queria mais que esses bosta ficassem usando o senhor, então dei uma surra nuns capangas do guizão.
Fudeu.
A atitude de Lúcio era sim um pouco fofa de maneira perturbada, porém as coisas agora iam ficar muito mais difíceis pra Rodolfo.
Enquanto todo mundo tentava ajudar Lúcio de alguma forma foi-se ouvido dois tiros pro alto na porta da casa dos assombrados, automaticamente todos eles pegaram suas armas e até Lúcio que estava quase desmaiando outra vez pegou uma.
Rodolfo foi com sua espingarda pra fora e viu Guilherme junto com no mínimo 25 membros do tráfico, alguns até reconhecia e entre eles tinham 3 com a cara amassada de soco.
- boa tarde seu Rodolfo.
Guizão tinha um sorriso tão macabro que estava assustando até seus subordinados, ninguém nunca tinha visto ele daquele jeito.
- E aí piá...
O sorriso aumentou consideravelmente vendo Rodolfo na porta, a arma que ele estava segurando era a Glock rosa que Rodolfo tinha lhe dado de presente, a merda ia feder.
- Acho que eu é o senhor... precisamos ter uma conversinha em particular.
Kauã apareceu atrás de Rodolfo tentando intimidar guizão, não teve muito efeito.
- vem cá cês 3.
Os três traficantes estavam bem machucados, Lúcio se sentiu bem orgulhoso de seu trabalho, porém isso deu a desculpa perfeita pra Guilherme conseguir o que ele sempre quis, levar Rodolfo pra ficar permanente na sua casa, pelo menos por um período.
- pelo que eu entendi um dos teus "piá" meteu a porrada nos meus... E assim....por mais que eu respeite o senhor por ser idoso, tudo tem limite, então a gente faz um acordo, você me entrega seu capanga e eu deixo tudo tranquilo, até compro um caixão.
- mas nem fudendo!
Guizão sorriu de forma ainda mais bizarra e se virou pra trás fazendo 5 homens usando submetralhadoras aparecerem, eles estavam lascados.
- ou o senhor entrega esse merda ou eu atiro em todo mundo, a escolha e do senhor.
Rodolfo sentiu uma gota de suor escorrer pela tempora, ele tava entendendo o que Guilherme queria, ainda sim era humilhante, ainda bem que era bom ator e seus meninos acreditavam nele cegamente.
- desculpa Guilherme não posso fazer isso...
- que pena.
Os assombrados sabiam que se os traficantes iriam ganhar numa briga armada, mas então Rodolfo falou.
- Eu vou no lugar dele.
O PÂNICO GENERALIZANDO na cara dos Assombrados foi grandioso, Rapha quase começou a chorar e Lorenzo estava em absoluto desespero.
- Tá disposto mesmo a sofrer na minha mão por sei lá....uns meses aí?
- Só deixa meus pais em paz.
- Se eles deixarem os meus, pode ter certeza que eles vão estar seguros na comunidade.
Rodolfo abaixou a arma e mesmo ouvindo os protestos de seus pias foi até o traficante que agora sorria ainda mais, Rodolfo se virou pra casa e ele parecia honestamente aterrorizado.
- Cuidado de todo mundo Lorenzo.
Os assombrados fizeram menção de seguir o líder mas o mini exército armado os impediu, já dentro do carro de Guilherme, fogo e gasolina estavam se beijando intensamente.
- Guilherme eu não consigo respirar assim.
O traficante parecia muito feliz.
- Eu falei que ia ficar com o senhor, não falei?
Rodolfo estava muito fudido.
☠️🕸️ Assombrados ☠️🕸️
🔪🗑️
Damir estava ficando um pouco envergonhado em mostras a cicatriz daquele jeito então se vestiu.
- Vocês eram grudados?
- sim, também dividimos alguns órgãos, fomos separados a alguns anos.
- Alguns anos? Até eu sei que o certo é quando são crianças.
Damir riu.
- Você está certo.... porém nós fomos criados em um circo, não acha que é o lugar perfeito pra uma aberração.
- que?
Damir olhou pro nada por alguns segundos e então se levantou com dificuldade, ele não parecia nem um pouco confortável.
- Se tivessem nós separado quando éramos mais novos com toda certeza nossa vida seria muito mais fácil, mas lógico que isso não aconteceria com a gente, não quando a nossa bizarrice atraia pagantes para aquele circo falido.
Ele parecia tão triste e cansado, foi a primeira vez que T-Bag via ele daquele jeito, aquele assunto parecia muito doloroso pra ele.
- eu posso ser o mais velho, mas o Boris e o original, eu sou o gêmeo parasita....por isso eu manco e não tenho um rim, assim como a deformidade no meu rosto, ele praticamente me carregou por 20 anos, outra prova e o fato dele ter força e eu não ter nem o gene no meu código genético, eu sou um resto de material genético com consciência....mas tem um problema... Eu amo tanto meu irmão...ele é tão bom....eu tinha que tirar ele de lá, se eu não tivesse nascido ele seria tão mais feliz...eu tinha que tirar ele daquele circo, o olhar das pessoas....nós não éramos bichos em exposição, eu tinha que tirar ele de lá...eu tinha que tirar ele de lá....
T-Bag percebeu que o Damir não estava nada bem, quando ia se aproximar para ver como ele estava a porta do quarto se abriu de forma violenta.
- Damir!
Boris entrou no quarto abraçando seu irmão com força, parecia que aqueles dois tinham um motivo muito bom pra não querer falar do passado.
🔪🗑️
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